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Cristiano Ronaldo recebe suspensão de dois jogos por chutar brasileiro
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O atacante Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, foi suspenso por dois jogos devido ao cartão vermelho recebido por ter chutado o brasileiro Edimar na partida contra o Córdoba, no sábado (24), pelo Campeonato Espanhol, informou a liga nacional nesta quarta-feira (28). Ronaldo estava apagado no jogo e sua frustração resultou em dois lances violentos, primeiro ao empurrar José Crespo, num incidente que o árbitro não viu, e, minutos depois, ao chutar Edimar, agressão pela qual foi expulso. O Real venceu o Córdoba por 2 a 1 graças a um gol de pênalti de Gareth Bale. Depois do incidente, Ronaldo pediu desculpas pelo Twitter. O jogador português está suspenso para os jogos do Real Madrid contra Real Sociedad e Sevilla, mas está liberado para o clássico contra o Atlético de Madri. Recém-chegado à Espanha, Edimar, 28, disse que Cristiano Ronaldo não o procurou depois da partida. O pedido de desculpas veio apenas pelas redes sociais. "Já o perdoei. Não sou de guardar rancor e nem de julgar os outros. É algo que eu também poderia ter feito", afirmou o jogador em entrevista à Folha.
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esporte
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Cristiano Ronaldo recebe suspensão de dois jogos por chutar brasileiroO atacante Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, foi suspenso por dois jogos devido ao cartão vermelho recebido por ter chutado o brasileiro Edimar na partida contra o Córdoba, no sábado (24), pelo Campeonato Espanhol, informou a liga nacional nesta quarta-feira (28). Ronaldo estava apagado no jogo e sua frustração resultou em dois lances violentos, primeiro ao empurrar José Crespo, num incidente que o árbitro não viu, e, minutos depois, ao chutar Edimar, agressão pela qual foi expulso. O Real venceu o Córdoba por 2 a 1 graças a um gol de pênalti de Gareth Bale. Depois do incidente, Ronaldo pediu desculpas pelo Twitter. O jogador português está suspenso para os jogos do Real Madrid contra Real Sociedad e Sevilla, mas está liberado para o clássico contra o Atlético de Madri. Recém-chegado à Espanha, Edimar, 28, disse que Cristiano Ronaldo não o procurou depois da partida. O pedido de desculpas veio apenas pelas redes sociais. "Já o perdoei. Não sou de guardar rancor e nem de julgar os outros. É algo que eu também poderia ter feito", afirmou o jogador em entrevista à Folha.
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Propaganda de bebida alcoólica faz mal, dizem profissionais da saúde
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Quase 20% dos brasileiros não bebem com moderação e 12% dos homens misturam direção e álcool -apesar dos alertas e das campanhas na TV. Os dados do Ministério da Saúde mostram a importância de estratégias de redução de danos, que buscam remediar além de prevenir. Com o álcool, o conceito ganha aplicações diferentes das drogas ilícitas ou mesmo do cigarro. A prioridade não é oferecer ao consumidor um ambiente seguro, e nem sempre funciona trocar uma bebida por outra "mais fraca". O que existem são medidas individuais e coletivas para reduzir o consumo, que envolvem desde intercalar a ingestão de álcool com água até impor restrições sobre a propaganda desses produtos. "Ações coletivas são as que mais protegem a população contra acidentes de trânsito, transgressões e episódios de violência", diz Zila Sanchez, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp. Mas também são as mais difíceis de serem colocadas em prática, porque envolvem políticas públicas e mudanças na legislação. Mais da metade dos brasileiros acima de 15 anos consome bebidas alcoólicas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. A ingestão de álcool per capita no Brasil é de 8,9 litros por ano -acima da média dos países do continente americano, que é de 8,2 litros por pessoa. Os números desafiam governo e fabricantes a conter o abuso de álcool e ajudar a OMS a alcançar uma meta traçada em 2014: reduzir em 10% a ingestão da substância no mundo até 2025. "Em termos de legislação, o Brasil está mais avançado do que a média. Aqui, a tolerância é zero para beber e dirigir. Não é assim no Canadá, na Alemanha nem no Reino Unido", diz o psiquiatra Arthur Guerra, presidente-executivo do Cisa (centro de informações sobre álcool). Ele também destaca a proibição de venda para menores de 18 anos. "As leis são boas, o que falta é fiscalizar." Para Sanchez, é preciso mais. "Tem que acabar com promoções do tipo 'pague um, leve dois' e combos de destilado com energético. Não existe nenhum controle disso no país, é um absurdo." A lista de políticas públicas ideais para ela inclui ainda controlar o número de bares em uma região, limitar o horário do comércio de bebidas e não vender álcool para quem já estiver bêbado. AUTORREGULAÇÃO O psicólogo Francisco Netto, um dos coordenadores do programa sobre álcool da Fiocruz, afirma que o principal problema é a propaganda, autorregulada pelo setor. "A legislação é muito permissiva. É preciso controlar mais o horário dos anúncios e não permitir o patrocínio de fabricantes a shows e eventos esportivos. Se eles lucram com a venda da substância, não faz sentido definirem os limites desse mercado", diz. Angelo Campana, psiquiatra e presidente da Abead (associação de estudo sobre o álcool), faz coro: "As propagandas não deveriam ter apelo sexual nem famosos. Elas têm, porque resolveram dizer que bebida alcoólica é só acima de 13 graus". Vinho e cerveja são consideradas "bebidas de mesa" pelo Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) e seus anúncios não têm restrição de horário -propagandas de destilados, por exemplo, só podem veicular depois das 21h30. "Esse tipo de controle é semelhante ao existente em países de economia e cultura parecidas com o Brasil. É uma das restrições mais rígidas existentes", diz Gilberto Leifert, presidente do Conar. O Ministério da Saúde informou, por meio de nota, que apoia a elaboração de projetos de lei para melhorar a regulação sobre a venda e a publicidade de drogas lícitas. No momento, o ministério promove três programas de prevenção ao consumo de álcool, todos voltados para crianças e adolescentes. Esse é um dos três públicos para os quais a redução de danos não funciona. Como não há dose segura, o ideal é a abstinência. Grávidas e motoristas também não devem ingerir a substância. Guerra lembra ainda que cerca de 3% da população é dependente química do álcool. "Nesse caso, o único tratamento possível é deixar de beber." Para Netto, não deve existir uma oposição entre redução de danos e abstinência. "É claro que seria melhor a pessoa não beber, mas temos que ser realistas e entender que nem sempre ela vai conseguir, e não podemos deixar de cuidar dela por isso."
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seminariosfolha
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Propaganda de bebida alcoólica faz mal, dizem profissionais da saúdeQuase 20% dos brasileiros não bebem com moderação e 12% dos homens misturam direção e álcool -apesar dos alertas e das campanhas na TV. Os dados do Ministério da Saúde mostram a importância de estratégias de redução de danos, que buscam remediar além de prevenir. Com o álcool, o conceito ganha aplicações diferentes das drogas ilícitas ou mesmo do cigarro. A prioridade não é oferecer ao consumidor um ambiente seguro, e nem sempre funciona trocar uma bebida por outra "mais fraca". O que existem são medidas individuais e coletivas para reduzir o consumo, que envolvem desde intercalar a ingestão de álcool com água até impor restrições sobre a propaganda desses produtos. "Ações coletivas são as que mais protegem a população contra acidentes de trânsito, transgressões e episódios de violência", diz Zila Sanchez, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp. Mas também são as mais difíceis de serem colocadas em prática, porque envolvem políticas públicas e mudanças na legislação. Mais da metade dos brasileiros acima de 15 anos consome bebidas alcoólicas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. A ingestão de álcool per capita no Brasil é de 8,9 litros por ano -acima da média dos países do continente americano, que é de 8,2 litros por pessoa. Os números desafiam governo e fabricantes a conter o abuso de álcool e ajudar a OMS a alcançar uma meta traçada em 2014: reduzir em 10% a ingestão da substância no mundo até 2025. "Em termos de legislação, o Brasil está mais avançado do que a média. Aqui, a tolerância é zero para beber e dirigir. Não é assim no Canadá, na Alemanha nem no Reino Unido", diz o psiquiatra Arthur Guerra, presidente-executivo do Cisa (centro de informações sobre álcool). Ele também destaca a proibição de venda para menores de 18 anos. "As leis são boas, o que falta é fiscalizar." Para Sanchez, é preciso mais. "Tem que acabar com promoções do tipo 'pague um, leve dois' e combos de destilado com energético. Não existe nenhum controle disso no país, é um absurdo." A lista de políticas públicas ideais para ela inclui ainda controlar o número de bares em uma região, limitar o horário do comércio de bebidas e não vender álcool para quem já estiver bêbado. AUTORREGULAÇÃO O psicólogo Francisco Netto, um dos coordenadores do programa sobre álcool da Fiocruz, afirma que o principal problema é a propaganda, autorregulada pelo setor. "A legislação é muito permissiva. É preciso controlar mais o horário dos anúncios e não permitir o patrocínio de fabricantes a shows e eventos esportivos. Se eles lucram com a venda da substância, não faz sentido definirem os limites desse mercado", diz. Angelo Campana, psiquiatra e presidente da Abead (associação de estudo sobre o álcool), faz coro: "As propagandas não deveriam ter apelo sexual nem famosos. Elas têm, porque resolveram dizer que bebida alcoólica é só acima de 13 graus". Vinho e cerveja são consideradas "bebidas de mesa" pelo Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) e seus anúncios não têm restrição de horário -propagandas de destilados, por exemplo, só podem veicular depois das 21h30. "Esse tipo de controle é semelhante ao existente em países de economia e cultura parecidas com o Brasil. É uma das restrições mais rígidas existentes", diz Gilberto Leifert, presidente do Conar. O Ministério da Saúde informou, por meio de nota, que apoia a elaboração de projetos de lei para melhorar a regulação sobre a venda e a publicidade de drogas lícitas. No momento, o ministério promove três programas de prevenção ao consumo de álcool, todos voltados para crianças e adolescentes. Esse é um dos três públicos para os quais a redução de danos não funciona. Como não há dose segura, o ideal é a abstinência. Grávidas e motoristas também não devem ingerir a substância. Guerra lembra ainda que cerca de 3% da população é dependente química do álcool. "Nesse caso, o único tratamento possível é deixar de beber." Para Netto, não deve existir uma oposição entre redução de danos e abstinência. "É claro que seria melhor a pessoa não beber, mas temos que ser realistas e entender que nem sempre ela vai conseguir, e não podemos deixar de cuidar dela por isso."
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Charge de Bennet é genial por retratar tão bem a realidade, afirma leitora
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A charge de Bennet é genial. Fiquei alguns momentos contemplando e pensando como o autor é demais. Mas depois vi que lágrimas me vieram aos olhos. Que tristeza a realidade tão bem retratada. MARIA EFIGENIA BITENCOURT TEOBALDO (Belo Horizonte, MG) * * Caco Galhardo publicou o desenho de uma mulher aparentemente na praia, de topless e a palavra Colírio. Totalmente na contramão do que se defende hoje em dia. A tira alimenta a visão de que o corpo da mulher é para apreciação masculina e não favorece a igualdade entre homens e mulheres. No mínimo, foi um momento infeliz. CID R. ANDRADE (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Charge de Bennet é genial por retratar tão bem a realidade, afirma leitoraA charge de Bennet é genial. Fiquei alguns momentos contemplando e pensando como o autor é demais. Mas depois vi que lágrimas me vieram aos olhos. Que tristeza a realidade tão bem retratada. MARIA EFIGENIA BITENCOURT TEOBALDO (Belo Horizonte, MG) * * Caco Galhardo publicou o desenho de uma mulher aparentemente na praia, de topless e a palavra Colírio. Totalmente na contramão do que se defende hoje em dia. A tira alimenta a visão de que o corpo da mulher é para apreciação masculina e não favorece a igualdade entre homens e mulheres. No mínimo, foi um momento infeliz. CID R. ANDRADE (São Paulo, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Exame de Zé Roberto aponta apenas um edema na coxa e não preocupa
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Os exames médicos feitos no lateral Zé Roberto nesta segunda (30) apontaram apenas um edema na coxa direita do jogador e, assim, não preocupam a comissão técnica do Palmeiras no que diz respeito à utilização do atleta no resto da temporada. Segundo a assessoria de imprensa do Palmeiras, no entanto, ainda não há previsão do tempo que ele levará para se recuperar. Substituído com dores no músculo adutor da coxa direita no segundo tempo da derrota para o Red Bull por 2 a 0, Zé Roberto pediu a substituição. "Senti o músculo um pouco pesado e, por precaução, achei melhor pedir para ser substituído", disse o jogador, após o jogo do domingo (29). O também lateral esquerdo João Paulo, reserva imediato de Zé Roberto, sofreu uma ruptura completa dos ligamentos do tornozelo direito no final do treino da última sexta (27). O departamento médico do clube está aguardando o inchaço diminuir para submetê-lo a novos exames e é possível que ele passe por uma cirurgia. O lateral esquerdo Egídio, 28, ex-Cruzeiro, está acertado com o Palmeiras, mas só deve estar apto a jogar no Campeonato Brasileiro. O jogador estava no Dnipro, da Ucrânia, e fez exames médicos nesta segunda (30), e deve assinar contrato por três anos.
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esporte
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Exame de Zé Roberto aponta apenas um edema na coxa e não preocupaOs exames médicos feitos no lateral Zé Roberto nesta segunda (30) apontaram apenas um edema na coxa direita do jogador e, assim, não preocupam a comissão técnica do Palmeiras no que diz respeito à utilização do atleta no resto da temporada. Segundo a assessoria de imprensa do Palmeiras, no entanto, ainda não há previsão do tempo que ele levará para se recuperar. Substituído com dores no músculo adutor da coxa direita no segundo tempo da derrota para o Red Bull por 2 a 0, Zé Roberto pediu a substituição. "Senti o músculo um pouco pesado e, por precaução, achei melhor pedir para ser substituído", disse o jogador, após o jogo do domingo (29). O também lateral esquerdo João Paulo, reserva imediato de Zé Roberto, sofreu uma ruptura completa dos ligamentos do tornozelo direito no final do treino da última sexta (27). O departamento médico do clube está aguardando o inchaço diminuir para submetê-lo a novos exames e é possível que ele passe por uma cirurgia. O lateral esquerdo Egídio, 28, ex-Cruzeiro, está acertado com o Palmeiras, mas só deve estar apto a jogar no Campeonato Brasileiro. O jogador estava no Dnipro, da Ucrânia, e fez exames médicos nesta segunda (30), e deve assinar contrato por três anos.
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Partido comunista corrompe língua chinesa
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Andando por uma rua na cidade de Sanya, no sul da China, ouvi uma versão em rock do famoso hino do Partido Comunista, "O Socialismo é Bom", saindo em alto volume de uma loja. Odeio essa canção, mas, quando a música aumentou de volume, me vi cantarolando junto, baixinho. "Os reacionários derrubados / Imperialistas fogem com o rabo entre as pernas... O Partido Comunista é bom / O Partido Comunista é bom / O Partido Comunista é um bom líder do povo." Canções do Partido Comunista como essa ressoam nos ouvidos dos chineses há décadas. Elas formaram a trilha sonora da juventude de muitas pessoas, entre as quais eu me incluo. Mesmo hoje, apesar de o partido ter se tornado comunista apenas no nome, essas músicas ainda enchem as ondas aéreas. Seria difícil sobrestimar sua influência, não apenas sobre o espírito chinês, mas sobre a própria língua chinesa. Mais de 60 anos de educação comunista para o ódio, propaganda política idiota e destruição da civilização clássica deram origem a um novo estilo de discurso e escrita. A língua chinesa se brutalizou-e a culpa disso é, em grande parte, do Partido Comunista. Não são apenas as proclamações governamentais que exalam cadências ásperas e fervor revolucionário, mas também as obras literárias e acadêmicas e, o mais perturbador, o discurso cotidiano das pessoas. O discurso-padrão dos altos funcionários do partido inclui aforismos banais como "para ser convertido em ferro, o metal precisa ser forte". As proclamações oficiais e os telejornais falam em "harmonia social" e "espírito chinês". Além de promover o "sonho da China" e uma ética de trabalho forte, o presidente Xi Jinping é conhecido por proferir frases como "nunca permitir que comam a comida do Partido Comunista e depois quebrem suas panelas". A máquina de educação e propaganda política do governo já ultrapassou a amargura revolucionária sedenta de sangue. Nossos livros didáticos são litanias de feitos heroicos brutais: "Detenha uma arma de fogo com seu peito, segure uma bomba nas mãos, deite-se sobre o fogo sem se mover, até morrer queimado". Quase todas as crianças chinesas usam no pescoço um lenço vermelho, "tingido com o sangue de mártires", e muitas crescem cantando as canções dos jovens pioneiros: "Sempre preparados para realizar feitos nobres e exterminar nosso inimigo". Décadas de baboseira partidária influenciaram a mente das pessoas e o vernáculo chinês. Nos últimos anos, cheguei a ouvir muitos amigos, alguns dos quais dissidentes, usando a linguagem de nossos propagandistas -e não em tom irônico. Dois anos atrás, numa cidadezinha da província central de Shanxi, ouvi dois camponeses idosos discutindo o que era melhor: uma tigela de arroz ou um bolinho cozido no vapor. Quando a discussão esquentou, um dos camponeses acusou o outro, sem ironia, de ser "metafísico". Mao via a metafísica com ceticismo. Por isso, ela se tornou um conceito dúbio, usado na propaganda chinesa como termo pejorativo. É justo supor que esses dois camponeses não soubessem muito sobre metafísica, mas estavam usando o termo como insulto -um xingamento saído diretamente do léxico partidário. Outros termos, como "idealista" e "sentimentalista pequeno-burguês", passaram a ser usados cotidianamente como insultos, mesmo quando quem os emprega evidentemente não tem ideia do que significam. A linguagem revolucionária é onipresente. Descrevemos os setores econômicos, como a indústria e a agricultura, como "frentes de batalha". Continuar a trabalhar quando se está doente é "não abandonar o front". Grandes empresas aludem a suas equipes de marketing como "exércitos" ou "tropas" e descrevem seus territórios de vendas como "zonas de batalha". Essa linguagem foi descrita como "linguagem de Mao" pelo acadêmico literário Perry Link e outros estudiosos. Em um ensaio de 2012, Link escreveu que esse tipo de discurso "é muito mais carregado de metáforas militares e vieses políticos". Ele ofereceu alguns exemplos pontuais de como a linguagem de Mao se infiltrou no cotidiano: "No final de banquetes, mesmo hoje, os chineses às vezes pedem a seus amigos que 'xiaomie' [aniquilem] os restos. Na última vez em que estive em Pequim, uma mãe no ônibus respondeu a seu filhinho, que tinha dito 'mãe, preciso fazer xixi já!', dizendo 'jianchi! [seja resoluto], o tio motorista não pode parar aqui'". No discurso que fez em Yan'an em 1942 exortando os escritores e artistas a "servir ao povo", Mao pediu que os escritores usassem uma linguagem compreensível. Mesmo em textos que escreveu antes de o Partido Comunista chegar ao poder, Mao rejeitava o uso de palavras "de sentido dúbio" e que "as massas" não pudessem entender. Em resposta direta aos seus ditames, o partido promoveu a chamada "linguagem do povo" -um estilo simples e de compreensão fácil. A simplificação de nosso idioma pelo Partido Comunista foi um esforço intencional de degradar o discurso público. Nesse ambiente, as palavras perdem seu sentido. O partido pode então usar as palavras para mentir e confundir. Altos funcionários do partido falam em construir um Estado socialista "regido pela lei", mas, quando usam esse termo, querem dizer que o partido usa a lei para dominar a população. Esse uso da linguagem para confundir e obscurecer tem um objetivo: ocultar a realidade da falta de democracia da China e fingir que a democracia existe. Não posso dizer que eu tenha a resposta sobre como resistir ao uso da linguagem pelo partido. Não sei como impedir que essa linguagem se infiltre em nosso vernáculo. Mesmo alguém como eu, escritor que tem consciência aguda de como o partido procura nos manipular, não posso me impedir de cantarolar canções de vez em quando. Meu maior medo foi resumido perfeitamente por George Orwell, que escreveu: "Se o pensamento corrompe a linguagem, a linguagem também pode corromper o pensamento". MURONG XUECUN é romancista, blogueiro e autor de "Deixe-me em Paz". Envie comentários para [email protected]
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mundo
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Partido comunista corrompe língua chinesaAndando por uma rua na cidade de Sanya, no sul da China, ouvi uma versão em rock do famoso hino do Partido Comunista, "O Socialismo é Bom", saindo em alto volume de uma loja. Odeio essa canção, mas, quando a música aumentou de volume, me vi cantarolando junto, baixinho. "Os reacionários derrubados / Imperialistas fogem com o rabo entre as pernas... O Partido Comunista é bom / O Partido Comunista é bom / O Partido Comunista é um bom líder do povo." Canções do Partido Comunista como essa ressoam nos ouvidos dos chineses há décadas. Elas formaram a trilha sonora da juventude de muitas pessoas, entre as quais eu me incluo. Mesmo hoje, apesar de o partido ter se tornado comunista apenas no nome, essas músicas ainda enchem as ondas aéreas. Seria difícil sobrestimar sua influência, não apenas sobre o espírito chinês, mas sobre a própria língua chinesa. Mais de 60 anos de educação comunista para o ódio, propaganda política idiota e destruição da civilização clássica deram origem a um novo estilo de discurso e escrita. A língua chinesa se brutalizou-e a culpa disso é, em grande parte, do Partido Comunista. Não são apenas as proclamações governamentais que exalam cadências ásperas e fervor revolucionário, mas também as obras literárias e acadêmicas e, o mais perturbador, o discurso cotidiano das pessoas. O discurso-padrão dos altos funcionários do partido inclui aforismos banais como "para ser convertido em ferro, o metal precisa ser forte". As proclamações oficiais e os telejornais falam em "harmonia social" e "espírito chinês". Além de promover o "sonho da China" e uma ética de trabalho forte, o presidente Xi Jinping é conhecido por proferir frases como "nunca permitir que comam a comida do Partido Comunista e depois quebrem suas panelas". A máquina de educação e propaganda política do governo já ultrapassou a amargura revolucionária sedenta de sangue. Nossos livros didáticos são litanias de feitos heroicos brutais: "Detenha uma arma de fogo com seu peito, segure uma bomba nas mãos, deite-se sobre o fogo sem se mover, até morrer queimado". Quase todas as crianças chinesas usam no pescoço um lenço vermelho, "tingido com o sangue de mártires", e muitas crescem cantando as canções dos jovens pioneiros: "Sempre preparados para realizar feitos nobres e exterminar nosso inimigo". Décadas de baboseira partidária influenciaram a mente das pessoas e o vernáculo chinês. Nos últimos anos, cheguei a ouvir muitos amigos, alguns dos quais dissidentes, usando a linguagem de nossos propagandistas -e não em tom irônico. Dois anos atrás, numa cidadezinha da província central de Shanxi, ouvi dois camponeses idosos discutindo o que era melhor: uma tigela de arroz ou um bolinho cozido no vapor. Quando a discussão esquentou, um dos camponeses acusou o outro, sem ironia, de ser "metafísico". Mao via a metafísica com ceticismo. Por isso, ela se tornou um conceito dúbio, usado na propaganda chinesa como termo pejorativo. É justo supor que esses dois camponeses não soubessem muito sobre metafísica, mas estavam usando o termo como insulto -um xingamento saído diretamente do léxico partidário. Outros termos, como "idealista" e "sentimentalista pequeno-burguês", passaram a ser usados cotidianamente como insultos, mesmo quando quem os emprega evidentemente não tem ideia do que significam. A linguagem revolucionária é onipresente. Descrevemos os setores econômicos, como a indústria e a agricultura, como "frentes de batalha". Continuar a trabalhar quando se está doente é "não abandonar o front". Grandes empresas aludem a suas equipes de marketing como "exércitos" ou "tropas" e descrevem seus territórios de vendas como "zonas de batalha". Essa linguagem foi descrita como "linguagem de Mao" pelo acadêmico literário Perry Link e outros estudiosos. Em um ensaio de 2012, Link escreveu que esse tipo de discurso "é muito mais carregado de metáforas militares e vieses políticos". Ele ofereceu alguns exemplos pontuais de como a linguagem de Mao se infiltrou no cotidiano: "No final de banquetes, mesmo hoje, os chineses às vezes pedem a seus amigos que 'xiaomie' [aniquilem] os restos. Na última vez em que estive em Pequim, uma mãe no ônibus respondeu a seu filhinho, que tinha dito 'mãe, preciso fazer xixi já!', dizendo 'jianchi! [seja resoluto], o tio motorista não pode parar aqui'". No discurso que fez em Yan'an em 1942 exortando os escritores e artistas a "servir ao povo", Mao pediu que os escritores usassem uma linguagem compreensível. Mesmo em textos que escreveu antes de o Partido Comunista chegar ao poder, Mao rejeitava o uso de palavras "de sentido dúbio" e que "as massas" não pudessem entender. Em resposta direta aos seus ditames, o partido promoveu a chamada "linguagem do povo" -um estilo simples e de compreensão fácil. A simplificação de nosso idioma pelo Partido Comunista foi um esforço intencional de degradar o discurso público. Nesse ambiente, as palavras perdem seu sentido. O partido pode então usar as palavras para mentir e confundir. Altos funcionários do partido falam em construir um Estado socialista "regido pela lei", mas, quando usam esse termo, querem dizer que o partido usa a lei para dominar a população. Esse uso da linguagem para confundir e obscurecer tem um objetivo: ocultar a realidade da falta de democracia da China e fingir que a democracia existe. Não posso dizer que eu tenha a resposta sobre como resistir ao uso da linguagem pelo partido. Não sei como impedir que essa linguagem se infiltre em nosso vernáculo. Mesmo alguém como eu, escritor que tem consciência aguda de como o partido procura nos manipular, não posso me impedir de cantarolar canções de vez em quando. Meu maior medo foi resumido perfeitamente por George Orwell, que escreveu: "Se o pensamento corrompe a linguagem, a linguagem também pode corromper o pensamento". MURONG XUECUN é romancista, blogueiro e autor de "Deixe-me em Paz". Envie comentários para [email protected]
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Cabeça de passarinho
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Como é possível que alguns pássaros tenham comportamentos que parecem tão inteligentes quando eles possuem, bem, cérebros de passarinho, pequeninos? Corvos e papagaios são animais notoriamente comparáveis a primatas em sua capacidade de guardar informações, usá-las para resolver problemas, planejar para o futuro, fazer ferramentas, e até mesmo reconhecerem a si mesmos no espelho. Mas possuem "cérebro de passarinho", pequeno se comparado com cérebros de primatas de desempenho semelhante. O cérebro do corvo, por exemplo, é do tamanho do cérebro de um sagui - menor do que a ponta do seu polegar. Uma possibilidade seria o cérebro dos pássaros ser "especial" – como se dizia do humano, para explicar nossa cognição tão complexa alcançada por um cérebro muito menor do que de elefantes e baleias. O cérebro das aves, portanto, seria "completamente diferente". De fato, ele não tem um córtex cerebral em camadas como o dos mamíferos, e sim uma organização interna à primeira vista bastante diferente, em zonas esféricas. Mas um estudo alemão publicado três anos atrás mostrou que, apesar disso, a organização funcional do pálio do pombo, o correspondente ao córtex dos mamíferos, é idêntica à organização do córtex de ratos, gatos, macacos e humanos. Os centros funcionais são os mesmos, e conectados do mesmo jeito; apenas a disposição espacial é diferente, ora em camadas, ora em esferas. Aves não são tão diferentes assim. Outra possibilidade era o pequeno cérebro das aves ocultar um número bem maior de neurônios, as unidades de processamento de informação no cérebro. Como contar neurônios é nossa especialidade, resolvemos estudar essa possibilidade, unindo forças com o neurocientista tcheco Pavel Nemec, o pós-doutorando Seweryn Olkowicz, e mais um grupo da Universidade de Viena, na Áustria. O veredito foi publicado semana passada na PNAS, revista da academia norte-americana de ciências: corvos, papagaios e outras aves semelhantes reúnem números impressionantes de neurônios em seus cérebros diminutos – tantos quanto em cérebros de primatas muito maiores. O pálio da arara tem mais neurônios do que o córtex de um macaco reso – mais até do que em uma girafa. Até mesmo o pombo, tão desprezado, tem quase seis vezes mais neurônios no pálio do que um camundongo no córtex. Mais uma vez, tamanho não é documento: a natureza tem maneiras bem diferentes de construir cérebros. É hora de transformar "cabeça de passarinho" em elogio!
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colunas
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Cabeça de passarinhoComo é possível que alguns pássaros tenham comportamentos que parecem tão inteligentes quando eles possuem, bem, cérebros de passarinho, pequeninos? Corvos e papagaios são animais notoriamente comparáveis a primatas em sua capacidade de guardar informações, usá-las para resolver problemas, planejar para o futuro, fazer ferramentas, e até mesmo reconhecerem a si mesmos no espelho. Mas possuem "cérebro de passarinho", pequeno se comparado com cérebros de primatas de desempenho semelhante. O cérebro do corvo, por exemplo, é do tamanho do cérebro de um sagui - menor do que a ponta do seu polegar. Uma possibilidade seria o cérebro dos pássaros ser "especial" – como se dizia do humano, para explicar nossa cognição tão complexa alcançada por um cérebro muito menor do que de elefantes e baleias. O cérebro das aves, portanto, seria "completamente diferente". De fato, ele não tem um córtex cerebral em camadas como o dos mamíferos, e sim uma organização interna à primeira vista bastante diferente, em zonas esféricas. Mas um estudo alemão publicado três anos atrás mostrou que, apesar disso, a organização funcional do pálio do pombo, o correspondente ao córtex dos mamíferos, é idêntica à organização do córtex de ratos, gatos, macacos e humanos. Os centros funcionais são os mesmos, e conectados do mesmo jeito; apenas a disposição espacial é diferente, ora em camadas, ora em esferas. Aves não são tão diferentes assim. Outra possibilidade era o pequeno cérebro das aves ocultar um número bem maior de neurônios, as unidades de processamento de informação no cérebro. Como contar neurônios é nossa especialidade, resolvemos estudar essa possibilidade, unindo forças com o neurocientista tcheco Pavel Nemec, o pós-doutorando Seweryn Olkowicz, e mais um grupo da Universidade de Viena, na Áustria. O veredito foi publicado semana passada na PNAS, revista da academia norte-americana de ciências: corvos, papagaios e outras aves semelhantes reúnem números impressionantes de neurônios em seus cérebros diminutos – tantos quanto em cérebros de primatas muito maiores. O pálio da arara tem mais neurônios do que o córtex de um macaco reso – mais até do que em uma girafa. Até mesmo o pombo, tão desprezado, tem quase seis vezes mais neurônios no pálio do que um camundongo no córtex. Mais uma vez, tamanho não é documento: a natureza tem maneiras bem diferentes de construir cérebros. É hora de transformar "cabeça de passarinho" em elogio!
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Rosberg tem pneu estourado, mas faz a melhor volta no 1º dia de treinos
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Depois de quase um mês de férias, a F-1 voltou à ação na manhã desta sexta-feira em Spa-Francorchamps, onde foi realizado o primeiro treino livre para o GP da Bélgica, 11º etapa do Mundial deste ano, que será realizada no domingo (23). E, assim como aconteceu na maior parte das corridas até aqui, a Mercedes saiu na frente. Nico Rosberg, vice-lider do campeonato, foi o mais veloz em Spa. Ele terminou o dia com o tempo de 1min49s385 e superou o companheiro de equipe, o inglês Lewis Hamilton, que cravou 1min49s687. Na primeira atividade do dia, Rosberg já havia sido o mais rápido com 1min51s082 e ficou exatos 0s242 à frente de Hamilton. No segundo treino, Rosberg tomou um susto após o pneu traseiro direito da sua Mercedes estourar justamente no momento em que fazia simulação de corrida. O terceiro mais rápido foi Daniel Ricciardo, da Red Bull, vencedor da corrida do ano passado na Bélgica, que marcou 1min50s136, seguido pelo companheiro Daniil Kvyat, que cravou 1min50s399. Com contrato renovado, Kimi Raikkonen foi o quinto colocado, com o tempo de 1min50s461. Já Sebastian Vettel fez apenas o décimo tempo, com 1min50s940. O alemão ficou atrás do brasileiro Felipe Nasr, da Suaber, que marcou 1min50s928. Na primeira atividade do dia, Nasr havia ficado em 13º lugar após registrar 1min52s640. Já Felipe Massa ficou apenas em 16º lugar no segundo treino livre ao marcar 1min51s588. No período da manhã, o piloto da Willians cravou 1min52s653. CONFIRA OS TEMPOS DA 2ª SESSÃO DE TREINOS LIVRES PARA O GP DA BÉLGICA 1. Nico Rosberg - (Mercedes) - 1min49s385 2. Lewis Hamilton - (Mercedes) - 1min49s687 3. Daniel Ricciardo - (Red Bull) - 1min50s136 4. Daniil Kvyat - (Red Bull) - 1min50s399 5. Kimi Raikkonen - (Ferrari) - 1min50s461 6. Nico Hulkenberg - (Force India) - 1min50s461 7. Romain Grosjean (Lotus) - 1min50s489 8 Marcus Ericsson - (Sauber) - 1min50s709 9. Felipe Nasr - (Sauber) - 1min50s928 10. Sebastian Vettel - (Ferrari) - 1min50s940 11. Sergio Perez - (Force India) - 1min50s971 12. Carlos Sainz - (Toro Rosso) - 1min51s037 13. Max Verstappen - (Toro Rosso) - 1min51s117 14. Valtteri Bottas - (Williams) - 1min51s250 15. Pastor Maldonado - (Lotus) - 1min51s317 16. Felipe Massa - (Williams) - 1min51s588 17. Jenson Button - (McLaren) - 1min51s854 18. Fernando Alonso - (McLaren) - 1min52s570 19. Will Stevens - (Manor) - 1min54s065 20. Roberto Merhi - (Manor) - 1min54s253 CONFIRA OS TEMPOS DA 1ª SESSÃO DE TREINOS LIVRES PARA O GP DA BÉLGICA 1. Nico Rosberg - (Mercedes) - 1min51s082 2. Lewis Hamilton - (Mercedes) - 1min51s324 3. Daniel Ricciardo - (Red Bull) - 1min51s373 4. Kimi Raikkonen - (Ferrari) - 1min51s478 5. Sebastian Vettel - (Ferrari) - 1min51s866 6. Daniil Kvyat - (Red Bull) - 1min51s960 7. Max Verstappen (Toro Rosso) - 1min52s158 8. Carlos Sainz Jr - (Toro Rosso) - 1min52s421 9. Sergio Perez - (Force India) - 1min52s423 10. Valtteri Bottas (Williams) - 1min52s511 11. Pastor Maldonado - (Lotus) - 1min52s539 12. Nico Hulkenberg (Force India) - 1min52s614 13. Felipe Nasr - (Sauber) - 1min52s640 14.Felipe Massa - (Williams) - 1min 52s653 15. Marcus Ericsson - (Sauber) - 1min52s426 16. Fernando Alonso - (McLaren) - 1min53s502 17. Jolyon Palmer - (Lotus) - 1min53s799 18. Jenson Button - (McLaren) - 1min54s225 19. Will Stevens - (Manor Marussia) - 1min55s501 20. Roberto Merhi - (Manor Marussia) - 1min56s086
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esporte
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Rosberg tem pneu estourado, mas faz a melhor volta no 1º dia de treinosDepois de quase um mês de férias, a F-1 voltou à ação na manhã desta sexta-feira em Spa-Francorchamps, onde foi realizado o primeiro treino livre para o GP da Bélgica, 11º etapa do Mundial deste ano, que será realizada no domingo (23). E, assim como aconteceu na maior parte das corridas até aqui, a Mercedes saiu na frente. Nico Rosberg, vice-lider do campeonato, foi o mais veloz em Spa. Ele terminou o dia com o tempo de 1min49s385 e superou o companheiro de equipe, o inglês Lewis Hamilton, que cravou 1min49s687. Na primeira atividade do dia, Rosberg já havia sido o mais rápido com 1min51s082 e ficou exatos 0s242 à frente de Hamilton. No segundo treino, Rosberg tomou um susto após o pneu traseiro direito da sua Mercedes estourar justamente no momento em que fazia simulação de corrida. O terceiro mais rápido foi Daniel Ricciardo, da Red Bull, vencedor da corrida do ano passado na Bélgica, que marcou 1min50s136, seguido pelo companheiro Daniil Kvyat, que cravou 1min50s399. Com contrato renovado, Kimi Raikkonen foi o quinto colocado, com o tempo de 1min50s461. Já Sebastian Vettel fez apenas o décimo tempo, com 1min50s940. O alemão ficou atrás do brasileiro Felipe Nasr, da Suaber, que marcou 1min50s928. Na primeira atividade do dia, Nasr havia ficado em 13º lugar após registrar 1min52s640. Já Felipe Massa ficou apenas em 16º lugar no segundo treino livre ao marcar 1min51s588. No período da manhã, o piloto da Willians cravou 1min52s653. CONFIRA OS TEMPOS DA 2ª SESSÃO DE TREINOS LIVRES PARA O GP DA BÉLGICA 1. Nico Rosberg - (Mercedes) - 1min49s385 2. Lewis Hamilton - (Mercedes) - 1min49s687 3. Daniel Ricciardo - (Red Bull) - 1min50s136 4. Daniil Kvyat - (Red Bull) - 1min50s399 5. Kimi Raikkonen - (Ferrari) - 1min50s461 6. Nico Hulkenberg - (Force India) - 1min50s461 7. Romain Grosjean (Lotus) - 1min50s489 8 Marcus Ericsson - (Sauber) - 1min50s709 9. Felipe Nasr - (Sauber) - 1min50s928 10. Sebastian Vettel - (Ferrari) - 1min50s940 11. Sergio Perez - (Force India) - 1min50s971 12. Carlos Sainz - (Toro Rosso) - 1min51s037 13. Max Verstappen - (Toro Rosso) - 1min51s117 14. Valtteri Bottas - (Williams) - 1min51s250 15. Pastor Maldonado - (Lotus) - 1min51s317 16. Felipe Massa - (Williams) - 1min51s588 17. Jenson Button - (McLaren) - 1min51s854 18. Fernando Alonso - (McLaren) - 1min52s570 19. Will Stevens - (Manor) - 1min54s065 20. Roberto Merhi - (Manor) - 1min54s253 CONFIRA OS TEMPOS DA 1ª SESSÃO DE TREINOS LIVRES PARA O GP DA BÉLGICA 1. Nico Rosberg - (Mercedes) - 1min51s082 2. Lewis Hamilton - (Mercedes) - 1min51s324 3. Daniel Ricciardo - (Red Bull) - 1min51s373 4. Kimi Raikkonen - (Ferrari) - 1min51s478 5. Sebastian Vettel - (Ferrari) - 1min51s866 6. Daniil Kvyat - (Red Bull) - 1min51s960 7. Max Verstappen (Toro Rosso) - 1min52s158 8. Carlos Sainz Jr - (Toro Rosso) - 1min52s421 9. Sergio Perez - (Force India) - 1min52s423 10. Valtteri Bottas (Williams) - 1min52s511 11. Pastor Maldonado - (Lotus) - 1min52s539 12. Nico Hulkenberg (Force India) - 1min52s614 13. Felipe Nasr - (Sauber) - 1min52s640 14.Felipe Massa - (Williams) - 1min 52s653 15. Marcus Ericsson - (Sauber) - 1min52s426 16. Fernando Alonso - (McLaren) - 1min53s502 17. Jolyon Palmer - (Lotus) - 1min53s799 18. Jenson Button - (McLaren) - 1min54s225 19. Will Stevens - (Manor Marussia) - 1min55s501 20. Roberto Merhi - (Manor Marussia) - 1min56s086
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'Analfabetismo digital é questão crucial', diz editor-executivo da Folha
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"Assim como hoje ensino minhas filhas de 4 anos a olhar para os lados antes de atravessar a rua, vou orientá-las daqui a alguns anos sobre como lidar com as redes sociais", afirmou o editor-executivo da Folha, Sérgio Dávila, na tarde desta terça (29). "O analfabetismo digital traz muitos riscos. Essa é uma das questões cruciais dos próximos anos." Dávila participou de uma mesa de debates cujo tema era "Pós-verdade, Credibilidade e Inteligência Digital: Jornalismo no Fogo Cruzado". A discussão integrou o primeiro dia do 12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, organizado pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo). Além dele, participaram da mesa Carlos Eduardo Lins da Silva, livre-docente em comunicação pela USP e mestre em comunicação pela Universidade de Michigan (EUA), e Luis Renato Olivalves, diretor de parcerias com a mídia na América Latina do Facebook. A mediação ficou a cargo da jornalista Angela Pimenta, do Projor. De acordo com Lins da Silva, "deveríamos incentivar as crianças a entender o que é comunicação de notícias". Mas os desafios para o jornalismo vão além do combate ao analfabetismo digital. "O jornalismo enfrenta um momento dificílimo. Se queremos nos manter influentes, nós, jornalistas, precisamos encontrar estratégias para demonstrar credibilidade a grupos que não acreditam mais no jornalismo", afirmou Lins da Silva. O livre-docente pela USP disse que nunca viu títulos tradicionais como Folha e "Veja" serem tão questionados por alguns setores da sociedade como nos dias de hoje. "Temos que fazer uma auto-crítica para readquirir a credibilidade que nós perdemos", afirmou Lins da Silva Dávila atribuiu essa situação, em que os veículos jornalísticos estão sob pressão crescente, a dois fatores principais. "Os grandes jornais nunca foram tão lidos como acontece hoje. A audiência mensal da Folha é de 35 milhões de 'unique visitors'", afirmou. O segundo aspecto, disse, é a intensidade da polarização na sociedade brasileira. Notícias falsas sempre existiram, afirmou Dávila, o fato novo é a "dimensão que elas alcançaram". Ele citou a expansão do Facebook, que atingiu 2 bilhões de usuários no mundo. Segundo o editor-executivo da Folha, "a massificação do acesso à informação torna cada vez mais importante a atuação do jornalismo profissional". Ele se lembrou de um episódio em dezembro do ano passado, quando recebeu por diferentes meios, como Whatsapp, textos sobre aumento do número de sequestros de crianças em São Paulo. A reportagem verificou que não era verdade e publicou a seguinte notícia: "Boatos sobre sequestros assustam pais em SP" Olivalves, do Facebook, apresentou algumas iniciativas da empresa para enfrentar a propagação das "fake news". Uma delas é criar ferramentas para reduzir o impacto de notícias identificadas como inverídicas. Outra vertente é oferecer meios aos usuários para que saibam evitar conteúdo falso. LÍNGUA PORTUGUESA Lins da Silva também chamou a atenção para a "absurda ignorância da língua portuguesa no jornalismo brasileiro contemporâneo". Segundo ele, o mínimo a fazer para alcançar credibilidade é "ter bom domínio da língua. "Deve ser horrível ser chefe de um jornal hoje em dia com as Redações tão enxutas", disse Lins da Silva. Sorrindo, Dávila consentiu. "Paradoxalmente, o texto médio consegue ser, muitas vezes, superficial e obscuro", afirmou o editor-executivo da Folha. Segundo ele, o jornal tem programas para aperfeiçoar o domínio da língua por parte de seus jornalistas.
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'Analfabetismo digital é questão crucial', diz editor-executivo da Folha"Assim como hoje ensino minhas filhas de 4 anos a olhar para os lados antes de atravessar a rua, vou orientá-las daqui a alguns anos sobre como lidar com as redes sociais", afirmou o editor-executivo da Folha, Sérgio Dávila, na tarde desta terça (29). "O analfabetismo digital traz muitos riscos. Essa é uma das questões cruciais dos próximos anos." Dávila participou de uma mesa de debates cujo tema era "Pós-verdade, Credibilidade e Inteligência Digital: Jornalismo no Fogo Cruzado". A discussão integrou o primeiro dia do 12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, organizado pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo). Além dele, participaram da mesa Carlos Eduardo Lins da Silva, livre-docente em comunicação pela USP e mestre em comunicação pela Universidade de Michigan (EUA), e Luis Renato Olivalves, diretor de parcerias com a mídia na América Latina do Facebook. A mediação ficou a cargo da jornalista Angela Pimenta, do Projor. De acordo com Lins da Silva, "deveríamos incentivar as crianças a entender o que é comunicação de notícias". Mas os desafios para o jornalismo vão além do combate ao analfabetismo digital. "O jornalismo enfrenta um momento dificílimo. Se queremos nos manter influentes, nós, jornalistas, precisamos encontrar estratégias para demonstrar credibilidade a grupos que não acreditam mais no jornalismo", afirmou Lins da Silva. O livre-docente pela USP disse que nunca viu títulos tradicionais como Folha e "Veja" serem tão questionados por alguns setores da sociedade como nos dias de hoje. "Temos que fazer uma auto-crítica para readquirir a credibilidade que nós perdemos", afirmou Lins da Silva Dávila atribuiu essa situação, em que os veículos jornalísticos estão sob pressão crescente, a dois fatores principais. "Os grandes jornais nunca foram tão lidos como acontece hoje. A audiência mensal da Folha é de 35 milhões de 'unique visitors'", afirmou. O segundo aspecto, disse, é a intensidade da polarização na sociedade brasileira. Notícias falsas sempre existiram, afirmou Dávila, o fato novo é a "dimensão que elas alcançaram". Ele citou a expansão do Facebook, que atingiu 2 bilhões de usuários no mundo. Segundo o editor-executivo da Folha, "a massificação do acesso à informação torna cada vez mais importante a atuação do jornalismo profissional". Ele se lembrou de um episódio em dezembro do ano passado, quando recebeu por diferentes meios, como Whatsapp, textos sobre aumento do número de sequestros de crianças em São Paulo. A reportagem verificou que não era verdade e publicou a seguinte notícia: "Boatos sobre sequestros assustam pais em SP" Olivalves, do Facebook, apresentou algumas iniciativas da empresa para enfrentar a propagação das "fake news". Uma delas é criar ferramentas para reduzir o impacto de notícias identificadas como inverídicas. Outra vertente é oferecer meios aos usuários para que saibam evitar conteúdo falso. LÍNGUA PORTUGUESA Lins da Silva também chamou a atenção para a "absurda ignorância da língua portuguesa no jornalismo brasileiro contemporâneo". Segundo ele, o mínimo a fazer para alcançar credibilidade é "ter bom domínio da língua. "Deve ser horrível ser chefe de um jornal hoje em dia com as Redações tão enxutas", disse Lins da Silva. Sorrindo, Dávila consentiu. "Paradoxalmente, o texto médio consegue ser, muitas vezes, superficial e obscuro", afirmou o editor-executivo da Folha. Segundo ele, o jornal tem programas para aperfeiçoar o domínio da língua por parte de seus jornalistas.
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Pai de vítima diz não sentir raiva de copiloto
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O pai do americano Robert Oliver Calvo, 37, que morreu na queda do avião da Germanwings na última terça-feira (24), disse não guardar rancor do copiloto Andreas Lubitz, 27, acusado de derrubar o Airbus. "Eu não sinto raiva [de Lubitz]", disse Robert Tansill Oliver ao "The Guardian". "Eu fico muito triste pelos pais daquele jovem piloto. Não posso imaginar o que eles estão passando agora", completou. Oliver afirma que não pensa em entrar com uma ação legal agora, mas disse esperar que as empresas aéreas mudem seus procedimentos para impedir que casos semelhantes ocorram no futuro. "Eu espero que eles tomem medidas para que o que aconteceu com meu filho não aconteça com mais ninguém", afirmou, emocionado, no vídeo. O pai disse estar em contato com a Embaixada dos EUA em Madri e o consulado americano em Barcelona para saber quais serão os próximos passos. Nesta sexta (27), a polícia francesa disse ter recuperado entre 400 e 600 fragmentos de corpos. "Não encontramos um único corpo intacto", disse o coronel Patrick Touron, um dos responsáveis pelas buscas. Havia 150 pessoas a bordo. Familiares das vítimas já estão contribuindo com amostras de material genético para o reconhecimento dos corpos.
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mundo
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Pai de vítima diz não sentir raiva de copilotoO pai do americano Robert Oliver Calvo, 37, que morreu na queda do avião da Germanwings na última terça-feira (24), disse não guardar rancor do copiloto Andreas Lubitz, 27, acusado de derrubar o Airbus. "Eu não sinto raiva [de Lubitz]", disse Robert Tansill Oliver ao "The Guardian". "Eu fico muito triste pelos pais daquele jovem piloto. Não posso imaginar o que eles estão passando agora", completou. Oliver afirma que não pensa em entrar com uma ação legal agora, mas disse esperar que as empresas aéreas mudem seus procedimentos para impedir que casos semelhantes ocorram no futuro. "Eu espero que eles tomem medidas para que o que aconteceu com meu filho não aconteça com mais ninguém", afirmou, emocionado, no vídeo. O pai disse estar em contato com a Embaixada dos EUA em Madri e o consulado americano em Barcelona para saber quais serão os próximos passos. Nesta sexta (27), a polícia francesa disse ter recuperado entre 400 e 600 fragmentos de corpos. "Não encontramos um único corpo intacto", disse o coronel Patrick Touron, um dos responsáveis pelas buscas. Havia 150 pessoas a bordo. Familiares das vítimas já estão contribuindo com amostras de material genético para o reconhecimento dos corpos.
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Senado da França aprova lei que regula espionagem de dados no país
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O Senado da França aprovou nesta terça-feira (9) a nova lei de inteligência do país, que aumenta a ação das agências de espionagem para o monitoramento de dados de telefone e de internet e as escutas telefônicas. Promovida pelo governo como uma resposta aos ataques ao jornal satírico "Charlie Hebdo" e a um mercado kosher de Paris em janeiro, a medida é criticada pela oposição e por ONGs, que a veem como ameaça às liberdades individuais. A nova legislação de inteligência foi aprovada em segunda leitura pelo Senado, com 251 votos a favor e 68 contrários, recebendo o apoio do Partido Socialista, do presidente François Hollande, e d'Os Republicanos, de Nicolas Sarkozy. Os senadores fizeram algumas mudanças no texto em relação ao aprovado em maio pela Câmara, incluindo a coleta de metadados, que incluem informações sobre os números e a duração de uma chamada telefônica, nas ações a serem feitas pela agência de espionagem. O projeto ainda passará por uma comissão mista do Senado e da Câmara para ser avaliado antes de ser enviado ao Conselho Constitucional francês, a pedido de Hollande, que será responsável pela sanção final. Se ratificado, o projeto permitirá que o governo peça às operadoras de telefonia e de internet informações sobre o fluxo de informação dos usuários com a finalidade de detectar uma ameaça terrorista. Sob a mesma justificativa, o governo poderá recorrer ao uso de microfones e câmeras escondidas, programas de espionagem e uso do sistema de posicionamento global (GPS) de carros e pessoas. A cessão das informações e outras atividades de espionagem, será autorizada por uma comissão de magistrados do Conselho de Estado, do Conselho Constitucional e de parlamentares, não passando de forma direta pela Justiça. TERRORISMO A medida começou a tramitar em 2013, mas ganhou impulso em janeiro depois dos ataques ao "Charlie Hebdo" e ao mercado kosher de Paris, organizados por radicais islâmicos que, ao todo, deixaram 17 mortos. Para os críticos, a intenção do governo é usar o temor provocado pelos atentados terroristas como motivo para limitar as liberdades individuais. Eles citam como exemplo a Lei Patriótica, aprovada nos EUA no calor do 11 de Setembro. No dia 2, a lei americana foi substituída pela Lei da Liberdade, que transfere transfere para as empresas de telefonia a responsabilidade pelos metadados, antes atribuição da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês). A legislação foi alterada depois que se revelaram os abusos da NSA, através de documentos vazados pelo ex-prestador de serviços do órgão Edward Snowden, há dois anos.
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Senado da França aprova lei que regula espionagem de dados no paísO Senado da França aprovou nesta terça-feira (9) a nova lei de inteligência do país, que aumenta a ação das agências de espionagem para o monitoramento de dados de telefone e de internet e as escutas telefônicas. Promovida pelo governo como uma resposta aos ataques ao jornal satírico "Charlie Hebdo" e a um mercado kosher de Paris em janeiro, a medida é criticada pela oposição e por ONGs, que a veem como ameaça às liberdades individuais. A nova legislação de inteligência foi aprovada em segunda leitura pelo Senado, com 251 votos a favor e 68 contrários, recebendo o apoio do Partido Socialista, do presidente François Hollande, e d'Os Republicanos, de Nicolas Sarkozy. Os senadores fizeram algumas mudanças no texto em relação ao aprovado em maio pela Câmara, incluindo a coleta de metadados, que incluem informações sobre os números e a duração de uma chamada telefônica, nas ações a serem feitas pela agência de espionagem. O projeto ainda passará por uma comissão mista do Senado e da Câmara para ser avaliado antes de ser enviado ao Conselho Constitucional francês, a pedido de Hollande, que será responsável pela sanção final. Se ratificado, o projeto permitirá que o governo peça às operadoras de telefonia e de internet informações sobre o fluxo de informação dos usuários com a finalidade de detectar uma ameaça terrorista. Sob a mesma justificativa, o governo poderá recorrer ao uso de microfones e câmeras escondidas, programas de espionagem e uso do sistema de posicionamento global (GPS) de carros e pessoas. A cessão das informações e outras atividades de espionagem, será autorizada por uma comissão de magistrados do Conselho de Estado, do Conselho Constitucional e de parlamentares, não passando de forma direta pela Justiça. TERRORISMO A medida começou a tramitar em 2013, mas ganhou impulso em janeiro depois dos ataques ao "Charlie Hebdo" e ao mercado kosher de Paris, organizados por radicais islâmicos que, ao todo, deixaram 17 mortos. Para os críticos, a intenção do governo é usar o temor provocado pelos atentados terroristas como motivo para limitar as liberdades individuais. Eles citam como exemplo a Lei Patriótica, aprovada nos EUA no calor do 11 de Setembro. No dia 2, a lei americana foi substituída pela Lei da Liberdade, que transfere transfere para as empresas de telefonia a responsabilidade pelos metadados, antes atribuição da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês). A legislação foi alterada depois que se revelaram os abusos da NSA, através de documentos vazados pelo ex-prestador de serviços do órgão Edward Snowden, há dois anos.
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Ministro do STF diz preferir 'excessos' do Ministério Público a 'omissões'
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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello pôs panos quentes no embate entre seu colega Gilmar Mendes e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Sobre a atuação do Ministério Público, disse que prefere o "excesso" à "acomodação". Nesta terça (23), Mendes chamou de "cretino" o autor da proposta defendida pelo Ministério Público e pelo juiz federal Sergio Moro de que provas ilícitas obtidas de boa fé sejam utilizadas em ações. Janot reagiu horas depois, dizendo que vê uma ação orquestrada contra a Operação Lava Jato. Perguntado se o Ministério Público está sem freios, como afirmou Gilmar Mendes no dia anterior, Marco Aurélio Mello considerou eventuais excessos mais vantajosos do que a acomodação. "Há o sistema nacional de freios e contrapesos. O Ministério Público vem atuando, e reafirmo o que venho dizendo: mil vezes o excesso do que a acomodação. E temos o Judiciário para corrigir possíveis erros de procedimentos", opinou. Para Mello, os desentendimentos entre Mendes e Janot estão potencializados. "Os descompassos estão muito potencializados. É hora de pensarmos, acima de tudo, no fortalecimento das instituições, e me refiro não só à polícia e ao MP [Ministério Público], como também ao Judiciário", disse. Conforme já fizera anteriormente, o ministro reafirmou não acreditar que a PGR (Procuradoria-geral da República) tenha vazado informações de depoimentos dos executivos da OAS, entre elas a de que outro ministro do Supremo, Dias Toffoli, teria sido citado. Mello evitou confrontar Gilmar Mendes, para quem o vazamento partiu dos procuradores. "Eu, talvez, não tenha dados que o ministro tem e respeito a opinião de cada qual", finalizou.
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Ministro do STF diz preferir 'excessos' do Ministério Público a 'omissões'O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello pôs panos quentes no embate entre seu colega Gilmar Mendes e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Sobre a atuação do Ministério Público, disse que prefere o "excesso" à "acomodação". Nesta terça (23), Mendes chamou de "cretino" o autor da proposta defendida pelo Ministério Público e pelo juiz federal Sergio Moro de que provas ilícitas obtidas de boa fé sejam utilizadas em ações. Janot reagiu horas depois, dizendo que vê uma ação orquestrada contra a Operação Lava Jato. Perguntado se o Ministério Público está sem freios, como afirmou Gilmar Mendes no dia anterior, Marco Aurélio Mello considerou eventuais excessos mais vantajosos do que a acomodação. "Há o sistema nacional de freios e contrapesos. O Ministério Público vem atuando, e reafirmo o que venho dizendo: mil vezes o excesso do que a acomodação. E temos o Judiciário para corrigir possíveis erros de procedimentos", opinou. Para Mello, os desentendimentos entre Mendes e Janot estão potencializados. "Os descompassos estão muito potencializados. É hora de pensarmos, acima de tudo, no fortalecimento das instituições, e me refiro não só à polícia e ao MP [Ministério Público], como também ao Judiciário", disse. Conforme já fizera anteriormente, o ministro reafirmou não acreditar que a PGR (Procuradoria-geral da República) tenha vazado informações de depoimentos dos executivos da OAS, entre elas a de que outro ministro do Supremo, Dias Toffoli, teria sido citado. Mello evitou confrontar Gilmar Mendes, para quem o vazamento partiu dos procuradores. "Eu, talvez, não tenha dados que o ministro tem e respeito a opinião de cada qual", finalizou.
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Alckmin reforça afirmação de que polícia é vítima de 'preconceito'
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), corroborou a ideia de que a Polícia Militar é vítima de preconceito, como disse seu secretário de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, em entrevista à Folha horas antes. "Às vezes há, sim, críticas injustas", afirmou Alckmin nesta quarta-feira (10), em Nova York, onde está para apresentar um programa de investimentos do Estado. Mais cedo, Barbosa Filho afirmou que não há sequer um nome de PM sob investigação devido à chacina de cinco jovens da zona leste paulistana. O quinteto ficou mais de duas semanas desaparecidos, e seus corpos foram encontrados no domingo (6) em Mogi das Cruzes (Grande São Paulo). Antes do desaparecimento dos cinco, um áudio enviado por um dos jovens citava uma abordagem policial. Cápsulas de pistola.40 compradas pelas polícias Militar e Civil de São Paulo foram encontradas próximo aos restos mortais deles. Para o secretário de Segurança Pública, os policiais são citados como suspeitos neste caso e em outros do tipo devido a "preconceito" contra a corporação. Questionado pela reportagem se concordava com o comentário, o governador deu dois "exemplos práticos" de vezes em que a polícia teria sido tratada de forma equivocada porque cumpria ordens da Justiça. "Às vezes há críticas, sim, injustas, porque a polícia está simplesmente cumprindo o que a Justiça determinou. Nós vivemos em democracia. Eu diria que é preciso, às vezes, entender o papel da polícia", disse Alckmin no Council of the Americas, onde teve um brunch com membros da organização. Nos primeiro exemplo, o governador citou a ação de policiais militares numa escola do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) em Guararema (SP), em que os agentes cumpriam um mandado de prisão e procuravam um integrante do movimento que estaria no local. "[Um juiz do Paraná] deu uma ordem de prisão para pessoas que cometeram crime", declarou. No segundo, afirmou: "Temos muita ocupação, invasão de propriedade em São Paulo. A Justiça determina a reintegração de posse. O que faz a Justiça? Determina que a polícia faça cumprir a decisão. E a polícia tem que ir lá. Infelizmente é muito frequente." "A polícia não tem esse condão de decidir 'ora eu cumpro, ora eu não cumpro'. Então é preciso esclarecer a sociedade."
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cotidiano
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Alckmin reforça afirmação de que polícia é vítima de 'preconceito'O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), corroborou a ideia de que a Polícia Militar é vítima de preconceito, como disse seu secretário de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, em entrevista à Folha horas antes. "Às vezes há, sim, críticas injustas", afirmou Alckmin nesta quarta-feira (10), em Nova York, onde está para apresentar um programa de investimentos do Estado. Mais cedo, Barbosa Filho afirmou que não há sequer um nome de PM sob investigação devido à chacina de cinco jovens da zona leste paulistana. O quinteto ficou mais de duas semanas desaparecidos, e seus corpos foram encontrados no domingo (6) em Mogi das Cruzes (Grande São Paulo). Antes do desaparecimento dos cinco, um áudio enviado por um dos jovens citava uma abordagem policial. Cápsulas de pistola.40 compradas pelas polícias Militar e Civil de São Paulo foram encontradas próximo aos restos mortais deles. Para o secretário de Segurança Pública, os policiais são citados como suspeitos neste caso e em outros do tipo devido a "preconceito" contra a corporação. Questionado pela reportagem se concordava com o comentário, o governador deu dois "exemplos práticos" de vezes em que a polícia teria sido tratada de forma equivocada porque cumpria ordens da Justiça. "Às vezes há críticas, sim, injustas, porque a polícia está simplesmente cumprindo o que a Justiça determinou. Nós vivemos em democracia. Eu diria que é preciso, às vezes, entender o papel da polícia", disse Alckmin no Council of the Americas, onde teve um brunch com membros da organização. Nos primeiro exemplo, o governador citou a ação de policiais militares numa escola do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) em Guararema (SP), em que os agentes cumpriam um mandado de prisão e procuravam um integrante do movimento que estaria no local. "[Um juiz do Paraná] deu uma ordem de prisão para pessoas que cometeram crime", declarou. No segundo, afirmou: "Temos muita ocupação, invasão de propriedade em São Paulo. A Justiça determina a reintegração de posse. O que faz a Justiça? Determina que a polícia faça cumprir a decisão. E a polícia tem que ir lá. Infelizmente é muito frequente." "A polícia não tem esse condão de decidir 'ora eu cumpro, ora eu não cumpro'. Então é preciso esclarecer a sociedade."
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Suspeito de ataque em Fort Lauderdale passou por tratamento psicológico
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O ex-militar Esteban Santiago, 26, suposto atirador que matou cinco pessoas no aeroporto de Fort Lauderdale nesta sexta-feira (6), fez tratamento psicológico após uma visita ao FBI (polícia federal dos EUA) em novembro passado. Santiago chegou à Flórida vindo de Anchorage, no Alasca, onde morava, com conexão em Minneapolis. Ao chegar à sala de restituição de bagagens, retirou a arma que levava de sua mala e abriu fogo contra os passageiros. Agentes de segurança federais disseram à imprensa americana que ele começou um tratamento psicológico depois de visitar a sede do FBI em Anchorage há três meses para relatar uma ocorrência. Santiago foi ao local para dizer que ouvia vozes. Dentre eles, uma dizendo que a CIA (Agência Central de Inteligência) estava lhe forçando a ver vídeos da milícia terrorista Estado Islâmico para dominar sua mente. O suposto atirador acusava a CIA de forçá-lo a aderir à facção. Os agentes afirmam que a polícia local foi chamada e o ex-militar foi voluntariamente a um centro de atendimento psiquiátrico para tratamento. O incidente ocorreu um mês depois de ele ser colocado na reserva do Exército por performance insatisfatória. Apesar disso, não foi cassada a licença de porte e translado de armas, que permitiu o embarque. MILITAR De origem porto-riquenha, o suspeito nasceu no Estado de Nova Jersey, mas aos dois anos de idade se mudou para a ilha. Em 2008 alistou-se na Guarda Nacional de Porto Rico, e dois anos depois foi convocado para o Iraque. Ele ficou de abril de 2010 a fevereiro de 2011 na guerra no país árabe e recebeu um prêmio pela ação em combate antes de voltar. Na época chegou a passar por tratamento por transtorno pós-traumático, mas foi liberado. Mudou-se para Anchorage em 2013 para servir na Guarda Nacional do Alasca como engenheiro de combate. Nesta época ele voltou a ter problemas psicológicos e cometeu delitos. Em 2015 foi acusado de violência doméstica pela namorada após uma briga. O caso foi arquivado depois que ele foi obrigado a seguir guerras estritas. Meses antes havia sido despejado de seu apartamento por não pagar o aluguel de US$ 435. Ele ainda foi acusado de agressão e dano ao patrimônio em Anchorage, mas o processo também foi arquivado. Na mesma época ele deixou seu posto militar diversas vezes, segundo o Pentágono, um dos motivos que levaram a seu afastamento definitivo. Nos últimos meses, ele se tornou pai. Um dos irmãos do suspeito, Brayan Santiago disse, em entrevista ao canal NBC, que não imaginava que seu irmão fosse capaz de um ataque como esse, mas que ele pode ter tido uma visão de seu período na guerra. Segundo Brayan, a família não tinha notícias de Esteban por três semanas, motivo pelo qual eles estavam preocupados. "Ele era uma pessoa comum, espirituosa, do bem", disse.
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mundo
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Suspeito de ataque em Fort Lauderdale passou por tratamento psicológicoO ex-militar Esteban Santiago, 26, suposto atirador que matou cinco pessoas no aeroporto de Fort Lauderdale nesta sexta-feira (6), fez tratamento psicológico após uma visita ao FBI (polícia federal dos EUA) em novembro passado. Santiago chegou à Flórida vindo de Anchorage, no Alasca, onde morava, com conexão em Minneapolis. Ao chegar à sala de restituição de bagagens, retirou a arma que levava de sua mala e abriu fogo contra os passageiros. Agentes de segurança federais disseram à imprensa americana que ele começou um tratamento psicológico depois de visitar a sede do FBI em Anchorage há três meses para relatar uma ocorrência. Santiago foi ao local para dizer que ouvia vozes. Dentre eles, uma dizendo que a CIA (Agência Central de Inteligência) estava lhe forçando a ver vídeos da milícia terrorista Estado Islâmico para dominar sua mente. O suposto atirador acusava a CIA de forçá-lo a aderir à facção. Os agentes afirmam que a polícia local foi chamada e o ex-militar foi voluntariamente a um centro de atendimento psiquiátrico para tratamento. O incidente ocorreu um mês depois de ele ser colocado na reserva do Exército por performance insatisfatória. Apesar disso, não foi cassada a licença de porte e translado de armas, que permitiu o embarque. MILITAR De origem porto-riquenha, o suspeito nasceu no Estado de Nova Jersey, mas aos dois anos de idade se mudou para a ilha. Em 2008 alistou-se na Guarda Nacional de Porto Rico, e dois anos depois foi convocado para o Iraque. Ele ficou de abril de 2010 a fevereiro de 2011 na guerra no país árabe e recebeu um prêmio pela ação em combate antes de voltar. Na época chegou a passar por tratamento por transtorno pós-traumático, mas foi liberado. Mudou-se para Anchorage em 2013 para servir na Guarda Nacional do Alasca como engenheiro de combate. Nesta época ele voltou a ter problemas psicológicos e cometeu delitos. Em 2015 foi acusado de violência doméstica pela namorada após uma briga. O caso foi arquivado depois que ele foi obrigado a seguir guerras estritas. Meses antes havia sido despejado de seu apartamento por não pagar o aluguel de US$ 435. Ele ainda foi acusado de agressão e dano ao patrimônio em Anchorage, mas o processo também foi arquivado. Na mesma época ele deixou seu posto militar diversas vezes, segundo o Pentágono, um dos motivos que levaram a seu afastamento definitivo. Nos últimos meses, ele se tornou pai. Um dos irmãos do suspeito, Brayan Santiago disse, em entrevista ao canal NBC, que não imaginava que seu irmão fosse capaz de um ataque como esse, mas que ele pode ter tido uma visão de seu período na guerra. Segundo Brayan, a família não tinha notícias de Esteban por três semanas, motivo pelo qual eles estavam preocupados. "Ele era uma pessoa comum, espirituosa, do bem", disse.
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'Fora, Temer!' no Carnaval dos juros
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Não é muito difícil puxar um coro de "Fora, Temer!" no Carnaval de um país esfolado pela recessão, rachado por ódios variados e com um presidente tão popular quanto a Dilma Rousseff dos últimos dias. É um tanto menos difícil fazê-lo em São Paulo, por exemplo, onde tantos blocos juntam pessoas do "mundo da cultura", vamos simplificar assim, que em geral consideram Michel Temer repugnante. Houve protestos carnavalescos notáveis também em Salvador, Rio, Belo Horizonte e Recife. Dilma não teve blocos berrantes contra si, apesar das vaias em certos jogos de futebol. Sim, teve milhões nas ruas pedindo a sua cabeça, em outros tipos de desfiles, com outras turmas. De qualquer modo, os gritos não soam nada bem para Temer, na véspera de um mês que parece muito cinzento para o governo. Mês de ministros no cadafalso, mês de delações mortíferas, de protestos de rua, talvez greves e, crucial, dos primeiros testes da reforma da Previdência. Mas não apenas. Boa parte do povo ainda não sente melhorias, afora no caso da inflação, talvez um tico melhor com o FGTS. Mas ainda tem muita coisa ruim na contramão. Tome-se o caso das taxas de juros nos bancos. Em vez de cair, têm subido desde outubro, quando o Banco Central começou a reduzir a Selic, a taxa "básica" da economia, e a inadimplência e o custo do dinheiro para os bancos passaram a cair. Não vem muito ao caso a economia da coisa, porém. O povo endividado e exaurido nas ruas não viu queda alguma de juros. Para piorar, dissemina-se mesmo entre gente da elite uma onda nova de irritação contra os juros. O governo, mesmo no feriado, diz que "está alerta" e "ao longo de março" vai tomar alguma atitude, sabe-se lá qual, pois não há muito a fazer no curtíssimo prazo. Talvez o governo faça alguma marola midiática. Quanto a desemprego, porém, nada terá a dizer. O PMDB vai alardear os ditos feitos de Temer em campanhas publicitárias: o direito de sacar o FGTS, inflação e juros em baixa. O governo vai continuar a animar a torcida, como o faz desde janeiro, acenando com os pompons do fim da recessão, o que para quase qualquer pessoa da rua é uma abstração, mesmo que seja verdade. Talvez gaste melhor o seu verbo convencendo deputados a aprovar a reforma da Previdência. Em caso de naufrágio previdenciário, Temer perde parte da boa vontade da elite econômica reformista, que talvez ainda lhe dê apoio como um tampão (uma eleição de novo presidente no Congresso promoveria confusão e recaída econômica). Mas, com menos corda para segurar a pinguela econômica, pode haver menos apoio para segurar a cassação de Temer no TSE. Sim, a discussão é quase explícita. O governo está entre a cruz possível das "ruas", iradas por vários motivos e de mau humor com a mudança na aposentadoria, e a caldeirinha acesa das reformas em risco e do decorrente estrago econômico e político (entre a elite). "Cruz possível" das ruas, ressalte-se o possível: seria preciso uma conturbação grande para abalar ou imobilizar o governo. Por ora, há a promessa de protesto de esquerda marcado para uma quarta-feira, dia improvável para ajuntamento de massa, e protesto de direita "para inglês ver", contra a corrupção dos amigos de Temer.
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colunas
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'Fora, Temer!' no Carnaval dos jurosNão é muito difícil puxar um coro de "Fora, Temer!" no Carnaval de um país esfolado pela recessão, rachado por ódios variados e com um presidente tão popular quanto a Dilma Rousseff dos últimos dias. É um tanto menos difícil fazê-lo em São Paulo, por exemplo, onde tantos blocos juntam pessoas do "mundo da cultura", vamos simplificar assim, que em geral consideram Michel Temer repugnante. Houve protestos carnavalescos notáveis também em Salvador, Rio, Belo Horizonte e Recife. Dilma não teve blocos berrantes contra si, apesar das vaias em certos jogos de futebol. Sim, teve milhões nas ruas pedindo a sua cabeça, em outros tipos de desfiles, com outras turmas. De qualquer modo, os gritos não soam nada bem para Temer, na véspera de um mês que parece muito cinzento para o governo. Mês de ministros no cadafalso, mês de delações mortíferas, de protestos de rua, talvez greves e, crucial, dos primeiros testes da reforma da Previdência. Mas não apenas. Boa parte do povo ainda não sente melhorias, afora no caso da inflação, talvez um tico melhor com o FGTS. Mas ainda tem muita coisa ruim na contramão. Tome-se o caso das taxas de juros nos bancos. Em vez de cair, têm subido desde outubro, quando o Banco Central começou a reduzir a Selic, a taxa "básica" da economia, e a inadimplência e o custo do dinheiro para os bancos passaram a cair. Não vem muito ao caso a economia da coisa, porém. O povo endividado e exaurido nas ruas não viu queda alguma de juros. Para piorar, dissemina-se mesmo entre gente da elite uma onda nova de irritação contra os juros. O governo, mesmo no feriado, diz que "está alerta" e "ao longo de março" vai tomar alguma atitude, sabe-se lá qual, pois não há muito a fazer no curtíssimo prazo. Talvez o governo faça alguma marola midiática. Quanto a desemprego, porém, nada terá a dizer. O PMDB vai alardear os ditos feitos de Temer em campanhas publicitárias: o direito de sacar o FGTS, inflação e juros em baixa. O governo vai continuar a animar a torcida, como o faz desde janeiro, acenando com os pompons do fim da recessão, o que para quase qualquer pessoa da rua é uma abstração, mesmo que seja verdade. Talvez gaste melhor o seu verbo convencendo deputados a aprovar a reforma da Previdência. Em caso de naufrágio previdenciário, Temer perde parte da boa vontade da elite econômica reformista, que talvez ainda lhe dê apoio como um tampão (uma eleição de novo presidente no Congresso promoveria confusão e recaída econômica). Mas, com menos corda para segurar a pinguela econômica, pode haver menos apoio para segurar a cassação de Temer no TSE. Sim, a discussão é quase explícita. O governo está entre a cruz possível das "ruas", iradas por vários motivos e de mau humor com a mudança na aposentadoria, e a caldeirinha acesa das reformas em risco e do decorrente estrago econômico e político (entre a elite). "Cruz possível" das ruas, ressalte-se o possível: seria preciso uma conturbação grande para abalar ou imobilizar o governo. Por ora, há a promessa de protesto de esquerda marcado para uma quarta-feira, dia improvável para ajuntamento de massa, e protesto de direita "para inglês ver", contra a corrupção dos amigos de Temer.
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Obra da Sabesp pode deixar região do Morumbi sem água nesta quinta-feira
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Uma obra da Sabesp pode afetar o abastecimento de água a 29 bairros da região do Morumbi, zona oeste de São Paulo, nesta quinta-feira (23). A expectativa é que os trabalhos comecem por volta das 6h e sejam concluídos às 21h, quando o fornecimento de água começará a ser retomado de forma gradual. Com isso, a Sabesp pede que os moradores evitem desperdícios. Segundo a Sabesp, a obra vai acontecer na avenida Dr. Guilherme Dumont Vilares e tem o objetivo de fazer a interligação do sistema de bombeamento de água, o que deve melhorar o sistema de abastecimento para cerca de 150 mil pessoas. Em caso de emergência, os moradores podem falar com a Sabesp pelo telefone 195. A ligação é gratuita. Veja os bairros que podem ser afetados: Morumbi, Lar São Paulo, Jardim Londrina, Vila Campo Belo, Jardim Monte Kemel, Jardim Colombo, Vila Suzana, Jardim Viana, Real Parque, Vila Morumbi, Jardim Leonor, Jardim Panorama, Paineiras do Morumbi, Pirajussara, Jardim Elisa, Jardim Nova Taboão, Prestes Maia, Jardim Piracuama, Vila Ferreirinha, Parque Arariba, Jardim Novo Oriente, Jardim Ipê e parte dos bairros Cidade Jardim, Super Quadra Morumbi, Campo Limpo, Jardim Rebouças, Jardim Ingá, Vila Andrade e Jardim Colégio.
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cotidiano
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Obra da Sabesp pode deixar região do Morumbi sem água nesta quinta-feiraUma obra da Sabesp pode afetar o abastecimento de água a 29 bairros da região do Morumbi, zona oeste de São Paulo, nesta quinta-feira (23). A expectativa é que os trabalhos comecem por volta das 6h e sejam concluídos às 21h, quando o fornecimento de água começará a ser retomado de forma gradual. Com isso, a Sabesp pede que os moradores evitem desperdícios. Segundo a Sabesp, a obra vai acontecer na avenida Dr. Guilherme Dumont Vilares e tem o objetivo de fazer a interligação do sistema de bombeamento de água, o que deve melhorar o sistema de abastecimento para cerca de 150 mil pessoas. Em caso de emergência, os moradores podem falar com a Sabesp pelo telefone 195. A ligação é gratuita. Veja os bairros que podem ser afetados: Morumbi, Lar São Paulo, Jardim Londrina, Vila Campo Belo, Jardim Monte Kemel, Jardim Colombo, Vila Suzana, Jardim Viana, Real Parque, Vila Morumbi, Jardim Leonor, Jardim Panorama, Paineiras do Morumbi, Pirajussara, Jardim Elisa, Jardim Nova Taboão, Prestes Maia, Jardim Piracuama, Vila Ferreirinha, Parque Arariba, Jardim Novo Oriente, Jardim Ipê e parte dos bairros Cidade Jardim, Super Quadra Morumbi, Campo Limpo, Jardim Rebouças, Jardim Ingá, Vila Andrade e Jardim Colégio.
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Diretores de TV, cineastas, dramaturgos e escritores traduzem 2016
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Grandes tragédias, mortes dolorosas, reviravoltas políticas: os acontecimentos de 2016, por vezes, pareciam ter saído de um roteiro de filme, de uma série de TV, de uma tragédia grega. E, caso fossem mesmo obra de ficção, qual seria? A "Ilustrada" perguntou a personalidades do mundo das artes: se 2016 fosse... h1.... UM LIVRO, QUEM TERIA ESCRITO? "Kafka de 'Na Colônia Penal. Porque nessa novela o poder age em nome de si mesmo e o condenado, por uma causa ínfima, acaba sentindo prazer pela punição, que é feita de forma impessoal e moralizante." NOEMI JAFFE, escritora e crítica literária "Mary Shelley. Ninguém sabe onde essa criatura (a coisa que desmanda no país) monstruosa e fora de controle vai parar... E nem quem é ou onde se esconde seu verdadeiro criador." MARIA VALÉRIA REZENDE, escritora "2016 cabe inteirinho na Trilogia U.S.A., do escritor norte-americano John dos Passos. Até sua técnica ficcional -prosa que combina o recorte de jornal com a imagem de cinema- é eficiente para apanhar o dia a dia irascível de 2016." SILVIANO SANTIAGO, crítico literário e escritor "Seria um romance escrito a muitas mãos, e também por isso, tão indigesto de ler. O enredo distópico ficaria a cargo de Philip K. Dick. Patricia Highsmith desenharia os personagens principais. Edgar Allan Poe forneceria a ambientação, o clima geral da obra, auxiliado por Lúcio Cardoso. As cenas de ação ficariam por conta de Rubem Fonseca. Fiodor Dostoievski responderia pela dimensão psicológica. Os diálogos seriam puro Samuel Beckett. William Burroughs entraria com os toques de esperança e lirismo." SERGIO RODRIGUES, ESCRITOR E JORNALISTA h1.... UM PROGRAMA DE TV, QUAL SERIA? "'Topa Tudo por Dinheiro'. Por tudo o que a gente viu na política, de dinheiro indo para lá e para cá, os bilhões desviados de todos os buracos possíveis e imagináveis. Inclusive a questão do aviãozinho de dinheiro teve também: aqui, é aviãozinho levando dinheiro para lá e para cá. Esse é o programa da política brasileira." MARCIUS MELHEM, ator e roteirista do 'Tá no Ar' e do 'Zorra' "'Vale Tudo'. Porque mostra um número enorme de personagens de mau-caráter, sem ética, nem vergonha.Além disso tem duas vilãs antológicas, uma morre e a outra acaba bem, a nós só resta torcer pelo melhor final..." SILVIO DE ABREU, diretor de teledramaturgia da Globo "'House of Cards', porque a desonestidade e maquiavelismo dos homens públicos comandaram as emoções no Brasil e no mundo." FERNANDA YOUNG, ESCRITORA E ROTEIRISTA "'Apocalipse', a próxima novela da Record. Porque foi um ano difícil, em que muita coisa deu errado. Trump assumiu e tudo se encaminha para isso [apocalipse]." FÁBIO PORCHAT, roteirista e apresentador h1....UM FILME, QUEM SERIA O DIRETOR? "Buttman: feio, mal-feito e só putaria." KLEBER MENDONÇA FILHO, diretor "Buñuel. Pelo tom surrealista das ações das elites" ANNA MUYLAERT, diretora "Tarkovsky. Há aspereza e poesia nas obsessões humanas, e há também um mundo pronto para reagir a elas." FÁBIO BALDO, diretor "David Lynch: um ano vertiginoso, de tirar o fôlego, que nos mostrou que a realidade pode se transformar em pesadelo." ANITA ROCHA DA SILVEIRA, diretora "Brian De Palma, diretor de 'Os Intocáveis'. O surgimento do nosso Eliot Ness, aqui na forma do juiz Moro, desbaratando toda a máfia criminosa do andar de cima. Um drama policial tupiniquim surpreendente e inimaginável sobre a corrupção das políticas públicas no Brasil." GUILHERME FONTES, diretor "Spielberg. Com ele, seria uma história emocionante, com uma mensagem linda no final. Depois de um terremoto que destrói tudo, tem um final feliz." JAYME MONJARDIM, diretor de cinema e TV "Glauber Rocha, diretor de "Terra em Transe". Porque é o olhar de um cineasta que acredita que só a miragem nos salvará." JOSÉ LUIZ VILLAMARIM, diretor h1.....UMA PEÇA DE TEATRO, QUAL SERIA? "'As Bruxas de Salem', de Arthur Miller: uma metáfora para as perseguições políticas da época, a religião mostrando sua força, um clima de extremismo, intolerância, retrocesso e medo." LEONARDO MOREIRA, diretor e dramaturgo "'Hamlet', de Shakespeare. Ali está tudo: o governo deposto com veneno no ouvido, o povo com sede de vingança. É a cara do que a gente viu no Brasil neste ano." FELIPE HIRSCH, diretor "Uma peça de Eugène Ionesco, que retrata um mundo apocalíptico, aprisionado em seus preconceitos, no qual todos gritam clichês e ninguém é capaz de ouvir o outro. Como "O Rinoceronte", que nos mostra como a subjetividade de um povo é frágil e suscetível de ser cooptada." ROBERTO ALVIM, diretor e dramaturgo "No Brasil, uma tragédia de Nelson Rodrigues, com coro de vizinhos com panelas e muita traição. Nas palavras de Nelson: "Uma obra pestilenta, fétida, capaz de produzir o tifo e a malária na plateia". Como em "Álbum de Família", com um speaker que dá informações erradas e se transforma numa espécie de opinião pública. No mundo, 2016 foi uma tragédia grega." ADERBAL FREIRE-FILHO, diretor "'O Rei da Vela', de Oswald de Andrade. É o americano falando "good business", é o golpe de Abelardo sobre Abelardo [na peça, Abelardo II dá um golpe em seu sócio Abelardo I]." CIBELE FORJAZ, diretora h1.... UMA CANÇÃO, DE QUEM SERIA? "Modéstia à parte, seria minha mesmo, pois faço uma música universal, que abrange todos os povos do mundo, sem preconceitos, e só prima pela qualidade. 2016 foi um ano bom, apesar dos problemas, porque o mundo é mesmo um lugar de obstáculos e as provações da vida são para a evolução, que não é aqui." HERMETO PASCOAL, COMPOSITOR E MÚSICO MULTI-INSTRUMENTISTA "Se 2016 fosse uma única música, os compositores seriam os mesmos do núcleo criativo do meu disco "A Mulher do Fim do Mundo", que é aquela rapaziada maravilhosa de São Paulo: Kiko Dinucci, Romulo Fróes, Rodrigo Campos, entre outros. Só eles poderiam traduzir esse ano tão intenso, com assuntos tão espinhosos, de maneira esperta e moderna." ELZA SOARES, CANTORA "Este ano revelou o que há de pior na sociedade brasileira, só os Racionais para desmascarar 2016." PAULO MIKLOS, MÚSICO, EX-VOCALISTA DO TITÃS "Se 2016 fosse uma canção, seria "Serenata", de Franz Schubert e Ludwig Rellstab, uma música por um mundo maior e melhor." ARTHUR NESTROVSKI, DIRETOR ARTÍSTICO DA OSESP "Seria depressiva, como o Waldick Soriano em "Eu Não Sou Cachorro Não". Isso talvez seja o que o povo está cantando, porque existe uma crise estabelecida, uma violência muito grande, crise dos refugiados, guerra na Síria. Espero que em 2017 as coisas venham a melhorar." ALCEU VALENÇA, CANTOR E COMPOSITOR "Seria a própria humanidade, com suas qualidades e defeitos. Talvez o Noel Rosa, com sua grande capacidade de cronista, pudesse ter escrito uma canção com tanto vai e vem, com incompreensão da realidade, e também esperança no que vem pela frente." HAMILTON DE HOLANDA, BANDOLINISTA E COMPOSITOR
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ilustrada
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Diretores de TV, cineastas, dramaturgos e escritores traduzem 2016Grandes tragédias, mortes dolorosas, reviravoltas políticas: os acontecimentos de 2016, por vezes, pareciam ter saído de um roteiro de filme, de uma série de TV, de uma tragédia grega. E, caso fossem mesmo obra de ficção, qual seria? A "Ilustrada" perguntou a personalidades do mundo das artes: se 2016 fosse... h1.... UM LIVRO, QUEM TERIA ESCRITO? "Kafka de 'Na Colônia Penal. Porque nessa novela o poder age em nome de si mesmo e o condenado, por uma causa ínfima, acaba sentindo prazer pela punição, que é feita de forma impessoal e moralizante." NOEMI JAFFE, escritora e crítica literária "Mary Shelley. Ninguém sabe onde essa criatura (a coisa que desmanda no país) monstruosa e fora de controle vai parar... E nem quem é ou onde se esconde seu verdadeiro criador." MARIA VALÉRIA REZENDE, escritora "2016 cabe inteirinho na Trilogia U.S.A., do escritor norte-americano John dos Passos. Até sua técnica ficcional -prosa que combina o recorte de jornal com a imagem de cinema- é eficiente para apanhar o dia a dia irascível de 2016." SILVIANO SANTIAGO, crítico literário e escritor "Seria um romance escrito a muitas mãos, e também por isso, tão indigesto de ler. O enredo distópico ficaria a cargo de Philip K. Dick. Patricia Highsmith desenharia os personagens principais. Edgar Allan Poe forneceria a ambientação, o clima geral da obra, auxiliado por Lúcio Cardoso. As cenas de ação ficariam por conta de Rubem Fonseca. Fiodor Dostoievski responderia pela dimensão psicológica. Os diálogos seriam puro Samuel Beckett. William Burroughs entraria com os toques de esperança e lirismo." SERGIO RODRIGUES, ESCRITOR E JORNALISTA h1.... UM PROGRAMA DE TV, QUAL SERIA? "'Topa Tudo por Dinheiro'. Por tudo o que a gente viu na política, de dinheiro indo para lá e para cá, os bilhões desviados de todos os buracos possíveis e imagináveis. Inclusive a questão do aviãozinho de dinheiro teve também: aqui, é aviãozinho levando dinheiro para lá e para cá. Esse é o programa da política brasileira." MARCIUS MELHEM, ator e roteirista do 'Tá no Ar' e do 'Zorra' "'Vale Tudo'. Porque mostra um número enorme de personagens de mau-caráter, sem ética, nem vergonha.Além disso tem duas vilãs antológicas, uma morre e a outra acaba bem, a nós só resta torcer pelo melhor final..." SILVIO DE ABREU, diretor de teledramaturgia da Globo "'House of Cards', porque a desonestidade e maquiavelismo dos homens públicos comandaram as emoções no Brasil e no mundo." FERNANDA YOUNG, ESCRITORA E ROTEIRISTA "'Apocalipse', a próxima novela da Record. Porque foi um ano difícil, em que muita coisa deu errado. Trump assumiu e tudo se encaminha para isso [apocalipse]." FÁBIO PORCHAT, roteirista e apresentador h1....UM FILME, QUEM SERIA O DIRETOR? "Buttman: feio, mal-feito e só putaria." KLEBER MENDONÇA FILHO, diretor "Buñuel. Pelo tom surrealista das ações das elites" ANNA MUYLAERT, diretora "Tarkovsky. Há aspereza e poesia nas obsessões humanas, e há também um mundo pronto para reagir a elas." FÁBIO BALDO, diretor "David Lynch: um ano vertiginoso, de tirar o fôlego, que nos mostrou que a realidade pode se transformar em pesadelo." ANITA ROCHA DA SILVEIRA, diretora "Brian De Palma, diretor de 'Os Intocáveis'. O surgimento do nosso Eliot Ness, aqui na forma do juiz Moro, desbaratando toda a máfia criminosa do andar de cima. Um drama policial tupiniquim surpreendente e inimaginável sobre a corrupção das políticas públicas no Brasil." GUILHERME FONTES, diretor "Spielberg. Com ele, seria uma história emocionante, com uma mensagem linda no final. Depois de um terremoto que destrói tudo, tem um final feliz." JAYME MONJARDIM, diretor de cinema e TV "Glauber Rocha, diretor de "Terra em Transe". Porque é o olhar de um cineasta que acredita que só a miragem nos salvará." JOSÉ LUIZ VILLAMARIM, diretor h1.....UMA PEÇA DE TEATRO, QUAL SERIA? "'As Bruxas de Salem', de Arthur Miller: uma metáfora para as perseguições políticas da época, a religião mostrando sua força, um clima de extremismo, intolerância, retrocesso e medo." LEONARDO MOREIRA, diretor e dramaturgo "'Hamlet', de Shakespeare. Ali está tudo: o governo deposto com veneno no ouvido, o povo com sede de vingança. É a cara do que a gente viu no Brasil neste ano." FELIPE HIRSCH, diretor "Uma peça de Eugène Ionesco, que retrata um mundo apocalíptico, aprisionado em seus preconceitos, no qual todos gritam clichês e ninguém é capaz de ouvir o outro. Como "O Rinoceronte", que nos mostra como a subjetividade de um povo é frágil e suscetível de ser cooptada." ROBERTO ALVIM, diretor e dramaturgo "No Brasil, uma tragédia de Nelson Rodrigues, com coro de vizinhos com panelas e muita traição. Nas palavras de Nelson: "Uma obra pestilenta, fétida, capaz de produzir o tifo e a malária na plateia". Como em "Álbum de Família", com um speaker que dá informações erradas e se transforma numa espécie de opinião pública. No mundo, 2016 foi uma tragédia grega." ADERBAL FREIRE-FILHO, diretor "'O Rei da Vela', de Oswald de Andrade. É o americano falando "good business", é o golpe de Abelardo sobre Abelardo [na peça, Abelardo II dá um golpe em seu sócio Abelardo I]." CIBELE FORJAZ, diretora h1.... UMA CANÇÃO, DE QUEM SERIA? "Modéstia à parte, seria minha mesmo, pois faço uma música universal, que abrange todos os povos do mundo, sem preconceitos, e só prima pela qualidade. 2016 foi um ano bom, apesar dos problemas, porque o mundo é mesmo um lugar de obstáculos e as provações da vida são para a evolução, que não é aqui." HERMETO PASCOAL, COMPOSITOR E MÚSICO MULTI-INSTRUMENTISTA "Se 2016 fosse uma única música, os compositores seriam os mesmos do núcleo criativo do meu disco "A Mulher do Fim do Mundo", que é aquela rapaziada maravilhosa de São Paulo: Kiko Dinucci, Romulo Fróes, Rodrigo Campos, entre outros. Só eles poderiam traduzir esse ano tão intenso, com assuntos tão espinhosos, de maneira esperta e moderna." ELZA SOARES, CANTORA "Este ano revelou o que há de pior na sociedade brasileira, só os Racionais para desmascarar 2016." PAULO MIKLOS, MÚSICO, EX-VOCALISTA DO TITÃS "Se 2016 fosse uma canção, seria "Serenata", de Franz Schubert e Ludwig Rellstab, uma música por um mundo maior e melhor." ARTHUR NESTROVSKI, DIRETOR ARTÍSTICO DA OSESP "Seria depressiva, como o Waldick Soriano em "Eu Não Sou Cachorro Não". Isso talvez seja o que o povo está cantando, porque existe uma crise estabelecida, uma violência muito grande, crise dos refugiados, guerra na Síria. Espero que em 2017 as coisas venham a melhorar." ALCEU VALENÇA, CANTOR E COMPOSITOR "Seria a própria humanidade, com suas qualidades e defeitos. Talvez o Noel Rosa, com sua grande capacidade de cronista, pudesse ter escrito uma canção com tanto vai e vem, com incompreensão da realidade, e também esperança no que vem pela frente." HAMILTON DE HOLANDA, BANDOLINISTA E COMPOSITOR
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Diretor de ministério também postou mensagens vinculando Aécio a drogas
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Um diretor do Ministério do Desenvolvimento Social é dono de um perfil em redes sociais que, segundo a Justiça de São Paulo, disseminou mensagens na internet vinculando o senador Aécio Neves (PSDB-MG) a apreensão de drogas. Luiz Müller é militante do PT do Rio Grande do Sul e ocupa o cargo de diretor de inclusão produtiva na pasta. Sua área é vinculada à Secretaria Extraordinária de Superação da Extrema Pobreza (SESEP). O petista é um dos alvos da ação que o tucano move na Justiça desde o ano passado para ter acesso aos dados de internautas que publicaram mensagens em redes sociais vinculando Aécio ao consumo ou tráfico de drogas. Seu perfil está entre os que o juiz Helmer Augusto Toqueton Amaral determinou a quebra de sigilo por entender que, dado o conteúdo de algumas mensagens, Müller vinculou o senador a "apreensão" de drogas. É o segundo caso de um servidor federal que atuou nas redes durante a campanha presidencial de 2014 e acabou alvo da ação movida por Aécio. Como revelou a Folha nesta quarta (17), redes do Ministério da Fazenda e do Serpro, estatal responsável pelo sistema de tecnologia da informação de todo o governo federal, foram usadas por um petista, Márcio de Araújo Benedito, que a Justiça diz ter disseminado mensagens com acusações de que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) traficava e consumia drogas. Benedito é chefe da divisão de "projetos e tecnologias educacionais" do Serpro em Belo Horizonte. A reportagem não conseguiu localizar Müller por telefone, mas ele publicou um texto em um blog, em setembro do ano passado, após ser notificado da ofensiva judicial de Aécio. No artigo, ele condena a iniciativa do senador e se defende das acusações. "Reproduzo no perfil do Twitter textos deste e de outros blogs, com conteúdo e argumentos. Nunca fiz nenhuma 'acusação' a ninguém e a nenhum candidato", escreveu Muller. "Publico neste blog e repercuto no Twitter ideias e propostas e contesto com argumentos, ideias e propostas das quais eu discordo", afirmou. Ele afirmou no texto que "os representantes do neoliberalismo têm medo dos que professam ideias. Por isto acusam a mim e a outros tuiteiros". "Querem calar os que contestam o entreguismo do patrimônio nacional, explícito em seus programas. Não me calarão. Ajudei a construir o PT. E junto com tantos milhões de Brasileiros ajudamos a eleger um operário e uma mulher para a Presidência da República", concluiu.
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poder
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Diretor de ministério também postou mensagens vinculando Aécio a drogasUm diretor do Ministério do Desenvolvimento Social é dono de um perfil em redes sociais que, segundo a Justiça de São Paulo, disseminou mensagens na internet vinculando o senador Aécio Neves (PSDB-MG) a apreensão de drogas. Luiz Müller é militante do PT do Rio Grande do Sul e ocupa o cargo de diretor de inclusão produtiva na pasta. Sua área é vinculada à Secretaria Extraordinária de Superação da Extrema Pobreza (SESEP). O petista é um dos alvos da ação que o tucano move na Justiça desde o ano passado para ter acesso aos dados de internautas que publicaram mensagens em redes sociais vinculando Aécio ao consumo ou tráfico de drogas. Seu perfil está entre os que o juiz Helmer Augusto Toqueton Amaral determinou a quebra de sigilo por entender que, dado o conteúdo de algumas mensagens, Müller vinculou o senador a "apreensão" de drogas. É o segundo caso de um servidor federal que atuou nas redes durante a campanha presidencial de 2014 e acabou alvo da ação movida por Aécio. Como revelou a Folha nesta quarta (17), redes do Ministério da Fazenda e do Serpro, estatal responsável pelo sistema de tecnologia da informação de todo o governo federal, foram usadas por um petista, Márcio de Araújo Benedito, que a Justiça diz ter disseminado mensagens com acusações de que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) traficava e consumia drogas. Benedito é chefe da divisão de "projetos e tecnologias educacionais" do Serpro em Belo Horizonte. A reportagem não conseguiu localizar Müller por telefone, mas ele publicou um texto em um blog, em setembro do ano passado, após ser notificado da ofensiva judicial de Aécio. No artigo, ele condena a iniciativa do senador e se defende das acusações. "Reproduzo no perfil do Twitter textos deste e de outros blogs, com conteúdo e argumentos. Nunca fiz nenhuma 'acusação' a ninguém e a nenhum candidato", escreveu Muller. "Publico neste blog e repercuto no Twitter ideias e propostas e contesto com argumentos, ideias e propostas das quais eu discordo", afirmou. Ele afirmou no texto que "os representantes do neoliberalismo têm medo dos que professam ideias. Por isto acusam a mim e a outros tuiteiros". "Querem calar os que contestam o entreguismo do patrimônio nacional, explícito em seus programas. Não me calarão. Ajudei a construir o PT. E junto com tantos milhões de Brasileiros ajudamos a eleger um operário e uma mulher para a Presidência da República", concluiu.
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Com inéditas, 'Trinca de Ases' nivela Nando Reis, Gilberto Gil e Gal Costa
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Enquanto Nando Reis, 54, era um adolescente, antes mesmo de despontar como o baixista dos Titãs, Gal Costa, 71, e Gilberto Gil, 75, já traçavam novos contornos da música brasileira. "Eu os tinha como ídolos", conta Reis. Agora, já um músico veterano, ele sobe ao palco ao lado daqueles que, segundo ele, foram decisivos para sua carreira. O trio dá o pontapé inicial da turnê "Trinca de Ases" nesta sexta (4) em São Paulo, antes de seguir para outras capitais brasileiras. A união dá sequência a uma leva de turnês conjuntas e comemorativas, como as recentes "Grande Encontro", que reuniu Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo, e "Dois Amigos, Um Século de Música", que celebrou as carreiras de Caetano e Gil. "A gente gosta dessas junções, há muito respeito entre os artistas", diz Gil. A ideia para "Trinca de Ases", ele conta, surgiu depois de um encontro em Brasília durante uma homenagem a Ulysses Guimarães no ano passado. "Algo aconteceu ali que nos agradou", diz Reis. "Surgiu uma faísca que nos deu vontade de continuar." Essa reunião, diz, serviu para que seus ídolos conhecessem o seu repertório tão a fundo quanto ele já conhecia os deles. "O trabalho real trouxe uma desmistificação e uma humanização que acabou aumentando a minha admiração por eles." Gal diz se sentir "muito feliz sendo ponto de referências para artistas" como Nando Reis. "É muito gratificante saber que você pode espalhar sementes por aí." Os ensaios para a turnê interromperam os projetos paralelos. Gal, seguia com a turnê "Estratosférica", Nando com a do disco "Jardim-Pomar" e Gil com a gravação de seu próximo álbum. Para além das inéditas de seu novo trabalho, compostas durante suas internações durante o último ano, Gil apresenta agora "Trinca de Ases", que nomeia o projeto e descreve seus idealizadores. A seleção também inclui outros dois temas inéditos: "Dupla de Ás" e "Tocarte", primeira parceria entre Gil e Nando Reis, e uma série de releituras de obras bem conhecidas do público na interpretação dos três. Uma quarta faixa, composta por Nando Reis em homenagem a Gal, deve figurar em um próximo trabalho da cantora. "Eu me meti pouco, não dei muito palpite no repertório", diz Gil, que preferiu se dedicar aos arranjos. "Há uma exigência musical de adequação dos nossos números, principalmente das músicas que foram gravadas em estúdios, já muito celebradas", completa. "Baby", que segundo o Ecad é a canção mais gravada por Gal, é uma das que ganharam uma nova roupagem a partir dos arranjos de Gil. "É sempre possível lançar um novo olhar sobre uma obra conhecida, é só você ter coragem e se jogar numa sonoridade nova", diz a cantora. "É um risco", completa Nando Reis, uma vez que canções consagradas "não estão só impressas nos ouvidos, dedos e cordas vocais dos artistas, como também no imaginário popular." Para acompanhá-los nos shows, sem que houvesse "um vício de linguagem das identidades musicais muito forte dos artistas", diz Reis, foram escalados músicos que não integram as respectivas bandas: o baixista pernambucano Magno Brito e o percussionista baiano Kainan do Jêjê. Reis, aliás, exalta a preocupação com uma horizontalidade no projeto que o forçou a "dissociar admiração de reverência". "A ideia sempre foi um trabalho coletivo. Não sou convidado, sou um pilar. A contribuição da minha musicalidade está num pé de igualdade." TRINCA DE ASES QUANDO sex. (4) e sáb. (5), às 22h ONDE Citibank Hall, av. das Nações Unidas, 17.955, tel. (11) 4003-5588 QUANTO de R$ 120 a R$ 400 no ticketsforfun.com.br; 15 anos
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ilustrada
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Com inéditas, 'Trinca de Ases' nivela Nando Reis, Gilberto Gil e Gal CostaEnquanto Nando Reis, 54, era um adolescente, antes mesmo de despontar como o baixista dos Titãs, Gal Costa, 71, e Gilberto Gil, 75, já traçavam novos contornos da música brasileira. "Eu os tinha como ídolos", conta Reis. Agora, já um músico veterano, ele sobe ao palco ao lado daqueles que, segundo ele, foram decisivos para sua carreira. O trio dá o pontapé inicial da turnê "Trinca de Ases" nesta sexta (4) em São Paulo, antes de seguir para outras capitais brasileiras. A união dá sequência a uma leva de turnês conjuntas e comemorativas, como as recentes "Grande Encontro", que reuniu Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo, e "Dois Amigos, Um Século de Música", que celebrou as carreiras de Caetano e Gil. "A gente gosta dessas junções, há muito respeito entre os artistas", diz Gil. A ideia para "Trinca de Ases", ele conta, surgiu depois de um encontro em Brasília durante uma homenagem a Ulysses Guimarães no ano passado. "Algo aconteceu ali que nos agradou", diz Reis. "Surgiu uma faísca que nos deu vontade de continuar." Essa reunião, diz, serviu para que seus ídolos conhecessem o seu repertório tão a fundo quanto ele já conhecia os deles. "O trabalho real trouxe uma desmistificação e uma humanização que acabou aumentando a minha admiração por eles." Gal diz se sentir "muito feliz sendo ponto de referências para artistas" como Nando Reis. "É muito gratificante saber que você pode espalhar sementes por aí." Os ensaios para a turnê interromperam os projetos paralelos. Gal, seguia com a turnê "Estratosférica", Nando com a do disco "Jardim-Pomar" e Gil com a gravação de seu próximo álbum. Para além das inéditas de seu novo trabalho, compostas durante suas internações durante o último ano, Gil apresenta agora "Trinca de Ases", que nomeia o projeto e descreve seus idealizadores. A seleção também inclui outros dois temas inéditos: "Dupla de Ás" e "Tocarte", primeira parceria entre Gil e Nando Reis, e uma série de releituras de obras bem conhecidas do público na interpretação dos três. Uma quarta faixa, composta por Nando Reis em homenagem a Gal, deve figurar em um próximo trabalho da cantora. "Eu me meti pouco, não dei muito palpite no repertório", diz Gil, que preferiu se dedicar aos arranjos. "Há uma exigência musical de adequação dos nossos números, principalmente das músicas que foram gravadas em estúdios, já muito celebradas", completa. "Baby", que segundo o Ecad é a canção mais gravada por Gal, é uma das que ganharam uma nova roupagem a partir dos arranjos de Gil. "É sempre possível lançar um novo olhar sobre uma obra conhecida, é só você ter coragem e se jogar numa sonoridade nova", diz a cantora. "É um risco", completa Nando Reis, uma vez que canções consagradas "não estão só impressas nos ouvidos, dedos e cordas vocais dos artistas, como também no imaginário popular." Para acompanhá-los nos shows, sem que houvesse "um vício de linguagem das identidades musicais muito forte dos artistas", diz Reis, foram escalados músicos que não integram as respectivas bandas: o baixista pernambucano Magno Brito e o percussionista baiano Kainan do Jêjê. Reis, aliás, exalta a preocupação com uma horizontalidade no projeto que o forçou a "dissociar admiração de reverência". "A ideia sempre foi um trabalho coletivo. Não sou convidado, sou um pilar. A contribuição da minha musicalidade está num pé de igualdade." TRINCA DE ASES QUANDO sex. (4) e sáb. (5), às 22h ONDE Citibank Hall, av. das Nações Unidas, 17.955, tel. (11) 4003-5588 QUANTO de R$ 120 a R$ 400 no ticketsforfun.com.br; 15 anos
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Dallagnol compara fases da Lava Jato ao jogo Candy Crush
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Em workshop para ensinar o "método Lava Jato" para promotores estaduais, o procurador da força-tarefa Deltan Dallagnol disse que a operação quer "superar o número de fases do Candy Crush Saga". O jogo, popular no Facebook e em aplicativos, tem mais de 500 fases. A Lava Jato, até agora, teve 45. Dallagnol fez a comparação em uma aula do curso ministrado para 290 procuradores de todos os Estados. Procuradores da força-tarefa da Lava Jato são os principais palestrantes. Alguns tópicos ensinados: "técnicas de denúncia" e "aspectos positivos e negativos da divulgação de colaborações premiadas", entre outros. "Muitos [participantes] nunca negociaram uma delação premiada. Queremos permitir que as pessoas conheçam e aperfeiçoem as técnicas", disse o procurador. Para explicar uma operação de dólar-cabo, Dallagnol encenou um teatro. "Imaginem que um político chamado Paulo Maluf seja corrupto", disse, aos risos da plateia. Em seguida, ele chamou um promotor, que interpretaria o doleiro Vivaldo Alves. E explicou como o dinheiro de Maluf iria para Vivaldo, depois para o exterior, e em seguida para o time do Corinthians. No fim, Dallagnol reforçou que é um exemplo hipotético e que não está acusando Maluf de ser corrupto "apesar de ele ter mandado de prisão em Nova York". O procurador gastou boa parte do tempo para criticar o que chamou de "críticas infundadas" sobre a Lava Jato. Disse que a operação enfrenta uma "campanha de críticas infundadas" pela internet por robôs e notícias falsas. "Usam a estratégia de Goebbels de repetir uma mentira até virar verdade". Citou como exemplos as críticas ao número de prisões da operação e difamação de cunho pessoa. INCENTIVOS Roberson Pozzobon, também integrante da força-tarefa, afirmou que as investigações têm que ser conduzidas de modo a favorecer colaborações premiadas. "Via de regra, o colaborador não busca fazer colaboração premiada para limpar a consciência, mas como uma estratégia de defesa. Precisamos desenvolver investigações robustas para mostrar a eles que a melhor tática de defesa é reconhecer os delitos e colaborar com o estado", disse. Pozzobon falou sobre a "reconstrução do fato", ou como ele denominou a organização de um conjunto de provas para mostrar ao Judiciário e à sociedade, criando um "paradigma probatório autosuficiente". Integrante de um grupo que investiga corrupção sindical no Rio Grande do Sul, o promotor Roger Vilarinho, do Ministério Público do Trabalho, diz que quer replicar as dicas dos procuradores da Lava Jato em seu local de trabalho. "São táticas que podem ser aplicadas em várias frentes, nos Estados. Imagino que todos aqui querem aprender com exemplos práticos", disse. O curso é voltado principalmente para promotores ligados à área de patrimônio público, que investigam casos de corrupção. Os Ministérios Públicos estaduais receberam 20 vagas para o workshop, que foram preenchidas voluntariamente pelos interessados.
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Dallagnol compara fases da Lava Jato ao jogo Candy CrushEm workshop para ensinar o "método Lava Jato" para promotores estaduais, o procurador da força-tarefa Deltan Dallagnol disse que a operação quer "superar o número de fases do Candy Crush Saga". O jogo, popular no Facebook e em aplicativos, tem mais de 500 fases. A Lava Jato, até agora, teve 45. Dallagnol fez a comparação em uma aula do curso ministrado para 290 procuradores de todos os Estados. Procuradores da força-tarefa da Lava Jato são os principais palestrantes. Alguns tópicos ensinados: "técnicas de denúncia" e "aspectos positivos e negativos da divulgação de colaborações premiadas", entre outros. "Muitos [participantes] nunca negociaram uma delação premiada. Queremos permitir que as pessoas conheçam e aperfeiçoem as técnicas", disse o procurador. Para explicar uma operação de dólar-cabo, Dallagnol encenou um teatro. "Imaginem que um político chamado Paulo Maluf seja corrupto", disse, aos risos da plateia. Em seguida, ele chamou um promotor, que interpretaria o doleiro Vivaldo Alves. E explicou como o dinheiro de Maluf iria para Vivaldo, depois para o exterior, e em seguida para o time do Corinthians. No fim, Dallagnol reforçou que é um exemplo hipotético e que não está acusando Maluf de ser corrupto "apesar de ele ter mandado de prisão em Nova York". O procurador gastou boa parte do tempo para criticar o que chamou de "críticas infundadas" sobre a Lava Jato. Disse que a operação enfrenta uma "campanha de críticas infundadas" pela internet por robôs e notícias falsas. "Usam a estratégia de Goebbels de repetir uma mentira até virar verdade". Citou como exemplos as críticas ao número de prisões da operação e difamação de cunho pessoa. INCENTIVOS Roberson Pozzobon, também integrante da força-tarefa, afirmou que as investigações têm que ser conduzidas de modo a favorecer colaborações premiadas. "Via de regra, o colaborador não busca fazer colaboração premiada para limpar a consciência, mas como uma estratégia de defesa. Precisamos desenvolver investigações robustas para mostrar a eles que a melhor tática de defesa é reconhecer os delitos e colaborar com o estado", disse. Pozzobon falou sobre a "reconstrução do fato", ou como ele denominou a organização de um conjunto de provas para mostrar ao Judiciário e à sociedade, criando um "paradigma probatório autosuficiente". Integrante de um grupo que investiga corrupção sindical no Rio Grande do Sul, o promotor Roger Vilarinho, do Ministério Público do Trabalho, diz que quer replicar as dicas dos procuradores da Lava Jato em seu local de trabalho. "São táticas que podem ser aplicadas em várias frentes, nos Estados. Imagino que todos aqui querem aprender com exemplos práticos", disse. O curso é voltado principalmente para promotores ligados à área de patrimônio público, que investigam casos de corrupção. Os Ministérios Públicos estaduais receberam 20 vagas para o workshop, que foram preenchidas voluntariamente pelos interessados.
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Perda de alguém querido aumenta risco de ataque cardíaco e derrame
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Causou surpresa e comoção a morte da atriz americana Debbie Reynolds, 84, um dia depois da de sua filha, a também atriz Carrie Fisher, 60. Quinze minutos antes de sofrer um severo AVC (Acidente Vascular Cerebral) que a levaria à morte logo depois, Debbie disse ao filho Todd Fischer que "estava muito, muito triste por ter perdido Carrie e que gostaria de estar com ela novamente". Para Tood, a morte da irmã foi "demais" para a mãe. De certa forma, ele está certo. Cada vez mais a ciência tem mostrado que o luto de uma pessoa amada pode, literalmente, "partir" o coração de quem fica. Um dos maiores estudos já feitos nessa área analisou dados de 2.000 sobreviventes de ataques cardíacos e revelou que os riscos de um infarto, por exemplo, pode aumentar até 21 vezes nas primeiras 24 horas após a perda de um ente querido. Os resultados, publicados na revista científica "Circulation", mostraram que o risco de ataque cardíaco pode permanecer oito vezes acima do normal durante a primeira semana após a morte de alguém próximo, caindo lentamente, mas ainda elevado durante ao menos um mês. Pesquisadores da Harvard Medical School revisaram o prontuário de atendimento e entrevistaram 1.985 pacientes do hospital em Boston. Os pacientes responderam perguntas sobre as circunstâncias de seus ataques cardíacos, se haviam perdido alguém importante em suas vidas no ano anterior. Estudos anteriores já haviam mostrado que cônjuges de luto têm mais risco a longo prazo de morrer com doença cardíaca e acidente vascular cerebral –o que leva ao fenômeno conhecido como "síndrome do coração partido". Desconheço pesquisas que envolvam especificamente casos de mães e filhos, mas imagino que a mesma associação possa ser feita. Conheço ao menos três casos de mães que morreram logo após a perda de filhos e de uma filha que morreu um mês depois de perder a mãe. Todos os casos envolveram ataques cardíacos ou AVC. O estresse psicológico causado pela dor intensa do luto aumenta a frequência cardíaca, a pressão arterial e a coagulação do sangue, o que, no curto prazo, também pode aumentar as chances de um ataque cardíaco ou de um AVC. A perda de sono e apetite também pode deprimir o sistema imunológico, o que agrava condições médicas existentes. A tensão emocional faz ainda com que os enlutados tenham dificuldades para retomar suas próprias vidas enquanto outros negligenciam sua saúde e sua dieta por causa da dor da perda. Por isso, os cardiologistas têm alertado as pessoas que passaram pelo trauma do luto (ou os parentes mais próximos) que reconheçam que estão em um período de aumento do risco cardíaco nos dias e semanas depois que alguém próximo morreu. O apoio de amigos e familiares é essencial na hora de superar o luto. Há quase seis meses elaborando a perda da minha mãe, posso dizer que essa rede de proteção é fundamental neste momento de profundo desamparo e de restruturação da vida sem a pessoa que perdemos.
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colunas
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Perda de alguém querido aumenta risco de ataque cardíaco e derrameCausou surpresa e comoção a morte da atriz americana Debbie Reynolds, 84, um dia depois da de sua filha, a também atriz Carrie Fisher, 60. Quinze minutos antes de sofrer um severo AVC (Acidente Vascular Cerebral) que a levaria à morte logo depois, Debbie disse ao filho Todd Fischer que "estava muito, muito triste por ter perdido Carrie e que gostaria de estar com ela novamente". Para Tood, a morte da irmã foi "demais" para a mãe. De certa forma, ele está certo. Cada vez mais a ciência tem mostrado que o luto de uma pessoa amada pode, literalmente, "partir" o coração de quem fica. Um dos maiores estudos já feitos nessa área analisou dados de 2.000 sobreviventes de ataques cardíacos e revelou que os riscos de um infarto, por exemplo, pode aumentar até 21 vezes nas primeiras 24 horas após a perda de um ente querido. Os resultados, publicados na revista científica "Circulation", mostraram que o risco de ataque cardíaco pode permanecer oito vezes acima do normal durante a primeira semana após a morte de alguém próximo, caindo lentamente, mas ainda elevado durante ao menos um mês. Pesquisadores da Harvard Medical School revisaram o prontuário de atendimento e entrevistaram 1.985 pacientes do hospital em Boston. Os pacientes responderam perguntas sobre as circunstâncias de seus ataques cardíacos, se haviam perdido alguém importante em suas vidas no ano anterior. Estudos anteriores já haviam mostrado que cônjuges de luto têm mais risco a longo prazo de morrer com doença cardíaca e acidente vascular cerebral –o que leva ao fenômeno conhecido como "síndrome do coração partido". Desconheço pesquisas que envolvam especificamente casos de mães e filhos, mas imagino que a mesma associação possa ser feita. Conheço ao menos três casos de mães que morreram logo após a perda de filhos e de uma filha que morreu um mês depois de perder a mãe. Todos os casos envolveram ataques cardíacos ou AVC. O estresse psicológico causado pela dor intensa do luto aumenta a frequência cardíaca, a pressão arterial e a coagulação do sangue, o que, no curto prazo, também pode aumentar as chances de um ataque cardíaco ou de um AVC. A perda de sono e apetite também pode deprimir o sistema imunológico, o que agrava condições médicas existentes. A tensão emocional faz ainda com que os enlutados tenham dificuldades para retomar suas próprias vidas enquanto outros negligenciam sua saúde e sua dieta por causa da dor da perda. Por isso, os cardiologistas têm alertado as pessoas que passaram pelo trauma do luto (ou os parentes mais próximos) que reconheçam que estão em um período de aumento do risco cardíaco nos dias e semanas depois que alguém próximo morreu. O apoio de amigos e familiares é essencial na hora de superar o luto. Há quase seis meses elaborando a perda da minha mãe, posso dizer que essa rede de proteção é fundamental neste momento de profundo desamparo e de restruturação da vida sem a pessoa que perdemos.
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Com 17,5°, cidade de São Paulo volta a ter a tarde mais fria do ano
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A cidade de São Paulo voltou a registrar a tarde mais fria do ano nesta terça-feira (2). Os termômetros marcaram 17,5°C na estação do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), no mirante de Santana (zona norte), ficando abaixo dos 18°C registrados na segunda (1º). Segundo o instituto, a temperatura desta terça também é a mais baixa registrada no período da tarde desde 14 de agosto de 2014, quando os termômetros marcaram 12,6°C. Apesar da medição oficial ser a do Inmet, algumas estações do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura, registraram temperaturas ainda menores na tarde desta terça, como em Parelheiros (15,2°C), M'Boi Mirim (16,2°C) e Sé (16,4°C). O vento deixava a sensação térmica ainda menor, ficando inferior a 13°C, segundo o CGE. Com isso, a Defesa Civil mantém a cidade em estado de atenção desde a noite de segunda. A atenção é instaurada quando a sensação térmica fica abaixo dos 13°C, e o estado de alerta quando ela fica inferior aos 10°C. A quarta-feira (3) ainda deve começar com nebulosidade e temperaturas baixas, mas o sol voltará a aparecer no decorrer do dia. Segundo o CGE, as temperaturas deverão ficar entre os 13°C e os 23°C.
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cotidiano
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Com 17,5°, cidade de São Paulo volta a ter a tarde mais fria do anoA cidade de São Paulo voltou a registrar a tarde mais fria do ano nesta terça-feira (2). Os termômetros marcaram 17,5°C na estação do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), no mirante de Santana (zona norte), ficando abaixo dos 18°C registrados na segunda (1º). Segundo o instituto, a temperatura desta terça também é a mais baixa registrada no período da tarde desde 14 de agosto de 2014, quando os termômetros marcaram 12,6°C. Apesar da medição oficial ser a do Inmet, algumas estações do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura, registraram temperaturas ainda menores na tarde desta terça, como em Parelheiros (15,2°C), M'Boi Mirim (16,2°C) e Sé (16,4°C). O vento deixava a sensação térmica ainda menor, ficando inferior a 13°C, segundo o CGE. Com isso, a Defesa Civil mantém a cidade em estado de atenção desde a noite de segunda. A atenção é instaurada quando a sensação térmica fica abaixo dos 13°C, e o estado de alerta quando ela fica inferior aos 10°C. A quarta-feira (3) ainda deve começar com nebulosidade e temperaturas baixas, mas o sol voltará a aparecer no decorrer do dia. Segundo o CGE, as temperaturas deverão ficar entre os 13°C e os 23°C.
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INSS já convoca para pente-fino beneficiários com mais de 60 anos
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O governo já começou a convocar os beneficiários de auxílio-doença com mais de 60 anos para realizar nova perícia médica no pente-fino que está sendo feito nos benefícios por incapacidade pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A revisão teve início no ano passado. Os primeiros convocados foram os segurados mais novos. Depois, em fevereiro, foi a vez dos segurados com mais de 50 anos. E, agora,o INSS está chamando pessoas com mais de 60 anos, segundo uma pessoa com acesso às informações das perícias. Está na mira do governo quem recebe auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez há pelo menos dois anos e não passou por perícia nesse período. Serão revisados 530,2 mil auxílios e 1,17 milhão de aposentadorias por invalidez. Os idosos que recebem auxílio-doença não estão livres de serem convocados para o exame. No caso das aposentadorias por invalidez, que devem começar a ser revisadas no segundo semestre deste ano, o beneficiário que completa 60 anos de idade é automaticamente retirado do pente-fino, pois a legislação desobriga idosos inválidos de irem à perícia. Segundo o último balanço divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento Social, até abril, o INSS já havia feito 87.517 revisões, que resultaram no cancelamento de 73.352 auxílios-doença, oque representa 84% do total. Mais de 11 mil benefícios foram cortados porque o segurado não compareceu à perícia. O governo afirma já ter economizado R$ 1,6 bilhão. CONVOCAÇÃO Os beneficiários são convocados por carta para realizar o exame. Assim que recebe o comunicado, o segurado tem cinco dias para agendar atendimento. Para não ter o benefício cortado, é importante ter exames e laudos médicos atualizados. * >> Os beneficiários de auxílio-doença com mais de 60 anos começaram a ser convocados para as perícias do pente-fino do INSS >> Até o início do ano, haviam sido chamados os segurados com até 49 anos >> Em fevereiro, foi a vez das pessoas com mais de 50 anos começarem a ser convocadas >> Agora, o pente-fino chega aos segurados mais velhos * TESOURA NOS AUXÍLIOS >> O INSS já realizou 87.517 perícias no pente-fino >> Desse total, 73.352 auxílios-doença foram cancelados >> Isso quer dizer que 8 em cada 10 benefícios foram cessados >> Mais de 11 mil foram cortados porque o segurado não compareceu à perícia * ENTENDA A REVISÃO >> O pente-fino nos benefícios por incapacidade foi anunciado pelo governo no ano passado, a fim de gerar economia aos cofres públicos >> Em novembro, a medida provisória que criou a revisão perdeu a validade >> Em janeiro, nova medida provisória foi editada e, desde então, os peritos do INSS recebem R$ 60 a cada perícia revisional feita * >> Na primeira etapa da revisão, estão sendo convocados os segurados que recebem auxílio-doença há mais de dois anos sem passar por perícia >> Em uma segunda etapa, a partir do segundo semestre, serão chamados os aposentados por invalidez >> Escapa quem recebe aposentadoria por invalidez e tem mais de 60 anos >> Porém, quem recebe auxílio-doença não escapa do pente-fino, mesmo com mais de 60 anos QUEM SERÁ CHAMADO Aposentados por invalidez: 1,17 milhão (no país); 272,5 mil (em São Paulo) Beneficiários de auxílios-doença: 530,2 mil (no país); 91,6 mil (em São Paulo) * FIQUE LIGADO Até o início de abril, foram enviadas 247.937 cartas de convocação - 1- Convocação: o governo envia cartas para os segurados agendarem a perícia de revisão 2- Entre em contato: após receber a carta, o segurado terá cinco dias para entrar em contato com o INSS e escolher a data do exame Prepare-se antecipadamente >> Enquanto não é convocado para o exame, o segurado deve se preparar >> Remarque consultas e refaça exames >> Mantenha o laudo médico atualizado pelo menos uma vez por ano Fique atento ao conteúdo do laudo >> Esse é o documento mais importante na perícia >> Ele tem que servir como um relatório da doença >> Quanto mais recente, melhor >> Portanto, retorne ao médico que o atende - COMO SERÁ A PERÍCIA >> Os médicos peritos vão analisar a situação clínica do segurado >> No dia do exame, ele vai avaliar se a incapacidade física ou mental realmente impede o segurado de voltar ao mercado de trabalho >> Para quem tem doenças comportamentais, como depressão, por exemplo, é importante provar que está em tratamento e mostrar a gravidade do caso CONVERSÃO EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ O perito do INSS só vai conceder a aposentadoria por invalidez se considerar que o segurado está incapacitado para qualquer tipo de trabalho - SE PERDER O BENEFÍCIO >> Apresente o recurso por escrito >> Use as informações do laudo médico para detalhar os motivos pelos quais deve continuar recebendo o benefício por incapacidade
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mercado
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INSS já convoca para pente-fino beneficiários com mais de 60 anosO governo já começou a convocar os beneficiários de auxílio-doença com mais de 60 anos para realizar nova perícia médica no pente-fino que está sendo feito nos benefícios por incapacidade pagos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A revisão teve início no ano passado. Os primeiros convocados foram os segurados mais novos. Depois, em fevereiro, foi a vez dos segurados com mais de 50 anos. E, agora,o INSS está chamando pessoas com mais de 60 anos, segundo uma pessoa com acesso às informações das perícias. Está na mira do governo quem recebe auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez há pelo menos dois anos e não passou por perícia nesse período. Serão revisados 530,2 mil auxílios e 1,17 milhão de aposentadorias por invalidez. Os idosos que recebem auxílio-doença não estão livres de serem convocados para o exame. No caso das aposentadorias por invalidez, que devem começar a ser revisadas no segundo semestre deste ano, o beneficiário que completa 60 anos de idade é automaticamente retirado do pente-fino, pois a legislação desobriga idosos inválidos de irem à perícia. Segundo o último balanço divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento Social, até abril, o INSS já havia feito 87.517 revisões, que resultaram no cancelamento de 73.352 auxílios-doença, oque representa 84% do total. Mais de 11 mil benefícios foram cortados porque o segurado não compareceu à perícia. O governo afirma já ter economizado R$ 1,6 bilhão. CONVOCAÇÃO Os beneficiários são convocados por carta para realizar o exame. Assim que recebe o comunicado, o segurado tem cinco dias para agendar atendimento. Para não ter o benefício cortado, é importante ter exames e laudos médicos atualizados. * >> Os beneficiários de auxílio-doença com mais de 60 anos começaram a ser convocados para as perícias do pente-fino do INSS >> Até o início do ano, haviam sido chamados os segurados com até 49 anos >> Em fevereiro, foi a vez das pessoas com mais de 50 anos começarem a ser convocadas >> Agora, o pente-fino chega aos segurados mais velhos * TESOURA NOS AUXÍLIOS >> O INSS já realizou 87.517 perícias no pente-fino >> Desse total, 73.352 auxílios-doença foram cancelados >> Isso quer dizer que 8 em cada 10 benefícios foram cessados >> Mais de 11 mil foram cortados porque o segurado não compareceu à perícia * ENTENDA A REVISÃO >> O pente-fino nos benefícios por incapacidade foi anunciado pelo governo no ano passado, a fim de gerar economia aos cofres públicos >> Em novembro, a medida provisória que criou a revisão perdeu a validade >> Em janeiro, nova medida provisória foi editada e, desde então, os peritos do INSS recebem R$ 60 a cada perícia revisional feita * >> Na primeira etapa da revisão, estão sendo convocados os segurados que recebem auxílio-doença há mais de dois anos sem passar por perícia >> Em uma segunda etapa, a partir do segundo semestre, serão chamados os aposentados por invalidez >> Escapa quem recebe aposentadoria por invalidez e tem mais de 60 anos >> Porém, quem recebe auxílio-doença não escapa do pente-fino, mesmo com mais de 60 anos QUEM SERÁ CHAMADO Aposentados por invalidez: 1,17 milhão (no país); 272,5 mil (em São Paulo) Beneficiários de auxílios-doença: 530,2 mil (no país); 91,6 mil (em São Paulo) * FIQUE LIGADO Até o início de abril, foram enviadas 247.937 cartas de convocação - 1- Convocação: o governo envia cartas para os segurados agendarem a perícia de revisão 2- Entre em contato: após receber a carta, o segurado terá cinco dias para entrar em contato com o INSS e escolher a data do exame Prepare-se antecipadamente >> Enquanto não é convocado para o exame, o segurado deve se preparar >> Remarque consultas e refaça exames >> Mantenha o laudo médico atualizado pelo menos uma vez por ano Fique atento ao conteúdo do laudo >> Esse é o documento mais importante na perícia >> Ele tem que servir como um relatório da doença >> Quanto mais recente, melhor >> Portanto, retorne ao médico que o atende - COMO SERÁ A PERÍCIA >> Os médicos peritos vão analisar a situação clínica do segurado >> No dia do exame, ele vai avaliar se a incapacidade física ou mental realmente impede o segurado de voltar ao mercado de trabalho >> Para quem tem doenças comportamentais, como depressão, por exemplo, é importante provar que está em tratamento e mostrar a gravidade do caso CONVERSÃO EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ O perito do INSS só vai conceder a aposentadoria por invalidez se considerar que o segurado está incapacitado para qualquer tipo de trabalho - SE PERDER O BENEFÍCIO >> Apresente o recurso por escrito >> Use as informações do laudo médico para detalhar os motivos pelos quais deve continuar recebendo o benefício por incapacidade
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'Brexit' precisa ser votado pelo Parlamento, decide Justiça
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A Suprema Corte do Reino Unido decidiu nesta terça-feira (24) que o governo precisa do aval do Parlamento antes de dar o início formal ao "brexit", a saída britânica da União Europeia (UE). A decisão da Justiça, com oito magistrados contra três, é um sério revés para a primeira-ministra conservadora, Theresa May, que planeja acionar o processo até o fim de março. Ela depende, agora, do voto dos legisladores. A maior parte deles havia preferido continuar na União Europeia, quando o "brexit" foi aprovado em plebiscito, em 23 de junho. Não há, porém, expectativa de que o Parlamento vete o "brexit". Jeremy Corbyn, o líder do Partido Trabalhista, a principal força de oposição, orientou sua bancada a não impedir a desvinculação. É provável, por outro lado, que legisladores peçam mudanças nos planos do governo e atrasem o cronograma. Eles devem se opôr, por exemplo, a que o Reino Unido deixe o mercado único europeu, que reúne 500 milhões de consumidores. Reagindo à decisão da corte, David Davis, secretário britânico para o "brexit", disse que o veredito "não muda o fato de que o Reino Unido deixará a UE". May deve apresentar ao Parlamento nos próximos dias uma lei que entregue ao governo o poder de acionar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa. É esse artigo que dá início formal ao processo de saída. As negociações devem durar cerca de dois anos. A Suprema Corte também decidiu nesta terça-feira que as legislaturas regionais da Escócia e da Irlanda do Norte não têm poder de veto sobre o processo de saída da União Europeia, ao qual se opõem. PARLAMENTARISMO A questão em debate era jurídica. A Suprema Corte não julgou o mérito do "brexit" em si, mas a quem cabe a prerrogativa de iniciá-lo. O governo de May dizia que a palavra final era sua. Insatisfeitos, cidadãos britânicos foram à Justiça para exigir que a tarefa fosse transferida ao Parlamento. A base para o pedido, aceito pela corte, era de que foram os legisladores que incluíram o Reino Unido na União Europeia e, dessa maneira, apenas eles podem anular a própria decisão. "Comemoramos o resultado, mas esse é apenas o começo do processo", diz à Folha Grahame Pigney, um dos líderes do movimento People's Challenge (o desafio do povo). Pigney foi um dos cidadãos que reivindicou a prerrogativa do Parlamento. As discussões eram, para ele, também sobre quem tem a soberania no Reino Unido: governo ou legisladores. Ele afirma esperar, agora, que o Parlamento possa analisar a questão com tempo e informações o suficiente, incluindo um debate social. "Quero que o Parlamento decida se a saída do Reino Unido é realmente melhor do que permanecer na União Europeia", diz. Ciente de que May preferia acionar o processo em breve, ele afirma: "Mas o governo não é o poder soberano neste país." Em dezembro, a Justiça britânica já havia dado razão à ação apresentada por cidadãos, afirmando que o governo deveria consultar o Parlamento antes de dar início ao "brexit". O governo questionou a decisão, mas teve seu recurso rejeitado pelo decisão da Suprema Corte desta terça-feira. BRASILEIRO Havia várias ações semelhantes na Justiça, uma delas com a participação do cabeleireiro brasileiro Deir dos Santos, com passaporte britânico e residente em Londres. A reportagem da Folha entrou em contato com seus representantes legais, mas ele se recusou em comentar o caso, dizendo preferir não estar nos holofotes. Ele teria sido alvo de hostilidades desde o início do processo e recebido diversas ameaças. Em uma nota, Santos afirmou que "esta é uma vitória para a nossa democracia parlamentar e para o Estado de direito". "Quaisquer que sejam as mudanças que estejamos prestes a enfrentar, tranquilizador é o fato de que esses dois princípios sagrados foram reafirmados."
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mundo
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'Brexit' precisa ser votado pelo Parlamento, decide JustiçaA Suprema Corte do Reino Unido decidiu nesta terça-feira (24) que o governo precisa do aval do Parlamento antes de dar o início formal ao "brexit", a saída britânica da União Europeia (UE). A decisão da Justiça, com oito magistrados contra três, é um sério revés para a primeira-ministra conservadora, Theresa May, que planeja acionar o processo até o fim de março. Ela depende, agora, do voto dos legisladores. A maior parte deles havia preferido continuar na União Europeia, quando o "brexit" foi aprovado em plebiscito, em 23 de junho. Não há, porém, expectativa de que o Parlamento vete o "brexit". Jeremy Corbyn, o líder do Partido Trabalhista, a principal força de oposição, orientou sua bancada a não impedir a desvinculação. É provável, por outro lado, que legisladores peçam mudanças nos planos do governo e atrasem o cronograma. Eles devem se opôr, por exemplo, a que o Reino Unido deixe o mercado único europeu, que reúne 500 milhões de consumidores. Reagindo à decisão da corte, David Davis, secretário britânico para o "brexit", disse que o veredito "não muda o fato de que o Reino Unido deixará a UE". May deve apresentar ao Parlamento nos próximos dias uma lei que entregue ao governo o poder de acionar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa. É esse artigo que dá início formal ao processo de saída. As negociações devem durar cerca de dois anos. A Suprema Corte também decidiu nesta terça-feira que as legislaturas regionais da Escócia e da Irlanda do Norte não têm poder de veto sobre o processo de saída da União Europeia, ao qual se opõem. PARLAMENTARISMO A questão em debate era jurídica. A Suprema Corte não julgou o mérito do "brexit" em si, mas a quem cabe a prerrogativa de iniciá-lo. O governo de May dizia que a palavra final era sua. Insatisfeitos, cidadãos britânicos foram à Justiça para exigir que a tarefa fosse transferida ao Parlamento. A base para o pedido, aceito pela corte, era de que foram os legisladores que incluíram o Reino Unido na União Europeia e, dessa maneira, apenas eles podem anular a própria decisão. "Comemoramos o resultado, mas esse é apenas o começo do processo", diz à Folha Grahame Pigney, um dos líderes do movimento People's Challenge (o desafio do povo). Pigney foi um dos cidadãos que reivindicou a prerrogativa do Parlamento. As discussões eram, para ele, também sobre quem tem a soberania no Reino Unido: governo ou legisladores. Ele afirma esperar, agora, que o Parlamento possa analisar a questão com tempo e informações o suficiente, incluindo um debate social. "Quero que o Parlamento decida se a saída do Reino Unido é realmente melhor do que permanecer na União Europeia", diz. Ciente de que May preferia acionar o processo em breve, ele afirma: "Mas o governo não é o poder soberano neste país." Em dezembro, a Justiça britânica já havia dado razão à ação apresentada por cidadãos, afirmando que o governo deveria consultar o Parlamento antes de dar início ao "brexit". O governo questionou a decisão, mas teve seu recurso rejeitado pelo decisão da Suprema Corte desta terça-feira. BRASILEIRO Havia várias ações semelhantes na Justiça, uma delas com a participação do cabeleireiro brasileiro Deir dos Santos, com passaporte britânico e residente em Londres. A reportagem da Folha entrou em contato com seus representantes legais, mas ele se recusou em comentar o caso, dizendo preferir não estar nos holofotes. Ele teria sido alvo de hostilidades desde o início do processo e recebido diversas ameaças. Em uma nota, Santos afirmou que "esta é uma vitória para a nossa democracia parlamentar e para o Estado de direito". "Quaisquer que sejam as mudanças que estejamos prestes a enfrentar, tranquilizador é o fato de que esses dois princípios sagrados foram reafirmados."
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EUA atraem turistas com inúmeras possibilidades de viagem em um só território
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GIULIANA VALLONE DE SÃO PAULO Levar as crianças a Disney, conhecer Nova York, fazer compras em Miami, aproveitar as praias da Califórnia, apostar nos cassinos de Las Vegas, ver de perto o inacreditável Grand Canyon. É difícil fugir dos clichês ao falar de viagens para os Estados Unidos. Mas, vá por mim, mesmo considerando suas preferências pessoais, a maioria deles -para não dizer todos- vale a pena. E ainda há infinitas possibilidades, aquelas que não estão entre os destinos mais procurados pelos brasileiros, mas que você não deveria perder (mais sobre elas no box ao lado). Por isso, é impossível viajar ao país uma vez só. E, mesmo para quem já esteve em terras norte-americanas algumas vezes, sempre há mais alguma coisa para explorar. Com um passeio para cada gosto dentro de um só território, não é de surpreender que os Estados Unidos tenham sido eleitos pelos paulistanos das classes A e B o melhor país para se viajar, com 25%, à frente de Brasil (16%), Itália (8%) e outros. A preferência dos brasileiros pelo destino é comprovada pelo fluxo de turistas, monitorado pelo Departamento de Comércio norte-americano: somos a quinta nação no ranking de visitantes internacionais nos EUA (que não considera Canadá e México). Em 2015, foram 2,22 milhões de turistas do Brasil, um pouco abaixo dos 2,26 milhões registrados no ano anterior. A queda, de 2%, pode ser atribuída à forte valorização do dólar no período, que encareceu a viagem. Mas ainda é pequena, o que mostra que a maioria dos brasileiros não desanimou. E nem espera-se que desanimem. A NYC & Company, empresa de turismo e marketing de Nova York, por exemplo, estima que o número de visitantes nacionais aumente em 2016, para 948 mil (no ano passado, foram 926 mil). A cidade, na Costa Leste dos EUA, é o segundo destino internacional mais procurado pelos brasileiros, de acordo com uma pesquisa anual do site Hoteis.com. Fica atrás de Orlando e à frente de Miami, ambas na Flórida. Ao todo, são oito cidades norte-americanas no ranking, que lista 20 ao todo. Com tantas opções, basta escolher que tipo de viagem fazer desta vez: visitar uma ou mais localidades, usar carro ou avião, levar a família ou os amigos. Os Estados Unidos estão esperando por você. * Para fugir do clichê 1. O 'COOL' ALÉM DE NOVA YORK Se você já conheceu a 'Big Apple' mas busca efervescência cultural, procure por Austin, no Texas, sede do festival mais popular do momento, o SXSW (South By Southwest), e Portland (Oregon), moderna e cheia de cervejarias artesanais. Também são ótimas opções de passeio Seattle (Washington) e New Orleans (Lousiana) 2. GOSTA DE MONTANHA? Pois saiba que, além do conhecido Grand Canyon, há diversos parques nacionais com paisagens tão estonteantes quanto. O Yellowstone se estende por três Estados e encanta com seus gêiseres de águas multicoloridas. Busque ainda o Glacier Bay (Alaska), o Zion National Park (Utah) e o Yosemite, na Califórnia 3. O HAVAÍ SEJA AQUI Os Beach Boys deixaram o mundo sonhando as praias da Califórnia, mas há alegria em outras águas. O Havaí é repleto de lugares paradisíacos, como Waimanalo e Hanauma Bay. Na Costa Leste, dê uma olhada em Cape Cod (Massachusetts) e Cape Hatteras, na Carolina do Norte, onde está o mais alto (e famoso) farol do país * QUEM LEVA TOP BRASIL A partir de US$ 1.400, com aéreo e quatro noites em Nova York topbrasiltur.com.br | Tel. 5576-6300 ABREUTUR A partir de US$ 1.160 com aéreo, quatro noites em Las Vegas, city tour, Cirque du Soleil e traslados abreutur.com.br | Tel. 3702-1840 TERESA PEREZ A partir de US$ 1.163, só terrestre com quatro noites em Miami teresaperez.com.br | Tel. 3799-4000
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saopaulo
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EUA atraem turistas com inúmeras possibilidades de viagem em um só territórioGIULIANA VALLONE DE SÃO PAULO Levar as crianças a Disney, conhecer Nova York, fazer compras em Miami, aproveitar as praias da Califórnia, apostar nos cassinos de Las Vegas, ver de perto o inacreditável Grand Canyon. É difícil fugir dos clichês ao falar de viagens para os Estados Unidos. Mas, vá por mim, mesmo considerando suas preferências pessoais, a maioria deles -para não dizer todos- vale a pena. E ainda há infinitas possibilidades, aquelas que não estão entre os destinos mais procurados pelos brasileiros, mas que você não deveria perder (mais sobre elas no box ao lado). Por isso, é impossível viajar ao país uma vez só. E, mesmo para quem já esteve em terras norte-americanas algumas vezes, sempre há mais alguma coisa para explorar. Com um passeio para cada gosto dentro de um só território, não é de surpreender que os Estados Unidos tenham sido eleitos pelos paulistanos das classes A e B o melhor país para se viajar, com 25%, à frente de Brasil (16%), Itália (8%) e outros. A preferência dos brasileiros pelo destino é comprovada pelo fluxo de turistas, monitorado pelo Departamento de Comércio norte-americano: somos a quinta nação no ranking de visitantes internacionais nos EUA (que não considera Canadá e México). Em 2015, foram 2,22 milhões de turistas do Brasil, um pouco abaixo dos 2,26 milhões registrados no ano anterior. A queda, de 2%, pode ser atribuída à forte valorização do dólar no período, que encareceu a viagem. Mas ainda é pequena, o que mostra que a maioria dos brasileiros não desanimou. E nem espera-se que desanimem. A NYC & Company, empresa de turismo e marketing de Nova York, por exemplo, estima que o número de visitantes nacionais aumente em 2016, para 948 mil (no ano passado, foram 926 mil). A cidade, na Costa Leste dos EUA, é o segundo destino internacional mais procurado pelos brasileiros, de acordo com uma pesquisa anual do site Hoteis.com. Fica atrás de Orlando e à frente de Miami, ambas na Flórida. Ao todo, são oito cidades norte-americanas no ranking, que lista 20 ao todo. Com tantas opções, basta escolher que tipo de viagem fazer desta vez: visitar uma ou mais localidades, usar carro ou avião, levar a família ou os amigos. Os Estados Unidos estão esperando por você. * Para fugir do clichê 1. O 'COOL' ALÉM DE NOVA YORK Se você já conheceu a 'Big Apple' mas busca efervescência cultural, procure por Austin, no Texas, sede do festival mais popular do momento, o SXSW (South By Southwest), e Portland (Oregon), moderna e cheia de cervejarias artesanais. Também são ótimas opções de passeio Seattle (Washington) e New Orleans (Lousiana) 2. GOSTA DE MONTANHA? Pois saiba que, além do conhecido Grand Canyon, há diversos parques nacionais com paisagens tão estonteantes quanto. O Yellowstone se estende por três Estados e encanta com seus gêiseres de águas multicoloridas. Busque ainda o Glacier Bay (Alaska), o Zion National Park (Utah) e o Yosemite, na Califórnia 3. O HAVAÍ SEJA AQUI Os Beach Boys deixaram o mundo sonhando as praias da Califórnia, mas há alegria em outras águas. O Havaí é repleto de lugares paradisíacos, como Waimanalo e Hanauma Bay. Na Costa Leste, dê uma olhada em Cape Cod (Massachusetts) e Cape Hatteras, na Carolina do Norte, onde está o mais alto (e famoso) farol do país * QUEM LEVA TOP BRASIL A partir de US$ 1.400, com aéreo e quatro noites em Nova York topbrasiltur.com.br | Tel. 5576-6300 ABREUTUR A partir de US$ 1.160 com aéreo, quatro noites em Las Vegas, city tour, Cirque du Soleil e traslados abreutur.com.br | Tel. 3702-1840 TERESA PEREZ A partir de US$ 1.163, só terrestre com quatro noites em Miami teresaperez.com.br | Tel. 3799-4000
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Governo de Minas oferece R$ 40 mil por palestra de ministros
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O governo de Minas Gerais (PT) convidou os ministros Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, e Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça, para proferir palestra de uma hora sobre o novo Código de Processo Civil, oferecendo R$ 40 mil como remuneração a cada um. O evento foi realizado no último dia 8, uma sexta, no Minascentro, em Belo Horizonte. Consultados pela Folha na segunda seguinte (11), os ministros disseram que a Lei Orgânica da Magistratura Nacional permite a remuneração. Três dias depois, informaram ter decidido abrir mão dos honorários. A conferência foi promovida pela Secretaria de Estado da Casa Civil e de Relações Institucionais e pela Advocacia-Geral do Estado, em parceria com a Faculdade de Direito da UFMG. Segundo Fux e Salomão, os R$ 40 mil previam a realização de outras cinco palestras. A assessoria de imprensa do governo, contudo, disse que não se previam "outros eventos semelhantes". Em ato no "Diário Oficial", os ministros aparecem como "contratados" para proferir palestra no Minascentro. A publicação, assinada por Marco Antônio Castello Branco, presidente da Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, empresa pública controlada pelo Estado de Minas), ratifica a inexigibilidade de licitação, mas não traz o valor dos serviços. A Casa Civil e a Codemig e não forneceram cópias dos atos da contratação. MULTA O secretário da Casa Civil de Minas Gerais, Marco Antônio Rezende, diz que foi feita "uma apuração do que se paga normalmente para palestrantes ou conferencistas nesse nível". "Achamos que o valor de R$ 40 mil está dentro do que o mercado paga". Rezende é advogado de recurso do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, no Tribunal Superior Eleitoral. Pimentel sofreu uma multa de R$ 52 milhões, aplicada em dezembro último pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, que rejeitou as contas da campanha do então candidato petista. Segundo o secretário, "esse assunto não foi tratado" com Fux, que é ministro do Tribunal Superior Eleitoral. Eliana Calmon, ex-corregedora nacional de Justiça, vê "superfaturamento". "Não se paga isso nem no Estado nem na iniciativa privada". A remuneração de membros do Judiciário costuma ser mantida sob sigilo pelas entidades patrocinadoras de eventos. Eliana disse que, ao se aposentar, consultou outros ministros para saber quanto cobrar por palestras. Ouviu que os valores variam entre R$ 3 mil e R$ 7 mil. "Como juíza, sendo remunerada pelo Estado, que exige dedicação integral, nunca cobrei do Estado e de autarquias. Por ética, não poderia cobrar", diz. "Podemos cobrar quando se trata de empresa privada, e quando o curso é cobrado dos alunos." A Escola Paulista da Magistratura paga R$ 1.500 (brutos), por quatro horas de aula a juízes ou ministros. Em 2014, o valor médio por palestra nas organizações privadas era R$ 6.213, segundo a Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD). OUTRO LADO O ministro Luís Felipe Salomão diz que não chegou a firmar contrato para o evento pelo qual ele e Luiz Fux receberiam R$ 40 mil cada um. "Fizemos a primeira palestra, sem nada receber, e cancelamos o desdobramento". Fux informou que daria um "curso de capacitação sobre o novo Código de Processo Civil, dividido em seis palestras", proposto pela Codemig. No dia 14, Fux enviou cópia de mensagem remetida à Casa Civil, na qual diz que, informado pela Folha de que o evento seria pago pela secretaria, decidiu "cancelar o curso programado". "Não recebo remuneração de órgãos públicos, como imaginei não ser a natureza jurídica da Inovare Eventos", firma que lhe fez o convite. O secretário da Casa Civil de MG, Marco Antônio Rezende, disse que os ministros não firmaram contrato nem foram remunerados. A assessoria da Codemig só informou que "não vai haver pagamento".
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poder
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Governo de Minas oferece R$ 40 mil por palestra de ministrosO governo de Minas Gerais (PT) convidou os ministros Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, e Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça, para proferir palestra de uma hora sobre o novo Código de Processo Civil, oferecendo R$ 40 mil como remuneração a cada um. O evento foi realizado no último dia 8, uma sexta, no Minascentro, em Belo Horizonte. Consultados pela Folha na segunda seguinte (11), os ministros disseram que a Lei Orgânica da Magistratura Nacional permite a remuneração. Três dias depois, informaram ter decidido abrir mão dos honorários. A conferência foi promovida pela Secretaria de Estado da Casa Civil e de Relações Institucionais e pela Advocacia-Geral do Estado, em parceria com a Faculdade de Direito da UFMG. Segundo Fux e Salomão, os R$ 40 mil previam a realização de outras cinco palestras. A assessoria de imprensa do governo, contudo, disse que não se previam "outros eventos semelhantes". Em ato no "Diário Oficial", os ministros aparecem como "contratados" para proferir palestra no Minascentro. A publicação, assinada por Marco Antônio Castello Branco, presidente da Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, empresa pública controlada pelo Estado de Minas), ratifica a inexigibilidade de licitação, mas não traz o valor dos serviços. A Casa Civil e a Codemig e não forneceram cópias dos atos da contratação. MULTA O secretário da Casa Civil de Minas Gerais, Marco Antônio Rezende, diz que foi feita "uma apuração do que se paga normalmente para palestrantes ou conferencistas nesse nível". "Achamos que o valor de R$ 40 mil está dentro do que o mercado paga". Rezende é advogado de recurso do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, no Tribunal Superior Eleitoral. Pimentel sofreu uma multa de R$ 52 milhões, aplicada em dezembro último pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, que rejeitou as contas da campanha do então candidato petista. Segundo o secretário, "esse assunto não foi tratado" com Fux, que é ministro do Tribunal Superior Eleitoral. Eliana Calmon, ex-corregedora nacional de Justiça, vê "superfaturamento". "Não se paga isso nem no Estado nem na iniciativa privada". A remuneração de membros do Judiciário costuma ser mantida sob sigilo pelas entidades patrocinadoras de eventos. Eliana disse que, ao se aposentar, consultou outros ministros para saber quanto cobrar por palestras. Ouviu que os valores variam entre R$ 3 mil e R$ 7 mil. "Como juíza, sendo remunerada pelo Estado, que exige dedicação integral, nunca cobrei do Estado e de autarquias. Por ética, não poderia cobrar", diz. "Podemos cobrar quando se trata de empresa privada, e quando o curso é cobrado dos alunos." A Escola Paulista da Magistratura paga R$ 1.500 (brutos), por quatro horas de aula a juízes ou ministros. Em 2014, o valor médio por palestra nas organizações privadas era R$ 6.213, segundo a Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD). OUTRO LADO O ministro Luís Felipe Salomão diz que não chegou a firmar contrato para o evento pelo qual ele e Luiz Fux receberiam R$ 40 mil cada um. "Fizemos a primeira palestra, sem nada receber, e cancelamos o desdobramento". Fux informou que daria um "curso de capacitação sobre o novo Código de Processo Civil, dividido em seis palestras", proposto pela Codemig. No dia 14, Fux enviou cópia de mensagem remetida à Casa Civil, na qual diz que, informado pela Folha de que o evento seria pago pela secretaria, decidiu "cancelar o curso programado". "Não recebo remuneração de órgãos públicos, como imaginei não ser a natureza jurídica da Inovare Eventos", firma que lhe fez o convite. O secretário da Casa Civil de MG, Marco Antônio Rezende, disse que os ministros não firmaram contrato nem foram remunerados. A assessoria da Codemig só informou que "não vai haver pagamento".
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Zelotes e concessão de incentivos tributários
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Além de todos os problemas políticos, econômicos e fiscais enfrentados pelo governo Dilma Rousseff nesse início de segundo mandato, recentemente, mais um ingrediente foi acrescentado a essa já explosiva mistura. Segundo apontam investigações coordenadas pela Polícia Federal (em nova fase da operação zelotes), há fundadas suspeitas de que algumas medidas provisórias (e respectivas leis de conversão), editadas entre os anos de 2009 e 2013, tenham criado ou renovado incentivos tributários para o setor automobilístico mediante o pagamento de vantagens indevidas a membros do poder executivo e / ou poder legislativo federal. As denúncias são gravíssimas e põem em xeque a lisura de um dos principais instrumentos de implementação de políticas públicas utilizado pelo governo da presidente: os incentivos e benefícios tributários. Esse tipo de despesa pública indireta, que consiste em renúncias de receitas de tributos, com a finalidade de incentivar comportamentos dos contribuintes ou compensar situações específicas relacionadas aos mesmos, tem sido bastante utilizada nos últimos anos, especialmente como forma de estimular a economia. Alguns números extraídos dos demonstrativos de gastos tributários, elaborados pela Receita Federal do Brasil, dão uma noção de como esse instrumento vem sendo utilizado de forma crescente pelo governo federal. Apenas entre os anos de 2011 e 2015, a previsão de gastos tributários (renúncias de receitas decorrentes da concessão de benefícios e incentivos tributários) saltou de R$ 137 bilhões para R$ 282 bilhões. Um absurdo crescimento nominal de mais de 210%. Mais que isso: o somatório dos valores renunciados nesse período ultrapassou a casa de um trilhão de reais. Embora os valores sejam expressivos, a concessão dos incentivos tributários não tem sido permeada da necessária transparência. Veja, da análise da respectiva legislação, não é possível obter, sequer através de seus anexos, os critérios, dados e documentos que motivaram a escolha de determinado incentivo, segmento econômico ou contribuinte. Além disso, tanto o governo federal, quanto o congresso nacional não têm demonstrado qualquer preocupação com uma pluralização prévia do debate, de forma que os contribuintes e a sociedade possam discutir possíveis consequências dessa política. Outrossim, auditorias recentes do Tribunal de Contas da União asseveram a pouca ou nenhuma preocupação do governo federal com a análise dos resultados dos incentivos tributários concedidos. Em outras palavras: Após a concessão de um incentivo, o governo não realiza qualquer controle acerca do alcance dos objetivos pretendidos, razão pela qual não se pode afirmar se os incentivos devem ou não ser mantidos. A concessão de incentivos tributários é uma forma legítima de atuação estatal. Deve, contudo, ser direcionada a atender fins e mandamentos constitucionais, e não interesses corporativos e/ou de determinados setores econômicos. Em virtude disso, impõe-se que sua concessão seja cercada da mais ampla transparência possível. Sua manutenção ou extinção deve, ademais, ser constantemente avaliada, através da verificação de seus resultados, de modo a justificar e legitimar sua utilização. Temos, pois, muito a melhorar GILSON PACHECO BOMFIM, 37, é procurador da Fazenda Nacional * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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Zelotes e concessão de incentivos tributáriosAlém de todos os problemas políticos, econômicos e fiscais enfrentados pelo governo Dilma Rousseff nesse início de segundo mandato, recentemente, mais um ingrediente foi acrescentado a essa já explosiva mistura. Segundo apontam investigações coordenadas pela Polícia Federal (em nova fase da operação zelotes), há fundadas suspeitas de que algumas medidas provisórias (e respectivas leis de conversão), editadas entre os anos de 2009 e 2013, tenham criado ou renovado incentivos tributários para o setor automobilístico mediante o pagamento de vantagens indevidas a membros do poder executivo e / ou poder legislativo federal. As denúncias são gravíssimas e põem em xeque a lisura de um dos principais instrumentos de implementação de políticas públicas utilizado pelo governo da presidente: os incentivos e benefícios tributários. Esse tipo de despesa pública indireta, que consiste em renúncias de receitas de tributos, com a finalidade de incentivar comportamentos dos contribuintes ou compensar situações específicas relacionadas aos mesmos, tem sido bastante utilizada nos últimos anos, especialmente como forma de estimular a economia. Alguns números extraídos dos demonstrativos de gastos tributários, elaborados pela Receita Federal do Brasil, dão uma noção de como esse instrumento vem sendo utilizado de forma crescente pelo governo federal. Apenas entre os anos de 2011 e 2015, a previsão de gastos tributários (renúncias de receitas decorrentes da concessão de benefícios e incentivos tributários) saltou de R$ 137 bilhões para R$ 282 bilhões. Um absurdo crescimento nominal de mais de 210%. Mais que isso: o somatório dos valores renunciados nesse período ultrapassou a casa de um trilhão de reais. Embora os valores sejam expressivos, a concessão dos incentivos tributários não tem sido permeada da necessária transparência. Veja, da análise da respectiva legislação, não é possível obter, sequer através de seus anexos, os critérios, dados e documentos que motivaram a escolha de determinado incentivo, segmento econômico ou contribuinte. Além disso, tanto o governo federal, quanto o congresso nacional não têm demonstrado qualquer preocupação com uma pluralização prévia do debate, de forma que os contribuintes e a sociedade possam discutir possíveis consequências dessa política. Outrossim, auditorias recentes do Tribunal de Contas da União asseveram a pouca ou nenhuma preocupação do governo federal com a análise dos resultados dos incentivos tributários concedidos. Em outras palavras: Após a concessão de um incentivo, o governo não realiza qualquer controle acerca do alcance dos objetivos pretendidos, razão pela qual não se pode afirmar se os incentivos devem ou não ser mantidos. A concessão de incentivos tributários é uma forma legítima de atuação estatal. Deve, contudo, ser direcionada a atender fins e mandamentos constitucionais, e não interesses corporativos e/ou de determinados setores econômicos. Em virtude disso, impõe-se que sua concessão seja cercada da mais ampla transparência possível. Sua manutenção ou extinção deve, ademais, ser constantemente avaliada, através da verificação de seus resultados, de modo a justificar e legitimar sua utilização. Temos, pois, muito a melhorar GILSON PACHECO BOMFIM, 37, é procurador da Fazenda Nacional * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Petróleo em Nova York tem maior alta em mais de dois anos
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O preço do petróleo nos Estados Unidos fechou em alta de mais de 8% nesta sexta-feira (30), maior avanço diário em dois anos e meio, depois que dados mostraram uma redução das atividades de perfuração de poços no país. O movimento pode estimular a especulação de que, após sete meses de queda, o preço da commodity pode ter atingido um piso. Dados da Baker Hughes mostraram que o número de sondas de perfuração de petróleo nos Estados Unidos caiu em 94 unidades, ou 7%, nesta semana. O petróleo na Bolsa de Nova York fechou com alta de 8,33%, a US$ 48,24 por barril. Já o petróleo Brent (principal referência para o mercado internacional) fechou com alta de 7,86%, a US$ 52,99 por barril. Apesar da recuperação desta sexta, os dois tipos de petróleo ainda acumulam queda superior a 10% nos últimos trinta dias. A queda da cotação da commodity começou em junho do ano passado e reflete o aumento da produção americana. O declínio nos preços deve afetar os emergentes, especialmente os produtores, caso da Rússia, que reduziu os juros nesta sexta.
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mercado
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Petróleo em Nova York tem maior alta em mais de dois anosO preço do petróleo nos Estados Unidos fechou em alta de mais de 8% nesta sexta-feira (30), maior avanço diário em dois anos e meio, depois que dados mostraram uma redução das atividades de perfuração de poços no país. O movimento pode estimular a especulação de que, após sete meses de queda, o preço da commodity pode ter atingido um piso. Dados da Baker Hughes mostraram que o número de sondas de perfuração de petróleo nos Estados Unidos caiu em 94 unidades, ou 7%, nesta semana. O petróleo na Bolsa de Nova York fechou com alta de 8,33%, a US$ 48,24 por barril. Já o petróleo Brent (principal referência para o mercado internacional) fechou com alta de 7,86%, a US$ 52,99 por barril. Apesar da recuperação desta sexta, os dois tipos de petróleo ainda acumulam queda superior a 10% nos últimos trinta dias. A queda da cotação da commodity começou em junho do ano passado e reflete o aumento da produção americana. O declínio nos preços deve afetar os emergentes, especialmente os produtores, caso da Rússia, que reduziu os juros nesta sexta.
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Parque, cachoeira e mansão são dicas do artista Thiago Cóstackz para curtir em São Paulo
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DE SÃO PAULO Está sem ideia do que fazer nos próximos dias na cidade de São Paulo? Confira a lista de locais preferidos de Thiago Cóstackz, 32, artista plástico multimídia, ativista ambiental e morador da Aclimação. * 1. Parque da Cantareira As matas da Cantareira são um presente para os moradores de São Paulo. Trata-se de um ótimo local para recarregar energias e se conectar com as forças da Terra. Lá, costumo fazer caminhadas que terminam com deliciosos banhos de cachoeira. E o melhor: vou de metrô e ônibus. R. do Horto, 1.799, Horto Florestal, tel. 2203-0115 * 2. Vila Penteado Um lugar pra sonhar. É a maior mansão em estilo "art nouveau" do Brasil, desenhada pelo sueco Karl Ekman em 1902 e doada à USP na década de 1930. Visite e entregue-se às linhas sinuosas e arabescos dessa construção, que é uma joia arquitetônica da cidade cravada em um discreto ponto em Higienópolis. R. Maranhão, 88, Higienópolis, tel. 3017-3159 * 3. Sala São Paulo Ouvir uma orquestra lá não tem preço. Eleita uma das melhores salas de concerto do mundo, é um orgulho para o país. Sempre que vou permaneço durante dias impactado, com o som vibrando dentro de mim. Pça. Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos, tel. 3367-9500 * 4. Parque da Aclimação Meu quintal. Tenho uma relação especial com esse parque, um dos mais antigos de São Paulo. Ele é do final do século 19 e ainda tem cara de campo intocado. A Aclimação é o meu canto, meu universo na Pauliceia. Sou um potiguar que trocou a praia por essa maravilha. R. Muniz de Souza, 1.119, Aclimação, tel. 3208-4042 * 5. Gita Make My Cake Amo doces. E nesse café ao lado do parque da Aclimação você monta sua torta, experimenta delícias e ainda bate um papo com a proprietária Gita, uma artista da confeitaria. Uma dica? Torta de coco com abacaxi! Av. da Aclimação, 246, Aclimação, tel. 2228-2077 *
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saopaulo
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Parque, cachoeira e mansão são dicas do artista Thiago Cóstackz para curtir em São PauloDE SÃO PAULO Está sem ideia do que fazer nos próximos dias na cidade de São Paulo? Confira a lista de locais preferidos de Thiago Cóstackz, 32, artista plástico multimídia, ativista ambiental e morador da Aclimação. * 1. Parque da Cantareira As matas da Cantareira são um presente para os moradores de São Paulo. Trata-se de um ótimo local para recarregar energias e se conectar com as forças da Terra. Lá, costumo fazer caminhadas que terminam com deliciosos banhos de cachoeira. E o melhor: vou de metrô e ônibus. R. do Horto, 1.799, Horto Florestal, tel. 2203-0115 * 2. Vila Penteado Um lugar pra sonhar. É a maior mansão em estilo "art nouveau" do Brasil, desenhada pelo sueco Karl Ekman em 1902 e doada à USP na década de 1930. Visite e entregue-se às linhas sinuosas e arabescos dessa construção, que é uma joia arquitetônica da cidade cravada em um discreto ponto em Higienópolis. R. Maranhão, 88, Higienópolis, tel. 3017-3159 * 3. Sala São Paulo Ouvir uma orquestra lá não tem preço. Eleita uma das melhores salas de concerto do mundo, é um orgulho para o país. Sempre que vou permaneço durante dias impactado, com o som vibrando dentro de mim. Pça. Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos, tel. 3367-9500 * 4. Parque da Aclimação Meu quintal. Tenho uma relação especial com esse parque, um dos mais antigos de São Paulo. Ele é do final do século 19 e ainda tem cara de campo intocado. A Aclimação é o meu canto, meu universo na Pauliceia. Sou um potiguar que trocou a praia por essa maravilha. R. Muniz de Souza, 1.119, Aclimação, tel. 3208-4042 * 5. Gita Make My Cake Amo doces. E nesse café ao lado do parque da Aclimação você monta sua torta, experimenta delícias e ainda bate um papo com a proprietária Gita, uma artista da confeitaria. Uma dica? Torta de coco com abacaxi! Av. da Aclimação, 246, Aclimação, tel. 2228-2077 *
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Corinthians quer salvar o ano contra o Cruzeiro, fora de casa
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O Corinthians tenta salvar 2016 neste domingo contra o Cruzeiro, no Mineirão, às 17h, pela última rodada do Brasileiro. O adversário não tem mais pretensões no ano, mas o técnico Oswaldo de Oliveira o elogiou. "O Cruzeiro é grande de qualquer maneira, um timaço. O fato de não estar disputando nem pra cair nem pra ficar não faz um jogo diferente", disse o treinador, que promoveu a volta de Guilherme ao time. Se ganhar e o Atlético-PR ou o Botafogo não vencer, o Corinthians estará classificado para a Copa Libertadores. Se não conseguir a vaga, no entanto, terá feito a sua pior temporada desde que voltou à Série A. Campeão da Série B em 2008, desde então o time ganha todo ano um título –nacional ou internacional– ou, no mínimo, a vaga para o torneio continental, que venceu em 2012. Em 2017, no entanto, foi o terceiro no Paulista, caiu nas oitavas de final da Libertadores, nas quartas da Copa do Brasil e agora pode terminar o campeonato em sétimo, que seria sua pior posição nesta década. Durante a semana, Oliveira repetiu sempre a mesma formação para o time titular, que deve ser composto por Walter, Fagner, Vilson, Balbueba e Uendel; Cristian, Romero, Camacho, Rodriguinho e Marlone; e Guilherme.
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esporte
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Corinthians quer salvar o ano contra o Cruzeiro, fora de casaO Corinthians tenta salvar 2016 neste domingo contra o Cruzeiro, no Mineirão, às 17h, pela última rodada do Brasileiro. O adversário não tem mais pretensões no ano, mas o técnico Oswaldo de Oliveira o elogiou. "O Cruzeiro é grande de qualquer maneira, um timaço. O fato de não estar disputando nem pra cair nem pra ficar não faz um jogo diferente", disse o treinador, que promoveu a volta de Guilherme ao time. Se ganhar e o Atlético-PR ou o Botafogo não vencer, o Corinthians estará classificado para a Copa Libertadores. Se não conseguir a vaga, no entanto, terá feito a sua pior temporada desde que voltou à Série A. Campeão da Série B em 2008, desde então o time ganha todo ano um título –nacional ou internacional– ou, no mínimo, a vaga para o torneio continental, que venceu em 2012. Em 2017, no entanto, foi o terceiro no Paulista, caiu nas oitavas de final da Libertadores, nas quartas da Copa do Brasil e agora pode terminar o campeonato em sétimo, que seria sua pior posição nesta década. Durante a semana, Oliveira repetiu sempre a mesma formação para o time titular, que deve ser composto por Walter, Fagner, Vilson, Balbueba e Uendel; Cristian, Romero, Camacho, Rodriguinho e Marlone; e Guilherme.
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Dentistas e pet shops oferecem cartão de crédito próprio para atrair clientes
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Aos moldes de varejistas e companhias aéreas, pequenos estabelecimentos como clínicas odontológicas, cantinas escolares e pet shops, também passaram a oferecer cartões de crédito próprios com o objetivo de atrair e manter seus clientes. O movimento é impulsionado pelo surgimento de companhias especializadas em atender pequenas empresas interessadas no serviço. A rede de franquias Carto imprime e gerencia cartões a partir de um lote mínimo de 100 unidades. A ideia da empresa é que eles substituam os cadernos dos lojistas usados para anotar as contas em aberto, o "fiado". A prática, comum no interior, leva a prejuízos por falta de pagamento, diz Enio Cursino, diretor comercial da empresa. O serviço é usado por papelarias, clínicas de estética, mercados e pet shops. São cerca de 600 estabelecimentos que oferecem a seus consumidores cartões pré-pagos, pós-pagos e de fidelidade. No modelo oferecido pela Carto, o lojista é quem faz a análise sobre o limite de crédito que cada cliente terá direito a utilizar. Para isso, ele usa informações fornecidas pela empresa a respeito do histórico do consumidor. Assim, ele assume o risco de calotes. Os cartões só são usados na loja que os emitiu. DESCONTOS A rede de clínicas odontológicas Sorridents lançou neste ano um cartão em parceria com a empresa de serviços financeiros Sorocred. Segundo Cleber Soares, vice-presidente da Sorridents, uma das motivações foi a busca pela redução na inadimplência dos clientes. Cerca de seis mil pacientes já têm o cartão, que dá descontos em serviços da rede. A auxiliar administrativa Adriana Vieira, 31,fez o cartão de crédito de olho na redução na mensalidade que paga para a manutenção de seu aparelho odontológico. Antes, ela recebia um boleto de R$ 98 em casa e, após o pagamento no banco, tinha de levá-lo a clínica para mostrar que havia sido pago. Agora recebe faturas mensais de R$ 75. RELAÇÃO AFETIVA Algumas empresas buscam conquistar espaço nas carteiras dos consumidores com programas de fidelidade. É o caso do Instituto PET Brasil, organização de apoio ao mercado varejista do setor pet (animais de estimação), que lançou neste mês seu cartão próprio em parceria com a administradora Credz. O cartão é distribuído em pet shops, mas seu uso não é restrito a lojas do segmento.O dinheiro gasto dá direito a pontos que podem ser doados a ONGs que cuidam de animais ou trocados em pet shops parceiras do programa. A empresa possibilita ainda que o cliente estampe no cartão de crédito a imagem de seu animal de estimação. A meta do Instituto PET Brasil é colocar no mercado 18 mil cartões em um ano. A relação afetiva com o cartão de crédito também vem sendo explorada por companhias em outros setores. O cartão pré-pago da Gaviões da Fiel, a torcida organizada do Corinthians, foi lançado recentemente em parceria entre MasterCard e Acesso. As companhias também possuem um pré-pago para sócios do Bahia e têm cartões personalizados com temas dos jogos eletrônicos Angry Birds e MiniMundos.
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mercado
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Dentistas e pet shops oferecem cartão de crédito próprio para atrair clientesAos moldes de varejistas e companhias aéreas, pequenos estabelecimentos como clínicas odontológicas, cantinas escolares e pet shops, também passaram a oferecer cartões de crédito próprios com o objetivo de atrair e manter seus clientes. O movimento é impulsionado pelo surgimento de companhias especializadas em atender pequenas empresas interessadas no serviço. A rede de franquias Carto imprime e gerencia cartões a partir de um lote mínimo de 100 unidades. A ideia da empresa é que eles substituam os cadernos dos lojistas usados para anotar as contas em aberto, o "fiado". A prática, comum no interior, leva a prejuízos por falta de pagamento, diz Enio Cursino, diretor comercial da empresa. O serviço é usado por papelarias, clínicas de estética, mercados e pet shops. São cerca de 600 estabelecimentos que oferecem a seus consumidores cartões pré-pagos, pós-pagos e de fidelidade. No modelo oferecido pela Carto, o lojista é quem faz a análise sobre o limite de crédito que cada cliente terá direito a utilizar. Para isso, ele usa informações fornecidas pela empresa a respeito do histórico do consumidor. Assim, ele assume o risco de calotes. Os cartões só são usados na loja que os emitiu. DESCONTOS A rede de clínicas odontológicas Sorridents lançou neste ano um cartão em parceria com a empresa de serviços financeiros Sorocred. Segundo Cleber Soares, vice-presidente da Sorridents, uma das motivações foi a busca pela redução na inadimplência dos clientes. Cerca de seis mil pacientes já têm o cartão, que dá descontos em serviços da rede. A auxiliar administrativa Adriana Vieira, 31,fez o cartão de crédito de olho na redução na mensalidade que paga para a manutenção de seu aparelho odontológico. Antes, ela recebia um boleto de R$ 98 em casa e, após o pagamento no banco, tinha de levá-lo a clínica para mostrar que havia sido pago. Agora recebe faturas mensais de R$ 75. RELAÇÃO AFETIVA Algumas empresas buscam conquistar espaço nas carteiras dos consumidores com programas de fidelidade. É o caso do Instituto PET Brasil, organização de apoio ao mercado varejista do setor pet (animais de estimação), que lançou neste mês seu cartão próprio em parceria com a administradora Credz. O cartão é distribuído em pet shops, mas seu uso não é restrito a lojas do segmento.O dinheiro gasto dá direito a pontos que podem ser doados a ONGs que cuidam de animais ou trocados em pet shops parceiras do programa. A empresa possibilita ainda que o cliente estampe no cartão de crédito a imagem de seu animal de estimação. A meta do Instituto PET Brasil é colocar no mercado 18 mil cartões em um ano. A relação afetiva com o cartão de crédito também vem sendo explorada por companhias em outros setores. O cartão pré-pago da Gaviões da Fiel, a torcida organizada do Corinthians, foi lançado recentemente em parceria entre MasterCard e Acesso. As companhias também possuem um pré-pago para sócios do Bahia e têm cartões personalizados com temas dos jogos eletrônicos Angry Birds e MiniMundos.
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Joe Perry, do Aerosmith, diz que toca melhor com suas botas de estimação
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O fim do grupo Aerosmith já vem sendo discutido entre os membros, conta o guitarrista Joe Perry, 66, em entrevista à Folha. "Não sei por quanto tempo conseguiremos tocar da maneira como ainda tocamos", afirma. Por ora, no entanto, ele não pretende pendurar as botinas. É que, nos shows, Perry mantém uma superstição: usa sempre as mesmas botas. "Quando subo ao palco sem elas, acabo sentindo que toquei abaixo do que eu poderia. Por isso, podem reparar, minhas botas não mudam." Embora ele soe reticente quanto ao rompimento, o fim do Aerosmith é tema recorrente em entrevistas dos roqueiros. Em junho, o vocalista Steven Tyler, 68, anunciou que o grupo faria uma turnê de despedida em 2017. A notícia coincidiu com o lançamento de seu primeiro disco solo, "We're All Somebody From Somewhere". No mês passado, foi a vez do baterista Joey Kramer, 66, admitir, em entrevista à revista "Rolling Stone", que a ideia está sendo analisada. Os problemas de saúde de Perry não ajudam: em julho, ele passou mal e desmaiou antes de um show com sua banda paralela, o Hollywood Vampires. "Eu ainda me surpreendo com o fato de estarmos juntos", diz o guitarrista. Mas, por enquanto, não há nada oficial sobre a turnê de despedida. Até o final do ano, o Aerosmith só tem shows marcados na América Latina com a turnê Rock n' Roll Rumble. Porto Alegre (11/10), São Paulo (15/10) e Recife (21/10) estão na rota da turnê, sendo que os dois primeiros shows estão com ingressos esgotados. No ano que vem, a banda virá de novo para o Rock in Rio. Tocar no país não é uma novidade na extensa carreira do Aerosmith, que atravessa a quinta década e contabiliza 15 álbuns de estúdio. PERRY OU PEREIRA? Para o guitarrista, visitar o Brasil tem um quê especial. O Perry de seu sobrenome é uma adaptação do sobrenome Pereira. O avô dele era um imigrante português e o músico diz ver muito de sua cultura no Brasil. "Demorou demais para irmos pela primeira vez", diz, por terem estreado em solo brasileiro apenas em 1994. "Mas, depois disso, o país se tornou um dos meus lugares favoritos para tocar." O profissionalismo de Perry, segundo o próprio, impede que os muitos anos de estrada pesem na hora de se apresentar. "A cada show, você tem que pensar que alguns só terão aquela chance de ver o Aerosmith ao vivo. Então, dane-se, esqueça que você já fez aquilo muitas vezes." O espírito profissional é o que manteve a formação da banda praticamente intacta ao longo dos anos, algo raro no rock. Para o músico, foi essencial separar vida pessoal de assuntos do Aerosmith. "Procuramos manter as coisas frescas e excitantes. Não dá para reinventar a roda, mas há sempre o que melhorar." ROCK N' ROLL RUMBLE - AEROSMITH STYLE 2016 QUANDO 11/10, em Porto Alegre (esgotado); 15/10, em São Paulo (esgotado); e 21/10, em Olinda ONDE Beira-Rio (RS), Allianz Parque (SP) e Classic Hall (PE) QUANTO R$ 250 a R$ 1.200, em ingressorapido.com.br
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ilustrada
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Joe Perry, do Aerosmith, diz que toca melhor com suas botas de estimaçãoO fim do grupo Aerosmith já vem sendo discutido entre os membros, conta o guitarrista Joe Perry, 66, em entrevista à Folha. "Não sei por quanto tempo conseguiremos tocar da maneira como ainda tocamos", afirma. Por ora, no entanto, ele não pretende pendurar as botinas. É que, nos shows, Perry mantém uma superstição: usa sempre as mesmas botas. "Quando subo ao palco sem elas, acabo sentindo que toquei abaixo do que eu poderia. Por isso, podem reparar, minhas botas não mudam." Embora ele soe reticente quanto ao rompimento, o fim do Aerosmith é tema recorrente em entrevistas dos roqueiros. Em junho, o vocalista Steven Tyler, 68, anunciou que o grupo faria uma turnê de despedida em 2017. A notícia coincidiu com o lançamento de seu primeiro disco solo, "We're All Somebody From Somewhere". No mês passado, foi a vez do baterista Joey Kramer, 66, admitir, em entrevista à revista "Rolling Stone", que a ideia está sendo analisada. Os problemas de saúde de Perry não ajudam: em julho, ele passou mal e desmaiou antes de um show com sua banda paralela, o Hollywood Vampires. "Eu ainda me surpreendo com o fato de estarmos juntos", diz o guitarrista. Mas, por enquanto, não há nada oficial sobre a turnê de despedida. Até o final do ano, o Aerosmith só tem shows marcados na América Latina com a turnê Rock n' Roll Rumble. Porto Alegre (11/10), São Paulo (15/10) e Recife (21/10) estão na rota da turnê, sendo que os dois primeiros shows estão com ingressos esgotados. No ano que vem, a banda virá de novo para o Rock in Rio. Tocar no país não é uma novidade na extensa carreira do Aerosmith, que atravessa a quinta década e contabiliza 15 álbuns de estúdio. PERRY OU PEREIRA? Para o guitarrista, visitar o Brasil tem um quê especial. O Perry de seu sobrenome é uma adaptação do sobrenome Pereira. O avô dele era um imigrante português e o músico diz ver muito de sua cultura no Brasil. "Demorou demais para irmos pela primeira vez", diz, por terem estreado em solo brasileiro apenas em 1994. "Mas, depois disso, o país se tornou um dos meus lugares favoritos para tocar." O profissionalismo de Perry, segundo o próprio, impede que os muitos anos de estrada pesem na hora de se apresentar. "A cada show, você tem que pensar que alguns só terão aquela chance de ver o Aerosmith ao vivo. Então, dane-se, esqueça que você já fez aquilo muitas vezes." O espírito profissional é o que manteve a formação da banda praticamente intacta ao longo dos anos, algo raro no rock. Para o músico, foi essencial separar vida pessoal de assuntos do Aerosmith. "Procuramos manter as coisas frescas e excitantes. Não dá para reinventar a roda, mas há sempre o que melhorar." ROCK N' ROLL RUMBLE - AEROSMITH STYLE 2016 QUANDO 11/10, em Porto Alegre (esgotado); 15/10, em São Paulo (esgotado); e 21/10, em Olinda ONDE Beira-Rio (RS), Allianz Parque (SP) e Classic Hall (PE) QUANTO R$ 250 a R$ 1.200, em ingressorapido.com.br
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WHO Ruling Will Encourage Olympic Visits to Brazil, Says Minister
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NATÁLIA CANCIAN FROM BRASÍLIA Health Minister Ricardo Barros said this Tuesday (14) that the WHO's classification of Zika transmission as a "low-risk" threat during the Rio 2016 Olympics would "confirm" the arrival of tourists and athletes for the event. Barros said reassurance from the World Health Organisation that the virus was no more likely to spread during the period of the games than at any other time would encourage people to visit the city. "We believe that we can now confirm a huge influx of tourists," he said The WHO has declared that Zika risks at the Olympics are no higher than they are in any other country where there is confirmed transmission of the virus. The statement follows a meeting of specialists from the organisation's select Emergency Committee. However, the Minister admitted there were concerns that the WHO would release further, contradictory, recommendations, or that the organisation might belatedly change its stance. In May, around 150 specialists petitioned for the games to be postponed or relocated owing to the risk of Zika transmission. Since then, the Brazilian government has stepped up efforts to combat the virus, hoping to minimise criticisms about the event's organisation. After the meeting with the select committee, the WHO maintained its opinion that recent increases in cases of microcephaly and other neurological illnesses, like Guillain-Barré syndrome, constituted an international public health emergency. Experts affiliated with the organisation, however, felt that it was also necessary to label the virus itself as an international emergency, not just its complications. This conclusion was reached following the results of a recent study that link the virus as a cause of microcephaly. The WHO ruled that precautions should be taken at the Olympics, where large gatherings and crowds could make people more susceptible. However, the organisation stated that individual risks in countries where there are already recorded cases of Zika transmission will not be effected by the Olympics going ahead in Rio. The WHO also maintained that any risks could be minimised with preventative methods. "There might be more people exposed, but the risks are the same," said Committee Coordinator David Heymann. He also pointed out that during Brazil's winter months transmission of the virus is less frequent, and mentioned the methods currently in place in Brazil to combat the Aedes aegypti mosquito. Translated by GILLIAN SOPHIE HARRIS Read the article in the original language +Latest news in English *Judge Accepts Accusation and Congressman Cunha's Wife Becomes a Defendant in Lava Jato *Bus Crash Kills 18 Students *Environmental Study Finds New Bird Species
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WHO Ruling Will Encourage Olympic Visits to Brazil, Says Minister
NATÁLIA CANCIAN FROM BRASÍLIA Health Minister Ricardo Barros said this Tuesday (14) that the WHO's classification of Zika transmission as a "low-risk" threat during the Rio 2016 Olympics would "confirm" the arrival of tourists and athletes for the event. Barros said reassurance from the World Health Organisation that the virus was no more likely to spread during the period of the games than at any other time would encourage people to visit the city. "We believe that we can now confirm a huge influx of tourists," he said The WHO has declared that Zika risks at the Olympics are no higher than they are in any other country where there is confirmed transmission of the virus. The statement follows a meeting of specialists from the organisation's select Emergency Committee. However, the Minister admitted there were concerns that the WHO would release further, contradictory, recommendations, or that the organisation might belatedly change its stance. In May, around 150 specialists petitioned for the games to be postponed or relocated owing to the risk of Zika transmission. Since then, the Brazilian government has stepped up efforts to combat the virus, hoping to minimise criticisms about the event's organisation. After the meeting with the select committee, the WHO maintained its opinion that recent increases in cases of microcephaly and other neurological illnesses, like Guillain-Barré syndrome, constituted an international public health emergency. Experts affiliated with the organisation, however, felt that it was also necessary to label the virus itself as an international emergency, not just its complications. This conclusion was reached following the results of a recent study that link the virus as a cause of microcephaly. The WHO ruled that precautions should be taken at the Olympics, where large gatherings and crowds could make people more susceptible. However, the organisation stated that individual risks in countries where there are already recorded cases of Zika transmission will not be effected by the Olympics going ahead in Rio. The WHO also maintained that any risks could be minimised with preventative methods. "There might be more people exposed, but the risks are the same," said Committee Coordinator David Heymann. He also pointed out that during Brazil's winter months transmission of the virus is less frequent, and mentioned the methods currently in place in Brazil to combat the Aedes aegypti mosquito. Translated by GILLIAN SOPHIE HARRIS Read the article in the original language +Latest news in English *Judge Accepts Accusation and Congressman Cunha's Wife Becomes a Defendant in Lava Jato *Bus Crash Kills 18 Students *Environmental Study Finds New Bird Species
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Crise da água faz lucro da Sabesp despencar em 2014
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A atual crise de abastecimento de água em SP fez o lucro da Sabesp cair mais do que a metade em 2014. Se em 2013 a empresa paulista de saneamento lucrou R$ 1,9 bilhão, no ano passado esse valor despencou para R$ 903 milhões. A deterioração é explicada pela combinação entre uma queda de 6,7% da receita bruta (equivalente a R$ 636 milhões) –provocada pela adoção de descontos para clientes que reduzam o consumo–, um aumento de 13,6% nas despesas da empresa (valor de R$ 1,1 bilhão) e de 18,5% nos investimentos chegando a R$ 3,2 bilhões. A desvalorização do real complicou ainda mais a situação da empresa. Cerca de 40% da dívida da Sabesp é em moeda estrangeira, mas a empresa não conta com instrumentos financeiros de proteção contra depreciação cambial. O agravamento da situação financeira da empresa prejudica a tomada de empréstimos e a capacidade de investimentos necessários para contornar a atual crise hídrica. A Sabesp tem sofrido forte impacto financeiro com a atual crise hídrica, que é a mais grave que a empresa já teve que enfrentar. Se, por um lado, a crise fez com que o volume de água consumido diminuísse, por outro exigiu que a empresa encontrasse soluções emergenciais e mais caras para seguir fornecendo água, especialmente na Grande São Paulo. No início de 2014, no meio do que deveria ser um período de chuvas, a Sabesp percebeu que o nível de seus reservatórios caía em ritmo acelerado. Para tentar compensar esse efeito, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu reduzir a conta paga por aqueles clientes que economizassem água. Esse, na prática, foi o primeiro impacto financeiro da empresa causado pela crise. Atualmente, 71% dos clientes da Sabesp na região metropolitana da capital paulista recebem contas mais baratas por terem reduzido seu consumo, no chamado plano de bônus. Já o aumento da conta daqueles que aumentassem o consumo de água, a chamada sobretaxa, só veio em 2015, após as eleições do ano anterior, quando Alckmin acabou reeleito no primeiro turno da disputa. Outra medida adotada pela empresa foi a de reduzir a venda de água para municípios vizinhos, como Guarulhos e São Caetano do Sul. RACIONAMENTO Além disso, o racionamento por meio da redução da força com que a água é empurrada pelas tubulações fez com que milhares de torneiras na Grande São Paulo fiquem secas por horas todos os dias. Os bairros mais altos da periferias são os mais atingidos por essa medida. Essas ações fizeram com que o volume de água comercializado pela empresa caísse de 73 mil litros por segundo para 51 mil litros. Segundo a Sabesp, o que foi reduzido seria capaz de abastecer a cidade do Rio de Janeiro. A arrecadação da empresa acompanhou a queda. A situação foi agravada, pois sem perspectivas de chuvas que possam recompor os níveis dos reservatórios, a empresa teve que adotar medidas emergenciais e mais caras para continuar fornecendo água. ESTRESSE FINANCEIRO Entre as soluções estão a compra de grandes bombas flutuantes que funcionam 24 horas por dia para captar a água do chamado volume morto, aquela que fica no fundo das represas, abaixo dos tubos de captação da Sabesp. Outras obras estruturais tiveram que ser aceleradas, como o aumento da capacidade de tratamento de água na represa do Guarapiranga. Outro problema da empresa é que quase 40% da dívida da empresa –que somava R$ 9,6 bilhões no terceiro trimestre de 2014– é denominada em moeda estrangeira, principalmente dólar, que foi fortemente impactada pela desvalorização cambial. Para tentar estancar a deterioração de suas contas, a Sabesp teve que cortar R$ 1,1 bilhão em despesas ao longo de 2014. "Claramente, a Sabesp está sob uma situação de estresse financeiro. Estamos reagindo com unhas e dentes para manter a situação financeira sustentável", disse em fevereiro à Folha Rui Affonso, diretor financeiro e de relações com investidores da empresa. Para 2015, ainda está previsto um pacote de obras emergenciais como a ligação dos sistemas Rio Grande e Alto Tietê. Essas e outras grandes obras devem seguir aumentando a crise que também já é financeira na empresa.
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cotidiano
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Crise da água faz lucro da Sabesp despencar em 2014A atual crise de abastecimento de água em SP fez o lucro da Sabesp cair mais do que a metade em 2014. Se em 2013 a empresa paulista de saneamento lucrou R$ 1,9 bilhão, no ano passado esse valor despencou para R$ 903 milhões. A deterioração é explicada pela combinação entre uma queda de 6,7% da receita bruta (equivalente a R$ 636 milhões) –provocada pela adoção de descontos para clientes que reduzam o consumo–, um aumento de 13,6% nas despesas da empresa (valor de R$ 1,1 bilhão) e de 18,5% nos investimentos chegando a R$ 3,2 bilhões. A desvalorização do real complicou ainda mais a situação da empresa. Cerca de 40% da dívida da Sabesp é em moeda estrangeira, mas a empresa não conta com instrumentos financeiros de proteção contra depreciação cambial. O agravamento da situação financeira da empresa prejudica a tomada de empréstimos e a capacidade de investimentos necessários para contornar a atual crise hídrica. A Sabesp tem sofrido forte impacto financeiro com a atual crise hídrica, que é a mais grave que a empresa já teve que enfrentar. Se, por um lado, a crise fez com que o volume de água consumido diminuísse, por outro exigiu que a empresa encontrasse soluções emergenciais e mais caras para seguir fornecendo água, especialmente na Grande São Paulo. No início de 2014, no meio do que deveria ser um período de chuvas, a Sabesp percebeu que o nível de seus reservatórios caía em ritmo acelerado. Para tentar compensar esse efeito, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu reduzir a conta paga por aqueles clientes que economizassem água. Esse, na prática, foi o primeiro impacto financeiro da empresa causado pela crise. Atualmente, 71% dos clientes da Sabesp na região metropolitana da capital paulista recebem contas mais baratas por terem reduzido seu consumo, no chamado plano de bônus. Já o aumento da conta daqueles que aumentassem o consumo de água, a chamada sobretaxa, só veio em 2015, após as eleições do ano anterior, quando Alckmin acabou reeleito no primeiro turno da disputa. Outra medida adotada pela empresa foi a de reduzir a venda de água para municípios vizinhos, como Guarulhos e São Caetano do Sul. RACIONAMENTO Além disso, o racionamento por meio da redução da força com que a água é empurrada pelas tubulações fez com que milhares de torneiras na Grande São Paulo fiquem secas por horas todos os dias. Os bairros mais altos da periferias são os mais atingidos por essa medida. Essas ações fizeram com que o volume de água comercializado pela empresa caísse de 73 mil litros por segundo para 51 mil litros. Segundo a Sabesp, o que foi reduzido seria capaz de abastecer a cidade do Rio de Janeiro. A arrecadação da empresa acompanhou a queda. A situação foi agravada, pois sem perspectivas de chuvas que possam recompor os níveis dos reservatórios, a empresa teve que adotar medidas emergenciais e mais caras para continuar fornecendo água. ESTRESSE FINANCEIRO Entre as soluções estão a compra de grandes bombas flutuantes que funcionam 24 horas por dia para captar a água do chamado volume morto, aquela que fica no fundo das represas, abaixo dos tubos de captação da Sabesp. Outras obras estruturais tiveram que ser aceleradas, como o aumento da capacidade de tratamento de água na represa do Guarapiranga. Outro problema da empresa é que quase 40% da dívida da empresa –que somava R$ 9,6 bilhões no terceiro trimestre de 2014– é denominada em moeda estrangeira, principalmente dólar, que foi fortemente impactada pela desvalorização cambial. Para tentar estancar a deterioração de suas contas, a Sabesp teve que cortar R$ 1,1 bilhão em despesas ao longo de 2014. "Claramente, a Sabesp está sob uma situação de estresse financeiro. Estamos reagindo com unhas e dentes para manter a situação financeira sustentável", disse em fevereiro à Folha Rui Affonso, diretor financeiro e de relações com investidores da empresa. Para 2015, ainda está previsto um pacote de obras emergenciais como a ligação dos sistemas Rio Grande e Alto Tietê. Essas e outras grandes obras devem seguir aumentando a crise que também já é financeira na empresa.
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Fundo de pensão do Banco do Brasil registrou deficit de R$ 13 bi em 2015
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A Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) fechou o ano passado com um deficit de R$ 13 bilhões pelo seu principal plano, segundo uma fonte da instituição ouvida pela Folha. O deficit se refere ao valor que faltava para o PB 1 (Plano de Benefícios 1) pagar todos os benefícios previstos até o seu último participante vivo nas próximas décadas. O resultado chama atenção por trata-se do maior plano de pensão do país. O PB 1 tem investimentos de R$ 159 bilhões (em setembro). São 23.981 participantes ativos e 92.122 recebendo benefícios (aposentados e pensionistas). A informação foi revelada pelo jornal "O Globo". Em 2014, o fundo dos funcionários do Banco do Brasil teve um superávit acumulado de R$ 12,5 bilhões. Este resultado já indicava uma piora no desempenho. No ano anterior, o superávit foi de R$ 25 bilhões. O mau resultado de 2015 está relacionado ao desempenho das ações na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) e de títulos públicos prefixados. Estes papéis costumam perder valor em momentos de alta de juros. Segundo a fonte, o deficit estava em R$ 12,5 bilhões até 18 de dezembro do ano passado. Com o desempenho ruim do mercados nos últimos dias do ano, a expectativa é que o deficit tenha chegado a R$ 13 bilhões. VALE Um dos maiores investimentos da Previ, por exemplo, são os papéis da mineradora Vale. O fundo de pensão tem 15,61% de participação direta e indireta na mineradora, segundo dados do site da Previ. Em 2015, a Vale foi a empresa que mais perdeu valor de mercado no país. O tombo foi de R$ 45,9 bilhões, segundo cálculos da consultoria Economatica. A mineradora fechou o ano valendo R$ 61,6 bilhões. O próprio Banco do Brasil teve uma perda de 38% de valor de mercado em 2015. A Previ tem, naturalmente, uma participação elevada no banco: 10,38%, segundo ainda as informações do site do fundo. O resultado da Previ precisará ainda ser aprovado pelo Conselho Fiscal e Deliberativos ao longo das próximas semanas. Em comunicado, a Previ não comentou os números, alegando que "o balanço de 2015 está em fase de fechamento".
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mercado
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Fundo de pensão do Banco do Brasil registrou deficit de R$ 13 bi em 2015A Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) fechou o ano passado com um deficit de R$ 13 bilhões pelo seu principal plano, segundo uma fonte da instituição ouvida pela Folha. O deficit se refere ao valor que faltava para o PB 1 (Plano de Benefícios 1) pagar todos os benefícios previstos até o seu último participante vivo nas próximas décadas. O resultado chama atenção por trata-se do maior plano de pensão do país. O PB 1 tem investimentos de R$ 159 bilhões (em setembro). São 23.981 participantes ativos e 92.122 recebendo benefícios (aposentados e pensionistas). A informação foi revelada pelo jornal "O Globo". Em 2014, o fundo dos funcionários do Banco do Brasil teve um superávit acumulado de R$ 12,5 bilhões. Este resultado já indicava uma piora no desempenho. No ano anterior, o superávit foi de R$ 25 bilhões. O mau resultado de 2015 está relacionado ao desempenho das ações na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) e de títulos públicos prefixados. Estes papéis costumam perder valor em momentos de alta de juros. Segundo a fonte, o deficit estava em R$ 12,5 bilhões até 18 de dezembro do ano passado. Com o desempenho ruim do mercados nos últimos dias do ano, a expectativa é que o deficit tenha chegado a R$ 13 bilhões. VALE Um dos maiores investimentos da Previ, por exemplo, são os papéis da mineradora Vale. O fundo de pensão tem 15,61% de participação direta e indireta na mineradora, segundo dados do site da Previ. Em 2015, a Vale foi a empresa que mais perdeu valor de mercado no país. O tombo foi de R$ 45,9 bilhões, segundo cálculos da consultoria Economatica. A mineradora fechou o ano valendo R$ 61,6 bilhões. O próprio Banco do Brasil teve uma perda de 38% de valor de mercado em 2015. A Previ tem, naturalmente, uma participação elevada no banco: 10,38%, segundo ainda as informações do site do fundo. O resultado da Previ precisará ainda ser aprovado pelo Conselho Fiscal e Deliberativos ao longo das próximas semanas. Em comunicado, a Previ não comentou os números, alegando que "o balanço de 2015 está em fase de fechamento".
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Pato vai ficar no São Paulo e o assunto morreu, diz vice-presidente do clube
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Faltando algumas horas para o fechamento da janela de transferência para os clubes da Europa, o São Paulo já dá como certa a permanência de Alexandre Pato na equipe. De acordo com o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, não há mais tempo para uma transferência. Os direitos econômicos do atacante pertencem ao Corinthians, que o emprestou para o São Paulo. O clube alvinegro tenta negociar o jogador. Pato também teria dito no final desta manhã aos seus colegas de clube que vai ficar no Morumbi, segundo afirmou o volante Thiago Mendes. "Não há mais tempo. Por contrato, a gente tem 48 horas para dar uma resposta. Se a janela fecha daqui a menos do que isso, não tem mais como eles chegarem com uma proposta. O Pato vai ficar, felizmente. Acabou esse assunto. Para mim, o assunto morreu", afirmou Ataíde, para a Folha. "Posso dizer que o Pato vai permanecer no São Paulo. Conversamos no vestiário", disse Mendes, no CT da Barra Funda. Por contrato, se uma proposta chegar, o Corinthians é obrigado a apresentar formalmente ao rival, assim que ela aparecer, e o São Paulo tem preferência de compra, pelo mesmo valor, desde que manifeste o interesse em até 48 horas do recebimento da cópia. A janela de transferências –período em que clubes podem inscrever novos atletas- fecha nesta segunda-feira (31) na maioria dos países da Europa. Já na Inglaterra, o prazo vai até esta terça-feira (1). A reportagem tentou entrar em contato com o Corinthians e com o empresário de Pato, Gilmar Veloz, mas não obteve retorno.
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esporte
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Pato vai ficar no São Paulo e o assunto morreu, diz vice-presidente do clubeFaltando algumas horas para o fechamento da janela de transferência para os clubes da Europa, o São Paulo já dá como certa a permanência de Alexandre Pato na equipe. De acordo com o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, não há mais tempo para uma transferência. Os direitos econômicos do atacante pertencem ao Corinthians, que o emprestou para o São Paulo. O clube alvinegro tenta negociar o jogador. Pato também teria dito no final desta manhã aos seus colegas de clube que vai ficar no Morumbi, segundo afirmou o volante Thiago Mendes. "Não há mais tempo. Por contrato, a gente tem 48 horas para dar uma resposta. Se a janela fecha daqui a menos do que isso, não tem mais como eles chegarem com uma proposta. O Pato vai ficar, felizmente. Acabou esse assunto. Para mim, o assunto morreu", afirmou Ataíde, para a Folha. "Posso dizer que o Pato vai permanecer no São Paulo. Conversamos no vestiário", disse Mendes, no CT da Barra Funda. Por contrato, se uma proposta chegar, o Corinthians é obrigado a apresentar formalmente ao rival, assim que ela aparecer, e o São Paulo tem preferência de compra, pelo mesmo valor, desde que manifeste o interesse em até 48 horas do recebimento da cópia. A janela de transferências –período em que clubes podem inscrever novos atletas- fecha nesta segunda-feira (31) na maioria dos países da Europa. Já na Inglaterra, o prazo vai até esta terça-feira (1). A reportagem tentou entrar em contato com o Corinthians e com o empresário de Pato, Gilmar Veloz, mas não obteve retorno.
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Novo atentado em Ancara aumenta pressão por ação turca
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O mais recente atentado em território turco pressiona o governo de Recep Tayyip Erdogan a acelerar seu envolvimento na conturbada guerra civil na vizinha Síria. A autoria do ataque, de rebeldes curdos, do Estado Islâmico ou mesmo de militantes comunistas, é quase irrelevante. Ele tumultua o país no centro de uma conflagração regional que, se fosse no começo do século 20, gestaria uma guerra mundial, tal a quantidade de atores principais e prepostos envolvidos. Se o EI é um espinho para todos os governos na região, a questão central para Ancara são os curdos, que compõem talvez 20% de sua população (não há estatística confiável) e são ligados às populações análogas do norte da Síria (cerca de 10% dos habitantes) e do Iraque (20%), buscando um Estado próprio. Com as ditaduras estabelecidas nos vizinhos, o problema turco era interno. Com o Curdistão autônomo após a queda de Saddam Hussein no Iraque (2003) e a guerra civil síria, a volatilidade explodiu. Aqui entra a pressão da Rússia, que interveio com apoio aéreo ao regime do ditador sírio Bashar al-Assad e é central no esforço do aliado para reconquistar a cidade de Aleppo enquanto discute um cessar-fogo com as potências ocidentais que atacam o EI na Síria e no Iraque. Antes próximas, Moscou e Ancara estão em lados opostos, algo piorado pelo fato de os russos terem virtual controle aéreo sobre o norte da Síria -que culminou em um jato russo acusado de violar a fronteira sendo abatido por turcos. Erdogan quer ver Assad fora do poder, para ver diminuída a influência do Irã, aliado de Moscou e de Damasco. Com a entrada da Rússia na guerra, o Kremlin replicou recurso usado no período czarista e logo após a Segunda Guerra Mundial pelos soviéticos: prometeu apoiar os curdos. Um grupo curdo da Síria abriu escritório em Moscou e, além de receber apoio militar, ganhou espaço para expandir-se com a ofensiva de Damasco contra Aleppo. O cerco, que pode ser um ponto de virada na guerra, também gerou uma onda de refugiados a engrossar o contingente de mais de 2 milhões de sírios que fugiram da guerra já presente na Turquia. Com tudo isso, Erdogan convidou Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, adversários de Teerã pela influência regional, para operar contra o Estado Islâmico a partir de Incirlik -uma das principais bases da Otan, aliança militar do Ocidente da qual a Turquia faz parte. Os turcos sugeriram ainda ações terrestres, mas dificilmente terão apoio dos EUA. O tema divide a Europa e a Otan, com ganho estratégico para o presidente russo, Vladimir Putin, interessado em afirmar-se politicamente e ver levantadas sanções decorrentes de sua ação na Ucrânia.
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mundo
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Novo atentado em Ancara aumenta pressão por ação turcaO mais recente atentado em território turco pressiona o governo de Recep Tayyip Erdogan a acelerar seu envolvimento na conturbada guerra civil na vizinha Síria. A autoria do ataque, de rebeldes curdos, do Estado Islâmico ou mesmo de militantes comunistas, é quase irrelevante. Ele tumultua o país no centro de uma conflagração regional que, se fosse no começo do século 20, gestaria uma guerra mundial, tal a quantidade de atores principais e prepostos envolvidos. Se o EI é um espinho para todos os governos na região, a questão central para Ancara são os curdos, que compõem talvez 20% de sua população (não há estatística confiável) e são ligados às populações análogas do norte da Síria (cerca de 10% dos habitantes) e do Iraque (20%), buscando um Estado próprio. Com as ditaduras estabelecidas nos vizinhos, o problema turco era interno. Com o Curdistão autônomo após a queda de Saddam Hussein no Iraque (2003) e a guerra civil síria, a volatilidade explodiu. Aqui entra a pressão da Rússia, que interveio com apoio aéreo ao regime do ditador sírio Bashar al-Assad e é central no esforço do aliado para reconquistar a cidade de Aleppo enquanto discute um cessar-fogo com as potências ocidentais que atacam o EI na Síria e no Iraque. Antes próximas, Moscou e Ancara estão em lados opostos, algo piorado pelo fato de os russos terem virtual controle aéreo sobre o norte da Síria -que culminou em um jato russo acusado de violar a fronteira sendo abatido por turcos. Erdogan quer ver Assad fora do poder, para ver diminuída a influência do Irã, aliado de Moscou e de Damasco. Com a entrada da Rússia na guerra, o Kremlin replicou recurso usado no período czarista e logo após a Segunda Guerra Mundial pelos soviéticos: prometeu apoiar os curdos. Um grupo curdo da Síria abriu escritório em Moscou e, além de receber apoio militar, ganhou espaço para expandir-se com a ofensiva de Damasco contra Aleppo. O cerco, que pode ser um ponto de virada na guerra, também gerou uma onda de refugiados a engrossar o contingente de mais de 2 milhões de sírios que fugiram da guerra já presente na Turquia. Com tudo isso, Erdogan convidou Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, adversários de Teerã pela influência regional, para operar contra o Estado Islâmico a partir de Incirlik -uma das principais bases da Otan, aliança militar do Ocidente da qual a Turquia faz parte. Os turcos sugeriram ainda ações terrestres, mas dificilmente terão apoio dos EUA. O tema divide a Europa e a Otan, com ganho estratégico para o presidente russo, Vladimir Putin, interessado em afirmar-se politicamente e ver levantadas sanções decorrentes de sua ação na Ucrânia.
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Pais congelam criança que morreu de câncer na esperança de fazê-la renascer
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No início deste ano, uma menina tailandesa de dois anos de idade tornou-se a pessoa mais jovem a ser congelada por criogenia. Seus pais recorreram à técnica, que preservou seu cérebro no estado em que se encontrava momentos após sua morte, na esperança de que um dia ela possa ser trazida de volta à vida. O quarto onde Matheryn Naovaratpong passou seus últimos meses está quase vazio. Nele, só permanece seu berço e o suporte que ajudava a manter a menina de pé. Em meio às paredes brancas, o único traço de cor do ambiente austero vem de uma pequena estátua budista dourada, de alguns de seus bichos de pelúcia favoritos e um enorme retrato dela pendurado na parede. Hoje, é mais parecido com um altar para uma criança cuja vida foi interrompida tragicamente. Matheryin, ou Einz, como sua família a chamava carinhosamente, desenvolveu um tipo raro de câncer no cérebro logo após seu segundo aniversário. Ela morreu em 8 de janeiro passado, pouco antes de completar 3 anos. Quando isso ocorreu, seus pais, ambos engenheiros biomédicos, tinham optado pelo procedimento que eles esperam permitir dar a sua filha uma nova chance de viver. "Assim que ela ficou doente, surgiu imediatamente a ideia de que deveríamos fazer isso por ela, por mais que seja impossível hoje", diz seu pai, Sahatorn. "Fiquei realmente dividido quanto a esta ideia, mas precisava me agarrar a ela. Então, expliquei tudo para minha família." Sua proposta era preservar Einz por meio de uma tecnologia conhecida como criogenia. O corpo, ou apenas o cérebro, no caso de Einz, é colocado em um estado de congelamento profundo até que, em algum momento no futuro, avanços extraordinários da medicina permitam que um novo corpo seja criado para ela e seja possível revivê-la. "Como cientistas, temos 100% de confiança de que isso acontecerá - só não sabemos quando", diz Sahatorn. "No passado, poderíamos pensar que levaria 400 ou 500 anos, mas, agora, podemos imaginar que será possível em 30 anos." 'RENASCER' O pai de Einz conta que, a princípio, foi difícil para o restante da família aceitar sua visão, mas quando a saúde da menina piorou, eles começaram a mudar de ideia. "Ela tinha algo especial desde que nasceu. Ela manifestava seu amor mais do que outras crianças, sempre querendo fazer parte de nossas atividades", diz ele. Sahatorn e sua mulher, Nareerat, têm outros três filhos. Nareerat teve de retirar seu útero após o primeiro parto, então, Einz e seu irmãos mais novo foram concebidos com a ajuda de fertilização in vitro. A tecnologia, eles dizem, teve um papel central na vida da menina desde o início e pode ajudá-la a "renascer". Os Naovaratpong escolheram a Alcor, uma ONG do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, provedora dos chamados serviços de "extensão da vida", para cuidar da preservação do cérebro de Einz. A família se envolveu nos preparativos, criando um caixão especial que pudesse ser transportado até o outro país. Um time da Alcor foi até a Tailândia para supervisionar o resfriamento inicial do corpo de Einz. No momento em que o óbito da menina foi declarado, a equipe da ONG deu início ao que chama de "crioproteção", removendo fluídos corporais e os substituindo por um líquido anticongelante que permite que o corpo possa ser congelado sem comprometer os tecidos. Após sua chegada ao Arizona, o cérebro foi removido e preservado a uma temperatura de -196ºC. Ela é a 134ª paciente da Alcor e de longe a mais nova. PERSONALIDADE PRESERVADA A forma como Sahatorn descreve o procedimento, que parece ter saído de um filme de ficção científica, é extremamente técnica, ainda mais levando em conta que tudo ocorreu logo após perder uma filha muito amada. Mas a família tem muita clareza de seus sentimentos. "Ainda a amamos. Lutamos para ser fortes, mas, quando ela morreu, não nos comportamos diferente do que outras famílias. Choramos todos os dias. Ainda precisamos de um tempo para nos acostumar", diz o pai da menina. Em sua opinião, os pensamentos e personalidade de Einz serão preservados com seu cérebro e podem ser, em algum estágio futuro, o suficiente para que sua vida seja reconstruída. Ele e sua mulher também planejam ter seus corpos preservados com criogenia, apesar de ele reconhecer que há poucas chances de que eles se encontrem com sua filha em suas novas vidas. O casal também planeja visitar as instalações da Alcor para ver o recipiente de aço no qual o cérebro de Einz é mantido em "biossuspensão", segundo o termo usado pela ONG. Eles ainda dizem terem doado o mesmo valor gasto com a preservação do corpo de Einz para pesquisas relacionadas a câncer na Tailândia. 'MORTE VERDADEIRA' A Alcor diz que sua operação é "um experimento no sentido literal da palavra". A ONG não promete uma segunda chance de viver, mas diz que a criogenia é um "esforço para salvar vidas". A Alcor afirma que a "morte verdadeira" só ocorre quando o corpo começa a parar de funcionar e seus componentes químicos ficam tão "desorganizados" que a tecnologia médica não pode recuperá-los. Depois que o óbito é declarado, o corpo é mantido vivo com ajuda de aparelhos. O sangue é trocado por preservantes para que seja possível o transporte de qualquer parte do mundo para a sede da empresa. O corpo é inundado com químicos chamados "crioprotetores", que resfriam as células a -120ºC sem formação de gelo, um processo conhecido como vitrificação. Depois, é resfriado ainda mais, até -196ºC, e armazenado indefinidamente em nitrogênio líquido. CERTEZA DESCONCERTANTE Mas e quanto ao futuro? A família está reunido fotos e gravações suas e de Einz, para que ela possa saber de sua vida passada. Por sua vez, a Alcor promete supervisionar cuidadosamente a readaptação de seus pacientes. Essa certeza de que no futuro será possível trazer alguém de volta à vida deixa muitas pessoas desconfortáveis. Pode não ser fácil entender ou aceitar os argumentos de uma família para seguir este caminho. É impossível não pensar que isto possa ser apenas uma forma de evitar o enorme sofrimento de perder uma criança tão nova. Ou questionar se as promessas da Alcor são válidas e se esse procedimento todo terá algum sucesso em questão de décadas ou mesmo séculos. Mas Sahatorn e Nareerat obviamente estão sofrendo, enquanto ao mesmo tempo se apegam à esperança de um futuro que a maioria de nós sequer consegue imaginar, no qual Einz viverá novamente. Eles pensaram muito a respeito e se dizem confortáveis com sua decisão. "Foi nosso amor por ela que nos levou a este sonho da ciência", diz Sahatorn. "Com certeza, nossa sociedade está avançando a uma nova forma de pensar em que isso será aceitável."
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bbc
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Pais congelam criança que morreu de câncer na esperança de fazê-la renascerNo início deste ano, uma menina tailandesa de dois anos de idade tornou-se a pessoa mais jovem a ser congelada por criogenia. Seus pais recorreram à técnica, que preservou seu cérebro no estado em que se encontrava momentos após sua morte, na esperança de que um dia ela possa ser trazida de volta à vida. O quarto onde Matheryn Naovaratpong passou seus últimos meses está quase vazio. Nele, só permanece seu berço e o suporte que ajudava a manter a menina de pé. Em meio às paredes brancas, o único traço de cor do ambiente austero vem de uma pequena estátua budista dourada, de alguns de seus bichos de pelúcia favoritos e um enorme retrato dela pendurado na parede. Hoje, é mais parecido com um altar para uma criança cuja vida foi interrompida tragicamente. Matheryin, ou Einz, como sua família a chamava carinhosamente, desenvolveu um tipo raro de câncer no cérebro logo após seu segundo aniversário. Ela morreu em 8 de janeiro passado, pouco antes de completar 3 anos. Quando isso ocorreu, seus pais, ambos engenheiros biomédicos, tinham optado pelo procedimento que eles esperam permitir dar a sua filha uma nova chance de viver. "Assim que ela ficou doente, surgiu imediatamente a ideia de que deveríamos fazer isso por ela, por mais que seja impossível hoje", diz seu pai, Sahatorn. "Fiquei realmente dividido quanto a esta ideia, mas precisava me agarrar a ela. Então, expliquei tudo para minha família." Sua proposta era preservar Einz por meio de uma tecnologia conhecida como criogenia. O corpo, ou apenas o cérebro, no caso de Einz, é colocado em um estado de congelamento profundo até que, em algum momento no futuro, avanços extraordinários da medicina permitam que um novo corpo seja criado para ela e seja possível revivê-la. "Como cientistas, temos 100% de confiança de que isso acontecerá - só não sabemos quando", diz Sahatorn. "No passado, poderíamos pensar que levaria 400 ou 500 anos, mas, agora, podemos imaginar que será possível em 30 anos." 'RENASCER' O pai de Einz conta que, a princípio, foi difícil para o restante da família aceitar sua visão, mas quando a saúde da menina piorou, eles começaram a mudar de ideia. "Ela tinha algo especial desde que nasceu. Ela manifestava seu amor mais do que outras crianças, sempre querendo fazer parte de nossas atividades", diz ele. Sahatorn e sua mulher, Nareerat, têm outros três filhos. Nareerat teve de retirar seu útero após o primeiro parto, então, Einz e seu irmãos mais novo foram concebidos com a ajuda de fertilização in vitro. A tecnologia, eles dizem, teve um papel central na vida da menina desde o início e pode ajudá-la a "renascer". Os Naovaratpong escolheram a Alcor, uma ONG do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, provedora dos chamados serviços de "extensão da vida", para cuidar da preservação do cérebro de Einz. A família se envolveu nos preparativos, criando um caixão especial que pudesse ser transportado até o outro país. Um time da Alcor foi até a Tailândia para supervisionar o resfriamento inicial do corpo de Einz. No momento em que o óbito da menina foi declarado, a equipe da ONG deu início ao que chama de "crioproteção", removendo fluídos corporais e os substituindo por um líquido anticongelante que permite que o corpo possa ser congelado sem comprometer os tecidos. Após sua chegada ao Arizona, o cérebro foi removido e preservado a uma temperatura de -196ºC. Ela é a 134ª paciente da Alcor e de longe a mais nova. PERSONALIDADE PRESERVADA A forma como Sahatorn descreve o procedimento, que parece ter saído de um filme de ficção científica, é extremamente técnica, ainda mais levando em conta que tudo ocorreu logo após perder uma filha muito amada. Mas a família tem muita clareza de seus sentimentos. "Ainda a amamos. Lutamos para ser fortes, mas, quando ela morreu, não nos comportamos diferente do que outras famílias. Choramos todos os dias. Ainda precisamos de um tempo para nos acostumar", diz o pai da menina. Em sua opinião, os pensamentos e personalidade de Einz serão preservados com seu cérebro e podem ser, em algum estágio futuro, o suficiente para que sua vida seja reconstruída. Ele e sua mulher também planejam ter seus corpos preservados com criogenia, apesar de ele reconhecer que há poucas chances de que eles se encontrem com sua filha em suas novas vidas. O casal também planeja visitar as instalações da Alcor para ver o recipiente de aço no qual o cérebro de Einz é mantido em "biossuspensão", segundo o termo usado pela ONG. Eles ainda dizem terem doado o mesmo valor gasto com a preservação do corpo de Einz para pesquisas relacionadas a câncer na Tailândia. 'MORTE VERDADEIRA' A Alcor diz que sua operação é "um experimento no sentido literal da palavra". A ONG não promete uma segunda chance de viver, mas diz que a criogenia é um "esforço para salvar vidas". A Alcor afirma que a "morte verdadeira" só ocorre quando o corpo começa a parar de funcionar e seus componentes químicos ficam tão "desorganizados" que a tecnologia médica não pode recuperá-los. Depois que o óbito é declarado, o corpo é mantido vivo com ajuda de aparelhos. O sangue é trocado por preservantes para que seja possível o transporte de qualquer parte do mundo para a sede da empresa. O corpo é inundado com químicos chamados "crioprotetores", que resfriam as células a -120ºC sem formação de gelo, um processo conhecido como vitrificação. Depois, é resfriado ainda mais, até -196ºC, e armazenado indefinidamente em nitrogênio líquido. CERTEZA DESCONCERTANTE Mas e quanto ao futuro? A família está reunido fotos e gravações suas e de Einz, para que ela possa saber de sua vida passada. Por sua vez, a Alcor promete supervisionar cuidadosamente a readaptação de seus pacientes. Essa certeza de que no futuro será possível trazer alguém de volta à vida deixa muitas pessoas desconfortáveis. Pode não ser fácil entender ou aceitar os argumentos de uma família para seguir este caminho. É impossível não pensar que isto possa ser apenas uma forma de evitar o enorme sofrimento de perder uma criança tão nova. Ou questionar se as promessas da Alcor são válidas e se esse procedimento todo terá algum sucesso em questão de décadas ou mesmo séculos. Mas Sahatorn e Nareerat obviamente estão sofrendo, enquanto ao mesmo tempo se apegam à esperança de um futuro que a maioria de nós sequer consegue imaginar, no qual Einz viverá novamente. Eles pensaram muito a respeito e se dizem confortáveis com sua decisão. "Foi nosso amor por ela que nos levou a este sonho da ciência", diz Sahatorn. "Com certeza, nossa sociedade está avançando a uma nova forma de pensar em que isso será aceitável."
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Desembolsos do BNDES caem 16,6% no primeiro semestre deste ano
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Os desembolsos do BNDES, indicador que mede o volume de recursos que o banco efetivamente emprestou, ficaram em R$ 33,4 bilhões no primeiro semestre deste ano, uma queda de 16,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o volume foi de R$ 40,2 bilhões. O banco registrou quedas dos desembolsos em três das quatros áreas econômicas cobertas. A exceção ficou por conta da agropecuária, que recebeu R$ 6,8 bilhões de janeiro a junho deste ano, o que representou alta de 3,4% em relação ao apurado no primeiro semestre de 2016. A indústria, que somou R$ 6,9 bilhões, segue em queda, de 41%, no volume de reembolsos nos seis primeiros meses deste ano. O setor de infraestrutura teve recuo de 6,4%, ao atingir R$ 12,1 bilhões. Comércio e serviços, o setor que mais emprega no país, registrou queda de 12,8% no primeiro semestre, quando foram desembolsados pelo banco R$ 7,5 bilhões. O desembolso é a última ponta do processo de tomada de crédito com o BNDES. A primeira fase, de consultas, que é quando os empresários enviam ao banco suas propostas de pedidos de empréstimos, é tido como um termômetro do apetite do empresariado por investimentos. Também nesse indicador houve queda, de 14,6% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período do ano passado —foram R$ 56,3 bilhões em consulta na primeira metade de 2016 contra R$ 48,1 bilhões. No ano passado todo, o volume de consultas foi de R$ 110 bilhões. Houve queda também, de 12,6%, nos enquadramentos, que é quando a empresa preenche os pré-requisitos do banco para receber empréstimos daquele tipo de programa. Houve um total de R$ 43,3 bilhões em enquadramentos no primeiro semestre, contra R$ 49,8 bilhões. As aprovações do banco, o penúltimo estágio antes da concessão do empréstimos propriamente dita, caíram 26,1%, ao atingirem R$ 32,1 bilhões, contra R$ 43,5 bilhões dos seis primeiros meses de 2016. RETOMADA Os sinais de retomada da economia ainda não surgiram de forma expressiva no balanço do banco. No primeiro trimestre deste ano, a então presidente do BNDES Maria Silvia Bastos Marques comemorava o aumento de 25% nas consultas para a área de infraestrutura. No fim do primeiro semestre, contudo, esse indicador registrou queda de 11%. Outro dado destacado pelo banco à época, era o aumento das aprovações da linha Finame, que financia máquinas e equipamentos e haviam subido 32% no primeiro trimestre. Ao final dos seis primeiros meses deste ano, o indicador teve aumento de 41,7%. O Finame é principalmente voltado ao setor agrícola, um dos poucos que teve bom desempenho no início do ano. Segundo o superintendente da área de Planejamento e Pesquisa, Fábio Giambiagi, o desempenho do BNDES seguirá parecido com o da economia, que experimentou crescimento no primeiro trimestre do ano, tendo estagnado em seguida. A expectativa de que a melhora deva ocorrer somente no final do ano ou no ano que vem. Giambiagi disse que a crise política teve efeito na economia, mas ainda não nos dados de desempenho do banco, já que do pedido do empréstimo até o desembolso final, há um período de quase dois anos. Ele não explicou quando a crise política atual terá impacto nos dados do banco. "Sabemos todos que há elementos ainda presentes de fragilidade. Depois de um primeiro trimestre muito bom [para o PIB], vamos ter um segundo trimestre que pode ser positivo, mas certamente não será tão bom quanto o primeiro. Tivemos no segundo trimestre uma crise política aguda como todos sabemos. Há elementos positivos para um terceiro trimestre com dinâmica boa", disse ele citando a melhora da inflação e a queda dos juros. Giambiagi reafirmou, contudo, que espera que o banco feche o ano com desembolsos de R$ 78 bilhões– ou seja, ainda em queda em relação aos R$ 88,3 bilhões de 2016. O superintendente disse ainda que há elementos de "otimismo cauteloso" com os rumos da economia nos próximos anos, mas destacou as "incertezas naturais" com relação aos rumos da economia brasileira de 2019 em diante, "em função do resultado do pleito eleitoral". Giambiagi disse que os últimos dois anos da economia representaram "o fundo do poço" e que agora parece que país chegou a um ponto de inflexão. INDÚSTRIA A indústria segue em dificuldade. As consultas caíram 49% no primeiro semestre. Os enquadramentos, 55%. Já as aprovações de crédito recuaram 61% e os desembolsos, 42%. Ou seja, os desembolsos caem menos do que os indicadores de fases anteriores, o que mostra que dificilmente haverá melhora na concessão de empréstimos para o setor. Giambiagi explicou que os desembolsos da indústria retomara a níveis dos anos 1990. MPMEs O banco tem destacado o aumento da concessão de crédito para micro, pequenas e médias empresas, num esforço para se descolar da pecha de "banco da grande indústria" que vigorou durante muito tempo. Os empréstimos para micro, pequenas e médias representaram 40% do total desembolsado pelo banco no primeiro semestre. Seria o melhor resultado nos últimos seis anos. O percentual, contudo, embute uma inconsistência estatística. Desde o início do ano que o banco passou a considerar micro, pequenas e médias, empresas com faturamento até R$ 300 milhões. Em 2016, esse corte era em R$ 90 milhões. Ou seja, o percentual cresceu porque aumentou também a fatia de empresas consideradas deste porte. CARTÃO BNDES Segundo o superintendente da área de Operações Indiretas do banco, Marcelo Porteiro, houve dificuldades de concessão de crédito via "cartão BNDES", um importante produto do banco, voltado para micro, pequenas e médias empresas. Segundo ele, os bancos privados que repassam os recursos do BNDES têm registrado aumento da inadimplência e têm restringido o acesso. Houve queda de 58% nos desembolsos do cartão no primeiro semestre deste ano. O cartão funciona como um cartão de crédito convencional voltado para microempreendedores, com recursos do BNDES, liberados por agentes financeiros públicos e privados. O risco fica com os bancos que emitem os cartões. O BNDES está buscando uma forma de ajustar a situação junto aos bancos privados. A ideia é permitir que o banco aumente seu spread (ganho) com o cartão em troca de uma meta para desembolsos na modalidade. PRESSÃO Os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento) e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, divulgaram neste terça (18) nota conjunta, também assinada por Rabello de Castro, em que endossam argumentos favoráveis à criação da TLP (taxa de longo prazo), que vai corrigir os empréstimos feitos pelo banco. O documento foi divulgado após reunião da equipe econômica no Ministério da Fazenda, marcada após Rabello de Castro levantar críticas à proposta, sob o argumento de que a TLP seria ser mais volátil do que a atual taxa de juros do BNDES, a TJLP. A divergência provocou a demissão de dois diretores do banco, que participaram da elaboração da nova taxa. Na semana passada, Rabello de Castro recuou das críticas. Ainda assim, entre setores empresariais, funcionários do banco e parlamentares que resistem à mudança, ele ainda é visto como um possível aliado. Presidente da comissão que analisa a MP 777, que criou a TLP, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) ligou para Rabello de Castro e pretende se encontrar o executivo na próxima semana. Está prevista ainda a mobilização de setores empresariais em audiência pública na próxima segunda (24), na sede do banco. Embora dê transparência e reduza os subsídios a grandes empresas que acessam o banco, a nova taxa aumenta o custo dos empréstimos do BNDES, o que desagrada a representantes empresariais como a Fiesp e a Abimaq.
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Desembolsos do BNDES caem 16,6% no primeiro semestre deste anoOs desembolsos do BNDES, indicador que mede o volume de recursos que o banco efetivamente emprestou, ficaram em R$ 33,4 bilhões no primeiro semestre deste ano, uma queda de 16,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o volume foi de R$ 40,2 bilhões. O banco registrou quedas dos desembolsos em três das quatros áreas econômicas cobertas. A exceção ficou por conta da agropecuária, que recebeu R$ 6,8 bilhões de janeiro a junho deste ano, o que representou alta de 3,4% em relação ao apurado no primeiro semestre de 2016. A indústria, que somou R$ 6,9 bilhões, segue em queda, de 41%, no volume de reembolsos nos seis primeiros meses deste ano. O setor de infraestrutura teve recuo de 6,4%, ao atingir R$ 12,1 bilhões. Comércio e serviços, o setor que mais emprega no país, registrou queda de 12,8% no primeiro semestre, quando foram desembolsados pelo banco R$ 7,5 bilhões. O desembolso é a última ponta do processo de tomada de crédito com o BNDES. A primeira fase, de consultas, que é quando os empresários enviam ao banco suas propostas de pedidos de empréstimos, é tido como um termômetro do apetite do empresariado por investimentos. Também nesse indicador houve queda, de 14,6% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período do ano passado —foram R$ 56,3 bilhões em consulta na primeira metade de 2016 contra R$ 48,1 bilhões. No ano passado todo, o volume de consultas foi de R$ 110 bilhões. Houve queda também, de 12,6%, nos enquadramentos, que é quando a empresa preenche os pré-requisitos do banco para receber empréstimos daquele tipo de programa. Houve um total de R$ 43,3 bilhões em enquadramentos no primeiro semestre, contra R$ 49,8 bilhões. As aprovações do banco, o penúltimo estágio antes da concessão do empréstimos propriamente dita, caíram 26,1%, ao atingirem R$ 32,1 bilhões, contra R$ 43,5 bilhões dos seis primeiros meses de 2016. RETOMADA Os sinais de retomada da economia ainda não surgiram de forma expressiva no balanço do banco. No primeiro trimestre deste ano, a então presidente do BNDES Maria Silvia Bastos Marques comemorava o aumento de 25% nas consultas para a área de infraestrutura. No fim do primeiro semestre, contudo, esse indicador registrou queda de 11%. Outro dado destacado pelo banco à época, era o aumento das aprovações da linha Finame, que financia máquinas e equipamentos e haviam subido 32% no primeiro trimestre. Ao final dos seis primeiros meses deste ano, o indicador teve aumento de 41,7%. O Finame é principalmente voltado ao setor agrícola, um dos poucos que teve bom desempenho no início do ano. Segundo o superintendente da área de Planejamento e Pesquisa, Fábio Giambiagi, o desempenho do BNDES seguirá parecido com o da economia, que experimentou crescimento no primeiro trimestre do ano, tendo estagnado em seguida. A expectativa de que a melhora deva ocorrer somente no final do ano ou no ano que vem. Giambiagi disse que a crise política teve efeito na economia, mas ainda não nos dados de desempenho do banco, já que do pedido do empréstimo até o desembolso final, há um período de quase dois anos. Ele não explicou quando a crise política atual terá impacto nos dados do banco. "Sabemos todos que há elementos ainda presentes de fragilidade. Depois de um primeiro trimestre muito bom [para o PIB], vamos ter um segundo trimestre que pode ser positivo, mas certamente não será tão bom quanto o primeiro. Tivemos no segundo trimestre uma crise política aguda como todos sabemos. Há elementos positivos para um terceiro trimestre com dinâmica boa", disse ele citando a melhora da inflação e a queda dos juros. Giambiagi reafirmou, contudo, que espera que o banco feche o ano com desembolsos de R$ 78 bilhões– ou seja, ainda em queda em relação aos R$ 88,3 bilhões de 2016. O superintendente disse ainda que há elementos de "otimismo cauteloso" com os rumos da economia nos próximos anos, mas destacou as "incertezas naturais" com relação aos rumos da economia brasileira de 2019 em diante, "em função do resultado do pleito eleitoral". Giambiagi disse que os últimos dois anos da economia representaram "o fundo do poço" e que agora parece que país chegou a um ponto de inflexão. INDÚSTRIA A indústria segue em dificuldade. As consultas caíram 49% no primeiro semestre. Os enquadramentos, 55%. Já as aprovações de crédito recuaram 61% e os desembolsos, 42%. Ou seja, os desembolsos caem menos do que os indicadores de fases anteriores, o que mostra que dificilmente haverá melhora na concessão de empréstimos para o setor. Giambiagi explicou que os desembolsos da indústria retomara a níveis dos anos 1990. MPMEs O banco tem destacado o aumento da concessão de crédito para micro, pequenas e médias empresas, num esforço para se descolar da pecha de "banco da grande indústria" que vigorou durante muito tempo. Os empréstimos para micro, pequenas e médias representaram 40% do total desembolsado pelo banco no primeiro semestre. Seria o melhor resultado nos últimos seis anos. O percentual, contudo, embute uma inconsistência estatística. Desde o início do ano que o banco passou a considerar micro, pequenas e médias, empresas com faturamento até R$ 300 milhões. Em 2016, esse corte era em R$ 90 milhões. Ou seja, o percentual cresceu porque aumentou também a fatia de empresas consideradas deste porte. CARTÃO BNDES Segundo o superintendente da área de Operações Indiretas do banco, Marcelo Porteiro, houve dificuldades de concessão de crédito via "cartão BNDES", um importante produto do banco, voltado para micro, pequenas e médias empresas. Segundo ele, os bancos privados que repassam os recursos do BNDES têm registrado aumento da inadimplência e têm restringido o acesso. Houve queda de 58% nos desembolsos do cartão no primeiro semestre deste ano. O cartão funciona como um cartão de crédito convencional voltado para microempreendedores, com recursos do BNDES, liberados por agentes financeiros públicos e privados. O risco fica com os bancos que emitem os cartões. O BNDES está buscando uma forma de ajustar a situação junto aos bancos privados. A ideia é permitir que o banco aumente seu spread (ganho) com o cartão em troca de uma meta para desembolsos na modalidade. PRESSÃO Os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento) e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, divulgaram neste terça (18) nota conjunta, também assinada por Rabello de Castro, em que endossam argumentos favoráveis à criação da TLP (taxa de longo prazo), que vai corrigir os empréstimos feitos pelo banco. O documento foi divulgado após reunião da equipe econômica no Ministério da Fazenda, marcada após Rabello de Castro levantar críticas à proposta, sob o argumento de que a TLP seria ser mais volátil do que a atual taxa de juros do BNDES, a TJLP. A divergência provocou a demissão de dois diretores do banco, que participaram da elaboração da nova taxa. Na semana passada, Rabello de Castro recuou das críticas. Ainda assim, entre setores empresariais, funcionários do banco e parlamentares que resistem à mudança, ele ainda é visto como um possível aliado. Presidente da comissão que analisa a MP 777, que criou a TLP, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) ligou para Rabello de Castro e pretende se encontrar o executivo na próxima semana. Está prevista ainda a mobilização de setores empresariais em audiência pública na próxima segunda (24), na sede do banco. Embora dê transparência e reduza os subsídios a grandes empresas que acessam o banco, a nova taxa aumenta o custo dos empréstimos do BNDES, o que desagrada a representantes empresariais como a Fiesp e a Abimaq.
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Para pesquisador, cursos da moda são mais 'neuropicaretagem' que ciência
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O uso do prefixo "neuro" em cursos de qualquer especialidade é uma preocupação do biólogo Sidarta Ribeiro, coordenador do Instituto do Cérebro da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). Embora o estudo do funcionamento do cérebro possa ser usado nas mais diversas disciplinas, muitas das aplicações da neurociência não têm evidências consolidadas e validação quantitativa, segundo ele. "Há muita neuropicaretagem", afirma Ribeiro à Folha. Na entrevista a seguir, ele fala sobre o que considera abusivo nos desdobramentos dessa área, as aplicações mais promissoras e as mais problemáticas e o que esperar de cursos que pretendem usar esse ramo da ciência. * Folha - Muitos cursos de pós lato sensu e educação continuada em áreas ligadas a negócios estão oferecendo uma formação supostamente apoiada na neurociência. Isso é um bom sinal? Sidarta Ribeiro - Gostaria que fosse diferente, mas isso parece sinalizar uma apropriação mercantilista do prefixo "neuro", que entrou em moda há mais de uma década e é amplamente abusado para agregar valor simbólico a produtos tipicamente descolados da boa prática científica. Por que o apelo neurocientífico atrai alunos? Vivemos ainda uma era do fetiche "neuro", como antes houve com a engenharia genética. Não por acaso a neurociência é a disciplina em que as ciências biomédicas se encontram com as ciências humanas. Isso acaba fomentando metáforas sem qualquer base real e emprestando roupagem científica a muitas terapias e métodos sem qualquer validação quantitativa. O "sucesso de público" ajuda ou atrapalha a pesquisa científica? Ajuda e atrapalha. Atrai pessoas e simpatias ao custo de desinformação e nivelamento por baixo. Há estudos mais aprofundados em alguns dos desdobramentos da neurociência? A neuroeconomia é um ramo legítimo da neurociência que vem encontrando os correlatos neurais da tomada de decisões e suas contingências, o que tem implicações importantes para os pesquisadores que modelam as escolhas de agentes econômicos. A neuroeducação é um ramo recente e, com ressalva a certos cursos e pós-graduações caça-níqueis, bastante promissor, especialmente quando não desconsidera o conhecimento já existente no ensino de ciências. Em quais áreas os conceitos da neurociência são usados de forma mais arbitrária e distorcida? Neurolinguística e neuromarketing me parecem apenas formas espertas de vender cursos de autoajuda pessoal ou corporativa. No início dos anos 2000 se popularizaram nos EUA vídeos e jogos educativos para bebês supostamente baseados em neurociência, como o "Baby Einstein". Houve uma febre comercial mas depois se verificou que aquilo não tinha nenhum valor educacional especial. Quais as limitações ou perigos dessa banalização do conhecimento? O perigo é perdermos noção do que é sério e do que não é. Se a ciência for contagiada pela pós-verdade, estaremos em maus lençóis. A neurociência corre mais risco do que as outras disciplinas justamente porque está na moda e porque toca tantos aspectos distintos da vida humana. Por isso ela tem sido na última década alvo de tantas iniciativas predatórias e oportunistas. O que esperar de um curso que se propõe a ensinar neurociência, mesmo que básica? Conceitos corretos de neuroanatomia, neurofisiologia, comportamento animal, neurobiologia celular e molecular. Quais são os indícios de que o rótulo "neurociência aplicada" não passa de neuropicaretagem? Aulas pagas não presenciais, a distância. E qualquer promessa exagerada de sucesso pessoal ou corporativo. O que poderia ser feito para evitar o aumento dessas armadilhas? É difícil... Somos uma nação de analfabetos científicos, pois mesmo as poucas pessoas que leem livros costumam ter desprezo, medo ou respeito exagerado pela ciência. É preciso fomentar o pensamento crítico, cético e sistemático.
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educacao
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Para pesquisador, cursos da moda são mais 'neuropicaretagem' que ciênciaO uso do prefixo "neuro" em cursos de qualquer especialidade é uma preocupação do biólogo Sidarta Ribeiro, coordenador do Instituto do Cérebro da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). Embora o estudo do funcionamento do cérebro possa ser usado nas mais diversas disciplinas, muitas das aplicações da neurociência não têm evidências consolidadas e validação quantitativa, segundo ele. "Há muita neuropicaretagem", afirma Ribeiro à Folha. Na entrevista a seguir, ele fala sobre o que considera abusivo nos desdobramentos dessa área, as aplicações mais promissoras e as mais problemáticas e o que esperar de cursos que pretendem usar esse ramo da ciência. * Folha - Muitos cursos de pós lato sensu e educação continuada em áreas ligadas a negócios estão oferecendo uma formação supostamente apoiada na neurociência. Isso é um bom sinal? Sidarta Ribeiro - Gostaria que fosse diferente, mas isso parece sinalizar uma apropriação mercantilista do prefixo "neuro", que entrou em moda há mais de uma década e é amplamente abusado para agregar valor simbólico a produtos tipicamente descolados da boa prática científica. Por que o apelo neurocientífico atrai alunos? Vivemos ainda uma era do fetiche "neuro", como antes houve com a engenharia genética. Não por acaso a neurociência é a disciplina em que as ciências biomédicas se encontram com as ciências humanas. Isso acaba fomentando metáforas sem qualquer base real e emprestando roupagem científica a muitas terapias e métodos sem qualquer validação quantitativa. O "sucesso de público" ajuda ou atrapalha a pesquisa científica? Ajuda e atrapalha. Atrai pessoas e simpatias ao custo de desinformação e nivelamento por baixo. Há estudos mais aprofundados em alguns dos desdobramentos da neurociência? A neuroeconomia é um ramo legítimo da neurociência que vem encontrando os correlatos neurais da tomada de decisões e suas contingências, o que tem implicações importantes para os pesquisadores que modelam as escolhas de agentes econômicos. A neuroeducação é um ramo recente e, com ressalva a certos cursos e pós-graduações caça-níqueis, bastante promissor, especialmente quando não desconsidera o conhecimento já existente no ensino de ciências. Em quais áreas os conceitos da neurociência são usados de forma mais arbitrária e distorcida? Neurolinguística e neuromarketing me parecem apenas formas espertas de vender cursos de autoajuda pessoal ou corporativa. No início dos anos 2000 se popularizaram nos EUA vídeos e jogos educativos para bebês supostamente baseados em neurociência, como o "Baby Einstein". Houve uma febre comercial mas depois se verificou que aquilo não tinha nenhum valor educacional especial. Quais as limitações ou perigos dessa banalização do conhecimento? O perigo é perdermos noção do que é sério e do que não é. Se a ciência for contagiada pela pós-verdade, estaremos em maus lençóis. A neurociência corre mais risco do que as outras disciplinas justamente porque está na moda e porque toca tantos aspectos distintos da vida humana. Por isso ela tem sido na última década alvo de tantas iniciativas predatórias e oportunistas. O que esperar de um curso que se propõe a ensinar neurociência, mesmo que básica? Conceitos corretos de neuroanatomia, neurofisiologia, comportamento animal, neurobiologia celular e molecular. Quais são os indícios de que o rótulo "neurociência aplicada" não passa de neuropicaretagem? Aulas pagas não presenciais, a distância. E qualquer promessa exagerada de sucesso pessoal ou corporativo. O que poderia ser feito para evitar o aumento dessas armadilhas? É difícil... Somos uma nação de analfabetos científicos, pois mesmo as poucas pessoas que leem livros costumam ter desprezo, medo ou respeito exagerado pela ciência. É preciso fomentar o pensamento crítico, cético e sistemático.
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Com 19% de perdas, veja como a Sabesp arruma os canos de São Paulo
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Nas imediações da praça da Sé, em São Paulo, a três palmos abaixo terra passa uma rede de canos de ferro que foi instalada quando toda capital paulista ainda se limitava ao que hoje é o seu centro.O envelhecimento das tubulações da cidade (parte deles já centenária) é o principal motivo pelas perdas de água nas tubulações da Sabesp. Na Grande São Paulo, as perdas chegam a 19,4% da água tratada.Segundo a Sabesp, é impossível determinar com exatidão os pontos mais antigos das tubulações em São Paulo. Antes da década de 30, quando os técnicos instalavam e substituíam as tubulações, os registros eram feitos à mão em pranchetas hoje perdidas. Só a partir desta década, os dados passaram a ser registrados de forma mais consistente.Sabe-se, no entanto, que a grande maioria das tubulações antigas está localizada na região central. Cerca de 20% das tubulações da cidade tem mais de 40 anos e a rede tem em média 33 anos.---------------------------------------------------------------Reportagem: Fabrício Lobel
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Com 19% de perdas, veja como a Sabesp arruma os canos de São PauloNas imediações da praça da Sé, em São Paulo, a três palmos abaixo terra passa uma rede de canos de ferro que foi instalada quando toda capital paulista ainda se limitava ao que hoje é o seu centro.O envelhecimento das tubulações da cidade (parte deles já centenária) é o principal motivo pelas perdas de água nas tubulações da Sabesp. Na Grande São Paulo, as perdas chegam a 19,4% da água tratada.Segundo a Sabesp, é impossível determinar com exatidão os pontos mais antigos das tubulações em São Paulo. Antes da década de 30, quando os técnicos instalavam e substituíam as tubulações, os registros eram feitos à mão em pranchetas hoje perdidas. Só a partir desta década, os dados passaram a ser registrados de forma mais consistente.Sabe-se, no entanto, que a grande maioria das tubulações antigas está localizada na região central. Cerca de 20% das tubulações da cidade tem mais de 40 anos e a rede tem em média 33 anos.---------------------------------------------------------------Reportagem: Fabrício Lobel
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Após operação da PF, sede do PT em Belo Horizonte é atacada
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Um dia após operação da Polícia Federal na 24ª fase da Operação Lava Jato, a sede do Partido dos Trabalhadores (PT) foi atacada em Belo Horizonte (MG), neste sábado (5). Para o deputado Rogério Correia (PT), o ato pode ter sido fruto da radicalização do momento político do país. Ele classificou o ato como "terrorista". A sede foi atingida por tinta, farinha, ovo e lixo. O Comando-Geral da Polícia Militar foi avisado sobre o ato de vandalismo e alertado para que a área fosse patrulhada para evitar invasões à sede. Nesta sexta (4), a PF realizou operação no prédio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu filho Fábio Luís Lula da Silva –também conhecido como Lulinha. Lula foi levado para o aeroporto de Congonhas (zona sul), onde prestou depoimento à Polícia Federal. O ex-presidente foi alvo de mandado de busca e apreensão e de condução coercitiva (quando o investigado é obrigado a depor). Em sua manifestação mais contundente desde o início da Lava Jato, a força-tarefa do Ministério Público Federal afirmou em nota que Lula é "um dos principais beneficiários" de crimes cometidos no âmbito da Petrobras.
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Após operação da PF, sede do PT em Belo Horizonte é atacadaUm dia após operação da Polícia Federal na 24ª fase da Operação Lava Jato, a sede do Partido dos Trabalhadores (PT) foi atacada em Belo Horizonte (MG), neste sábado (5). Para o deputado Rogério Correia (PT), o ato pode ter sido fruto da radicalização do momento político do país. Ele classificou o ato como "terrorista". A sede foi atingida por tinta, farinha, ovo e lixo. O Comando-Geral da Polícia Militar foi avisado sobre o ato de vandalismo e alertado para que a área fosse patrulhada para evitar invasões à sede. Nesta sexta (4), a PF realizou operação no prédio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu filho Fábio Luís Lula da Silva –também conhecido como Lulinha. Lula foi levado para o aeroporto de Congonhas (zona sul), onde prestou depoimento à Polícia Federal. O ex-presidente foi alvo de mandado de busca e apreensão e de condução coercitiva (quando o investigado é obrigado a depor). Em sua manifestação mais contundente desde o início da Lava Jato, a força-tarefa do Ministério Público Federal afirmou em nota que Lula é "um dos principais beneficiários" de crimes cometidos no âmbito da Petrobras.
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Morre Derek Walcott, poeta caribenho que era toda uma nação
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Na alocução que fez ao receber o prêmio Nobel de Literatura em 1992, o poeta caribenho Derek Walcott afirmou: "Nosso arquipélago é o sinônimo de pedaços separados de um continente original. Essa é a maneira certa de compor poesia, ou melhor dizendo, recompor". A frase resume um pouco este poeta negro nascido em 1930, em Castries, capital de Santa Lúcia, uma ilha espremida entre o oceano Atlântico e o mar do Caribe e morto nesta sexta-feira (17), aos 87 anos, em sua casa perto da localidade de Gros Ilet. Filho de pai inglês e de mãe descendente de escravos, com uma costela holandesa, Walcott era a mescla genuína dos processos históricos que imprimiram a mestiçagem nas Américas Latina e Central. Estudou na Jamaica, fundou um grupo de teatro (sua outra paixão) com o irmão em Trinidad. Mudou-se depois para os Estados Unidos, em 1981, passando a viver em Boston, dando aulas em universidades como Harvard, e começou a chamar a atenção com as obras poéticas que passou a publicar. Em 1990 surge o poema narrativo, "Omeros" (ed. Companhia das Letras), publicado em simultâneo em Nova Iorque e Londres. A rigor, este poema catapultou-o direto para os braços do maior prêmio literário mundial. Trata-se de um épico à moda de Homero, situado e alegorizado no Caribe, dividido em sete partes, em 64 capítulos, compostos por três cantos em forma de tercetos ritmados com uma métrica quase perfeita. A crítica mundial se rendeu ao talento do autor caribenho. O poeta russo naturalizado americano Joseph Brodsky (1940-1996) foi um dos mais entusiasmados defensores de Walcott, segundo afirmou: "Graças a ele, o idioma inglês sobrevive". De fato, percebem-se nesse grande poema as características centrais da sua poética. Walcott harmoniza com elegância a coloquialidade e a densidade clássica, irrigando nesse espaço sua consciência insular e continental. Em "Omeros", entram referências não só ao poeta grego mas a Edgar Allan Poe, Maiakóvski, Melvillle, ao próprio Brodsky e até citações a "Yesterday", dos Beatles, como assinalava o comunicado do Nobel em 1992. CONSTELAÇÃO Walcott afirmava que fazia parte de uma constelação em que brilharam autores como Aimé Cesaire, St-John Perse ou Edouard Glissant. Sua obra é composta por mais de 15 livros de poesia e cerca de 30 peças teatrais. Publicou ainda um volume de ensaios, "A Voz do Crepúsculo" (1998), no qual percebemos o seu pensamento sobre poesia e suas afinidades, discorrendo sobre autores como Robert Lowell, Brodsky, Bob Frost e o controverso trinitino V. S. Naipaul. Seu percurso fulgurante foi perturbado por um escândalo. Em 2009, desistiu de concorrer a um cargo de professor de poesia na Universidade de Oxford, após cerca de 200 acadêmicos terem recebido um dossiê que detalhava alegações de assédio sexual contra ele em 1982. Em toda sua trajetória, nunca se distanciou de fato da sua ilha natal, onde exercitava a paixão pela pintura que herdou do pai; da mãe veio o interesse pelo teatro. De maneira precisa, resumiu-se a si mesmo no poema intitulado "Goleta Flight": "Sou um mulato que ama o mar./Recebi uma sólida educação colonial./Há em mim muito de holandês,/negro e inglês:/ Sou ninguém ou sou toda uma nação." Até a conclusão desta edição, a causa da morte não havia sido divulgada; seus editores informaram, porém, que a saúde do escritor estava debilitada havia algum tempo. Walcott, que foi casado três vezes, deixa a companheira, Sigrid Nama, um filho, Peter, duas filhas, Anna e Elizabeth, e vários netos. TRAJETÓRIA DO POETA 23.jan.1930 - Nasce em Castries, Santa Lúcia 1948 - Lança a sua primeira obra, "25 Poems" 1953 - Estuda na Universidade das Índias Ocidentais, na Jamaica, e se muda para Trinidad 1959 - Funda o Trinidad Theatre Workshop 1990 - Lança "Omeros" 1992 - Recebe o Nobel 2009 - Dossiê que o acusava de assédio sexual em 1982 faz com que desista de concorrer a cargo de professor na Universidade de Oxford 2011 - Vinda ao Brasil para a Fliporto 17.mar.17 - Morre aos 87, em Santa Lúcia Jorge Henrique Bastos, jornalista, crítico e tradutor, organizou "Poesia Brasileira Contemporânea - dos Modernistas à Atualidade" (Antígona)
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ilustrada
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Morre Derek Walcott, poeta caribenho que era toda uma naçãoNa alocução que fez ao receber o prêmio Nobel de Literatura em 1992, o poeta caribenho Derek Walcott afirmou: "Nosso arquipélago é o sinônimo de pedaços separados de um continente original. Essa é a maneira certa de compor poesia, ou melhor dizendo, recompor". A frase resume um pouco este poeta negro nascido em 1930, em Castries, capital de Santa Lúcia, uma ilha espremida entre o oceano Atlântico e o mar do Caribe e morto nesta sexta-feira (17), aos 87 anos, em sua casa perto da localidade de Gros Ilet. Filho de pai inglês e de mãe descendente de escravos, com uma costela holandesa, Walcott era a mescla genuína dos processos históricos que imprimiram a mestiçagem nas Américas Latina e Central. Estudou na Jamaica, fundou um grupo de teatro (sua outra paixão) com o irmão em Trinidad. Mudou-se depois para os Estados Unidos, em 1981, passando a viver em Boston, dando aulas em universidades como Harvard, e começou a chamar a atenção com as obras poéticas que passou a publicar. Em 1990 surge o poema narrativo, "Omeros" (ed. Companhia das Letras), publicado em simultâneo em Nova Iorque e Londres. A rigor, este poema catapultou-o direto para os braços do maior prêmio literário mundial. Trata-se de um épico à moda de Homero, situado e alegorizado no Caribe, dividido em sete partes, em 64 capítulos, compostos por três cantos em forma de tercetos ritmados com uma métrica quase perfeita. A crítica mundial se rendeu ao talento do autor caribenho. O poeta russo naturalizado americano Joseph Brodsky (1940-1996) foi um dos mais entusiasmados defensores de Walcott, segundo afirmou: "Graças a ele, o idioma inglês sobrevive". De fato, percebem-se nesse grande poema as características centrais da sua poética. Walcott harmoniza com elegância a coloquialidade e a densidade clássica, irrigando nesse espaço sua consciência insular e continental. Em "Omeros", entram referências não só ao poeta grego mas a Edgar Allan Poe, Maiakóvski, Melvillle, ao próprio Brodsky e até citações a "Yesterday", dos Beatles, como assinalava o comunicado do Nobel em 1992. CONSTELAÇÃO Walcott afirmava que fazia parte de uma constelação em que brilharam autores como Aimé Cesaire, St-John Perse ou Edouard Glissant. Sua obra é composta por mais de 15 livros de poesia e cerca de 30 peças teatrais. Publicou ainda um volume de ensaios, "A Voz do Crepúsculo" (1998), no qual percebemos o seu pensamento sobre poesia e suas afinidades, discorrendo sobre autores como Robert Lowell, Brodsky, Bob Frost e o controverso trinitino V. S. Naipaul. Seu percurso fulgurante foi perturbado por um escândalo. Em 2009, desistiu de concorrer a um cargo de professor de poesia na Universidade de Oxford, após cerca de 200 acadêmicos terem recebido um dossiê que detalhava alegações de assédio sexual contra ele em 1982. Em toda sua trajetória, nunca se distanciou de fato da sua ilha natal, onde exercitava a paixão pela pintura que herdou do pai; da mãe veio o interesse pelo teatro. De maneira precisa, resumiu-se a si mesmo no poema intitulado "Goleta Flight": "Sou um mulato que ama o mar./Recebi uma sólida educação colonial./Há em mim muito de holandês,/negro e inglês:/ Sou ninguém ou sou toda uma nação." Até a conclusão desta edição, a causa da morte não havia sido divulgada; seus editores informaram, porém, que a saúde do escritor estava debilitada havia algum tempo. Walcott, que foi casado três vezes, deixa a companheira, Sigrid Nama, um filho, Peter, duas filhas, Anna e Elizabeth, e vários netos. TRAJETÓRIA DO POETA 23.jan.1930 - Nasce em Castries, Santa Lúcia 1948 - Lança a sua primeira obra, "25 Poems" 1953 - Estuda na Universidade das Índias Ocidentais, na Jamaica, e se muda para Trinidad 1959 - Funda o Trinidad Theatre Workshop 1990 - Lança "Omeros" 1992 - Recebe o Nobel 2009 - Dossiê que o acusava de assédio sexual em 1982 faz com que desista de concorrer a cargo de professor na Universidade de Oxford 2011 - Vinda ao Brasil para a Fliporto 17.mar.17 - Morre aos 87, em Santa Lúcia Jorge Henrique Bastos, jornalista, crítico e tradutor, organizou "Poesia Brasileira Contemporânea - dos Modernistas à Atualidade" (Antígona)
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Caetano e Gil surpreendem tocando música inédita em São Paulo
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Definitivamente, não é um show. É preciso criar uma palavra nova para definir a apresentação de Caetano Veloso e Gilberto Gil na turnê que marca os 50 anos de carreira de ambos. Um vocábulo que signifique, ao mesmo tempo, show, missa, celebração, louvação. Ali não estavam artistas e fãs. São entidades e seus devotos. Nesse clima de adoração na noite de quinta (20), na primeira de quatro apresentações com ingressos esgotados no Citibank Hall, a dupla cantou uma canção inédita. Caetano, numa das duas vezes em que conversou com o público, disse que eles tinham escrito a música na madrugada anterior. Talvez o nome dela seja "A Camélia do Quilombo do Leblon", o verso que mais se repete na letra. Mais do que cantores, os dois participam há cinco décadas da vida das pessoas. Gente que comprou os discos, foi aos shows, leu tudo escrito por eles e sobre eles, e parou para ler ou ouvir qualquer opinião deles sobre qualquer assunto. E a mídia perguntou muito para eles, sempre. As músicas são sensacionais, não é preciso dizer mais. "Terra", "Tropicália", "Domingo no Parque" e tantas outras que poderiam num TOP 100 da MPB. Todo mundo canta junto. No fim tem quem diga que faltou essa ou aquela, mas nada que impeça ir para casa de alma lavada. Na verdade, a reação da plateia é de puro deslumbramento quando Caetano e Gil entram em cena. Gritos, suspiros, celulares fotografando. A euforia leva algumas músicas para esfriar. Respirando normalmente, ou quase, o público começa a aproveitar o momento tranquilo de seus ídolos. Ao contrário dos shows da fase europeia da turnê, que exibiu um palco "pelado", os brasileiros foram surpreendidos por um cenário feito com bandeiras dos Estados brasileiros. Se o visual mudou, o repertório seguiu igual ao dos shows anteriores. Os dois passearam de canções delicadas como "Terra" (Caetano) e "0" (Gil), a performances empolgantes como "Domingo no Parque" e "A Luz de Tieta", que fecham o show em um bis com clima festivo. Ou melhor, deveriam ter encerrado, porque a insistência do público provocou um segundo bis, incomum na turnê. Então decidiram cantar "Leãozinho", de Caetano, e "Three Little Birds", de Bob Marley. Caetano e Gil cumprem, com extrema facilidade e empatia com seus seguidores, a missão de exibir a majestade de seus cancioneiros. CAETANO VELOSO E GILBERTO GIL EM SÃO PAULO QUANDO até domingo (23) e no dia 8/10 ONDE Citibank Hall, Av. das Nações Unidas, 19.955 QUANTO de R$ 200 a R$ 450 (esgotados para esta semana; vendas para show de 8//10 começam no dia 24/8, no site ticketsforfun.com.br AVALIAÇÃO ótimo
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Caetano e Gil surpreendem tocando música inédita em São PauloDefinitivamente, não é um show. É preciso criar uma palavra nova para definir a apresentação de Caetano Veloso e Gilberto Gil na turnê que marca os 50 anos de carreira de ambos. Um vocábulo que signifique, ao mesmo tempo, show, missa, celebração, louvação. Ali não estavam artistas e fãs. São entidades e seus devotos. Nesse clima de adoração na noite de quinta (20), na primeira de quatro apresentações com ingressos esgotados no Citibank Hall, a dupla cantou uma canção inédita. Caetano, numa das duas vezes em que conversou com o público, disse que eles tinham escrito a música na madrugada anterior. Talvez o nome dela seja "A Camélia do Quilombo do Leblon", o verso que mais se repete na letra. Mais do que cantores, os dois participam há cinco décadas da vida das pessoas. Gente que comprou os discos, foi aos shows, leu tudo escrito por eles e sobre eles, e parou para ler ou ouvir qualquer opinião deles sobre qualquer assunto. E a mídia perguntou muito para eles, sempre. As músicas são sensacionais, não é preciso dizer mais. "Terra", "Tropicália", "Domingo no Parque" e tantas outras que poderiam num TOP 100 da MPB. Todo mundo canta junto. No fim tem quem diga que faltou essa ou aquela, mas nada que impeça ir para casa de alma lavada. Na verdade, a reação da plateia é de puro deslumbramento quando Caetano e Gil entram em cena. Gritos, suspiros, celulares fotografando. A euforia leva algumas músicas para esfriar. Respirando normalmente, ou quase, o público começa a aproveitar o momento tranquilo de seus ídolos. Ao contrário dos shows da fase europeia da turnê, que exibiu um palco "pelado", os brasileiros foram surpreendidos por um cenário feito com bandeiras dos Estados brasileiros. Se o visual mudou, o repertório seguiu igual ao dos shows anteriores. Os dois passearam de canções delicadas como "Terra" (Caetano) e "0" (Gil), a performances empolgantes como "Domingo no Parque" e "A Luz de Tieta", que fecham o show em um bis com clima festivo. Ou melhor, deveriam ter encerrado, porque a insistência do público provocou um segundo bis, incomum na turnê. Então decidiram cantar "Leãozinho", de Caetano, e "Three Little Birds", de Bob Marley. Caetano e Gil cumprem, com extrema facilidade e empatia com seus seguidores, a missão de exibir a majestade de seus cancioneiros. CAETANO VELOSO E GILBERTO GIL EM SÃO PAULO QUANDO até domingo (23) e no dia 8/10 ONDE Citibank Hall, Av. das Nações Unidas, 19.955 QUANTO de R$ 200 a R$ 450 (esgotados para esta semana; vendas para show de 8//10 começam no dia 24/8, no site ticketsforfun.com.br AVALIAÇÃO ótimo
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Cunha diz que não há 'nem guerra, nem trégua' com oposição ou governo
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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quarta-feira (14) que não "há nem guerra, nem trégua" com nenhum dos lados da disputa política e se disse aberto ao diálogo tanto com governo quanto com oposição. "Não tenho trégua porque não tem guerra. Não há nem guerra, nem trégua. O que há é que eu tenho que cumprir a minha função obrigatória de dar curso ao que é a minha obrigação funcional no momento. Se isso é o fato de você ter que tomar decisões e essas decisões podem significar guerra para uns e trégua para outros, é uma questão de interpretação" Apesar de, nos bastidores já ter demonstrado contrariedade com o posicionamento da oposição, que sábado divulgou uma nota pedindo que ele renuncie a presidência da Câmara, Cunha disse não ter "nem contrariedade, nem felicidade" com o fato. "Para mim, é tudo normal. Não tenho manifestações de sentimentos, reações a coisas políticas ou o que quer que seja. Cada um tem direito a sua livre manifestação, tem a liberdade de se manifestar do jeito que queira". Cunha reiterou que recorrerá das decisões liminares dos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber, que sustaram o rito do processo de impeachment definido pelo presidente da Câmara. Sobre as pressões que tem sofrido tanto do governo quanto da oposição para despachar o pedido de impeachment, o peemedebista ressaltou mais uma vez que não se sente pressionado. "Faz parte do jogo". Ainda no campo das preocupações, ele se disse mais uma vez "absolutamente tranquilo" sobre o pedido do PSOL e da Rede Sustentabilidade de cassação do seu mandato.
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poder
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Cunha diz que não há 'nem guerra, nem trégua' com oposição ou governoO presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quarta-feira (14) que não "há nem guerra, nem trégua" com nenhum dos lados da disputa política e se disse aberto ao diálogo tanto com governo quanto com oposição. "Não tenho trégua porque não tem guerra. Não há nem guerra, nem trégua. O que há é que eu tenho que cumprir a minha função obrigatória de dar curso ao que é a minha obrigação funcional no momento. Se isso é o fato de você ter que tomar decisões e essas decisões podem significar guerra para uns e trégua para outros, é uma questão de interpretação" Apesar de, nos bastidores já ter demonstrado contrariedade com o posicionamento da oposição, que sábado divulgou uma nota pedindo que ele renuncie a presidência da Câmara, Cunha disse não ter "nem contrariedade, nem felicidade" com o fato. "Para mim, é tudo normal. Não tenho manifestações de sentimentos, reações a coisas políticas ou o que quer que seja. Cada um tem direito a sua livre manifestação, tem a liberdade de se manifestar do jeito que queira". Cunha reiterou que recorrerá das decisões liminares dos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber, que sustaram o rito do processo de impeachment definido pelo presidente da Câmara. Sobre as pressões que tem sofrido tanto do governo quanto da oposição para despachar o pedido de impeachment, o peemedebista ressaltou mais uma vez que não se sente pressionado. "Faz parte do jogo". Ainda no campo das preocupações, ele se disse mais uma vez "absolutamente tranquilo" sobre o pedido do PSOL e da Rede Sustentabilidade de cassação do seu mandato.
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37 minutos: bebê para de respirar, mas vive graças a temperatura reduzida
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O plano de Natasha Montero, no início de novembro de 2015, era chegar na maternidade, ter um parto normal, humanizado, abraçar o bebê e seguir feliz pela vida. Não foi tão simples. Bento demorou 16 horas para nascer. Quando, finalmente, Natasha pôde pegá-lo nos braços, sentiu o bebê flácido, "molinho", como descreve a mãe. Logo Bento foi entubado e transferido para a UTI. A explicação seria uma asfixia grave, sem razão aparente, ocorrida provavelmente durante o parto. A estratégia escolhida para lidar com o caso, relata o neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana Gabriel Variane, foi a hipotermia terapêutica. Em outras palavras, o bebê foi resfriado –a temperatura corporal (que geralmente fica entre 36°C e 37°C) é baixada para 33,5°C e depois elevada ao patamar normal durante o período de até 72 horas, explica Variane. A atividade cerebral do bebê é monitorada e ele tem o sangue oxigenado. "Na hora, mesmo sabendo que poderia estar acontecendo alguma coisa, eu achava que não era nada de mais. Depois de 15 minutos, meu marido voltou aos prantos e não quis me contar. Eu não entendia o porquê do choro", conta a mãe. A situação não estava favorável: no primeiro dia de internação, Bento teve uma convulsão –sinal de que algo não estava funcionando bem no pequeno cérebro do bebê. No segundo dia, Bento sofreu uma parada cardiorrespiratória de 37 minutos, também em decorrência da asfixia. Durante uma parada desse tipo, por mais breve que seja, há risco de haver sequelas neurológicas, já que o cérebro é particularmente susceptível à queda dos níveis de oxigênio e de glicose no sangue. Se o cérebro de Bento já tinha sofrido com a convulsão, a falta de nutrientes poderia matá-lo. "Quando vi ele cheio de fios, caiu a ficha. Foi muito difícil. Na hora que recebi a notícia, perguntamos ao médico o que podia ser feito, e ele perguntou se a gente tinha religião. Eu disse que acreditava em Deus e ele disse: 'Continue orando'", diz Natasha. FRIO PROTETOR A hipotermia terapêutica tem um efeito neuroprotetor, ou seja, os neurônios sofrem menos com os possíveis danos decorrentes da resposta inflamatória do organismo. Trata-se de um método de tratamento respaldado por estudos e profissionais da área, mas que ainda está longe de ter uma presença abrangente nos hospitais brasileiros, afirmam especialistas. Segundo o neurologista Antonio Cezar Galvão, do Hospital 9 de Julho, se o paciente for bem selecionado, a técnica tem grande potencial de prevenção e atenuação de sequelas de paradas cardiorrespiratórias. O problema é que a baixa temperatura prejudica a função de outros órgãos, como o próprio coração, daí a importância de o tratamento ser bem regulado. Apesar das intercorrências, a resposta de Bento ao longo dos 15 dias de UTI foi surpreendente. "Eu sei que ele poderia ter ficado em estado vegetativo. Depois, as enfermeiras me falaram que elas nunca viram um caso igual ao dele, em que o bebê não saísse de lá em estado muito comprometido", conta Natasha. Uma possível explicação para o sucesso da abordagem com Bento é a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade de o cérebro "reinventar-se", adquirindo novas características ou adotando novas estratégias para manter funções antigas. Essa propriedade do cérebro tem potencial bastante grande em bebês e crianças, explica Galvão. Em Bento, isso está mais do que demonstrado. Bento completou um ano de vida no último dia 3 de novembro. Depois de ser acompanhado de perto por uma neuropediatra, ele finalmente está de alta, sem necessidade de atenção especial ou de medicamentos, e, aparentemente, sem qualquer sequela ou prejuízo no desenvolvimento. Após a experiência, Natasha largou o antigo trabalho e já planeja ter um novo bebê. "A gente vive esquecendo que a única coisa certa que existe na vida é a morte. Não tinha como eu ficar do mesmo jeito. Agora quero é cuidar dele, torná-lo um bom ser humano. A gente tem uma missão além de só trabalhar para consumir." Para Variane, a hipotermia terapêutica, assim como o monitoramento neurológico na UTI neonatal podem ajudar a evitar tanto mortes quanto casos de dano neurológico grave. Estima-se que casos de asfixia somem 20 mil ao ano só no Brasil. De acordo com o médico Gabriel Variane, investir em abordagens como essa pode evitar tanto impactos sociais quanto econômicos (auxílios, tratamentos) decorrentes dos prejuízos neurológicos em bebês.
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equilibrioesaude
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37 minutos: bebê para de respirar, mas vive graças a temperatura reduzidaO plano de Natasha Montero, no início de novembro de 2015, era chegar na maternidade, ter um parto normal, humanizado, abraçar o bebê e seguir feliz pela vida. Não foi tão simples. Bento demorou 16 horas para nascer. Quando, finalmente, Natasha pôde pegá-lo nos braços, sentiu o bebê flácido, "molinho", como descreve a mãe. Logo Bento foi entubado e transferido para a UTI. A explicação seria uma asfixia grave, sem razão aparente, ocorrida provavelmente durante o parto. A estratégia escolhida para lidar com o caso, relata o neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana Gabriel Variane, foi a hipotermia terapêutica. Em outras palavras, o bebê foi resfriado –a temperatura corporal (que geralmente fica entre 36°C e 37°C) é baixada para 33,5°C e depois elevada ao patamar normal durante o período de até 72 horas, explica Variane. A atividade cerebral do bebê é monitorada e ele tem o sangue oxigenado. "Na hora, mesmo sabendo que poderia estar acontecendo alguma coisa, eu achava que não era nada de mais. Depois de 15 minutos, meu marido voltou aos prantos e não quis me contar. Eu não entendia o porquê do choro", conta a mãe. A situação não estava favorável: no primeiro dia de internação, Bento teve uma convulsão –sinal de que algo não estava funcionando bem no pequeno cérebro do bebê. No segundo dia, Bento sofreu uma parada cardiorrespiratória de 37 minutos, também em decorrência da asfixia. Durante uma parada desse tipo, por mais breve que seja, há risco de haver sequelas neurológicas, já que o cérebro é particularmente susceptível à queda dos níveis de oxigênio e de glicose no sangue. Se o cérebro de Bento já tinha sofrido com a convulsão, a falta de nutrientes poderia matá-lo. "Quando vi ele cheio de fios, caiu a ficha. Foi muito difícil. Na hora que recebi a notícia, perguntamos ao médico o que podia ser feito, e ele perguntou se a gente tinha religião. Eu disse que acreditava em Deus e ele disse: 'Continue orando'", diz Natasha. FRIO PROTETOR A hipotermia terapêutica tem um efeito neuroprotetor, ou seja, os neurônios sofrem menos com os possíveis danos decorrentes da resposta inflamatória do organismo. Trata-se de um método de tratamento respaldado por estudos e profissionais da área, mas que ainda está longe de ter uma presença abrangente nos hospitais brasileiros, afirmam especialistas. Segundo o neurologista Antonio Cezar Galvão, do Hospital 9 de Julho, se o paciente for bem selecionado, a técnica tem grande potencial de prevenção e atenuação de sequelas de paradas cardiorrespiratórias. O problema é que a baixa temperatura prejudica a função de outros órgãos, como o próprio coração, daí a importância de o tratamento ser bem regulado. Apesar das intercorrências, a resposta de Bento ao longo dos 15 dias de UTI foi surpreendente. "Eu sei que ele poderia ter ficado em estado vegetativo. Depois, as enfermeiras me falaram que elas nunca viram um caso igual ao dele, em que o bebê não saísse de lá em estado muito comprometido", conta Natasha. Uma possível explicação para o sucesso da abordagem com Bento é a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade de o cérebro "reinventar-se", adquirindo novas características ou adotando novas estratégias para manter funções antigas. Essa propriedade do cérebro tem potencial bastante grande em bebês e crianças, explica Galvão. Em Bento, isso está mais do que demonstrado. Bento completou um ano de vida no último dia 3 de novembro. Depois de ser acompanhado de perto por uma neuropediatra, ele finalmente está de alta, sem necessidade de atenção especial ou de medicamentos, e, aparentemente, sem qualquer sequela ou prejuízo no desenvolvimento. Após a experiência, Natasha largou o antigo trabalho e já planeja ter um novo bebê. "A gente vive esquecendo que a única coisa certa que existe na vida é a morte. Não tinha como eu ficar do mesmo jeito. Agora quero é cuidar dele, torná-lo um bom ser humano. A gente tem uma missão além de só trabalhar para consumir." Para Variane, a hipotermia terapêutica, assim como o monitoramento neurológico na UTI neonatal podem ajudar a evitar tanto mortes quanto casos de dano neurológico grave. Estima-se que casos de asfixia somem 20 mil ao ano só no Brasil. De acordo com o médico Gabriel Variane, investir em abordagens como essa pode evitar tanto impactos sociais quanto econômicos (auxílios, tratamentos) decorrentes dos prejuízos neurológicos em bebês.
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Exposição apresenta imagens históricas do cangaço
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Lampião e Benjamin Abrahão formavam uma dupla curiosa. Aparentemente o cangaceiro pernambucano Virgulino Ferreira da Silva e o imigrante sírio bonachão não possuíam nada em comum. Um traço, porém, os unia: um instinto apuradíssimo para o marketing pessoal. Abrahão acompanhou o bando de Lampião em meados de 1936, quando registrou, em fotos e filmes, a mais completa iconografia da história do cangaço. Esse material é a base da exposição "Cangaceiros", em cartaz na Mira Galeria de Arte, em São Paulo, que reúne cem fotografias. Uma caixa de luxo, com as fotos e um DVD de 14 minutos de filme sobre Lampião, está à venda na galeria (preço sob consulta). Abrahão (1901-1938) desembarcou no Recife em 1915. Teve várias ocupações, com especial talento para aplicar pequenos golpes. Sua lábia encantou até mesmo o padre Cícero, de quem foi secretário em Juazeiro do Norte (CE). Após a morte do padre, empreendeu outro projeto para conquistar fortuna: registrar a vida do rei do cangaço. Financiado pela empresa de material fotográfico Abafilmes, Abrahão embrenhou-se pelo sertão atrás dos cangaceiros. Conquistou a confiança de Lampião e tornou-se uma espécie de fotógrafo oficial de seu bando. A relação foi tema do filme "Baile Perfumado" (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira. Exibicionista nato tanto quanto Abrahão, Lampião (1898-1938) deixou-se fotografar e filmar com entusiasmo e incentivou seus companheiros a fazer o mesmo. O sírio registrou imagens prosaicas: o bando se alimentando, pegando água nos riachos, preparando comida, criando o vestuário. "Essas imagens não possuem valor artístico. Eram fotos posadas, para abastecer a imprensa. Mas são importantíssimas historicamente. Grande parte do que sabemos sobre o cangaço veio delas", diz Ricardo Albuquerque, curador da exposição. Ele é neto de Adhemar Bezerra de Albuquerque (1892-1975), que foi dono da Abafilmes e parceiro de Abrahão. Além do trabalho do sírio, Ricardo selecionou do acervo do avô imagens feitas por anônimos. As mais impressionantes mostram as cabeças decepadas dos cangaceiros. Hoje célebre, o material produzido por Abrahão não alcançou o resultado financeiro esperado. O filme com Lampião foi apreendido pelo governo Getúlio Vargas em 1937 e só voltou a circular em 1954. Das 99 fotos de Abrahão preservadas no acervo da Abafilmes, cerca de 40 não foram comercializadas. Longe da glória almejada, Abrahão foi assassinado com 42 facadas no sertão de Pernambuco em 1938. O crime nunca foi totalmente esclarecido. Lampião foi abatido no mesmo ano, em uma emboscada da polícia. CANGACEIROS QUANDO de seg. a sex., de 10h às 19h; sáb., de 12h às 17h; até 13/2 ONDE Mira Galeria - r. Joaquim Antunes, 187; tel. (11) 2528-0409 QUANTO grátis
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ilustrada
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Exposição apresenta imagens históricas do cangaçoLampião e Benjamin Abrahão formavam uma dupla curiosa. Aparentemente o cangaceiro pernambucano Virgulino Ferreira da Silva e o imigrante sírio bonachão não possuíam nada em comum. Um traço, porém, os unia: um instinto apuradíssimo para o marketing pessoal. Abrahão acompanhou o bando de Lampião em meados de 1936, quando registrou, em fotos e filmes, a mais completa iconografia da história do cangaço. Esse material é a base da exposição "Cangaceiros", em cartaz na Mira Galeria de Arte, em São Paulo, que reúne cem fotografias. Uma caixa de luxo, com as fotos e um DVD de 14 minutos de filme sobre Lampião, está à venda na galeria (preço sob consulta). Abrahão (1901-1938) desembarcou no Recife em 1915. Teve várias ocupações, com especial talento para aplicar pequenos golpes. Sua lábia encantou até mesmo o padre Cícero, de quem foi secretário em Juazeiro do Norte (CE). Após a morte do padre, empreendeu outro projeto para conquistar fortuna: registrar a vida do rei do cangaço. Financiado pela empresa de material fotográfico Abafilmes, Abrahão embrenhou-se pelo sertão atrás dos cangaceiros. Conquistou a confiança de Lampião e tornou-se uma espécie de fotógrafo oficial de seu bando. A relação foi tema do filme "Baile Perfumado" (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira. Exibicionista nato tanto quanto Abrahão, Lampião (1898-1938) deixou-se fotografar e filmar com entusiasmo e incentivou seus companheiros a fazer o mesmo. O sírio registrou imagens prosaicas: o bando se alimentando, pegando água nos riachos, preparando comida, criando o vestuário. "Essas imagens não possuem valor artístico. Eram fotos posadas, para abastecer a imprensa. Mas são importantíssimas historicamente. Grande parte do que sabemos sobre o cangaço veio delas", diz Ricardo Albuquerque, curador da exposição. Ele é neto de Adhemar Bezerra de Albuquerque (1892-1975), que foi dono da Abafilmes e parceiro de Abrahão. Além do trabalho do sírio, Ricardo selecionou do acervo do avô imagens feitas por anônimos. As mais impressionantes mostram as cabeças decepadas dos cangaceiros. Hoje célebre, o material produzido por Abrahão não alcançou o resultado financeiro esperado. O filme com Lampião foi apreendido pelo governo Getúlio Vargas em 1937 e só voltou a circular em 1954. Das 99 fotos de Abrahão preservadas no acervo da Abafilmes, cerca de 40 não foram comercializadas. Longe da glória almejada, Abrahão foi assassinado com 42 facadas no sertão de Pernambuco em 1938. O crime nunca foi totalmente esclarecido. Lampião foi abatido no mesmo ano, em uma emboscada da polícia. CANGACEIROS QUANDO de seg. a sex., de 10h às 19h; sáb., de 12h às 17h; até 13/2 ONDE Mira Galeria - r. Joaquim Antunes, 187; tel. (11) 2528-0409 QUANTO grátis
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Imóveis da OAS, inclusive o que seria de Lula, são alvos da Lava Jato
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Procuradores da Operação Lava Jato afirmaram nesta quarta-feira (27) que todos os apartamentos do condomínio Solaris, em Guarujá (SP), são alvo de investigação sobre um esquema de offshores criadas para enviar ao exterior dinheiro desviado da Petrobras. Entre os imóveis sob investigação está um tríplex da OAS que foi reservado ao ex-presidente Lula. Em seu despacho sobre a operação desta quarta, o juiz Sérgio Moro afirma haver a suspeita de que a empreiteira OAS "teria utilizado o empreendimento imobiliário no Guarujá para repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos no esquema criminoso da Petrobras". Na operação, segundo o delegado Igor de Paula, além dos crimes de sonegação fiscal e ocultação de patrimônio, "há indícios que alguns esses imóveis foram utilizados para repasse de recursos, de propina, a partir de contratos com a Petrobras". Um dos apartamentos do condomínio sob investigação pertenceria à família do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso desde abril de 2015. "Estamos investigando todos os apartamentos. Nenhuma pessoa em especial", disse o procurador Carlos Fernando Lima, que integra a força-tarefa da Lava Jato. Questionado durante a entrevista coletiva, na manhã desta quarta, se a Procuradoria tem elementos que apontem a ligação de Lula com um dos tríplexes, ele disse que existem indícios e notícias sobre isso. "Tudo está sob investigação", completou o procurador. "Nós investigamos fatos. Se houve um apartamento dele [Lula], que esteja no seu nome ou que tenha negociado ou alguém da sua família, vamos investigar, como todo mundo", disse Lima. Horas antes, a Polícia Federal havia deflagrado (27) a 22ª segunda fase da Lava Jato, intitulada "Triplo X", que apura suspeitas de corrupção, fraude, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, entre outros crimes. Os procuradores disseram que chegaram ao condomínio, entre outras razões, porque um dos imóveis era de propriedade da Murray, uma offshore aberta pela Mossack Fonseca, empresa internacional com escritório em São Paulo. "Acreditamos que eram abertas contas no exterior, pela Mossack, para esquema de lavagem de dinheiro", diz o procurador Lima, ao afirmar que a empresa foi responsável por várias contas de pessoas investigadas na Lava Jato, como Renato Duque e Pedro Barusco. A operação de hoje apreendeu documentos na OAS e na Bancoop, todos relativos ao condomínio Solaris. Foram presas três pessoas ligadas ao escritório da Mossack Fonseca. Outras duas estavam no exterior e um terceiro não foi localizado. Também houve buscas no escritório da empresa. O procurador disse que não é possível precisar, até o momento, quantos dos apartamentos ainda estão oficialmente ligados à OAS. Em um diagrama apresentado pela Polícia Federal há a indicação de três tríplexes relativos à OAS. Seriam eles os de número 164-B, cuja suspeita é de estar ligado ao ex-presidente Lula, 162-B e 164-A. O tríplex 163-B seria de propriedade da offshore sob suspeita, a Murray. BANCOOP O condomínio Solaris teve a construção iniciada pela Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), que foi presidida por Vaccari Neto. Em crise financeira, a Bancoop transferiu o empreendimento para a empreiteira OAS, em 2009. A OAS Empreendimentos, braço da empreiteira responsável pelas obras da Bancoop, também foi alvo da operação desta quarta. De acordo com a PF, essa nova etapa da Lava Jato apura a existência de uma estrutura criminosa "destinada a proporcionar a investigados na operação policial a abertura de empresas offshores e contas no exterior para ocultar e dissimular o produto dos crimes de corrupção, notadamente recursos oriundos de delitos praticados no âmbito da Petrobras". Foram cumpridos seis mandados de prisão temporária (válida por cinco dias), dois de condução coercitiva e 15 de busca e apreensão. As diligências ocorreram nas cidades de São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo e Joaçaba (SC). Os presos serão levados para a Superintendência da PF no Paraná. A publicitária Nelci Warken, que já prestou serviços na área de marketing para a Bancoop, foi presa. Ela é suspeita de ser uma das coordenadoras dos negócios da Murray. Também são procurados parentes de Warken e representantes da empresa que cuidou da abertura da offshore. A PF apura se Warken usou a estrutura da Murray para ocultar patrimônio e lavar dinheiro em favor da cunhada de Vaccari, Marice Correa de Lima. PROMOTORIA Além da Lava Jato, a Promotoria de Justiça de São Paulo também apura os negócios da Bancoop. O ex-presidente Lula é alvo de investigação sobre a legalidade da transferência de empreendimentos da cooperativa à OAS. A Promotoria investiga se a empreiteira usou apartamentos do prédio para lavar dinheiro ou beneficiar pessoas indevidamente. A OAS pagou por reformas feitas em 2014 no tríplex reservado à família de Lula. As modificações incluem a instalação de um elevador privativo. Em novembro, a Folha revelou que a mulher de Lula, Marisa Letícia, havia desistido de ficar com o imóvel. OUTRO LADO Procurado pela reportagem, o advogado Edward Carvalho, um dos defensores da OAS, disse que ainda não teve acesso às razões da busca e criticou a condução dos mandatos. "Bastaria ter solicitado os documentos, e não fazer algo espalhafatoso assim", disse. Em nota, a Bancooop afirmou que "por deliberação coletiva dos respectivos cooperados, adotada em assembleia realizada em 27 de outubro de 2009 e confirmada pela adesão individual de cada cooperado, o empreendimento foi transferido à construtora OAS Empreendimentos". A cooperativa diz que desde 2009 "não tem qualquer relação com o empreendimento Mar Cantábrico, que, inclusive teve sua denominação alterada para Solaris". Em nota, o Instituto Lula afirmou que o ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia, jamais ocultaram que ela possui cota de um empreendimento em Guarujá adquirida da Bancoop e declarada à Receita Federal. "O capital investido nesta cota pode ser restituído ao comprador ou usado como parte na aquisição de um imóvel no empreendimento. Nem Lula nem dona Marisa têm relação direta ou indireta com a transferência dos projetos da extinta Bancoop para empresas incorporadoras (que são várias, e não apenas a OAS)", diz a nota. O advogado de Vaccari, Luiz Flávio Borges D'Urso, disse que não há nenhuma acusação contra o seu cliente nesta operação. "Ele [Vaccari] teve cotas da Bancoop, pagas mensalmente, tudo dentro da lei, e quando foi presidente da Bancoop ele reorganizou a administração da cooperativa, o que possibilitou a entrega de milhares de unidades aos cooperados." Condominio Lava Jato Colaboraram BELA MEGALE, FLÁVIO FERREIRA e PAULA REVERBEL, de São Paulo, e GABRIEL MASCARENHAS, de Brasília
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poder
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Imóveis da OAS, inclusive o que seria de Lula, são alvos da Lava JatoProcuradores da Operação Lava Jato afirmaram nesta quarta-feira (27) que todos os apartamentos do condomínio Solaris, em Guarujá (SP), são alvo de investigação sobre um esquema de offshores criadas para enviar ao exterior dinheiro desviado da Petrobras. Entre os imóveis sob investigação está um tríplex da OAS que foi reservado ao ex-presidente Lula. Em seu despacho sobre a operação desta quarta, o juiz Sérgio Moro afirma haver a suspeita de que a empreiteira OAS "teria utilizado o empreendimento imobiliário no Guarujá para repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos no esquema criminoso da Petrobras". Na operação, segundo o delegado Igor de Paula, além dos crimes de sonegação fiscal e ocultação de patrimônio, "há indícios que alguns esses imóveis foram utilizados para repasse de recursos, de propina, a partir de contratos com a Petrobras". Um dos apartamentos do condomínio sob investigação pertenceria à família do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso desde abril de 2015. "Estamos investigando todos os apartamentos. Nenhuma pessoa em especial", disse o procurador Carlos Fernando Lima, que integra a força-tarefa da Lava Jato. Questionado durante a entrevista coletiva, na manhã desta quarta, se a Procuradoria tem elementos que apontem a ligação de Lula com um dos tríplexes, ele disse que existem indícios e notícias sobre isso. "Tudo está sob investigação", completou o procurador. "Nós investigamos fatos. Se houve um apartamento dele [Lula], que esteja no seu nome ou que tenha negociado ou alguém da sua família, vamos investigar, como todo mundo", disse Lima. Horas antes, a Polícia Federal havia deflagrado (27) a 22ª segunda fase da Lava Jato, intitulada "Triplo X", que apura suspeitas de corrupção, fraude, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, entre outros crimes. Os procuradores disseram que chegaram ao condomínio, entre outras razões, porque um dos imóveis era de propriedade da Murray, uma offshore aberta pela Mossack Fonseca, empresa internacional com escritório em São Paulo. "Acreditamos que eram abertas contas no exterior, pela Mossack, para esquema de lavagem de dinheiro", diz o procurador Lima, ao afirmar que a empresa foi responsável por várias contas de pessoas investigadas na Lava Jato, como Renato Duque e Pedro Barusco. A operação de hoje apreendeu documentos na OAS e na Bancoop, todos relativos ao condomínio Solaris. Foram presas três pessoas ligadas ao escritório da Mossack Fonseca. Outras duas estavam no exterior e um terceiro não foi localizado. Também houve buscas no escritório da empresa. O procurador disse que não é possível precisar, até o momento, quantos dos apartamentos ainda estão oficialmente ligados à OAS. Em um diagrama apresentado pela Polícia Federal há a indicação de três tríplexes relativos à OAS. Seriam eles os de número 164-B, cuja suspeita é de estar ligado ao ex-presidente Lula, 162-B e 164-A. O tríplex 163-B seria de propriedade da offshore sob suspeita, a Murray. BANCOOP O condomínio Solaris teve a construção iniciada pela Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), que foi presidida por Vaccari Neto. Em crise financeira, a Bancoop transferiu o empreendimento para a empreiteira OAS, em 2009. A OAS Empreendimentos, braço da empreiteira responsável pelas obras da Bancoop, também foi alvo da operação desta quarta. De acordo com a PF, essa nova etapa da Lava Jato apura a existência de uma estrutura criminosa "destinada a proporcionar a investigados na operação policial a abertura de empresas offshores e contas no exterior para ocultar e dissimular o produto dos crimes de corrupção, notadamente recursos oriundos de delitos praticados no âmbito da Petrobras". Foram cumpridos seis mandados de prisão temporária (válida por cinco dias), dois de condução coercitiva e 15 de busca e apreensão. As diligências ocorreram nas cidades de São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo e Joaçaba (SC). Os presos serão levados para a Superintendência da PF no Paraná. A publicitária Nelci Warken, que já prestou serviços na área de marketing para a Bancoop, foi presa. Ela é suspeita de ser uma das coordenadoras dos negócios da Murray. Também são procurados parentes de Warken e representantes da empresa que cuidou da abertura da offshore. A PF apura se Warken usou a estrutura da Murray para ocultar patrimônio e lavar dinheiro em favor da cunhada de Vaccari, Marice Correa de Lima. PROMOTORIA Além da Lava Jato, a Promotoria de Justiça de São Paulo também apura os negócios da Bancoop. O ex-presidente Lula é alvo de investigação sobre a legalidade da transferência de empreendimentos da cooperativa à OAS. A Promotoria investiga se a empreiteira usou apartamentos do prédio para lavar dinheiro ou beneficiar pessoas indevidamente. A OAS pagou por reformas feitas em 2014 no tríplex reservado à família de Lula. As modificações incluem a instalação de um elevador privativo. Em novembro, a Folha revelou que a mulher de Lula, Marisa Letícia, havia desistido de ficar com o imóvel. OUTRO LADO Procurado pela reportagem, o advogado Edward Carvalho, um dos defensores da OAS, disse que ainda não teve acesso às razões da busca e criticou a condução dos mandatos. "Bastaria ter solicitado os documentos, e não fazer algo espalhafatoso assim", disse. Em nota, a Bancooop afirmou que "por deliberação coletiva dos respectivos cooperados, adotada em assembleia realizada em 27 de outubro de 2009 e confirmada pela adesão individual de cada cooperado, o empreendimento foi transferido à construtora OAS Empreendimentos". A cooperativa diz que desde 2009 "não tem qualquer relação com o empreendimento Mar Cantábrico, que, inclusive teve sua denominação alterada para Solaris". Em nota, o Instituto Lula afirmou que o ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia, jamais ocultaram que ela possui cota de um empreendimento em Guarujá adquirida da Bancoop e declarada à Receita Federal. "O capital investido nesta cota pode ser restituído ao comprador ou usado como parte na aquisição de um imóvel no empreendimento. Nem Lula nem dona Marisa têm relação direta ou indireta com a transferência dos projetos da extinta Bancoop para empresas incorporadoras (que são várias, e não apenas a OAS)", diz a nota. O advogado de Vaccari, Luiz Flávio Borges D'Urso, disse que não há nenhuma acusação contra o seu cliente nesta operação. "Ele [Vaccari] teve cotas da Bancoop, pagas mensalmente, tudo dentro da lei, e quando foi presidente da Bancoop ele reorganizou a administração da cooperativa, o que possibilitou a entrega de milhares de unidades aos cooperados." Condominio Lava Jato Colaboraram BELA MEGALE, FLÁVIO FERREIRA e PAULA REVERBEL, de São Paulo, e GABRIEL MASCARENHAS, de Brasília
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UE oferece € 700 milhões aos países do bloco para enfrentar crise de migração
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A União Europeia ofereceu, nesta quarta (2), € 700 milhões de ajuda humanitária para que seus países membros possam lidar com a chegada em massa de migrantes. É o caso da Grécia, onde 10 mil pessoas estão presas na fronteira com a Macedônia. Deste valor, € 300 milhões serão gastos em 2016, enquanto o restante será dividido em parcelas de € 200 milhões em cada um dos anos seguintes, detalhou Christos Stylianides, comissário europeu de ajuda humanitária. Ele pediu aos países membros do bloco e ao Parlamento europeu para que apoiem "rapidamente" a proposta. "Não há tempo a perder para oferecer todos os meios possíveis e evitar o sofrimento humano dentro de nossas próprias fronteiras", argumentou Stylianides. A proposta não detalha que países se beneficiariam com este pacote, mas não há dúvida de que a Grécia será a primeira nação contemplada. Confrontada com uma situação insustentável em sua fronteira com a Macedônia, o governo local diz que necessita de € 480 milhões para acolher 100 mil refugiados. Segundo as autoridades gregas, na noite de terça (1º), a Macedônia abriu brevemente a fronteira com a Grécia e deixou entrar em seu território cerca de 170 refugiados sírios. No dia seguinte, outro grupo de cerca de 20 migrantes pôde cruzar a fronteira. Esses são os primeiros grupos de migrantes autorizados a cruzar esta fronteira –ponto de passagem da rota dos Balcãs para seguir caminho até o norte da Europa– desde os conflitos que ocorreram na segunda (29) entre migrantes e policiais da Macedônia. Nesta quarta, na França, na rota que os imigrantes percorrem para tentar chegar ao Reino Unido, o desmantelamento parcial do acampamento de refugiados de Calais, conhecido como "a selva", continuava. Depois de uma noite relativamente tranquila, vários barracos foram incendiados. Não se sabe se os incêndios foram acidentais ou voluntários, mas as chamas conseguiram aumentar a parte desmantelada ao sul do acampamento, onde entre 800 e 1.000 migrantes vivem, segundo o governo francês –associações, porém, consideram que o número real é de 3.500 pessoas. Em todo o acampamento, que se tornou a maior favela da França, estima-se que o número de imigrantes, principalmente sírios, afegãos e sudaneses, seja entre 3.700 e 7.000. Na terça, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, voltou a condenar as restrições impostas por vários países europeus que, disse ele, "violam o direito internacional". Mais de 131 mil migrantes têm chegado a Europa pelo Mediterrâneo desde o início de janeiro, segundo números da ACNUR (Agência da ONU para Refugiados). O dado global supera o dos cinco primeiros meses de 2015.
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mundo
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UE oferece € 700 milhões aos países do bloco para enfrentar crise de migraçãoA União Europeia ofereceu, nesta quarta (2), € 700 milhões de ajuda humanitária para que seus países membros possam lidar com a chegada em massa de migrantes. É o caso da Grécia, onde 10 mil pessoas estão presas na fronteira com a Macedônia. Deste valor, € 300 milhões serão gastos em 2016, enquanto o restante será dividido em parcelas de € 200 milhões em cada um dos anos seguintes, detalhou Christos Stylianides, comissário europeu de ajuda humanitária. Ele pediu aos países membros do bloco e ao Parlamento europeu para que apoiem "rapidamente" a proposta. "Não há tempo a perder para oferecer todos os meios possíveis e evitar o sofrimento humano dentro de nossas próprias fronteiras", argumentou Stylianides. A proposta não detalha que países se beneficiariam com este pacote, mas não há dúvida de que a Grécia será a primeira nação contemplada. Confrontada com uma situação insustentável em sua fronteira com a Macedônia, o governo local diz que necessita de € 480 milhões para acolher 100 mil refugiados. Segundo as autoridades gregas, na noite de terça (1º), a Macedônia abriu brevemente a fronteira com a Grécia e deixou entrar em seu território cerca de 170 refugiados sírios. No dia seguinte, outro grupo de cerca de 20 migrantes pôde cruzar a fronteira. Esses são os primeiros grupos de migrantes autorizados a cruzar esta fronteira –ponto de passagem da rota dos Balcãs para seguir caminho até o norte da Europa– desde os conflitos que ocorreram na segunda (29) entre migrantes e policiais da Macedônia. Nesta quarta, na França, na rota que os imigrantes percorrem para tentar chegar ao Reino Unido, o desmantelamento parcial do acampamento de refugiados de Calais, conhecido como "a selva", continuava. Depois de uma noite relativamente tranquila, vários barracos foram incendiados. Não se sabe se os incêndios foram acidentais ou voluntários, mas as chamas conseguiram aumentar a parte desmantelada ao sul do acampamento, onde entre 800 e 1.000 migrantes vivem, segundo o governo francês –associações, porém, consideram que o número real é de 3.500 pessoas. Em todo o acampamento, que se tornou a maior favela da França, estima-se que o número de imigrantes, principalmente sírios, afegãos e sudaneses, seja entre 3.700 e 7.000. Na terça, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, voltou a condenar as restrições impostas por vários países europeus que, disse ele, "violam o direito internacional". Mais de 131 mil migrantes têm chegado a Europa pelo Mediterrâneo desde o início de janeiro, segundo números da ACNUR (Agência da ONU para Refugiados). O dado global supera o dos cinco primeiros meses de 2015.
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Banco Central prevê crescimento do crédito de 1% em 2016
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O Banco Central revisou sua projeção para o crescimento do mercado de crédito em 2016 de uma expansão de 5% para 1%. Na comparação com o PIB (Produto Interno Bruto), o estoque deve recuar de 54,5% no final de 2015 para 52% neste ano. Dados da instituição desde o Plano Real mostram que as menores expansões registradas até então eram de 3%, em 1997 e 2001. O BC prevê que o crédito com recursos livres, ou seja, sem subsídios e sem aplicação obrigatória, recue 1% neste ano. Antes, a expectativa era aumento de 2%. As operações com subsídios e aplicação obrigatória, como os empréstimos do BNDES para empresas e a maior parte do crédito imobiliário, deve crescer 3%, ante previsão anterior de 7%, feita em março. O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, afirmou que o principal motivador da revisão foi o desempenho do crédito nos cinco primeiros meses do ano. O estoque encolheu por quatro meses seguidos até abril, na comparação mensal, e ficou praticamente estável em maio. "Não tínhamos quatro meses de queda mensais desde o início das nossas séries. Isso foi interrompido em maio, embora observemos ainda desaceleração do crédito", afirmou Maciel. "A gente vê esses indicadores de confiança mostrando recuperação, mas esse movimento é incipiente e precisa ser consolidado para que a gente veja alguma reação no mercado de crédito." Maciel disse ainda que o BC recebeu relatos de melhora no mercado de crédito por parte de alguns bancos, mas que os resultados são muito preliminares. BANCOS PÚBLICOS O BC cortou pela metade a estimativa de aumento do crédito nos bancos públicos, de 8% para 4%. Ou seja, o resultado ficará abaixo da inflação prevista, de cerca de 7%. Espera-se ainda retração de 4% no estoque dos bancos privados nacionais e aumento de apenas 1% nos estrangeiros que atuam no Brasil. "Persiste um dinamismo baixo da atividade econômica, e isso contribui para esse desempenho", afirmou Maciel. No crédito às empresas, por exemplo, segue o forte recuo do saldo do capital de giro, um termômetro da atividade econômica. Os desembolsos para novas operações de investimentos com recursos do BNDES caíram pela metade. Nas operações às pessoas físicas, destacam-se, por exemplo, a desaceleração do crédito imobiliário e a retração no financiamento de veículos. Sobre o sinal de melhora em maio, Maciel destacou que praticamente todas as operações ao consumo cresceram, com destaque para o avanço de cerca de 3% nas compras com cartão de crédito à vista e parcelado, influenciado pelo Dia das Mães. "O aumento de 5,5% no uso do cartão em relação a maio do ano passado é uma indicação positiva em relação ao comércio. Em termos reais significa um recuo, mas menor do que vem sendo mostrado pela PMC [pesquisa do comércio do IBGE]", afirmou. Maciel disse ainda que a inadimplência tem subido de forma consistente, mas lenta, e que o indicador tem contribuído para o aumento dos juros bancários.
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Banco Central prevê crescimento do crédito de 1% em 2016O Banco Central revisou sua projeção para o crescimento do mercado de crédito em 2016 de uma expansão de 5% para 1%. Na comparação com o PIB (Produto Interno Bruto), o estoque deve recuar de 54,5% no final de 2015 para 52% neste ano. Dados da instituição desde o Plano Real mostram que as menores expansões registradas até então eram de 3%, em 1997 e 2001. O BC prevê que o crédito com recursos livres, ou seja, sem subsídios e sem aplicação obrigatória, recue 1% neste ano. Antes, a expectativa era aumento de 2%. As operações com subsídios e aplicação obrigatória, como os empréstimos do BNDES para empresas e a maior parte do crédito imobiliário, deve crescer 3%, ante previsão anterior de 7%, feita em março. O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, afirmou que o principal motivador da revisão foi o desempenho do crédito nos cinco primeiros meses do ano. O estoque encolheu por quatro meses seguidos até abril, na comparação mensal, e ficou praticamente estável em maio. "Não tínhamos quatro meses de queda mensais desde o início das nossas séries. Isso foi interrompido em maio, embora observemos ainda desaceleração do crédito", afirmou Maciel. "A gente vê esses indicadores de confiança mostrando recuperação, mas esse movimento é incipiente e precisa ser consolidado para que a gente veja alguma reação no mercado de crédito." Maciel disse ainda que o BC recebeu relatos de melhora no mercado de crédito por parte de alguns bancos, mas que os resultados são muito preliminares. BANCOS PÚBLICOS O BC cortou pela metade a estimativa de aumento do crédito nos bancos públicos, de 8% para 4%. Ou seja, o resultado ficará abaixo da inflação prevista, de cerca de 7%. Espera-se ainda retração de 4% no estoque dos bancos privados nacionais e aumento de apenas 1% nos estrangeiros que atuam no Brasil. "Persiste um dinamismo baixo da atividade econômica, e isso contribui para esse desempenho", afirmou Maciel. No crédito às empresas, por exemplo, segue o forte recuo do saldo do capital de giro, um termômetro da atividade econômica. Os desembolsos para novas operações de investimentos com recursos do BNDES caíram pela metade. Nas operações às pessoas físicas, destacam-se, por exemplo, a desaceleração do crédito imobiliário e a retração no financiamento de veículos. Sobre o sinal de melhora em maio, Maciel destacou que praticamente todas as operações ao consumo cresceram, com destaque para o avanço de cerca de 3% nas compras com cartão de crédito à vista e parcelado, influenciado pelo Dia das Mães. "O aumento de 5,5% no uso do cartão em relação a maio do ano passado é uma indicação positiva em relação ao comércio. Em termos reais significa um recuo, mas menor do que vem sendo mostrado pela PMC [pesquisa do comércio do IBGE]", afirmou. Maciel disse ainda que a inadimplência tem subido de forma consistente, mas lenta, e que o indicador tem contribuído para o aumento dos juros bancários.
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Bélgica recruta tropas do Exército para proteger possíveis alvos de terrorismo
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Após o ataque de uma célula islamita, a Bélgica está recrutando centenas de tropas para proteger possíveis alvos de terrorismo, incluindo locais judaicos, como o Museu Judaico (que foi alvo de ataque em maio de 2014) e missões diplomáticas, segundo informou o Ministro da Defesa Steven Vandeput neste sábado (17). Cerca de 300 militares ficarão a postos em locais como as embaixadas dos Estados Unidos e de Israel em Bruxelas, a sede da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e em instituições europeias. "É muito importante dizer que isso não foi uma decisão fácil, mas necessária, em tempos em que a polícia está sobrecarregada, o exército entrar com o papel de apoio", declarou Vandeput. Tropas vão reforçar o policiamento pelo menos até a próxima quinta-feira, quando autoridades vão rever o nível de ameça nacional —que foi fixado em três nesta semana, numa escala que vai até quatro. O governo aumentou o nível de ameaça após um ataque na cidade de Verviers na última quinta-feira, na qual a polícia matou a tiros dois homens armados. Autoridades disseram que a célula islâmica estava preparando um ataque contra a polícia. Também haverão soldados na Antuérpia, segunda maior cidade do país e que concentra boa parte da comunidade judaica. "Na Antuérpia está a maior ameça", disse Vandeput se referindo à comunidade judaica. "É também onde a população está mais assustada", complementou. As tropas armadas ficarão posicionadas do lado de fora de escolas judaicas, na Antuérpia, enquanto em Bruxelas os soldados estarão protegendo instituições europeias. Os ataques de quinta-feira chamaram a atenção para o grande número de belgas que tem sido atraídos para lutas na Síria e em outras localidades do Oriente Médio.
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mundo
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Bélgica recruta tropas do Exército para proteger possíveis alvos de terrorismoApós o ataque de uma célula islamita, a Bélgica está recrutando centenas de tropas para proteger possíveis alvos de terrorismo, incluindo locais judaicos, como o Museu Judaico (que foi alvo de ataque em maio de 2014) e missões diplomáticas, segundo informou o Ministro da Defesa Steven Vandeput neste sábado (17). Cerca de 300 militares ficarão a postos em locais como as embaixadas dos Estados Unidos e de Israel em Bruxelas, a sede da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e em instituições europeias. "É muito importante dizer que isso não foi uma decisão fácil, mas necessária, em tempos em que a polícia está sobrecarregada, o exército entrar com o papel de apoio", declarou Vandeput. Tropas vão reforçar o policiamento pelo menos até a próxima quinta-feira, quando autoridades vão rever o nível de ameça nacional —que foi fixado em três nesta semana, numa escala que vai até quatro. O governo aumentou o nível de ameaça após um ataque na cidade de Verviers na última quinta-feira, na qual a polícia matou a tiros dois homens armados. Autoridades disseram que a célula islâmica estava preparando um ataque contra a polícia. Também haverão soldados na Antuérpia, segunda maior cidade do país e que concentra boa parte da comunidade judaica. "Na Antuérpia está a maior ameça", disse Vandeput se referindo à comunidade judaica. "É também onde a população está mais assustada", complementou. As tropas armadas ficarão posicionadas do lado de fora de escolas judaicas, na Antuérpia, enquanto em Bruxelas os soldados estarão protegendo instituições europeias. Os ataques de quinta-feira chamaram a atenção para o grande número de belgas que tem sido atraídos para lutas na Síria e em outras localidades do Oriente Médio.
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Faturamento da Zona Franca cresce menos do que a inflação em 2014
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A alta do faturamento da Zona Franca de Manaus ficou abaixo da inflação no ano passado. Enquanto o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) avançou 6,41%, o polo industrial cresceu 4,74%, considerando os valores em reais. Quando se analisa o faturamento em dólares, o desempenho da zona foi pior: retração de 3,83%. O resultado negativo foi puxado pelo segmento de motocicletas, que registrou queda de 1,72% em reais e de 10,12% em dólares. "O ano não foi muito bom tanto para a economia mundial como para a brasileira, e a Zona Franca acompanhou essa tendência", afirma o superintendente em exercício, Gustavo Igreja. "Mas, se as motos tivessem um faturamento normal, teríamos tido uma alta em dólares", acrescenta. "Até 2008, o setor crescia em média 20% por ano. Depois, começou a recuar." A maior exigência de critérios para concessão de crédito é apontada como responsável pela retração. As vendas de televisores, que poderiam ter sido alavancadas pela Copa do Mundo, também não atingiram o desempenho esperado. Foram comercializadas 14,5 milhões de unidades, quando se projetava 16 milhões. A produção de aparelhos com tela LCD, que representam 87% das TV do polo, caiu 1,59% no ano. Apesar do desempenho fraco das empresas, a média de trabalhadores empregados por mês no local se manteve estável, com ligeira alta de 0,33%. * Leitos em Minas A rede Mater Dei, dona de dois hospitais em Belo Horizonte, planeja a construção de uma unidade em Betim, na região metropolitana da capital mineira. O investimento no hospital, que deverá ter cerca de 250 leitos, é estimado em R$ 150 milhões. "Compramos uma área de 256 mil metros quadrados e, neste momento, estamos na etapa de projetos", diz o presidente, Henrique Salvador. Um dos objetivos da expansão é acompanhar a crescente demanda de clientes de planos de saúde. Os convênios representam hoje 95% do movimento –a parcela restante é formada por pacientes particulares. A nova unidade focará a sua atuação em atendimentos de baixa e média complexidade. "A ideia é complementar a nossa rede, não competir com os dois hospitais que temos em Belo Horizonte", afirma o dirigente. A área escolhida deverá dar ao complexo um perfil regional, pois a estrutura ficará em um eixo que interliga Betim e Contagem. Os hospitais da rede que funcionam na capital têm, juntos, aproximadamente 650 leitos. O mais novo deles foi inaugurado no ano passado, após um investimento de R$ 350 milhões. "Ainda está em fase de maturação, com cerca de 70% de uso da capacidade." * Supermercados de SP têm alta de 1,25% nos preços em janeiro Os preços nos supermercados paulistas subiram 1,25% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo índice calculado pela Apas (entidade do setor supermercadista). No acumulado dos últimos 12 meses até janeiro, a inflação nos supermercados do Estado atingiu alta de 7,80%. No mesmo mês do ano passado, o índice em igual período foi de 2,70%. A pressão sobre os custos de produção e a menor disponibilidade interna de alguns produtos influenciaram no aumento da inflação. Entre seis categorias de alimentos pesquisadas, os hortifrutigranjeiros registraram a maior alta: 9,2%. O desempenho foi puxado pelos tubérculos, entre eles, a batata e a cebola, que tiveram elevação de 60,34% e 16,68%, respectivamente. No segmento de carnes, leite e cereais, a subida foi de 0,62% no mês. Entre os cereais, a maior alta foi registrada pelo feijão, com 19,59%. Os industrializados sofreram ligeiro avanço de 0,11% e as bebidas, de 1,16%. * Shopping na palma da mão A parcela de brasileiros que usam smartphones e tablets para fazer compras on-line é maior que a média global, segundo estudo da consultoria Ipsos. Cerca de 10% dos entrevistados no país afirmaram ter adquirido produtos pelo smartphone nos últimos 12 meses, em comparação com aproximadamente 9% das pessoas ouvidas em 22 países. O uso de tablets foi citado por cerca de 6% dos brasileiros, ante 5% da média global. A maioria (84%) consumiu pela internet no último ano com o auxílio de computadores e notebooks. Os Emirados Árabes Unidos são o país que mais gastou pelo celular (24%), seguido pela China (21%). O estudo, à pedido do PayPal, ouviu 17.500 pessoas no mundo. * Fim de ano europeu O humor do consumidor europeu melhorou no último trimestre do ano passado, segundo pesquisa da GfK feita em 28 países do continente. Houve, em quase todas as nações, evolução nos três indicadores avaliados pela consultoria. Apesar do avanço, ainda há grandes diferenças entre um país e outro. O índice que analisa as expectativas do consumidor com a economia, por exemplo, marcou 24,8 pontos na Espanha, mas ficou em -16,3 na Grécia e -35,4 na Itália. A escala vai de -100 a 100 (números mais elevados indicam maior otimismo). Foram entrevistados para o estudo 40 mil adultos. com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA
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colunas
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Faturamento da Zona Franca cresce menos do que a inflação em 2014A alta do faturamento da Zona Franca de Manaus ficou abaixo da inflação no ano passado. Enquanto o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) avançou 6,41%, o polo industrial cresceu 4,74%, considerando os valores em reais. Quando se analisa o faturamento em dólares, o desempenho da zona foi pior: retração de 3,83%. O resultado negativo foi puxado pelo segmento de motocicletas, que registrou queda de 1,72% em reais e de 10,12% em dólares. "O ano não foi muito bom tanto para a economia mundial como para a brasileira, e a Zona Franca acompanhou essa tendência", afirma o superintendente em exercício, Gustavo Igreja. "Mas, se as motos tivessem um faturamento normal, teríamos tido uma alta em dólares", acrescenta. "Até 2008, o setor crescia em média 20% por ano. Depois, começou a recuar." A maior exigência de critérios para concessão de crédito é apontada como responsável pela retração. As vendas de televisores, que poderiam ter sido alavancadas pela Copa do Mundo, também não atingiram o desempenho esperado. Foram comercializadas 14,5 milhões de unidades, quando se projetava 16 milhões. A produção de aparelhos com tela LCD, que representam 87% das TV do polo, caiu 1,59% no ano. Apesar do desempenho fraco das empresas, a média de trabalhadores empregados por mês no local se manteve estável, com ligeira alta de 0,33%. * Leitos em Minas A rede Mater Dei, dona de dois hospitais em Belo Horizonte, planeja a construção de uma unidade em Betim, na região metropolitana da capital mineira. O investimento no hospital, que deverá ter cerca de 250 leitos, é estimado em R$ 150 milhões. "Compramos uma área de 256 mil metros quadrados e, neste momento, estamos na etapa de projetos", diz o presidente, Henrique Salvador. Um dos objetivos da expansão é acompanhar a crescente demanda de clientes de planos de saúde. Os convênios representam hoje 95% do movimento –a parcela restante é formada por pacientes particulares. A nova unidade focará a sua atuação em atendimentos de baixa e média complexidade. "A ideia é complementar a nossa rede, não competir com os dois hospitais que temos em Belo Horizonte", afirma o dirigente. A área escolhida deverá dar ao complexo um perfil regional, pois a estrutura ficará em um eixo que interliga Betim e Contagem. Os hospitais da rede que funcionam na capital têm, juntos, aproximadamente 650 leitos. O mais novo deles foi inaugurado no ano passado, após um investimento de R$ 350 milhões. "Ainda está em fase de maturação, com cerca de 70% de uso da capacidade." * Supermercados de SP têm alta de 1,25% nos preços em janeiro Os preços nos supermercados paulistas subiram 1,25% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo índice calculado pela Apas (entidade do setor supermercadista). No acumulado dos últimos 12 meses até janeiro, a inflação nos supermercados do Estado atingiu alta de 7,80%. No mesmo mês do ano passado, o índice em igual período foi de 2,70%. A pressão sobre os custos de produção e a menor disponibilidade interna de alguns produtos influenciaram no aumento da inflação. Entre seis categorias de alimentos pesquisadas, os hortifrutigranjeiros registraram a maior alta: 9,2%. O desempenho foi puxado pelos tubérculos, entre eles, a batata e a cebola, que tiveram elevação de 60,34% e 16,68%, respectivamente. No segmento de carnes, leite e cereais, a subida foi de 0,62% no mês. Entre os cereais, a maior alta foi registrada pelo feijão, com 19,59%. Os industrializados sofreram ligeiro avanço de 0,11% e as bebidas, de 1,16%. * Shopping na palma da mão A parcela de brasileiros que usam smartphones e tablets para fazer compras on-line é maior que a média global, segundo estudo da consultoria Ipsos. Cerca de 10% dos entrevistados no país afirmaram ter adquirido produtos pelo smartphone nos últimos 12 meses, em comparação com aproximadamente 9% das pessoas ouvidas em 22 países. O uso de tablets foi citado por cerca de 6% dos brasileiros, ante 5% da média global. A maioria (84%) consumiu pela internet no último ano com o auxílio de computadores e notebooks. Os Emirados Árabes Unidos são o país que mais gastou pelo celular (24%), seguido pela China (21%). O estudo, à pedido do PayPal, ouviu 17.500 pessoas no mundo. * Fim de ano europeu O humor do consumidor europeu melhorou no último trimestre do ano passado, segundo pesquisa da GfK feita em 28 países do continente. Houve, em quase todas as nações, evolução nos três indicadores avaliados pela consultoria. Apesar do avanço, ainda há grandes diferenças entre um país e outro. O índice que analisa as expectativas do consumidor com a economia, por exemplo, marcou 24,8 pontos na Espanha, mas ficou em -16,3 na Grécia e -35,4 na Itália. A escala vai de -100 a 100 (números mais elevados indicam maior otimismo). Foram entrevistados para o estudo 40 mil adultos. com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA
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'Gritos e Sussurros' é a perfeita adaptação do estilo à dramatização
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Os filmes clássicos restaurados que têm voltado ao circuito servem também para que as novas gerações de diretores aprendam a filmar melhor. Para que percebam a força do ator e da encenação e a maneira como esses filmes geralmente demonstram uma perfeita adequação do estilo ao drama encenado. Nesses sentidos, e em outros tantos, "Gritos e Sussurros" (1972), que inaugura a fase madura de Ingmar Bergman, é exemplar. Aqui não temos a explosão de cinema moderno de "Persona" (1966), ou a exacerbação do desejo de "O Silêncio" (1963), ou mesmo a delicadeza poética de "Morangos Silvestres" (1957). Mas "Gritos e Sussurros" tem a força dessas obras-primas e, como elas, é um filme em que a espiritualidade e o sofrimento humanos são compreendidos e representados em toda a complexidade. Agnes está com câncer terminal. Ela recebe a atenção e os cuidados de suas duas irmãs e da empregada da família, num casarão que remete a fortes lembranças do passado. Como sempre em Bergman, o elenco é irrepreensível. Agnes é interpretada pela musa Harriet Andersson, que em 1952 encantava os cinéfilos como a sensual protagonista de "Mônica e o Desejo", do mesmo diretor. Suas irmãs são Liv Ullmann e Ingrid Thulin, atrizes bergmanianas por excelência. Kari Sylwan, excepcional atriz de poucos filmes, é Anna, dedicada empregada responsável pelo conforto que as irmãs, com seus problemas, são incapazes de dar a Agnes. Também no elenco outro ator bergmaniano: Erland Josephson como David, o médico. É um estudo em vermelho que Bergman promove com a ajuda de seu habitual diretor de fotografia, Sven Nykvist. Vermelho do sangue, mas também da alma, como o próprio Bergman gostava de dizer. O corpo de Agnes está morrendo, mas sua alma sobrevive. Suas irmãs, por outro lado, parecem aprisionadas pelo ressentimento e pelos traumas do passado. Falta a elas a vivacidade que sobra em Anna. As belas palavras do grande crítico português João Bénard da Costa (1935-2009) são a respeito de outra obra, mas cabem perfeitamente a "Gritos e Sussurros": "O fundamental é a vida; a vida continua sempre; é de vida que fala este filme de morte". GRITOS E SUSSURROS (Viskningar Och Rop) DIREÇÃO: Ingmar Bergman ELENCO: Ingrid Thulin, Liv Ullmann PRODUÇÃO: Suécia, 1972 QUANDO: de 28/4 a 11/5 ONDE: Cinesesc (r. Augusta, 2063, tel. 3087-0500) CLASSIFICAÇÃO: 18 anos
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ilustrada
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'Gritos e Sussurros' é a perfeita adaptação do estilo à dramatizaçãoOs filmes clássicos restaurados que têm voltado ao circuito servem também para que as novas gerações de diretores aprendam a filmar melhor. Para que percebam a força do ator e da encenação e a maneira como esses filmes geralmente demonstram uma perfeita adequação do estilo ao drama encenado. Nesses sentidos, e em outros tantos, "Gritos e Sussurros" (1972), que inaugura a fase madura de Ingmar Bergman, é exemplar. Aqui não temos a explosão de cinema moderno de "Persona" (1966), ou a exacerbação do desejo de "O Silêncio" (1963), ou mesmo a delicadeza poética de "Morangos Silvestres" (1957). Mas "Gritos e Sussurros" tem a força dessas obras-primas e, como elas, é um filme em que a espiritualidade e o sofrimento humanos são compreendidos e representados em toda a complexidade. Agnes está com câncer terminal. Ela recebe a atenção e os cuidados de suas duas irmãs e da empregada da família, num casarão que remete a fortes lembranças do passado. Como sempre em Bergman, o elenco é irrepreensível. Agnes é interpretada pela musa Harriet Andersson, que em 1952 encantava os cinéfilos como a sensual protagonista de "Mônica e o Desejo", do mesmo diretor. Suas irmãs são Liv Ullmann e Ingrid Thulin, atrizes bergmanianas por excelência. Kari Sylwan, excepcional atriz de poucos filmes, é Anna, dedicada empregada responsável pelo conforto que as irmãs, com seus problemas, são incapazes de dar a Agnes. Também no elenco outro ator bergmaniano: Erland Josephson como David, o médico. É um estudo em vermelho que Bergman promove com a ajuda de seu habitual diretor de fotografia, Sven Nykvist. Vermelho do sangue, mas também da alma, como o próprio Bergman gostava de dizer. O corpo de Agnes está morrendo, mas sua alma sobrevive. Suas irmãs, por outro lado, parecem aprisionadas pelo ressentimento e pelos traumas do passado. Falta a elas a vivacidade que sobra em Anna. As belas palavras do grande crítico português João Bénard da Costa (1935-2009) são a respeito de outra obra, mas cabem perfeitamente a "Gritos e Sussurros": "O fundamental é a vida; a vida continua sempre; é de vida que fala este filme de morte". GRITOS E SUSSURROS (Viskningar Och Rop) DIREÇÃO: Ingmar Bergman ELENCO: Ingrid Thulin, Liv Ullmann PRODUÇÃO: Suécia, 1972 QUANDO: de 28/4 a 11/5 ONDE: Cinesesc (r. Augusta, 2063, tel. 3087-0500) CLASSIFICAÇÃO: 18 anos
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Governo vai limitar crédito rotativo a 30 dias para reduzir juros no cartão
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A partir do fim de março, usuários de cartão de crédito não poderão passar mais de 30 dias no rotativo, linha emergencial utilizada por quem não consegue pagar o valor integral da fatura. Depois desse prazo, o cliente terá a dívida automaticamente parcelada. A mudança nas regras foi anunciada pelo presidente Michel Temer nesta quinta-feira (22), mas depende de regulamentação no CMN (Conselho Monetário Nacional). Com a medida, bancos e o governo esperam que as taxas do rotativo caiam dos atuais 450% ao ano para patamares mais próximos dos cobrados na linha de pagamento parcelado, ao redor de 150% ao ano. Hoje, os bancos permitem que um cliente sem dinheiro para pagar a fatura integral escolha pagar no mínimo 15% da dívida e entrar no rotativo ou parcelar o total. "[Os bancos] se comprometem a baixar a taxa de juros pela metade do crédito rotativo. Há interesse de todos de que a taxa de juros estará pela metade do que é hoje", afirmou o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) Mesmo menor, a taxa ainda será elevada quando comparada a outras linhas: o crédito pessoal custa 136% ao ano, enquanto o consignado tem juro médio anual de 30%. "A discussão de redução de taxas se dá por questões técnicas. A hora em que eu aumento o prazo de pagamento, reduzo o comprometimento de renda do cliente e a inadimplência", afirmou Marcelo Noronha, presidente da Abecs (associação das empresas de cartões). Exponencial - Dívida cresce menos com parcelamento de fatura Segundo os bancos, o juro do rotativo é elevado porque embute o risco de o cliente não pagar a fatura. E esse risco aumenta com os novos gastos realizados todo mês. Com o prazo máximo de tempo no rotativo, a chance de calote fica semelhante à do cliente que opta por parcelar a fatura quando percebe que não terão dinheiro para quitar o valor integral da dívida. A Abecs já vinha discutindo um limite de tempo para o cliente ficar nessa linha. No entanto, os bancos divergiam sobre qual seria o prazo para migrar o cliente para o parcelamento. Havia quem defendesse de 30 a 180 dias. No entanto, era unânime a visão de que seria preciso mudar o uso do rotativo para reduzir o ranço dos clientes com a taxa cobrada, a mais cara do sistema financeiro. Só o convite aos clientes para que optassem por usar a linha de parcelamento da fatura não era suficiente, dizem pessoas envolvidas com a operação de cartões nos bancos. Em 2012, quando o governo Dilma Rousseff usou os bancos públicos para tentar forçar uma redução nas taxas de juros cobradas do consumidor, o Banco do Brasil experimentou o modelo de forçar o cliente a parcelar as dívidas no cartão. No entanto, a troca de dívida dependia de uma adesão prévia do cliente ao Bom pra Todos, programa de relacionamento com o banco. Dívida de R$ 1.000 - TRANSIÇÃO Nos bastidores, os bancos afirmam que não devem esperar até o final de março para trocar a dívida dos clientes, ainda que, para alguns, os cerca de 90 dias para adaptação às novas regras tenha sido considerado pouco tempo. Além disso, as instituições devem intensificar o trabalho de renegociação do rotativo desde já, para reduzir custos e começar a repassar juros mais baratos antes da mudança de prazo. Com base na regulamentação do CMN, os bancos precisarão rever os contratos de todos os clientes com cartões. A alteração nos contratos precisa ser comunicada com pelo menos um mês de antecedência, conforme determinação dos órgãos de defesa do consumidor.
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mercado
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Governo vai limitar crédito rotativo a 30 dias para reduzir juros no cartãoA partir do fim de março, usuários de cartão de crédito não poderão passar mais de 30 dias no rotativo, linha emergencial utilizada por quem não consegue pagar o valor integral da fatura. Depois desse prazo, o cliente terá a dívida automaticamente parcelada. A mudança nas regras foi anunciada pelo presidente Michel Temer nesta quinta-feira (22), mas depende de regulamentação no CMN (Conselho Monetário Nacional). Com a medida, bancos e o governo esperam que as taxas do rotativo caiam dos atuais 450% ao ano para patamares mais próximos dos cobrados na linha de pagamento parcelado, ao redor de 150% ao ano. Hoje, os bancos permitem que um cliente sem dinheiro para pagar a fatura integral escolha pagar no mínimo 15% da dívida e entrar no rotativo ou parcelar o total. "[Os bancos] se comprometem a baixar a taxa de juros pela metade do crédito rotativo. Há interesse de todos de que a taxa de juros estará pela metade do que é hoje", afirmou o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) Mesmo menor, a taxa ainda será elevada quando comparada a outras linhas: o crédito pessoal custa 136% ao ano, enquanto o consignado tem juro médio anual de 30%. "A discussão de redução de taxas se dá por questões técnicas. A hora em que eu aumento o prazo de pagamento, reduzo o comprometimento de renda do cliente e a inadimplência", afirmou Marcelo Noronha, presidente da Abecs (associação das empresas de cartões). Exponencial - Dívida cresce menos com parcelamento de fatura Segundo os bancos, o juro do rotativo é elevado porque embute o risco de o cliente não pagar a fatura. E esse risco aumenta com os novos gastos realizados todo mês. Com o prazo máximo de tempo no rotativo, a chance de calote fica semelhante à do cliente que opta por parcelar a fatura quando percebe que não terão dinheiro para quitar o valor integral da dívida. A Abecs já vinha discutindo um limite de tempo para o cliente ficar nessa linha. No entanto, os bancos divergiam sobre qual seria o prazo para migrar o cliente para o parcelamento. Havia quem defendesse de 30 a 180 dias. No entanto, era unânime a visão de que seria preciso mudar o uso do rotativo para reduzir o ranço dos clientes com a taxa cobrada, a mais cara do sistema financeiro. Só o convite aos clientes para que optassem por usar a linha de parcelamento da fatura não era suficiente, dizem pessoas envolvidas com a operação de cartões nos bancos. Em 2012, quando o governo Dilma Rousseff usou os bancos públicos para tentar forçar uma redução nas taxas de juros cobradas do consumidor, o Banco do Brasil experimentou o modelo de forçar o cliente a parcelar as dívidas no cartão. No entanto, a troca de dívida dependia de uma adesão prévia do cliente ao Bom pra Todos, programa de relacionamento com o banco. Dívida de R$ 1.000 - TRANSIÇÃO Nos bastidores, os bancos afirmam que não devem esperar até o final de março para trocar a dívida dos clientes, ainda que, para alguns, os cerca de 90 dias para adaptação às novas regras tenha sido considerado pouco tempo. Além disso, as instituições devem intensificar o trabalho de renegociação do rotativo desde já, para reduzir custos e começar a repassar juros mais baratos antes da mudança de prazo. Com base na regulamentação do CMN, os bancos precisarão rever os contratos de todos os clientes com cartões. A alteração nos contratos precisa ser comunicada com pelo menos um mês de antecedência, conforme determinação dos órgãos de defesa do consumidor.
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Prestes a completar 75 anos, João Carlos Martins se sente 'um paizão'
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BRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO Sentado ao piano, de onde enchia de música a sala de ensaio na sede da Fundação Bachiana —embaixo do viaduto 9 de Julho (centro)—, João Carlos Martins ergueu os olhos e sorriu. Feitos os cumprimentos, queixou-se de uma dor na mão. "Acho que é de tanto estudar. Eu quero entrar e tocar", iniciou a conversa. O maestro se preparava para uma apresentação na Sala São Paulo celebrando seu aniversário de 75 anos, a serem completados no dia 25/6. Martins ficou conhecido por sua interpretação da obra de Bach. Em 2002, porém, abandonou a carreira de pianista por problemas nas mãos. Algum tempo depois, retornou como regente. "Meu filme vai ser muito baseado no 'Whiplash' (2014). A grande coisa da minha vida foi a obstinação pela música", conta sobre o longa biográfico, com direção de Bruno Barreto, sem previsão de estreia. Ele recentemente criou um perfil no Facebook. "Vou comemorar meus 75 anos tocando, regendo e anunciando projetos para os próximos 25", diz. É pique, é pique. E que pique. sãopaulo - Qual será seu pedido de aniversário? João Carlos Martins - O mesmo de sempre: que através da ciência eu possa voltar a ter a mesma digitação que tinha quando era pianista. Sempre fica isso na cabeça, não posso negar. Mas, antes do pedido, faço um agradecimento por poder continuar na música. Você ainda fica chateado por não tocar como antes? Virei a página do passado. Não ouço mais gravação minha [de pianista] nem nada. Hoje eu rejo. Qualquer ensaio meu, ouço a gravação por horas -para corrigir. É viver o momento e o futuro. Respeitar a memória sem viver do passado. A Bachiana cresceu muito? A orquestra começou, em 2004, com 18 pessoas ensaiando lá em casa. Dois anos e meio depois a gente pisou no Carnegie Hall [em NY]. Essa exposição toda já fez a gente correr mais de cem cidades do Brasil [a temporada 2015 terá sete concertos na Sala São Paulo até novembro]. O que te emocionava quando começou e o que te emociona agora? Como pianista você acaba virando uma pessoa muito voltada para si mesmo. Regendo uma orquestra, passa a ver o mundo de outra forma. Acaba considerando o problema de cada músico um problema seu. Me sinto como um paizão de todos. Isso me ajudou a crescer como pessoa. Os valores foram mudando com a mudança de uma vida intimista como pianista para uma vida em conjunto. Sempre com um único objetivo: fazer música e tentar deixar um legado.
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saopaulo
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Prestes a completar 75 anos, João Carlos Martins se sente 'um paizão'BRUNO B. SORAGGI DE SÃO PAULO Sentado ao piano, de onde enchia de música a sala de ensaio na sede da Fundação Bachiana —embaixo do viaduto 9 de Julho (centro)—, João Carlos Martins ergueu os olhos e sorriu. Feitos os cumprimentos, queixou-se de uma dor na mão. "Acho que é de tanto estudar. Eu quero entrar e tocar", iniciou a conversa. O maestro se preparava para uma apresentação na Sala São Paulo celebrando seu aniversário de 75 anos, a serem completados no dia 25/6. Martins ficou conhecido por sua interpretação da obra de Bach. Em 2002, porém, abandonou a carreira de pianista por problemas nas mãos. Algum tempo depois, retornou como regente. "Meu filme vai ser muito baseado no 'Whiplash' (2014). A grande coisa da minha vida foi a obstinação pela música", conta sobre o longa biográfico, com direção de Bruno Barreto, sem previsão de estreia. Ele recentemente criou um perfil no Facebook. "Vou comemorar meus 75 anos tocando, regendo e anunciando projetos para os próximos 25", diz. É pique, é pique. E que pique. sãopaulo - Qual será seu pedido de aniversário? João Carlos Martins - O mesmo de sempre: que através da ciência eu possa voltar a ter a mesma digitação que tinha quando era pianista. Sempre fica isso na cabeça, não posso negar. Mas, antes do pedido, faço um agradecimento por poder continuar na música. Você ainda fica chateado por não tocar como antes? Virei a página do passado. Não ouço mais gravação minha [de pianista] nem nada. Hoje eu rejo. Qualquer ensaio meu, ouço a gravação por horas -para corrigir. É viver o momento e o futuro. Respeitar a memória sem viver do passado. A Bachiana cresceu muito? A orquestra começou, em 2004, com 18 pessoas ensaiando lá em casa. Dois anos e meio depois a gente pisou no Carnegie Hall [em NY]. Essa exposição toda já fez a gente correr mais de cem cidades do Brasil [a temporada 2015 terá sete concertos na Sala São Paulo até novembro]. O que te emocionava quando começou e o que te emociona agora? Como pianista você acaba virando uma pessoa muito voltada para si mesmo. Regendo uma orquestra, passa a ver o mundo de outra forma. Acaba considerando o problema de cada músico um problema seu. Me sinto como um paizão de todos. Isso me ajudou a crescer como pessoa. Os valores foram mudando com a mudança de uma vida intimista como pianista para uma vida em conjunto. Sempre com um único objetivo: fazer música e tentar deixar um legado.
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Bruno Soares e Jamie Murray são eliminados das Finais da ATP
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O mineiro Bruno Soares e o escocês Jamie Murray foram eliminados nas semifinais do torneio de duplas das Finais da ATP após perderem por 2 sets a 0 (6-1, 6-4) para Raven Klaasen/Rajeev Ram. Mesmo com a derrota, a dupla formada pelo escocês e pelo brasileiro fechará o ano em primeiro lugar no ranking da ATP. A vitória Raven Klaasen (sul-africano) e Rajeev Ram (norte-americano) começou a ser bem construída já no primeiro set, fechado com tranquilidade por 6 a 1. Apesar de um bom índice de acerto no primeiro saque, Soares/Murray tiveram dois serviços quebrados e foram amplamente dominados. O segundo set viu um maior equilíbrio, mas não o suficiente para um empate. Klaasen e Ram fecharam a partida com um 6-4. O desempenho decepcionante da dupla favorita fica ainda pior se levada em conta a posição que os tenistas ocupam no ranking individual de duplas. Soares (número 3 do mundo) e Murray (4) estão bem melhor ranqueados que Klaasen (16) e Ram (17). Mesmo assim, não conseguiram desenvolver seu jogo e deixam o torneio que encerra a temporada na semifinal. Klaasen e Ram vão enfrentar na final Henri Kontine e John Peers que venceram por 2 sets a 0 os americanos Bob e Mike Bryan.
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esporte
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Bruno Soares e Jamie Murray são eliminados das Finais da ATPO mineiro Bruno Soares e o escocês Jamie Murray foram eliminados nas semifinais do torneio de duplas das Finais da ATP após perderem por 2 sets a 0 (6-1, 6-4) para Raven Klaasen/Rajeev Ram. Mesmo com a derrota, a dupla formada pelo escocês e pelo brasileiro fechará o ano em primeiro lugar no ranking da ATP. A vitória Raven Klaasen (sul-africano) e Rajeev Ram (norte-americano) começou a ser bem construída já no primeiro set, fechado com tranquilidade por 6 a 1. Apesar de um bom índice de acerto no primeiro saque, Soares/Murray tiveram dois serviços quebrados e foram amplamente dominados. O segundo set viu um maior equilíbrio, mas não o suficiente para um empate. Klaasen e Ram fecharam a partida com um 6-4. O desempenho decepcionante da dupla favorita fica ainda pior se levada em conta a posição que os tenistas ocupam no ranking individual de duplas. Soares (número 3 do mundo) e Murray (4) estão bem melhor ranqueados que Klaasen (16) e Ram (17). Mesmo assim, não conseguiram desenvolver seu jogo e deixam o torneio que encerra a temporada na semifinal. Klaasen e Ram vão enfrentar na final Henri Kontine e John Peers que venceram por 2 sets a 0 os americanos Bob e Mike Bryan.
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Última coluna
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Recebi nesta quarta-feira (8) uma ligação da direção da Folha dizendo que esta seria minha última coluna. Não estranhei. Estranhei, na verdade, que essa ligação tenha demorado tanto tempo para acontecer. Tenho posições antagônicas às do jornal e, principalmente, uma militância que incomoda a maior parte dos leitores e anunciantes que o mantém. O argumento dado foi de uma renovação "natural", uma rotatividade de colunistas. Pode ser. Porém, até pelo momento em que ocorre, me parece impossível não relacionar o gesto ao acampamento do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) na Paulista, com todas as reações de hostilidade que gerou em empresários e associações sediadas naquela avenida. A gritaria de desqualificação da luta do movimento acaba dando o tom na maioria do leitorado da Folha, cada vez mais conservador. Sucumbir a esta grita é tentador. Saio pela porta da frente, sem ter recuado em nenhuma de minhas posições nesses mais de dois anos escrevendo para o jornal. Devo dizer também que em nenhum momento houve intervenção no conteúdo do que publiquei. Quando decidi aceitar esta coluna, numa decisão tomada junto com meus companheiros de militância, foi pelo esforço de dialogar com um público mais amplo do que aquele que está próximo dos movimentos sociais. Funcionou, para o bem e para o mal. Frequentemente meus textos tornaram-se objeto da ruminação rançosa dos comentadores de internet. É o que sabem fazer. Como disse Criolo, cada um dá o que tem, quem tem ódio dá ódio. Mas os textos também chegaram em gente que lê com espírito aberto e ajudaram a quebrar preconceitos sobre a luta do movimento popular. Tenho o maior respeito e amizade por vários colunistas da Folha. Gente da qualidade de Gregório Duvivier, Vladimir Safatle, Laura Carvalho, André Singer, Juca Kfouri e tantos outros. Nem tantos, na verdade, alguns... Não é porque deixo de escrever esta coluna que mudarei minha opinião sobre a importância dos textos desses escritores para o debate público. Tenho também grande respeito pelos profissionais jornalistas que trabalham ali. Seguirei meu caminho, sem transigir um passo. Continuarei escrevendo textos, em outros lugares. E principalmente continuarei lutando, junto com meus companheiros, por moradia e igualdade social, ocupando e resistindo. Se isso constrange e incomoda parte dos leitores da Folha e seus anunciantes é apenas mais uma demonstração de que estamos em lados opostos. Até que durou bastante, muito mais do que esperava. A vida é feita de escolhas. Quando um jornal que pretende ser equilibrado toma a decisão de reduzir seu já restrito grupo de colunistas afinados com o pensamento de esquerda e manter um batalhão de colunistas conservadores e de direita, aprofunda sua opção por um certo tipo de público. Sinal dos tempos. Aos leitores cativos desta coluna podem continuar acompanhando o que escrevo através de minha página no Facebook e, em breve, em algum novo front.
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Última colunaRecebi nesta quarta-feira (8) uma ligação da direção da Folha dizendo que esta seria minha última coluna. Não estranhei. Estranhei, na verdade, que essa ligação tenha demorado tanto tempo para acontecer. Tenho posições antagônicas às do jornal e, principalmente, uma militância que incomoda a maior parte dos leitores e anunciantes que o mantém. O argumento dado foi de uma renovação "natural", uma rotatividade de colunistas. Pode ser. Porém, até pelo momento em que ocorre, me parece impossível não relacionar o gesto ao acampamento do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) na Paulista, com todas as reações de hostilidade que gerou em empresários e associações sediadas naquela avenida. A gritaria de desqualificação da luta do movimento acaba dando o tom na maioria do leitorado da Folha, cada vez mais conservador. Sucumbir a esta grita é tentador. Saio pela porta da frente, sem ter recuado em nenhuma de minhas posições nesses mais de dois anos escrevendo para o jornal. Devo dizer também que em nenhum momento houve intervenção no conteúdo do que publiquei. Quando decidi aceitar esta coluna, numa decisão tomada junto com meus companheiros de militância, foi pelo esforço de dialogar com um público mais amplo do que aquele que está próximo dos movimentos sociais. Funcionou, para o bem e para o mal. Frequentemente meus textos tornaram-se objeto da ruminação rançosa dos comentadores de internet. É o que sabem fazer. Como disse Criolo, cada um dá o que tem, quem tem ódio dá ódio. Mas os textos também chegaram em gente que lê com espírito aberto e ajudaram a quebrar preconceitos sobre a luta do movimento popular. Tenho o maior respeito e amizade por vários colunistas da Folha. Gente da qualidade de Gregório Duvivier, Vladimir Safatle, Laura Carvalho, André Singer, Juca Kfouri e tantos outros. Nem tantos, na verdade, alguns... Não é porque deixo de escrever esta coluna que mudarei minha opinião sobre a importância dos textos desses escritores para o debate público. Tenho também grande respeito pelos profissionais jornalistas que trabalham ali. Seguirei meu caminho, sem transigir um passo. Continuarei escrevendo textos, em outros lugares. E principalmente continuarei lutando, junto com meus companheiros, por moradia e igualdade social, ocupando e resistindo. Se isso constrange e incomoda parte dos leitores da Folha e seus anunciantes é apenas mais uma demonstração de que estamos em lados opostos. Até que durou bastante, muito mais do que esperava. A vida é feita de escolhas. Quando um jornal que pretende ser equilibrado toma a decisão de reduzir seu já restrito grupo de colunistas afinados com o pensamento de esquerda e manter um batalhão de colunistas conservadores e de direita, aprofunda sua opção por um certo tipo de público. Sinal dos tempos. Aos leitores cativos desta coluna podem continuar acompanhando o que escrevo através de minha página no Facebook e, em breve, em algum novo front.
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Sites brasileiros vendem drogas 'legais'
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O cardápio de alucinógenos naturais é amplo na natureza –e também na internet brasileira. Pelos menos quatros lojas on-line colocam à disposição de qualquer pessoa cogumelos, cactos, sementes e outras ervas que contêm substâncias que alteram o estado de consciência do usuário. Os sites alertam que os produtos não são para o consumo humano, mas as seções de avaliação das substâncias estão repletas de comentários sobre as experiências causadas pelas drogas. A legislação é ambígua: as plantas e fungos vendidos não estão na lista de proibições da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). No entanto, no texto constam as substâncias que provocam os efeitos alucinógenos. No caso do cogumelo Psilocybe cubensis, a substância psilocibina é proibida, mas o fungo, não. Em relação à maconha, tanto a planta (Cannabis sativa) quanto a substância (tetraidrocanabinol) estão na lista. "No Brasil são 150 espécies que contêm a psilocibina. É impossível para a Anvisa listar todas", diz pesquisador o Davyson Moreira, do laboratório de Toxicologia da Farmanguinhos/Fiocruz. O advogado criminalista Ivan Pareta diz que a venda pode ser enquadrada como tráfico de drogas caso o produto possua as substâncias proibidas pela Anvisa. Contudo, como muitas das lojas on-line vendem os esporos ("sementes") para o cultivo caseiro e eles não possuem a psilocibina, existe uma brecha legal para este tipo de comércio, diz o advogado. "Também não conheço casos de punição legal por ingestão de cogumelo. O cultivo individual não tem jurisprudência", diz Henrique Carneiro, professor de história da USP e membro do núcleo de estudos interdisciplinares sobre psicoativos. Produtos naturais que alteram o estado normal de consciência, como a ayahuasca, costumam ser usados em rituais. "Mas a pessoa que compra pelo site não tem informações sobre o produto. Os riscos são maiores", diz Moreira. "Vender qualquer substância sem saber o que é pode causar problemas. Estamos falando de coisas que não sabemos muito bem que efeitos causam", diz Ana Cecília Marques, presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas. Embora os produtos não causem dependência física, essas drogas agem sobre o cérebro e podem disparar um gatilho da esquizofrenia em pessoas que têm a doença no histórico familiar. "É o cara que não voltou da viagem depois de tomar", diz Moreira. Duas pessoas que usaram os produtos disseram à Folha que compraram kits de cultivo caseiro e outras substâncias nos sites. "Eles entregam na sua casa pelo correio", conta o músico F.K., 26 anos, que cultivava o cogumelo Psilocybe. "Eu e um amigo uma vez fizemos um suco do cogumelo e fomos ao cinema. A gente ria até dos créditos", conta. Ele também experimentou sálvia, mas teve uma "bad trip". Já o pesquisador Pedro (pseudônimo) comprou pela internet um cacto em pó que contém mescalina, sálvia e sementes de planta Argyreia nervosa, com a qual teve uma reação alérgica. "Vendem em pó e você mistura com água. Tudo fica meio caleidoscópico." OUTRO LADO O site Jardim Xamânico afirma que nenhum dos produtos está na lista da Anvisa e que nunca teve problemas. "Não recomendamos o consumo, mas o usuário faz o que quiser". O responsável pelo site Floresta de Luz disse por e-mail que vende apenas produtos in natura. "A sociedade olha para essas coisas como se fossem drogas, o que é para nós um insulto. Recebemos a missão de disponibilizar essas ferramentas para os espíritos encarnados urbanos." Natureza Divina e Amazônia Botânica foram contatados e não responderam.
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equilibrioesaude
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Sites brasileiros vendem drogas 'legais'O cardápio de alucinógenos naturais é amplo na natureza –e também na internet brasileira. Pelos menos quatros lojas on-line colocam à disposição de qualquer pessoa cogumelos, cactos, sementes e outras ervas que contêm substâncias que alteram o estado de consciência do usuário. Os sites alertam que os produtos não são para o consumo humano, mas as seções de avaliação das substâncias estão repletas de comentários sobre as experiências causadas pelas drogas. A legislação é ambígua: as plantas e fungos vendidos não estão na lista de proibições da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). No entanto, no texto constam as substâncias que provocam os efeitos alucinógenos. No caso do cogumelo Psilocybe cubensis, a substância psilocibina é proibida, mas o fungo, não. Em relação à maconha, tanto a planta (Cannabis sativa) quanto a substância (tetraidrocanabinol) estão na lista. "No Brasil são 150 espécies que contêm a psilocibina. É impossível para a Anvisa listar todas", diz pesquisador o Davyson Moreira, do laboratório de Toxicologia da Farmanguinhos/Fiocruz. O advogado criminalista Ivan Pareta diz que a venda pode ser enquadrada como tráfico de drogas caso o produto possua as substâncias proibidas pela Anvisa. Contudo, como muitas das lojas on-line vendem os esporos ("sementes") para o cultivo caseiro e eles não possuem a psilocibina, existe uma brecha legal para este tipo de comércio, diz o advogado. "Também não conheço casos de punição legal por ingestão de cogumelo. O cultivo individual não tem jurisprudência", diz Henrique Carneiro, professor de história da USP e membro do núcleo de estudos interdisciplinares sobre psicoativos. Produtos naturais que alteram o estado normal de consciência, como a ayahuasca, costumam ser usados em rituais. "Mas a pessoa que compra pelo site não tem informações sobre o produto. Os riscos são maiores", diz Moreira. "Vender qualquer substância sem saber o que é pode causar problemas. Estamos falando de coisas que não sabemos muito bem que efeitos causam", diz Ana Cecília Marques, presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas. Embora os produtos não causem dependência física, essas drogas agem sobre o cérebro e podem disparar um gatilho da esquizofrenia em pessoas que têm a doença no histórico familiar. "É o cara que não voltou da viagem depois de tomar", diz Moreira. Duas pessoas que usaram os produtos disseram à Folha que compraram kits de cultivo caseiro e outras substâncias nos sites. "Eles entregam na sua casa pelo correio", conta o músico F.K., 26 anos, que cultivava o cogumelo Psilocybe. "Eu e um amigo uma vez fizemos um suco do cogumelo e fomos ao cinema. A gente ria até dos créditos", conta. Ele também experimentou sálvia, mas teve uma "bad trip". Já o pesquisador Pedro (pseudônimo) comprou pela internet um cacto em pó que contém mescalina, sálvia e sementes de planta Argyreia nervosa, com a qual teve uma reação alérgica. "Vendem em pó e você mistura com água. Tudo fica meio caleidoscópico." OUTRO LADO O site Jardim Xamânico afirma que nenhum dos produtos está na lista da Anvisa e que nunca teve problemas. "Não recomendamos o consumo, mas o usuário faz o que quiser". O responsável pelo site Floresta de Luz disse por e-mail que vende apenas produtos in natura. "A sociedade olha para essas coisas como se fossem drogas, o que é para nós um insulto. Recebemos a missão de disponibilizar essas ferramentas para os espíritos encarnados urbanos." Natureza Divina e Amazônia Botânica foram contatados e não responderam.
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'Prévia da inflação' avança 0,19% em dezembro e encerra ano em 6,58%
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O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,19% em dezembro, comparado com avanço de 0,26% no mês anterior, informou o IBGE nesta quarta-feira (21). Foi o menor patamar para meses de dezembro desde 1998, quando o avanço foi de 0,13%. No mesmo mês de 2015, a taxa tinha sido de 1,18%. Com a alta, o IPCA-15 encerrou o ano em 6,58%, nível mais baixo desde 2014 (6,46%) e após fechar 2015 com alta de 10,71%. O resultado veio abaixo do centro de expectativa dos economistas consultados pela agência internacional Bloomberg, que esperavam avanço de 0,29% em dezembro e de 6,69% no ano. Inflação - Índice de variação de preços medido pelo IPCA-15, em % De modo geral, os agentes econômicos acreditam que o BC cortará a Selic em 0,5 ponto percentual em janeiro, acima dos cortes de 0,25 ponto cada feitos nos dois encontros anteriores do Copom (Comitê de Política Monetária). "O resultado é favorável para o BC acelerar o passo, mas ainda acho que em janeiro o corte (da Selic) será de 0,50 ponto percentual porque na comunicação (do BC) não há sinalização de aumento de ritmo tão significativo", disse a economista da consultoria Tendências Alessandra Ribeiro. "Mas esse sinal pode ser dado mais para a frente, e uma redução de 0,75 ponto pode vir na segunda reunião", acrescentou, referindo-se ao encontro de fevereiro do Copom. O BC já defendeu que a evolução favorável da inflação, a aprovação inicial de medidas fiscais e o ritmo fraco da economia justificariam o movimento de maior corte de juros. QUEDA A principal influência para a queda do IPCA-15 em dezembro veio de energia elétrica, que recuou 1,93%. O motivo foi a mudança da bandeira tarifária de amarela para verde, que não impõe custo adicional ao consumidor. Quedas nas tarifas de concessionárias de Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Goiânia (GO) também pressionaram em baixa o item. Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, três caíram no mês: artigos de residência (-0,52%), habitação (-0,28%) e alimentação e Bebidas (-0,18%). Em alimentação e bebidas, a maior queda foi registrada pelo feijão-carioca, que recuou 17,24%. Também caíram batata-inglesa (-15,78%), do tomate (-10,58%) e do leite longa vida (-5,40%). Ainda assim, alguns itens subiram no mês, como cebola (6,50%), a farinha de mandioca (3,52%), frango inteiro (1,62%) e óleo de soja (2,55%). No ano, o grupo alimentação e bebidas acumulou alta de 9,15%, atrás apenas do avanço de 11,16% nos preços de saúde e cuidados pessoais. Inflação por grupos - Variação em % segundo o IPCA-15 A inflação de serviços, que vem sendo acompanhada de perto pelo BC para condução da política monetária, terminou dezembro com alta de 0,60%, fechando o ano com avanço acumulado de 6,61%, contra 8,28% em 2015, nas contas da consultoria Tendências. No ano passado, a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA, ficou muito acima do teto do meta ao fechar 2015 a 10,67%. Para este ano, entretanto, economistas já veem a inflação dentro do objetivo. A mediana das projeções na pesquisa Focus, em que o BC ouve semanalmente uma centena de economistas, aponta alta de 6,49% para o IPCA este ano. Para 2017, o centro da meta continua sendo de 4,5% pelo IPCA, porém com margem de 1,5 ponto, e o Focus indica expectativas de alta da inflação de 4,90%.
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mercado
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'Prévia da inflação' avança 0,19% em dezembro e encerra ano em 6,58%O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,19% em dezembro, comparado com avanço de 0,26% no mês anterior, informou o IBGE nesta quarta-feira (21). Foi o menor patamar para meses de dezembro desde 1998, quando o avanço foi de 0,13%. No mesmo mês de 2015, a taxa tinha sido de 1,18%. Com a alta, o IPCA-15 encerrou o ano em 6,58%, nível mais baixo desde 2014 (6,46%) e após fechar 2015 com alta de 10,71%. O resultado veio abaixo do centro de expectativa dos economistas consultados pela agência internacional Bloomberg, que esperavam avanço de 0,29% em dezembro e de 6,69% no ano. Inflação - Índice de variação de preços medido pelo IPCA-15, em % De modo geral, os agentes econômicos acreditam que o BC cortará a Selic em 0,5 ponto percentual em janeiro, acima dos cortes de 0,25 ponto cada feitos nos dois encontros anteriores do Copom (Comitê de Política Monetária). "O resultado é favorável para o BC acelerar o passo, mas ainda acho que em janeiro o corte (da Selic) será de 0,50 ponto percentual porque na comunicação (do BC) não há sinalização de aumento de ritmo tão significativo", disse a economista da consultoria Tendências Alessandra Ribeiro. "Mas esse sinal pode ser dado mais para a frente, e uma redução de 0,75 ponto pode vir na segunda reunião", acrescentou, referindo-se ao encontro de fevereiro do Copom. O BC já defendeu que a evolução favorável da inflação, a aprovação inicial de medidas fiscais e o ritmo fraco da economia justificariam o movimento de maior corte de juros. QUEDA A principal influência para a queda do IPCA-15 em dezembro veio de energia elétrica, que recuou 1,93%. O motivo foi a mudança da bandeira tarifária de amarela para verde, que não impõe custo adicional ao consumidor. Quedas nas tarifas de concessionárias de Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Goiânia (GO) também pressionaram em baixa o item. Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, três caíram no mês: artigos de residência (-0,52%), habitação (-0,28%) e alimentação e Bebidas (-0,18%). Em alimentação e bebidas, a maior queda foi registrada pelo feijão-carioca, que recuou 17,24%. Também caíram batata-inglesa (-15,78%), do tomate (-10,58%) e do leite longa vida (-5,40%). Ainda assim, alguns itens subiram no mês, como cebola (6,50%), a farinha de mandioca (3,52%), frango inteiro (1,62%) e óleo de soja (2,55%). No ano, o grupo alimentação e bebidas acumulou alta de 9,15%, atrás apenas do avanço de 11,16% nos preços de saúde e cuidados pessoais. Inflação por grupos - Variação em % segundo o IPCA-15 A inflação de serviços, que vem sendo acompanhada de perto pelo BC para condução da política monetária, terminou dezembro com alta de 0,60%, fechando o ano com avanço acumulado de 6,61%, contra 8,28% em 2015, nas contas da consultoria Tendências. No ano passado, a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA, ficou muito acima do teto do meta ao fechar 2015 a 10,67%. Para este ano, entretanto, economistas já veem a inflação dentro do objetivo. A mediana das projeções na pesquisa Focus, em que o BC ouve semanalmente uma centena de economistas, aponta alta de 6,49% para o IPCA este ano. Para 2017, o centro da meta continua sendo de 4,5% pelo IPCA, porém com margem de 1,5 ponto, e o Focus indica expectativas de alta da inflação de 4,90%.
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Candidato governista na Argentina anuncia nome de duas ministras
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Favorito na eleição presidencial argentina, o candidato de Cristina Kirchner anunciou nesta semana nomes que deverão integrar seu futuro governo, caso seja eleito na votação do próximo dia 25. Nesta quinta (15), ele anunciou duas mulheres para cargos-chave da sua administração: Silvina Batakis será ministra da Economia e Cristina Alvarez Rodriguez, do Desenvolvimento Social. A última é sobrinha-neta de Eva Perón. O nome mais aguardado era o de Batakis, que assumirá a Fazenda durante um período de esperadas mudanças na política econômica do país. Batakis é atualmente secretária de Economia de Scioli, na província de Buenos Aires. Em sua campanha eleitoral, o candidato vem defendendo sua gestão, dizendo que a economista conduziu um ajuste nas contas regionais sem cortar investimentos. Mas, entre economistas, ela é pouco conhecida e é tida como pouco experiente para a função. O Ministério da Economia será o cargo de maior atenção no próximo governo. A expectativa é que a pasta conduza políticas para lidar com a escassez de dólares no país e reverter o isolamento econômico da Argentina, que nos últimos anos passou a limitar importações e aumentar a regulação sobre setores econômicos. Outro desafio será baixar a inflação, atualmente em 25% ao ano, e ajustar um deficit público que chegará a nível recorde ao fim deste ano, equivalente a 7% do PIB argentino. Batakis é formada pela Universidade de La Plata, com mestrado em economia ambiental na Universidade de York, na Inglaterra. Para Daniel Kerner, analista da consultoria Eurasia Group, o nome de Batakis não tem peso e pode afetar a efetividade dos ajustes necessários na economia do país. "Nossa principal preocupação com esse anúncio, e com a forma como a equipe econômica está sendo formada, é que Scioli perdeu a chance de ter alguém com mais credibilidade para consolidar as expectativas", escreveu Kerner em relatório. "Talvez isso gere dúvidas sobre como será a coordenação da política econômica, que será necessária no plano de Scioli de adotar um gradualismo [nas mudanças econômicas]". Dois economistas veteranos são conselheiros do candidato e eram cotados para a vaga: Miguel Bein e Mário Blejer. A expectativa é que os dois sigam como conselheiros de Scioli em um eventual governo do peronista. Nesta semana, Scioli anunciou que, se eleito, seu ministro do Interior será o atual governador de Entre Ríos, Sergio Urribarri, e o chefe de gabinete (espécie de Casa Civil), será Alberto Perez, que também trabalha com o governador na província de Buenos Aires.
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mundo
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Candidato governista na Argentina anuncia nome de duas ministrasFavorito na eleição presidencial argentina, o candidato de Cristina Kirchner anunciou nesta semana nomes que deverão integrar seu futuro governo, caso seja eleito na votação do próximo dia 25. Nesta quinta (15), ele anunciou duas mulheres para cargos-chave da sua administração: Silvina Batakis será ministra da Economia e Cristina Alvarez Rodriguez, do Desenvolvimento Social. A última é sobrinha-neta de Eva Perón. O nome mais aguardado era o de Batakis, que assumirá a Fazenda durante um período de esperadas mudanças na política econômica do país. Batakis é atualmente secretária de Economia de Scioli, na província de Buenos Aires. Em sua campanha eleitoral, o candidato vem defendendo sua gestão, dizendo que a economista conduziu um ajuste nas contas regionais sem cortar investimentos. Mas, entre economistas, ela é pouco conhecida e é tida como pouco experiente para a função. O Ministério da Economia será o cargo de maior atenção no próximo governo. A expectativa é que a pasta conduza políticas para lidar com a escassez de dólares no país e reverter o isolamento econômico da Argentina, que nos últimos anos passou a limitar importações e aumentar a regulação sobre setores econômicos. Outro desafio será baixar a inflação, atualmente em 25% ao ano, e ajustar um deficit público que chegará a nível recorde ao fim deste ano, equivalente a 7% do PIB argentino. Batakis é formada pela Universidade de La Plata, com mestrado em economia ambiental na Universidade de York, na Inglaterra. Para Daniel Kerner, analista da consultoria Eurasia Group, o nome de Batakis não tem peso e pode afetar a efetividade dos ajustes necessários na economia do país. "Nossa principal preocupação com esse anúncio, e com a forma como a equipe econômica está sendo formada, é que Scioli perdeu a chance de ter alguém com mais credibilidade para consolidar as expectativas", escreveu Kerner em relatório. "Talvez isso gere dúvidas sobre como será a coordenação da política econômica, que será necessária no plano de Scioli de adotar um gradualismo [nas mudanças econômicas]". Dois economistas veteranos são conselheiros do candidato e eram cotados para a vaga: Miguel Bein e Mário Blejer. A expectativa é que os dois sigam como conselheiros de Scioli em um eventual governo do peronista. Nesta semana, Scioli anunciou que, se eleito, seu ministro do Interior será o atual governador de Entre Ríos, Sergio Urribarri, e o chefe de gabinete (espécie de Casa Civil), será Alberto Perez, que também trabalha com o governador na província de Buenos Aires.
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Após sucessão de gafes, Temer tenta agilizar correções
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"Acho que caí numa pegadinha." Ainda era manhã daquele 12 de maio de 2016, seu primeiro dia como presidente da República interino, e Michel Temer desligava o telefone no terceiro andar do Palácio do Planalto com a sensação de que havia sido enganado. Um minuto e meio antes, do outro lado da linha, falava o radialista Jorge Garcia, da rádio "El Mundo", de Buenos Aires, que Temer pensou se tratar do presidente da Argentina, Mauricio Macri. O portunhol, explicam hoje amigos do peemedebista, atrapalhou desde o início, quando uma das telefonistas do Planalto recebeu a ligação e entendeu ser um chamado em nome do presidente do país vizinho. Apressou-se em transferir a um assessor do Planalto, que repassou aquilo que seria o primeiro cumprimento de um chefe de Estado ao novo presidente do Brasil. Acidentes de percurso Temer misturou palavras em português e em espanhol, chamou o radialista de "presidente" por duas vezes e disse que queria visitar a Argentina. Finalizou a conversa como se não tivesse notado nada de errado, mas, em seguida, disse a aliados ter percebido que não era Macri. Desconfiada, a equipe de Temer tratou o episódio como um trote, mas a rádio argentina divulgou o áudio da ligação em seu site como uma reportagem exclusiva. O aparente bom humor diante da primeira gafe de seu governo –minutos antes de ele começar de fato– não se repetiu em situações análogas ao longo dos 248 dias que Temer já passou como presidente. Ministros dizem que, quando auxiliares ou ele próprio cometem deslizes, o peemedebista costuma repetir que não tem compromisso com o erro e que corrigir é "natural na política". Passadas algumas dessas gafes, o presidente disse a assessores que não é preciso ter medo de mudar a atitude quando necessário. E tentou aplicar essa regra para emendar seu mais recente soneto. Após uma enxurrada de críticas por ter chamado de "acidente pavoroso" a chacina em presídio de Manaus, que matou 56 presos, o presidente calibrou o discurso e afirmou que facções criminosas promoveram uma "matança pavorosa" nas cadeias do Norte do país.
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Após sucessão de gafes, Temer tenta agilizar correções"Acho que caí numa pegadinha." Ainda era manhã daquele 12 de maio de 2016, seu primeiro dia como presidente da República interino, e Michel Temer desligava o telefone no terceiro andar do Palácio do Planalto com a sensação de que havia sido enganado. Um minuto e meio antes, do outro lado da linha, falava o radialista Jorge Garcia, da rádio "El Mundo", de Buenos Aires, que Temer pensou se tratar do presidente da Argentina, Mauricio Macri. O portunhol, explicam hoje amigos do peemedebista, atrapalhou desde o início, quando uma das telefonistas do Planalto recebeu a ligação e entendeu ser um chamado em nome do presidente do país vizinho. Apressou-se em transferir a um assessor do Planalto, que repassou aquilo que seria o primeiro cumprimento de um chefe de Estado ao novo presidente do Brasil. Acidentes de percurso Temer misturou palavras em português e em espanhol, chamou o radialista de "presidente" por duas vezes e disse que queria visitar a Argentina. Finalizou a conversa como se não tivesse notado nada de errado, mas, em seguida, disse a aliados ter percebido que não era Macri. Desconfiada, a equipe de Temer tratou o episódio como um trote, mas a rádio argentina divulgou o áudio da ligação em seu site como uma reportagem exclusiva. O aparente bom humor diante da primeira gafe de seu governo –minutos antes de ele começar de fato– não se repetiu em situações análogas ao longo dos 248 dias que Temer já passou como presidente. Ministros dizem que, quando auxiliares ou ele próprio cometem deslizes, o peemedebista costuma repetir que não tem compromisso com o erro e que corrigir é "natural na política". Passadas algumas dessas gafes, o presidente disse a assessores que não é preciso ter medo de mudar a atitude quando necessário. E tentou aplicar essa regra para emendar seu mais recente soneto. Após uma enxurrada de críticas por ter chamado de "acidente pavoroso" a chacina em presídio de Manaus, que matou 56 presos, o presidente calibrou o discurso e afirmou que facções criminosas promoveram uma "matança pavorosa" nas cadeias do Norte do país.
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Tia de mulher do ministro do Turismo é exonerada de agência do governo
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Nomeada pelo ministro do Turismo, Alessandro Teixeira, para um cargo com salário de quase R$ 20 mil, a tia da mulher de Teixeira, Milena Santos, foi exonerada da função. De acordo com informações do jornal "O Globo", Delfina Alzira da Silva Gutierrez estava até a tarde desta quarta-feira (27) nomeada na ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) onde Teixeira era presidente até a semana passada. Ele deixou o cargo para assumir o ministério do Turismo. A ABDI informou que ela foi exonerada. O ministro informou por sua assessoria que a nomeação não era ilegal. Nesta semana, Milena, que é uma modelo que já teve o título de Miss Bumbum, publicou numa rede social fotos dela com o marido no gabinete do ministro, junto com outras imagens dela em poses sensuais. As fotos foram retiradas do ar logo depois, e ela reclamou de críticas que recebeu. A ABDI é uma agência estatal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Econômico, criada para auxiliar na execução da política industrial do país. Órgãos de controle têm apontado falta de transparência na prestação de contas da agência durante a gestão de Teixeira, que deixou o órgão para assumir um mandato tampão no ministério após a saída do ministro Henrique Eduardo Alves, ex-deputado pelo PMDB, quando o partido decidiu apoiar o impeachment de Dilma Rousseff. Muito próximo à presidente quando ela estava no ministério do governo Lula, Teixeira já teve a sua gestão questionada em outro órgão em que passou, a Apex-Brasil. De acordo com o TCU, havia irregularidades em contratações sem concorrência feitas pelo órgão.
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Tia de mulher do ministro do Turismo é exonerada de agência do governoNomeada pelo ministro do Turismo, Alessandro Teixeira, para um cargo com salário de quase R$ 20 mil, a tia da mulher de Teixeira, Milena Santos, foi exonerada da função. De acordo com informações do jornal "O Globo", Delfina Alzira da Silva Gutierrez estava até a tarde desta quarta-feira (27) nomeada na ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) onde Teixeira era presidente até a semana passada. Ele deixou o cargo para assumir o ministério do Turismo. A ABDI informou que ela foi exonerada. O ministro informou por sua assessoria que a nomeação não era ilegal. Nesta semana, Milena, que é uma modelo que já teve o título de Miss Bumbum, publicou numa rede social fotos dela com o marido no gabinete do ministro, junto com outras imagens dela em poses sensuais. As fotos foram retiradas do ar logo depois, e ela reclamou de críticas que recebeu. A ABDI é uma agência estatal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Econômico, criada para auxiliar na execução da política industrial do país. Órgãos de controle têm apontado falta de transparência na prestação de contas da agência durante a gestão de Teixeira, que deixou o órgão para assumir um mandato tampão no ministério após a saída do ministro Henrique Eduardo Alves, ex-deputado pelo PMDB, quando o partido decidiu apoiar o impeachment de Dilma Rousseff. Muito próximo à presidente quando ela estava no ministério do governo Lula, Teixeira já teve a sua gestão questionada em outro órgão em que passou, a Apex-Brasil. De acordo com o TCU, havia irregularidades em contratações sem concorrência feitas pelo órgão.
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Governo de SP já planeja rodízio de até cinco dias sem água por semana
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Pela primeira vez desde o início da maior crise de abastecimento da Grande São Paulo, a Sabesp admitiu nesta terça-feira (27) que pode adotar um rodízio de cinco dias para a região metropolitana da capital paulista. Segundo o diretor metropolitano da empresa, Paulo Massato, o esquema funcionaria com cinco dias da cidade sob rodízio e dois dias sem. "Para fazer um rodízio, teríamos de fazer um rodízio muito pesado. Se as chuvas insistirem em não cair no Sistema Cantareira, seria uma solução de um rodízio muito pesado, muito drástico" (...) "No cálculo conceitual para reduzir 15 metros por segundo no Cantareira, precisaria de um rodízio de dois dias com água, por cinco dias sem água", disse. Procurada, a Sabesp não detalhou o plano apresentado pelo diretor. Também não explicou se os cinco dias sem água, a que se refere Massato, seriam aplicados em toda a cidade de uma só vez, ou se, dentro de São Paulo, durante cinco dias, seria feito um rodízio entre bairros. A declaração foi feita durante a inauguração de uma obra no manancial do Alto Tietê, com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Massato, no entanto, disse que o cenário só será usado se as chuvas não chegarem e obras feitas pela Sabesp não ficarem prontas antes do esgotamento dos reservatórios. "Se for necessário, para não chegar no zero da represa, sem água nenhuma para distribuir (...) podemos correr esse risco, do rodízio drástico". Segundo ele, a empresa ainda estuda contratos para viabilizar o plano. O sistema Cantareira, por exemplo, opera nesta terça-feira (27) com 5,1% de sua capacidade, já contabilizando duas cotas do volume morto, porção de água que fica abaixo das tubulações e que precisa ser bombeada para ser captada. O Cantareira abastece 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo e com a chuva desta segunda, o sistema acumulou 21 mm de água. Até agora, o manancial acumula quase a metade do volume esperado para todo o mês de janeiro: 134,2 mm de água –o que equivale a 49,5% da média histórica para o mês (271,1 mm). Se for levado em conta o ritmo de queda dos reservatórios que abastecem a Grande São Paulo, nas primeiras três semanas de 2015, eles chegariam a zero em cerca de 130 dias. Durante a campanha à reeleição, o governador Alckmin afirmou em debate na TV com outros candidatos, no dia 30 de setembro de 2014, que, enquanto 20% das cidades brasileiras estavam em estado de emergência ou de calamidade pública, o governo garantia na cidade de São Paulo "o abastecimento, com uma grande reserva para frente, e investimentos". "Não falta água em São Paulo, não vai faltar água em São Paulo. Nós estamos trabalhando com planejamento, obras e investimento", disse o então candidato no final do debate. Rubens Fernando Alencar e Pilker/Folhapress REDUÇÃO DE PRESSÃO Com a grave estiagem, a Sabesp começou a reduzir a pressão nas tubulações para economizar água. Ao reduzir a pressão na rede de abastecimento, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) "empurra" menos água pelos canos. Por um lado, reduz os vazamentos no sistema. Por outro, deixa casas sem água, em especial aquelas localizadas em pontos altos. Com a ampliação dos cortes de água e com o aumento das reclamações, a Sabesp criou uma página em seu site na qual informa aos clientes da Grande São Paulo e da capital paulista os dias e os horários em que a pressão na rede de distribuição de água será reduzida. O governador de São Paulo já discute novo aumento na tarifa de água a partir de abril, quatro meses após o último reajuste. Outra hipótese estudada é o endurecimento da cobrança de sobretaxa para quem gastar mais água. Além disso, o governo paulista já considera utilizar a terceira cota do volume morto do Cantareira. Como saída para amenizar a crise da água, Alckmin quer usar a água da represa Billings para reduzir os impactos da crise que atinge a Grande São Paulo. Contudo, a represa Billings tem lixo acumulado em diversos pontos e água esverdeada pela proliferação de bactérias. "Isso aqui é um horror, só piorou nos últimos anos", diz a empresária Cornélia Juchem, de Diadema. A Sabesp diz ser possível transformar a água em potável, mas não detalha o que fará. DEMAIS SISTEMAS Já o nível do reservatório Alto Tietê, que também sofre as consequências da seca, opera com 10,4% de sua capacidade após subir 0,1 ponto percentual em relação ao dia anterior. Com o temporal de segunda, o sistema acumula 85,9 mm de água –o que corresponde a 34,15% da média histórica para janeiro (251,5 mm). O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo). A represa de Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, opera com 46% de sua capacidade após o nível subir 2,3 pontos percentuais em relação ao índice anterior. O sistema foi o que mais se beneficiou com a forte chuva desta segunda: 29,8 mm de água acumulado no reservatório. O Guarapiranga deve ser o único sistema a atingir o volume esperado para o mês de janeiro. Até agora, o manancial acumula 218,2 – o que equivale a 95,1% da média histórica para o mês (229,3 mm). O nível do reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, caiu 0,1 ponto percentual e opera nesta terça com 28,4% de sua capacidade. Já o sistema Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 74,1% de sua capacidade após subir 0,1 ponto percentual em relação ao índice anterior. O reservatório de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 27,1% de sua capacidade após baixar 0,3 ponto percentual em relação ao dia anterior. A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.
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cotidiano
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Governo de SP já planeja rodízio de até cinco dias sem água por semanaPela primeira vez desde o início da maior crise de abastecimento da Grande São Paulo, a Sabesp admitiu nesta terça-feira (27) que pode adotar um rodízio de cinco dias para a região metropolitana da capital paulista. Segundo o diretor metropolitano da empresa, Paulo Massato, o esquema funcionaria com cinco dias da cidade sob rodízio e dois dias sem. "Para fazer um rodízio, teríamos de fazer um rodízio muito pesado. Se as chuvas insistirem em não cair no Sistema Cantareira, seria uma solução de um rodízio muito pesado, muito drástico" (...) "No cálculo conceitual para reduzir 15 metros por segundo no Cantareira, precisaria de um rodízio de dois dias com água, por cinco dias sem água", disse. Procurada, a Sabesp não detalhou o plano apresentado pelo diretor. Também não explicou se os cinco dias sem água, a que se refere Massato, seriam aplicados em toda a cidade de uma só vez, ou se, dentro de São Paulo, durante cinco dias, seria feito um rodízio entre bairros. A declaração foi feita durante a inauguração de uma obra no manancial do Alto Tietê, com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Massato, no entanto, disse que o cenário só será usado se as chuvas não chegarem e obras feitas pela Sabesp não ficarem prontas antes do esgotamento dos reservatórios. "Se for necessário, para não chegar no zero da represa, sem água nenhuma para distribuir (...) podemos correr esse risco, do rodízio drástico". Segundo ele, a empresa ainda estuda contratos para viabilizar o plano. O sistema Cantareira, por exemplo, opera nesta terça-feira (27) com 5,1% de sua capacidade, já contabilizando duas cotas do volume morto, porção de água que fica abaixo das tubulações e que precisa ser bombeada para ser captada. O Cantareira abastece 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo e com a chuva desta segunda, o sistema acumulou 21 mm de água. Até agora, o manancial acumula quase a metade do volume esperado para todo o mês de janeiro: 134,2 mm de água –o que equivale a 49,5% da média histórica para o mês (271,1 mm). Se for levado em conta o ritmo de queda dos reservatórios que abastecem a Grande São Paulo, nas primeiras três semanas de 2015, eles chegariam a zero em cerca de 130 dias. Durante a campanha à reeleição, o governador Alckmin afirmou em debate na TV com outros candidatos, no dia 30 de setembro de 2014, que, enquanto 20% das cidades brasileiras estavam em estado de emergência ou de calamidade pública, o governo garantia na cidade de São Paulo "o abastecimento, com uma grande reserva para frente, e investimentos". "Não falta água em São Paulo, não vai faltar água em São Paulo. Nós estamos trabalhando com planejamento, obras e investimento", disse o então candidato no final do debate. Rubens Fernando Alencar e Pilker/Folhapress REDUÇÃO DE PRESSÃO Com a grave estiagem, a Sabesp começou a reduzir a pressão nas tubulações para economizar água. Ao reduzir a pressão na rede de abastecimento, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) "empurra" menos água pelos canos. Por um lado, reduz os vazamentos no sistema. Por outro, deixa casas sem água, em especial aquelas localizadas em pontos altos. Com a ampliação dos cortes de água e com o aumento das reclamações, a Sabesp criou uma página em seu site na qual informa aos clientes da Grande São Paulo e da capital paulista os dias e os horários em que a pressão na rede de distribuição de água será reduzida. O governador de São Paulo já discute novo aumento na tarifa de água a partir de abril, quatro meses após o último reajuste. Outra hipótese estudada é o endurecimento da cobrança de sobretaxa para quem gastar mais água. Além disso, o governo paulista já considera utilizar a terceira cota do volume morto do Cantareira. Como saída para amenizar a crise da água, Alckmin quer usar a água da represa Billings para reduzir os impactos da crise que atinge a Grande São Paulo. Contudo, a represa Billings tem lixo acumulado em diversos pontos e água esverdeada pela proliferação de bactérias. "Isso aqui é um horror, só piorou nos últimos anos", diz a empresária Cornélia Juchem, de Diadema. A Sabesp diz ser possível transformar a água em potável, mas não detalha o que fará. DEMAIS SISTEMAS Já o nível do reservatório Alto Tietê, que também sofre as consequências da seca, opera com 10,4% de sua capacidade após subir 0,1 ponto percentual em relação ao dia anterior. Com o temporal de segunda, o sistema acumula 85,9 mm de água –o que corresponde a 34,15% da média histórica para janeiro (251,5 mm). O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo). A represa de Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, opera com 46% de sua capacidade após o nível subir 2,3 pontos percentuais em relação ao índice anterior. O sistema foi o que mais se beneficiou com a forte chuva desta segunda: 29,8 mm de água acumulado no reservatório. O Guarapiranga deve ser o único sistema a atingir o volume esperado para o mês de janeiro. Até agora, o manancial acumula 218,2 – o que equivale a 95,1% da média histórica para o mês (229,3 mm). O nível do reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, caiu 0,1 ponto percentual e opera nesta terça com 28,4% de sua capacidade. Já o sistema Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 74,1% de sua capacidade após subir 0,1 ponto percentual em relação ao índice anterior. O reservatório de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 27,1% de sua capacidade após baixar 0,3 ponto percentual em relação ao dia anterior. A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.
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Ministério Público abre inquérito sobre 'sexualização' de MC Melody
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Funkeira-mirim MC Melody ganhou o centro de nova polêmica sobre sexualização de crianças no funk O Ministério Público de São Paulo abriu nesta quinta-feira um inquérito para investigação sobre "forte conteúdo erótico e de apelos sexuais" em músicas e coreografias de crianças e adolescentes músicos. A cantora de funk conhecida como MC Melody, de oito anos, é um dos alvos da investigação, que suspeita de "violação ao direito ao respeito e à dignidade de crianças/adolescentes". O caso está sendo investigado pela Promotoria de Justiça de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos da Infância e da Juventude da Capital. Segundo uma das representações publicadas no inquérito, Mc Melody "canta músicas obscenas, com alto teor sexual e faz poses extremamente sensuais, bem como trabalha como vocalista musical em carreira solo, dirigida por seu genitor". Além dela, músicas e videoclipes de outros funkeiros-mirins como MCs Princesa e Plebéia, MC 2K, Mc Bin Laden, Mc Brinquedo e Mc Pikachu também são alvo da investigação do Ministério Público paulista. A promotoria chama atenção para o "impacto nocivo no desenvolvimento do público infantil e de adolescentes, tanto de quem se exibe quanto daqueles que o acessam". Petição O inquérito, aberto pelo promotor Eduardo Dias de Souza Ferreira, é resultado de denúncias e representações encaminhadas pela Ouvidoria do Ministério Público e por cidadãos que pedem avaliação legal sobre a exposição dos funkeiros mirins. O caso da MC Melody, que chegou a ser o assunto mais procurado por brasileiros no Google nesta quinta-feira (com mais de 50 mil buscas), gerou uma petição no site Avaaz que pede "intervenção e investigação de tutela" ao Conselho Tutelar de São Paulo. O abaixo assinado alcançou mais de 23 mil assinaturas em quatro dias. A menina já chegou a ter seu perfil retirado do Facebook após denúncias de internautas sobre "sexualização" - ela aparece em fotos com roupas curtas e decotadas, dançando em bailes funks e em vídeos caseiros. No YouTube, dezenas de publicações feitas por anônimos criticam a exposição da menina - cujos vídeos acumulam centenas de milhares de visualizações no portal. O pai de MC Melody - o também funkeiro MC Betinho - também é citado pelo inquérito do Ministério Público, que afirma ser "dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária", conforme dispõe o artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente". A reportagem tentou contato com MC Betinho por telefone, mas não obteve sucesso. Em entrevistas anteriores, o pai de MC Melody se defende argumentando que existiria uma "perseguição ao funk" e que "não obriga sua filha a fazer nada". "Ela canta e dança assim porque gosta", disse MC Betinho. "Entendemos quem não gostou ou ficou ofendido e estamos mudando a nossa postura por isso." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Ministério Público abre inquérito sobre 'sexualização' de MC MelodyFunkeira-mirim MC Melody ganhou o centro de nova polêmica sobre sexualização de crianças no funk O Ministério Público de São Paulo abriu nesta quinta-feira um inquérito para investigação sobre "forte conteúdo erótico e de apelos sexuais" em músicas e coreografias de crianças e adolescentes músicos. A cantora de funk conhecida como MC Melody, de oito anos, é um dos alvos da investigação, que suspeita de "violação ao direito ao respeito e à dignidade de crianças/adolescentes". O caso está sendo investigado pela Promotoria de Justiça de Defesa dos Interesses Difusos e Coletivos da Infância e da Juventude da Capital. Segundo uma das representações publicadas no inquérito, Mc Melody "canta músicas obscenas, com alto teor sexual e faz poses extremamente sensuais, bem como trabalha como vocalista musical em carreira solo, dirigida por seu genitor". Além dela, músicas e videoclipes de outros funkeiros-mirins como MCs Princesa e Plebéia, MC 2K, Mc Bin Laden, Mc Brinquedo e Mc Pikachu também são alvo da investigação do Ministério Público paulista. A promotoria chama atenção para o "impacto nocivo no desenvolvimento do público infantil e de adolescentes, tanto de quem se exibe quanto daqueles que o acessam". Petição O inquérito, aberto pelo promotor Eduardo Dias de Souza Ferreira, é resultado de denúncias e representações encaminhadas pela Ouvidoria do Ministério Público e por cidadãos que pedem avaliação legal sobre a exposição dos funkeiros mirins. O caso da MC Melody, que chegou a ser o assunto mais procurado por brasileiros no Google nesta quinta-feira (com mais de 50 mil buscas), gerou uma petição no site Avaaz que pede "intervenção e investigação de tutela" ao Conselho Tutelar de São Paulo. O abaixo assinado alcançou mais de 23 mil assinaturas em quatro dias. A menina já chegou a ter seu perfil retirado do Facebook após denúncias de internautas sobre "sexualização" - ela aparece em fotos com roupas curtas e decotadas, dançando em bailes funks e em vídeos caseiros. No YouTube, dezenas de publicações feitas por anônimos criticam a exposição da menina - cujos vídeos acumulam centenas de milhares de visualizações no portal. O pai de MC Melody - o também funkeiro MC Betinho - também é citado pelo inquérito do Ministério Público, que afirma ser "dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária", conforme dispõe o artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente". A reportagem tentou contato com MC Betinho por telefone, mas não obteve sucesso. Em entrevistas anteriores, o pai de MC Melody se defende argumentando que existiria uma "perseguição ao funk" e que "não obriga sua filha a fazer nada". "Ela canta e dança assim porque gosta", disse MC Betinho. "Entendemos quem não gostou ou ficou ofendido e estamos mudando a nossa postura por isso." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Grife UMA dá novo significado ao minimalismo funcional na SPFW
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A estilista Raquel Davidowicz escolheu a Pinacoteca do Estado como cenário para o desfile de inverno 2017 de sua marca, a UMA. De acordo com ela, em tempos tão pesados e cansativos, é preciso encontrar momentos e espaços de respiro para escapar da realidade. "Sinto isso neste prédio, fazia tempo que queria apresentar uma coleção aqui e o momento não poderia ser melhor", explica. Pautados pela combinação de uma alfaiataria de formas relaxadas, com elementos esportivos amarrações e fendas, os looks monocromáticos em preto, branco, cinza e vermelho remetem à calmaria escapista e reflexiva, geralmente mais associada à arte do que à moda. São macacões de crepes com corte minimalista, ternos de tafetá com saias longas, vestidos tricô mescla, jaquetas e coletes acolchoados com pele artificial. Os vestidos, por sua vez, têm modelagens afastadas do corpo e caimento quase monásticos. Um guarda-roupa atemporal, funcional e feito de peças intercambiáveis, não é novidade na história da UMA, mas faz sentido nos dias de hoje. Quando se critica tanto os excessos, focar no que lhe parece essencial pode ser uma saída. Ainda mais quando essa essência troca tecidos usuais por outros mais nobres e de melhor qualidade, como faz Davidowicz nesta estação silenciosa -o desfile aconteceu sem trilha sonora- mas relevante.
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ilustrada
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Grife UMA dá novo significado ao minimalismo funcional na SPFWA estilista Raquel Davidowicz escolheu a Pinacoteca do Estado como cenário para o desfile de inverno 2017 de sua marca, a UMA. De acordo com ela, em tempos tão pesados e cansativos, é preciso encontrar momentos e espaços de respiro para escapar da realidade. "Sinto isso neste prédio, fazia tempo que queria apresentar uma coleção aqui e o momento não poderia ser melhor", explica. Pautados pela combinação de uma alfaiataria de formas relaxadas, com elementos esportivos amarrações e fendas, os looks monocromáticos em preto, branco, cinza e vermelho remetem à calmaria escapista e reflexiva, geralmente mais associada à arte do que à moda. São macacões de crepes com corte minimalista, ternos de tafetá com saias longas, vestidos tricô mescla, jaquetas e coletes acolchoados com pele artificial. Os vestidos, por sua vez, têm modelagens afastadas do corpo e caimento quase monásticos. Um guarda-roupa atemporal, funcional e feito de peças intercambiáveis, não é novidade na história da UMA, mas faz sentido nos dias de hoje. Quando se critica tanto os excessos, focar no que lhe parece essencial pode ser uma saída. Ainda mais quando essa essência troca tecidos usuais por outros mais nobres e de melhor qualidade, como faz Davidowicz nesta estação silenciosa -o desfile aconteceu sem trilha sonora- mas relevante.
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Leitor comenta coluna de Pasquale Cipro Neto
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Tinha razão Pasquale Cipro Neto em Leitores e leituras, ao repetir o que havia escrito em 19/3: "...Patética a peça da campanha tucana de 2002, em que se tentava repetir o que Collor já fizera em 1989, ou seja, a disseminação da tosca ideia de que o ParTido no poder significaria o caos total". Mas, no final, parece que eles também tinham razão. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor comenta coluna de Pasquale Cipro NetoTinha razão Pasquale Cipro Neto em Leitores e leituras, ao repetir o que havia escrito em 19/3: "...Patética a peça da campanha tucana de 2002, em que se tentava repetir o que Collor já fizera em 1989, ou seja, a disseminação da tosca ideia de que o ParTido no poder significaria o caos total". Mas, no final, parece que eles também tinham razão. * * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Detroit exibe obras dolorosas de Frida Kahlo e Diego Rivera
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Ocupando várias galerias do Instituto de Artes de Detroit, é também uma celebração da independência que o museu, numa cidade em dificuldades, conquistou arduamente após quase fechar. A abertura da exposição ocorre após um tenso período de 20 meses em que a prefeitura, à época dona do valioso acervo do museu e quase falida, cogitou vender suas obras-primas. Um acordo pelo qual o espaço se comprometeu a dar US$ 100 milhões em 20 anos para o sistema previdenciário municipal transferiu a propriedade do acervo da prefeitura para o museu. A exposição Rivera-Kahlo revisita a criação de uma obra de arte feita em Detroit para Detroit. "A Indústria de Detroit" foi concebida como uma ode à cidade do Estado do Michigan em 27 afrescos. Eles compuseram o projeto que trouxe Diego Rivera, o mais conhecido dos muralistas mexicanos, a Detroit em abril de 1932, acompanhado da sua mulher, a também artista Frida Kahlo, bem mais jovem que ele. Ao longo dos 11 meses seguintes, Rivera pintou os afrescos que cobrem as quatro paredes do pátio interno do museu, hoje conhecido como Pátio Rivera. Mostra cenas heroicas de trabalhadores musculosos e mães-terra mais idealizadas ainda, carregando feixes de trigo ou braçadas de frutas. Os afrescos compõem uma expressão "in-situ" excepcionalmente explícita do vínculo recíproco entre um museu de arte e seu entorno urbano, e Rivera os considerava um dos pontos altos da sua carreira. O período que Frida passou em Detroit foi talvez ainda mais importante, mesmo que ela não tenha gostado dessa estada. Quando chegou, estava bem avançada no processo de amadurecer sua síntese entre as influências da arte folclórica mexicana e o surrealismo. Mas, em muitos aspectos, o aborto espontâneo que ela sofreu enquanto estava na cidade estimulou a forma lancinante de autorrepresentação que é a sua contribuição para a história da arte. O aborto foi o segundo trauma físico de uma vida sofrida e intensamente criativa. O primeiro foi o grave acidente de trânsito de 1925 na Cidade do México, que a deixou com dores pelo resto da vida. A exposição está repleta de empréstimos importantes, obras raramente vistas e surpresas. Contém quatro dos imensos desenhos a carvão, em tamanho real, que Rivera fez para cada mural. Também ali: quatro das cinco pinturas que Frida produziu na cidade, começando com "Hospital Henry Ford" (1932), sua recriação do aborto, mostrando-se nua sobre uma cama ensanguentada, em meio a uma paisagem árida e com a fábrica da Ford no rio Rouge reluzindo à distância. E há três pequenos e soberbos desenhos de Frida no método "cadáver esquisito" quando ela escapou de Detroit para ir a Nova York. Os afrescos retratam os altos-fornos e linhas de montagem da Ford, cientistas em seus laboratórios na Parke-Davis (futura Pfizer) e trabalhadores entrando e saindo de fábricas. A natureza é evocada não só pelos nus femininos robustos, mas também pelos estratos geológicos que mostram a formação do minério de ferro e, em um dos melhores painéis pequenos, como pedaços escuros de doenças que destroem células vivas crepusculares. Rivera representa um navio-tanque que traz borracha da América do Sul como se fosse um relevo de bronze. As expressões mais notáveis do instinto subversivo de Rivera talvez estejam nos painéis estreitos no pátio. Cada um possui duas grandes figuras; os quatro lados representam o que Rivera via como as quatro raças do mundo. Entre cada par se ergue um montículo irregular de terra vermelha, do qual se projetam mãos firmes, de várias cores. Muitos seguram torrões de terra ou rochas, sugerindo uma multidão enfurecida abrindo caminho até a superfície. O desenvolvimento de Kahlo é uma vívida atração paralela, mas com igual peso. Sua obra é tudo o que a arte de Rivera não é: pequena em tamanho e embebida em emoções pessoais e tormentos existenciais. Se os afrescos de Rivera são como uma catedral, as pequenas pinturas de Kahlo são retábulos portáteis para a devoção particular, um ponto alto do surrealismo que ainda nos toca. Previsivelmente, entre os objetos de época reproduzidos aqui há um artigo sobre Kahlo publicado no "The Detroit News", em que ela dizia sobre o marido: "Claro, para um menininho ele se sai bastante bem, mas eu é que sou a grande artista".
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ilustrada
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Detroit exibe obras dolorosas de Frida Kahlo e Diego RiveraOcupando várias galerias do Instituto de Artes de Detroit, é também uma celebração da independência que o museu, numa cidade em dificuldades, conquistou arduamente após quase fechar. A abertura da exposição ocorre após um tenso período de 20 meses em que a prefeitura, à época dona do valioso acervo do museu e quase falida, cogitou vender suas obras-primas. Um acordo pelo qual o espaço se comprometeu a dar US$ 100 milhões em 20 anos para o sistema previdenciário municipal transferiu a propriedade do acervo da prefeitura para o museu. A exposição Rivera-Kahlo revisita a criação de uma obra de arte feita em Detroit para Detroit. "A Indústria de Detroit" foi concebida como uma ode à cidade do Estado do Michigan em 27 afrescos. Eles compuseram o projeto que trouxe Diego Rivera, o mais conhecido dos muralistas mexicanos, a Detroit em abril de 1932, acompanhado da sua mulher, a também artista Frida Kahlo, bem mais jovem que ele. Ao longo dos 11 meses seguintes, Rivera pintou os afrescos que cobrem as quatro paredes do pátio interno do museu, hoje conhecido como Pátio Rivera. Mostra cenas heroicas de trabalhadores musculosos e mães-terra mais idealizadas ainda, carregando feixes de trigo ou braçadas de frutas. Os afrescos compõem uma expressão "in-situ" excepcionalmente explícita do vínculo recíproco entre um museu de arte e seu entorno urbano, e Rivera os considerava um dos pontos altos da sua carreira. O período que Frida passou em Detroit foi talvez ainda mais importante, mesmo que ela não tenha gostado dessa estada. Quando chegou, estava bem avançada no processo de amadurecer sua síntese entre as influências da arte folclórica mexicana e o surrealismo. Mas, em muitos aspectos, o aborto espontâneo que ela sofreu enquanto estava na cidade estimulou a forma lancinante de autorrepresentação que é a sua contribuição para a história da arte. O aborto foi o segundo trauma físico de uma vida sofrida e intensamente criativa. O primeiro foi o grave acidente de trânsito de 1925 na Cidade do México, que a deixou com dores pelo resto da vida. A exposição está repleta de empréstimos importantes, obras raramente vistas e surpresas. Contém quatro dos imensos desenhos a carvão, em tamanho real, que Rivera fez para cada mural. Também ali: quatro das cinco pinturas que Frida produziu na cidade, começando com "Hospital Henry Ford" (1932), sua recriação do aborto, mostrando-se nua sobre uma cama ensanguentada, em meio a uma paisagem árida e com a fábrica da Ford no rio Rouge reluzindo à distância. E há três pequenos e soberbos desenhos de Frida no método "cadáver esquisito" quando ela escapou de Detroit para ir a Nova York. Os afrescos retratam os altos-fornos e linhas de montagem da Ford, cientistas em seus laboratórios na Parke-Davis (futura Pfizer) e trabalhadores entrando e saindo de fábricas. A natureza é evocada não só pelos nus femininos robustos, mas também pelos estratos geológicos que mostram a formação do minério de ferro e, em um dos melhores painéis pequenos, como pedaços escuros de doenças que destroem células vivas crepusculares. Rivera representa um navio-tanque que traz borracha da América do Sul como se fosse um relevo de bronze. As expressões mais notáveis do instinto subversivo de Rivera talvez estejam nos painéis estreitos no pátio. Cada um possui duas grandes figuras; os quatro lados representam o que Rivera via como as quatro raças do mundo. Entre cada par se ergue um montículo irregular de terra vermelha, do qual se projetam mãos firmes, de várias cores. Muitos seguram torrões de terra ou rochas, sugerindo uma multidão enfurecida abrindo caminho até a superfície. O desenvolvimento de Kahlo é uma vívida atração paralela, mas com igual peso. Sua obra é tudo o que a arte de Rivera não é: pequena em tamanho e embebida em emoções pessoais e tormentos existenciais. Se os afrescos de Rivera são como uma catedral, as pequenas pinturas de Kahlo são retábulos portáteis para a devoção particular, um ponto alto do surrealismo que ainda nos toca. Previsivelmente, entre os objetos de época reproduzidos aqui há um artigo sobre Kahlo publicado no "The Detroit News", em que ela dizia sobre o marido: "Claro, para um menininho ele se sai bastante bem, mas eu é que sou a grande artista".
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Ex-assessor de Lu Alckmin morre em tentativa de assalto em São Paulo
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O ex-assessor da primeira-dama do Estado de São Paulo Roberval Andrade Nucci, 48, morreu na manhã desta quarta-feira (7) durante tentativa de assalto na zona oeste de São Paulo. Atualmente, Nucci atuava como assessor de eventos da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), da gestão Geraldo Alckmin (PSDB). A polícia informou que o crime aconteceu por volta das 6h20 na rua Francisco Alves, na região da Lapa. Ainda segundo a polícia, Nucci estava com a mulher, Paula Guido, quando foram abordados por dois criminosos que exigiram a entrega da moto do casal. Ao desembarcar, a moto caiu no chão, e os bandidos atiraram na cabeça do assessor da CPTM, que morreu no local. A mulher de Nucci não teve ferimentos. Os criminosos fugiram do local sem levar a moto. De acordo com a CPTM, Nucci havia retornado ao cargo cinco meses atrás, depois de ter trabalhado por um período como assessor no Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, presidido por Lu Alckmin, a primeira-dama do Estado. "A vida levou hoje a pessoa mais incrível, meu irmão Roberval Andrade Nucci. Estou muito triste, mas Deus olhe por ele. Meu irmão Deus só leva os melhores", escreveu a irmã Claudia Nucci, na rede social do irmão. Mensagem de Claudia Nucci em uma rede social
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cotidiano
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Ex-assessor de Lu Alckmin morre em tentativa de assalto em São PauloO ex-assessor da primeira-dama do Estado de São Paulo Roberval Andrade Nucci, 48, morreu na manhã desta quarta-feira (7) durante tentativa de assalto na zona oeste de São Paulo. Atualmente, Nucci atuava como assessor de eventos da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), da gestão Geraldo Alckmin (PSDB). A polícia informou que o crime aconteceu por volta das 6h20 na rua Francisco Alves, na região da Lapa. Ainda segundo a polícia, Nucci estava com a mulher, Paula Guido, quando foram abordados por dois criminosos que exigiram a entrega da moto do casal. Ao desembarcar, a moto caiu no chão, e os bandidos atiraram na cabeça do assessor da CPTM, que morreu no local. A mulher de Nucci não teve ferimentos. Os criminosos fugiram do local sem levar a moto. De acordo com a CPTM, Nucci havia retornado ao cargo cinco meses atrás, depois de ter trabalhado por um período como assessor no Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, presidido por Lu Alckmin, a primeira-dama do Estado. "A vida levou hoje a pessoa mais incrível, meu irmão Roberval Andrade Nucci. Estou muito triste, mas Deus olhe por ele. Meu irmão Deus só leva os melhores", escreveu a irmã Claudia Nucci, na rede social do irmão. Mensagem de Claudia Nucci em uma rede social
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Instituição abre museu dedicado a moedas em Paris
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A Monnaie de Paris, instituição responsável pela fabricação de moedas da França há mais de mil anos, abre a sua coleção para curiosos e colecionadores. O museu Conti 11 será inaugurado neste sábado (30), em Paris, e funcionará como uma "experiência interativa", conforme define a instituição. O público poderá conhecer o processo de fabricação das moedas, além de ter acesso a uma exposição com cerca de 2.500 objetos raros. Também estão previstas oficinas em que os participantes poderão cunhar a própria moeda e levá-la para casa. O ingresso para o museu custa a partir de € 8 (R$ 29) se comprado diretamente na bilheteria. Ainda não há previsão de preço das oficinas.
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turismo
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Instituição abre museu dedicado a moedas em ParisA Monnaie de Paris, instituição responsável pela fabricação de moedas da França há mais de mil anos, abre a sua coleção para curiosos e colecionadores. O museu Conti 11 será inaugurado neste sábado (30), em Paris, e funcionará como uma "experiência interativa", conforme define a instituição. O público poderá conhecer o processo de fabricação das moedas, além de ter acesso a uma exposição com cerca de 2.500 objetos raros. Também estão previstas oficinas em que os participantes poderão cunhar a própria moeda e levá-la para casa. O ingresso para o museu custa a partir de € 8 (R$ 29) se comprado diretamente na bilheteria. Ainda não há previsão de preço das oficinas.
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Chefe do tráfico da favela Santa Marta é preso em intensa troca de tiros
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A Polícia Militar do Rio prendeu, na noite desta sexta-feira (28), um homem suspeito de ser o chefe do tráfico de drogas da favela Santa Marta, em Botafogo, zona sul da cidade. Duas pessoas foram baleados em intensa troca de tiros que ocorreu por volta das 22h30. Entre os feridos estaria Marco Polo Lipes Lima dos Santos, 32, conhecido como Mãozinha, que supostamente comandava o tráfico na favela, a primeira a ter uma UPP no Rio, instalada em 2008. Ele tem um mandado de prisão em aberto e estaria participando de uma festa em comemoração ao seu aniversário. Moradores da favela e do entorno, que é majoritariamente residencial, registraram nas redes o momento dos tiros. Segundo a PM, homens da UPP foram atacados durante um patrulhamento, o que desencadeou o conflito. A troca de tiros ocorre no mesmo dia em que o Rio recebe reforço na segurança de homens das Forças Armadas, que patrulharam bairros e as principais vias expressas da cidade. Não foi empregado, contudo, efetivo das tropas federais na ação desta sexta-feira na favela. Os conflitos em área de UPP no Rio passaram a ser rotina. Em grave crise fiscal, o governo tem dificuldade de bancar a estrutura policial. Faltam coletes, munições e até gasolina para as viaturas. Os criminosos aproveitam o momento de fragilidade do Executivo para avançar em territórios antes controlados pela polícia. Há pouco menos de um ano voltaram a ser frequentes confrontos entre polícia e traficante no Santa Marta, favela violenta nos ano 1990 e escolhida pelo governo de Sérgio Cabral como a primeira a receber uma UPP. A favela foi escolhida pelo seu tamanho menor em relação a outras do Rio, ter poucas rotas e fuga e ficar localizada em importante bairro de passagem na zona sul. A favela foi cenário para o livro "Abusado", escrito pelo jornalista Caco Barcelos, que conta a trajetória do bandido Marcinho VP. Também foi lá que o cantor Michael Jackson gravou o clipe da música "They don't care about us" (Eles não se importam conosco), em 1996.
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cotidiano
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Chefe do tráfico da favela Santa Marta é preso em intensa troca de tirosA Polícia Militar do Rio prendeu, na noite desta sexta-feira (28), um homem suspeito de ser o chefe do tráfico de drogas da favela Santa Marta, em Botafogo, zona sul da cidade. Duas pessoas foram baleados em intensa troca de tiros que ocorreu por volta das 22h30. Entre os feridos estaria Marco Polo Lipes Lima dos Santos, 32, conhecido como Mãozinha, que supostamente comandava o tráfico na favela, a primeira a ter uma UPP no Rio, instalada em 2008. Ele tem um mandado de prisão em aberto e estaria participando de uma festa em comemoração ao seu aniversário. Moradores da favela e do entorno, que é majoritariamente residencial, registraram nas redes o momento dos tiros. Segundo a PM, homens da UPP foram atacados durante um patrulhamento, o que desencadeou o conflito. A troca de tiros ocorre no mesmo dia em que o Rio recebe reforço na segurança de homens das Forças Armadas, que patrulharam bairros e as principais vias expressas da cidade. Não foi empregado, contudo, efetivo das tropas federais na ação desta sexta-feira na favela. Os conflitos em área de UPP no Rio passaram a ser rotina. Em grave crise fiscal, o governo tem dificuldade de bancar a estrutura policial. Faltam coletes, munições e até gasolina para as viaturas. Os criminosos aproveitam o momento de fragilidade do Executivo para avançar em territórios antes controlados pela polícia. Há pouco menos de um ano voltaram a ser frequentes confrontos entre polícia e traficante no Santa Marta, favela violenta nos ano 1990 e escolhida pelo governo de Sérgio Cabral como a primeira a receber uma UPP. A favela foi escolhida pelo seu tamanho menor em relação a outras do Rio, ter poucas rotas e fuga e ficar localizada em importante bairro de passagem na zona sul. A favela foi cenário para o livro "Abusado", escrito pelo jornalista Caco Barcelos, que conta a trajetória do bandido Marcinho VP. Também foi lá que o cantor Michael Jackson gravou o clipe da música "They don't care about us" (Eles não se importam conosco), em 1996.
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Estrear com 5 vitórias em competição jamais havia acontecido na seleção
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A chuva castigava Belo Horizonte na manhã de domingo (13) e a seleção era regida por Tite, na Cidade do Galo. "Agride, agride!", dizia. A segunda etapa do trabalho exigia dos jogadores saírem da marcação por pressão, num espaço mínimo: "Cola os dois!", gritava Tite, pedindo marcação dobrada em cima do homem com a bola. A atividade teve três momentos distintos e durou 75 minutos. Primeiro com os jogadores divididos em três times em espaço reduzido. Depois, com a saída da pressão, sem as traves. Mais tarde, com elas. Por último, jogadas ensaiadas em faltas e escanteios, muitos deles curtos. Que o elenco gosta da parte tática está estampado no rosto de cada jogador. "Tite pode trabalhar em qualquer time do mundo. Além de um grande técnico é um ótimo gestor de pessoas, qualidades que Guardiola também tem", disse Daniel Alves. Lembre-se de que o lateral da Juventus foi quem defendeu Guardiola na seleção. No sábado, atirou, sem querer, um tijolo na cabeça de Dunga, ao afirmar que a seleção melhorou com os mesmos jogadores de antes: "Mudou pouca coisa, exatamente o que precisava mudar." Como Tite, Dunga ganhou suas cinco primeiras partidas em seu último ciclo. Diga-se, enfileirou onze triunfos consecutivos. A diferença é que eram amistosos. Estrear com cinco vitórias, todas em partidas de competição, jamais havia acontecido na seleção brasileira. Contra a Argentina, Tite interferiu ao inverter as posições de Paulinho e Renato Augusto. Paulinho passou a dar o primeiro combate a Lionel Messi, com Fernandinho por perto. Também estudou o fluxo dos passes. O camisa 10 recebe mais bolas de Otamendi, Funes Mori e Mascherano. Por isso, Gabriel Jesus recuou para vigiar os zagueiros e congestionar o lado esquerdo na defesa. É mais estudo do que conversa. Não vai ser fácil vencer pela sexta vez, contra a seleção peruana. O Brasil ganhou lá pela última vez em 2000 e empatou nas últimas duas viagens a Lima. A seleção perdeu só uma vez neste ano e foi justamente para o Peru. É o menor número de derrotas entre todas as seleções em 2016, junto com a França. Surpreendente perceber isso no final de uma temporada trágica, com eliminação da Copa América e conclusões de que o fracasso passava por uma geração sem talento nem personalidade. SEM TALENTO? Não é tempo de empolgação, apenas de diagnósticos mais precisos. O Brasil tenta corrigir problemas criados pelo excesso de rupturas de 2010 a 2016. A contratação de Tite trouxe o apoio popular. A nova comissão técnica também cativou o elenco por promover uma espécie de dia a dia virtual, com conversas pessoais, telefônicas ou por redes sociais diariamente, mesmo com os jogadores em vários lugares do mundo. O último traço de união é de estilos. Tite é o primeiro técnico da seleção em trinta anos a exaltar a Copa de 1982, mas fala também de 1970 e valoriza a conquista de 1994. O falso dilema de ganhar jogando feio ou perder jogando bonito já deveria estar superado desde 2002, conquista com o melhor ataque e sete vitórias em sete jogos. A seleção da reconstrução respeita a história e projeta o futuro, porque trabalha com o que há de mais moderno no presente. TROCA-TROCA A única coisa concreta do almoço entre os presidentes do Santos, Modesto Roma, e do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, é que os santistas se interessam por Michel Bastos. "Os jogadores que nos serviriam, o Santos não colocaria numa troca", diz Leco. Fala de Zeca, Renato, Thiago Maia e Lucas Lima. DESFALQUE A avaliação do Palmeiras é de que a lesão do zagueiro Mina foi leve. Talvez seja problema para o jogo de quinta-feira contra o Atlético-MG, mas não para o resto do Brasileirão. Por mais conforto que a tabela do torneio mostre, perder em Belo Horizonte não está nos planos de Cuca.
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colunas
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Estrear com 5 vitórias em competição jamais havia acontecido na seleçãoA chuva castigava Belo Horizonte na manhã de domingo (13) e a seleção era regida por Tite, na Cidade do Galo. "Agride, agride!", dizia. A segunda etapa do trabalho exigia dos jogadores saírem da marcação por pressão, num espaço mínimo: "Cola os dois!", gritava Tite, pedindo marcação dobrada em cima do homem com a bola. A atividade teve três momentos distintos e durou 75 minutos. Primeiro com os jogadores divididos em três times em espaço reduzido. Depois, com a saída da pressão, sem as traves. Mais tarde, com elas. Por último, jogadas ensaiadas em faltas e escanteios, muitos deles curtos. Que o elenco gosta da parte tática está estampado no rosto de cada jogador. "Tite pode trabalhar em qualquer time do mundo. Além de um grande técnico é um ótimo gestor de pessoas, qualidades que Guardiola também tem", disse Daniel Alves. Lembre-se de que o lateral da Juventus foi quem defendeu Guardiola na seleção. No sábado, atirou, sem querer, um tijolo na cabeça de Dunga, ao afirmar que a seleção melhorou com os mesmos jogadores de antes: "Mudou pouca coisa, exatamente o que precisava mudar." Como Tite, Dunga ganhou suas cinco primeiras partidas em seu último ciclo. Diga-se, enfileirou onze triunfos consecutivos. A diferença é que eram amistosos. Estrear com cinco vitórias, todas em partidas de competição, jamais havia acontecido na seleção brasileira. Contra a Argentina, Tite interferiu ao inverter as posições de Paulinho e Renato Augusto. Paulinho passou a dar o primeiro combate a Lionel Messi, com Fernandinho por perto. Também estudou o fluxo dos passes. O camisa 10 recebe mais bolas de Otamendi, Funes Mori e Mascherano. Por isso, Gabriel Jesus recuou para vigiar os zagueiros e congestionar o lado esquerdo na defesa. É mais estudo do que conversa. Não vai ser fácil vencer pela sexta vez, contra a seleção peruana. O Brasil ganhou lá pela última vez em 2000 e empatou nas últimas duas viagens a Lima. A seleção perdeu só uma vez neste ano e foi justamente para o Peru. É o menor número de derrotas entre todas as seleções em 2016, junto com a França. Surpreendente perceber isso no final de uma temporada trágica, com eliminação da Copa América e conclusões de que o fracasso passava por uma geração sem talento nem personalidade. SEM TALENTO? Não é tempo de empolgação, apenas de diagnósticos mais precisos. O Brasil tenta corrigir problemas criados pelo excesso de rupturas de 2010 a 2016. A contratação de Tite trouxe o apoio popular. A nova comissão técnica também cativou o elenco por promover uma espécie de dia a dia virtual, com conversas pessoais, telefônicas ou por redes sociais diariamente, mesmo com os jogadores em vários lugares do mundo. O último traço de união é de estilos. Tite é o primeiro técnico da seleção em trinta anos a exaltar a Copa de 1982, mas fala também de 1970 e valoriza a conquista de 1994. O falso dilema de ganhar jogando feio ou perder jogando bonito já deveria estar superado desde 2002, conquista com o melhor ataque e sete vitórias em sete jogos. A seleção da reconstrução respeita a história e projeta o futuro, porque trabalha com o que há de mais moderno no presente. TROCA-TROCA A única coisa concreta do almoço entre os presidentes do Santos, Modesto Roma, e do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, é que os santistas se interessam por Michel Bastos. "Os jogadores que nos serviriam, o Santos não colocaria numa troca", diz Leco. Fala de Zeca, Renato, Thiago Maia e Lucas Lima. DESFALQUE A avaliação do Palmeiras é de que a lesão do zagueiro Mina foi leve. Talvez seja problema para o jogo de quinta-feira contra o Atlético-MG, mas não para o resto do Brasileirão. Por mais conforto que a tabela do torneio mostre, perder em Belo Horizonte não está nos planos de Cuca.
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Marcas já entendem que não há 'lovers' sem 'haters', diz publicitário
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Quando o Boticário lançou a campanha com casais gay para o Dia dos Namorados em 2015, uma onda de ameaças de boicotes e comentários negativos tomou conta das redes sociais. Aos poucos, a reação começou a mudar e a campanha ganhou mais adeptos que retratores. "A pressão por resultado é muito grande. Qualquer outro cliente ali teria tirado a comunicação do ar no começo, o que teria sido um erro", diz Luiz Sanches, sócio e diretor Criativo da AlmapBBDO, agência brasileira mais premiada no festival internacional de publicidade Cannes Lions este ano, com 22 Leões. "Foi um grande aprendizado. Hoje as marcas já estão começando a entender que não existem 'lovers' sem 'haters'." Na quinta-feira, Sanches foi entrevistado no Arena do Marketing, programa realizado pela Folha em parceria com a faculdade ESPM. O programa contou com ainda com a participação de Paulo Cunha, coordenador do curso de Publicidade e Propaganda da ESPM. A seguir, confira os principais trechos da entrevista. * REDES SOCIAIS As pessoas se aglomeram em redes sociais por objetivos em comum. E são absolutamente xiitas com opiniões contrárias. Quando uma marca tenta falar com todos os grupos da mesma forma é muito ruim. E quanto tenta falar de formas diferentes com todos os grupos, também é muito ruim. Essa marca fala uma coisa para um e outra para a outra. É preciso ser autêntico. As marcas estão começando a entender que não existem "lovers" sem "haters", não existe amor sem ódio. Que você não consegue ter pessoas que amam, sem desagradar outras. Você vai desagradar. E isso faz parte. O importante é que a marca consiga inspirar mais pessoas do que aquelas que se sentem incomodadas. CORREÇÃO DE ROTA Hoje os erros são vistos com muito mais aceitação e as correções são feitas no meio do caminho. A marca errou, ela corrige. O que não pode é não ser autêntica. O criador é um ser humano. Quem aprova as marcas também. Estão dentro do mesmo contexto. Se a discussão de causas sociais faz parte do cotidiano, na criação isso vai ser levado em conta. CAMPANHA ASPIRINA [Em 2016, a Almap foi criticada por uma campanha de aspirina considerada machista e acabou devolvendo dois Leões] A gente percebeu que estava num tom errado. A gente errou, se desculpou, e devolveu os Leões - o que também não nos atrapalhou pois fomos agência do ano no ano passado. Foi uma infelicidade o que aconteceu. Na época tinha acontecido um estupro coletivo, a peça já tinha sido publicada. Erros acontecem. A gente percebeu que não era o tom de se comunicar. VISÃO DA ALMAP Não tenho dúvida de que a Almap tem visão muito contemporânea. Só ver as campanhas que fizemos antes disso. Com C&A, que trazia a questão de igualdade de gênero, de aceitação da homosexualidade, de que não existe certo e errado, que é um pouco da sociedade que estamos vivendo. Antes disso, a gente fez o Dia dos Namorados do Boticário [com casais gays], que rendeu resultado de vendas muito relevante e foi um marco na comunicação da marca. EXCEÇÃO Na época (2015), o Boticário era uma exceção. Mas acho que hoje as marcas chegaram a um amadurecimento de entender que não é no primeiro espirro que vou levar para o hospital. Tem marcas que são mais desafiadoras, que sabem capitalizar em cima disso. Os temas polêmicos são mais difíceis de manter posição. PARCERIA DE LONGO PRAZO Temos parceria com clientes de muitos anos, de 10, 15 anos. Quando você conhece bem o cliente, é quase uma sociedade. No caso de Boticário, teve um momento em que as curvas de reação nas redes sociais eram muito negativas. Qualquer outro cliente ali teria tirado a comunicação do ar, o que seria um erro. Isso também é um aprendizado. Uma hora a coisa começou a virar e foi muito positivo. Com o Brasil em crise, há muita pressão por resultado. RESPONSABILIDADE SOCIAL Acredito que a propaganda tem uma responsabilidade social. A propaganda é o retrato da sociedade. Pegamos as histórias que as pessoas já estão falando nas ruas e transformamos em uma linguagem que criativa, de interação com as marcas. E esses temas como gênero, racismo, entre outros, têm aparecido frequentemente na sociedade. Como esses apareceram outros no passado e aparecerão outros no futuro. É uma tendência, mas ela é mutável. Vai sempre estar tendo upgrade de temas que estão acontecendo. MULHERES NA CRIAÇÃO É um assunto complexo. Sou totalmente a favor das mulheres terem direitos iguais. Historicamente, a gente vê como acontecem as mudanças na sociedade. É de uma forma, aí isso é puxado ao extremo, depois a gente encontra um ponto de equilíbrio onde as coisas vão naturalmente acontecendo. Uma das nossas diretoras de criação é mulher, mas ela não é diretora porque é mulher, mas por ser um absoluto talento. Quando a gente começa a entrar em coisa de ser obrigatório é errado, e não dar oportunidade também. Antigamente tinha número grande de mulheres no Atendimento, nas áreas de contato com cliente. O que é ok, mas tinha uma postura de que está ali pois tem uma carinha bonitinha. Falar que não existe isso é hipocrisia. Mas hoje tem várias meninas no Planejamento que são inteligentíssimas, que trazem conhecimento, não porque são mulheres, poderiam ser homens, gays, um ET. MAIS OPORTUNIDADES Claro que temos que dar mais chance. Mas acho que a sociedade está esticando muito para um lado, que acho natural e temos que acompanhar o desenvolvimento. Mas acho que vamos chegar a um ponto de equilíbrio e a coisa passar a ser natural. Tem que ter mais negro sim, mas porque são bons. Quem merece ter oportunidade? Quem tem talento. Mas essa oportunidade tem que ser dada. Existe ainda um preconceito embutido que acho muito errado. NOVAS GERAÇÕES Nova geração quer trabalhar no Google, no Facebook. Grande desafio se manter como polo criativo e continuar atraindo talentos. Jovens vêem o mundo de uma forma muito interessante e temos de trazê-los para perto da gente. O lado negativo é que na primeira frustração, eles desistem. Mas em qualquer profissão é preciso persistência, paixão, dedicação, errar, se frustrar, aprender. As agências têm que trabalhar melhor para atrair esses jovens e para conseguir mantê-los mesmo quando houver uma frustração. A vida é feita muito mais de frustração do que sucesso. Por isso a gente comemora tanto quando ganha um prêmio. Tem que trazer esse jovem para o entendimento de que não é na primeira frustração que você vai pegar e vai embora. CANNES Como se avalia o resultado de uma agência? Pela criatividade. E como se mede isso? Com prêmios em um festival. Qual o maior festival? Cannes. De certa forma, é como fazer um check-up de como está sua agência. Isso mostra que você tem saúde criativa e isso faz diferença no negócio dos seus clientes. O reconhecimento internacional de Cannes faz com que você ratifique e construa reputação. É um parâmetro criativo para todas as agências. A criatividade é muito importante para o negócio do nosso cliente. RELAÇÕES PÚBLICAS Já faz uns dois anos que temos visto o RP chegando com muita força e fazendo com que as ideias ganhem uma proporção muito maior do que o investimento publicitário. É um aditivo, mas todas as ideias só funcionam pois são grandes ideias. Acho que esse é o grande ponto. Foi muito interessante ver em Cannes um novo formato de se contar histórias, comum a duas campanhas muito premiadas, Garota Destemida (criada para uma entidade que promove mulheres em conselhos de empresas, a State Street Global Advisors), e Meet Graham (para a Comissão de Acidentes de Trânsito da Austrália). As duas são esculturas e tiveram um elemento muito forte de Relações Públicas.
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mercado
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Marcas já entendem que não há 'lovers' sem 'haters', diz publicitárioQuando o Boticário lançou a campanha com casais gay para o Dia dos Namorados em 2015, uma onda de ameaças de boicotes e comentários negativos tomou conta das redes sociais. Aos poucos, a reação começou a mudar e a campanha ganhou mais adeptos que retratores. "A pressão por resultado é muito grande. Qualquer outro cliente ali teria tirado a comunicação do ar no começo, o que teria sido um erro", diz Luiz Sanches, sócio e diretor Criativo da AlmapBBDO, agência brasileira mais premiada no festival internacional de publicidade Cannes Lions este ano, com 22 Leões. "Foi um grande aprendizado. Hoje as marcas já estão começando a entender que não existem 'lovers' sem 'haters'." Na quinta-feira, Sanches foi entrevistado no Arena do Marketing, programa realizado pela Folha em parceria com a faculdade ESPM. O programa contou com ainda com a participação de Paulo Cunha, coordenador do curso de Publicidade e Propaganda da ESPM. A seguir, confira os principais trechos da entrevista. * REDES SOCIAIS As pessoas se aglomeram em redes sociais por objetivos em comum. E são absolutamente xiitas com opiniões contrárias. Quando uma marca tenta falar com todos os grupos da mesma forma é muito ruim. E quanto tenta falar de formas diferentes com todos os grupos, também é muito ruim. Essa marca fala uma coisa para um e outra para a outra. É preciso ser autêntico. As marcas estão começando a entender que não existem "lovers" sem "haters", não existe amor sem ódio. Que você não consegue ter pessoas que amam, sem desagradar outras. Você vai desagradar. E isso faz parte. O importante é que a marca consiga inspirar mais pessoas do que aquelas que se sentem incomodadas. CORREÇÃO DE ROTA Hoje os erros são vistos com muito mais aceitação e as correções são feitas no meio do caminho. A marca errou, ela corrige. O que não pode é não ser autêntica. O criador é um ser humano. Quem aprova as marcas também. Estão dentro do mesmo contexto. Se a discussão de causas sociais faz parte do cotidiano, na criação isso vai ser levado em conta. CAMPANHA ASPIRINA [Em 2016, a Almap foi criticada por uma campanha de aspirina considerada machista e acabou devolvendo dois Leões] A gente percebeu que estava num tom errado. A gente errou, se desculpou, e devolveu os Leões - o que também não nos atrapalhou pois fomos agência do ano no ano passado. Foi uma infelicidade o que aconteceu. Na época tinha acontecido um estupro coletivo, a peça já tinha sido publicada. Erros acontecem. A gente percebeu que não era o tom de se comunicar. VISÃO DA ALMAP Não tenho dúvida de que a Almap tem visão muito contemporânea. Só ver as campanhas que fizemos antes disso. Com C&A, que trazia a questão de igualdade de gênero, de aceitação da homosexualidade, de que não existe certo e errado, que é um pouco da sociedade que estamos vivendo. Antes disso, a gente fez o Dia dos Namorados do Boticário [com casais gays], que rendeu resultado de vendas muito relevante e foi um marco na comunicação da marca. EXCEÇÃO Na época (2015), o Boticário era uma exceção. Mas acho que hoje as marcas chegaram a um amadurecimento de entender que não é no primeiro espirro que vou levar para o hospital. Tem marcas que são mais desafiadoras, que sabem capitalizar em cima disso. Os temas polêmicos são mais difíceis de manter posição. PARCERIA DE LONGO PRAZO Temos parceria com clientes de muitos anos, de 10, 15 anos. Quando você conhece bem o cliente, é quase uma sociedade. No caso de Boticário, teve um momento em que as curvas de reação nas redes sociais eram muito negativas. Qualquer outro cliente ali teria tirado a comunicação do ar, o que seria um erro. Isso também é um aprendizado. Uma hora a coisa começou a virar e foi muito positivo. Com o Brasil em crise, há muita pressão por resultado. RESPONSABILIDADE SOCIAL Acredito que a propaganda tem uma responsabilidade social. A propaganda é o retrato da sociedade. Pegamos as histórias que as pessoas já estão falando nas ruas e transformamos em uma linguagem que criativa, de interação com as marcas. E esses temas como gênero, racismo, entre outros, têm aparecido frequentemente na sociedade. Como esses apareceram outros no passado e aparecerão outros no futuro. É uma tendência, mas ela é mutável. Vai sempre estar tendo upgrade de temas que estão acontecendo. MULHERES NA CRIAÇÃO É um assunto complexo. Sou totalmente a favor das mulheres terem direitos iguais. Historicamente, a gente vê como acontecem as mudanças na sociedade. É de uma forma, aí isso é puxado ao extremo, depois a gente encontra um ponto de equilíbrio onde as coisas vão naturalmente acontecendo. Uma das nossas diretoras de criação é mulher, mas ela não é diretora porque é mulher, mas por ser um absoluto talento. Quando a gente começa a entrar em coisa de ser obrigatório é errado, e não dar oportunidade também. Antigamente tinha número grande de mulheres no Atendimento, nas áreas de contato com cliente. O que é ok, mas tinha uma postura de que está ali pois tem uma carinha bonitinha. Falar que não existe isso é hipocrisia. Mas hoje tem várias meninas no Planejamento que são inteligentíssimas, que trazem conhecimento, não porque são mulheres, poderiam ser homens, gays, um ET. MAIS OPORTUNIDADES Claro que temos que dar mais chance. Mas acho que a sociedade está esticando muito para um lado, que acho natural e temos que acompanhar o desenvolvimento. Mas acho que vamos chegar a um ponto de equilíbrio e a coisa passar a ser natural. Tem que ter mais negro sim, mas porque são bons. Quem merece ter oportunidade? Quem tem talento. Mas essa oportunidade tem que ser dada. Existe ainda um preconceito embutido que acho muito errado. NOVAS GERAÇÕES Nova geração quer trabalhar no Google, no Facebook. Grande desafio se manter como polo criativo e continuar atraindo talentos. Jovens vêem o mundo de uma forma muito interessante e temos de trazê-los para perto da gente. O lado negativo é que na primeira frustração, eles desistem. Mas em qualquer profissão é preciso persistência, paixão, dedicação, errar, se frustrar, aprender. As agências têm que trabalhar melhor para atrair esses jovens e para conseguir mantê-los mesmo quando houver uma frustração. A vida é feita muito mais de frustração do que sucesso. Por isso a gente comemora tanto quando ganha um prêmio. Tem que trazer esse jovem para o entendimento de que não é na primeira frustração que você vai pegar e vai embora. CANNES Como se avalia o resultado de uma agência? Pela criatividade. E como se mede isso? Com prêmios em um festival. Qual o maior festival? Cannes. De certa forma, é como fazer um check-up de como está sua agência. Isso mostra que você tem saúde criativa e isso faz diferença no negócio dos seus clientes. O reconhecimento internacional de Cannes faz com que você ratifique e construa reputação. É um parâmetro criativo para todas as agências. A criatividade é muito importante para o negócio do nosso cliente. RELAÇÕES PÚBLICAS Já faz uns dois anos que temos visto o RP chegando com muita força e fazendo com que as ideias ganhem uma proporção muito maior do que o investimento publicitário. É um aditivo, mas todas as ideias só funcionam pois são grandes ideias. Acho que esse é o grande ponto. Foi muito interessante ver em Cannes um novo formato de se contar histórias, comum a duas campanhas muito premiadas, Garota Destemida (criada para uma entidade que promove mulheres em conselhos de empresas, a State Street Global Advisors), e Meet Graham (para a Comissão de Acidentes de Trânsito da Austrália). As duas são esculturas e tiveram um elemento muito forte de Relações Públicas.
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Hoje na TV: o clássico espanhol Barcelona x Real Madrid, às 15h30
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08h35 Aston Villa x Chelsea Inglês, ESPN Brasil 9h Copa do Mundo de Cottbus Ginástica artística, SporTV 3 10h Audax x São Bento Paulista, SporTV 10h20 Bayern de Munique x Eintracht Frankfurt Alemão, ESPN 10h30 Corinthians x América Futsal, SporTV 2 11h Bournemouth x Manchester City Inglês, ESPN Brasil 11h Atlético de Madrid x Betis Espanhol, Fox Sports 11h Arsenal x Watford Inglês, Fox Sports 2 12h Treino oficial do GP do Bahrein F-1, SporTV 12h PSG x Nice Francês, SporTV 3 e ESPN+ 13h10 Las Palmas x Valencia Espanhol, ESPN 13h30 Liverpool x Tottenham Inglês, Fox Sports 2 13h30 Borussia Dortmund x Werder Bremen Alemão, Fox Sports 14h40 AZ Alkmaar x PSV Holandês, ESPN+ 15h30 Barcelona x Real Madrid Espanhol, ESPN Brasil 15h45 Juventus x Empoli Italiano, Fox Sports 16h Ponte Preta x Água Santa Paulista, SporTV 18h05 Chicago Fire x Philadelphia Union Americano, SporTV 2 18h30 Madureira x Fluminense Estadual do Rio, SporTV 20h Mundial de Boston Patinação artística, SporTV 2 21h30 San Antonio Spurs x Toronto Raptors NBA, SporTV 3h30 (domingo) Maratona de Paris Atletismo, SporTV
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esporte
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Hoje na TV: o clássico espanhol Barcelona x Real Madrid, às 15h3008h35 Aston Villa x Chelsea Inglês, ESPN Brasil 9h Copa do Mundo de Cottbus Ginástica artística, SporTV 3 10h Audax x São Bento Paulista, SporTV 10h20 Bayern de Munique x Eintracht Frankfurt Alemão, ESPN 10h30 Corinthians x América Futsal, SporTV 2 11h Bournemouth x Manchester City Inglês, ESPN Brasil 11h Atlético de Madrid x Betis Espanhol, Fox Sports 11h Arsenal x Watford Inglês, Fox Sports 2 12h Treino oficial do GP do Bahrein F-1, SporTV 12h PSG x Nice Francês, SporTV 3 e ESPN+ 13h10 Las Palmas x Valencia Espanhol, ESPN 13h30 Liverpool x Tottenham Inglês, Fox Sports 2 13h30 Borussia Dortmund x Werder Bremen Alemão, Fox Sports 14h40 AZ Alkmaar x PSV Holandês, ESPN+ 15h30 Barcelona x Real Madrid Espanhol, ESPN Brasil 15h45 Juventus x Empoli Italiano, Fox Sports 16h Ponte Preta x Água Santa Paulista, SporTV 18h05 Chicago Fire x Philadelphia Union Americano, SporTV 2 18h30 Madureira x Fluminense Estadual do Rio, SporTV 20h Mundial de Boston Patinação artística, SporTV 2 21h30 San Antonio Spurs x Toronto Raptors NBA, SporTV 3h30 (domingo) Maratona de Paris Atletismo, SporTV
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Hoje na TV: Manchester United x Tottenham, Campeonato Inglês
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8h45 Man.United x Tottenham Inglês, ESPN Brasil 11h Brasil x Uruguai Basquete, SporTV2 11h30 Natação - finais Mundial de Kazan, SporTV 16h Nice x Monaco Francês, SporTV 16h Polo aquático - final Mundial de Kazan, SporTV3 20h40 Orlando x Philadelphia MLS, SporTV3
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esporte
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Hoje na TV: Manchester United x Tottenham, Campeonato Inglês8h45 Man.United x Tottenham Inglês, ESPN Brasil 11h Brasil x Uruguai Basquete, SporTV2 11h30 Natação - finais Mundial de Kazan, SporTV 16h Nice x Monaco Francês, SporTV 16h Polo aquático - final Mundial de Kazan, SporTV3 20h40 Orlando x Philadelphia MLS, SporTV3
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Microsoft muda comando no Brasil; Paula Bellizia assume como presidente
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A Microsoft anunciou nesta segunda-feira (29) que Paula Bellizia foi nomeada presidente da operação brasileira a partir de 1º de julho, substituindo Mariano de Beer, que assumirá o cargo de presidente de novos mercados da América Latina. Segundo comunicado enviado pela Microsoft, Paula trabalhou na empresa de 2002 a 2012 e agora retornou à companhia para ficar à frente da operação brasileira. A executiva tem mais de 22 anos de experiência na indústria, tendo recentemente presidido a Apple no Brasil. Antes disso, foi diretora de vendas para pequenas e médias empresas do Facebook na América Latina.
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Microsoft muda comando no Brasil; Paula Bellizia assume como presidenteA Microsoft anunciou nesta segunda-feira (29) que Paula Bellizia foi nomeada presidente da operação brasileira a partir de 1º de julho, substituindo Mariano de Beer, que assumirá o cargo de presidente de novos mercados da América Latina. Segundo comunicado enviado pela Microsoft, Paula trabalhou na empresa de 2002 a 2012 e agora retornou à companhia para ficar à frente da operação brasileira. A executiva tem mais de 22 anos de experiência na indústria, tendo recentemente presidido a Apple no Brasil. Antes disso, foi diretora de vendas para pequenas e médias empresas do Facebook na América Latina.
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Palmeiras agenda reunião para definir renovação de Prass
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O goleiro Fernando Prass, 37, afirmou que deverá começar a discutir sua renovação contratual com o Palmeiras na próxima quarta-feira (5). De acordo com ele, a reunião foi agendada pelo presidente palmeirense, Paulo Nobre. "No começo da semana, o Paulo [Nobre, presidente] pediu para conversar comigo agora na quarta-feira, quando vamos nos reapresentar. Provavelmente, vamos sentar e conversar na quarta-feira", disse Fernando Prass, que tem contrato com o Palmeiras até o final da temporada. O goleiro já manifestou diversas vezes o desejo de permanecer no clube. Ele chegou ao Palmeiras em janeiro de 2013 após uma longa passagem pelo Vasco. O Palmeiras volta a campo no próximo domingo (9), quando enfrenta o Cruzeiro no Mineirão. Com a derrota para o Atlético-PR por 1 a 0 em casa, o time caiu para a sexta colocação com 28 pontos —um a menos do que o Sport, quarto colocado.
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esporte
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Palmeiras agenda reunião para definir renovação de PrassO goleiro Fernando Prass, 37, afirmou que deverá começar a discutir sua renovação contratual com o Palmeiras na próxima quarta-feira (5). De acordo com ele, a reunião foi agendada pelo presidente palmeirense, Paulo Nobre. "No começo da semana, o Paulo [Nobre, presidente] pediu para conversar comigo agora na quarta-feira, quando vamos nos reapresentar. Provavelmente, vamos sentar e conversar na quarta-feira", disse Fernando Prass, que tem contrato com o Palmeiras até o final da temporada. O goleiro já manifestou diversas vezes o desejo de permanecer no clube. Ele chegou ao Palmeiras em janeiro de 2013 após uma longa passagem pelo Vasco. O Palmeiras volta a campo no próximo domingo (9), quando enfrenta o Cruzeiro no Mineirão. Com a derrota para o Atlético-PR por 1 a 0 em casa, o time caiu para a sexta colocação com 28 pontos —um a menos do que o Sport, quarto colocado.
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A história dirá se o impeachment de Dilma é um golpe, afirma leitora
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IMPEACHMENT Manchete da Folha nesta quinta (25/8): "Temer diz já ter votos para o impeachment de Dilma". Resta saber: "ter" (ou "contar com") os votos significa o quê? São votos de senadores que ele, o maior interessado, conquistou, convenceu por meio de barganhas ou foram votos simplesmente comprados? De onde vem tanta certeza? Infelizmente, ninguém se interessou em saber. A história, certamente, há de registrar se o impeachment foi ou não um golpe. MARIA DO SOCORRO NOVAES (Ribeirão Preto, SP) * Procurei e não encontrei na Constituição Federal a possibilidade de um presidente da República ser eleito por processo antidemocrático. Portanto a expressão "presidenta eleita democraticamente" é redundante. Seu uso exaustivo pela defesa da presidente afastada é falacioso, não afeta os congressistas conhecedores da Constituição e só pode ser interpretado como tentativa de iludir eleitores que acompanham o processo de impeachment pela mídia. CLÁUDIO BETTINI (Niterói, RJ) * A influência de Michel Temer sobre os senadores no processo de impeachment cerceia o direito de defesa da presidente Dilma e transforma o impeachment em uma eleição indireta, sem previsão constitucional, escancarando o golpe. De Dilma foram tirados mecanismos de locomoção que ajudariam na sua defesa. Além disso, ela não tem a máquina pública, da qual se utiliza seu algoz para "convencer" os senadores. Estamos diante de um golpe bizarro. LAERCIO DA SILVA, juiz (Santana de Parnaíba, SP) * Excelente o artigo de Clóvis Rossi. De forma simples e precisa, ele mostra que a verdade não está nem de um lado, nem de outro, diferentemente do que os radicais (de ambos os lados) têm tentado convencer a todos. Ao mesmo tempo, entretanto, em que o impeachment não é golpe (ou será que é?), o grande risco é que, graças ao bom e velho jeitinho brasileiro, tudo mude para que, ao final, nada mude. LUIZ DANIEL DE CAMPOS (São Paulo, SP) - OPERAÇÃO LAVA JATO Causa estranheza Gilmar Mendes criticar as propostas do MPF. Por outro lado, um magistrado que considerou a Lei da Ficha Limpa uma sandice, que colaborou com a derrocada da Operação Satiagraha e que foi contrário à proibição de doações milionárias de pessoas jurídicas a campanhas eleitorais não pode surpreender nem a comunidade jurídica nem nós, pobres brasileiros. Permanecemos incautos, mas confiantes de que Sergios Moros e Joaquins Barbosa hão de surgir para provar que podemos, sim, ter leis para todos ("Condução da Lava Jato leva a embate entre Mendes e Janot", "Poder", 24/8). ROBERTO TAIRA (São Paulo, SP) * É impressionante o esforço da Folha para proteger o ministro José Serra. As reportagens sobre a delação da OAS nunca mencionam o ministro. Para saber se ele foi citado pela empresa, é preciso ler os jornais do Rio de Janeiro. Lamentável! JAKELINE CASTRO ANDRADE (Jataí, GO) - AUMENTO DE IMPOSTOS Temos que lutar para reduzir impostos sem reduzir os direitos. Que tal pautarmos jornadas flexíveis e salário menor que o mínimo para jornadas menores que 44 horas semanais? E também o fim da multa de 10% (herança tucana) nas demissões. Deveríamos reduzir impostos sobre mão de obra e sobretaxar importações. Muitas redes de lojas vendem praticamente só importados, produzidos só Deus sabe como, em detrimento da produção nacional. WILSON RONALDO DE OLIVEIRA (Curitiba, PR) - UNIVERSIDADES FEDERAIS Rogério Cezar de Cerqueira Leite aponta com extrema clareza as mazelas infligidas às universidades federais pelo agressivo e destrutivo corporativismo de professores, alunos e funcionários. Digna de nota é a lembrança de que é a sociedade que sustenta tais universidades e, portanto, elas não devem ser dirigidas por corporações que, por meio de pretensos sufrágios democráticos, tomaram-nas de assalto em benefício próprio. AGOSTINHO SEBASTIÃO SPÍNOLA (São Paulo, SP) * Gostaria de parabenizar Rogério Cezar de Cerqueira Leite pelo seu pertinente artigo. É muito frustrante conviver com colegas de universidade federais que, por trabalharem em regime de dedicação exclusiva, deveriam realizar pesquisas de interesse científico e tecnológico para o país, mas passam suas vidas acadêmicas sem publicar um único artigo em revista de relevância internacional. CARLOS RICARDO SOCCOL (Curitiba, PR) - OLIMPÍADA Fiquei muito emocionada e com lágrimas nos olhos ao ler o artigo "O choro do neto", de João Carlos Martins. É maravilhoso imaginar Bernardinho e Zé Roberto juntos recebendo medalhas de ouro em Tóquio. GABRIELA PRADO (Poços de Caldas, MG) - PREÇO DOS LIVROS O livro, que já é caro no país, agora ficará inviável. Parece uma estratégia complexa para impedir o acesso à formação e à informação, somada a outros desmontes brancos que estão acontecendo na educação e na cultura. "Livre do livro" poderia ser o slogan da administração que está tomando conta do Brasil. ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP) - ELEIÇÕES MUNICIPAIS A propósito de afirmação do editorial "Hora da inverdade", esclareço que exerci, em 1958, o honroso cargo de secretária de Educação do município de Campina Grande (PB), em substituição ao então secretário Edivaldo do Ó, informação que pode ser confirmada no livro "Uma Graúna no Ibirapuera" (de Elvira de Oliveira, ed. Busca Vida, 1988). Não houve, portanto, inverdade na informação. LUIZA ERUNDINA, deputada federal (PSOL) e candidata à Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP) * NOTA DA REDAÇÃO - O editorial diz que Luiza Erundina foi diretora, não secretária, conforme o ato oficial da Prefeitura de Campina Grande de 1º de abril de 1958, que a designou "para responder pela Diretoria de Educação e Cultura, até ulterior deliberação". - RELATÓRIO DO TCE A Folha distorce informações no editorial "Compêndio de falcatruas". A FDE prestou todos os esclarecimentos, ponto a ponto, ao TCE, que nunca apresentou decisão. Bastaria apuração mínima do jornal para descobrir, por exemplo, que o elevador foi suprimido do contrato com a assinatura de um termo aditivo, já que o projeto original da escola mudou por conta do tombamento histórico da cidade. Se quisesse informar, diria ainda que a empresa que entregou os ventiladores previstos mantém contratos com outros órgãos público até hoje. RONALDO TENÓRIO, coordenador da assessoria de imprensa da Secretaria da Educação (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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A história dirá se o impeachment de Dilma é um golpe, afirma leitoraIMPEACHMENT Manchete da Folha nesta quinta (25/8): "Temer diz já ter votos para o impeachment de Dilma". Resta saber: "ter" (ou "contar com") os votos significa o quê? São votos de senadores que ele, o maior interessado, conquistou, convenceu por meio de barganhas ou foram votos simplesmente comprados? De onde vem tanta certeza? Infelizmente, ninguém se interessou em saber. A história, certamente, há de registrar se o impeachment foi ou não um golpe. MARIA DO SOCORRO NOVAES (Ribeirão Preto, SP) * Procurei e não encontrei na Constituição Federal a possibilidade de um presidente da República ser eleito por processo antidemocrático. Portanto a expressão "presidenta eleita democraticamente" é redundante. Seu uso exaustivo pela defesa da presidente afastada é falacioso, não afeta os congressistas conhecedores da Constituição e só pode ser interpretado como tentativa de iludir eleitores que acompanham o processo de impeachment pela mídia. CLÁUDIO BETTINI (Niterói, RJ) * A influência de Michel Temer sobre os senadores no processo de impeachment cerceia o direito de defesa da presidente Dilma e transforma o impeachment em uma eleição indireta, sem previsão constitucional, escancarando o golpe. De Dilma foram tirados mecanismos de locomoção que ajudariam na sua defesa. Além disso, ela não tem a máquina pública, da qual se utiliza seu algoz para "convencer" os senadores. Estamos diante de um golpe bizarro. LAERCIO DA SILVA, juiz (Santana de Parnaíba, SP) * Excelente o artigo de Clóvis Rossi. De forma simples e precisa, ele mostra que a verdade não está nem de um lado, nem de outro, diferentemente do que os radicais (de ambos os lados) têm tentado convencer a todos. Ao mesmo tempo, entretanto, em que o impeachment não é golpe (ou será que é?), o grande risco é que, graças ao bom e velho jeitinho brasileiro, tudo mude para que, ao final, nada mude. LUIZ DANIEL DE CAMPOS (São Paulo, SP) - OPERAÇÃO LAVA JATO Causa estranheza Gilmar Mendes criticar as propostas do MPF. Por outro lado, um magistrado que considerou a Lei da Ficha Limpa uma sandice, que colaborou com a derrocada da Operação Satiagraha e que foi contrário à proibição de doações milionárias de pessoas jurídicas a campanhas eleitorais não pode surpreender nem a comunidade jurídica nem nós, pobres brasileiros. Permanecemos incautos, mas confiantes de que Sergios Moros e Joaquins Barbosa hão de surgir para provar que podemos, sim, ter leis para todos ("Condução da Lava Jato leva a embate entre Mendes e Janot", "Poder", 24/8). ROBERTO TAIRA (São Paulo, SP) * É impressionante o esforço da Folha para proteger o ministro José Serra. As reportagens sobre a delação da OAS nunca mencionam o ministro. Para saber se ele foi citado pela empresa, é preciso ler os jornais do Rio de Janeiro. Lamentável! JAKELINE CASTRO ANDRADE (Jataí, GO) - AUMENTO DE IMPOSTOS Temos que lutar para reduzir impostos sem reduzir os direitos. Que tal pautarmos jornadas flexíveis e salário menor que o mínimo para jornadas menores que 44 horas semanais? E também o fim da multa de 10% (herança tucana) nas demissões. Deveríamos reduzir impostos sobre mão de obra e sobretaxar importações. Muitas redes de lojas vendem praticamente só importados, produzidos só Deus sabe como, em detrimento da produção nacional. WILSON RONALDO DE OLIVEIRA (Curitiba, PR) - UNIVERSIDADES FEDERAIS Rogério Cezar de Cerqueira Leite aponta com extrema clareza as mazelas infligidas às universidades federais pelo agressivo e destrutivo corporativismo de professores, alunos e funcionários. Digna de nota é a lembrança de que é a sociedade que sustenta tais universidades e, portanto, elas não devem ser dirigidas por corporações que, por meio de pretensos sufrágios democráticos, tomaram-nas de assalto em benefício próprio. AGOSTINHO SEBASTIÃO SPÍNOLA (São Paulo, SP) * Gostaria de parabenizar Rogério Cezar de Cerqueira Leite pelo seu pertinente artigo. É muito frustrante conviver com colegas de universidade federais que, por trabalharem em regime de dedicação exclusiva, deveriam realizar pesquisas de interesse científico e tecnológico para o país, mas passam suas vidas acadêmicas sem publicar um único artigo em revista de relevância internacional. CARLOS RICARDO SOCCOL (Curitiba, PR) - OLIMPÍADA Fiquei muito emocionada e com lágrimas nos olhos ao ler o artigo "O choro do neto", de João Carlos Martins. É maravilhoso imaginar Bernardinho e Zé Roberto juntos recebendo medalhas de ouro em Tóquio. GABRIELA PRADO (Poços de Caldas, MG) - PREÇO DOS LIVROS O livro, que já é caro no país, agora ficará inviável. Parece uma estratégia complexa para impedir o acesso à formação e à informação, somada a outros desmontes brancos que estão acontecendo na educação e na cultura. "Livre do livro" poderia ser o slogan da administração que está tomando conta do Brasil. ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Campinas, SP) - ELEIÇÕES MUNICIPAIS A propósito de afirmação do editorial "Hora da inverdade", esclareço que exerci, em 1958, o honroso cargo de secretária de Educação do município de Campina Grande (PB), em substituição ao então secretário Edivaldo do Ó, informação que pode ser confirmada no livro "Uma Graúna no Ibirapuera" (de Elvira de Oliveira, ed. Busca Vida, 1988). Não houve, portanto, inverdade na informação. LUIZA ERUNDINA, deputada federal (PSOL) e candidata à Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP) * NOTA DA REDAÇÃO - O editorial diz que Luiza Erundina foi diretora, não secretária, conforme o ato oficial da Prefeitura de Campina Grande de 1º de abril de 1958, que a designou "para responder pela Diretoria de Educação e Cultura, até ulterior deliberação". - RELATÓRIO DO TCE A Folha distorce informações no editorial "Compêndio de falcatruas". A FDE prestou todos os esclarecimentos, ponto a ponto, ao TCE, que nunca apresentou decisão. Bastaria apuração mínima do jornal para descobrir, por exemplo, que o elevador foi suprimido do contrato com a assinatura de um termo aditivo, já que o projeto original da escola mudou por conta do tombamento histórico da cidade. Se quisesse informar, diria ainda que a empresa que entregou os ventiladores previstos mantém contratos com outros órgãos público até hoje. RONALDO TENÓRIO, coordenador da assessoria de imprensa da Secretaria da Educação (São Paulo, SP) - PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Após aumentar salários, empresário enfrenta demissões e acusações
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Há momentos em que Dan Price tem a sensação de que tropeçou em uma bandeira no meio da rua e de repente se viu à frente de uma passeata. Há três meses, Price, 31, anunciou a adoção de um salário mínimo de US$ 70 mil por ano para os 120 funcionários da sua empresa, a Gravity Payments, de Seattle, que se dedica a processar pagamentos com cartões de crédito. Para isso, reduziria a sua própria renda, da ordem de US$ 1 milhão. A ideia surgiu quando uma amiga comentou sobre a dificuldade de pagar o aluguel e o financiamento educacional com um salário de US$ 40 mil por ano. Ele percebeu que vários de seus funcionários ganhavam isso ou menos. "Quero lutar pela ideia de que quem é inteligente, trabalhador e faz um bom serviço tem o direito de viver um estilo de vida de classe média", afirmou. Quase da noite para o dia, a decisão de um pequeno empresário se tornou um golpe contra a disparidade de renda.A medida chamou a atenção no mundo todo. Programas de TV fazem fila para entrevistar Price. Milhares de pessoas lhe enviaram seus currículos. Ele foi chamado de "líder do pensamento". Professores de administração de Harvard viajaram para estudar o seu caso. Solteiras pediram para sair com ele. Despertar tanta atenção foi algo emocionante, mas também acarretou desgaste e perturbação. Simpáticos ao anúncio de Price, dezenas de novos clientes contrataram seus serviços, mas essas contas só vão começar a render dentro de pelo menos um ano. Enquanto isso, outros clientes, consternados com o que encararam como uma declaração política, deixaram de trabalhar com a Gravity. Outros ainda, antecipando um aumento das tarifas, pularam fora. Alguns amigos e colegas dentro da coesa rede empreendedora de Seattle se ressentiram da decisão de Price, que os fez parecer mesquinhos perante os seus respectivos empregados. Dois dos funcionários mais valorizados de Price pediram demissão, em parte por considerarem injusto duplicar o pagamento de alguns recém-contratados, enquanto os veteranos da empresa receberam pouco ou nenhum aumento. Então, menos de duas semanas após o anúncio, Lucas Price, irmão e sócio de Dan, moveu uma ação judicial que ameaça a própria sobrevivência da Gravity. Lucas exige que Dan compre a sua participação de 30% na empresa, por uma quantia não revelada. Ele citou questões supostamente anteriores ao aumento salarial geral. Além de fornecer aparelhos e softwares usados no varejo para vendas com cartão, a Gravity se encarrega da transferência rápida e segura do dinheiro entre comprador, banco e comerciante. A empresa processou no ano passado US$ 6,5 bilhões em vendas de seus 12 mil clientes, a maioria pequenas e médias empresas. Price começou a atrair clientes há mais de 11 anos no mercado Pike Place, no centro de Seattle. Na época, o então aluno da Universidade Pacific Seattle, uma pequena faculdade cristã, ia de quiosque em quiosque cumprimentando os vendedores e anotando telefones. Cerca de 70% dos varejistas que trabalham nesse mercado quase centenário usam a Gravity para processar seus pagamentos com cartão, segundo Price. Na barraca Pure Food Fish, Solly Amon, 86, disse que não se incomodou com a nova política salarial de Price. "Ele cuida dos negócios dele, e eu cuido do meu." Brian Canlis, dono de um restaurante, disse que tem apreço por Price, mas que ficou desconcertado com as ações dele. Canlis já está receoso quanto às consequências do novo salário mínimo de Seattle, que subiu em abril para US$ 11 por hora e dentro de cinco anos deve chegar a US$ 15 por hora para pequenas empresas. Porém, qualquer plano que tiver o potencial, como diz Price, de "incendiar o mundo" deixará algumas pessoas horrorizadas. Segundo ele, outras empresas deveriam seguir o seu exemplo, entre outras razões, para evitar tanta regulamentação governamental. Leah Brajcich, supervisora de vendas na Gravity, recebeu queixas de vários clientes que acusaram seu chefe de ser comunista ou socialista. Alguns receavam que o custo do serviço fosse subir ou que a qualidade fosse decair. "Qual é o incentivo deles para se apressarem se você lhes paga tanto?", perguntou um cliente a Brajcich. Price não se inspira em Karl Marx, e sim em Russell Conwell, pastor batista e fundador da Universidade Temple, que fundiu capitalismo e cristianismo em seu discurso "Acres de diamantes". "Ganhar dinheiro honestamente é pregar o Evangelho", exortava Conwell. Ficar rico "é nosso dever como cristãos e tementes a Deus". Price costumava ouvir uma gravação desse discurso em fita cassete quando era menino na zona rural de Idaho. Ele foi educado em casa até os 12 anos, e nesse período aprendeu a aceitar a Bíblia como verdade literal —embora hoje se diga menos religioso. Sua motivação para o sucesso e seu aguerrido compromisso de ajudar pequenas empresas e superar padrões fez com que outros idealistas se aglutinassem em torno dele. Alguns até tiraram licenças para trabalhar na Gravity. Maisey McMaster foi um desses discípulos. Hoje com 26 anos, ela entrou na empresa há cinco anos e, após muitas horas extras, chegou a gerente financeira. Ela ajudou Price a calcular se a empresa teria condições de elevar progressivamente todos os salários até US$ 70 mil ao longo de três anos e inicialmente se deixou levar pelo entusiasmo. Porém, quanto mais ela pensava nisso, mais se incomodava com alguns detalhes. "Ele deu aumentos para as pessoas menos qualificadas e menos comprometidas com suas tarefas. Quem assumia a maior parte do trabalho não recebeu um aumento tão grande", disse. Dias depois do anúncio, ela decidiu conversar com Price. "Ele me tratou como se eu estivesse sendo egoísta e só pensando em mim", afirmou. "Fiquei magoada. Eu estava falando não só de mim, mas de todos na minha posição." Ela pediu demissão. Price, que exaltou o talento de McMaster, disse que ela não está errada. "Não há maneira perfeita de fazer isso, e não há maneira de lidar com questões trabalhistas complexas sem nenhum lado negativo ou contrapartida", disse. "Apresentei a melhor solução que pude." Ao menos por enquanto, Price sem dúvida fez uma diferença imediata para a vida de muitos dos seus funcionários. José Garcia, 30, que supervisiona uma equipe de equipamentos, pôde se mudar para uma casa dentro da cidade e trocou os surrados pneus do seu carro. Cody Boorman, 22, que trabalha de casa, no leste do Estado de Washington, lidando com operações, disse que ele e sua mulher finalmente se sentiram seguros para ter filhos. Houve outras reverberações. Mario Zahariev, gerente do Pop's Pizza & Pasta, contratou os serviços da Gravity após saber da notícia. Quando soube que as taxas que paga pelo processamento das compras com cartão cairiam de US$ 1.700 para US$ 900, ele decidiu que "não ficaria com essa diferença". Usou o valor economizado para elevar o salário dos seus oito funcionários.
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Após aumentar salários, empresário enfrenta demissões e acusaçõesHá momentos em que Dan Price tem a sensação de que tropeçou em uma bandeira no meio da rua e de repente se viu à frente de uma passeata. Há três meses, Price, 31, anunciou a adoção de um salário mínimo de US$ 70 mil por ano para os 120 funcionários da sua empresa, a Gravity Payments, de Seattle, que se dedica a processar pagamentos com cartões de crédito. Para isso, reduziria a sua própria renda, da ordem de US$ 1 milhão. A ideia surgiu quando uma amiga comentou sobre a dificuldade de pagar o aluguel e o financiamento educacional com um salário de US$ 40 mil por ano. Ele percebeu que vários de seus funcionários ganhavam isso ou menos. "Quero lutar pela ideia de que quem é inteligente, trabalhador e faz um bom serviço tem o direito de viver um estilo de vida de classe média", afirmou. Quase da noite para o dia, a decisão de um pequeno empresário se tornou um golpe contra a disparidade de renda.A medida chamou a atenção no mundo todo. Programas de TV fazem fila para entrevistar Price. Milhares de pessoas lhe enviaram seus currículos. Ele foi chamado de "líder do pensamento". Professores de administração de Harvard viajaram para estudar o seu caso. Solteiras pediram para sair com ele. Despertar tanta atenção foi algo emocionante, mas também acarretou desgaste e perturbação. Simpáticos ao anúncio de Price, dezenas de novos clientes contrataram seus serviços, mas essas contas só vão começar a render dentro de pelo menos um ano. Enquanto isso, outros clientes, consternados com o que encararam como uma declaração política, deixaram de trabalhar com a Gravity. Outros ainda, antecipando um aumento das tarifas, pularam fora. Alguns amigos e colegas dentro da coesa rede empreendedora de Seattle se ressentiram da decisão de Price, que os fez parecer mesquinhos perante os seus respectivos empregados. Dois dos funcionários mais valorizados de Price pediram demissão, em parte por considerarem injusto duplicar o pagamento de alguns recém-contratados, enquanto os veteranos da empresa receberam pouco ou nenhum aumento. Então, menos de duas semanas após o anúncio, Lucas Price, irmão e sócio de Dan, moveu uma ação judicial que ameaça a própria sobrevivência da Gravity. Lucas exige que Dan compre a sua participação de 30% na empresa, por uma quantia não revelada. Ele citou questões supostamente anteriores ao aumento salarial geral. Além de fornecer aparelhos e softwares usados no varejo para vendas com cartão, a Gravity se encarrega da transferência rápida e segura do dinheiro entre comprador, banco e comerciante. A empresa processou no ano passado US$ 6,5 bilhões em vendas de seus 12 mil clientes, a maioria pequenas e médias empresas. Price começou a atrair clientes há mais de 11 anos no mercado Pike Place, no centro de Seattle. Na época, o então aluno da Universidade Pacific Seattle, uma pequena faculdade cristã, ia de quiosque em quiosque cumprimentando os vendedores e anotando telefones. Cerca de 70% dos varejistas que trabalham nesse mercado quase centenário usam a Gravity para processar seus pagamentos com cartão, segundo Price. Na barraca Pure Food Fish, Solly Amon, 86, disse que não se incomodou com a nova política salarial de Price. "Ele cuida dos negócios dele, e eu cuido do meu." Brian Canlis, dono de um restaurante, disse que tem apreço por Price, mas que ficou desconcertado com as ações dele. Canlis já está receoso quanto às consequências do novo salário mínimo de Seattle, que subiu em abril para US$ 11 por hora e dentro de cinco anos deve chegar a US$ 15 por hora para pequenas empresas. Porém, qualquer plano que tiver o potencial, como diz Price, de "incendiar o mundo" deixará algumas pessoas horrorizadas. Segundo ele, outras empresas deveriam seguir o seu exemplo, entre outras razões, para evitar tanta regulamentação governamental. Leah Brajcich, supervisora de vendas na Gravity, recebeu queixas de vários clientes que acusaram seu chefe de ser comunista ou socialista. Alguns receavam que o custo do serviço fosse subir ou que a qualidade fosse decair. "Qual é o incentivo deles para se apressarem se você lhes paga tanto?", perguntou um cliente a Brajcich. Price não se inspira em Karl Marx, e sim em Russell Conwell, pastor batista e fundador da Universidade Temple, que fundiu capitalismo e cristianismo em seu discurso "Acres de diamantes". "Ganhar dinheiro honestamente é pregar o Evangelho", exortava Conwell. Ficar rico "é nosso dever como cristãos e tementes a Deus". Price costumava ouvir uma gravação desse discurso em fita cassete quando era menino na zona rural de Idaho. Ele foi educado em casa até os 12 anos, e nesse período aprendeu a aceitar a Bíblia como verdade literal —embora hoje se diga menos religioso. Sua motivação para o sucesso e seu aguerrido compromisso de ajudar pequenas empresas e superar padrões fez com que outros idealistas se aglutinassem em torno dele. Alguns até tiraram licenças para trabalhar na Gravity. Maisey McMaster foi um desses discípulos. Hoje com 26 anos, ela entrou na empresa há cinco anos e, após muitas horas extras, chegou a gerente financeira. Ela ajudou Price a calcular se a empresa teria condições de elevar progressivamente todos os salários até US$ 70 mil ao longo de três anos e inicialmente se deixou levar pelo entusiasmo. Porém, quanto mais ela pensava nisso, mais se incomodava com alguns detalhes. "Ele deu aumentos para as pessoas menos qualificadas e menos comprometidas com suas tarefas. Quem assumia a maior parte do trabalho não recebeu um aumento tão grande", disse. Dias depois do anúncio, ela decidiu conversar com Price. "Ele me tratou como se eu estivesse sendo egoísta e só pensando em mim", afirmou. "Fiquei magoada. Eu estava falando não só de mim, mas de todos na minha posição." Ela pediu demissão. Price, que exaltou o talento de McMaster, disse que ela não está errada. "Não há maneira perfeita de fazer isso, e não há maneira de lidar com questões trabalhistas complexas sem nenhum lado negativo ou contrapartida", disse. "Apresentei a melhor solução que pude." Ao menos por enquanto, Price sem dúvida fez uma diferença imediata para a vida de muitos dos seus funcionários. José Garcia, 30, que supervisiona uma equipe de equipamentos, pôde se mudar para uma casa dentro da cidade e trocou os surrados pneus do seu carro. Cody Boorman, 22, que trabalha de casa, no leste do Estado de Washington, lidando com operações, disse que ele e sua mulher finalmente se sentiram seguros para ter filhos. Houve outras reverberações. Mario Zahariev, gerente do Pop's Pizza & Pasta, contratou os serviços da Gravity após saber da notícia. Quando soube que as taxas que paga pelo processamento das compras com cartão cairiam de US$ 1.700 para US$ 900, ele decidiu que "não ficaria com essa diferença". Usou o valor economizado para elevar o salário dos seus oito funcionários.
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Auxiliar diz que questões sobre o Palmeiras têm de ser feitas a Oliveira
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Auxiliar de Marcelo Oliveira, Tico dos Santos esteve no banco de reservas na derrota do Palmeiras nesta quarta (9), 2 a 1 para o Nacional no Allianz Parque, e disse que questões sobre motivo da escalação e posicionamento dos atletas têm que ser feitas a Oliveira. Após o resultado negativo, Marcelo Oliveira foi demitido pelo clube. Um dos repórteres perguntou a Tico dos Santos sobre o posicionamento de Robinho e Dudu nesta noite– o primeiro jogou mais aberto, e Dudu centralizado. "Sobre troca de jogadores, eu estou compondo o trabalho hoje [quarta], o Marcelo [Oliveira] pode responder melhor para vocês", disse Santos. Ele ficou no banco porque Oliveira estava suspenso, pela expulsão contra o Rosario Central, na semana passada. O ex-técnico palmeirense viu o jogo de um camarotes no estádio. Tico dos Santos negou que tenha feito duas alterações no segundo tempo por pressão da torcida e por sugestão de Fernando Prass. Vinte segundos depois de a torcida pedir pelo argentino, Santos o chamou para substituir Jean. Mais tarde, o goleiro Fernando Prass deixou o gol palmeirense, quando a bola estava parada, e cochichou com Santos. Logo em seguida o interino chamou Egidio, que entrou no lugar de Thiago Martins, machucado. "O Egidio foi para fortalecer o meio. Nosso time falhou porque não conseguiu jogar pelo chão, demos muitos cruzamentos. Mas o Prass foi falar para uma mudança tática sem o Thiago Martins", disse Santos. Ele falou que a comissão técnica palmeirense, que estava pressionada após a derrota, trabalhava para corrigir erros como falhas de posicionamento na defesa e ter mais posse de bola. "Precisamos melhorar a saída de jogo, com os zagueiros, volantes e laterais. E a linha de quatro na defesa", disse o auxiliar.
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esporte
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Auxiliar diz que questões sobre o Palmeiras têm de ser feitas a OliveiraAuxiliar de Marcelo Oliveira, Tico dos Santos esteve no banco de reservas na derrota do Palmeiras nesta quarta (9), 2 a 1 para o Nacional no Allianz Parque, e disse que questões sobre motivo da escalação e posicionamento dos atletas têm que ser feitas a Oliveira. Após o resultado negativo, Marcelo Oliveira foi demitido pelo clube. Um dos repórteres perguntou a Tico dos Santos sobre o posicionamento de Robinho e Dudu nesta noite– o primeiro jogou mais aberto, e Dudu centralizado. "Sobre troca de jogadores, eu estou compondo o trabalho hoje [quarta], o Marcelo [Oliveira] pode responder melhor para vocês", disse Santos. Ele ficou no banco porque Oliveira estava suspenso, pela expulsão contra o Rosario Central, na semana passada. O ex-técnico palmeirense viu o jogo de um camarotes no estádio. Tico dos Santos negou que tenha feito duas alterações no segundo tempo por pressão da torcida e por sugestão de Fernando Prass. Vinte segundos depois de a torcida pedir pelo argentino, Santos o chamou para substituir Jean. Mais tarde, o goleiro Fernando Prass deixou o gol palmeirense, quando a bola estava parada, e cochichou com Santos. Logo em seguida o interino chamou Egidio, que entrou no lugar de Thiago Martins, machucado. "O Egidio foi para fortalecer o meio. Nosso time falhou porque não conseguiu jogar pelo chão, demos muitos cruzamentos. Mas o Prass foi falar para uma mudança tática sem o Thiago Martins", disse Santos. Ele falou que a comissão técnica palmeirense, que estava pressionada após a derrota, trabalhava para corrigir erros como falhas de posicionamento na defesa e ter mais posse de bola. "Precisamos melhorar a saída de jogo, com os zagueiros, volantes e laterais. E a linha de quatro na defesa", disse o auxiliar.
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Dilma não aprendeu a dialogar nem respeita interlocutores, afirma leitor
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Enfim uma análise justa e sem paixão de um petista. Em Grandeza histórica, o colunista André Singer relembra os encontro promovidos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com os candidatos à sua sucessão diante da crise daquele momento e compara com a atual. A diferença é que hoje temos na Presidência da República uma senhora sem traquejo político e que, a cada crise, se apequena. Dilma Rousseff não aprendeu a dialogar, pois não tem respeito com os interlocutores. A presidente corre o risco de ficar falando sozinha. Além de ser uma crise maior, os atores envolvidos são despreparados e sem compromisso com o Brasil. LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA) * * Excelente o artigo O futuro do Brasil de Levy, de Mark Weisbrot, bem diferente das arengas que os economistas neoliberais apregoam todos os dias como dogmas. Em vez de austeridade, palavra engendrada por banqueiros e especuladores internacionais, o governo deveria baixar os juros de sua própria dívida –que é, proporcionalmente, seu maior gasto– e investir nos setores sociais, em infraestrutura e segurança. Se ele fica economizando para pagar seus credores, não tem dinheiro para mais nada. CARLOS FREDERICO COELHO NOGUEIRA (São Paulo, SP) * A reforma política mais eficaz seria o compromisso de todos os atuais políticos de jamais se candidatar a novos cargos após os seus mandatos. Tal atitude traria um sopro de esperança e seria uma oportunidade para brasileiros desconhecidos manifestarem novas ideias. Os atuais mandatários têm uma imagem desgastada pelas suas atitudes nada republicanas. O povo agradeceria esse gesto de grandeza. IRIA DE SÁ DODDE (Rio de Janeiro, RJ) * O artigo De quem é a culpa?, do mestre Rogério Cezar de Cerqueira Leite, é uma corajosa aula de bom senso, de sentimento honesto, justo e pacifista. Aceitemos suas ponderações para que a nação brasileira não tenha um futuro de ódios e rancores capazes de produzir guerras fratricidas como se vê pelo mundo afora. Com humor, podemos dizer que ele jogou "espuma de extintor de incêndio" no ventilador. BENTO COELHO MARQUES DE ABREU (São Paulo, SP) * Fiquei, sinceramente, me considerando um verdadeiro idiota ao ler o que o senhor Rogério Cezar de Cerqueira Leite escreveu. Reluto em me considerar culpado de ineficiência, prepotência, má gestão, roubalheira criminosa, mentiras e engodos. Para a imprensa, que divulga os fatos, os números e as estatísticas, essa relutância deve ser ainda maior ao tentar entender o raciocínio "quântico alquimista" desse senhor. Fica difícil acreditar que uma pessoa, com formação acadêmica dita superior, tenha uma linha de raciocínio crítico tão fantasiosa. DIMAS IRAÊ DE MOURA (Uberaba, MG) * Tentemos ser racionais e realistas quando se trata de reconhecer a ineficiência e a decadência do governo de Dilma, cujos efeitos recaem em nosso dia a dia. Cabem aí as mais variadas críticas ou charges, desde que sejam apuradas, produtivas e inteligentes. Faz parte do jogo democrático. Já o mesmo não se pode dizer dessa irracionalidade, quase generalizada, que tomou conta da nossa sociedade, dirigida não aos atos, mas à pessoa da presidente. Talvez tenham se tornado mais acirradas e desrespeitosas devido ao fato de ser ela uma mulher. Em alguns postos de gasolina aqui em BH, chegaram ao ponto de simular um estupro, ao usarem uma bomba de gasolina e a figura da presidente. Será que ainda não perceberam que estamos adentrando em um processo decadência moral e social preocupante? São ataques de baixíssimo nível e altamente agressivos. O que vale pontuar: não nos resta mais nada, já perdemos tudo, inclusive a decência. ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG) * * O melhor exemplo do que se convencionou chamar de "esquerda caviar" foi encontrado na casa de José Dirceu (Reforma de casa do petista em SP custou R$ 1,8 milhão ), suspeita de ter sido reformada com dinheiro de propina: um jogo de poltronas, mesa de centro e aparador que custou R$ 140 mil. Parafraseando Joãozinho Trinta, quem gosta de miséria é intelectual, a esquerda gosta mesmo é de luxo. MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO) * Excelente o artigo de Demétrio Magnoli sobre a proposta o empresário Abilio Diniz, que pela sua trajetória e por ser um dos empresários mais fortes do Brasil demonstra somente interesse pessoal no que diz. Travestido de um discurso que "gostaria de ajudar o país", na verdade está, sim, procurando um jeito para que o lucro de suas empresas não seja prejudicado com a crise que enfrentamos no momento. Quando tudo está bem, geralmente essas personalidades costumam aparecer mais em revistas de celebridades ostentando seus bens, agora na crise aparecem para palpites puramente oportunistas. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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paineldoleitor
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Dilma não aprendeu a dialogar nem respeita interlocutores, afirma leitorEnfim uma análise justa e sem paixão de um petista. Em Grandeza histórica, o colunista André Singer relembra os encontro promovidos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com os candidatos à sua sucessão diante da crise daquele momento e compara com a atual. A diferença é que hoje temos na Presidência da República uma senhora sem traquejo político e que, a cada crise, se apequena. Dilma Rousseff não aprendeu a dialogar, pois não tem respeito com os interlocutores. A presidente corre o risco de ficar falando sozinha. Além de ser uma crise maior, os atores envolvidos são despreparados e sem compromisso com o Brasil. LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA) * * Excelente o artigo O futuro do Brasil de Levy, de Mark Weisbrot, bem diferente das arengas que os economistas neoliberais apregoam todos os dias como dogmas. Em vez de austeridade, palavra engendrada por banqueiros e especuladores internacionais, o governo deveria baixar os juros de sua própria dívida –que é, proporcionalmente, seu maior gasto– e investir nos setores sociais, em infraestrutura e segurança. Se ele fica economizando para pagar seus credores, não tem dinheiro para mais nada. CARLOS FREDERICO COELHO NOGUEIRA (São Paulo, SP) * A reforma política mais eficaz seria o compromisso de todos os atuais políticos de jamais se candidatar a novos cargos após os seus mandatos. Tal atitude traria um sopro de esperança e seria uma oportunidade para brasileiros desconhecidos manifestarem novas ideias. Os atuais mandatários têm uma imagem desgastada pelas suas atitudes nada republicanas. O povo agradeceria esse gesto de grandeza. IRIA DE SÁ DODDE (Rio de Janeiro, RJ) * O artigo De quem é a culpa?, do mestre Rogério Cezar de Cerqueira Leite, é uma corajosa aula de bom senso, de sentimento honesto, justo e pacifista. Aceitemos suas ponderações para que a nação brasileira não tenha um futuro de ódios e rancores capazes de produzir guerras fratricidas como se vê pelo mundo afora. Com humor, podemos dizer que ele jogou "espuma de extintor de incêndio" no ventilador. BENTO COELHO MARQUES DE ABREU (São Paulo, SP) * Fiquei, sinceramente, me considerando um verdadeiro idiota ao ler o que o senhor Rogério Cezar de Cerqueira Leite escreveu. Reluto em me considerar culpado de ineficiência, prepotência, má gestão, roubalheira criminosa, mentiras e engodos. Para a imprensa, que divulga os fatos, os números e as estatísticas, essa relutância deve ser ainda maior ao tentar entender o raciocínio "quântico alquimista" desse senhor. Fica difícil acreditar que uma pessoa, com formação acadêmica dita superior, tenha uma linha de raciocínio crítico tão fantasiosa. DIMAS IRAÊ DE MOURA (Uberaba, MG) * Tentemos ser racionais e realistas quando se trata de reconhecer a ineficiência e a decadência do governo de Dilma, cujos efeitos recaem em nosso dia a dia. Cabem aí as mais variadas críticas ou charges, desde que sejam apuradas, produtivas e inteligentes. Faz parte do jogo democrático. Já o mesmo não se pode dizer dessa irracionalidade, quase generalizada, que tomou conta da nossa sociedade, dirigida não aos atos, mas à pessoa da presidente. Talvez tenham se tornado mais acirradas e desrespeitosas devido ao fato de ser ela uma mulher. Em alguns postos de gasolina aqui em BH, chegaram ao ponto de simular um estupro, ao usarem uma bomba de gasolina e a figura da presidente. Será que ainda não perceberam que estamos adentrando em um processo decadência moral e social preocupante? São ataques de baixíssimo nível e altamente agressivos. O que vale pontuar: não nos resta mais nada, já perdemos tudo, inclusive a decência. ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG) * * O melhor exemplo do que se convencionou chamar de "esquerda caviar" foi encontrado na casa de José Dirceu (Reforma de casa do petista em SP custou R$ 1,8 milhão ), suspeita de ter sido reformada com dinheiro de propina: um jogo de poltronas, mesa de centro e aparador que custou R$ 140 mil. Parafraseando Joãozinho Trinta, quem gosta de miséria é intelectual, a esquerda gosta mesmo é de luxo. MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO) * Excelente o artigo de Demétrio Magnoli sobre a proposta o empresário Abilio Diniz, que pela sua trajetória e por ser um dos empresários mais fortes do Brasil demonstra somente interesse pessoal no que diz. Travestido de um discurso que "gostaria de ajudar o país", na verdade está, sim, procurando um jeito para que o lucro de suas empresas não seja prejudicado com a crise que enfrentamos no momento. Quando tudo está bem, geralmente essas personalidades costumam aparecer mais em revistas de celebridades ostentando seus bens, agora na crise aparecem para palpites puramente oportunistas. ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Agüero quebra costela em acidente de carro e desfalca City por dois meses
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Kun Agüero ficará longe do futebol por pelo menos dois meses. O atacante do Manchester City fraturou a costela na noite desta quinta-feira (28) em um acidente de carro em Amsterdam, na Holanda. O jogador voltava ao aeroporto de táxi após assistir ao show do cantor colombiano Maluma, no qual chegou a publicar imagens e vídeos no Instagram. O artista até foi presenteado com uma camisa do City. A informação foi inicialmente publicada pelo canal argentino TyC Sports, que destaca o fato de que Agüero não poderá defender a seleção nas Eliminatórias. Segundo o diário Olé, o jogador só não teve maiores complicações porque usava o cinto de segurança no momento em que o veículo se chocou com um poste. Agüero está a um gol de se tornar o maior artilheiro da história do City: são 176 gols contra 177 de Eric Brook, que defendeu o clube na década de 30. Com o atleta fora de combate por um tempo, a tendência é de que Gabriel Jesus receba do técnico Guardiola mais oportunidades em sua função preferida, a de centroavante. O brasileiro vinha atuando como ponta quando dividia o ataque com Agüero. Nesta terça (26), na vitória do City sobre o Shakhtar Donetsk, o argentino perdeu um pênalti e foi defendido por De Bruyne: "mesmo com ele tendo perdido hoje, nós confiamos nele e ele ainda converterá alguns pênaltis na carreira." Na segunda-feira (25), a lenda Thierry Henry disse que a Premier League só dispõe de um jogador de nível mundial na posição que o consagrou: o próprio Kun Agüero. "O mais próximo de ser um jogador de nível mundial, ou que já é de nível mundial, é o Agüero. Digo isso pela longevidade dos feitos que ele tem conquistado no Campeonato Inglês, ano após ano", opinou o ex-atleta no programa Monday Night Football, da Sky Sports. "Nós sempre debatemos isso, mas o Agüero é quem está mais próximo desse status", acrescentou.
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esporte
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Agüero quebra costela em acidente de carro e desfalca City por dois mesesKun Agüero ficará longe do futebol por pelo menos dois meses. O atacante do Manchester City fraturou a costela na noite desta quinta-feira (28) em um acidente de carro em Amsterdam, na Holanda. O jogador voltava ao aeroporto de táxi após assistir ao show do cantor colombiano Maluma, no qual chegou a publicar imagens e vídeos no Instagram. O artista até foi presenteado com uma camisa do City. A informação foi inicialmente publicada pelo canal argentino TyC Sports, que destaca o fato de que Agüero não poderá defender a seleção nas Eliminatórias. Segundo o diário Olé, o jogador só não teve maiores complicações porque usava o cinto de segurança no momento em que o veículo se chocou com um poste. Agüero está a um gol de se tornar o maior artilheiro da história do City: são 176 gols contra 177 de Eric Brook, que defendeu o clube na década de 30. Com o atleta fora de combate por um tempo, a tendência é de que Gabriel Jesus receba do técnico Guardiola mais oportunidades em sua função preferida, a de centroavante. O brasileiro vinha atuando como ponta quando dividia o ataque com Agüero. Nesta terça (26), na vitória do City sobre o Shakhtar Donetsk, o argentino perdeu um pênalti e foi defendido por De Bruyne: "mesmo com ele tendo perdido hoje, nós confiamos nele e ele ainda converterá alguns pênaltis na carreira." Na segunda-feira (25), a lenda Thierry Henry disse que a Premier League só dispõe de um jogador de nível mundial na posição que o consagrou: o próprio Kun Agüero. "O mais próximo de ser um jogador de nível mundial, ou que já é de nível mundial, é o Agüero. Digo isso pela longevidade dos feitos que ele tem conquistado no Campeonato Inglês, ano após ano", opinou o ex-atleta no programa Monday Night Football, da Sky Sports. "Nós sempre debatemos isso, mas o Agüero é quem está mais próximo desse status", acrescentou.
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Beber moderadamente é seguro? Quatro mitos sobre o consumo de álcool
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Uma campanha britânica está propondo às pessoas que passem 31 dias sem consumir álcool, defendendo que a prática traz benefícios à saúde que vão de perda de quilos extras a um sono melhor. A iniciativa, chamada Dry January ("Janeiro seco", em tradução literal), ganhou a adesão do médico e apresentador da BBC Michael Mosley. Para mostrar os efeitos do álcool nos processos químicos de seu corpo, Mosley se submeteu a uma série prévia de exames de sangue e fará outra rodada assim que o desafio chegar ao fim. Enquanto os resultados não saem, Mosley conversou com especialistas para descobrir a verdade sobre mitos espalhados há décadas - ou por séculos? - a respeito dos efeitos do consumo de álcool, alguns deles relacionados a supostos benefícios à saúde. Leia também: Dez truques para usar melhor o WhatsApp Siga a BBC Brasil no Facebook e no Twitter Confira, abaixo, respostas para quatro deles: Infelizmente, explica Mosley, qualquer quantidade de álcool que você ingerir irá provocar um aumento nos riscos de desenvolver algumas formas de câncer - particularmente câncer de mama -, incluindo algumas ocorrências mais raras da doença, em partes do corpo como cabeça, pescoço e garganta. É claro que esses riscos são menores quando se bebe moderadamente, mas eles tendem a crescer bastante rápido conforme a ingestão de drinques avance. O apresentador da BBC conversou com o professor Tim Stockwell, diretor do Centro de Pesquisas sobre Dependência Química da Universidade de Victoria, no Canadá. O pesquisador tem prestado consultoria a diversos governos, inclusive o de seu país, sobre recomendações a respeito do consumo dessas bebidas. Leia também: Contos de fadas têm origem pré-histórica, diz pesquisa Segundo a apuração de Michael Mosley, beber moderadamente também é prejudicial Ele acredita não haver nenhuma vantagem bioquímica no hábito de beber, embora reconheça que o consumo moderado possa trazer eventuais "benefícios sociais". "Há ao menos 60 formas diferentes de o álcool te fazer mal ou matar", afirmou. "E não apenas por meio de doenças óbvias, como as de fígado." Segundo Stockwell, o consumo de bebidas alcoólicas, em qualquer quantidade, aumenta o risco de mulheres desenvolverem câncer de mama. "Teríamos 10% a menos de mortes no mundo por causa dessa doença se ninguém bebesse", alerta. Para ele, os estudos que apontam que beber moderadamente não faz mal consideram como abstêmios até mesmo ex-alcoólatras e pessoas de saúde ruim, o que prejudica seus resultados. Leia também: 'Aos 3 anos meu filho queria ser menina' Leia também: Por que as barbas podem esconder um segredo contra infecções Na verdade, explica Mosley, não interessa muito que tipos de álcool há nos drinques que você está bebendo: o resultado será o mesmo. Uma das exceções é quando é feito o uso de bebidas com bolhas, como champanhe, por exemplo. O motivo é que elas relaxam os músculos que controlam a passagem de álcool e comida entre o estômago e o intestino delgado, onde as substâncias passam a ser absorvidas pelo organismo. Ou seja, se você tomar champanhe e, logo em seguida, partir para a cerveja, essa segunda bebida chegará ao intestino delgado, te deixando bêbado muito mais rápido. Leia também: Conheça a 'planta milagrosa' que teria curado Fidel Trata-se de outro mito, de acordo com o apresentador da BBC. Segundo Mosley, todo o álcool que você consumiu vai continuar no seu corpo até ser totalmente metabolizado, mesmo que você tome uma jarra inteira de café na manhã seguinte. O máximo que a cafeína pode fazer é te deixar um pouco mais desperto durante a ressaca.
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bbc
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Beber moderadamente é seguro? Quatro mitos sobre o consumo de álcoolUma campanha britânica está propondo às pessoas que passem 31 dias sem consumir álcool, defendendo que a prática traz benefícios à saúde que vão de perda de quilos extras a um sono melhor. A iniciativa, chamada Dry January ("Janeiro seco", em tradução literal), ganhou a adesão do médico e apresentador da BBC Michael Mosley. Para mostrar os efeitos do álcool nos processos químicos de seu corpo, Mosley se submeteu a uma série prévia de exames de sangue e fará outra rodada assim que o desafio chegar ao fim. Enquanto os resultados não saem, Mosley conversou com especialistas para descobrir a verdade sobre mitos espalhados há décadas - ou por séculos? - a respeito dos efeitos do consumo de álcool, alguns deles relacionados a supostos benefícios à saúde. Leia também: Dez truques para usar melhor o WhatsApp Siga a BBC Brasil no Facebook e no Twitter Confira, abaixo, respostas para quatro deles: Infelizmente, explica Mosley, qualquer quantidade de álcool que você ingerir irá provocar um aumento nos riscos de desenvolver algumas formas de câncer - particularmente câncer de mama -, incluindo algumas ocorrências mais raras da doença, em partes do corpo como cabeça, pescoço e garganta. É claro que esses riscos são menores quando se bebe moderadamente, mas eles tendem a crescer bastante rápido conforme a ingestão de drinques avance. O apresentador da BBC conversou com o professor Tim Stockwell, diretor do Centro de Pesquisas sobre Dependência Química da Universidade de Victoria, no Canadá. O pesquisador tem prestado consultoria a diversos governos, inclusive o de seu país, sobre recomendações a respeito do consumo dessas bebidas. Leia também: Contos de fadas têm origem pré-histórica, diz pesquisa Segundo a apuração de Michael Mosley, beber moderadamente também é prejudicial Ele acredita não haver nenhuma vantagem bioquímica no hábito de beber, embora reconheça que o consumo moderado possa trazer eventuais "benefícios sociais". "Há ao menos 60 formas diferentes de o álcool te fazer mal ou matar", afirmou. "E não apenas por meio de doenças óbvias, como as de fígado." Segundo Stockwell, o consumo de bebidas alcoólicas, em qualquer quantidade, aumenta o risco de mulheres desenvolverem câncer de mama. "Teríamos 10% a menos de mortes no mundo por causa dessa doença se ninguém bebesse", alerta. Para ele, os estudos que apontam que beber moderadamente não faz mal consideram como abstêmios até mesmo ex-alcoólatras e pessoas de saúde ruim, o que prejudica seus resultados. Leia também: 'Aos 3 anos meu filho queria ser menina' Leia também: Por que as barbas podem esconder um segredo contra infecções Na verdade, explica Mosley, não interessa muito que tipos de álcool há nos drinques que você está bebendo: o resultado será o mesmo. Uma das exceções é quando é feito o uso de bebidas com bolhas, como champanhe, por exemplo. O motivo é que elas relaxam os músculos que controlam a passagem de álcool e comida entre o estômago e o intestino delgado, onde as substâncias passam a ser absorvidas pelo organismo. Ou seja, se você tomar champanhe e, logo em seguida, partir para a cerveja, essa segunda bebida chegará ao intestino delgado, te deixando bêbado muito mais rápido. Leia também: Conheça a 'planta milagrosa' que teria curado Fidel Trata-se de outro mito, de acordo com o apresentador da BBC. Segundo Mosley, todo o álcool que você consumiu vai continuar no seu corpo até ser totalmente metabolizado, mesmo que você tome uma jarra inteira de café na manhã seguinte. O máximo que a cafeína pode fazer é te deixar um pouco mais desperto durante a ressaca.
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Após susto, Real Madrid marca dez gols e volta a vencer no Espanhol
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Após perder na última rodada do Campeonato Espanhol, o Real Madrid entrou em campo neste domingo (20) para encarar o Rayo Vallecano, e a equipe madrilenha deu indícios no começo do confronto de que teria dificuldades na partida. Mas eram apenas indícios. Depois de Danilo abrir o placar para o Real, aos 3 min, os visitantes viraram o jogo com um gol aos 10min e outro aos 13min. No entanto, o Rayo teve dois jogadores expulsos e a equipe da capital espanhola aproveitou a superioridade numérica para marcar mais nove gols, fazendo 10 a 2. Ainda no primeiro tempo, Gareth Bale fez um aos 25min e outro aos 41. Cristiano Ronaldo também deixou o seu aos 29min. Na volta do intervalo, a goleada continuou. Aos 3 min, Benzema fez o quinto do time de Madri e seu primeiro na partida. Aos 8 min Cristiano Ronaldo ampliou. Com mais dois gols, um aos 15min e outro aos 24min, Bale chegou ao quarto gol no jogo e ao oitavo dos donos da casa. Benzema fechou o placar com mais dois tentos marcados, um aos 34min e outro aos 44min. O resultado deixa o Real Madrid com 33 pontos na terceira posição. Já o Rayo Vallecano segue com 14 pontos na 17ª colocação. Na próxima rodada, o Real recebe a Real Sociedad, na quarta (30). No mesmo dia, o Rayo encara o Atlético de Madri.
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esporte
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Após susto, Real Madrid marca dez gols e volta a vencer no EspanholApós perder na última rodada do Campeonato Espanhol, o Real Madrid entrou em campo neste domingo (20) para encarar o Rayo Vallecano, e a equipe madrilenha deu indícios no começo do confronto de que teria dificuldades na partida. Mas eram apenas indícios. Depois de Danilo abrir o placar para o Real, aos 3 min, os visitantes viraram o jogo com um gol aos 10min e outro aos 13min. No entanto, o Rayo teve dois jogadores expulsos e a equipe da capital espanhola aproveitou a superioridade numérica para marcar mais nove gols, fazendo 10 a 2. Ainda no primeiro tempo, Gareth Bale fez um aos 25min e outro aos 41. Cristiano Ronaldo também deixou o seu aos 29min. Na volta do intervalo, a goleada continuou. Aos 3 min, Benzema fez o quinto do time de Madri e seu primeiro na partida. Aos 8 min Cristiano Ronaldo ampliou. Com mais dois gols, um aos 15min e outro aos 24min, Bale chegou ao quarto gol no jogo e ao oitavo dos donos da casa. Benzema fechou o placar com mais dois tentos marcados, um aos 34min e outro aos 44min. O resultado deixa o Real Madrid com 33 pontos na terceira posição. Já o Rayo Vallecano segue com 14 pontos na 17ª colocação. Na próxima rodada, o Real recebe a Real Sociedad, na quarta (30). No mesmo dia, o Rayo encara o Atlético de Madri.
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Reclame Aqui 'prova do próprio veneno' e é alvo de queixa por vídeo
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O site Reclame Aqui, usado para que consumidores façam queixas sobre empresas, foi, curiosamente, alvo de uma queixa nesta semana. A reclamação de um usuário, postada na própria plataforma: ter tentado "ludibriar clientes" no vídeo publicitário "O Jantar da Vingança". O filma mostra supostos executivos de companhias campeãs de queixas, que "provam do próprio veneno" ao serem muito mal atendidos em um restaurante. Mas a produção, que já teve mais de 700 mil visualizações no YouTube, pode não ser exatamente uma "pegadinha real". Ao menos um dos três supostos diretores e o garçom exibidos são atores, segundo o Blog do Curioso, do jornalista Marcelo Duarte. A informação foi obtida por meio de duas pessoas que participaram da gravação, diz o blog. Jantar da vingança No filme, as "vítimas" do mau atendimento não podem ser identificadas e aparecem por trás de legendas como "diretor de marketing "" empresa de telecom". Questionada sobre a veracidade das informações exibidas no vídeo, o Reclame Aqui disse que apenas a Grey, agência de publicidade responsável pela campanha, se posicionaria sobre o assunto. "A filmagem envolveu atores e figurantes, mas os executivos convidados são reais", disse a agência. Depois, quando a Folha perguntou especificamente se personagens que aparecem atrás das legendas identificados como profissionais de companhias e que reclamam do atendimento no vídeo são de fato diretores, a agência disse que "a Grey e o Reclame Aqui, desde o início, decidiram que não vão revelar as identidades dos executivos –ou falar o nome das eventuais empresas deles". "O objetivo desta ação publicitária não é atacar os executivos ou uma empresa especificamente e, sim, incentivar o debate sobre direitos do consumidor", completou. O site, que está completando 15 anos, deu a seguinte resposta ao usuário:
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mercado
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Reclame Aqui 'prova do próprio veneno' e é alvo de queixa por vídeoO site Reclame Aqui, usado para que consumidores façam queixas sobre empresas, foi, curiosamente, alvo de uma queixa nesta semana. A reclamação de um usuário, postada na própria plataforma: ter tentado "ludibriar clientes" no vídeo publicitário "O Jantar da Vingança". O filma mostra supostos executivos de companhias campeãs de queixas, que "provam do próprio veneno" ao serem muito mal atendidos em um restaurante. Mas a produção, que já teve mais de 700 mil visualizações no YouTube, pode não ser exatamente uma "pegadinha real". Ao menos um dos três supostos diretores e o garçom exibidos são atores, segundo o Blog do Curioso, do jornalista Marcelo Duarte. A informação foi obtida por meio de duas pessoas que participaram da gravação, diz o blog. Jantar da vingança No filme, as "vítimas" do mau atendimento não podem ser identificadas e aparecem por trás de legendas como "diretor de marketing "" empresa de telecom". Questionada sobre a veracidade das informações exibidas no vídeo, o Reclame Aqui disse que apenas a Grey, agência de publicidade responsável pela campanha, se posicionaria sobre o assunto. "A filmagem envolveu atores e figurantes, mas os executivos convidados são reais", disse a agência. Depois, quando a Folha perguntou especificamente se personagens que aparecem atrás das legendas identificados como profissionais de companhias e que reclamam do atendimento no vídeo são de fato diretores, a agência disse que "a Grey e o Reclame Aqui, desde o início, decidiram que não vão revelar as identidades dos executivos –ou falar o nome das eventuais empresas deles". "O objetivo desta ação publicitária não é atacar os executivos ou uma empresa especificamente e, sim, incentivar o debate sobre direitos do consumidor", completou. O site, que está completando 15 anos, deu a seguinte resposta ao usuário:
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Em nome do pai
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RIO DE JANEIRO - Em nome das baleias que circulam impunemente nas águas do nosso imenso litoral e estão em condenável fase de extinção; em nome do formidável rio São Francisco que nunca será desviado para matar a sede dos nossos irmãos nordestinos; em nome do Padre Cícero que intercede junto ao Senhor a favor dos mesmos e briosos nordestinos que são personagens obrigatórios do nosso cinema nacional; em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, homônimo do Estado que tem o seu santo nome; em homenagem ao pornográfico autor teatral, biografado pelo Ruy Castro e que gostava de citar as cotias do jardim da praça da República; em nome das mesmas cotias que nunca fizeram mal a ninguém; em nome dos lixeiros deste país, que esquecem o lixo na porta das casas que nunca contribuem para as festas do Natal e do próspero Ano Novo; em nome da bondosa e pia catequista de Japeri, dona Dilma dos Santos Anjos, nascida Carmem Sardinha; em nome de Moerís Paiva Gonçalves, que iniciou todos os meninos da rua Cabuçu nas artes da fornicação; em nome dos valorosos Soldados do Fogo que chegam atrasados para, segundo os jornais, "debelarem os focos das chamas" – segundo os mesmos jornais: em nome da caridosa irmã Zélia, que merece a glória dos altares mas que o governo brasileiro não tem dinheiro nem para pagar as custas do processo que corre no Vaticano; em nome do meu compadre Augusto Pinheiro, cuja cara e cujos óculos são parecidos com cara e óculos do meu filho Benjamim, que por sinal já nasceu de óculos; em homenagem póstuma a Dana de Teffé, cujos ossos nunca foram encontrados; em homenagem às antigas e falecidas palmeiras do mangue que não viviam nas areias de Copacabana; finalmente, em nome de mim mesmo, que não votei "sim" ou "não" para mudar e continuar como sempre fui.
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colunas
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Em nome do paiRIO DE JANEIRO - Em nome das baleias que circulam impunemente nas águas do nosso imenso litoral e estão em condenável fase de extinção; em nome do formidável rio São Francisco que nunca será desviado para matar a sede dos nossos irmãos nordestinos; em nome do Padre Cícero que intercede junto ao Senhor a favor dos mesmos e briosos nordestinos que são personagens obrigatórios do nosso cinema nacional; em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, homônimo do Estado que tem o seu santo nome; em homenagem ao pornográfico autor teatral, biografado pelo Ruy Castro e que gostava de citar as cotias do jardim da praça da República; em nome das mesmas cotias que nunca fizeram mal a ninguém; em nome dos lixeiros deste país, que esquecem o lixo na porta das casas que nunca contribuem para as festas do Natal e do próspero Ano Novo; em nome da bondosa e pia catequista de Japeri, dona Dilma dos Santos Anjos, nascida Carmem Sardinha; em nome de Moerís Paiva Gonçalves, que iniciou todos os meninos da rua Cabuçu nas artes da fornicação; em nome dos valorosos Soldados do Fogo que chegam atrasados para, segundo os jornais, "debelarem os focos das chamas" – segundo os mesmos jornais: em nome da caridosa irmã Zélia, que merece a glória dos altares mas que o governo brasileiro não tem dinheiro nem para pagar as custas do processo que corre no Vaticano; em nome do meu compadre Augusto Pinheiro, cuja cara e cujos óculos são parecidos com cara e óculos do meu filho Benjamim, que por sinal já nasceu de óculos; em homenagem póstuma a Dana de Teffé, cujos ossos nunca foram encontrados; em homenagem às antigas e falecidas palmeiras do mangue que não viviam nas areias de Copacabana; finalmente, em nome de mim mesmo, que não votei "sim" ou "não" para mudar e continuar como sempre fui.
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Parcelamentos de carros com 'taxa zero' exigem valor alto como entrada
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EDUARDO SODRÉ DO COLUNISTA DA FOLHA Nos primeiros seis meses de 2016, o líder Chevrolet Onix somou 68,5 mil emplacamentos. Em 2013, o carro mais vendido em igual período (VW Gol) chegou a 121,3 mil unidades licenciadas. O resultado reflete a retração do mercado e o aumento da concorrência, que têm levado fabricantes a oferecer até planos de financiamentos com "taxa zero"- ou quase, porque há algumas tarifas embutidas. Em geral, essa modalidade de crédito está vinculada a entradas elevadas (superiores a 50% do valor do veículo) e parcelamento em, no máximo, 36 prestações. Tipos de Financiamento Porém, não pagar juros no financiamento nem sempre será o melhor negócio. Muitos dos carros oferecidos nessas condições estão encalhados ou defasados em relação a gerações mais novas, sofrendo maior depreciação na revenda. Para o negócio valer a pena, é preciso buscar desconto e boa valorização do veículo dado na troca. "Para fazer a melhor escolha, o consumidor precisa olhar para a sua real necessidade, e o carro ideal nem sempre caberá no bolso. Esse é o diálogo que ele vai travar com as várias ofertas disponíveis, e o mercado precisa fazer negócio", afirma Nicola Tingas, consultor econômico da Acrefi. Quem deseja evitar juros e planeja uma compra a longo prazo tem a opção do consórcio. "Um consorciado que é contemplado pode negociar descontos, barganhar valores e ainda utilizar até 10% desse crédito para gastos como pagamento de tributos", afirma Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios). * EM BUSCA DO CARRO NOVO PESQUISA Não restrinja a pesquisa apenas a uma loja de cada marca. É comum que haja grande variação de preço entre diferentes grupos concessionários, devido ao estoque disponível. As variações na avaliação do carro que será dado em troca também podem ser expressivas PREÇO PROMOCIONAL Antes de ir à loja, procure saber se os modelos desejados têm versões com preços promocionais. Esse valor serve como ponto de partida para a negociação GASTOS EXTRAS Ao calcular se a prestação cabe no bolso, não esqueça de considerar os gastos extras ao longo do ano, como revisões, seguro e licenciamento DE OLHO Grandes promoções costumam indicar que o carro está "encalhado" ou prestes a ganhar nova geração. Quem não faz questão de ter um modelo "último tipo" pode fazer um bom negócio nesse caso
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sobretudo
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Parcelamentos de carros com 'taxa zero' exigem valor alto como entrada
EDUARDO SODRÉ DO COLUNISTA DA FOLHA Nos primeiros seis meses de 2016, o líder Chevrolet Onix somou 68,5 mil emplacamentos. Em 2013, o carro mais vendido em igual período (VW Gol) chegou a 121,3 mil unidades licenciadas. O resultado reflete a retração do mercado e o aumento da concorrência, que têm levado fabricantes a oferecer até planos de financiamentos com "taxa zero"- ou quase, porque há algumas tarifas embutidas. Em geral, essa modalidade de crédito está vinculada a entradas elevadas (superiores a 50% do valor do veículo) e parcelamento em, no máximo, 36 prestações. Tipos de Financiamento Porém, não pagar juros no financiamento nem sempre será o melhor negócio. Muitos dos carros oferecidos nessas condições estão encalhados ou defasados em relação a gerações mais novas, sofrendo maior depreciação na revenda. Para o negócio valer a pena, é preciso buscar desconto e boa valorização do veículo dado na troca. "Para fazer a melhor escolha, o consumidor precisa olhar para a sua real necessidade, e o carro ideal nem sempre caberá no bolso. Esse é o diálogo que ele vai travar com as várias ofertas disponíveis, e o mercado precisa fazer negócio", afirma Nicola Tingas, consultor econômico da Acrefi. Quem deseja evitar juros e planeja uma compra a longo prazo tem a opção do consórcio. "Um consorciado que é contemplado pode negociar descontos, barganhar valores e ainda utilizar até 10% desse crédito para gastos como pagamento de tributos", afirma Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios). * EM BUSCA DO CARRO NOVO PESQUISA Não restrinja a pesquisa apenas a uma loja de cada marca. É comum que haja grande variação de preço entre diferentes grupos concessionários, devido ao estoque disponível. As variações na avaliação do carro que será dado em troca também podem ser expressivas PREÇO PROMOCIONAL Antes de ir à loja, procure saber se os modelos desejados têm versões com preços promocionais. Esse valor serve como ponto de partida para a negociação GASTOS EXTRAS Ao calcular se a prestação cabe no bolso, não esqueça de considerar os gastos extras ao longo do ano, como revisões, seguro e licenciamento DE OLHO Grandes promoções costumam indicar que o carro está "encalhado" ou prestes a ganhar nova geração. Quem não faz questão de ter um modelo "último tipo" pode fazer um bom negócio nesse caso
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Ministro do STJ vota por liberdade de publicitário preso na Lava Jato
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Um dos relatores da Lava Jato no STJ (Superior Tribunal de Justiça), o ministro Ribeiro Dantas votou nesta quinta-feira (19) para tirar da prisão o publicitário Ricardo Hoffman, preso há sete meses e condenado a 12 anos e dez meses de prisão em regime fechado. O julgamento, no entanto, foi suspenso com o pedido de vista do ministro Felix Fischer para ter mais tempo para analisar o caso. A defesa do publicitário pede que a prisão seja substituída por medidas cautelares. Não há data para retomada do caso. Vice-presidente da agência Borghi Lowe, ele teria repassado propina milionária ao ex-deputado federal André Vargas, à época vice-presidente da Câmara dos Deputados. Segundo a Justiça do Paraná, a liberdade do publicitário colocaria em risco a ordem pública. Na sessão, o ministro Ribeiro Dantas, relator do habeas corpus, defendeu que Hoffmann deve ficar em liberdade até que não haja mais recursos contra a condenação, ressalvada a possibilidade de nova prisão, se necessária. O ministro sugeriu que caberia medidas alternativas, como monitoramento eletrônico do réu e entrega de seu passaporte. Para Ribeiro Dantas, a condenação não traz elementos que afirmem o risco da liberdade. Para ele, as alegações de risco de reiteração e periculosidade do agente não podem ser embasadas apenas pelo modo como os crimes teriam sido praticados. No caso, o publicitário se afastou da empresa e o deputado não exerce mais cargo eletivo.
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Ministro do STJ vota por liberdade de publicitário preso na Lava JatoUm dos relatores da Lava Jato no STJ (Superior Tribunal de Justiça), o ministro Ribeiro Dantas votou nesta quinta-feira (19) para tirar da prisão o publicitário Ricardo Hoffman, preso há sete meses e condenado a 12 anos e dez meses de prisão em regime fechado. O julgamento, no entanto, foi suspenso com o pedido de vista do ministro Felix Fischer para ter mais tempo para analisar o caso. A defesa do publicitário pede que a prisão seja substituída por medidas cautelares. Não há data para retomada do caso. Vice-presidente da agência Borghi Lowe, ele teria repassado propina milionária ao ex-deputado federal André Vargas, à época vice-presidente da Câmara dos Deputados. Segundo a Justiça do Paraná, a liberdade do publicitário colocaria em risco a ordem pública. Na sessão, o ministro Ribeiro Dantas, relator do habeas corpus, defendeu que Hoffmann deve ficar em liberdade até que não haja mais recursos contra a condenação, ressalvada a possibilidade de nova prisão, se necessária. O ministro sugeriu que caberia medidas alternativas, como monitoramento eletrônico do réu e entrega de seu passaporte. Para Ribeiro Dantas, a condenação não traz elementos que afirmem o risco da liberdade. Para ele, as alegações de risco de reiteração e periculosidade do agente não podem ser embasadas apenas pelo modo como os crimes teriam sido praticados. No caso, o publicitário se afastou da empresa e o deputado não exerce mais cargo eletivo.
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Fora da Carreta Furacão, dançarinos fazem bicos e cursam ensino médio
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Quando não estão requebrando as cadeiras, os dançarinos da Carreta Furacão são garotos franzinos, de pele morena e olhos tímidos, que cursam o ensino médio e mostram desconforto longe do anonimato das máscaras e fantasias puídas. O porta-voz do grupo não permitiu que suas identidades fossem reveladas na reportagem, porque, afirma ele, "saber quem são tira a magia dos personagens". Fofão, 18, usa aparelho dental, tem piercing no nariz, é introvertido e torce para o São Paulo. Não votou na última eleição e diz não saber como se posicionar sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele sustenta não ter mágoa de Orival Pessini, criador do personagem que veste, que o impediu de dançar para 250 mil pessoas reunidas na avenida Paulista na manifestação pró-impeachment em abril. Já Popeye, 18, trabalha como cabeleireiro para complementar a renda familiar. A vida dupla faz sucesso com as "trenzetes", como são chamadas as meninas que xavecam os dançarinos. "Dão em cima de mim sem ver se minha cara vale a pena", ri ele. Palhaço, 20, é louvado pelos amigos como um jogador habilidoso nas peladas da turma. Ele ajuda o pai na área da construção civil e reuniu a família para ver sua primeira participação no programa de TV "Pânico na Band". Mickey, 18, fala, orgulhoso, da vez em que quebrou uma costela, mas continuou dançando. Em paralelo, dedica-se à carreira hospitalar como técnico de radiologia. Quer cursar a faculdade e usa o trenzinho como ferramenta pedagógica com crianças pequenas. "Se fizer bagunça, falo que 'vou contar para o moço do trenzinho'." Capitão América não viu o filme mais recente de seu homônimo. Sonha com um futuro melhor, mas não sabe dizer como ele se parece. No presente, vangloria-se de seus ousados saltos mortais. Na contramão de seus colegas, não dá muita bola para o molejo do axé. "Foco é o pagode." ESSÊNCIA BRASILEIRA Dias antes da aprovação da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que ocorreu em 17 de abril, o Movimento Brasil Livre lançou uma campanha de financiamento coletivo para arrecadar R$ 15 mil e contratar a Carreta Furacão para a "dança da vitória" na avenida Paulista. Um dos líderes do movimento, o colunista da Folha Kim Kataguiri riu ao ser perguntado por que é fã do grupo. "De certa maneira, ele representa a essência do Brasil, é uma coisa descontraída", afirma. Quem não gostou foi Orival Pessini, criador do Fofão, que ameaçou processar a Carreta. Por "respeito" a Pessini, o Fofão da Carreta ficou em casa.
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ilustrada
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Fora da Carreta Furacão, dançarinos fazem bicos e cursam ensino médioQuando não estão requebrando as cadeiras, os dançarinos da Carreta Furacão são garotos franzinos, de pele morena e olhos tímidos, que cursam o ensino médio e mostram desconforto longe do anonimato das máscaras e fantasias puídas. O porta-voz do grupo não permitiu que suas identidades fossem reveladas na reportagem, porque, afirma ele, "saber quem são tira a magia dos personagens". Fofão, 18, usa aparelho dental, tem piercing no nariz, é introvertido e torce para o São Paulo. Não votou na última eleição e diz não saber como se posicionar sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele sustenta não ter mágoa de Orival Pessini, criador do personagem que veste, que o impediu de dançar para 250 mil pessoas reunidas na avenida Paulista na manifestação pró-impeachment em abril. Já Popeye, 18, trabalha como cabeleireiro para complementar a renda familiar. A vida dupla faz sucesso com as "trenzetes", como são chamadas as meninas que xavecam os dançarinos. "Dão em cima de mim sem ver se minha cara vale a pena", ri ele. Palhaço, 20, é louvado pelos amigos como um jogador habilidoso nas peladas da turma. Ele ajuda o pai na área da construção civil e reuniu a família para ver sua primeira participação no programa de TV "Pânico na Band". Mickey, 18, fala, orgulhoso, da vez em que quebrou uma costela, mas continuou dançando. Em paralelo, dedica-se à carreira hospitalar como técnico de radiologia. Quer cursar a faculdade e usa o trenzinho como ferramenta pedagógica com crianças pequenas. "Se fizer bagunça, falo que 'vou contar para o moço do trenzinho'." Capitão América não viu o filme mais recente de seu homônimo. Sonha com um futuro melhor, mas não sabe dizer como ele se parece. No presente, vangloria-se de seus ousados saltos mortais. Na contramão de seus colegas, não dá muita bola para o molejo do axé. "Foco é o pagode." ESSÊNCIA BRASILEIRA Dias antes da aprovação da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que ocorreu em 17 de abril, o Movimento Brasil Livre lançou uma campanha de financiamento coletivo para arrecadar R$ 15 mil e contratar a Carreta Furacão para a "dança da vitória" na avenida Paulista. Um dos líderes do movimento, o colunista da Folha Kim Kataguiri riu ao ser perguntado por que é fã do grupo. "De certa maneira, ele representa a essência do Brasil, é uma coisa descontraída", afirma. Quem não gostou foi Orival Pessini, criador do Fofão, que ameaçou processar a Carreta. Por "respeito" a Pessini, o Fofão da Carreta ficou em casa.
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Representante dos Correios comenta coluna de Ruy Castro
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Com relação ao texto "País dissolvente", de Ruy Castro, informamos que não consta nos canais de atendimento dos Correios nenhuma manifestação em nome do cliente e que o prazo de entrega de encomendas internacionais varia conforme o tipo de frete contratado. Para apurar se as entregas citadas ocorreram no prazo, solicitamos entrar em contato com nossos canais de atendimento: 0800-725-0100 ou 3003-0100. Ressaltamos que o setor de entrega de encomendas é concorrencial e que os Correios mantêm um índice de qualidade acima de 99% nas entregas internacionais, o que vem garantindo à empresa a liderança nesse segmento de mercado. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Representante dos Correios comenta coluna de Ruy CastroCom relação ao texto "País dissolvente", de Ruy Castro, informamos que não consta nos canais de atendimento dos Correios nenhuma manifestação em nome do cliente e que o prazo de entrega de encomendas internacionais varia conforme o tipo de frete contratado. Para apurar se as entregas citadas ocorreram no prazo, solicitamos entrar em contato com nossos canais de atendimento: 0800-725-0100 ou 3003-0100. Ressaltamos que o setor de entrega de encomendas é concorrencial e que os Correios mantêm um índice de qualidade acima de 99% nas entregas internacionais, o que vem garantindo à empresa a liderança nesse segmento de mercado. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Solidariedade quer apoio de 1 mi para apresentar pedido de impeachment
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O Solidariedade, partido do deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, quer aproveitar as manifestações contra o governo programadas para o fim de semana para dar fôlego à campanha pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. A meta do partido é reunir 1 milhão de assinaturas para entregar ao Congresso um pedido formal para a retirada da petista do comando do país. Para reunir o apoio, o Solidariedade vai recolher assinaturas por abaixo-assinado e também por meio virtual. A estratégia da legenda para dar peso ao pedido de impeachment é reunir pareceres com teses de até uma dezena de juristas para justificar a ação. São esperadas posições de nomes como Adilson Dallari, Cássio Mesquita de Barros, Modesto Carvalhosa e Sérgio Ferraz. Ives Gandra Martins já deu parecer favorável. Segundo Paulinho da Força, a saída de Dilma é necessária diante dos problemas políticos e econômicos, como crise econômica, alta de preços, desemprego. "Consideramos que a presidente não tem mais condições de tocar o Brasil", afirmou. "A situação é grave, a corrupção é generalizada, bilhões de reais foram roubados da Petrobras A presidente foi presidente do conselho, ministra de Minas e Energia e presidente da Republica. Nenhuma medida ela tomou. Presidente da República não pode se omitir, portanto tem fatos concretos para cassar a presidente Dilma". EM ANÁLISE Atualmente, a Câmara já analisa um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, protocolado no dia 25 de fevereiro. O pedido foi apresentado por Walter Marcelo dos Santos, como cidadão. Segundo a área técnica, a tendência é que seja rejeitado. Santos alega "má gestão administrativa do Brasil e escândalos de corrupção. Desrespeito à garantia dos direitos básicos como educação, saúde, segurança, moradia e transporte e reconhecimento por parte da Presidente de sua má gestão e desvios, caracterizando improbidade administrativa." Desde 2012, a Casa já rejeitou outros 17 pedidos de impeachment contra a petista. Cabe ao presidente da Câmara decidir se recebe ou não um pedido para a retirada de um presidente. Para ser aprovado na Câmara, um pedido de impeachment tem que passar por comissão e ainda receber o apoio de 342 dos 513 deputados. Na sequência, o processo segue para o Senado, onde precisará de apoio de 54 dos 81 senadores. Após chegar ao Senado, o pedido precisa ocorrer em até 180 dias, período pelo qual o presidente fica afastado do cargo. O caminho para o Impeachment; Crédito William Mur/Editoria de Arte/Folhapress
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Solidariedade quer apoio de 1 mi para apresentar pedido de impeachmentO Solidariedade, partido do deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, quer aproveitar as manifestações contra o governo programadas para o fim de semana para dar fôlego à campanha pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. A meta do partido é reunir 1 milhão de assinaturas para entregar ao Congresso um pedido formal para a retirada da petista do comando do país. Para reunir o apoio, o Solidariedade vai recolher assinaturas por abaixo-assinado e também por meio virtual. A estratégia da legenda para dar peso ao pedido de impeachment é reunir pareceres com teses de até uma dezena de juristas para justificar a ação. São esperadas posições de nomes como Adilson Dallari, Cássio Mesquita de Barros, Modesto Carvalhosa e Sérgio Ferraz. Ives Gandra Martins já deu parecer favorável. Segundo Paulinho da Força, a saída de Dilma é necessária diante dos problemas políticos e econômicos, como crise econômica, alta de preços, desemprego. "Consideramos que a presidente não tem mais condições de tocar o Brasil", afirmou. "A situação é grave, a corrupção é generalizada, bilhões de reais foram roubados da Petrobras A presidente foi presidente do conselho, ministra de Minas e Energia e presidente da Republica. Nenhuma medida ela tomou. Presidente da República não pode se omitir, portanto tem fatos concretos para cassar a presidente Dilma". EM ANÁLISE Atualmente, a Câmara já analisa um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, protocolado no dia 25 de fevereiro. O pedido foi apresentado por Walter Marcelo dos Santos, como cidadão. Segundo a área técnica, a tendência é que seja rejeitado. Santos alega "má gestão administrativa do Brasil e escândalos de corrupção. Desrespeito à garantia dos direitos básicos como educação, saúde, segurança, moradia e transporte e reconhecimento por parte da Presidente de sua má gestão e desvios, caracterizando improbidade administrativa." Desde 2012, a Casa já rejeitou outros 17 pedidos de impeachment contra a petista. Cabe ao presidente da Câmara decidir se recebe ou não um pedido para a retirada de um presidente. Para ser aprovado na Câmara, um pedido de impeachment tem que passar por comissão e ainda receber o apoio de 342 dos 513 deputados. Na sequência, o processo segue para o Senado, onde precisará de apoio de 54 dos 81 senadores. Após chegar ao Senado, o pedido precisa ocorrer em até 180 dias, período pelo qual o presidente fica afastado do cargo. O caminho para o Impeachment; Crédito William Mur/Editoria de Arte/Folhapress
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Responsável pelo trânsito municipal culpa formação de motoristas
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O aumento do número de acidentes se deve à deficiência na formação do motorista brasileiro, no ponto de vista do gerente de Planejamento e Projetos da Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto), Fernando Antunes. "Será que estamos formando adequadamente os motociclistas? Hoje eu acho que o sistema de formação não está trazendo resultados práticos. São muitos feridos, muitas mortes em acidentes", disse o engenheiro. Ele afirmou que o comportamento dos condutores de carros e motocicletas na cidade é, muitas vezes, "totalmente inadequado". "Os problemas no trânsito têm relação com a educação, com a formação. Como se combate os acidentes? Com conscientização. Nenhum esforço legal, de fiscalização, vai resolver se as pessoas não tiverem mais respeito às leis." Para coibir os acidentes, ele afirmou que a Transerp começa a atuação nas escolas, principalmente nos ensinos infantil e fundamental. "Tentamos fazer a criança de hoje um pedestre, um ciclista, um condutor responsável no futuro", disse o gerente de planejamento. Segundo ele, a Transerp também mapeia as ocorrências para saber para onde deslocar os "marronzinhos" para fazer a fiscalização. Os agentes de trânsito -cerca de 40, mas deveriam ser pelo menos 150, segundo o próprio engenheiro- são deslocados para essas áreas a fim de intensificar a punição para quem desrespeita as leis de trânsito no município.
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cotidiano
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Responsável pelo trânsito municipal culpa formação de motoristasO aumento do número de acidentes se deve à deficiência na formação do motorista brasileiro, no ponto de vista do gerente de Planejamento e Projetos da Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto), Fernando Antunes. "Será que estamos formando adequadamente os motociclistas? Hoje eu acho que o sistema de formação não está trazendo resultados práticos. São muitos feridos, muitas mortes em acidentes", disse o engenheiro. Ele afirmou que o comportamento dos condutores de carros e motocicletas na cidade é, muitas vezes, "totalmente inadequado". "Os problemas no trânsito têm relação com a educação, com a formação. Como se combate os acidentes? Com conscientização. Nenhum esforço legal, de fiscalização, vai resolver se as pessoas não tiverem mais respeito às leis." Para coibir os acidentes, ele afirmou que a Transerp começa a atuação nas escolas, principalmente nos ensinos infantil e fundamental. "Tentamos fazer a criança de hoje um pedestre, um ciclista, um condutor responsável no futuro", disse o gerente de planejamento. Segundo ele, a Transerp também mapeia as ocorrências para saber para onde deslocar os "marronzinhos" para fazer a fiscalização. Os agentes de trânsito -cerca de 40, mas deveriam ser pelo menos 150, segundo o próprio engenheiro- são deslocados para essas áreas a fim de intensificar a punição para quem desrespeita as leis de trânsito no município.
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Museu nos EUA exibe obra censurada da artista cubana Tania Bruguera
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Detida em Havana no fim do ano passado e hoje impedida de deixar seu país, a artista cubana Tania Bruguera tem sua obra "Sussurro de Tatlin #6" remontada agora no Neuberger Museum of Art, em Purchase, cidade do Estado de Nova York. Na obra, que provocou sua detenção na virada do ano em Havana, Bruguera monta um pódio com um microfone aberto ao público. Participantes da performance têm um minuto para falar sobre qualquer assunto ao microfone enquanto são ladeados por homens fardados que posicionam uma pomba sobre o ombro do visitante, em alusão a uma fotografia de um discurso de Fidel Castro em 1959. "Sussurro de Tatlin #6" foi mostrado há seis anos na Bienal de Havana e não tinha sido remontado até agora. Depois da retomada das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos, Bruguera tentou reencenar a performance na praça da Revolução, na capital cubana, mas foi impedida pelo governo da ilha. Em Purchase, a obra poderá ser vista até 22 de março. A remontagem da obra é parte de uma homenagem do museu que premiou Bruguera, pelo conjunto de sua obra, em 2010.
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ilustrada
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Museu nos EUA exibe obra censurada da artista cubana Tania BrugueraDetida em Havana no fim do ano passado e hoje impedida de deixar seu país, a artista cubana Tania Bruguera tem sua obra "Sussurro de Tatlin #6" remontada agora no Neuberger Museum of Art, em Purchase, cidade do Estado de Nova York. Na obra, que provocou sua detenção na virada do ano em Havana, Bruguera monta um pódio com um microfone aberto ao público. Participantes da performance têm um minuto para falar sobre qualquer assunto ao microfone enquanto são ladeados por homens fardados que posicionam uma pomba sobre o ombro do visitante, em alusão a uma fotografia de um discurso de Fidel Castro em 1959. "Sussurro de Tatlin #6" foi mostrado há seis anos na Bienal de Havana e não tinha sido remontado até agora. Depois da retomada das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos, Bruguera tentou reencenar a performance na praça da Revolução, na capital cubana, mas foi impedida pelo governo da ilha. Em Purchase, a obra poderá ser vista até 22 de março. A remontagem da obra é parte de uma homenagem do museu que premiou Bruguera, pelo conjunto de sua obra, em 2010.
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Sobrevivente do Holocausto e Nobel da Paz, Elie Wiesel morre aos 87 anos
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Elie Wiesel, o sobrevivente do campo de Auschwitz que foi uma testemunha eloquente para os 6 milhões de judeus massacrados na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), morreu neste sábado (2) em sua casa, em Nova York, aos 87 anos. A causa da morte não foi divulgada. Autor de 29 livros, palestrante e professor, o jornalista nascido na Romênia recebeu em 1986 o Nobel da Paz por sua contribuição à memória do Holocausto. Nos anos seguintes ao massacre, nenhuma voz apareceu para contar a enormidade do que aconteceu e como isto mudou os seus conceitos de humanidade e de Deus. Por quase duas décadas, sobreviventes traumatizados e os demais judeus no mundo, sentindo-se culpados por não terem feito mais para salvar seus pares, pareciam congelados em seu silêncio. No entanto, pela força de sua personalidade e seu talento na escrita, Wiesel gradualmente exumou o Holocausto do solo dos livros de história após ter passado por Auschwitz e ser libertado do campo de Buchenwald aos 16 anos, com a tatuagem A-7713 no braço. Wiesel começou a chamar atenção em 1955, ao lançar "A Noite". No livro, conta os horrores que viveu nos campos de concentração pelos quais passou desde 1940, quando sua família foi tirada de sua cidade natal, Sighetu -então anexada pela Hungria, que era aliada dos nazistas. No cárcere, morreram seu pai, Shlomo, sua mãe, Sarah, e uma das irmãs, Tzipora. Já desnutrido, Shlomo morreu em Buchenwald por não resistir a ferimentos da tortura. Wiesel escreveu sobre como tinha sido atormentado pela culpa de sobreviver, enquanto milhões morreram, e pelas dúvidas sobre um Deus que permitiu tal massacre. "Nunca vou poder esquecer os pequenos rostos das crianças, cujos corpos eu vi se tornarem nuvens de fumaça no silencioso céu azul. Nunca vou poder esquecer as chamas que consumiram para sempre a minha fé. Nunca vou poder esquecer o silêncio noturno que me privou, por toda a eternidade, do desejo de viver." Foi o chamado contra o esquecimento que o levou ao Nobel. "Sua mensagem é de paz, reparação e dignidade humana. Sua crença de que as forças contra o mal podem vencer foi duramente conquistada", disse a organização do prêmio em 1986. Enquanto muitos de seus livros eram sobre assuntos como os judeus soviéticos ou chassídicos [seguidores de vertente ortodoxa da religião], como seu avô, todos tinham questões sobre como aconteceu o Holocausto. "Se sobrevivi, foi por algum motivo. Isso é muito sério para brincar porque alguém poderia ter se salvado no meu lugar. Por isso, falo por eles. Por outro lado, sei que não posso", disse ao "New York Times" em 1981. Wiesel viajou a Israel pela primeira vez em 1949, como correspondente do jornal francês "L'Arche". Como jornalista, cobriu, dentre outros temas, o julgamento do criminoso de guerra nazista Adolf Eichmann, em 1961. Ele mudou-se para os EUA em 1955 e se tornou cidadão americano oito anos depois -foi o primeiro caso de residência concedida no país para um sobrevivente do Holocausto que ficou apátrida. Na década de 1970, iniciou sua carreira de acadêmico, dando aulas e fazendo pesquisas de estudos judaicos, filosofia e religião na Universidade de Nova York, na Universidade de Boston, em Yale e em Columbia. Após ganhar o Nobel, ele e sua mulher, Marion Rose, abriram a Fundação Elie Wiesel para a Humanidade. A organização foi uma das prejudicadas em 2008 pelo esquema fraudulento do investidor americano Bernard Madoff, fazendo com que perdesse US$ 15,2 milhões e o escritor tivesse um prejuízo de US$ 1 milhão. Em 2003, ele foi convidado para liderar a Comissão Internacional para o Estudo do Holocausto na Romênia. No seu relatório final, o governo do país natal de Wiesel reconheceu o extermínio de 300 mil judeus e 11 mil ciganos na Segunda Guerra. Wiesel sempre teve posição fortemente pró-Israel. Um dos seus últimos pronunciamentos, em 2013, foi uma crítica ao presidente dos EUA, Barack Obama, devido ao acordo nuclear com o Irã. BRASIL Por seu trabalho, Wiesel foi homenageado com várias condecorações pelo mundo, e uma delas foi a brasileira Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco. Ele recebeu a honraria do então presidente, Fernando Henrique Cardoso, na última vez em que esteve no país, em 2001. Ele havia conhecido o Brasil em 1954, quando fez uma reportagem sobre missionários cristãos em comunidades judaicas. Foi na volta de navio à França, onde morava na época, que ele começou a escrever "A Noite". O país lhe trazia, porém, uma lembrança ruim -aqui morreu um dos símbolos do Holocausto, o médico nazista Josef Mengele (1911-1979). Em 1985, logo após a exumação do corpo de Mengele, Wiesel disse "sentir vergonha dos Aliados [da 2ª Guerra] e da URSS, que perderam tempo disputando cientistas alemães depois da guerra enquanto a caçada por criminosos nazistas se enfraquecia".
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Sobrevivente do Holocausto e Nobel da Paz, Elie Wiesel morre aos 87 anosElie Wiesel, o sobrevivente do campo de Auschwitz que foi uma testemunha eloquente para os 6 milhões de judeus massacrados na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), morreu neste sábado (2) em sua casa, em Nova York, aos 87 anos. A causa da morte não foi divulgada. Autor de 29 livros, palestrante e professor, o jornalista nascido na Romênia recebeu em 1986 o Nobel da Paz por sua contribuição à memória do Holocausto. Nos anos seguintes ao massacre, nenhuma voz apareceu para contar a enormidade do que aconteceu e como isto mudou os seus conceitos de humanidade e de Deus. Por quase duas décadas, sobreviventes traumatizados e os demais judeus no mundo, sentindo-se culpados por não terem feito mais para salvar seus pares, pareciam congelados em seu silêncio. No entanto, pela força de sua personalidade e seu talento na escrita, Wiesel gradualmente exumou o Holocausto do solo dos livros de história após ter passado por Auschwitz e ser libertado do campo de Buchenwald aos 16 anos, com a tatuagem A-7713 no braço. Wiesel começou a chamar atenção em 1955, ao lançar "A Noite". No livro, conta os horrores que viveu nos campos de concentração pelos quais passou desde 1940, quando sua família foi tirada de sua cidade natal, Sighetu -então anexada pela Hungria, que era aliada dos nazistas. No cárcere, morreram seu pai, Shlomo, sua mãe, Sarah, e uma das irmãs, Tzipora. Já desnutrido, Shlomo morreu em Buchenwald por não resistir a ferimentos da tortura. Wiesel escreveu sobre como tinha sido atormentado pela culpa de sobreviver, enquanto milhões morreram, e pelas dúvidas sobre um Deus que permitiu tal massacre. "Nunca vou poder esquecer os pequenos rostos das crianças, cujos corpos eu vi se tornarem nuvens de fumaça no silencioso céu azul. Nunca vou poder esquecer as chamas que consumiram para sempre a minha fé. Nunca vou poder esquecer o silêncio noturno que me privou, por toda a eternidade, do desejo de viver." Foi o chamado contra o esquecimento que o levou ao Nobel. "Sua mensagem é de paz, reparação e dignidade humana. Sua crença de que as forças contra o mal podem vencer foi duramente conquistada", disse a organização do prêmio em 1986. Enquanto muitos de seus livros eram sobre assuntos como os judeus soviéticos ou chassídicos [seguidores de vertente ortodoxa da religião], como seu avô, todos tinham questões sobre como aconteceu o Holocausto. "Se sobrevivi, foi por algum motivo. Isso é muito sério para brincar porque alguém poderia ter se salvado no meu lugar. Por isso, falo por eles. Por outro lado, sei que não posso", disse ao "New York Times" em 1981. Wiesel viajou a Israel pela primeira vez em 1949, como correspondente do jornal francês "L'Arche". Como jornalista, cobriu, dentre outros temas, o julgamento do criminoso de guerra nazista Adolf Eichmann, em 1961. Ele mudou-se para os EUA em 1955 e se tornou cidadão americano oito anos depois -foi o primeiro caso de residência concedida no país para um sobrevivente do Holocausto que ficou apátrida. Na década de 1970, iniciou sua carreira de acadêmico, dando aulas e fazendo pesquisas de estudos judaicos, filosofia e religião na Universidade de Nova York, na Universidade de Boston, em Yale e em Columbia. Após ganhar o Nobel, ele e sua mulher, Marion Rose, abriram a Fundação Elie Wiesel para a Humanidade. A organização foi uma das prejudicadas em 2008 pelo esquema fraudulento do investidor americano Bernard Madoff, fazendo com que perdesse US$ 15,2 milhões e o escritor tivesse um prejuízo de US$ 1 milhão. Em 2003, ele foi convidado para liderar a Comissão Internacional para o Estudo do Holocausto na Romênia. No seu relatório final, o governo do país natal de Wiesel reconheceu o extermínio de 300 mil judeus e 11 mil ciganos na Segunda Guerra. Wiesel sempre teve posição fortemente pró-Israel. Um dos seus últimos pronunciamentos, em 2013, foi uma crítica ao presidente dos EUA, Barack Obama, devido ao acordo nuclear com o Irã. BRASIL Por seu trabalho, Wiesel foi homenageado com várias condecorações pelo mundo, e uma delas foi a brasileira Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco. Ele recebeu a honraria do então presidente, Fernando Henrique Cardoso, na última vez em que esteve no país, em 2001. Ele havia conhecido o Brasil em 1954, quando fez uma reportagem sobre missionários cristãos em comunidades judaicas. Foi na volta de navio à França, onde morava na época, que ele começou a escrever "A Noite". O país lhe trazia, porém, uma lembrança ruim -aqui morreu um dos símbolos do Holocausto, o médico nazista Josef Mengele (1911-1979). Em 1985, logo após a exumação do corpo de Mengele, Wiesel disse "sentir vergonha dos Aliados [da 2ª Guerra] e da URSS, que perderam tempo disputando cientistas alemães depois da guerra enquanto a caçada por criminosos nazistas se enfraquecia".
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Festival de Brasília distribuirá R$ 340 mil a filmes selecionados
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O Festival de Brasília deste ano, que acontece de 15 a 24 de setembro, passará a pagar cachês aos filmes selecionados para o evento. A prática é comum em festivais no Brasil e no mundo, mas novidade no evento brasiliense. O festival, que chega à 50ª edição, terá orçamento de R$ 340 mil destinado a esses cachês. Longas-metragens receberão R$ 15 mil pela participação, e curtas, R$ 5.000. Já as películas selecionadas para a mostra "hors- concours" ganharão R$ 10 mil, enquanto os filmes das mostras paralelas, R$ 3.000. Neste ano, o festival passa a ter dez dias em vez de sete. As inscrições para a mostra foram abertas nesta quarta (7) e vão até 7 de julho, pelo site festivaldebrasilia.com.br. É preciso submeter um formulário de inscrição e fazer upload de um link do filme em alguma plataforma de livre acesso, protegido por senha, além de preencher a classificação indicativa. Serão selecionados 9 longas-metragens e 12 curtas, a serem anunciados no dia 7 de agosto. Eles concorrerão ao Troféu Candango, prêmio principal do evento. Também haverá o Prêmio Petrobras de Cinema, com votação popular. O vencedor receberá R$ 200 mil em um contrato de distribuição. Para eleger seus filmes prediletos, o público deverá baixar um aplicativo do festival. Ao todo, haverá ao menos três mostras paralelas. A novidade é a Futuro Brasil, na qual realizadores com filmes ainda não finalizados poderão exibi-los para representantes de festivais internacionais. Para esta, as inscrições vão de 10 de junho a 10 de julho. Outra seção paralela será a 50 anos em 5 (dias), que fará uma retrospectiva das produções que já passaram pelo festival. A seleção desta será da Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Neste ano, o Festival de Brasília terá como cineasta homenageado Nelson Pereira dos Santos, diretor de obras como "Rio 40 Graus" (1955) e "Vidas Secas" (1963). Ele receberá a medalha Paulo Emílio Sales Gomes, homenagem a grandes nomes do cinema brasileiro criada ano passado. MOSTRA BRASÍLIA Quem desejar participar da Mostra Brasília pode se inscrever a partir desta sexta (9), pelo site do festival. A mostra, que será coordenada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, costuma reunir cineastas da capital do país. O festival também realiza uma ação chamada Ambiente de Mercado, na qual serão realizadas rodadas de negócios, debates e encontros com agentes, distribuidores e representantes de festivais internacionais.
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ilustrada
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Festival de Brasília distribuirá R$ 340 mil a filmes selecionadosO Festival de Brasília deste ano, que acontece de 15 a 24 de setembro, passará a pagar cachês aos filmes selecionados para o evento. A prática é comum em festivais no Brasil e no mundo, mas novidade no evento brasiliense. O festival, que chega à 50ª edição, terá orçamento de R$ 340 mil destinado a esses cachês. Longas-metragens receberão R$ 15 mil pela participação, e curtas, R$ 5.000. Já as películas selecionadas para a mostra "hors- concours" ganharão R$ 10 mil, enquanto os filmes das mostras paralelas, R$ 3.000. Neste ano, o festival passa a ter dez dias em vez de sete. As inscrições para a mostra foram abertas nesta quarta (7) e vão até 7 de julho, pelo site festivaldebrasilia.com.br. É preciso submeter um formulário de inscrição e fazer upload de um link do filme em alguma plataforma de livre acesso, protegido por senha, além de preencher a classificação indicativa. Serão selecionados 9 longas-metragens e 12 curtas, a serem anunciados no dia 7 de agosto. Eles concorrerão ao Troféu Candango, prêmio principal do evento. Também haverá o Prêmio Petrobras de Cinema, com votação popular. O vencedor receberá R$ 200 mil em um contrato de distribuição. Para eleger seus filmes prediletos, o público deverá baixar um aplicativo do festival. Ao todo, haverá ao menos três mostras paralelas. A novidade é a Futuro Brasil, na qual realizadores com filmes ainda não finalizados poderão exibi-los para representantes de festivais internacionais. Para esta, as inscrições vão de 10 de junho a 10 de julho. Outra seção paralela será a 50 anos em 5 (dias), que fará uma retrospectiva das produções que já passaram pelo festival. A seleção desta será da Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Neste ano, o Festival de Brasília terá como cineasta homenageado Nelson Pereira dos Santos, diretor de obras como "Rio 40 Graus" (1955) e "Vidas Secas" (1963). Ele receberá a medalha Paulo Emílio Sales Gomes, homenagem a grandes nomes do cinema brasileiro criada ano passado. MOSTRA BRASÍLIA Quem desejar participar da Mostra Brasília pode se inscrever a partir desta sexta (9), pelo site do festival. A mostra, que será coordenada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, costuma reunir cineastas da capital do país. O festival também realiza uma ação chamada Ambiente de Mercado, na qual serão realizadas rodadas de negócios, debates e encontros com agentes, distribuidores e representantes de festivais internacionais.
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Os vencedores e seus aliados
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Eduardo Cunha e Renan Calheiros venceram. E venceram andando no fio da navalha. Ambos merecem o reconhecimento de que se impuseram às adversidades e aos adversários. Se amanhã caírem, não será uma negação de sua vitória atual. Nem será surpresa para eles. Eduardo Cunha entrou a semana sobrecarregado de perdas na sua tropa de deputados e danos pessoais. Atingido pela acusação na Lava Jato de extorquir US$ 5 milhões, consumiu as férias parlamentares ilegais esforçando-se para aparentar inteireza, mas o abatimento e certo desespero não se escondiam. Em 24 horas, seus comandados estavam todos, outra vez, de braços com ele. As vestais do PSDB na Câmara perderam os escrúpulos e se entregaram a Cunha. Que se viu de braço dado ainda com PDT e PTB, até então "governistas". Condições ótimas, portanto, para acionar a pauta-bomba, como foi feito. O que sobrou de voz adversária a Eduardo Cunha, na semana, foram dois editoriais. Mas não é Eduardo Cunha o alvo adequado de críticas à pauta-bomba e ao boicote da Câmara a medidas do "ajuste fiscal". As bombas são criadas na cabeça dele, é certo. Quem as detona, porém, são os peemedebistas de Cunha com o apoio decisivo do PSDB, secundados pelo restante da oposição. E, em certas ocasiões, também de ditos aliados do governo e até do PT. Em artigo na Folha ("Somos todos Câmara", 7.ago), diz Eduardo Cunha: "Não sou ativador de pautas-bomba". E joga uma pequena bomba no colo dos seus companheiros de bombardeio: "As pautas são elaboradas pelo colégio de líderes". Mas também é verdade que a maioria dos líderes, a começar pelos líderes de bancadas oposicionistas, é dominada por ele. E estende a sujeição às bancadas. Aí está a usina da crise, nesse conluio de oportunismos mesquinhos, entre aproveitadores e ambiciosos levianos. O que foi feito da crítica moral à eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara, já como personagem de suspeitas e acusações graves? Onde foi parar a grande reação moral às explicações fraudulentas de Renan Calheiros, quando revelada sua dependência ao cofre da empreiteira Mendes Jr. e mais ilegalidades? Dos dois casos para cá, não sobrou nada de caráter nos deputados indignados e em seus dirigentes partidários para manter um pouco de dignidade na relação com seus ex-criticados? Não. Logo, merecem estar sob o comando de Eduardo Cunha e Renan Calheiros, beneficiários, porém nenhum dos dois culpado da baixeza alheia. Mas muito menos culpado é o país. E está pagando, no presente e em comprometimentos do futuro, pelo estado ensandecido que a Câmara esparge no país, e se tem chamado apenas de crise. Pode-se perceber essa origem com clareza, se não houver o propósito preliminar de acobertar oposicionistas e a obsessão de atingir o governo. Nos últimos dias, por exemplo, a situação caótica agravou-se e a pregação de impeachment recrudesceu, com a arrogância de Aécio & cia. querendo derrubar, além da presidente, a própria Constituição em suas regras sucessórias. O governo errou muito, em política e em economia (vale a pena: para afinal entender o que levou à crise econômica, recupere o artigo fácil e inteligente da professora Laura Carvalho na Folha de sexta 7.ago, pág. A24). Mas o que fez o governo na semana passada que agravou a situação crítica? Nada. Humildemente nada. Houve o agravamento, no entanto. Todo ele produzido na Câmara e no Senado. Com votações antigoverno, que incluíram o exame de contas de governos passados para preparar a reprovação das contas de Dilma, caminho para o impeachment. E com a ameaça de reprovação à permanência de Rodrigo Janot, como punição à decência do seu atual mandato. Eduardo Cunha e Renan Calheiros subjugaram parte dos adversários e inutilizaram os demais. Dois vencedores. Apesar de si mesmos. A propósito, ou quase: antes de discutir a delação premiada, Fernando Soares, ou Fernando Baiano, dado como elo de grandes lances de corrupção envolvendo figuras do PMDB, decidiu providenciar a ida da mulher e dos filhos para os Estados Unidos. Sinal de que alguém perigoso está sob risco de revelações.
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Os vencedores e seus aliadosEduardo Cunha e Renan Calheiros venceram. E venceram andando no fio da navalha. Ambos merecem o reconhecimento de que se impuseram às adversidades e aos adversários. Se amanhã caírem, não será uma negação de sua vitória atual. Nem será surpresa para eles. Eduardo Cunha entrou a semana sobrecarregado de perdas na sua tropa de deputados e danos pessoais. Atingido pela acusação na Lava Jato de extorquir US$ 5 milhões, consumiu as férias parlamentares ilegais esforçando-se para aparentar inteireza, mas o abatimento e certo desespero não se escondiam. Em 24 horas, seus comandados estavam todos, outra vez, de braços com ele. As vestais do PSDB na Câmara perderam os escrúpulos e se entregaram a Cunha. Que se viu de braço dado ainda com PDT e PTB, até então "governistas". Condições ótimas, portanto, para acionar a pauta-bomba, como foi feito. O que sobrou de voz adversária a Eduardo Cunha, na semana, foram dois editoriais. Mas não é Eduardo Cunha o alvo adequado de críticas à pauta-bomba e ao boicote da Câmara a medidas do "ajuste fiscal". As bombas são criadas na cabeça dele, é certo. Quem as detona, porém, são os peemedebistas de Cunha com o apoio decisivo do PSDB, secundados pelo restante da oposição. E, em certas ocasiões, também de ditos aliados do governo e até do PT. Em artigo na Folha ("Somos todos Câmara", 7.ago), diz Eduardo Cunha: "Não sou ativador de pautas-bomba". E joga uma pequena bomba no colo dos seus companheiros de bombardeio: "As pautas são elaboradas pelo colégio de líderes". Mas também é verdade que a maioria dos líderes, a começar pelos líderes de bancadas oposicionistas, é dominada por ele. E estende a sujeição às bancadas. Aí está a usina da crise, nesse conluio de oportunismos mesquinhos, entre aproveitadores e ambiciosos levianos. O que foi feito da crítica moral à eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara, já como personagem de suspeitas e acusações graves? Onde foi parar a grande reação moral às explicações fraudulentas de Renan Calheiros, quando revelada sua dependência ao cofre da empreiteira Mendes Jr. e mais ilegalidades? Dos dois casos para cá, não sobrou nada de caráter nos deputados indignados e em seus dirigentes partidários para manter um pouco de dignidade na relação com seus ex-criticados? Não. Logo, merecem estar sob o comando de Eduardo Cunha e Renan Calheiros, beneficiários, porém nenhum dos dois culpado da baixeza alheia. Mas muito menos culpado é o país. E está pagando, no presente e em comprometimentos do futuro, pelo estado ensandecido que a Câmara esparge no país, e se tem chamado apenas de crise. Pode-se perceber essa origem com clareza, se não houver o propósito preliminar de acobertar oposicionistas e a obsessão de atingir o governo. Nos últimos dias, por exemplo, a situação caótica agravou-se e a pregação de impeachment recrudesceu, com a arrogância de Aécio & cia. querendo derrubar, além da presidente, a própria Constituição em suas regras sucessórias. O governo errou muito, em política e em economia (vale a pena: para afinal entender o que levou à crise econômica, recupere o artigo fácil e inteligente da professora Laura Carvalho na Folha de sexta 7.ago, pág. A24). Mas o que fez o governo na semana passada que agravou a situação crítica? Nada. Humildemente nada. Houve o agravamento, no entanto. Todo ele produzido na Câmara e no Senado. Com votações antigoverno, que incluíram o exame de contas de governos passados para preparar a reprovação das contas de Dilma, caminho para o impeachment. E com a ameaça de reprovação à permanência de Rodrigo Janot, como punição à decência do seu atual mandato. Eduardo Cunha e Renan Calheiros subjugaram parte dos adversários e inutilizaram os demais. Dois vencedores. Apesar de si mesmos. A propósito, ou quase: antes de discutir a delação premiada, Fernando Soares, ou Fernando Baiano, dado como elo de grandes lances de corrupção envolvendo figuras do PMDB, decidiu providenciar a ida da mulher e dos filhos para os Estados Unidos. Sinal de que alguém perigoso está sob risco de revelações.
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Aulas na internet ensinam a fazer móvel, desenho, penteado e massagem
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"Então, alunos, esse bambu aqui é o Phyllostachys áurea, mais conhecido como cana-da-índia ou bambu-mirim", diz o professor Rafael Gonçalves no meio de um bambuzal, ao som de uma flauta indiana. É falando difícil que ele começa o curso "Movelaria em Bambu Básico", ensinado a distância. A teoria fica só nas primeiras frases. Quase tudo o que se ensina nas 21 videoaulas é prático, desde técnicas de plantio, cultivo, colheita e tratamento do bambu até furações, montagens e acabamentos de móveis. Apesar da trilha sonora de aula de ioga, o curso não é zen. Exige habilidades com maçarico, furadeira, broca, serra, paquímetro, esmeril, grosa, formão, facão e, claro, exige também um bambuzal. "Mas é um método que dá para ser feito em apartamento, comprando bambu no Ceagesp", afirma Nilson Dias, da ONG Pindorama, de Nova Friburgo (RJ), responsável pelo curso, que custa R$ 290. Com o bambu em mãos, são necessárias quatro horas de aula para montar uma mesinha. Mede daqui, serra dali, bate, mede de novo, serra novamente, cola e amarra até chegar ao produto. As dúvidas que surgem são respondidas num fórum on-line. Quem consegue montar o próprio móvel envia uma foto à instituição e recebe um certificado. O curso é só um exemplo do que pode ser feito via internet. Mergulho, desenho, penteado e até massagem são passíveis de serem virtualmente ensinados. Para Vani Moreira Kenski, vice-presidente da Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância), a recessão potencializou a procura desse tipo de conteúdo. Em 2014, Ailton Guimarães, 21, trabalhava como auxiliar de almoxarifado em Quixeré (CE) quando foi demitido. Na época, já assistia pela internet às aulas do curso "Aprenda a Desenhar do Zero". Decidiu se jogar nas lições e viver de desenho. Composto por 30 vídeos, o curso custa R$ 397 e ensina quem não sabe desenhar "nem uma casinha" a produzir obras complexas, realistas, repletas de detalhes. Quem não tem intimidade com o traçado sente, no início, uma sensação de incompetência. Depois de muito grafite e folha de papel, começa a flertar com a tridimensionalidade ao transformar um simples círculo em uma esfera usando técnicas de sombreamento. Ao final, é possível pedir um certificado. Para o autor das aulas, o desenhista Ivan Querino, de Santo André, na Grande SP, não há diferença entre as modalidades de ensino. "Eu já tinha o método quando dava aulas presenciais. A diferença é que, antes de virar on-line, eram oito alunos. Agora, são 3.000, de todo o Brasil, de Angola e Portugal." Apesar da distância de quase 3.000 km entre Quixeré e Santo André, Guimarães não sentiu falta de um tutor. "Tirava minhas dúvidas por e-mail ou na comunidade no Facebook", diz. Hoje, diz vender oito desenhos por mês, entre R$ 150 e R$ 200 cada um, o que rende um valor semelhante ao salário que ele recebia como auxiliar de almoxarifado. Já o auxiliar de educação física Bruno Duarte Leite, 19, ainda não aplica na escola onde trabalha o que aprendeu no curso básico de massoterapia, da Prime Cursos, feito pela internet de forma gratuita no começo do ano. As 22 aulas são compostas de textos teóricos, vez ou outra ilustrados com fotos do Pinterest e vídeos do YouTube. O site diz que são necessárias 30 horas para finalizar o programa, mas Leite demorou menos de um dia para ler todo o conteúdo, que vai desde a história da massagem até explicações sobre o que é do-in, shiatsu, shantala e massagem desportiva, foco principal de Leite. "É uma área indispensável na preparação do atleta", diz. Na Prime Cursos, após a leitura das aulas é possível solicitar uma prova. Se o estudante acertar ao menos seis das dez questões pode solicitar um certificado a R$ 49,90. Leite acertou todas. Antonio Braun, fundador da Prime Cursos, que ministra cerca de 230 cursos livres, explica aos mais distraídos que o objetivo da plataforma não é formar profissionais.
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educacao
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Aulas na internet ensinam a fazer móvel, desenho, penteado e massagem"Então, alunos, esse bambu aqui é o Phyllostachys áurea, mais conhecido como cana-da-índia ou bambu-mirim", diz o professor Rafael Gonçalves no meio de um bambuzal, ao som de uma flauta indiana. É falando difícil que ele começa o curso "Movelaria em Bambu Básico", ensinado a distância. A teoria fica só nas primeiras frases. Quase tudo o que se ensina nas 21 videoaulas é prático, desde técnicas de plantio, cultivo, colheita e tratamento do bambu até furações, montagens e acabamentos de móveis. Apesar da trilha sonora de aula de ioga, o curso não é zen. Exige habilidades com maçarico, furadeira, broca, serra, paquímetro, esmeril, grosa, formão, facão e, claro, exige também um bambuzal. "Mas é um método que dá para ser feito em apartamento, comprando bambu no Ceagesp", afirma Nilson Dias, da ONG Pindorama, de Nova Friburgo (RJ), responsável pelo curso, que custa R$ 290. Com o bambu em mãos, são necessárias quatro horas de aula para montar uma mesinha. Mede daqui, serra dali, bate, mede de novo, serra novamente, cola e amarra até chegar ao produto. As dúvidas que surgem são respondidas num fórum on-line. Quem consegue montar o próprio móvel envia uma foto à instituição e recebe um certificado. O curso é só um exemplo do que pode ser feito via internet. Mergulho, desenho, penteado e até massagem são passíveis de serem virtualmente ensinados. Para Vani Moreira Kenski, vice-presidente da Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância), a recessão potencializou a procura desse tipo de conteúdo. Em 2014, Ailton Guimarães, 21, trabalhava como auxiliar de almoxarifado em Quixeré (CE) quando foi demitido. Na época, já assistia pela internet às aulas do curso "Aprenda a Desenhar do Zero". Decidiu se jogar nas lições e viver de desenho. Composto por 30 vídeos, o curso custa R$ 397 e ensina quem não sabe desenhar "nem uma casinha" a produzir obras complexas, realistas, repletas de detalhes. Quem não tem intimidade com o traçado sente, no início, uma sensação de incompetência. Depois de muito grafite e folha de papel, começa a flertar com a tridimensionalidade ao transformar um simples círculo em uma esfera usando técnicas de sombreamento. Ao final, é possível pedir um certificado. Para o autor das aulas, o desenhista Ivan Querino, de Santo André, na Grande SP, não há diferença entre as modalidades de ensino. "Eu já tinha o método quando dava aulas presenciais. A diferença é que, antes de virar on-line, eram oito alunos. Agora, são 3.000, de todo o Brasil, de Angola e Portugal." Apesar da distância de quase 3.000 km entre Quixeré e Santo André, Guimarães não sentiu falta de um tutor. "Tirava minhas dúvidas por e-mail ou na comunidade no Facebook", diz. Hoje, diz vender oito desenhos por mês, entre R$ 150 e R$ 200 cada um, o que rende um valor semelhante ao salário que ele recebia como auxiliar de almoxarifado. Já o auxiliar de educação física Bruno Duarte Leite, 19, ainda não aplica na escola onde trabalha o que aprendeu no curso básico de massoterapia, da Prime Cursos, feito pela internet de forma gratuita no começo do ano. As 22 aulas são compostas de textos teóricos, vez ou outra ilustrados com fotos do Pinterest e vídeos do YouTube. O site diz que são necessárias 30 horas para finalizar o programa, mas Leite demorou menos de um dia para ler todo o conteúdo, que vai desde a história da massagem até explicações sobre o que é do-in, shiatsu, shantala e massagem desportiva, foco principal de Leite. "É uma área indispensável na preparação do atleta", diz. Na Prime Cursos, após a leitura das aulas é possível solicitar uma prova. Se o estudante acertar ao menos seis das dez questões pode solicitar um certificado a R$ 49,90. Leite acertou todas. Antonio Braun, fundador da Prime Cursos, que ministra cerca de 230 cursos livres, explica aos mais distraídos que o objetivo da plataforma não é formar profissionais.
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Ueba! RG de Lula é do amigo!
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Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Predestinado do dia! Sabe como se chama o delegado que foi buscar o Lula? Luciano Flores. Que romântico! Receber flores logo cedo! Rarará! Sai o japonês e entra flores! E gosto muito do nome desse político: Pauderney, vice-presidente do DEM (DEU em Merda). E como ele é do Amazonas chamam ele de: Pauderney do Amazonas! Parece erva pra ereção que você compra na banquinha do Largo da Batata! "Problemas de ereção? Pauderney é a solução!" Rarará! E descobri o porquê da personalidade explosiva do Cunha. Ele estudou no Irã! Ginásio Estadual Irã! Rarará! E virou um aiatolá evangélico! E o "Sensacionalista": "PF descobre que o RG de Lula está em nome de amigo!". O RG tem a foto do Lula mas a assinatura do titular é: José Carlos Bumlai! Nem o RG do Lula é dele! Rarará! E os tucanos de SP? A Máfia da Merenda! Quando é que vão prender quem rouba comida de criança? É mole? É mole, mas sobe! E ontem foi o Dia Delas! Dia Internacional da Mulher! O homem sem a mulher não é nada. Nem corno! E uma amiga comemorou o Dia da Mulher provocando um engavetamento na Marginal. Só de birra! E uma outra comemorou o Dia da Mulher tendo orgasmos múltiplos com eco. Pro prédio inteiro ouvir! O mundo é das mulheres! E a homenagem de um caminhoneiro: "Parabéns a todas as mulheres, menos a Dilma". Rarará! E um travesti postou no Twitter: "Um quase obrigado de uma quase mulher". Antigamente a mulher só falava três coisas: "Xô, galinha". "Pra dentro, menino" e "a janta tá mesa". Hoje fala: "Xô, marido". "Bota o lixo pra fora" e "quando eu voltar quero a janta na mesa". Rarará! O mundo é das mulheres! Por isso que nóis sofre, mas nóis goza! Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Ueba! RG de Lula é do amigo!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Predestinado do dia! Sabe como se chama o delegado que foi buscar o Lula? Luciano Flores. Que romântico! Receber flores logo cedo! Rarará! Sai o japonês e entra flores! E gosto muito do nome desse político: Pauderney, vice-presidente do DEM (DEU em Merda). E como ele é do Amazonas chamam ele de: Pauderney do Amazonas! Parece erva pra ereção que você compra na banquinha do Largo da Batata! "Problemas de ereção? Pauderney é a solução!" Rarará! E descobri o porquê da personalidade explosiva do Cunha. Ele estudou no Irã! Ginásio Estadual Irã! Rarará! E virou um aiatolá evangélico! E o "Sensacionalista": "PF descobre que o RG de Lula está em nome de amigo!". O RG tem a foto do Lula mas a assinatura do titular é: José Carlos Bumlai! Nem o RG do Lula é dele! Rarará! E os tucanos de SP? A Máfia da Merenda! Quando é que vão prender quem rouba comida de criança? É mole? É mole, mas sobe! E ontem foi o Dia Delas! Dia Internacional da Mulher! O homem sem a mulher não é nada. Nem corno! E uma amiga comemorou o Dia da Mulher provocando um engavetamento na Marginal. Só de birra! E uma outra comemorou o Dia da Mulher tendo orgasmos múltiplos com eco. Pro prédio inteiro ouvir! O mundo é das mulheres! E a homenagem de um caminhoneiro: "Parabéns a todas as mulheres, menos a Dilma". Rarará! E um travesti postou no Twitter: "Um quase obrigado de uma quase mulher". Antigamente a mulher só falava três coisas: "Xô, galinha". "Pra dentro, menino" e "a janta tá mesa". Hoje fala: "Xô, marido". "Bota o lixo pra fora" e "quando eu voltar quero a janta na mesa". Rarará! O mundo é das mulheres! Por isso que nóis sofre, mas nóis goza! Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Papa diz que seguirá sem usar carro blindado para ficar perto das pessoas
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O papa Francisco, 80, disse saber que pode ser um alvo de um ataque, mas que continuará a viajar sem veículos blindados ou segurança reforçada porque quer chegar perto das pessoas. Ao contrário de seus antecessores, que usavam papamóveis ou limusines, Francisco circula em carros comuns em viagens internacionais, quase sempre ao contrário dos lideres com quem se encontra. "Estou a par dos riscos envolvidos", escreveu ele na introdução de um novo livro do autor italiano Andrea Tornielli, "Travelling" (Viajando), que trata das 17 viagens feitas pelo papa. Ele visitou 25 países desde que foi eleito, em 2013. "Talvez eu seja imprudente, mas devo dizer que não temo por mim. Estou sempre preocupado com a segurança daqueles que viajam comigo e, acima de tudo, das pessoas que encontro em vários países. Sempre há o risco de um gesto precipitado de um louco, mas o senhor está sempre por perto", disse o papa. "Eu não posso andar em carros blindados ou papamóveis fechados com vidro à prova de balas", prosseguiu. "Um bispo é um pastor, um pai, e não pode haver muitas barreiras entre ele e as pessoas." "Por causa disso, sempre digo de início que só viajarei se puder ter contato com as pessoas." Para circular em Roma, Francisco usa um Ford Focus e insiste em contar com nível reduzido de segurança. Neste ano, o pontífice deve fazer ao menos duas viagens: uma a Portugal e outra para a Índia e Bangladesh. Em 2013, durante viagem ao Brasil, o papa teve seu carro cercado por uma multidão depois que o motorista errou o caminho. Reveja no vídeo abaixo. Veja vídeo
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mundo
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Papa diz que seguirá sem usar carro blindado para ficar perto das pessoasO papa Francisco, 80, disse saber que pode ser um alvo de um ataque, mas que continuará a viajar sem veículos blindados ou segurança reforçada porque quer chegar perto das pessoas. Ao contrário de seus antecessores, que usavam papamóveis ou limusines, Francisco circula em carros comuns em viagens internacionais, quase sempre ao contrário dos lideres com quem se encontra. "Estou a par dos riscos envolvidos", escreveu ele na introdução de um novo livro do autor italiano Andrea Tornielli, "Travelling" (Viajando), que trata das 17 viagens feitas pelo papa. Ele visitou 25 países desde que foi eleito, em 2013. "Talvez eu seja imprudente, mas devo dizer que não temo por mim. Estou sempre preocupado com a segurança daqueles que viajam comigo e, acima de tudo, das pessoas que encontro em vários países. Sempre há o risco de um gesto precipitado de um louco, mas o senhor está sempre por perto", disse o papa. "Eu não posso andar em carros blindados ou papamóveis fechados com vidro à prova de balas", prosseguiu. "Um bispo é um pastor, um pai, e não pode haver muitas barreiras entre ele e as pessoas." "Por causa disso, sempre digo de início que só viajarei se puder ter contato com as pessoas." Para circular em Roma, Francisco usa um Ford Focus e insiste em contar com nível reduzido de segurança. Neste ano, o pontífice deve fazer ao menos duas viagens: uma a Portugal e outra para a Índia e Bangladesh. Em 2013, durante viagem ao Brasil, o papa teve seu carro cercado por uma multidão depois que o motorista errou o caminho. Reveja no vídeo abaixo. Veja vídeo
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Dilma quer andar de bicicleta em Nova York; assessores temem vaia
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Empenhada em manter a boa forma, a presidente Dilma Rousseff não quer abandonar a rotina de exercícios durante sua viagem aos Estados Unidos, que começa neste sábado (27). Segundo a Folha apurou, Dilma pretende aproveitar a manhã de domingo livre em Nova York para passear de bicicleta. Seus assessores e seguranças, no entanto, tentam dissuadi-la da ideia. A avaliação do Planalto é que a exposição da presidente na cidade pode não ser positiva. Assessores temem que Dilma seja vaiada ou ouça manifestações negativas caso encontre turistas brasileiros pelo caminho. Há dois locais considerados como boas opções para a pedalada: o Central Park, bem próximo do hotel em que estará hospedada, na ilha de Manhattan, ou a ciclovia às margens do rio Hudson –que tem menor presença de turistas. Para a equipe de segurança, o desafio é fazer a avaliação do trajeto com antecedência, uma espécie de checagem para evitar quedas e situações embaraçosas para a presidente. A decisão final, porém, é da presidente e a expectativa é que ela decida pelo passeio, no Central Park. Desde o mês passado, Dilma sido fotografada pedalando sua bicicleta nova, comprada por um assessor, em Brasília. É com ela, de acordo com o que apurou a Folha, que Dilma passearia por Nova York –o equipamento seria transportado no avião presidencial.
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Dilma quer andar de bicicleta em Nova York; assessores temem vaiaEmpenhada em manter a boa forma, a presidente Dilma Rousseff não quer abandonar a rotina de exercícios durante sua viagem aos Estados Unidos, que começa neste sábado (27). Segundo a Folha apurou, Dilma pretende aproveitar a manhã de domingo livre em Nova York para passear de bicicleta. Seus assessores e seguranças, no entanto, tentam dissuadi-la da ideia. A avaliação do Planalto é que a exposição da presidente na cidade pode não ser positiva. Assessores temem que Dilma seja vaiada ou ouça manifestações negativas caso encontre turistas brasileiros pelo caminho. Há dois locais considerados como boas opções para a pedalada: o Central Park, bem próximo do hotel em que estará hospedada, na ilha de Manhattan, ou a ciclovia às margens do rio Hudson –que tem menor presença de turistas. Para a equipe de segurança, o desafio é fazer a avaliação do trajeto com antecedência, uma espécie de checagem para evitar quedas e situações embaraçosas para a presidente. A decisão final, porém, é da presidente e a expectativa é que ela decida pelo passeio, no Central Park. Desde o mês passado, Dilma sido fotografada pedalando sua bicicleta nova, comprada por um assessor, em Brasília. É com ela, de acordo com o que apurou a Folha, que Dilma passearia por Nova York –o equipamento seria transportado no avião presidencial.
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Gestão Alckmin cancela licitação de R$ 148 mi só em troféus e medalhas
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A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) cancelou uma licitação na qual previa gastar R$ 148 milhões na compra de 1,8 milhão de medalhas e 113 mil troféus. A revogação ocorreu após a Folha ter detectado indícios de fraude e encaminhado alguns questionamentos ao governo paulista. Esse pregão eletrônico foi aberto em abril pela Secretaria de Esportes e Lazer, que está sob o comando de Paulo Gustavo Maiurino, desde maio deste ano, e é loteada pelo PRB. Troféus e medalhas, segundo o edital, seriam distribuídos em campeonatos promovidos pela secretaria. A proposta da empresa vencedora, e que foi aceita pela gestão tucana, continha troféus que custariam R$ 7.000 e medalhas que sairiam por R$ 250 cada. No edital, há diversos tipos de objetos. Em alguns casos, o documento diz que o governo compraria 80 mil medalhas de um mesmo modelo e 1.500 troféus de R$ 7.000 para premiar campeões. A licitação era do tipo "registro de preço". Funciona assim: o governo cria um edital para comprar certa quantidade de um produto no período de um ano. Vence quem oferecer o menor preço. Por lei, esse tipo de licitação não obriga o Estado a comprar os produtos nem a quantidade proposta no edital. Ele pode adquirir o quanto quiser durante um ano, desde que respeite o preço decidido no pregão e dê preferência à empresa vencedora. Questionada, a gestão Alckmin não informou se pretendia de fato comprar todo o material informado no edital. Pelo total de medalhas, daria para entregar ao menos uma para cada morador de Curitiba. EM FAMÍLIA A concorrência foi realizada no dia 19 de abril por meio de um pregão eletrônico. A empresa AW Sports venceu os quatro lotes disponíveis. Em três dos quatro lotes, só ela e mais duas participaram. A AW Sports fica em uma casa na zona oeste de SP. No mesmo imóvel funciona a Mega Dados, que também participou da disputa. As duas são comandadas pelo empresário Waldir Presotto –uma delas está no nome de sua filha. No pregão, cada uma de suas empresas fez ofertas diferentes: uma sempre muito alta e a outra, mais baixa. O empresário confirmou que inscreveu as duas empresas na licitação, mas disse que não teve a intenção de manipular a competição. No mercado de licitações, tem se tornado comum governos estaduais e municipais se utilizarem de uma "pegadinha" para baixar os preços. Ao lançar a licitação, o governo mostra a intenção de comprar um enorme volume de um produto naquele ano. As empresas interessadas em vender grandes quantias então baixam seus preços para conseguir vencer a disputa. Mas depois o governo acaba comprando muito menos do que afirmou estar disposto durante o processo inicial. Segundo um empresário, microempresas chegam a quebrar por causa da "pegadinha". A vencedora se planeja para entregar a quantidade descrita na licitação, mas, depois, acaba vendendo uma pequena parcela, arcando com o prejuízo. "Esse procedimento viola princípios da moralidade e da transparência. Na busca de um preço menor, o Estado age de forma ardilosa. Não dá para admitir que um governo faça isso", afirma Rodrigo Matheus, mestre em direito do Estado e membro do Instituto dos Advogados de SP. Nesta quinta (2), um dia após as indagações da reportagem, a Corregedoria Geral da Administração foi acionada e instaurou processo para investigar os responsáveis pela abertura da licitação. Haverá ainda uma investigação criminal na Polícia Civil para averiguar a conduta dos servidores da pasta e de empresas envolvidas no caso.
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cotidiano
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Gestão Alckmin cancela licitação de R$ 148 mi só em troféus e medalhasA gestão Geraldo Alckmin (PSDB) cancelou uma licitação na qual previa gastar R$ 148 milhões na compra de 1,8 milhão de medalhas e 113 mil troféus. A revogação ocorreu após a Folha ter detectado indícios de fraude e encaminhado alguns questionamentos ao governo paulista. Esse pregão eletrônico foi aberto em abril pela Secretaria de Esportes e Lazer, que está sob o comando de Paulo Gustavo Maiurino, desde maio deste ano, e é loteada pelo PRB. Troféus e medalhas, segundo o edital, seriam distribuídos em campeonatos promovidos pela secretaria. A proposta da empresa vencedora, e que foi aceita pela gestão tucana, continha troféus que custariam R$ 7.000 e medalhas que sairiam por R$ 250 cada. No edital, há diversos tipos de objetos. Em alguns casos, o documento diz que o governo compraria 80 mil medalhas de um mesmo modelo e 1.500 troféus de R$ 7.000 para premiar campeões. A licitação era do tipo "registro de preço". Funciona assim: o governo cria um edital para comprar certa quantidade de um produto no período de um ano. Vence quem oferecer o menor preço. Por lei, esse tipo de licitação não obriga o Estado a comprar os produtos nem a quantidade proposta no edital. Ele pode adquirir o quanto quiser durante um ano, desde que respeite o preço decidido no pregão e dê preferência à empresa vencedora. Questionada, a gestão Alckmin não informou se pretendia de fato comprar todo o material informado no edital. Pelo total de medalhas, daria para entregar ao menos uma para cada morador de Curitiba. EM FAMÍLIA A concorrência foi realizada no dia 19 de abril por meio de um pregão eletrônico. A empresa AW Sports venceu os quatro lotes disponíveis. Em três dos quatro lotes, só ela e mais duas participaram. A AW Sports fica em uma casa na zona oeste de SP. No mesmo imóvel funciona a Mega Dados, que também participou da disputa. As duas são comandadas pelo empresário Waldir Presotto –uma delas está no nome de sua filha. No pregão, cada uma de suas empresas fez ofertas diferentes: uma sempre muito alta e a outra, mais baixa. O empresário confirmou que inscreveu as duas empresas na licitação, mas disse que não teve a intenção de manipular a competição. No mercado de licitações, tem se tornado comum governos estaduais e municipais se utilizarem de uma "pegadinha" para baixar os preços. Ao lançar a licitação, o governo mostra a intenção de comprar um enorme volume de um produto naquele ano. As empresas interessadas em vender grandes quantias então baixam seus preços para conseguir vencer a disputa. Mas depois o governo acaba comprando muito menos do que afirmou estar disposto durante o processo inicial. Segundo um empresário, microempresas chegam a quebrar por causa da "pegadinha". A vencedora se planeja para entregar a quantidade descrita na licitação, mas, depois, acaba vendendo uma pequena parcela, arcando com o prejuízo. "Esse procedimento viola princípios da moralidade e da transparência. Na busca de um preço menor, o Estado age de forma ardilosa. Não dá para admitir que um governo faça isso", afirma Rodrigo Matheus, mestre em direito do Estado e membro do Instituto dos Advogados de SP. Nesta quinta (2), um dia após as indagações da reportagem, a Corregedoria Geral da Administração foi acionada e instaurou processo para investigar os responsáveis pela abertura da licitação. Haverá ainda uma investigação criminal na Polícia Civil para averiguar a conduta dos servidores da pasta e de empresas envolvidas no caso.
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Ex-arcebispo morre no Vaticano antes de julgamento por pedofilia
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O Vaticano anunciou nesta sexta-feira (28) a morte do ex-arcebispo Jozef Wesolowski, o primeiro religioso a ser preso na cidade-estado por acusações de abuso sexual de menores de idade. Segundo um comunicado do Vaticano, o polonês de 67 anos foi encontrado morto no quarto onde era mantido sob prisão domiciliar. As autoridades afirmaram ter pedido uma autópsia, mas que os testes iniciais "apontaram que a morte teve causas naturais". O papa Francisco foi informado da morte. Wesolowski é acusado de armazenar pornografia infantil e de ter mantido relações sexuais com menores de idade quando exercia o cargo de núncio na República Dominicana, entre janeiro de 2008 e agosto de 2013. Excomungado em junho de 2014, Wesolowski se tornou a autoridade de alto escalão a ser detida no Vaticano sob acusações de pedofilia. Seu julgamento, que deveria ter começado em julho, foi adiado indefinidamente devido a problemas de saúde que ele desenvolveu há alguns meses. A denúncia de Wesolowski é representativa da política estimulada pelo papa Francisco de combate a crimes de pedofilia cometidos por membros da Igreja Católica. Em junho, foi anunciada a criação de uma corte exclusiva para julgar bispos acusados de negligência em relação a casos de abuso sexual.
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mundo
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Ex-arcebispo morre no Vaticano antes de julgamento por pedofiliaO Vaticano anunciou nesta sexta-feira (28) a morte do ex-arcebispo Jozef Wesolowski, o primeiro religioso a ser preso na cidade-estado por acusações de abuso sexual de menores de idade. Segundo um comunicado do Vaticano, o polonês de 67 anos foi encontrado morto no quarto onde era mantido sob prisão domiciliar. As autoridades afirmaram ter pedido uma autópsia, mas que os testes iniciais "apontaram que a morte teve causas naturais". O papa Francisco foi informado da morte. Wesolowski é acusado de armazenar pornografia infantil e de ter mantido relações sexuais com menores de idade quando exercia o cargo de núncio na República Dominicana, entre janeiro de 2008 e agosto de 2013. Excomungado em junho de 2014, Wesolowski se tornou a autoridade de alto escalão a ser detida no Vaticano sob acusações de pedofilia. Seu julgamento, que deveria ter começado em julho, foi adiado indefinidamente devido a problemas de saúde que ele desenvolveu há alguns meses. A denúncia de Wesolowski é representativa da política estimulada pelo papa Francisco de combate a crimes de pedofilia cometidos por membros da Igreja Católica. Em junho, foi anunciada a criação de uma corte exclusiva para julgar bispos acusados de negligência em relação a casos de abuso sexual.
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