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STF antecipa reforma ao barrar ações de aposentados
A decisão do Supremo Tribunal Federal de proibir a desaposentação reforça a percepção de que o Judiciário se antecipa ao Legislativo em questões que poderiam ser resolvidas no Congresso. A também chamada troca da aposentadoria vinha sendo discutida há anos. Alguns juízes de primeira e segunda instância chegaram a decidir pelo aposentado, garantindo o recálculo do benefício -na prática, a renúncia do antigo e a concessão de um novo, com base nas contribuições efetuadas após a aposentadoria-; outros exigiam que o segurado devolvesse os valores já recebidos para ter direito ao novo valor. Quando chegou ao STF, os ministros decidiram em novembro de 2011 que o caso era de repercussão geral, mecanismo que obriga as demais instâncias a seguir mesmo entendimento, para por fim de vez à questão. Acabou decidindo apenas cinco anos depois. O Congresso tem vários projetos sobre o tema, que nunca chegou a ser discutido de verdade entre parlamentares e governo, mesmo que muitos desses textos sejam de deputados da base, ou mesmo do partido, de Dilma Rousseff. O governo petista sabia dos riscos para o caixa previdenciário da medida, por isso evitou sempre que o tema entrasse em pauta. Este novo governo, agora com Michel Temer, é o maior beneficiário da decisão do Supremo. A proibição à desaposentação era uma das medidas que Temer deve propor para a reforma da Previdência. Com a pacificação da questão no Judiciário, Temer evita o desgaste da discussão dessa proposta, bastante impopular, e deixa o ônus todo com o STF. PRECOCE A troca da aposentadoria decorre de um dos pontos que a reforma pretende atacar: os benefícios precoces. Quem se aposenta cedo (a média brasileira é abaixo dos 55 anos) sofre com o fator previdenciário, que varia de acordo com idade do trabalhador, tempo de contribuição e expectativa de sobrevida. Ao continuar no mercado por mais cinco anos, por exemplo, o aposentado teria, na troca do benefício, um recálculo considerando esse tempo extra e a nova idade, o que garantiria um fator menos agressivo e uma aposentadoria, portanto, maior. Seria uma forma de se "driblar" o fator, mas o STF fechou essa brecha, deixando o governo livre para debater só a idade mínima na concessão da aposentadoria, medida também impopular, mas que atinge apenas quem ainda não se aposentou. A ideia é exigir que o benefício seja concedido apenas aos 65 anos. Mas isso não vai impedir que o valor do benefício continue incomodando o aposentado. Hoje, quem se aposenta aos 35 anos de contribuição e 65 anos de idade consegue a aposentadoria integral. Pela proposta de Temer, receberia só 85% desse valor. Para conseguir o valor cheio seria preciso trabalhar por ao menos 50 anos. O STF aliviou para Temer ao decidir parte da reforma, mas ele ainda terá de contar com a boa vontade do Congresso para conseguir emplacar medidas impopulares na Previdência.
mercado
STF antecipa reforma ao barrar ações de aposentadosA decisão do Supremo Tribunal Federal de proibir a desaposentação reforça a percepção de que o Judiciário se antecipa ao Legislativo em questões que poderiam ser resolvidas no Congresso. A também chamada troca da aposentadoria vinha sendo discutida há anos. Alguns juízes de primeira e segunda instância chegaram a decidir pelo aposentado, garantindo o recálculo do benefício -na prática, a renúncia do antigo e a concessão de um novo, com base nas contribuições efetuadas após a aposentadoria-; outros exigiam que o segurado devolvesse os valores já recebidos para ter direito ao novo valor. Quando chegou ao STF, os ministros decidiram em novembro de 2011 que o caso era de repercussão geral, mecanismo que obriga as demais instâncias a seguir mesmo entendimento, para por fim de vez à questão. Acabou decidindo apenas cinco anos depois. O Congresso tem vários projetos sobre o tema, que nunca chegou a ser discutido de verdade entre parlamentares e governo, mesmo que muitos desses textos sejam de deputados da base, ou mesmo do partido, de Dilma Rousseff. O governo petista sabia dos riscos para o caixa previdenciário da medida, por isso evitou sempre que o tema entrasse em pauta. Este novo governo, agora com Michel Temer, é o maior beneficiário da decisão do Supremo. A proibição à desaposentação era uma das medidas que Temer deve propor para a reforma da Previdência. Com a pacificação da questão no Judiciário, Temer evita o desgaste da discussão dessa proposta, bastante impopular, e deixa o ônus todo com o STF. PRECOCE A troca da aposentadoria decorre de um dos pontos que a reforma pretende atacar: os benefícios precoces. Quem se aposenta cedo (a média brasileira é abaixo dos 55 anos) sofre com o fator previdenciário, que varia de acordo com idade do trabalhador, tempo de contribuição e expectativa de sobrevida. Ao continuar no mercado por mais cinco anos, por exemplo, o aposentado teria, na troca do benefício, um recálculo considerando esse tempo extra e a nova idade, o que garantiria um fator menos agressivo e uma aposentadoria, portanto, maior. Seria uma forma de se "driblar" o fator, mas o STF fechou essa brecha, deixando o governo livre para debater só a idade mínima na concessão da aposentadoria, medida também impopular, mas que atinge apenas quem ainda não se aposentou. A ideia é exigir que o benefício seja concedido apenas aos 65 anos. Mas isso não vai impedir que o valor do benefício continue incomodando o aposentado. Hoje, quem se aposenta aos 35 anos de contribuição e 65 anos de idade consegue a aposentadoria integral. Pela proposta de Temer, receberia só 85% desse valor. Para conseguir o valor cheio seria preciso trabalhar por ao menos 50 anos. O STF aliviou para Temer ao decidir parte da reforma, mas ele ainda terá de contar com a boa vontade do Congresso para conseguir emplacar medidas impopulares na Previdência.
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Lesão na costela faz presidente argentino cancelar viagem para Celac
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, não participará da cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), que acontece nesta semana no Equador. A ausência foi recomendada por seus médicos. Há 15 dias, Macri fissurou uma costela ao cair enquanto brincava com sua filha de quatro anos, Antonia. A vice-presidente, Gabriela Michetti, será a representante do país no encontro, do qual também participará a presidente Dilma Rousseff. O diretor da unidade médica presidencial da Argentina, Marcelo Ballesteros, recomendou que Macri ficasse no país após a agenda intensa que teve na semana passada, durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. Já machucado, o presidente compareceu a 26 reuniões, além de duas entrevistas coletivas, em apenas três dias. A fissura na costela impede o dirigente de realizar esforços respiratórios e, por isso, viagens a locais com altitude superior a 2.400 metros não são recomendáveis. Quito, cidade-sede do evento, está a cerca de 2.800 metros do nível do mar.
mundo
Lesão na costela faz presidente argentino cancelar viagem para CelacO presidente da Argentina, Mauricio Macri, não participará da cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), que acontece nesta semana no Equador. A ausência foi recomendada por seus médicos. Há 15 dias, Macri fissurou uma costela ao cair enquanto brincava com sua filha de quatro anos, Antonia. A vice-presidente, Gabriela Michetti, será a representante do país no encontro, do qual também participará a presidente Dilma Rousseff. O diretor da unidade médica presidencial da Argentina, Marcelo Ballesteros, recomendou que Macri ficasse no país após a agenda intensa que teve na semana passada, durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. Já machucado, o presidente compareceu a 26 reuniões, além de duas entrevistas coletivas, em apenas três dias. A fissura na costela impede o dirigente de realizar esforços respiratórios e, por isso, viagens a locais com altitude superior a 2.400 metros não são recomendáveis. Quito, cidade-sede do evento, está a cerca de 2.800 metros do nível do mar.
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Estudo clássico de 1943 analisa a arte do pintor sevilhano Diego Velázquez
O espanhol Ortega y Gasset escreveu em 1943 esse estudo clássico sobre Diego Velázquez (1599-1660). Partindo da vida sem sobressaltos do pintor sevilhano da corte de Filipe 4º, o pensador define sua "arte da distância" como precursora do realismo moderno (pois recusa o ilusionismo maneirista para assumir o irrealismo de toda representação). Na interpretação desse retorno às coisas em seu estado bruto, aos seres em sua inapelável trivialidade (mesmo quando as personagens são a família real), resplandece a milagrosa capacidade do filósofo de materializar a pintura por meio de palavras. Velázquez. Autor: José Ortega y Gasset. Tradução: Célia Euvaldo. Editora: WMF Martins Fontes (2016, 232 págs., R$ 49,90) * FILME Ninfeta entre escombros Após o suicídio de Hitler, um oficial nazista e sua mulher abandonam a casa às pressas e mandam seus cinco filhos fugirem rumo a Hamburgo, no norte de uma Alemanha devastada. No caminho, eles são ajudados por Thomas (Kai Malina), supostamente um jovem judeu sobrevivente de campo de extermínio, com a qual a primogênita Lore (Saskia Rosendahl) mantém relação ambígua. O ponto forte são a fotografia impressionista e a atriz principal, no papel de uma ninfeta nazi que vai descobrindo os escombros de suas próprias perversões. Lore. Direção: Cate Shortland. Elenco: Saskia Rosendahl e Kai Malina. Distribuidora: Europa Filmes (2012). Na Apple TV e no Google Play (R$ 3,90) * DISCO Ímpeto e melancolia Hoje pouco lido, o escritor romântico Victor Hugo (1802-1885) foi não apenas o autor do romance "Os Miseráveis" e o poeta nacional da França. Também reverenciado pelos compositores, teve vários de seus textos e versos musicados por Liszt, Fauré, Lalo e Saint-Saëns, que assinam (ao lado de compositores menos conhecidos como Benjamin Godard, Louis Lacombe e Paul Vidal) essas canções que vão do melancólico ao impetuoso. Victor Hugo en Musique. Artistas: Konstantin Wolff (baixo-barítono) e Trung Sam (piano). Gravadora: Harmonia Mundi (2016, R$ 51,80, importado)
colunas
Estudo clássico de 1943 analisa a arte do pintor sevilhano Diego VelázquezO espanhol Ortega y Gasset escreveu em 1943 esse estudo clássico sobre Diego Velázquez (1599-1660). Partindo da vida sem sobressaltos do pintor sevilhano da corte de Filipe 4º, o pensador define sua "arte da distância" como precursora do realismo moderno (pois recusa o ilusionismo maneirista para assumir o irrealismo de toda representação). Na interpretação desse retorno às coisas em seu estado bruto, aos seres em sua inapelável trivialidade (mesmo quando as personagens são a família real), resplandece a milagrosa capacidade do filósofo de materializar a pintura por meio de palavras. Velázquez. Autor: José Ortega y Gasset. Tradução: Célia Euvaldo. Editora: WMF Martins Fontes (2016, 232 págs., R$ 49,90) * FILME Ninfeta entre escombros Após o suicídio de Hitler, um oficial nazista e sua mulher abandonam a casa às pressas e mandam seus cinco filhos fugirem rumo a Hamburgo, no norte de uma Alemanha devastada. No caminho, eles são ajudados por Thomas (Kai Malina), supostamente um jovem judeu sobrevivente de campo de extermínio, com a qual a primogênita Lore (Saskia Rosendahl) mantém relação ambígua. O ponto forte são a fotografia impressionista e a atriz principal, no papel de uma ninfeta nazi que vai descobrindo os escombros de suas próprias perversões. Lore. Direção: Cate Shortland. Elenco: Saskia Rosendahl e Kai Malina. Distribuidora: Europa Filmes (2012). Na Apple TV e no Google Play (R$ 3,90) * DISCO Ímpeto e melancolia Hoje pouco lido, o escritor romântico Victor Hugo (1802-1885) foi não apenas o autor do romance "Os Miseráveis" e o poeta nacional da França. Também reverenciado pelos compositores, teve vários de seus textos e versos musicados por Liszt, Fauré, Lalo e Saint-Saëns, que assinam (ao lado de compositores menos conhecidos como Benjamin Godard, Louis Lacombe e Paul Vidal) essas canções que vão do melancólico ao impetuoso. Victor Hugo en Musique. Artistas: Konstantin Wolff (baixo-barítono) e Trung Sam (piano). Gravadora: Harmonia Mundi (2016, R$ 51,80, importado)
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Petroleiras obtêm liminar contra cobrança de novos impostos no Rio
Petroleiras internacionais com operação no Brasil obtiveram liminares judiciais contra a criação de novos impostos sobre a produção de petróleo no Rio. A cobrança foi instituída no dia 30 de dezembro de 2015, como parte do esforço para buscar alternativas à crise financeira do Estado. A primeira liminar refere-se à cobrança de ICMS sobre a produção de petróleo –atualmente, o imposto incide apenas sobre a venda de combustíveis. A Justiça acatou o argumento de que "não há que se falar em mercadoria enquanto o petróleo se encontra no subsolo". O governo do Rio esperava arrecadar R$ 1,2 bilhão com o imposto, cuja alíquota foi definida em 18%. Na segunda liminar, as petroleiras questionavam a taxa de fiscalização ambiental da atividade de produção de petróleo, de R$ 2,71 por barril produzido. As empresas alegam que a atribuição é do Ibama (Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e, por isso, não há razão para a cobrança pelo governo do Rio. Segundo estimativas da secretaria estadual de Fazenda, a taxa garantiria uma arrecadação de R$ 1,8 bilhão. O pedido de liminar foi feito pelo escritório Machado Meyer Advogados, contratado pelas empresas BG., Chevron, Petrogal, Repsol, Shell e Statoil. As petroleiras também questionam os impostos no Supremo Tribunal Federal, por meio da Associação Brasileira das Empresas de Petróleo (Abep). Principal prejudicada pelas novas taxas, a Petrobras informou em seu balanço de 2015 que também questionará os novos impostos na Justiça.
mercado
Petroleiras obtêm liminar contra cobrança de novos impostos no RioPetroleiras internacionais com operação no Brasil obtiveram liminares judiciais contra a criação de novos impostos sobre a produção de petróleo no Rio. A cobrança foi instituída no dia 30 de dezembro de 2015, como parte do esforço para buscar alternativas à crise financeira do Estado. A primeira liminar refere-se à cobrança de ICMS sobre a produção de petróleo –atualmente, o imposto incide apenas sobre a venda de combustíveis. A Justiça acatou o argumento de que "não há que se falar em mercadoria enquanto o petróleo se encontra no subsolo". O governo do Rio esperava arrecadar R$ 1,2 bilhão com o imposto, cuja alíquota foi definida em 18%. Na segunda liminar, as petroleiras questionavam a taxa de fiscalização ambiental da atividade de produção de petróleo, de R$ 2,71 por barril produzido. As empresas alegam que a atribuição é do Ibama (Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e, por isso, não há razão para a cobrança pelo governo do Rio. Segundo estimativas da secretaria estadual de Fazenda, a taxa garantiria uma arrecadação de R$ 1,8 bilhão. O pedido de liminar foi feito pelo escritório Machado Meyer Advogados, contratado pelas empresas BG., Chevron, Petrogal, Repsol, Shell e Statoil. As petroleiras também questionam os impostos no Supremo Tribunal Federal, por meio da Associação Brasileira das Empresas de Petróleo (Abep). Principal prejudicada pelas novas taxas, a Petrobras informou em seu balanço de 2015 que também questionará os novos impostos na Justiça.
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Feirão de imóveis terá desconto de até R$ 40 mil para servidores em SP
Os servidores estaduais da Grande São Paulo interessados em adquirir a casa própria podem conseguir um bom desconto no feirão que ocorre neste fim de semana no Ginásio do Ibirapuera. Com subsídios que variam de R$ 5.000 a R$ R$ 40 mil, o governo do Estado pretende fornecer ao menos 7.500 imóveis para negociação durante o feirão. O feirão é voltado para moradores da capital e da Grande São Paulo, mas, segundo a Secretaria da Habitação, deve ser expandido para o interior. O evento é aberto a toda a população interessada na aquisição da casa própria, mas apenas servidores estaduais e beneficiários do auxílio-moradia têm direito ao subsídio. O desconto varia de acordo com a renda familiar e a cidade onde o imóvel está localizado. Para uma família com renda de até R$ 1.760, o desconto pode chegar a R$ 40 mil na capital. O valor do imóvel também varia dependendo da cidade. Em municípios da região metropolitana com menos de 100 mil moradores, como Cajamar, o valor máximo do imóvel é de R$ 170 mil. Para as cidades maiores, o teto é de R$ 190 mil. Na capital, o limite é de R$ 200 mil. Para participar do feirão, é preciso se cadastrar e imprimir um convite. Além disso, o financiamento do imóvel precisará ser aprovado pela Caixa Econômica Federal. * FEIRÃO MORAR BEM, VIVER MELHOR Quando Sábado (5) e domingo (6) Horário: das 9h às 20h Onde: Ginásio do Ibirapuera; transporte gratuito saindo da estação Ana Rosa do Metrô para o Ginásio do Ibirapuera, entre 7h30 e 19h30. O último retorno do Ibirapuera para o metrô será às 21h - COMO ADQUIRIR O CHEQUE-MORADIA >>O servidor deve fazer o cadastro no site www.habitação.sp.gov.br até domingo (6) >>Depois, é preciso imprimir o convite para o feirão e reunir toda a documentação exigida para o pedido de financiamento ser analisado >>O cheque-moradia só será entregue se a Caixa Econômica Federal aprovar o financiamento do servidor >>Caso não tenha escolhido um imóvel, será possível fazer a negociação nos estandes de venda do feirão CONDIÇÕES PARA OBTER DESCONTO Na capital - O valor máximo do imóvel que pode ser financiado é de R$ 200 mil na região metropolitana de são paulo - O valor máximo do imóvel financiado é de R$ 190 mil para cidades com mais de 100 mil habitantes e de R$ 170 mil para cidades com menos de 100 mil habitantes
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Feirão de imóveis terá desconto de até R$ 40 mil para servidores em SPOs servidores estaduais da Grande São Paulo interessados em adquirir a casa própria podem conseguir um bom desconto no feirão que ocorre neste fim de semana no Ginásio do Ibirapuera. Com subsídios que variam de R$ 5.000 a R$ R$ 40 mil, o governo do Estado pretende fornecer ao menos 7.500 imóveis para negociação durante o feirão. O feirão é voltado para moradores da capital e da Grande São Paulo, mas, segundo a Secretaria da Habitação, deve ser expandido para o interior. O evento é aberto a toda a população interessada na aquisição da casa própria, mas apenas servidores estaduais e beneficiários do auxílio-moradia têm direito ao subsídio. O desconto varia de acordo com a renda familiar e a cidade onde o imóvel está localizado. Para uma família com renda de até R$ 1.760, o desconto pode chegar a R$ 40 mil na capital. O valor do imóvel também varia dependendo da cidade. Em municípios da região metropolitana com menos de 100 mil moradores, como Cajamar, o valor máximo do imóvel é de R$ 170 mil. Para as cidades maiores, o teto é de R$ 190 mil. Na capital, o limite é de R$ 200 mil. Para participar do feirão, é preciso se cadastrar e imprimir um convite. Além disso, o financiamento do imóvel precisará ser aprovado pela Caixa Econômica Federal. * FEIRÃO MORAR BEM, VIVER MELHOR Quando Sábado (5) e domingo (6) Horário: das 9h às 20h Onde: Ginásio do Ibirapuera; transporte gratuito saindo da estação Ana Rosa do Metrô para o Ginásio do Ibirapuera, entre 7h30 e 19h30. O último retorno do Ibirapuera para o metrô será às 21h - COMO ADQUIRIR O CHEQUE-MORADIA >>O servidor deve fazer o cadastro no site www.habitação.sp.gov.br até domingo (6) >>Depois, é preciso imprimir o convite para o feirão e reunir toda a documentação exigida para o pedido de financiamento ser analisado >>O cheque-moradia só será entregue se a Caixa Econômica Federal aprovar o financiamento do servidor >>Caso não tenha escolhido um imóvel, será possível fazer a negociação nos estandes de venda do feirão CONDIÇÕES PARA OBTER DESCONTO Na capital - O valor máximo do imóvel que pode ser financiado é de R$ 200 mil na região metropolitana de são paulo - O valor máximo do imóvel financiado é de R$ 190 mil para cidades com mais de 100 mil habitantes e de R$ 170 mil para cidades com menos de 100 mil habitantes
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Suspeitos de golpe do FGTS enviam carta a diretor do Procon por engano
Um escritório de advocacia suspeito de dar golpes usando "iscas" como o resgate de dinheiro do PIS ou do FGTS errou feio o alvo há alguns dias. O grupo, que anuncia os serviços por carta, mandou correspondência para a casa do diretor-executivo do Procon-SP, Paulo Miguel. Ele vai abrir um processo no órgão para investigar a cobrança indevida por serviços que muitas vezes nem existem. Leia a coluna completa aqui
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Suspeitos de golpe do FGTS enviam carta a diretor do Procon por enganoUm escritório de advocacia suspeito de dar golpes usando "iscas" como o resgate de dinheiro do PIS ou do FGTS errou feio o alvo há alguns dias. O grupo, que anuncia os serviços por carta, mandou correspondência para a casa do diretor-executivo do Procon-SP, Paulo Miguel. Ele vai abrir um processo no órgão para investigar a cobrança indevida por serviços que muitas vezes nem existem. Leia a coluna completa aqui
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Rosangela Lyra foi humilde ao reconhecer erro, diz leitor
Rosangela Lyra (Pior sem ela ), acertou em cheio ao declarar publicamente a sua constatação, obtida junto aos procuradores federais, quanto à lisura do governo federal em relação às investigações da Lava Jato. Acerta também ao interpretar que a mudança pretendida (pós-impedimento) tem um viés claro de tentar obstruir o que vem sendo investigado. Que essa posição seja replicada entre aqueles que, como ela, passaram a questionar os interesses dos envolvidos nos pedidos de impeachment. LÚCIA HELENA RIBEIRO DA SILVA, microempresária (São Paulo, SP) * Fica explícita na entrevista de Rosangela Lyra uma qualidade sua, que é a humildade de reconhecer o erro e mudar de opinião. Quanto aos que lhe disseram estar "vendida", é compreensível, pois medem a todos pelas suas próprias réguas. JOSÉ PAULO MORELLI, advogado (Jaú, SP) * É um absurdo o dano causado ao país pela presidente Dilma quando editou a MP para renovação das concessões do setor de energia (Luz deve subir, em média, 15% no ano que vem ). As empresas do setor elétrico frearam os investimentos porque poderiam ficar sem suas usinas e redes de distribuição. Aí veio a seca. Pouca água para encher os reservatórios e tendo que recorrer às usinas térmicas, uma forma de geração cara e poluente. Com essa MP, a presidente marcou na conta de luz de cada brasileiro a bandeira vermelha –e consequentemente, marcou com a mesma cor o nosso bolso. MARCELINO CARDOSO (Oliveira, MG) * Brilhante como sempre, Ferreira Fim de uma etapa etapa) ensina àqueles que não querem enxergar, o que foram os governos Lula e Dilma –um populismo que só poderia levar à penúria em que nos encontramos. WAGNER JOSÉ CALLEGARI (Limeira, SP) * É interessante observar a mudança de comportamento do PT com relação ao senador Delcídio do Amaral (PT-MS) depois que este teve a sua prisão determinada pelo STF (Base política de Delcídio se desintegra depois de prisão ). Ele era o líder do governo no Senado. Como pode o PT achar que nada tem a ver com a sua prisão? HILTON PEREIRA LEITE (Teresina, PI) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Rosangela Lyra foi humilde ao reconhecer erro, diz leitorRosangela Lyra (Pior sem ela ), acertou em cheio ao declarar publicamente a sua constatação, obtida junto aos procuradores federais, quanto à lisura do governo federal em relação às investigações da Lava Jato. Acerta também ao interpretar que a mudança pretendida (pós-impedimento) tem um viés claro de tentar obstruir o que vem sendo investigado. Que essa posição seja replicada entre aqueles que, como ela, passaram a questionar os interesses dos envolvidos nos pedidos de impeachment. LÚCIA HELENA RIBEIRO DA SILVA, microempresária (São Paulo, SP) * Fica explícita na entrevista de Rosangela Lyra uma qualidade sua, que é a humildade de reconhecer o erro e mudar de opinião. Quanto aos que lhe disseram estar "vendida", é compreensível, pois medem a todos pelas suas próprias réguas. JOSÉ PAULO MORELLI, advogado (Jaú, SP) * É um absurdo o dano causado ao país pela presidente Dilma quando editou a MP para renovação das concessões do setor de energia (Luz deve subir, em média, 15% no ano que vem ). As empresas do setor elétrico frearam os investimentos porque poderiam ficar sem suas usinas e redes de distribuição. Aí veio a seca. Pouca água para encher os reservatórios e tendo que recorrer às usinas térmicas, uma forma de geração cara e poluente. Com essa MP, a presidente marcou na conta de luz de cada brasileiro a bandeira vermelha –e consequentemente, marcou com a mesma cor o nosso bolso. MARCELINO CARDOSO (Oliveira, MG) * Brilhante como sempre, Ferreira Fim de uma etapa etapa) ensina àqueles que não querem enxergar, o que foram os governos Lula e Dilma –um populismo que só poderia levar à penúria em que nos encontramos. WAGNER JOSÉ CALLEGARI (Limeira, SP) * É interessante observar a mudança de comportamento do PT com relação ao senador Delcídio do Amaral (PT-MS) depois que este teve a sua prisão determinada pelo STF (Base política de Delcídio se desintegra depois de prisão ). Ele era o líder do governo no Senado. Como pode o PT achar que nada tem a ver com a sua prisão? HILTON PEREIRA LEITE (Teresina, PI) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Decisão da Justiça abre precedente para charlatanismo na medicina
É compreensível que doentes terminais de câncer recorram a promessas milagrosas de cura, mas é temerário quando o órgão máximo do Poder Judiciário brasileiro endosse essa busca insana e obrigue o Estado a fornecer tais "poções mágicas". O caso em questão é a decisão do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), em liberar o fornecimento da fosfoetanolamina sintética, substância produzida experimentalmente na USP, mas que nunca passou por testes clínicos e muito menos tem o aval da agência reguladora (Anvisa). A decisão foi acatada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que antes havia suspendido liminares que autorizavam a entrega da substância. Uma das justificativas do desembargador José Renato Nalini é a de que "não se pode ignorar os relatos de pacientes que apontam melhora no quadro clínico." Vamos então liberar tudo o que as pessoas relatam como substâncias capazes de curar o câncer? O cogumelo do sol? O bicarbonato de sódio? O suco de babosa? A folha de graviola? Vamos rasgar os manuais de ética em pesquisa, passar por cima de todas etapas que envolvem o desenvolvimento, a aprovação e a comercialização de um novo medicamento? Vamos fechar as agências regulatórias? Do ponto de vista jurídico, o caso tem uma contraposição de princípios fundamentais, como bem lembrou Nalini: de um lado está o resguardo da legalidade e da segurança dos remédios, do outro a necessidade de proteção do direito à saúde. Em relação à fosfoetanolamina, prevaleceu o direito de o paciente ter acesso a uma substância sem respaldo algum da medicina baseada em evidência. Abriu-se aí um perigoso precedente para o charlatanismo. Estima-se que a quantia de dinheiro gasto no mundo só com o charlatanismo oncológico passe de US$ 1 bilhão. O desejo de cura para o câncer leva muitas pessoas a procurarem tratamentos não convencionais, a retardarem ou até desistirem dos tratamentos convencionais. Foi o que ocorreu com o empresário Steve Jobs, fundador da Apple, que retardou a cirurgia do câncer de pâncreas para aderir a um tratamento com ervas, o que teria agravado o seu quadro. Estimativa da Asco (American Society of Clinical Oncology) mostra que cerca de 80% dos pacientes com câncer recorrem a tratamentos alternativos. A sociedade é enfática: não há nenhum indício de que esses tratamentos contribuam para a regressão ou a cura do câncer. Além de não contribuir para a melhora, terapias alternativas podem interferir nos resultados das terapias-padrão. Muitas dessas substâncias são metabolizadas no fígado e podem alterar a absorção de quimioterápicos, sua eficácia e a eliminação. É verdade que há compostos com atividades antitumorais bem demonstradas em laboratório, mas existe um longo caminho para serem usados na prática clínica. São necessários testes laboratoriais e em humanos, com diferentes tipos de tumores e cenários clínicos controlados. E os resultados comparados aos de drogas existentes. Caso sejam mais eficientes, o laboratório pede o registro às agências reguladoras. Nada disso foi feito no caso da fosfoetanolamina. O oncologista Drauzio Varella costuma dizer: "Se um dia você ouvir que foi encontrada a cura do câncer, não leve a sério". O problema é quando a Justiça o leva.
equilibrioesaude
Decisão da Justiça abre precedente para charlatanismo na medicinaÉ compreensível que doentes terminais de câncer recorram a promessas milagrosas de cura, mas é temerário quando o órgão máximo do Poder Judiciário brasileiro endosse essa busca insana e obrigue o Estado a fornecer tais "poções mágicas". O caso em questão é a decisão do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), em liberar o fornecimento da fosfoetanolamina sintética, substância produzida experimentalmente na USP, mas que nunca passou por testes clínicos e muito menos tem o aval da agência reguladora (Anvisa). A decisão foi acatada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que antes havia suspendido liminares que autorizavam a entrega da substância. Uma das justificativas do desembargador José Renato Nalini é a de que "não se pode ignorar os relatos de pacientes que apontam melhora no quadro clínico." Vamos então liberar tudo o que as pessoas relatam como substâncias capazes de curar o câncer? O cogumelo do sol? O bicarbonato de sódio? O suco de babosa? A folha de graviola? Vamos rasgar os manuais de ética em pesquisa, passar por cima de todas etapas que envolvem o desenvolvimento, a aprovação e a comercialização de um novo medicamento? Vamos fechar as agências regulatórias? Do ponto de vista jurídico, o caso tem uma contraposição de princípios fundamentais, como bem lembrou Nalini: de um lado está o resguardo da legalidade e da segurança dos remédios, do outro a necessidade de proteção do direito à saúde. Em relação à fosfoetanolamina, prevaleceu o direito de o paciente ter acesso a uma substância sem respaldo algum da medicina baseada em evidência. Abriu-se aí um perigoso precedente para o charlatanismo. Estima-se que a quantia de dinheiro gasto no mundo só com o charlatanismo oncológico passe de US$ 1 bilhão. O desejo de cura para o câncer leva muitas pessoas a procurarem tratamentos não convencionais, a retardarem ou até desistirem dos tratamentos convencionais. Foi o que ocorreu com o empresário Steve Jobs, fundador da Apple, que retardou a cirurgia do câncer de pâncreas para aderir a um tratamento com ervas, o que teria agravado o seu quadro. Estimativa da Asco (American Society of Clinical Oncology) mostra que cerca de 80% dos pacientes com câncer recorrem a tratamentos alternativos. A sociedade é enfática: não há nenhum indício de que esses tratamentos contribuam para a regressão ou a cura do câncer. Além de não contribuir para a melhora, terapias alternativas podem interferir nos resultados das terapias-padrão. Muitas dessas substâncias são metabolizadas no fígado e podem alterar a absorção de quimioterápicos, sua eficácia e a eliminação. É verdade que há compostos com atividades antitumorais bem demonstradas em laboratório, mas existe um longo caminho para serem usados na prática clínica. São necessários testes laboratoriais e em humanos, com diferentes tipos de tumores e cenários clínicos controlados. E os resultados comparados aos de drogas existentes. Caso sejam mais eficientes, o laboratório pede o registro às agências reguladoras. Nada disso foi feito no caso da fosfoetanolamina. O oncologista Drauzio Varella costuma dizer: "Se um dia você ouvir que foi encontrada a cura do câncer, não leve a sério". O problema é quando a Justiça o leva.
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Equipamento que rastreia aviões por satélite deve entrar em uso até 2022
Casos como o desaparecimento do Boeing 777, da Malaysia Airlines, que há um ano sumiu dos radares após decolar de Kuala Lumpur com 239 passageiros, estão com os dias contados, segundo o especialista em segurança de voo Ronaldo Jenkins. O diretor de segurança e operações de voo da Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas) afirmou que um novo equipamento "vai permitir que aeronaves sejam rastreadas 100% do tempo pelos satélites". Atualmente, o monitoramento é feito por radares, que possuem pontos cegos e dependem de que os pilotos reportem sua posição. De acordo com Jenkins, o equipamento necessita de um protocolo internacional para sua regulamentação, o que depende dos resultados de testes. A expectativa é de que todos os aviões de grande porte o utilizem até 2022. Aeronaves menores deverão ter uma versão adaptada. Se autorizado, o ADS-B (vigilância automática de transmissão dependente, na sigla em inglês) substituirá o monitoramento de radar pelo GPS. A tecnologia permitirá uma visão geral do terreno, das condições meteorológicas e do acompanhamento das aeronaves durante todo o trajeto do voo. A mudança demora para ser feita porque esse tipo de monitoramento em aviões custa caro para as empresas. No entanto, Jenkins considera que a segurança operacional é só "a ponta do iceberg". Na base, estão questões pouco evidentes, como infraestrutura e treinamento, o qual passou por mudanças recentes. Para o diretor, o avanço tecnológico desde a Segunda Guerra Mundial afetou a prática na cabine de comando, deixando o voo automatizado. Mas em situações em que o sistema falha e o piloto precisa assumir o comando, como na queda do avião da Air France em 2009, "ficou comprovado que faltava habilidade para contornar um problema". Para evitar esses riscos, todo o treinamento do piloto voltou a ser feito manualmente a partir de 2010.
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Equipamento que rastreia aviões por satélite deve entrar em uso até 2022Casos como o desaparecimento do Boeing 777, da Malaysia Airlines, que há um ano sumiu dos radares após decolar de Kuala Lumpur com 239 passageiros, estão com os dias contados, segundo o especialista em segurança de voo Ronaldo Jenkins. O diretor de segurança e operações de voo da Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas) afirmou que um novo equipamento "vai permitir que aeronaves sejam rastreadas 100% do tempo pelos satélites". Atualmente, o monitoramento é feito por radares, que possuem pontos cegos e dependem de que os pilotos reportem sua posição. De acordo com Jenkins, o equipamento necessita de um protocolo internacional para sua regulamentação, o que depende dos resultados de testes. A expectativa é de que todos os aviões de grande porte o utilizem até 2022. Aeronaves menores deverão ter uma versão adaptada. Se autorizado, o ADS-B (vigilância automática de transmissão dependente, na sigla em inglês) substituirá o monitoramento de radar pelo GPS. A tecnologia permitirá uma visão geral do terreno, das condições meteorológicas e do acompanhamento das aeronaves durante todo o trajeto do voo. A mudança demora para ser feita porque esse tipo de monitoramento em aviões custa caro para as empresas. No entanto, Jenkins considera que a segurança operacional é só "a ponta do iceberg". Na base, estão questões pouco evidentes, como infraestrutura e treinamento, o qual passou por mudanças recentes. Para o diretor, o avanço tecnológico desde a Segunda Guerra Mundial afetou a prática na cabine de comando, deixando o voo automatizado. Mas em situações em que o sistema falha e o piloto precisa assumir o comando, como na queda do avião da Air France em 2009, "ficou comprovado que faltava habilidade para contornar um problema". Para evitar esses riscos, todo o treinamento do piloto voltou a ser feito manualmente a partir de 2010.
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Xerife de Haddad diz que levará para Minas rastreamento de patrimônio
De saída rumo ao governo mineiro, o controlador-geral de São Paulo, Mário Vinícius Spinelli, que ficou conhecido como o xerife anticorrupção da gestão Fernando Haddad (PT), afirmou que pretende implantar no Estado vizinho as técnicas que permitiram a investigação da máfia do ISS. A principal delas é a análise patrimonial dos servidores públicos. Após a eleição de Fernando Pimentel (PT) para o governo de Minas, a esperança de petistas é que Spinelli passe a investigar eventuais esquemas de corrupção de gestões do PSDB, principalmente de Aécio Neves. Em São Paulo, porém, as investigações dele acabaram atingindo tanto figuras do governo quanto oposicionistas. "O que a gente trouxe de inovação para cá a gente vai levar para lá, a evolução patrimonial, a política de transparência", afirma Spinelli. Ele implantou um sistema em que os funcionários são obrigados fornecer as informações patrimoniais e usa uma matriz de risco para verificar casos onde há mais probabilidade de haver corrupção. O Estado tem uma estrutura melhor que a cidade de São Paulo, porque lá já existe a carreira de controlador. Na capital paulista, onde vários vereadores acabaram prejudicados pelas investigações, o projeto de lei que permite a contratação de 100 especialistas no combate à corrupção ficou parado. "Se fica alguma ponta de frustração é pela não aprovação da carreira", disse, fazendo um apelo aos vereadores. As ações da CGM, criada na gestão Haddad, resultaram na prisão de 11 servidores públicos –quatro deles fiscais da máfia do ISS, suspeita de ter causado prejuízo de R$ 500 milhões aos cofres municipais. "Fiquei impressionado com uma cidade do tamanho de São Paulo com os problemas que a gente encontrou aqui", afirmou. Atualmente, mais de 40 pessoas são suspeitas de enriquecimento ilícito. Além disso, há 30 casos de corrupção em investigação. Spinelli afirma que já se reuniu com seu sucessor, Roberto Porto, atualmente secretário municipal da Segurança Urbana. Ele afirma que parte da equipe que trouxe do governo federal continuará em São Paulo para dar prosseguimento às investigações em andamento. Entre as mudanças que devem ser implantadas em 2015 por Porto, está um código de ética para os servidores. As regras estipulam, por exemplo, que os funcionários só poderão aceitar presentes de no máximo R$ 100. Esse código também poderá inibir os funcionários que atuam em outras áreas. "Nós sabemos que na prefeitura há alguns servidores públicos que desenvolvem atividades privadas que têm enorme conflito com a atividade profissional na prefeitura. Nossa ideia é que seja monitorado e prevenido esse tipo de comportamento", afirma. Na opinião de Spinelli, a principal ferramenta no combate à corrupção é a diminuição da sensação de impunidade. "As pessoas não podem ter a certeza de que ficarão impunes. Esse caso da Lava Jato só ocorreu porque havia certeza de impunidade por parte de alguns", disse.
cotidiano
Xerife de Haddad diz que levará para Minas rastreamento de patrimônioDe saída rumo ao governo mineiro, o controlador-geral de São Paulo, Mário Vinícius Spinelli, que ficou conhecido como o xerife anticorrupção da gestão Fernando Haddad (PT), afirmou que pretende implantar no Estado vizinho as técnicas que permitiram a investigação da máfia do ISS. A principal delas é a análise patrimonial dos servidores públicos. Após a eleição de Fernando Pimentel (PT) para o governo de Minas, a esperança de petistas é que Spinelli passe a investigar eventuais esquemas de corrupção de gestões do PSDB, principalmente de Aécio Neves. Em São Paulo, porém, as investigações dele acabaram atingindo tanto figuras do governo quanto oposicionistas. "O que a gente trouxe de inovação para cá a gente vai levar para lá, a evolução patrimonial, a política de transparência", afirma Spinelli. Ele implantou um sistema em que os funcionários são obrigados fornecer as informações patrimoniais e usa uma matriz de risco para verificar casos onde há mais probabilidade de haver corrupção. O Estado tem uma estrutura melhor que a cidade de São Paulo, porque lá já existe a carreira de controlador. Na capital paulista, onde vários vereadores acabaram prejudicados pelas investigações, o projeto de lei que permite a contratação de 100 especialistas no combate à corrupção ficou parado. "Se fica alguma ponta de frustração é pela não aprovação da carreira", disse, fazendo um apelo aos vereadores. As ações da CGM, criada na gestão Haddad, resultaram na prisão de 11 servidores públicos –quatro deles fiscais da máfia do ISS, suspeita de ter causado prejuízo de R$ 500 milhões aos cofres municipais. "Fiquei impressionado com uma cidade do tamanho de São Paulo com os problemas que a gente encontrou aqui", afirmou. Atualmente, mais de 40 pessoas são suspeitas de enriquecimento ilícito. Além disso, há 30 casos de corrupção em investigação. Spinelli afirma que já se reuniu com seu sucessor, Roberto Porto, atualmente secretário municipal da Segurança Urbana. Ele afirma que parte da equipe que trouxe do governo federal continuará em São Paulo para dar prosseguimento às investigações em andamento. Entre as mudanças que devem ser implantadas em 2015 por Porto, está um código de ética para os servidores. As regras estipulam, por exemplo, que os funcionários só poderão aceitar presentes de no máximo R$ 100. Esse código também poderá inibir os funcionários que atuam em outras áreas. "Nós sabemos que na prefeitura há alguns servidores públicos que desenvolvem atividades privadas que têm enorme conflito com a atividade profissional na prefeitura. Nossa ideia é que seja monitorado e prevenido esse tipo de comportamento", afirma. Na opinião de Spinelli, a principal ferramenta no combate à corrupção é a diminuição da sensação de impunidade. "As pessoas não podem ter a certeza de que ficarão impunes. Esse caso da Lava Jato só ocorreu porque havia certeza de impunidade por parte de alguns", disse.
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Dívida dos municípios será analisada, diz Temer
O presidente interino, Michel Temer, afirmou nesta sexta-feira (24) que o governo federal vai analisar a situação da dívida dos municípios, mas não prometeu que haverá um acordo nos moldes do feito com os Estados. "Não vamos prometer nada, mas vamos verificar a situação dos municípios", disse o presidente em entrevista à rádio Estadão, acrescentando que o próprio acordo de revisão das dívidas dos Estados traz benefícios para os municípios. Na segunda (20), após uma nova rodada de negociações, Estados e União selaram o acordo para a renegociação da dívida. A maioria dos Estados só voltará a pagar suas dívidas a partir de 2017. São Paulo, Minas Gerais e Rio Janeiro ainda terão novas rodadas de negociações para definir suas situações. A proposta aceita dá uma carência de 24 meses, sendo que nos 6 primeiros o desconto será de 100%. A partir de janeiro de 2017, esse desconto será reduzido gradualmente, em 5,55 pontos percentuais por mês, até junho de 2018. OS MAIS ENDIVIDADOS - Dívida em % da receita anual, em 2015 MERCOSUL Temer também defendeu, na entrevista, que o Brasil tem que rever sua relação com o Mercosul. "O Brasil muitas vezes tem dificuldade de fazer um acordo tarifário porque está preso aos compromissos do Mercosul", afirmou. "Neste momento temos que rediscutir o Mercosul, não para eliminá-lo, mas para dar uma diretriz mais segura nessa tese da universalização da relação com outros países." Temer ainda classificou de "ideológica" a política externa praticada no governo de Dilma Rousseff, o que era "inaceitável", e disse que pretende ter uma relação igualitária com todos os outros países. O Ministério das Relações Exteriores discute a possibilidade de revogar uma decisão do Mercosul, para permitir que o Brasil possa negociar acordos bilaterais de livre-comércio de forma independente, sem os outros membros do bloco. BREXIT O interino também evitou comentar o resultado do plebiscito que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia. "Nós achamos que a Inglaterra [também fazem parte do Reino Unido Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte] decidiu por uma consulta popular e não vamos discutir. Precisamos verificar as repercussões econômicas para o Brasil", disse Temer, defendendo que a política externa de seu governo "se pauta pela soberania nacional". "O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vai se encontrar hoje com um representante do governo britânico para discutir essas questões. Vamos esperar os acontecimentos", afirmou.
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Dívida dos municípios será analisada, diz TemerO presidente interino, Michel Temer, afirmou nesta sexta-feira (24) que o governo federal vai analisar a situação da dívida dos municípios, mas não prometeu que haverá um acordo nos moldes do feito com os Estados. "Não vamos prometer nada, mas vamos verificar a situação dos municípios", disse o presidente em entrevista à rádio Estadão, acrescentando que o próprio acordo de revisão das dívidas dos Estados traz benefícios para os municípios. Na segunda (20), após uma nova rodada de negociações, Estados e União selaram o acordo para a renegociação da dívida. A maioria dos Estados só voltará a pagar suas dívidas a partir de 2017. São Paulo, Minas Gerais e Rio Janeiro ainda terão novas rodadas de negociações para definir suas situações. A proposta aceita dá uma carência de 24 meses, sendo que nos 6 primeiros o desconto será de 100%. A partir de janeiro de 2017, esse desconto será reduzido gradualmente, em 5,55 pontos percentuais por mês, até junho de 2018. OS MAIS ENDIVIDADOS - Dívida em % da receita anual, em 2015 MERCOSUL Temer também defendeu, na entrevista, que o Brasil tem que rever sua relação com o Mercosul. "O Brasil muitas vezes tem dificuldade de fazer um acordo tarifário porque está preso aos compromissos do Mercosul", afirmou. "Neste momento temos que rediscutir o Mercosul, não para eliminá-lo, mas para dar uma diretriz mais segura nessa tese da universalização da relação com outros países." Temer ainda classificou de "ideológica" a política externa praticada no governo de Dilma Rousseff, o que era "inaceitável", e disse que pretende ter uma relação igualitária com todos os outros países. O Ministério das Relações Exteriores discute a possibilidade de revogar uma decisão do Mercosul, para permitir que o Brasil possa negociar acordos bilaterais de livre-comércio de forma independente, sem os outros membros do bloco. BREXIT O interino também evitou comentar o resultado do plebiscito que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia. "Nós achamos que a Inglaterra [também fazem parte do Reino Unido Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte] decidiu por uma consulta popular e não vamos discutir. Precisamos verificar as repercussões econômicas para o Brasil", disse Temer, defendendo que a política externa de seu governo "se pauta pela soberania nacional". "O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vai se encontrar hoje com um representante do governo britânico para discutir essas questões. Vamos esperar os acontecimentos", afirmou.
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Alckmin monta equipe para elaborar discurso para disputa à Presidência
Na tentativa de disputar novamente a sucessão ao Palácio do Planalto, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), formou uma equipe para auxiliá-lo na elaboração de um discurso nacional e de um programa de governo para a disputa de 2018. Em esforço para imprimir a imagem de liderança da oposição com alcance em todo o Brasil, ele montou um grupo para análise da atual conjuntura nacional e estrutura um plano com medidas e propostas de sua gestão que possam ser adotadas em todo o país. A equipe do tucano é formada por secretários estaduais e deputados federais de São Paulo e tem promovido jantares na capital paulista para discutir o cenário político. Os encontros são realizados a cada edição na casa de um dos participantes e incluem as presenças do vice-governador Márcio França, dos secretários Edson Aparecido (Casa Civil), Duarte Nogueira (Transportes) e Rodrigo Garcia (Habitação), e do secretário-geral nacional do PSDB, Sílvio Torres. A avaliação da equipe do tucano é de que caso ele termine o atual mandato com aprovação em alta, sua gestão estadual poderá servir de credencial para uma candidatura ao Palácio do Planalto. Com esse intuito, o presidente do PSDB em São Paulo, Pedro Tobias, tem conversado desde junho com secretários estaduais em áreas como saúde, educação, habitação e segurança para elaboração de um esboço para um plano de caráter nacional. "Ele [Pedro Tobias] me convidou [...] para eu montar um projeto de segurança pública para o governador para 2018, se ele for candidato", disse à Folha o secretário da segurança pública, Alexandre de Moraes, que se reuniu em junho com o dirigente tucano. "O objetivo é ajudar o governador, dentro do meu limite, a viabilizar uma candidatura caso ele seja candidato", explicou Pedro Tobias, que em junho lançou a candidatura presidencial do governador na convenção estadual do partido. A estratégia do governador tem sido diferente da adotada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), que tenta se viabilizar novamente como candidato tucano em 2018. Enquanto o mineiro tem assumido uma oposição aguerrida ao governo federal, com a defesa da cassação da chapa presidencial pela Justiça Eleitoral, o paulista tem adotado uma postura diplomática, criticando a hipótese de impeachment da presidente. A avaliação de aliados do governador, confirmada por pesquisas eleitorais, é de que hoje Aécio teria mais chances do que Alckmin de vencer o PT. Para eles, porém, o perfil moderado do paulista pode fortalecê-lo até 2018 caso seja mantido cenário de instabilidades política e econômica. PESQUISAS Na elaboração de um discurso nacional, o governador conversou na semana passada com o economista Roberto Gianetti, ex-secretário-executivo da Camex (Câmara de Comércio Exterior) no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele tem promovido também encontros, na sede do governo paulista, com lideranças políticas nacionais, como o presidente nacional do DEM, Agripino Maia, os deputados federais Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Sarney Filho (PV-MA) e os prefeitos Arthur Virgílo (Manaus) e ACM Neto (Salvador). No sábado (25), ele deve receber também o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e, na segunda-feira (27), se encontrará com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para acompanhar as oscilações nas pesquisas internas de intenções de voto, o governador destacou especialistas e analistas na área eleitoral, que têm avaliado o quadro nacional e o desempenho do tucano em São Paulo. O grupo é formado pelo publicitário Nelson Biondi, pelo sociólogo José Antonio Lavareda e pelo subsecretário estadual de Comunicação de São Paulo, Márcio Aith.
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Alckmin monta equipe para elaborar discurso para disputa à PresidênciaNa tentativa de disputar novamente a sucessão ao Palácio do Planalto, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), formou uma equipe para auxiliá-lo na elaboração de um discurso nacional e de um programa de governo para a disputa de 2018. Em esforço para imprimir a imagem de liderança da oposição com alcance em todo o Brasil, ele montou um grupo para análise da atual conjuntura nacional e estrutura um plano com medidas e propostas de sua gestão que possam ser adotadas em todo o país. A equipe do tucano é formada por secretários estaduais e deputados federais de São Paulo e tem promovido jantares na capital paulista para discutir o cenário político. Os encontros são realizados a cada edição na casa de um dos participantes e incluem as presenças do vice-governador Márcio França, dos secretários Edson Aparecido (Casa Civil), Duarte Nogueira (Transportes) e Rodrigo Garcia (Habitação), e do secretário-geral nacional do PSDB, Sílvio Torres. A avaliação da equipe do tucano é de que caso ele termine o atual mandato com aprovação em alta, sua gestão estadual poderá servir de credencial para uma candidatura ao Palácio do Planalto. Com esse intuito, o presidente do PSDB em São Paulo, Pedro Tobias, tem conversado desde junho com secretários estaduais em áreas como saúde, educação, habitação e segurança para elaboração de um esboço para um plano de caráter nacional. "Ele [Pedro Tobias] me convidou [...] para eu montar um projeto de segurança pública para o governador para 2018, se ele for candidato", disse à Folha o secretário da segurança pública, Alexandre de Moraes, que se reuniu em junho com o dirigente tucano. "O objetivo é ajudar o governador, dentro do meu limite, a viabilizar uma candidatura caso ele seja candidato", explicou Pedro Tobias, que em junho lançou a candidatura presidencial do governador na convenção estadual do partido. A estratégia do governador tem sido diferente da adotada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), que tenta se viabilizar novamente como candidato tucano em 2018. Enquanto o mineiro tem assumido uma oposição aguerrida ao governo federal, com a defesa da cassação da chapa presidencial pela Justiça Eleitoral, o paulista tem adotado uma postura diplomática, criticando a hipótese de impeachment da presidente. A avaliação de aliados do governador, confirmada por pesquisas eleitorais, é de que hoje Aécio teria mais chances do que Alckmin de vencer o PT. Para eles, porém, o perfil moderado do paulista pode fortalecê-lo até 2018 caso seja mantido cenário de instabilidades política e econômica. PESQUISAS Na elaboração de um discurso nacional, o governador conversou na semana passada com o economista Roberto Gianetti, ex-secretário-executivo da Camex (Câmara de Comércio Exterior) no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele tem promovido também encontros, na sede do governo paulista, com lideranças políticas nacionais, como o presidente nacional do DEM, Agripino Maia, os deputados federais Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Sarney Filho (PV-MA) e os prefeitos Arthur Virgílo (Manaus) e ACM Neto (Salvador). No sábado (25), ele deve receber também o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e, na segunda-feira (27), se encontrará com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para acompanhar as oscilações nas pesquisas internas de intenções de voto, o governador destacou especialistas e analistas na área eleitoral, que têm avaliado o quadro nacional e o desempenho do tucano em São Paulo. O grupo é formado pelo publicitário Nelson Biondi, pelo sociólogo José Antonio Lavareda e pelo subsecretário estadual de Comunicação de São Paulo, Márcio Aith.
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Preso na Lava Jato sacou R$ 100 mil em banco e teve R$ 57 mil roubados
O empresário João Antônio Bernardi Filho, 67, preso na sexta-feira (19), na 14ª fase da Operação Lava Jato, se envolveu numa situação, no mínimo, estranha, há quase quatro anos. Em outubro de 2011, Bernardi Filho teve uma mala com R$ 57 mil roubados no centro do Rio. Apesar de um inquérito na Polícia Civil, até hoje o dinheiro não foi encontrado. Segundo relato do próprio empresário a policiais, às 11h30 de 6 de outubro daquele ano, ele foi até a uma agência do Citibank, na região central do Rio. Lá, na boca do caixa, sacou R$ 100 mil em dinheiro. Todas as notas de R$ 100 foram colocadas em duas malas. Com elas, Bernardi Filho caminhou por dois quarteirões. Quando estava na galeria de acesso ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social), Bernardi Filho foi rendido por um assaltante que levou uma das malas com R$ 57 mil. No momento em que ele perdeu a mala, um segurança particular viu a cena e perseguiu o criminoso. Houve uma troca de tiros pelo Largo da Carioca, espaço para pedestres na região central do Rio. Dois policiais militares se juntaram ao segurança na perseguição e o assaltante acabou preso e ainda baleado em uma das pernas. Apesar do assaltante preso, a mala com o dinheiro sumiu. Um inquérito foi aberto na 5ª DP (Mem de Sá), mas passados quase quatro anos até hoje não se tem notícia do dinheiro e para que seria usado. Bernardi Filho foi representante no Brasil da Saipem há mais de uma década. A empresa conseguiu também em 2011 o direito de explorar os campos de Sapinhoá, Lula e Lula Nordeste, no pré-sal. A Saipem informou à Folha que Bernardi Filho não trabalha mais para a empresa. O empresário também aparece como sócio da Hayley, em sua filial brasileira. A empresa com sede no Uruguai é apontada por receber propinas de contratos com a Petrobras. Durante os anos 1990, Bernardi Filho trabalhou na área de Óleo e Gás da Odebrecht. Alvos da 14ª fase da Lava Jato/Editoria de Poder
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Preso na Lava Jato sacou R$ 100 mil em banco e teve R$ 57 mil roubadosO empresário João Antônio Bernardi Filho, 67, preso na sexta-feira (19), na 14ª fase da Operação Lava Jato, se envolveu numa situação, no mínimo, estranha, há quase quatro anos. Em outubro de 2011, Bernardi Filho teve uma mala com R$ 57 mil roubados no centro do Rio. Apesar de um inquérito na Polícia Civil, até hoje o dinheiro não foi encontrado. Segundo relato do próprio empresário a policiais, às 11h30 de 6 de outubro daquele ano, ele foi até a uma agência do Citibank, na região central do Rio. Lá, na boca do caixa, sacou R$ 100 mil em dinheiro. Todas as notas de R$ 100 foram colocadas em duas malas. Com elas, Bernardi Filho caminhou por dois quarteirões. Quando estava na galeria de acesso ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social), Bernardi Filho foi rendido por um assaltante que levou uma das malas com R$ 57 mil. No momento em que ele perdeu a mala, um segurança particular viu a cena e perseguiu o criminoso. Houve uma troca de tiros pelo Largo da Carioca, espaço para pedestres na região central do Rio. Dois policiais militares se juntaram ao segurança na perseguição e o assaltante acabou preso e ainda baleado em uma das pernas. Apesar do assaltante preso, a mala com o dinheiro sumiu. Um inquérito foi aberto na 5ª DP (Mem de Sá), mas passados quase quatro anos até hoje não se tem notícia do dinheiro e para que seria usado. Bernardi Filho foi representante no Brasil da Saipem há mais de uma década. A empresa conseguiu também em 2011 o direito de explorar os campos de Sapinhoá, Lula e Lula Nordeste, no pré-sal. A Saipem informou à Folha que Bernardi Filho não trabalha mais para a empresa. O empresário também aparece como sócio da Hayley, em sua filial brasileira. A empresa com sede no Uruguai é apontada por receber propinas de contratos com a Petrobras. Durante os anos 1990, Bernardi Filho trabalhou na área de Óleo e Gás da Odebrecht. Alvos da 14ª fase da Lava Jato/Editoria de Poder
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Coalizão saudita anuncia trégua após matar dezenas de civis no Iêmen
Após realizar ataques aéreos que mataram dezenas civis no Iêmen, segundo testemunhas, a Arábia Saudita anunciou uma trégua de cinco dias em sua ofensiva contra rebeldes no país vizinho. O governo de Riad combate milicianos xiitas houthis que, no início deste ano, expulsaram o presidente iemenita eleito, Abdo Rabbo Mansur Hadi, do poder. Hadi atualmente vive refugiado na capital da Arábia Saudita. Segundo a agência de notícias France Presse, ao menos 35 civis morreram e dezenas ficaram feridos na cidade portuária de Mokha (Taiz) em um ataque aéreo da coalizão neste sábado (25). De acordo com a Associated Press, esse número pode chegar a 120 mortos. Na sexta (24), também um bairro residencial, onde viviam funcionários de uma usina elétrica, teria sido atingido na mesma cidade. Mokha, habitada principalmente por pescadores, tinha a reputação de ser um dos lugares mais seguros do país, apesar da guerra. Horas após o ataque de sábado, a coalizão anunciou uma pausa humanitária de cinco dias em seus bombardeios. A trégua deve ter início a partir de 23h59 de domingo (26), horário local. Ainda assim, o governo de Riad informou que irá responder a qualquer atividade militar dos rebeldes. Há apreensão de que o acordo não seja respeitado. Tréguas que no passado foram negociadas pelas Nações Unidas não se mantiveram por muito tempo. GUERRA A Arábia Saudita forma uma coalizão contra os milicianos houthis, ao lado de Emirados Árabes Unidos, Kuait, Qatar, Bahrein, Egito, Jordânia, Marrocos e Sudão, para tentar reconduzir Hadi ao poder. Desde 2014, a milícia xiita houthi (também conhecida como Ansar Allah, "Seguidores de Allah") e aliados do ex-ditador Ali Abdallah Saleh empreendem uma campanha militar que conseguiu dominar importantes cidades do país, inclusive parte da capital, Sanaa. Mais de 3.640 pessoas, a metade delas civis, morreram no Iêmen desde o início da campanha da coalizão, em março, segundo a ONU.
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Coalizão saudita anuncia trégua após matar dezenas de civis no IêmenApós realizar ataques aéreos que mataram dezenas civis no Iêmen, segundo testemunhas, a Arábia Saudita anunciou uma trégua de cinco dias em sua ofensiva contra rebeldes no país vizinho. O governo de Riad combate milicianos xiitas houthis que, no início deste ano, expulsaram o presidente iemenita eleito, Abdo Rabbo Mansur Hadi, do poder. Hadi atualmente vive refugiado na capital da Arábia Saudita. Segundo a agência de notícias France Presse, ao menos 35 civis morreram e dezenas ficaram feridos na cidade portuária de Mokha (Taiz) em um ataque aéreo da coalizão neste sábado (25). De acordo com a Associated Press, esse número pode chegar a 120 mortos. Na sexta (24), também um bairro residencial, onde viviam funcionários de uma usina elétrica, teria sido atingido na mesma cidade. Mokha, habitada principalmente por pescadores, tinha a reputação de ser um dos lugares mais seguros do país, apesar da guerra. Horas após o ataque de sábado, a coalizão anunciou uma pausa humanitária de cinco dias em seus bombardeios. A trégua deve ter início a partir de 23h59 de domingo (26), horário local. Ainda assim, o governo de Riad informou que irá responder a qualquer atividade militar dos rebeldes. Há apreensão de que o acordo não seja respeitado. Tréguas que no passado foram negociadas pelas Nações Unidas não se mantiveram por muito tempo. GUERRA A Arábia Saudita forma uma coalizão contra os milicianos houthis, ao lado de Emirados Árabes Unidos, Kuait, Qatar, Bahrein, Egito, Jordânia, Marrocos e Sudão, para tentar reconduzir Hadi ao poder. Desde 2014, a milícia xiita houthi (também conhecida como Ansar Allah, "Seguidores de Allah") e aliados do ex-ditador Ali Abdallah Saleh empreendem uma campanha militar que conseguiu dominar importantes cidades do país, inclusive parte da capital, Sanaa. Mais de 3.640 pessoas, a metade delas civis, morreram no Iêmen desde o início da campanha da coalizão, em março, segundo a ONU.
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Chuvas fortes provocam alagamentos e complicam o trânsito no Rio de Janeiro
A forte chuva que atinge a cidade do Rio de Janeiro desde o final da tarde provocou alagados e complicou o trânsito em vários bairros na noite desta terça-feira (20). O rio Maracanã transbordou e sirenes chegaram a ser acionadas em algumas favelas. Na rua Jardim Botânico (zona sul), a água cobriu as rodas dos carros e pedestres se penduraram nas grades do parque para se proteger. Em apenas cinco horas, o bairro, que tem o mesmo nome, registrou chuva acima da média esperada para todo o mês de junho –24% a mais. Em Laranjeiras, choveu 21% a mais. A chuva atingiu bairros das zonas sul, norte e oeste da cidade. Além da rua Jardim Botânico, alagamentos também interditavam, por volta das 22h10, vias nos bairros de Botafogo, Copacabana, Glória, Ipanema e Tijuca. Também chovia muito no Alto da Boa Vista, o que fez o rio Maracanã, na Tijuca, transbordar. Ruas do Leblon e de Laranjeiras também estavam inundadas no horário, afetando o trânsito. Na zona oeste, os bairros mais afetados eram Barra da Tijuca, Cidade de Deus e Jacarepaguá. Em áreas de risco, como as várias favelas construídas nos morros da cidade, sirenes foram disparadas devido à chuva forte. No Morro do Borel, na Tijuca, quatro equipamentos foram acionados e agentes da Defesa Civil orientam a população no local. Não houve alterações em transporte público, com exceção das linhas de ônibus com itinerários por vias interditadas. A chuva desta terça é provocada por uma frente fria que passa pelo oceano e afeta parte do Sudeste. A previsão aponta possibilidade de novas pancadas de chuva, entre moderadas e fortes, para as próximas horas.
cotidiano
Chuvas fortes provocam alagamentos e complicam o trânsito no Rio de JaneiroA forte chuva que atinge a cidade do Rio de Janeiro desde o final da tarde provocou alagados e complicou o trânsito em vários bairros na noite desta terça-feira (20). O rio Maracanã transbordou e sirenes chegaram a ser acionadas em algumas favelas. Na rua Jardim Botânico (zona sul), a água cobriu as rodas dos carros e pedestres se penduraram nas grades do parque para se proteger. Em apenas cinco horas, o bairro, que tem o mesmo nome, registrou chuva acima da média esperada para todo o mês de junho –24% a mais. Em Laranjeiras, choveu 21% a mais. A chuva atingiu bairros das zonas sul, norte e oeste da cidade. Além da rua Jardim Botânico, alagamentos também interditavam, por volta das 22h10, vias nos bairros de Botafogo, Copacabana, Glória, Ipanema e Tijuca. Também chovia muito no Alto da Boa Vista, o que fez o rio Maracanã, na Tijuca, transbordar. Ruas do Leblon e de Laranjeiras também estavam inundadas no horário, afetando o trânsito. Na zona oeste, os bairros mais afetados eram Barra da Tijuca, Cidade de Deus e Jacarepaguá. Em áreas de risco, como as várias favelas construídas nos morros da cidade, sirenes foram disparadas devido à chuva forte. No Morro do Borel, na Tijuca, quatro equipamentos foram acionados e agentes da Defesa Civil orientam a população no local. Não houve alterações em transporte público, com exceção das linhas de ônibus com itinerários por vias interditadas. A chuva desta terça é provocada por uma frente fria que passa pelo oceano e afeta parte do Sudeste. A previsão aponta possibilidade de novas pancadas de chuva, entre moderadas e fortes, para as próximas horas.
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Turquia prende 1.656 pessoas por postagens nas redes sociais
A Turquia deteve 3.710 pessoas nos últimos seis meses por supostamente apoiar organizações consideradas terroristas pelo governo ou por insultar agentes oficiais nas redes sociais. Destas, 1.656 estão oficialmente presas. Há ainda 1.203 em liberdade condicional e são frequentemente monitoradas pela polícia Outras 10 mil estão sob investigação, segundo afirmou o Ministério do Interior em comunicado neste sábado (24). Não raro, o acesso da população às redes sociais, tais como Twitter e Facebook, é bloqueado. Isso acontece especialmente após atentados ou ataques de dissidentes, segundo grupos que monitoram serviços de internet. Ancara nega ser responsável pelo bloqueio e culpou quedas de energia pelas falhas. Especialistas, entretanto, afirmam que os blackouts nas redes são propositais e usados para evitar a difusão de material contrário ao governo. A Turquia apertou o cerco contra dissidentes depois de uma tentativa frustrada de golpe militar, em julho. Na ocasião, 257 pessoas foram mortas. Até outubro, o número de funcionários públicos demitidos e suspensos chegou a 105 mil, entre professores, policiais e juízes. Foram fechados 180 veículos de imprensa e 127 jornalistas foram presos.
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Turquia prende 1.656 pessoas por postagens nas redes sociaisA Turquia deteve 3.710 pessoas nos últimos seis meses por supostamente apoiar organizações consideradas terroristas pelo governo ou por insultar agentes oficiais nas redes sociais. Destas, 1.656 estão oficialmente presas. Há ainda 1.203 em liberdade condicional e são frequentemente monitoradas pela polícia Outras 10 mil estão sob investigação, segundo afirmou o Ministério do Interior em comunicado neste sábado (24). Não raro, o acesso da população às redes sociais, tais como Twitter e Facebook, é bloqueado. Isso acontece especialmente após atentados ou ataques de dissidentes, segundo grupos que monitoram serviços de internet. Ancara nega ser responsável pelo bloqueio e culpou quedas de energia pelas falhas. Especialistas, entretanto, afirmam que os blackouts nas redes são propositais e usados para evitar a difusão de material contrário ao governo. A Turquia apertou o cerco contra dissidentes depois de uma tentativa frustrada de golpe militar, em julho. Na ocasião, 257 pessoas foram mortas. Até outubro, o número de funcionários públicos demitidos e suspensos chegou a 105 mil, entre professores, policiais e juízes. Foram fechados 180 veículos de imprensa e 127 jornalistas foram presos.
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Perfeccionista, Sérgio Abreu critica os próprios deslizes ao tocar violão
O luthier e violonista Sérgio Abreu comenta os vídeos do Duo Abreu, dupla de violão clássico que manteve com seu irmão, Eduardo, até a década de 1970. Raros, os vídeos foram encontrados recentemente por uma gravadora alemã. * O que você achou dos vídeos? Lembra das circunstâncias em que foram gravados? O vídeo do Rameau não deve ser de um recital em público, pois estamos com roupas informais, não com as que usávamos em concertos. O ano do vídeo é 1974. Pude verificar por fotos feitas em Londres por encomenda de nosso empresário, Basil Douglas, no início da turnê (provavelmente no final de setembro de 1974). Pelas fotos, noto que são as mesmas roupas, apenas os cabelos estão mais longos no vídeo, portanto o vídeo deve ser de um mês depois, talvez um pouco mais. Eu lembro que fizemos um recital na ORTF durante a turnê de 1974, mas não lembrava de ter gravado esse vídeo, embora faça sentido. O curioso é o violão que eu estou usando nesse vídeo. Nessa turnê, Eduardo usou um Rubio/ Fischer de 1972 e eu um Rubio de 1965 feito em Nova York. No entanto, a roseta desse violão que eu estou tocando no vídeo não é a do Rubio de 1965, é de um Rubio/ Fischer de 1974 que eu adquiri durante aquela turnê. Eu me lembro de ter gostado muito desse violão, mas não lembrava de o tê-lo usado logo em seguida. Uma temeridade, claro, e talvez isso explique (embora não justifique) tantos esbarrões escancarados de minha parte. Bem, paciência... Duo Abreu toca as "Três peças do segundo livro para cravo", do compositor francês Jean-Philippe Rameau E do outro vídeo, da "Tonadilla", você gostou? Gostei muito mais da "Tonadilla". Essa gravação deve ter sido feita um pouco antes da gravação do LP da CBS em que ela está incluída. Fora um trecho curto em que o meu dedilhado no baixo não estava funcionando (um defeito que eu mudei e resolvi a tempo para a gravação do disco). No geral, gosto bem mais dessa versão do que da versão do LP. No disco, esse movimento está afobado, enquanto que nesse vídeo está no ponto exato. E os violões são maravilhosos, combinam esplendidamente. Acho que dois Hausers não combinariam tão bem, além de que, nessa peça, o Santos Hernandez na mão de Eduardo dá um toque espanhol perfeito. No entanto, essa "Tonadilla" é mil vezes mais fácil do que o Rameau, tanto tecnicamente quanto musicalmente. No Rameau tudo é totalmente transparente, cada detalhe é importante e qualquer falha grita, por minúscula que seja. Se eu tivesse me dado conta disso na época, nunca teria feito esse arranjo do Rameau. Mas a música é maravilhosa. Duo Abreu toca a "Tonadilla", do espanhol Joaquin Rodrigo Quem fez essas gravações? Por que elas se perderam? Esses vídeos foram gravados em Paris, pela ORTF Francesa. Não me lembro especificamente de ter gravado esses ou outros videos. Durante nossa carreira, fizemos muitas apresentações em televisão em vários países da Europa. A maioria acredito que tenha sido transmitida diretamente ao vivo, sem ter sido gravada. Há gravações em vídeo para a BBC de Londres que eu me lembro de termos feito, mas que não foram preservadas. Convém lembrar que naquela época fitas de vídeo eram muito dispendiosas e era prática frequente gravar coisas por cima das outras. Você tem vontade de reeditar os discos do Duo Abreu já que nunca foram lançados em CD? Há planos nesse sentido? Já houve planos nesse sentido, mas nunca se conseguiu localizar as fitas originais na Inglaterra. Você e Eduardo ainda tocam juntos quando se encontram? Desde que Eduardo abandonou a carreira, no final de 1975, nunca mais tocamos nada juntos, nem em casa. Ainda tocamos individualmente, por lazer. Por que você decidiu seguir a carreira de luthier em vez de continuar sua carreira como violonista? Porque me cansei da carreira de concertista e do excesso de viagens, do contato com o público. Sempre tive necessidade de isolamento, ser luthier foi uma escolha perfeita. Quais são os violonistas brasileiros que mais te agradam atualmente? Tenho grande prazer em constatar que temos inúmeros violonistas de talento excepcional, tanto na nova geração quanto na anterior. Da minha geração, sempre tive grande amizade e admiração pelo Turíbio Santos, cindo anos mais velho do que eu, que conheci na casa de meu avô quando eu tinha dez anos de idade. Mas são 06h20 da manhã e acabei de chegar da oficina, estou caindo de sono. Não quero me arriscar a fazer uma lista nessas condições pois correria o risco de deixar muitos excelentes músicos de fora
ilustrada
Perfeccionista, Sérgio Abreu critica os próprios deslizes ao tocar violãoO luthier e violonista Sérgio Abreu comenta os vídeos do Duo Abreu, dupla de violão clássico que manteve com seu irmão, Eduardo, até a década de 1970. Raros, os vídeos foram encontrados recentemente por uma gravadora alemã. * O que você achou dos vídeos? Lembra das circunstâncias em que foram gravados? O vídeo do Rameau não deve ser de um recital em público, pois estamos com roupas informais, não com as que usávamos em concertos. O ano do vídeo é 1974. Pude verificar por fotos feitas em Londres por encomenda de nosso empresário, Basil Douglas, no início da turnê (provavelmente no final de setembro de 1974). Pelas fotos, noto que são as mesmas roupas, apenas os cabelos estão mais longos no vídeo, portanto o vídeo deve ser de um mês depois, talvez um pouco mais. Eu lembro que fizemos um recital na ORTF durante a turnê de 1974, mas não lembrava de ter gravado esse vídeo, embora faça sentido. O curioso é o violão que eu estou usando nesse vídeo. Nessa turnê, Eduardo usou um Rubio/ Fischer de 1972 e eu um Rubio de 1965 feito em Nova York. No entanto, a roseta desse violão que eu estou tocando no vídeo não é a do Rubio de 1965, é de um Rubio/ Fischer de 1974 que eu adquiri durante aquela turnê. Eu me lembro de ter gostado muito desse violão, mas não lembrava de o tê-lo usado logo em seguida. Uma temeridade, claro, e talvez isso explique (embora não justifique) tantos esbarrões escancarados de minha parte. Bem, paciência... Duo Abreu toca as "Três peças do segundo livro para cravo", do compositor francês Jean-Philippe Rameau E do outro vídeo, da "Tonadilla", você gostou? Gostei muito mais da "Tonadilla". Essa gravação deve ter sido feita um pouco antes da gravação do LP da CBS em que ela está incluída. Fora um trecho curto em que o meu dedilhado no baixo não estava funcionando (um defeito que eu mudei e resolvi a tempo para a gravação do disco). No geral, gosto bem mais dessa versão do que da versão do LP. No disco, esse movimento está afobado, enquanto que nesse vídeo está no ponto exato. E os violões são maravilhosos, combinam esplendidamente. Acho que dois Hausers não combinariam tão bem, além de que, nessa peça, o Santos Hernandez na mão de Eduardo dá um toque espanhol perfeito. No entanto, essa "Tonadilla" é mil vezes mais fácil do que o Rameau, tanto tecnicamente quanto musicalmente. No Rameau tudo é totalmente transparente, cada detalhe é importante e qualquer falha grita, por minúscula que seja. Se eu tivesse me dado conta disso na época, nunca teria feito esse arranjo do Rameau. Mas a música é maravilhosa. Duo Abreu toca a "Tonadilla", do espanhol Joaquin Rodrigo Quem fez essas gravações? Por que elas se perderam? Esses vídeos foram gravados em Paris, pela ORTF Francesa. Não me lembro especificamente de ter gravado esses ou outros videos. Durante nossa carreira, fizemos muitas apresentações em televisão em vários países da Europa. A maioria acredito que tenha sido transmitida diretamente ao vivo, sem ter sido gravada. Há gravações em vídeo para a BBC de Londres que eu me lembro de termos feito, mas que não foram preservadas. Convém lembrar que naquela época fitas de vídeo eram muito dispendiosas e era prática frequente gravar coisas por cima das outras. Você tem vontade de reeditar os discos do Duo Abreu já que nunca foram lançados em CD? Há planos nesse sentido? Já houve planos nesse sentido, mas nunca se conseguiu localizar as fitas originais na Inglaterra. Você e Eduardo ainda tocam juntos quando se encontram? Desde que Eduardo abandonou a carreira, no final de 1975, nunca mais tocamos nada juntos, nem em casa. Ainda tocamos individualmente, por lazer. Por que você decidiu seguir a carreira de luthier em vez de continuar sua carreira como violonista? Porque me cansei da carreira de concertista e do excesso de viagens, do contato com o público. Sempre tive necessidade de isolamento, ser luthier foi uma escolha perfeita. Quais são os violonistas brasileiros que mais te agradam atualmente? Tenho grande prazer em constatar que temos inúmeros violonistas de talento excepcional, tanto na nova geração quanto na anterior. Da minha geração, sempre tive grande amizade e admiração pelo Turíbio Santos, cindo anos mais velho do que eu, que conheci na casa de meu avô quando eu tinha dez anos de idade. Mas são 06h20 da manhã e acabei de chegar da oficina, estou caindo de sono. Não quero me arriscar a fazer uma lista nessas condições pois correria o risco de deixar muitos excelentes músicos de fora
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Dersa usa só parecer da OAS para aumentar custo de obra no Rodoanel
A direção da Dersa, empresa controlada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e responsável pelo Rodoanel Norte, firmou aditivo com a construtora OAS com base somente em um relatório feito pela própria empresa interessada. O aditivo aumentou em 290% o custo da terraplanagem em um dos lotes da obra. O relatório da OAS precisava ter a assinatura de um responsável técnico, como geólogo ou geotécnico, mas não tem. Nele, a empresa alegou que o projeto original da Dersa não previu a enorme quantidade de matacões (grandes rochas) existente no local, o que dificulta a terraplanagem e aumenta o custo do serviço. A direção da Dersa acatou o argumento da OAS sem consultar todas as áreas técnicas do órgão, como os setores de Projeto –que teria falhado ao não prever os matacões– e o de Planejamento. A Dersa disse que o trâmite para a assinatura do aditivo foi regular. Hoje, com cerca de metade da obra executada, o governo já prevê que todo o trecho norte do Rodoanel, licitado em 2012 por R$ 3,9 bilhões, sairá ao menos 10% mais caro (R$ 390 milhões a mais). O empreendimento também atrasou, sobretudo devido à demora nas desapropriações. Era previsto para março deste ano e ficou para 2018. Os aditivos que reajustaram a terraplanagem, firmados em setembro de 2015, são alvo de inquérito da Polícia Federal em São Paulo desde março. Segundo a Folha apurou, o caso tem atraído atenção de investigadores da Lava Jato –a OAS é investigada por suposto envolvimento no petrolão e negocia delação no âmbito da operação. O lote 2 do Rodoanel Norte, da OAS, foi o que sofreu maior aumento nos custos, mas todos os seis lotes tiveram aditivos de forma semelhante e também estão sob apuração na PF. A construtora OAS detém ainda o lote 3. Os demais são do Consórcio Mendes Júnior-Isolux (lote 1), da Acciona Infraestructura (lotes 4 e 6) e do Construcap-Copasa (lote 5). À PF, que instaurou inquérito após denúncia de um ex-funcionário terceirizado da Dersa, profissionais disseram que a escavação e a remoção de matacões já estava prevista no projeto original, porque o local da obra, próximo à Cantareira, sabidamente tem essa característica geológica. Conforme o que foi licitado, as empreiteiras são pagas por metro cúbico de rocha removida –os matacões já estariam incluídos no pacote. A polícia apura se eles serviram de desculpa para um aumento indevido do preço. No caso do lote 2, a Dersa previa pagar, quando abriu a licitação, R$ 27 por metro cúbico de rocha removida. A OAS venceu cobrando R$ 16. Com o aditivo, o valor foi para R$ 46. A terraplanagem como um todo subiu de R$ 26 milhões para R$ 102 milhões. Uma parte desse aumento também se deve ao transporte do material escavado –a distância até o descarte aumentou, porque caminhões foram proibidos de transitar pelo bairro próximo à obra. A PF também apura um suposto jogo de planilhas: no aditivo, a Dersa manteve inalterado o preço global dos contratos. Isso foi possível subindo os valores dos serviços de terraplanagem e reduzindo –ao menos por ora– os dos serviços posteriores. Com o andar da obra, boa parte do investimento total previsto terá sido consumida só na terraplanagem, faltando dinheiro para as etapas finais. Será preciso, então, injetar recursos lá na frente. ESTUDO Em março, após o caso chegar à PF e com os aditivos já vigentes, a Dersa decidiu encomendar ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) um estudo sobre os matacões. Também ligado ao governo, o IPT teve, de 2012 a 2015, um contrato para assessorar no Rodoanel. A parceria previa dar "apoio tecnológico à Dersa quanto aos aspectos específicos de geologia e geotecnia envolvidos no projeto". O diretor de Engenharia da Dersa, Pedro da Silva, disse que não solicitou o parecer antes de assinar os aditivos porque não queria deixar a obra paralisada. A saída, afirmou, foi assinar o aditivo com "preço provisório" até que o estudo fique pronto. À Corregedoria do Estado, que também apura o caso, testemunhas disseram que dois engenheiros da Dersa se recusaram a assinar os aditivos, segundo a reportagem apurou. Consultado pela Folha, o assessor técnico do Tribunal de Contas de São Paulo, Orlando Pontirolli, disse, sem se referir ao caso específico, que nunca viu aditivos com preços provisórios. Ele diz que é apropriado que as áreas técnicas de um órgão se manifestem, antes de um aditivo ser fechado, sobre supostas falhas apontadas pela contratada. OUTRO LADO Silva afirmou que não houve irregularidades nos aditivos do Rodoanel Norte e que, mesmo com eles, a obra vai sair mais barata do que o governo previa inicialmente. Em 2012, a Dersa esperava licitar o trecho norte por R$ 5 bilhões, mas fechou o negócio por R$ 3,9 bilhões. "Nossa licitação ficou R$ 1 bilhão mais barata [do que previsto]. Ainda estamos muito aquém do valor que foi posto à licitação", declarou. Silva disse que não consultou o setor de Projeto da Dersa sobre o relatório da OAS porque o mérito da questão foi analisado pela divisão de Obras e pela diretoria chefiada por ele, o que já bastava. Quanto à falta de um responsável técnico assinando o relatório, Silva minimizou. "[A OAS] Teria que mandar com assinatura no pé. Como foi encaminhado pelo preposto [funcionário responsável], ele não pegou a assinatura, mas ele pega do geotécnico dele. Não é um problema mais grave", afirmou. Questionado sobre os motivos de a OAS só ter reclamado dos matacões em setembro de 2015, após quase 30 meses na obra, Silva respondeu que a empreiteira havia se queixado verbalmente antes, mas sem formalizar. Apesar de o lote 2 ter tido aumento de 290% na terraplanagem, Silva disse que outros itens terão custo reduzido para que, ao final, o aditivo não supere o limite legal de 25% –ele estima um acréscimo de até 17% no lote 2. A OAS não se manifestou. CUSTO SUSPEITO - PF investiga aumento de valor de terraplanagem no Rodoanel
poder
Dersa usa só parecer da OAS para aumentar custo de obra no RodoanelA direção da Dersa, empresa controlada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e responsável pelo Rodoanel Norte, firmou aditivo com a construtora OAS com base somente em um relatório feito pela própria empresa interessada. O aditivo aumentou em 290% o custo da terraplanagem em um dos lotes da obra. O relatório da OAS precisava ter a assinatura de um responsável técnico, como geólogo ou geotécnico, mas não tem. Nele, a empresa alegou que o projeto original da Dersa não previu a enorme quantidade de matacões (grandes rochas) existente no local, o que dificulta a terraplanagem e aumenta o custo do serviço. A direção da Dersa acatou o argumento da OAS sem consultar todas as áreas técnicas do órgão, como os setores de Projeto –que teria falhado ao não prever os matacões– e o de Planejamento. A Dersa disse que o trâmite para a assinatura do aditivo foi regular. Hoje, com cerca de metade da obra executada, o governo já prevê que todo o trecho norte do Rodoanel, licitado em 2012 por R$ 3,9 bilhões, sairá ao menos 10% mais caro (R$ 390 milhões a mais). O empreendimento também atrasou, sobretudo devido à demora nas desapropriações. Era previsto para março deste ano e ficou para 2018. Os aditivos que reajustaram a terraplanagem, firmados em setembro de 2015, são alvo de inquérito da Polícia Federal em São Paulo desde março. Segundo a Folha apurou, o caso tem atraído atenção de investigadores da Lava Jato –a OAS é investigada por suposto envolvimento no petrolão e negocia delação no âmbito da operação. O lote 2 do Rodoanel Norte, da OAS, foi o que sofreu maior aumento nos custos, mas todos os seis lotes tiveram aditivos de forma semelhante e também estão sob apuração na PF. A construtora OAS detém ainda o lote 3. Os demais são do Consórcio Mendes Júnior-Isolux (lote 1), da Acciona Infraestructura (lotes 4 e 6) e do Construcap-Copasa (lote 5). À PF, que instaurou inquérito após denúncia de um ex-funcionário terceirizado da Dersa, profissionais disseram que a escavação e a remoção de matacões já estava prevista no projeto original, porque o local da obra, próximo à Cantareira, sabidamente tem essa característica geológica. Conforme o que foi licitado, as empreiteiras são pagas por metro cúbico de rocha removida –os matacões já estariam incluídos no pacote. A polícia apura se eles serviram de desculpa para um aumento indevido do preço. No caso do lote 2, a Dersa previa pagar, quando abriu a licitação, R$ 27 por metro cúbico de rocha removida. A OAS venceu cobrando R$ 16. Com o aditivo, o valor foi para R$ 46. A terraplanagem como um todo subiu de R$ 26 milhões para R$ 102 milhões. Uma parte desse aumento também se deve ao transporte do material escavado –a distância até o descarte aumentou, porque caminhões foram proibidos de transitar pelo bairro próximo à obra. A PF também apura um suposto jogo de planilhas: no aditivo, a Dersa manteve inalterado o preço global dos contratos. Isso foi possível subindo os valores dos serviços de terraplanagem e reduzindo –ao menos por ora– os dos serviços posteriores. Com o andar da obra, boa parte do investimento total previsto terá sido consumida só na terraplanagem, faltando dinheiro para as etapas finais. Será preciso, então, injetar recursos lá na frente. ESTUDO Em março, após o caso chegar à PF e com os aditivos já vigentes, a Dersa decidiu encomendar ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) um estudo sobre os matacões. Também ligado ao governo, o IPT teve, de 2012 a 2015, um contrato para assessorar no Rodoanel. A parceria previa dar "apoio tecnológico à Dersa quanto aos aspectos específicos de geologia e geotecnia envolvidos no projeto". O diretor de Engenharia da Dersa, Pedro da Silva, disse que não solicitou o parecer antes de assinar os aditivos porque não queria deixar a obra paralisada. A saída, afirmou, foi assinar o aditivo com "preço provisório" até que o estudo fique pronto. À Corregedoria do Estado, que também apura o caso, testemunhas disseram que dois engenheiros da Dersa se recusaram a assinar os aditivos, segundo a reportagem apurou. Consultado pela Folha, o assessor técnico do Tribunal de Contas de São Paulo, Orlando Pontirolli, disse, sem se referir ao caso específico, que nunca viu aditivos com preços provisórios. Ele diz que é apropriado que as áreas técnicas de um órgão se manifestem, antes de um aditivo ser fechado, sobre supostas falhas apontadas pela contratada. OUTRO LADO Silva afirmou que não houve irregularidades nos aditivos do Rodoanel Norte e que, mesmo com eles, a obra vai sair mais barata do que o governo previa inicialmente. Em 2012, a Dersa esperava licitar o trecho norte por R$ 5 bilhões, mas fechou o negócio por R$ 3,9 bilhões. "Nossa licitação ficou R$ 1 bilhão mais barata [do que previsto]. Ainda estamos muito aquém do valor que foi posto à licitação", declarou. Silva disse que não consultou o setor de Projeto da Dersa sobre o relatório da OAS porque o mérito da questão foi analisado pela divisão de Obras e pela diretoria chefiada por ele, o que já bastava. Quanto à falta de um responsável técnico assinando o relatório, Silva minimizou. "[A OAS] Teria que mandar com assinatura no pé. Como foi encaminhado pelo preposto [funcionário responsável], ele não pegou a assinatura, mas ele pega do geotécnico dele. Não é um problema mais grave", afirmou. Questionado sobre os motivos de a OAS só ter reclamado dos matacões em setembro de 2015, após quase 30 meses na obra, Silva respondeu que a empreiteira havia se queixado verbalmente antes, mas sem formalizar. Apesar de o lote 2 ter tido aumento de 290% na terraplanagem, Silva disse que outros itens terão custo reduzido para que, ao final, o aditivo não supere o limite legal de 25% –ele estima um acréscimo de até 17% no lote 2. A OAS não se manifestou. CUSTO SUSPEITO - PF investiga aumento de valor de terraplanagem no Rodoanel
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Nobres em seus países, príncipe e xeque árabes se enfrentam no tiro na Rio-2016
BRUNO VILLAS BÔAS DO RIO Os atiradores Nasser Al-Attiya, 45, do Qatar, e Saeed Almaktoum, 39, dos Emirados Árabes, têm mais em comum do que serem rivais no tiro ao prato (skeet) na Olimpíada do Rio. Eles são da nobres em seus países. Os dois participaram nesta sexta-feira (12) do primeiro dia da prova de qualificação da modalidade, no Centro de Tiro, em Deodoro. O segundo dia da modalidade será no sábado (13). Nasser Abdullah Al-Attiyah teve o pior desempenho dos dois: 30º lugar, com 58 pontos. Nessa prova, ele atiram com uma espingarda calibre 12 em discos automaticamente arremessados. Sua nobreza vem do parentesco de sua família com a monarquia absolutista do Qatar. Isso não lhe confere posição na linhagem de sucessão, mas basta para ser príncipe –e muito rico. Conhecido pelos multitalentos, Al-Attiya é bicampeão do Rali Dakar e vice-campeão do Rali dos Sertões. Em 2009. "Já estive no Brasil várias vezes competindo", disse o príncipe à Folha. Apesar do sucesso nas corridas, o príncipe queria uma medalha olímpica. E o tiro foi o caminho escolhido, porque "ajuda na concentração para o rally". Em Londres-2012, ele concretizou o sonho ao ganhar a medalha de bronze exatamente na prova de tiro ao prato. A Olimpíada do Rio é a sexta do príncipe. Perguntado sobre o título de nobreza, Al-Attyah confirma que "somos da família real", mas tenta não dar muita importância a isso para seu desempenho. "Isso não ajuda em nada. Esporte é esporte. Foi um dia ruim hoje, mas foi ruim para muitos atiradores. O importante é fazer o meu melhor amanhã", disse ele. Seu rival Saeed Almaktoum, membro da família real do Kuwait e filho do ex-emir do país, teve um desempenho melhor nesta sexta-feira. Ele terminou em 14º lugar, com 70 pontos (pratos acertados). Abordado, ele fez gesto de que não falaria sobre a prova. Bilionário e dono de cavalos de corrida, Almaktoum ganhou a medalha de ouro no tiro de prato na Olimpíada de Atenas, em 2004, na modalidade fossa olímpica. Foi a primeira medalha da histórica do país. Em seu caso, o tiro tem mais afinidade com uma prática antiga das realezas europeias: caçadas. Ele caça animais desde a infância. Mas esse hábito se transformou em uma prática esportiva apenas aos 34 anos. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
esporte
Nobres em seus países, príncipe e xeque árabes se enfrentam no tiro na Rio-2016 BRUNO VILLAS BÔAS DO RIO Os atiradores Nasser Al-Attiya, 45, do Qatar, e Saeed Almaktoum, 39, dos Emirados Árabes, têm mais em comum do que serem rivais no tiro ao prato (skeet) na Olimpíada do Rio. Eles são da nobres em seus países. Os dois participaram nesta sexta-feira (12) do primeiro dia da prova de qualificação da modalidade, no Centro de Tiro, em Deodoro. O segundo dia da modalidade será no sábado (13). Nasser Abdullah Al-Attiyah teve o pior desempenho dos dois: 30º lugar, com 58 pontos. Nessa prova, ele atiram com uma espingarda calibre 12 em discos automaticamente arremessados. Sua nobreza vem do parentesco de sua família com a monarquia absolutista do Qatar. Isso não lhe confere posição na linhagem de sucessão, mas basta para ser príncipe –e muito rico. Conhecido pelos multitalentos, Al-Attiya é bicampeão do Rali Dakar e vice-campeão do Rali dos Sertões. Em 2009. "Já estive no Brasil várias vezes competindo", disse o príncipe à Folha. Apesar do sucesso nas corridas, o príncipe queria uma medalha olímpica. E o tiro foi o caminho escolhido, porque "ajuda na concentração para o rally". Em Londres-2012, ele concretizou o sonho ao ganhar a medalha de bronze exatamente na prova de tiro ao prato. A Olimpíada do Rio é a sexta do príncipe. Perguntado sobre o título de nobreza, Al-Attyah confirma que "somos da família real", mas tenta não dar muita importância a isso para seu desempenho. "Isso não ajuda em nada. Esporte é esporte. Foi um dia ruim hoje, mas foi ruim para muitos atiradores. O importante é fazer o meu melhor amanhã", disse ele. Seu rival Saeed Almaktoum, membro da família real do Kuwait e filho do ex-emir do país, teve um desempenho melhor nesta sexta-feira. Ele terminou em 14º lugar, com 70 pontos (pratos acertados). Abordado, ele fez gesto de que não falaria sobre a prova. Bilionário e dono de cavalos de corrida, Almaktoum ganhou a medalha de ouro no tiro de prato na Olimpíada de Atenas, em 2004, na modalidade fossa olímpica. Foi a primeira medalha da histórica do país. Em seu caso, o tiro tem mais afinidade com uma prática antiga das realezas europeias: caçadas. Ele caça animais desde a infância. Mas esse hábito se transformou em uma prática esportiva apenas aos 34 anos. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
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Saiba quais despesas podem ser deduzidas do IR
Deduzir custos com saúde, educação, contribuições à previdência e pensões alimentícias é a melhor forma de reduzir o tamanho da mordida do Leão. Ao informar esses custos, o contribuinte reduz a base de cálculo do imposto de renda e diminui o valor devido, ou engorda sua restituição. Na hora de preencher o formulário do IR, o contribuinte pode optar entre fazer a declaração simplificada, que conta com um desconto padrão de 20% da renda tributável; e a completa, que beneficia quem teve um volume maior de despesas deduzíveis. No IR de 2015, o desconto padrão da declaração simplificada está limitado a R$ 15.880,89, valor 4,5% maior do que o do ano passado. O advogado Augusto Andrade, especialista em imposto de renda do escritório Domingues e Pinho Contadores, explica que o próprio programa do IR, no resumo, mostra quais as possibilidades de restituição ou pagamento de imposto para cada um dos modelos. "O que o contribuinte precisa fazer é preencher a restituição no modelo completo e observar se a restituição será melhor dessa maneira", afirma. Confira os tipos de despesas que podem ser deduzidas e seus limites: - Dependentes: Até R$ 2.156,52 por pessoa. Confira quem pode ser considerado dependente. - Pensão alimentícia: Quando a pensão é judicial ou acordada em divórcio, a pessoa que paga esse valor pode deduzir o valor integral de seu imposto de renda. Vale notar que valores extra e despesas pagas por fora da pensão não podem ser descontadas. É importante ressaltar que não vale deduzir o valor da pensão e ainda por cima incluir o filho como dependente do mesmo contribuinte. - Gastos com educação: Até R$ 3.375,83 por ano para cada membro da família. Mensalidades em creches, escolas de educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, curso superior, cursos de especialização e profissionalizantes podem ser inclusas. Cursinhos, cursos livres e aulas de idioma ficam de fora. - Despesas médicas: Não há limite. Vale incluir gastos com exames, consultas e até com o plano de saúde. Caso o contribuinte tenha um plano de saúde subsidiado pela empresa, mas que ele pague uma parte da mensalidade, pode incluir a parcela que fica a seu encargo. As despesas médicas dos filhos que estão cadastrados como dependentes também são dedutíveis. O importante é só declarar despesas médicas das quais a pessoa tenha o recibo ou o relatório de reembolso do plano de saúde já que despesas médicas têm levado muita gente à malha fina. - Contribuição à Previdência Social: Todas as contribuições pagas à Previdência Social em 2014 podem ser deduzidas sem limite. Vale incluir contribuições como trabalhador empregado ou como contribuinte individual ou facultativo. - Contribuição à Previdência Privada: Pessoas que contribuem com o INSS e fazem uso de previdência privada nos planos PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e Fapi (Fundo de Aposentadoria Programada Individual) em valores que correspondam a até 12% da sua renda tributável podem deduzir esse investimento do imposto de renda. - Contribuição à Previdência Social do empregado doméstico: Quem paga contribuições patronais à Previdência Social referentes a um empregado doméstico pode deduzir até R$ 1.152,88 (incluindo 13º salário e férias). O valor corresponde à contribuição de 12% paga pelo empregador ao INSS. - Livro-caixa: Profissionais autônomos podem deduzir despesas escrituradas em seu livro-caixa como remuneração de terceiros com vínculo empregatício e os respectivos encargos trabalhistas e previdenciários. Vale, por exemplo, declarar o salário pago ao contador, o aluguel do escritório e demais despesas que, na visão da Receita, garantam que esse autônomo tenha condições de trabalhar. - Aposentadorias e pensões de maiores de 65 anos: Pode ser deduzida a quantia de R$ 1.787,77 por mês, incluindo o 13º salário, correspondente à parcela isenta dos rendimentos das aposentadorias e pensões pagas pelos setores públicos ou privados a partir do mês em que o contribuinte completar 65 anos de idade. - Doações: Pessoas físicas que fizeram doações a entidades de amparo à criança e ao adolescente autorizadas pelo governo durante o ano de 2014 podem deduzir essas doações de seu imposto, respeitando o limite de até 6% do imposto devido. Quem não fez doações durante o ano também pode optar por doar até 3% do imposto devido para essas entidades na hora de declarar o IR, reduzindo o valor a ser pago ou incrementando sua restituição.
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Saiba quais despesas podem ser deduzidas do IRDeduzir custos com saúde, educação, contribuições à previdência e pensões alimentícias é a melhor forma de reduzir o tamanho da mordida do Leão. Ao informar esses custos, o contribuinte reduz a base de cálculo do imposto de renda e diminui o valor devido, ou engorda sua restituição. Na hora de preencher o formulário do IR, o contribuinte pode optar entre fazer a declaração simplificada, que conta com um desconto padrão de 20% da renda tributável; e a completa, que beneficia quem teve um volume maior de despesas deduzíveis. No IR de 2015, o desconto padrão da declaração simplificada está limitado a R$ 15.880,89, valor 4,5% maior do que o do ano passado. O advogado Augusto Andrade, especialista em imposto de renda do escritório Domingues e Pinho Contadores, explica que o próprio programa do IR, no resumo, mostra quais as possibilidades de restituição ou pagamento de imposto para cada um dos modelos. "O que o contribuinte precisa fazer é preencher a restituição no modelo completo e observar se a restituição será melhor dessa maneira", afirma. Confira os tipos de despesas que podem ser deduzidas e seus limites: - Dependentes: Até R$ 2.156,52 por pessoa. Confira quem pode ser considerado dependente. - Pensão alimentícia: Quando a pensão é judicial ou acordada em divórcio, a pessoa que paga esse valor pode deduzir o valor integral de seu imposto de renda. Vale notar que valores extra e despesas pagas por fora da pensão não podem ser descontadas. É importante ressaltar que não vale deduzir o valor da pensão e ainda por cima incluir o filho como dependente do mesmo contribuinte. - Gastos com educação: Até R$ 3.375,83 por ano para cada membro da família. Mensalidades em creches, escolas de educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, curso superior, cursos de especialização e profissionalizantes podem ser inclusas. Cursinhos, cursos livres e aulas de idioma ficam de fora. - Despesas médicas: Não há limite. Vale incluir gastos com exames, consultas e até com o plano de saúde. Caso o contribuinte tenha um plano de saúde subsidiado pela empresa, mas que ele pague uma parte da mensalidade, pode incluir a parcela que fica a seu encargo. As despesas médicas dos filhos que estão cadastrados como dependentes também são dedutíveis. O importante é só declarar despesas médicas das quais a pessoa tenha o recibo ou o relatório de reembolso do plano de saúde já que despesas médicas têm levado muita gente à malha fina. - Contribuição à Previdência Social: Todas as contribuições pagas à Previdência Social em 2014 podem ser deduzidas sem limite. Vale incluir contribuições como trabalhador empregado ou como contribuinte individual ou facultativo. - Contribuição à Previdência Privada: Pessoas que contribuem com o INSS e fazem uso de previdência privada nos planos PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e Fapi (Fundo de Aposentadoria Programada Individual) em valores que correspondam a até 12% da sua renda tributável podem deduzir esse investimento do imposto de renda. - Contribuição à Previdência Social do empregado doméstico: Quem paga contribuições patronais à Previdência Social referentes a um empregado doméstico pode deduzir até R$ 1.152,88 (incluindo 13º salário e férias). O valor corresponde à contribuição de 12% paga pelo empregador ao INSS. - Livro-caixa: Profissionais autônomos podem deduzir despesas escrituradas em seu livro-caixa como remuneração de terceiros com vínculo empregatício e os respectivos encargos trabalhistas e previdenciários. Vale, por exemplo, declarar o salário pago ao contador, o aluguel do escritório e demais despesas que, na visão da Receita, garantam que esse autônomo tenha condições de trabalhar. - Aposentadorias e pensões de maiores de 65 anos: Pode ser deduzida a quantia de R$ 1.787,77 por mês, incluindo o 13º salário, correspondente à parcela isenta dos rendimentos das aposentadorias e pensões pagas pelos setores públicos ou privados a partir do mês em que o contribuinte completar 65 anos de idade. - Doações: Pessoas físicas que fizeram doações a entidades de amparo à criança e ao adolescente autorizadas pelo governo durante o ano de 2014 podem deduzir essas doações de seu imposto, respeitando o limite de até 6% do imposto devido. Quem não fez doações durante o ano também pode optar por doar até 3% do imposto devido para essas entidades na hora de declarar o IR, reduzindo o valor a ser pago ou incrementando sua restituição.
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Temperatura global irá subir 2ºC até 2100, afirmam pesquisas
É improvável que o aumento de temperatura global até 2100 fique abaixo dos 2ºC, segundo pesquisas publicadas nesta segunda (31) na revista "Nature Climate Change". Segundo uma das pesquisas, a probabilidade é que as temperaturas subam entre 2ºC e 4,9ºC até 2100. Para chegar a essa conclusão, os cientistas usaram dados de 1960 a 2010. A chance do aumento de temperatura ser inferior a 1,5ºC é de 1%. Para fazer o cálculo, os pesquisadores utilizaram dados populacionais da ONU para 2100, produto interno bruto (PIB) per capita dos países e as emissões relacionados ao PIB. Os valores foram ainda adequadamente combinados às projeções climáticas apresentadas pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU. Segundo o estudo, seria necessária uma rápida redução das emissões para limitar o aumento da temperatura a 2ºC. A pesquisa ainda afirma que é pouco provável que seja alcançado o objetivo do Acordo de Paris de zerar as emissões na segunda metade do século. Não foram consideradas possíveis mudanças abruptas relacionadas a diminuições de preços de energias alternativas. INEVITÁVEL De acordo com o outro estudo também publicado nesta segunda-feira, na revista "Nature Climate Change", mesmo que as emissões de gases-estufa parassem hoje, as temperaturas no planeta aumentariam quase 1,5ºC até 2100. O estudo em questão leva em consideração emissões passadas e o aquecimento global já comprometido. As análises foram feitas com base no tempo de vida do CO2, na captura do carbono pelos oceanos e nos impactos temporários de aerossóis. Segundo as análises da pesquisa, existe a chance de, somente pelo aquecimento comprometido –ou seja, relativo a emissões que já ocorreram–, o aumento da temperatura seja 1,5ºC. "Mesmo em um cenário irrealisticamente otimista no qual as emissões de gases-estufa fossem abruptamente interrompidas, certa quantidade de aquecimento futuro é inevitável", afirmam os pesquisadores na pesquisa. Os pesquisadores afirmam que, logicamente, a interrupção de todas as emissões é uma "situação altamente idealizada", mas que isso possui um papel pedagógico. "O aquecimento já comprometido desafia a expectativa ingênua de que o aumento de temperatura global para quando as emissões são interrompidas", dizem os pesquisadores. PARIS O compromisso do esforço de todos os países para conter o aumento da temperatura a níveis inferiores 2ºC –preferencialmente abaixo de 1,5°C– foi o resultado do Acordo de Paris. Segundo esses estudos, porém, as ações tomadas até o momento e planejadas para o futuro próximo não serão suficientes para alcançar a meta. Recentemente, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a retirada do país do acordo. Segundo especialistas, a saída dos EUA não significa o fim do Acordo de Paris –considerando que governos locais e empresas se comprometeram a manter o compromisso–, mas pode afetar investimentos em energias limpas.
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Temperatura global irá subir 2ºC até 2100, afirmam pesquisasÉ improvável que o aumento de temperatura global até 2100 fique abaixo dos 2ºC, segundo pesquisas publicadas nesta segunda (31) na revista "Nature Climate Change". Segundo uma das pesquisas, a probabilidade é que as temperaturas subam entre 2ºC e 4,9ºC até 2100. Para chegar a essa conclusão, os cientistas usaram dados de 1960 a 2010. A chance do aumento de temperatura ser inferior a 1,5ºC é de 1%. Para fazer o cálculo, os pesquisadores utilizaram dados populacionais da ONU para 2100, produto interno bruto (PIB) per capita dos países e as emissões relacionados ao PIB. Os valores foram ainda adequadamente combinados às projeções climáticas apresentadas pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU. Segundo o estudo, seria necessária uma rápida redução das emissões para limitar o aumento da temperatura a 2ºC. A pesquisa ainda afirma que é pouco provável que seja alcançado o objetivo do Acordo de Paris de zerar as emissões na segunda metade do século. Não foram consideradas possíveis mudanças abruptas relacionadas a diminuições de preços de energias alternativas. INEVITÁVEL De acordo com o outro estudo também publicado nesta segunda-feira, na revista "Nature Climate Change", mesmo que as emissões de gases-estufa parassem hoje, as temperaturas no planeta aumentariam quase 1,5ºC até 2100. O estudo em questão leva em consideração emissões passadas e o aquecimento global já comprometido. As análises foram feitas com base no tempo de vida do CO2, na captura do carbono pelos oceanos e nos impactos temporários de aerossóis. Segundo as análises da pesquisa, existe a chance de, somente pelo aquecimento comprometido –ou seja, relativo a emissões que já ocorreram–, o aumento da temperatura seja 1,5ºC. "Mesmo em um cenário irrealisticamente otimista no qual as emissões de gases-estufa fossem abruptamente interrompidas, certa quantidade de aquecimento futuro é inevitável", afirmam os pesquisadores na pesquisa. Os pesquisadores afirmam que, logicamente, a interrupção de todas as emissões é uma "situação altamente idealizada", mas que isso possui um papel pedagógico. "O aquecimento já comprometido desafia a expectativa ingênua de que o aumento de temperatura global para quando as emissões são interrompidas", dizem os pesquisadores. PARIS O compromisso do esforço de todos os países para conter o aumento da temperatura a níveis inferiores 2ºC –preferencialmente abaixo de 1,5°C– foi o resultado do Acordo de Paris. Segundo esses estudos, porém, as ações tomadas até o momento e planejadas para o futuro próximo não serão suficientes para alcançar a meta. Recentemente, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a retirada do país do acordo. Segundo especialistas, a saída dos EUA não significa o fim do Acordo de Paris –considerando que governos locais e empresas se comprometeram a manter o compromisso–, mas pode afetar investimentos em energias limpas.
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Doria anuncia Boni e Beltrame como chefes de conselhos municipais
O prefeito eleito João Doria (PSDB) anunciou nesta quinta-feira (24) nomes conhecidos para presidência dos conselhos de gestão das secretarias municipais, como o comunicador José Bonifácio de Oliveira, o Boni, para a cultura, e o ex-secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, na área de Segurança. Os conselhos de gestão, importados da iniciativa privada, atuarão junto ao secretariado e discutirão as políticas a serem implantadas. Boni trabalhará ao lado do secretário de Cultura, André Sturm, e Beltrame junto ao titular da pasta de Segurança Urbana, coronel José Roberto Rodrigues. Entre os notáveis para a presidência dos conselhos ainda o secretário estadual da Saúde, David Uip, e, na educação, Mozart Ramos, que hoje é diretor de articulação e inovação do Instituto Ayrton Senna. Doria fez a ultima apresentação do secretariado, com 22 nomes –atualmente, a prefeitura tem 27 pastas. Secretários de Doria No evento, Doria negou que a perda de status de secretaria pela CGM (Controladoria Geral do Município) significa que o combate a corrupção não será destaque durante a sua gestão. A pasta agora ficará sob o guarda-chuva da atual secretaria dos Negócios Jurídicos. "Tem várias áreas de atuação da prefeitura de São Paulo que não estão espelhadas em secretarias. Nem por isso elas deixam de ser importantes. A Controladoria será prestigiada. O nome [para comandar o órgão] será de primeiríssima linha", disse o tucano. Os titulares da pasta prometeram manter programas que funcionam na atual gestão, como o Transcidadania, que ficará a cargo da futura secretária de Direitos Humanos, a vereadora evangélica Patrícia Bezerra (PSDB). Na Segurança, o coronel José Roberto Rodrigues negou que o fato de ser policial militar signifique uma gestão mais linha-dura. No entanto, admite que o bom relacionamento com a PM e a Polícia Civil deve ajudar. Já o futuro secretário da Habitação, Fernando Chucre, admitiu que dificuldades financeiras limitarão a construção de novas unidades e promete foco na regularização fundiária. Ele afirma também que terá proximidade e diálogo com movimentos sem-teto.
cotidiano
Doria anuncia Boni e Beltrame como chefes de conselhos municipaisO prefeito eleito João Doria (PSDB) anunciou nesta quinta-feira (24) nomes conhecidos para presidência dos conselhos de gestão das secretarias municipais, como o comunicador José Bonifácio de Oliveira, o Boni, para a cultura, e o ex-secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, na área de Segurança. Os conselhos de gestão, importados da iniciativa privada, atuarão junto ao secretariado e discutirão as políticas a serem implantadas. Boni trabalhará ao lado do secretário de Cultura, André Sturm, e Beltrame junto ao titular da pasta de Segurança Urbana, coronel José Roberto Rodrigues. Entre os notáveis para a presidência dos conselhos ainda o secretário estadual da Saúde, David Uip, e, na educação, Mozart Ramos, que hoje é diretor de articulação e inovação do Instituto Ayrton Senna. Doria fez a ultima apresentação do secretariado, com 22 nomes –atualmente, a prefeitura tem 27 pastas. Secretários de Doria No evento, Doria negou que a perda de status de secretaria pela CGM (Controladoria Geral do Município) significa que o combate a corrupção não será destaque durante a sua gestão. A pasta agora ficará sob o guarda-chuva da atual secretaria dos Negócios Jurídicos. "Tem várias áreas de atuação da prefeitura de São Paulo que não estão espelhadas em secretarias. Nem por isso elas deixam de ser importantes. A Controladoria será prestigiada. O nome [para comandar o órgão] será de primeiríssima linha", disse o tucano. Os titulares da pasta prometeram manter programas que funcionam na atual gestão, como o Transcidadania, que ficará a cargo da futura secretária de Direitos Humanos, a vereadora evangélica Patrícia Bezerra (PSDB). Na Segurança, o coronel José Roberto Rodrigues negou que o fato de ser policial militar signifique uma gestão mais linha-dura. No entanto, admite que o bom relacionamento com a PM e a Polícia Civil deve ajudar. Já o futuro secretário da Habitação, Fernando Chucre, admitiu que dificuldades financeiras limitarão a construção de novas unidades e promete foco na regularização fundiária. Ele afirma também que terá proximidade e diálogo com movimentos sem-teto.
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Shakespeare vai ao Planalto
A guilhotina, afiada por 61 votos contra 20, estava quase sobre o pescoço da ex-presidente Dilma Rousseff na última quarta-feira (31), quando a ruralista Katia Abreu, no papel de primeira amiga, gritou: "Parem"! Bravamente secundada pelos cavaleiros Ricardo Lewandowski e Renan Calheiros, e mais uma tropa de 19 apoiadores do impeachment, conseguiu transmutar a pena de morte numa espécie de prisão perpétua. A condenada perde o poder, porém, fica viva. Aplausos e vaias. Desce o pano. A cena conclusiva do espetáculo senatorial foi digna de um drama shakespeariano, no qual tragédia e farsa se misturam em doses equivalentes. Para efeitos imediatos, pouco muda. O golpe parlamentar se consumou, encerrando este ciclo do lulismo, com danos à democracia. Mas, ao garantir, no último minuto, a manutenção dos direitos de Dilma, o Senado mandou um recado à plateia, com uma piscadela: não houve mesmo crime de responsabilidade, a ré é inocente, caiu por razões políticas. O longo interrogatório a que fora submetida dois dias antes revelou-se decisivo para o desfecho. Embora não tenha o dom da oratória, Dilma conseguiu evidenciar, perante o tribunal da opinião pública, a fragilidade das acusações que lhe eram imputadas. Ao levantar-se da cadeira, 14 horas depois de iniciada a sessão com um competente discurso lido, a rainha prestes a perder o cetro tinha conseguido colar as palavras traição e usurpação na imaginária coroa que, sequestrada por Eduardo Cunha, Michel Temer envergaria. Ao preservar a dignidade da mandatária deposta, os peemedebistas cordiais do Senado, dentre os quais ex-ministros da era lulista, levaram o nosso Ricardo III a começar o mandato na defensiva. Indignados, os demais partidos da aliança exigiam retaliações contra os traidores do PMDB. Em lugar da comemoração morna prevista para a noite, o novo monarca foi obrigado a endurecer e ameaçar, instando os descontentes a deixarem o palácio. Chegou, assim, manco ao trono, manchado de sangue. Nem por isso menos temível, pois se formou bloco social de grande envergadura disposto a retomar o projeto neoliberal de onde ele havia parado nos anos 1990. Subestimar o tamanho da onda que vem por aí seria grave erro de avaliação. A balbúrdia na base parlamentar, as ameaças da Lava Jato, a má avaliação do eleitorado que acometem o novo príncipe serão revertidos se os empregos reaparecerem. A coalizão vitoriosa está consciente do assunto. O empenho em viajar à China logo depois da desastrada posse o demonstra. Tem início uma peça diferente. * Por razões profissionais, paro por uma semana. Volto em 17/9.
colunas
Shakespeare vai ao PlanaltoA guilhotina, afiada por 61 votos contra 20, estava quase sobre o pescoço da ex-presidente Dilma Rousseff na última quarta-feira (31), quando a ruralista Katia Abreu, no papel de primeira amiga, gritou: "Parem"! Bravamente secundada pelos cavaleiros Ricardo Lewandowski e Renan Calheiros, e mais uma tropa de 19 apoiadores do impeachment, conseguiu transmutar a pena de morte numa espécie de prisão perpétua. A condenada perde o poder, porém, fica viva. Aplausos e vaias. Desce o pano. A cena conclusiva do espetáculo senatorial foi digna de um drama shakespeariano, no qual tragédia e farsa se misturam em doses equivalentes. Para efeitos imediatos, pouco muda. O golpe parlamentar se consumou, encerrando este ciclo do lulismo, com danos à democracia. Mas, ao garantir, no último minuto, a manutenção dos direitos de Dilma, o Senado mandou um recado à plateia, com uma piscadela: não houve mesmo crime de responsabilidade, a ré é inocente, caiu por razões políticas. O longo interrogatório a que fora submetida dois dias antes revelou-se decisivo para o desfecho. Embora não tenha o dom da oratória, Dilma conseguiu evidenciar, perante o tribunal da opinião pública, a fragilidade das acusações que lhe eram imputadas. Ao levantar-se da cadeira, 14 horas depois de iniciada a sessão com um competente discurso lido, a rainha prestes a perder o cetro tinha conseguido colar as palavras traição e usurpação na imaginária coroa que, sequestrada por Eduardo Cunha, Michel Temer envergaria. Ao preservar a dignidade da mandatária deposta, os peemedebistas cordiais do Senado, dentre os quais ex-ministros da era lulista, levaram o nosso Ricardo III a começar o mandato na defensiva. Indignados, os demais partidos da aliança exigiam retaliações contra os traidores do PMDB. Em lugar da comemoração morna prevista para a noite, o novo monarca foi obrigado a endurecer e ameaçar, instando os descontentes a deixarem o palácio. Chegou, assim, manco ao trono, manchado de sangue. Nem por isso menos temível, pois se formou bloco social de grande envergadura disposto a retomar o projeto neoliberal de onde ele havia parado nos anos 1990. Subestimar o tamanho da onda que vem por aí seria grave erro de avaliação. A balbúrdia na base parlamentar, as ameaças da Lava Jato, a má avaliação do eleitorado que acometem o novo príncipe serão revertidos se os empregos reaparecerem. A coalizão vitoriosa está consciente do assunto. O empenho em viajar à China logo depois da desastrada posse o demonstra. Tem início uma peça diferente. * Por razões profissionais, paro por uma semana. Volto em 17/9.
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Horacio Cartes defende que Venezuela aceite ajuda para libertar presos
O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, defendeu nesta sexta-feira (10) que o governo da Venezuela aceite ajuda externa para conseguir a libertação dos presos políticos e superar a crise de escassez de alimentos. As declarações foram feitas em entrevista ao canal CNN en Español antes da viagem à Cúpula das Américas, no Panamá. Ele é o terceiro mandatário do Mercosul a dar apoio à soltura dos opositores, depois de Dilma Rousseff e Tabaré Vázquez. "Sinto que nos países há uma predisposição para ajudar a Venezuela. A Venezuela precisa deixar se ajudar. Nos preocupam os presos, a falta de alimentos", disse. Questionado sobre as declarações do presidente dos EUA, Barack Obama, em que critica o silêncio dos governantes da América Latina sobre a situação venezuelana, Cartes respondeu que "há uma linha muito fina entre solidariedade e ingerência". "Mas o único caminho é o diálogo, assim como acontece com as relações entre Estados Unidos e Cuba. Ajudemos no que nós temos e que ao outro faz falta. Temos um belo discurso de integração e pátria grande, mas um país irmão tem problemas de alimentação e não estamos aí". Em entrevista exibida na noite de quinta (9) pela CNN en Español, a presidente Dilma Rousseff disse que os países da Unasul têm o "interesse absoluto" na libertação dos presos políticos. No início da tarde desta sexta, já no Panamá, foi a vez de o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, de se pronunciar sobre o assunto. Ele considerou a situação "preocupante", mas disse que não pode interferir em assuntos internos da Venezuela.
mundo
Horacio Cartes defende que Venezuela aceite ajuda para libertar presosO presidente do Paraguai, Horacio Cartes, defendeu nesta sexta-feira (10) que o governo da Venezuela aceite ajuda externa para conseguir a libertação dos presos políticos e superar a crise de escassez de alimentos. As declarações foram feitas em entrevista ao canal CNN en Español antes da viagem à Cúpula das Américas, no Panamá. Ele é o terceiro mandatário do Mercosul a dar apoio à soltura dos opositores, depois de Dilma Rousseff e Tabaré Vázquez. "Sinto que nos países há uma predisposição para ajudar a Venezuela. A Venezuela precisa deixar se ajudar. Nos preocupam os presos, a falta de alimentos", disse. Questionado sobre as declarações do presidente dos EUA, Barack Obama, em que critica o silêncio dos governantes da América Latina sobre a situação venezuelana, Cartes respondeu que "há uma linha muito fina entre solidariedade e ingerência". "Mas o único caminho é o diálogo, assim como acontece com as relações entre Estados Unidos e Cuba. Ajudemos no que nós temos e que ao outro faz falta. Temos um belo discurso de integração e pátria grande, mas um país irmão tem problemas de alimentação e não estamos aí". Em entrevista exibida na noite de quinta (9) pela CNN en Español, a presidente Dilma Rousseff disse que os países da Unasul têm o "interesse absoluto" na libertação dos presos políticos. No início da tarde desta sexta, já no Panamá, foi a vez de o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, de se pronunciar sobre o assunto. Ele considerou a situação "preocupante", mas disse que não pode interferir em assuntos internos da Venezuela.
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Motorista antecipa limite de 50 km/h por temer multa
O profissional de logística Edgar Curty, 35, já fez um ajuste no limitador de velocidade do carro: na capital paulista, só atinge 50 km/h, embora ainda haja vias onde se possa circular a 60 km/h e 70 km/h. "Isso tem ajudado. O radar acaba com todo mundo", queixa-se Curty, em referência à fiscalização das recentes reduções nos limites que confundem os motoristas. O prefeito Fernando Haddad (PT) anunciou que todas as vias arteriais (que ligam diferentes regiões da cidade, têm semáforos e fluxo intenso) terão limite de 50 km/h até dezembro -com a justificativa de baixar acidentes. Em meio às mudanças semanais na sinalização, muitos condutores já se adiantaram com medo de multas e para se habituar à padronização. "Já procuro diminuir mesmo nas avenidas que estão com limite de 60 km/h", diz a arquiteta Patrícia Varago, 43. A Rebouças é uma das vias arteriais onde a máxima continua em 60 km/h -na prática, mais do que na pista local das marginais, onde a velocidade caiu para 50 km/h. No corredor 23 de Maio (que tem trechos expressos, sem semáforo), a velocidade deve cair de 70 km/h para 60 km/h neste semestre. "Você sai da marginal e entra em uma rua com a velocidade maior. Então prefiro andar a 50 km/h em qualquer lugar", afirma Marcos Paulo, 38, que é empresário. O taxista Nelson Batista, 61, diz que já está pisando no freio com medo de acessar uma via onde a mudança do limite acabou de ocorrer. O colega de profissão Antônio Pires, 56, reclama que "mudam a velocidade sem avisar". A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) diz avisar sobre as alterações nas velocidades, por meio de painéis informativos, faixas e comunicados à imprensa, com três dias de antecedência. O prazo é criticado por especialistas -para quem maior divulgação elevaria a credibilidade da fiscalização. Só na última semana, a redução dos limites de 60 km/h para 50 km/h foi implantada em 11 vias da capital. FAIXA DE ÔNIBUS O medo das multas também se estende às faixas exclusivas para ônibus. Nas horas do dia em que elas estão liberadas para trânsito de carros (isso varia de acordo com a pista), tem motorista que prefere não utilizá-las. "Só uso nos fins de semana com medo de mais uma multa", conta a publicitária Patrícia Visuara, 39. "Fico com medo de recorrer de uma possível multa e não ganhar", diz o taxista Jairo Rodrigues.
cotidiano
Motorista antecipa limite de 50 km/h por temer multaO profissional de logística Edgar Curty, 35, já fez um ajuste no limitador de velocidade do carro: na capital paulista, só atinge 50 km/h, embora ainda haja vias onde se possa circular a 60 km/h e 70 km/h. "Isso tem ajudado. O radar acaba com todo mundo", queixa-se Curty, em referência à fiscalização das recentes reduções nos limites que confundem os motoristas. O prefeito Fernando Haddad (PT) anunciou que todas as vias arteriais (que ligam diferentes regiões da cidade, têm semáforos e fluxo intenso) terão limite de 50 km/h até dezembro -com a justificativa de baixar acidentes. Em meio às mudanças semanais na sinalização, muitos condutores já se adiantaram com medo de multas e para se habituar à padronização. "Já procuro diminuir mesmo nas avenidas que estão com limite de 60 km/h", diz a arquiteta Patrícia Varago, 43. A Rebouças é uma das vias arteriais onde a máxima continua em 60 km/h -na prática, mais do que na pista local das marginais, onde a velocidade caiu para 50 km/h. No corredor 23 de Maio (que tem trechos expressos, sem semáforo), a velocidade deve cair de 70 km/h para 60 km/h neste semestre. "Você sai da marginal e entra em uma rua com a velocidade maior. Então prefiro andar a 50 km/h em qualquer lugar", afirma Marcos Paulo, 38, que é empresário. O taxista Nelson Batista, 61, diz que já está pisando no freio com medo de acessar uma via onde a mudança do limite acabou de ocorrer. O colega de profissão Antônio Pires, 56, reclama que "mudam a velocidade sem avisar". A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) diz avisar sobre as alterações nas velocidades, por meio de painéis informativos, faixas e comunicados à imprensa, com três dias de antecedência. O prazo é criticado por especialistas -para quem maior divulgação elevaria a credibilidade da fiscalização. Só na última semana, a redução dos limites de 60 km/h para 50 km/h foi implantada em 11 vias da capital. FAIXA DE ÔNIBUS O medo das multas também se estende às faixas exclusivas para ônibus. Nas horas do dia em que elas estão liberadas para trânsito de carros (isso varia de acordo com a pista), tem motorista que prefere não utilizá-las. "Só uso nos fins de semana com medo de mais uma multa", conta a publicitária Patrícia Visuara, 39. "Fico com medo de recorrer de uma possível multa e não ganhar", diz o taxista Jairo Rodrigues.
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Coreia do Norte nega ter torturado estudante americano
O governo da Coreia do Norte negou nesta sexta-feira (23) ter torturado ou maltratado na prisão o estudante americano Otto Warmbier, que morreu após ter sido liberado por Pyongyang em estado de coma, e acusa Washington de organizar uma "campanha difamatória". Essa é a primeira reação da Coreia do Norte ao anúncio da morte, ocorrida na segunda-feira nos Estados Unidos, do estudante de 22 anos repatriado no dia 13 de junho em coma. O jovem havia sido condenado na Coreia do Norte a 15 anos de trabalhos forçados pelo roubo de um cartaz de propaganda. "Nossas agências competentes tratam todos os criminosos (...) dentro do respeito das leis nacionais e dos parâmetros internacionais", afirmou um porta-voz do Conselho para a Reconciliação Nacional, segundo a agência norte-coreana KCNA. O porta-voz do ministério norte-coreano das Relações Exteriores, citado pela imprensa estatal, acusou Washington de organizar uma "campanha difamatória" contra o país. O presidente americano Donald Trump chamou o que aconteceu com o estudante de "escândalo". A Coreia do Sul atribuiu a morte de Warmbier ao regime "irracional" de Pyongyang, que acusa Seul de usar o falecimento do jovem para tentar obter a libertação de seis presos sul-coreanos. "Não têm a mínima ideia de como Warmbier foi bem tratado (...) mas se atrevem a pronunciar as palavras 'maus-tratos' e 'tortura'", disse o porta-voz do Conselho para a Reconciliação Nacional.
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Coreia do Norte nega ter torturado estudante americanoO governo da Coreia do Norte negou nesta sexta-feira (23) ter torturado ou maltratado na prisão o estudante americano Otto Warmbier, que morreu após ter sido liberado por Pyongyang em estado de coma, e acusa Washington de organizar uma "campanha difamatória". Essa é a primeira reação da Coreia do Norte ao anúncio da morte, ocorrida na segunda-feira nos Estados Unidos, do estudante de 22 anos repatriado no dia 13 de junho em coma. O jovem havia sido condenado na Coreia do Norte a 15 anos de trabalhos forçados pelo roubo de um cartaz de propaganda. "Nossas agências competentes tratam todos os criminosos (...) dentro do respeito das leis nacionais e dos parâmetros internacionais", afirmou um porta-voz do Conselho para a Reconciliação Nacional, segundo a agência norte-coreana KCNA. O porta-voz do ministério norte-coreano das Relações Exteriores, citado pela imprensa estatal, acusou Washington de organizar uma "campanha difamatória" contra o país. O presidente americano Donald Trump chamou o que aconteceu com o estudante de "escândalo". A Coreia do Sul atribuiu a morte de Warmbier ao regime "irracional" de Pyongyang, que acusa Seul de usar o falecimento do jovem para tentar obter a libertação de seis presos sul-coreanos. "Não têm a mínima ideia de como Warmbier foi bem tratado (...) mas se atrevem a pronunciar as palavras 'maus-tratos' e 'tortura'", disse o porta-voz do Conselho para a Reconciliação Nacional.
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Vôlei, futebol, judô e ginástica; veja os brasileiros que competem no primeiro dia
DE SÃO PAULO Depois da cerimônia de abertura, os Jogos Olímpicos começam oficialmente nesta sexta (5). A seleção feminina de futebol entra em campo em busca da segunda vitória e disputam a liderança do grupo contra a Suécia às 22h. Sarah Menezes, no judô, e Arthur Zanetti, na ginástica, lutam para manter seus títulos de Londres-2012. Ela compete às 10h. Ele, às 10h30. CICLISMO (ESTRADA) 9h30 - Masc. (SporTV 16) Por que ver? Dois brasileiros (Kleber Ramos e Murilo Fischer) disputam a prova que dará o primeiro ouro dos Jogos HANDEBOL 9h30 - Noruega x Brasil - fem. (Globo, Band, ESPN Brasil, Fox Sports) Por que ver? A seleção feminina tenta devolver a derrota sofrida para as norueguesas nas quartas de final (21 a 19) dos Jogos Olímpicos de Londres-2012 JUDÔ 10h - fem. - até 48 kg (SporTV 2) Por que ver? Atual campeã olímpica na categoria ligeiro, a piauiense Sarah Menezes tenta repetir a façanha da Olimpíada de Londres-2012 GINÁSTICA ARTÍSTICA 10h30 Ginástica artística - masc. (qualificatório) (SporTV 3 e 6) Por que ver? Arthur Zanetti inicia a defesa do título nas argolas TÊNIS 10h45 - masc. - duplas (SporTV 10) Por que ver? O número 1 do mundo estará em quadra hoje. Novak Djokovic defende a sérvia no torneio de duplas, no quinto jogo do dia BOXE 11h - masc. - mosca-ligeiro (46-49 kg) (SporTV 8) Por que ver? O brasileiro Patrick Lourenço enfrenta o colombiano Yuberjen Herney Martinez Ribas Calendário Olímpico VÔLEI DE PRAIA 11h - Alison/Bruno Schmidt (BRA) X Binstock/Schachter (CAN) - masc. (Globo, Band, SporTV e Fox Sports 2) Por que ver? Favoritos ao título, Alison, prata em Londres-2012, e Bruno estreiam em Copacabana RÚGBI SEVENS 12h - Grã-Bretanha x Brasil - fem. (SporTV) Por que ver? As meninas do Brasil enfrentam a tradição do país que criou o rúgbi, em 1820. NATAÇÃO 13h - 400 m medley - masc. e fem. (Sportv, ESPN Brasil) Por que ver? Até as 15h16, serão realizadas as preliminares da natação. Os brasileiros Daynara de Paula (100 m borboleta), Daiane Marcal (100 m borboleta), Luiz Altamir (400 m livre) e Joana Maranhão (100 m costas) buscam avançar para as finais, que ocorrem à noite, a partir das 22h03 VÔLEI 15h - Brasil x Camarões - fem. (Globo, Band, Fox Sports e SporTV 2) Por que ver? Em busca do tri olímpico, o time do técnico Zé Roberto pega estreantes no torneio olímpico de vôlei VÔLEI DE PRAIA 15h30 Ágatha/Barbára (BRA) x Hermannova/Slukova (CZE) - fem. (SporTV 9, Fox Sports 2) Por que ver? Campeãs do Circuito Mundial em 2015, a dupla brasileira testa o entrosamento de cinco anos em seu maior desafio BASQUETE 17h30 - Brasil x Austrália - fem. (Band, Fox Sports, SporTV 2) Por que ver? O Brasil amarga seis derrotas diante da Austrália, que foi sempre ao pódio desde 2000 BOXE 18h30 - peso meio-pesado (81 kg) - masc. (SporTV 8) Por que ver? O brasileiro Michel Borges enfrenta Hassan N'Dam N'Gicam BASQUETE 19h - China x EUA - masc. (SporTV 3) Por que ver? Os astros da NBA estreiam. Em amistoso em julho, os americanos venceram a China por 107 a 57. No primeiro jogo em Barcelona-92, contra Cuba, o Dream Team fez 136 pontos. HÓQUEI SOBRE GRAMA 19h30 - Espanha x Brasil - masc. (SporTV 2) Por que ver? O confronto reúne uma seleção estreante na Olímpíada e 30ª no ranking mundial, o Brasil, e a 11ª colocada e dona de duas pratas (Pequim-2008 e Atlanta-1996), a Espanha POLO AQUÁTICO 20h50 - Brasil x Austrália - masc. (Fox Sports 2) Por que ver? O Brasil nunca chegou a uma final olímpica, mas ostenta no time o goleiro Slobodan Soro, campeão em 2008 e 2012 FUTEBOL 22h - Brasil x Suécia - fem. (Globo, Band, ESPN Brasil, Fox Sports e SporTV 2) Por que ver? Depois da boa estreia, as meninas do Brasil disputam a liderança do grupo contra as suecas MEDALHAS TIRO COM ARCO 16h39 - equipes - Disputa do bronze (SporTV 13) TIRO COM ARCO 17h07 - equipes - Disputa do ouro (SporTV 13) LEVANTAMENTO DE PESO 19h - até 48 kg - Disputa do ouro (SporTV 16) NATAÇÃO 22h03 - final 400 m medley - masc. e fem. (SporTVv, Fox Sports 2, ESPN) NATAÇÃO 22h30 - final masc. - 400 m livre (SporTV, Fox Sports 2, ESPN) NATAÇÃO 22h49 - final fem. - 400 m medley (SportTV, Fox Sports 2, ESPN) NATAÇÃO 23h24- final de revezamento fem. - 4 x 100m livre (SporTV, Fox Sports 2, ESPN) OUTROS EVENTOS DO DIA BOXE 11h45. - ligeiro (60 kg) - masc (SporTV 8) BASQUETE 12h -Turquia x França - fem. (SporTV 12) BOXE 12h30 - meio-pesado (81 kg) - masc. (SporTV 8) BOXE 13h - meio-pesado (91 kg) - masc. (SporTV 8) BASQUETE 14h15 - Austrália x França - masc. (SporTV 12) BOXE 17h - mosca-ligeiro (46-49 kg) - masc. (SporTV 8) BOXE 17h45. - peso ligeiro (60 kg) - masc(SporTV 8) BOXE 19h - peso pesado (91 kg) - masc. (SporTV 8) BASQUETE 19h45 - Belarus x Japão- fem. (SporTV 12) BASQUETE 22h30 - Venezuela x Sérvia - masc. (SporTV 12)
esporte
Vôlei, futebol, judô e ginástica; veja os brasileiros que competem no primeiro dia DE SÃO PAULO Depois da cerimônia de abertura, os Jogos Olímpicos começam oficialmente nesta sexta (5). A seleção feminina de futebol entra em campo em busca da segunda vitória e disputam a liderança do grupo contra a Suécia às 22h. Sarah Menezes, no judô, e Arthur Zanetti, na ginástica, lutam para manter seus títulos de Londres-2012. Ela compete às 10h. Ele, às 10h30. CICLISMO (ESTRADA) 9h30 - Masc. (SporTV 16) Por que ver? Dois brasileiros (Kleber Ramos e Murilo Fischer) disputam a prova que dará o primeiro ouro dos Jogos HANDEBOL 9h30 - Noruega x Brasil - fem. (Globo, Band, ESPN Brasil, Fox Sports) Por que ver? A seleção feminina tenta devolver a derrota sofrida para as norueguesas nas quartas de final (21 a 19) dos Jogos Olímpicos de Londres-2012 JUDÔ 10h - fem. - até 48 kg (SporTV 2) Por que ver? Atual campeã olímpica na categoria ligeiro, a piauiense Sarah Menezes tenta repetir a façanha da Olimpíada de Londres-2012 GINÁSTICA ARTÍSTICA 10h30 Ginástica artística - masc. (qualificatório) (SporTV 3 e 6) Por que ver? Arthur Zanetti inicia a defesa do título nas argolas TÊNIS 10h45 - masc. - duplas (SporTV 10) Por que ver? O número 1 do mundo estará em quadra hoje. Novak Djokovic defende a sérvia no torneio de duplas, no quinto jogo do dia BOXE 11h - masc. - mosca-ligeiro (46-49 kg) (SporTV 8) Por que ver? O brasileiro Patrick Lourenço enfrenta o colombiano Yuberjen Herney Martinez Ribas Calendário Olímpico VÔLEI DE PRAIA 11h - Alison/Bruno Schmidt (BRA) X Binstock/Schachter (CAN) - masc. (Globo, Band, SporTV e Fox Sports 2) Por que ver? Favoritos ao título, Alison, prata em Londres-2012, e Bruno estreiam em Copacabana RÚGBI SEVENS 12h - Grã-Bretanha x Brasil - fem. (SporTV) Por que ver? As meninas do Brasil enfrentam a tradição do país que criou o rúgbi, em 1820. NATAÇÃO 13h - 400 m medley - masc. e fem. (Sportv, ESPN Brasil) Por que ver? Até as 15h16, serão realizadas as preliminares da natação. Os brasileiros Daynara de Paula (100 m borboleta), Daiane Marcal (100 m borboleta), Luiz Altamir (400 m livre) e Joana Maranhão (100 m costas) buscam avançar para as finais, que ocorrem à noite, a partir das 22h03 VÔLEI 15h - Brasil x Camarões - fem. (Globo, Band, Fox Sports e SporTV 2) Por que ver? Em busca do tri olímpico, o time do técnico Zé Roberto pega estreantes no torneio olímpico de vôlei VÔLEI DE PRAIA 15h30 Ágatha/Barbára (BRA) x Hermannova/Slukova (CZE) - fem. (SporTV 9, Fox Sports 2) Por que ver? Campeãs do Circuito Mundial em 2015, a dupla brasileira testa o entrosamento de cinco anos em seu maior desafio BASQUETE 17h30 - Brasil x Austrália - fem. (Band, Fox Sports, SporTV 2) Por que ver? O Brasil amarga seis derrotas diante da Austrália, que foi sempre ao pódio desde 2000 BOXE 18h30 - peso meio-pesado (81 kg) - masc. (SporTV 8) Por que ver? O brasileiro Michel Borges enfrenta Hassan N'Dam N'Gicam BASQUETE 19h - China x EUA - masc. (SporTV 3) Por que ver? Os astros da NBA estreiam. Em amistoso em julho, os americanos venceram a China por 107 a 57. No primeiro jogo em Barcelona-92, contra Cuba, o Dream Team fez 136 pontos. HÓQUEI SOBRE GRAMA 19h30 - Espanha x Brasil - masc. (SporTV 2) Por que ver? O confronto reúne uma seleção estreante na Olímpíada e 30ª no ranking mundial, o Brasil, e a 11ª colocada e dona de duas pratas (Pequim-2008 e Atlanta-1996), a Espanha POLO AQUÁTICO 20h50 - Brasil x Austrália - masc. (Fox Sports 2) Por que ver? O Brasil nunca chegou a uma final olímpica, mas ostenta no time o goleiro Slobodan Soro, campeão em 2008 e 2012 FUTEBOL 22h - Brasil x Suécia - fem. (Globo, Band, ESPN Brasil, Fox Sports e SporTV 2) Por que ver? Depois da boa estreia, as meninas do Brasil disputam a liderança do grupo contra as suecas MEDALHAS TIRO COM ARCO 16h39 - equipes - Disputa do bronze (SporTV 13) TIRO COM ARCO 17h07 - equipes - Disputa do ouro (SporTV 13) LEVANTAMENTO DE PESO 19h - até 48 kg - Disputa do ouro (SporTV 16) NATAÇÃO 22h03 - final 400 m medley - masc. e fem. (SporTVv, Fox Sports 2, ESPN) NATAÇÃO 22h30 - final masc. - 400 m livre (SporTV, Fox Sports 2, ESPN) NATAÇÃO 22h49 - final fem. - 400 m medley (SportTV, Fox Sports 2, ESPN) NATAÇÃO 23h24- final de revezamento fem. - 4 x 100m livre (SporTV, Fox Sports 2, ESPN) OUTROS EVENTOS DO DIA BOXE 11h45. - ligeiro (60 kg) - masc (SporTV 8) BASQUETE 12h -Turquia x França - fem. (SporTV 12) BOXE 12h30 - meio-pesado (81 kg) - masc. (SporTV 8) BOXE 13h - meio-pesado (91 kg) - masc. (SporTV 8) BASQUETE 14h15 - Austrália x França - masc. (SporTV 12) BOXE 17h - mosca-ligeiro (46-49 kg) - masc. (SporTV 8) BOXE 17h45. - peso ligeiro (60 kg) - masc(SporTV 8) BOXE 19h - peso pesado (91 kg) - masc. (SporTV 8) BASQUETE 19h45 - Belarus x Japão- fem. (SporTV 12) BASQUETE 22h30 - Venezuela x Sérvia - masc. (SporTV 12)
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'Point' do verão catarinense, Balneário Camboriú pena para limpar praias
Um dos principais destinos do litoral catarinense, a praia de Balneário Camboriú, conhecida pelos arranha-céus de até 56 andares e apartamentos de alto luxo à beira-mar, ainda luta para ter pontos próprios para banho durante a temporada. As duas pontas da praia foram consideradas péssimas no ano passado, segundo levantamento da Folha –ou seja, ficaram impróprias para banho durante mais da metade do ano. O resto da orla varia entre regular (imprópria em até 25% do tempo) e ruim (até 50% do tempo). Ainda assim, a qualidade da água melhorou, segundo o histórico de balneabilidade. Na década de 1990, quase nenhum trecho se salvava. A média de coliformes fecais era de 2.000 para cada 100 ml de água –o limite máximo é de 800. Hoje, não passa de 500 na maior parte da orla. "Fazia tempo que eu não via a água tão limpa", diz a administradora Vera Leite, 44. "Eu criei meus dois filhos nessa água, e nunca pegaram nada." Nem todo mundo tem a mesma opinião. "Melhorou bastante. Mas, na água, a gente não se arrisca", diz a farmacêutica Martha Bremer, 35. Ela, que frequenta a praia desde criança, não vai ao mar "nem para dar uma molhadinha no pé". "Eu não entro. Ali pelas 18h, o cheiro de cocô é terrível", diz a corretora de imóveis Elisandra Rosa, 39, que mora em Balneário há três anos. A prefeitura reconhece que a qualidade da água nas pontas da praia piorou na última década, e atribui o problema ao crescimento da cidade, além da ausência de tratamento de esgoto no município vizinho, Camboriú –por onde passa o rio que deságua no mar. Um molhe foi construído na Barra Sul, para desviar as águas para o alto-mar. A prefeitura promete fazer o mesmo na Barra Norte. Quando a Folha visitou a praia, em meados de janeiro, poucas placas indicavam a qualidade da água. Uma chuva recente havia derrubado parte delas, informaram funcionários da prefeitura. REFÚGIO O Estado de Santa Catarina é o segundo em número de trechos monitorados no Brasil: são 214 pontos de coleta. A extensão da análise acaba revelando trechos ruins mesmo em praias com boa balneabilidade na média. "É um serviço que a gente presta, de forma isenta", afirma o presidente da Fundação do Meio Ambiente, Alexandre Rates. Para ele, a qualidade do mar melhorou nos últimos anos, exatamente devido ao monitoramento: quase 40% delas são consideradas boas. A praia de Bombinhas, no litoral norte, é uma delas. "A água é transparente, cristalina", diz o argentino Sergio Barreto. "Para mim, é uma das melhores", afirma a turista Daiane Volpato Salvador. Mas um dos cantos da praia, ainda que de águas azuis e tido como um refúgio ecológico, foi avaliado como péssimo em balneabilidade, ao longo de todo o ano. "Ali é complicado, sempre cheira mal", diz o estudante gaúcho João Vítor Vedovelli, 18, que frequenta Bombinhas desde criança. Um riacho deságua no canto sul da praia. O problema ali, segundo a prefeitura, são ligações clandestinas de esgoto. Dono de uma lanchonete ao lado do córrego, o comerciante Odelson Gomes da Silva reclama do cheiro, que, no fim da tarde, afasta clientes. Todo ano, a prefeitura realiza uma operação para detectar irregularidades. Só nesta temporada, já autuou 16 propriedades. A cidade passou a cobrar taxa de turistas no ano passado, para minimizar os impactos ao meio ambiente: são R$ 26 por carro. O município já arrecadou R$ 13 milhões com a cobrança, dos quais R$ 4 milhões foram investidos na limpeza. Mas o problema, diz a prefeitura, são ligações reincidentes: muitos moradores são autuados mais de uma vez. "É uma questão de consciência, também", diz Rates. Deu praia - Brasil tem 1 em cada 4 praias monitoradas consideradas ruins ou péssimas para banhistas; veja a situação de cada uma
cotidiano
'Point' do verão catarinense, Balneário Camboriú pena para limpar praiasUm dos principais destinos do litoral catarinense, a praia de Balneário Camboriú, conhecida pelos arranha-céus de até 56 andares e apartamentos de alto luxo à beira-mar, ainda luta para ter pontos próprios para banho durante a temporada. As duas pontas da praia foram consideradas péssimas no ano passado, segundo levantamento da Folha –ou seja, ficaram impróprias para banho durante mais da metade do ano. O resto da orla varia entre regular (imprópria em até 25% do tempo) e ruim (até 50% do tempo). Ainda assim, a qualidade da água melhorou, segundo o histórico de balneabilidade. Na década de 1990, quase nenhum trecho se salvava. A média de coliformes fecais era de 2.000 para cada 100 ml de água –o limite máximo é de 800. Hoje, não passa de 500 na maior parte da orla. "Fazia tempo que eu não via a água tão limpa", diz a administradora Vera Leite, 44. "Eu criei meus dois filhos nessa água, e nunca pegaram nada." Nem todo mundo tem a mesma opinião. "Melhorou bastante. Mas, na água, a gente não se arrisca", diz a farmacêutica Martha Bremer, 35. Ela, que frequenta a praia desde criança, não vai ao mar "nem para dar uma molhadinha no pé". "Eu não entro. Ali pelas 18h, o cheiro de cocô é terrível", diz a corretora de imóveis Elisandra Rosa, 39, que mora em Balneário há três anos. A prefeitura reconhece que a qualidade da água nas pontas da praia piorou na última década, e atribui o problema ao crescimento da cidade, além da ausência de tratamento de esgoto no município vizinho, Camboriú –por onde passa o rio que deságua no mar. Um molhe foi construído na Barra Sul, para desviar as águas para o alto-mar. A prefeitura promete fazer o mesmo na Barra Norte. Quando a Folha visitou a praia, em meados de janeiro, poucas placas indicavam a qualidade da água. Uma chuva recente havia derrubado parte delas, informaram funcionários da prefeitura. REFÚGIO O Estado de Santa Catarina é o segundo em número de trechos monitorados no Brasil: são 214 pontos de coleta. A extensão da análise acaba revelando trechos ruins mesmo em praias com boa balneabilidade na média. "É um serviço que a gente presta, de forma isenta", afirma o presidente da Fundação do Meio Ambiente, Alexandre Rates. Para ele, a qualidade do mar melhorou nos últimos anos, exatamente devido ao monitoramento: quase 40% delas são consideradas boas. A praia de Bombinhas, no litoral norte, é uma delas. "A água é transparente, cristalina", diz o argentino Sergio Barreto. "Para mim, é uma das melhores", afirma a turista Daiane Volpato Salvador. Mas um dos cantos da praia, ainda que de águas azuis e tido como um refúgio ecológico, foi avaliado como péssimo em balneabilidade, ao longo de todo o ano. "Ali é complicado, sempre cheira mal", diz o estudante gaúcho João Vítor Vedovelli, 18, que frequenta Bombinhas desde criança. Um riacho deságua no canto sul da praia. O problema ali, segundo a prefeitura, são ligações clandestinas de esgoto. Dono de uma lanchonete ao lado do córrego, o comerciante Odelson Gomes da Silva reclama do cheiro, que, no fim da tarde, afasta clientes. Todo ano, a prefeitura realiza uma operação para detectar irregularidades. Só nesta temporada, já autuou 16 propriedades. A cidade passou a cobrar taxa de turistas no ano passado, para minimizar os impactos ao meio ambiente: são R$ 26 por carro. O município já arrecadou R$ 13 milhões com a cobrança, dos quais R$ 4 milhões foram investidos na limpeza. Mas o problema, diz a prefeitura, são ligações reincidentes: muitos moradores são autuados mais de uma vez. "É uma questão de consciência, também", diz Rates. Deu praia - Brasil tem 1 em cada 4 praias monitoradas consideradas ruins ou péssimas para banhistas; veja a situação de cada uma
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Crefisa autoriza Palmeiras a negociar Barrios, que deve sair
Nesta terça-feira (28), o Palmeiras entrou em contato com a Crefisa e manifestou interesse em negociar o atacante argentino naturalizado paraguaio Lucas Barrios. A patrocinadora do clube custeou a transferência e arca com a maior parte do valor dos salários do atleta e, por conta disso, tem por contrato direito a opinar sobre sua situação no clube. Segundo a Folha apurou, diante do interesse do clube em negociá-lo, a Crefisa autorizou o Palmeiras a encaminhar a situação da maneira que achar mais conveniente. Nesta segunda-feira (27), em entrevista à Radio Bandeirantes, o técnico Cuca disse que Barrios já havia manifestado interesse em sair do clube. "Lucas tem proposta de fora, assim como o Cristaldo. Enquanto não chega o fim dessa janela, a gente tem que ter o comprometimento total. Você tem que sentir do jogador, e partir daí tira a receptividade", declarou. "Lucas Barrios jogou contra o Atlético-PR, aí teve uma lesão na panturrilha, demorou para curar, demorou para voltar, não teve uma condição clínica. Na semana passada, ele teve uma conversa comigo que não estava feliz, preferia se transferir. Passei para que ele conversasse com o Alexandre [Mattos, diretor de futebol], conversaram e parece que não houve o entendimento", acrescentou. Recuperado de lesão há cerca de dez dias, Barrios não vinha sendo aproveitado pelo treinador, que prefere um trio de ataque mais veloz, composto por Dudu, Gabriel Jesus e Róger Guedes. A avaliação é que a pouca mobilidade do atacante da seleção paraguaia prejudica a dinâmica do time. Além disso, o jogador de 31 anos não consegue emendar uma sequência de jogos desde que chegou ao clube devido a sucessivas lesões. Dessa forma, com Palmeiras, Crefisa, Cuca e Barrios interessados na saída do jogador, é pouco provável que ele continue no clube. No momento, o empecilho é encontrar outra equipe interessada no jogador. Em entrevista ao canal SporTV nesta terça, Barrios expôs sua insatisfação. "Não sei o que vai acontecer com a minha situação. Tenho uma reunião com o presidente e o treinador hoje. Vamos ver o que é o melhor para o Palmeiras. Sempre falei que o melhor para o Palmeiras é o melhor para todo mundo, pois o Palmeiras está acima de tudo. Se sou importante para o grupo, tudo bem. Mas se vou ficar para receber salário só. eu pensaria duas vezes. Vim aqui porque queria jogar no Palmeiras. A gente tem que ser claro. E gosto de passar a verdade." No mesmo veículo, Cuca explicou sua posição em seguida. "Se o Barrios está triste hoje, ele tem os motivos dele, temos que compreender. Ele vai estar feliz amanhã, quinta-feira estará à disposição, conto com ele. Às vezes é bom dar uma mexida na água. Próximo jogo tem o nome do Barrios. É um jogador importante para nós", disse.
esporte
Crefisa autoriza Palmeiras a negociar Barrios, que deve sairNesta terça-feira (28), o Palmeiras entrou em contato com a Crefisa e manifestou interesse em negociar o atacante argentino naturalizado paraguaio Lucas Barrios. A patrocinadora do clube custeou a transferência e arca com a maior parte do valor dos salários do atleta e, por conta disso, tem por contrato direito a opinar sobre sua situação no clube. Segundo a Folha apurou, diante do interesse do clube em negociá-lo, a Crefisa autorizou o Palmeiras a encaminhar a situação da maneira que achar mais conveniente. Nesta segunda-feira (27), em entrevista à Radio Bandeirantes, o técnico Cuca disse que Barrios já havia manifestado interesse em sair do clube. "Lucas tem proposta de fora, assim como o Cristaldo. Enquanto não chega o fim dessa janela, a gente tem que ter o comprometimento total. Você tem que sentir do jogador, e partir daí tira a receptividade", declarou. "Lucas Barrios jogou contra o Atlético-PR, aí teve uma lesão na panturrilha, demorou para curar, demorou para voltar, não teve uma condição clínica. Na semana passada, ele teve uma conversa comigo que não estava feliz, preferia se transferir. Passei para que ele conversasse com o Alexandre [Mattos, diretor de futebol], conversaram e parece que não houve o entendimento", acrescentou. Recuperado de lesão há cerca de dez dias, Barrios não vinha sendo aproveitado pelo treinador, que prefere um trio de ataque mais veloz, composto por Dudu, Gabriel Jesus e Róger Guedes. A avaliação é que a pouca mobilidade do atacante da seleção paraguaia prejudica a dinâmica do time. Além disso, o jogador de 31 anos não consegue emendar uma sequência de jogos desde que chegou ao clube devido a sucessivas lesões. Dessa forma, com Palmeiras, Crefisa, Cuca e Barrios interessados na saída do jogador, é pouco provável que ele continue no clube. No momento, o empecilho é encontrar outra equipe interessada no jogador. Em entrevista ao canal SporTV nesta terça, Barrios expôs sua insatisfação. "Não sei o que vai acontecer com a minha situação. Tenho uma reunião com o presidente e o treinador hoje. Vamos ver o que é o melhor para o Palmeiras. Sempre falei que o melhor para o Palmeiras é o melhor para todo mundo, pois o Palmeiras está acima de tudo. Se sou importante para o grupo, tudo bem. Mas se vou ficar para receber salário só. eu pensaria duas vezes. Vim aqui porque queria jogar no Palmeiras. A gente tem que ser claro. E gosto de passar a verdade." No mesmo veículo, Cuca explicou sua posição em seguida. "Se o Barrios está triste hoje, ele tem os motivos dele, temos que compreender. Ele vai estar feliz amanhã, quinta-feira estará à disposição, conto com ele. Às vezes é bom dar uma mexida na água. Próximo jogo tem o nome do Barrios. É um jogador importante para nós", disse.
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Última aparição de Robin Williams no cinema ganha trailer; assista
Foi divulgado nesta quinta (18) o primeiro trailer de "Boulevard", última aparição nos cinemas de Robin Williams, morto em 2014. No longa, um drama, Williams interpreta um homem de 60 anos, preso a um casamento de conveniência, que vive uma reviravolta em sua vida ao conhecer um jovem gay. O filme é dirigido pelo norte-americano Dito Montiel e conta com Bob Odenkirk (o Saul Goodman de "Breaking Bad") e Kathy Bates no elenco. Williams ainda participa de outro filme inédito, a aguardada comédia anárquica "Absolutely Anything", com vários integrantes do Monty Python. Mas no filme o ator será apenas ouvido: ele dubla o cachorro do protagonista Simon Pegg. Confira abaixo o trailer de "Boulevard", que estreia no dia 10 de julho nos cinemas americanos e deve chegar ao Brasil só no ano que vem. trailer Boulevard
ilustrada
Última aparição de Robin Williams no cinema ganha trailer; assistaFoi divulgado nesta quinta (18) o primeiro trailer de "Boulevard", última aparição nos cinemas de Robin Williams, morto em 2014. No longa, um drama, Williams interpreta um homem de 60 anos, preso a um casamento de conveniência, que vive uma reviravolta em sua vida ao conhecer um jovem gay. O filme é dirigido pelo norte-americano Dito Montiel e conta com Bob Odenkirk (o Saul Goodman de "Breaking Bad") e Kathy Bates no elenco. Williams ainda participa de outro filme inédito, a aguardada comédia anárquica "Absolutely Anything", com vários integrantes do Monty Python. Mas no filme o ator será apenas ouvido: ele dubla o cachorro do protagonista Simon Pegg. Confira abaixo o trailer de "Boulevard", que estreia no dia 10 de julho nos cinemas americanos e deve chegar ao Brasil só no ano que vem. trailer Boulevard
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Transporte público de qualidade é opção para reduzir poluição, diz leitor
O editorial Inspeção estacionada tratou do assunto como se esse mecanismo por si só fosse suficiente para inibir o aumento da poluição. Algo precisa ser feito para que o ar melhore, mas o modelo tinha falhas. Tive o carro reprovado em um posto e aprovado na semana seguinte em outro, sem ter feito nada. Além disso, houve uma proliferação de oficinas que se ofereciam para "passar" o carro na inspeção. Que tal começar com um transporte público de qualidade? Enquanto o veículo particular, mesmo com o tempo perdido no trânsito, for a melhor opção, não haverá diminuição de emissão de poluentes. A solução não está na inspeção. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Transporte público de qualidade é opção para reduzir poluição, diz leitorO editorial Inspeção estacionada tratou do assunto como se esse mecanismo por si só fosse suficiente para inibir o aumento da poluição. Algo precisa ser feito para que o ar melhore, mas o modelo tinha falhas. Tive o carro reprovado em um posto e aprovado na semana seguinte em outro, sem ter feito nada. Além disso, houve uma proliferação de oficinas que se ofereciam para "passar" o carro na inspeção. Que tal começar com um transporte público de qualidade? Enquanto o veículo particular, mesmo com o tempo perdido no trânsito, for a melhor opção, não haverá diminuição de emissão de poluentes. A solução não está na inspeção. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Aeroportos de Congonhas e Porto Alegre estão entre os mais saturados do Brasil
Entre os aeroportos de maior movimento, os mais saturados são o de Congonhas (SP), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), Vitória (ES) e Goiânia (GO). É o que aponta estudo finalizado pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) divulgado nesta quarta-feira (11). O aeroporto é considerado saturado quando o número de passageiros atendidos extrapola em 100% a capacidade prevista pelos órgãos de regulação. "Nesses casos de saturação ou alerta, o atendimento não se dá de forma eficaz. As acomodações são insuficientes para atender o fluxo de passageiros, há longas filas para o check-in, demora na restituição de bagagens, aumento de atrasos, entre outros problemas", aponta o estudo, feito em parceria com a Abear (Associação Brasileira das Empresas de Aéreas). Apesar desses problemas, o trabalho também explica que o excesso de passageiros por si só não traz risco para a operação, já que, quando a saturação é em relação à quantidade de voos suportados pelo sistema de pista e pátio, os órgãos de controle limitam novos voos. Os aeroportos de Porto Alegre, Florianópolis e Fortaleza estão no programa para serem privatizados em 2016 para ampliação. Vitória e Goiânia já estavam lotados desde a década passada, mas as obras foram paradas por problemas da licitação e foram retomadas em 2015. AVIAÇÃO REGIONAL Outra conclusão do estudo é de que programa de aviação regional do governo federal vai subsidiar quase duas vezes mais os voos existentes do que os novos. De acordo com o trabalho, nos cinco primeiros anos seriam investidos R$ 4,5 bilhões para os trechos em operação e somente R$ 2,4 bilhões para novas ligações partindo de pequenos aeroportos (até 800 mil passageiros/ano). O estudo levou em consideração os voos já existentes e os subsídios que eles podem receber pelas regras existentes. Considerando isso, o que já existe, e em tese não precisaria de recursos para voar, ficaria com cerca de 2/3 do valor previsto. E a menor parte ficaria para a criação de novos voos, que teoricamente não existem por custarem caro aos passageiros. O estudo avalia que os recursos serão insuficientes "para a criação de novas rotas da aviação regional". O governo anunciou o programa de subsídios ainda em 2012, mas a lei dando permissão para o ato só foi homologada em 2014. Na época, a previsão era que o programa tivesse R$ 1 bilhão anuais para reduzir o custo das passagens de passageiros em áreas mais isoladas, incentivando assim as empresas a levarem voos para essas regiões. Neste ano, só foram colocados R$ 500 mil no orçamento para pagar esse subsídio, mas nada foi liberado. Nem mesmo R$ 50 milhões pedidos pelo Ministro da Aviação Regional, Eliseu Padilha, ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para baixar o preço das passagens na região onde ela é mais elevada, a Norte. "A CNT acredita que, nesse momento inicial, deve ser avaliada a estratégia de se disponibilizar subsídios exclusivos às ligações comprovadamente deficitárias e àquelas na Amazônia Legal", aponta o documento. O trabalho também mostra que, dos 270 aeroportos prometidos "nenhum saiu do papel" após três anos. O levantamento afirma que existem 22 aeroportos em estudos de viabilidade técnica, 19 em estudos complementares, 145 em estudos preliminares e 87 em anteprojeto para licenciamento ambiental. PESQUISA A pesquisa repete dados que já são divulgados rotineiramente pela Secretaria de Aviação Regional, como crescimento de 32 milhões de passageiros/ano em 2000 para 100 milhões este ano; a redução do preço médio das passagens em 43% nos últimos 12 anos; e o alto peso do ICMS, imposto estadual, sobre o custo de combustível no país em comparação com outras nações. O trabalho também aponta que a maioria dos recursos arrecadados com a privatização dos grandes aeroportos do país entre 2012 e 2013 está voltando para eles mesmos, conforme informou a Folha em setembro. De acordo com o trabalho da CNT, 60% dos recursos do fundo da privatização gastos pela Infraero ficaram nesses cinco terminais privatizados (Galeão, Confins, Guarulhos, Campinas e Brasília) e os outros 40% foram investidos em outros 60 aeroportos da empresa. "É necessário que se faça um ajuste do percentual de participação da estatal nas próximas concessões para corrigir as distorções do sistema aeroportuário. E, assim, liberar recursos para serem investidos nas demais infraestruturas aeroportuárias e aeronáuticas", aponta o trabalho. De acordo com o levantamento, o país precisa investir R$ 25 bilhões em aeroportos nos próximos 15 anos para suportar o crescimento do setor que já volta a ter aeroporto saturados, como ocorreu no fim da década passada após o início do crescimento do número de viajantes, levando ao chamado "apagão aéreo".
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Aeroportos de Congonhas e Porto Alegre estão entre os mais saturados do BrasilEntre os aeroportos de maior movimento, os mais saturados são o de Congonhas (SP), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), Vitória (ES) e Goiânia (GO). É o que aponta estudo finalizado pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) divulgado nesta quarta-feira (11). O aeroporto é considerado saturado quando o número de passageiros atendidos extrapola em 100% a capacidade prevista pelos órgãos de regulação. "Nesses casos de saturação ou alerta, o atendimento não se dá de forma eficaz. As acomodações são insuficientes para atender o fluxo de passageiros, há longas filas para o check-in, demora na restituição de bagagens, aumento de atrasos, entre outros problemas", aponta o estudo, feito em parceria com a Abear (Associação Brasileira das Empresas de Aéreas). Apesar desses problemas, o trabalho também explica que o excesso de passageiros por si só não traz risco para a operação, já que, quando a saturação é em relação à quantidade de voos suportados pelo sistema de pista e pátio, os órgãos de controle limitam novos voos. Os aeroportos de Porto Alegre, Florianópolis e Fortaleza estão no programa para serem privatizados em 2016 para ampliação. Vitória e Goiânia já estavam lotados desde a década passada, mas as obras foram paradas por problemas da licitação e foram retomadas em 2015. AVIAÇÃO REGIONAL Outra conclusão do estudo é de que programa de aviação regional do governo federal vai subsidiar quase duas vezes mais os voos existentes do que os novos. De acordo com o trabalho, nos cinco primeiros anos seriam investidos R$ 4,5 bilhões para os trechos em operação e somente R$ 2,4 bilhões para novas ligações partindo de pequenos aeroportos (até 800 mil passageiros/ano). O estudo levou em consideração os voos já existentes e os subsídios que eles podem receber pelas regras existentes. Considerando isso, o que já existe, e em tese não precisaria de recursos para voar, ficaria com cerca de 2/3 do valor previsto. E a menor parte ficaria para a criação de novos voos, que teoricamente não existem por custarem caro aos passageiros. O estudo avalia que os recursos serão insuficientes "para a criação de novas rotas da aviação regional". O governo anunciou o programa de subsídios ainda em 2012, mas a lei dando permissão para o ato só foi homologada em 2014. Na época, a previsão era que o programa tivesse R$ 1 bilhão anuais para reduzir o custo das passagens de passageiros em áreas mais isoladas, incentivando assim as empresas a levarem voos para essas regiões. Neste ano, só foram colocados R$ 500 mil no orçamento para pagar esse subsídio, mas nada foi liberado. Nem mesmo R$ 50 milhões pedidos pelo Ministro da Aviação Regional, Eliseu Padilha, ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para baixar o preço das passagens na região onde ela é mais elevada, a Norte. "A CNT acredita que, nesse momento inicial, deve ser avaliada a estratégia de se disponibilizar subsídios exclusivos às ligações comprovadamente deficitárias e àquelas na Amazônia Legal", aponta o documento. O trabalho também mostra que, dos 270 aeroportos prometidos "nenhum saiu do papel" após três anos. O levantamento afirma que existem 22 aeroportos em estudos de viabilidade técnica, 19 em estudos complementares, 145 em estudos preliminares e 87 em anteprojeto para licenciamento ambiental. PESQUISA A pesquisa repete dados que já são divulgados rotineiramente pela Secretaria de Aviação Regional, como crescimento de 32 milhões de passageiros/ano em 2000 para 100 milhões este ano; a redução do preço médio das passagens em 43% nos últimos 12 anos; e o alto peso do ICMS, imposto estadual, sobre o custo de combustível no país em comparação com outras nações. O trabalho também aponta que a maioria dos recursos arrecadados com a privatização dos grandes aeroportos do país entre 2012 e 2013 está voltando para eles mesmos, conforme informou a Folha em setembro. De acordo com o trabalho da CNT, 60% dos recursos do fundo da privatização gastos pela Infraero ficaram nesses cinco terminais privatizados (Galeão, Confins, Guarulhos, Campinas e Brasília) e os outros 40% foram investidos em outros 60 aeroportos da empresa. "É necessário que se faça um ajuste do percentual de participação da estatal nas próximas concessões para corrigir as distorções do sistema aeroportuário. E, assim, liberar recursos para serem investidos nas demais infraestruturas aeroportuárias e aeronáuticas", aponta o trabalho. De acordo com o levantamento, o país precisa investir R$ 25 bilhões em aeroportos nos próximos 15 anos para suportar o crescimento do setor que já volta a ter aeroporto saturados, como ocorreu no fim da década passada após o início do crescimento do número de viajantes, levando ao chamado "apagão aéreo".
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Editora Abril deixará de publicar revista 'Playboy'
A Editora Abril anunciou nesta quinta-feira (19) que deixará de publicar as revistas "Playboy", "Men's Health" e "Women's Health". Isso não significa necessariamente, no entanto, que as revistas deixarão as bancas do país. Há negociações entre a Editora Globo e a Playboy Enterprises, empresa americana que controla os direitos sobre a franquia, para que o título continue a circular, segundo a Folha apurou. A Globo também está em negociação com a editora americana Rodale Press para publicar as franquias "Men's Health" e "Women's Health". Segundo dados do IVC (Instituto Verificar de Comunicação), as três revistas têm tido queda nas vendas (veja gráfico). A "Playboy" teve queda de 31,6% em agosto comparado com o mesmo mês do ano anterior, chegando à marca de 79.163 exemplares. Bem longe do recorde de vendas de 1,247 milhão de exemplares com a edição que trazia Joana Prado, a Feiticeira, na capa. A queda no faturamento vinha minando a capacidade da revista de publicar fotos de estrelas. Em agosto, a Playboy era a 24º revista mensal em circulação no País Segundo o IVC, "Men's Health", é a 32ª revista mensal do país, com 61.747 exemplares vendidos em agosto, e "Women's Health", a 43ª, com 37.698. Elas tiveram, respectivamente, quedas de circulação de 39,7% e 34,3% em agosto de 2015 comparado com o mesmo mês de 2014. ROYALTIES Um dos principais motivos para a Editora Abril optar por deixar de publicar a revista foi o pagamento de royalties pelo uso da marca à empresa americana. A mesma questão se impôs nos casos da "Men's Health" e da "Women's Health". A Editora Caras, que nos últimos meses absorveu diversos títulos da Abril —como a "Placar" e a "Você S/A"—, não está interessada na "Playboy" exatamente pela obrigação de pagar royalties. A Abril decidiu priorizar sua revista masculina própria, a "VIP", que não publica fotos de nudez feminina. Em 2010, a editora lançou a "Alfa", revista voltada ao público masculino com alto poder aquisitivo, mas a publicação durou menos de três anos. Os funcionários que trabalhavam na "Playboy" brasileira receberam um aviso de que poderão ser realocados em outras revistas e sites da Abril, mas ainda não há definição. Segundo a empresa, os assinantes dos títulos descontinuados terão seus exemplares de dezembro entregues normalmente e poderão optar por outra revista do portfólio da companhia, nas versões impressa ou digital. Circulação - Da versão impressa de cada revista, em números absolutos NUDEZ No início de outubro, a versão americana da revista 'Playboy' havia anunciado que deixaria de publicar imagens de mulheres nuas devido à concorrência da internet, que banalizou o acesso a esse tipo de imagens. O movimento gerou especulações sobre se o mesmo seria feito no Brasil, o que foi negado em editorial da publicação assinado por Sérgio Xavier, que comanda a revista. Em entrevista à Folha após a mudança na edição americana, Xavier confirmou, no entanto, que o nu vinha perdendo força. "Estamos gradativamente perdendo com o nu. Precisaremos pensar em como fazer a transição", disse. Circulação - Das versões digitais, em números absolutos* ENXUGAMENTO O fim da publicação pela Editora Abril de "Men's Health", "Women's Health" e "Playboy" faz parte de um processo de enxugamento do portfólio iniciado em 2013 e que se intensificou em 2015. A empresa se desfez da licença para publicar a revista "Runner's World". Em setembro de 2013, as publicações "Alfa", "Bravo!", "Lola" e "Gloss" foram fechadas. Em dezembro de 2014, as edições impressas de "Veja Belo Horizonte", "Veja Brasília" e "Info" foram extintas. As publicações passaram a existir exclusivamente on-line. Em junho de 2015, "Você RH", "Você S/A", "Tititi", "Placar", "Ana Maria", "Arquitetura & Construção" e "Contigo!" foram vendidas. As edições impressas de "Exame PME" e "Capricho" passaram a existir apenas no on-line. Em julho de 2015, "Aventuras na História", "Bons Fluidos", "Manequim", "Máxima", "Minha Novela", "Recreio", "Sou+Eu", "Vida Simples" e "Viva Mais" foram vendidas. COMUNICADO Veja abaixo o comunicado: "Dando continuidade à estratégia de reposicionar-se focando e dirigindo seus esforços e investimentos às necessidades dos leitores e do mercado, a Editora Abril deixará de publicar, em 2016, as versões brasileiras das revistas Men's Health, Women's Health e Playboy. Esse movimento é parte de uma profunda e arrojada mudança da empresa, processo iniciado há cerca de um ano com a revisão do portfólio de produtos e a radical readequação das ofertas Abril à sua audiência, aos seus anunciantes e agências. Esse novo posicionamento compreende soluções cada vez mais eficientes, com a expansão digital fortemente ancorada por Big Data (ABD - Abril Big Data) e Branded Content (Estúdio ABC - Abril Branded Content). A nova oferta Abril para anunciantes e agências "Temos marcas fortes, marcas respeitadas, que pautam o país em moda, beleza, política, negócios e diversos outros temas, como o mercado automotivo, design e decoração. O que estamos ofertando ao mercado publicitário com muito sucesso é a Jornada do Consumidor. Nossos anunciantes acompanham seu grupo definido de consumidores nos ambientes on e off-line - na web, nas redes sociais, em nossos sites, em nossas revistas, no mobile, onde seja -, entrando assim nas conversas que definem as decisões dos consumidores. Com a criação do Estúdio ABC e do Abril Big Data, o ABD, facilitamos a participação das marcas nesses encontros, nessas conversas. É o nosso expertise na criação de conteúdos e em encontrar os consumidores a serviço de nossos parceiros de negócios", explica Alexandre Caldini, Presidente da Editora Abril. Os assinantes dos títulos descontinuados Os assinantes desses títulos terão seus exemplares de dezembro entregues normalmente e poderão optar por outra revista do portfólio Abril, nas versões impressa ou digital."
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Editora Abril deixará de publicar revista 'Playboy'A Editora Abril anunciou nesta quinta-feira (19) que deixará de publicar as revistas "Playboy", "Men's Health" e "Women's Health". Isso não significa necessariamente, no entanto, que as revistas deixarão as bancas do país. Há negociações entre a Editora Globo e a Playboy Enterprises, empresa americana que controla os direitos sobre a franquia, para que o título continue a circular, segundo a Folha apurou. A Globo também está em negociação com a editora americana Rodale Press para publicar as franquias "Men's Health" e "Women's Health". Segundo dados do IVC (Instituto Verificar de Comunicação), as três revistas têm tido queda nas vendas (veja gráfico). A "Playboy" teve queda de 31,6% em agosto comparado com o mesmo mês do ano anterior, chegando à marca de 79.163 exemplares. Bem longe do recorde de vendas de 1,247 milhão de exemplares com a edição que trazia Joana Prado, a Feiticeira, na capa. A queda no faturamento vinha minando a capacidade da revista de publicar fotos de estrelas. Em agosto, a Playboy era a 24º revista mensal em circulação no País Segundo o IVC, "Men's Health", é a 32ª revista mensal do país, com 61.747 exemplares vendidos em agosto, e "Women's Health", a 43ª, com 37.698. Elas tiveram, respectivamente, quedas de circulação de 39,7% e 34,3% em agosto de 2015 comparado com o mesmo mês de 2014. ROYALTIES Um dos principais motivos para a Editora Abril optar por deixar de publicar a revista foi o pagamento de royalties pelo uso da marca à empresa americana. A mesma questão se impôs nos casos da "Men's Health" e da "Women's Health". A Editora Caras, que nos últimos meses absorveu diversos títulos da Abril —como a "Placar" e a "Você S/A"—, não está interessada na "Playboy" exatamente pela obrigação de pagar royalties. A Abril decidiu priorizar sua revista masculina própria, a "VIP", que não publica fotos de nudez feminina. Em 2010, a editora lançou a "Alfa", revista voltada ao público masculino com alto poder aquisitivo, mas a publicação durou menos de três anos. Os funcionários que trabalhavam na "Playboy" brasileira receberam um aviso de que poderão ser realocados em outras revistas e sites da Abril, mas ainda não há definição. Segundo a empresa, os assinantes dos títulos descontinuados terão seus exemplares de dezembro entregues normalmente e poderão optar por outra revista do portfólio da companhia, nas versões impressa ou digital. Circulação - Da versão impressa de cada revista, em números absolutos NUDEZ No início de outubro, a versão americana da revista 'Playboy' havia anunciado que deixaria de publicar imagens de mulheres nuas devido à concorrência da internet, que banalizou o acesso a esse tipo de imagens. O movimento gerou especulações sobre se o mesmo seria feito no Brasil, o que foi negado em editorial da publicação assinado por Sérgio Xavier, que comanda a revista. Em entrevista à Folha após a mudança na edição americana, Xavier confirmou, no entanto, que o nu vinha perdendo força. "Estamos gradativamente perdendo com o nu. Precisaremos pensar em como fazer a transição", disse. Circulação - Das versões digitais, em números absolutos* ENXUGAMENTO O fim da publicação pela Editora Abril de "Men's Health", "Women's Health" e "Playboy" faz parte de um processo de enxugamento do portfólio iniciado em 2013 e que se intensificou em 2015. A empresa se desfez da licença para publicar a revista "Runner's World". Em setembro de 2013, as publicações "Alfa", "Bravo!", "Lola" e "Gloss" foram fechadas. Em dezembro de 2014, as edições impressas de "Veja Belo Horizonte", "Veja Brasília" e "Info" foram extintas. As publicações passaram a existir exclusivamente on-line. Em junho de 2015, "Você RH", "Você S/A", "Tititi", "Placar", "Ana Maria", "Arquitetura & Construção" e "Contigo!" foram vendidas. As edições impressas de "Exame PME" e "Capricho" passaram a existir apenas no on-line. Em julho de 2015, "Aventuras na História", "Bons Fluidos", "Manequim", "Máxima", "Minha Novela", "Recreio", "Sou+Eu", "Vida Simples" e "Viva Mais" foram vendidas. COMUNICADO Veja abaixo o comunicado: "Dando continuidade à estratégia de reposicionar-se focando e dirigindo seus esforços e investimentos às necessidades dos leitores e do mercado, a Editora Abril deixará de publicar, em 2016, as versões brasileiras das revistas Men's Health, Women's Health e Playboy. Esse movimento é parte de uma profunda e arrojada mudança da empresa, processo iniciado há cerca de um ano com a revisão do portfólio de produtos e a radical readequação das ofertas Abril à sua audiência, aos seus anunciantes e agências. Esse novo posicionamento compreende soluções cada vez mais eficientes, com a expansão digital fortemente ancorada por Big Data (ABD - Abril Big Data) e Branded Content (Estúdio ABC - Abril Branded Content). A nova oferta Abril para anunciantes e agências "Temos marcas fortes, marcas respeitadas, que pautam o país em moda, beleza, política, negócios e diversos outros temas, como o mercado automotivo, design e decoração. O que estamos ofertando ao mercado publicitário com muito sucesso é a Jornada do Consumidor. Nossos anunciantes acompanham seu grupo definido de consumidores nos ambientes on e off-line - na web, nas redes sociais, em nossos sites, em nossas revistas, no mobile, onde seja -, entrando assim nas conversas que definem as decisões dos consumidores. Com a criação do Estúdio ABC e do Abril Big Data, o ABD, facilitamos a participação das marcas nesses encontros, nessas conversas. É o nosso expertise na criação de conteúdos e em encontrar os consumidores a serviço de nossos parceiros de negócios", explica Alexandre Caldini, Presidente da Editora Abril. Os assinantes dos títulos descontinuados Os assinantes desses títulos terão seus exemplares de dezembro entregues normalmente e poderão optar por outra revista do portfólio Abril, nas versões impressa ou digital."
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Terremoto de magnitude 7,2 atinge o Tadjiquistão
Um terremoto de magnitude 7,2 atingiu nesta segunda-feira (7) o Tadjiquistão, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês). Ainda não há informações de vítimas ou danos. O tremor aconteceu às 5H50 de Brasília, 109 km ao oeste da cidade de Murghob, no leste do país, e a uma profundidade de 28 km, segundo o USGS.
mundo
Terremoto de magnitude 7,2 atinge o TadjiquistãoUm terremoto de magnitude 7,2 atingiu nesta segunda-feira (7) o Tadjiquistão, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês). Ainda não há informações de vítimas ou danos. O tremor aconteceu às 5H50 de Brasília, 109 km ao oeste da cidade de Murghob, no leste do país, e a uma profundidade de 28 km, segundo o USGS.
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Mesada e cofrinho educam os filhos em tempos de crise, diz especialista
"Dar mesadas é uma maneira eficaz de educar os filhos em relação ao dinheiro, mas é apenas uma delas". A afirmação, da especialista em educação financeira Cássia D'Aquino, ganha importância em tempos de crise econômica no Brasil. Tema de transmissão da "TV Folha", essa educação dos pequenos com o dinheiro pode contemplar também as "semanadas", segundo Cássia, mas sempre havendo um comum acordo entre os pais. "Quando bem dosado, o ato de dar mesada pode ser muito bom", completa a especialista, que ainda recomenda a idade certa da criança começar a ganhá-la: "por volta dos 6 anos, pois nessa fase elas têm um interesse especial em aprender as coisas, é um momento psíquico bastante propicio para que comecem a se organizar". Cássia ressalta, no entanto, a importância de se anunciar o porquê do início da mesada ao filho. "É preciso que a criança entenda que há uma intenção didática no ato", diz. A mesa, transmitida ao vivo nesta segunda-feira (9), também teve a participação das repórteres de "Mercado" Danielle Brant e Deise Oliveira. Outro método educacional citado por Cássia é o uso de cofrinhos. Segundo ela, o importante item precisa ter uma saída, um acesso à parte interna, para que a criança possa controlar as quantias acumuladas, além de aprender a hora certa de trocar moedas por cédulas.
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Mesada e cofrinho educam os filhos em tempos de crise, diz especialista"Dar mesadas é uma maneira eficaz de educar os filhos em relação ao dinheiro, mas é apenas uma delas". A afirmação, da especialista em educação financeira Cássia D'Aquino, ganha importância em tempos de crise econômica no Brasil. Tema de transmissão da "TV Folha", essa educação dos pequenos com o dinheiro pode contemplar também as "semanadas", segundo Cássia, mas sempre havendo um comum acordo entre os pais. "Quando bem dosado, o ato de dar mesada pode ser muito bom", completa a especialista, que ainda recomenda a idade certa da criança começar a ganhá-la: "por volta dos 6 anos, pois nessa fase elas têm um interesse especial em aprender as coisas, é um momento psíquico bastante propicio para que comecem a se organizar". Cássia ressalta, no entanto, a importância de se anunciar o porquê do início da mesada ao filho. "É preciso que a criança entenda que há uma intenção didática no ato", diz. A mesa, transmitida ao vivo nesta segunda-feira (9), também teve a participação das repórteres de "Mercado" Danielle Brant e Deise Oliveira. Outro método educacional citado por Cássia é o uso de cofrinhos. Segundo ela, o importante item precisa ter uma saída, um acesso à parte interna, para que a criança possa controlar as quantias acumuladas, além de aprender a hora certa de trocar moedas por cédulas.
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Após trocar o campo pelo futsal, Daniel Carvalho volta e acerta com o Botafogo
O meia-atacante Daniel Carvalho, 32, é o novo reforço do Botafogo para a disputa da Copa do Brasil e da Série B do Campeonato Brasileiro. A contratação do jogador foi confirmada pelo técnico da equipe carioca, René Simões. Daniel Carvalho pediu para treinar com o clube no início de fevereiro após deixar os gramados no final de 2013 e montar um time de futsal com as iniciais de seu nome em Pelotas. Ele atuou pela última vez em outubro de 2013, quando vestiu a camisa do Criciúma. No ano anterior, fez parte do elenco palmeirense, que foi campeão da Copa do Brasil e rebaixado para a Série B do Brasileiro. De acordo com o treinador René Simões, Daniel Carvalho deverá estrear na próxima quarta-feira (29), quando o Botafogo enfrenta o Capivariano, pela partida de ida da Copa do Brasil. "Espero contar com ele [Daniel] no jogo da Copa do Brasil. Já está liberado, treinou hoje com o time e está fisicamente bem. Vamos ver quanto tempo ele consegue aguentar. Ele vai levar um tempo para poder jogar os 90 minutos. Vamos com calma. Na quarta-feira esperamos contar com ele na Copa do Brasil", disse o treinador. O Botafogo está na final do Estadual do Rio. O adversário será o Vasco, que eliminou o Flamengo.
esporte
Após trocar o campo pelo futsal, Daniel Carvalho volta e acerta com o BotafogoO meia-atacante Daniel Carvalho, 32, é o novo reforço do Botafogo para a disputa da Copa do Brasil e da Série B do Campeonato Brasileiro. A contratação do jogador foi confirmada pelo técnico da equipe carioca, René Simões. Daniel Carvalho pediu para treinar com o clube no início de fevereiro após deixar os gramados no final de 2013 e montar um time de futsal com as iniciais de seu nome em Pelotas. Ele atuou pela última vez em outubro de 2013, quando vestiu a camisa do Criciúma. No ano anterior, fez parte do elenco palmeirense, que foi campeão da Copa do Brasil e rebaixado para a Série B do Brasileiro. De acordo com o treinador René Simões, Daniel Carvalho deverá estrear na próxima quarta-feira (29), quando o Botafogo enfrenta o Capivariano, pela partida de ida da Copa do Brasil. "Espero contar com ele [Daniel] no jogo da Copa do Brasil. Já está liberado, treinou hoje com o time e está fisicamente bem. Vamos ver quanto tempo ele consegue aguentar. Ele vai levar um tempo para poder jogar os 90 minutos. Vamos com calma. Na quarta-feira esperamos contar com ele na Copa do Brasil", disse o treinador. O Botafogo está na final do Estadual do Rio. O adversário será o Vasco, que eliminou o Flamengo.
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Em nova derrota de Trump, Justiça mantém suspensão de veto a imigrante
Em considerável derrota para Donald Trump em sua terceira semana no poder, uma corte de apelação manteve, nesta quinta (9), a suspensão de um decreto presidencial que veta a entrada nos EUA de refugiados e de cidadãos de sete países de maioria muçulmana. Com a decisão, cidadãos de Síria, Líbia, Irã, Iraque, Iêmen, Somália e Sudão, que voltaram a ser recebidos após a liminar de um juiz federal de Seattle (Estado de Washington) na última sexta (3), poderão continuar entrando no país. Minutos depois do anúncio, Trump sugeriu que vai recorrer à Suprema Corte. "Vejo vocês na corte. A segurança da nossa nação está em risco", publicou em sua conta no Twitter, com as frases em caixa alta. Depois, a jornalistas, disse que a decisão unânime dos três juízes tinha sido "política" e que esperava ganhar "muito fácil" na Suprema Corte. O cenário, contudo, é nebuloso para Trump. Hoje, a mais alta corte do país tem quatro juízes de tendência conservadora e quatro mais liberais. O cenário pode levar a um empate se a questão for levada a essa instância antes da aprovação pelo Senado de Neil Gorsuch, seu indicado para a vaga deixada pela morte de Antonin Scalia, em 2016. Em caso de empate, permanece em vigor a decisão atual. O governo, por sua vez, parece não estar tão seguro sobre a aprovação de Gorsuch. Nesta quinta, o próprio Trump recebeu dez senadores –sendo seis democratas– na Casa Branca para dizer que seu indicado nem seria tão conservador assim. Os republicanos têm 52 dos cem assentos do Senado, mas os democratas podem exigir, neste caso, que a maioria para a aprovação seja de 60. Na tentativa de se aproximar da oposição, Gorsuch disse a um senador democrata na quinta que os ataques recentes de Trump ao Judiciário eram "desmoralizantes" e "desoladores". A declaração foi confirmada por um assessor de Gorsuch, mas, nesta quinta, Trump disse que o democrata Richard Blumenthal tirou a fala de contexto. O presidente havia dito que os tribunais do país são muito "políticos" e que o "suposto juiz" que concedeu a liminar e o sistema judiciário deveriam ser culpados se "algo acontecesse" nos EUA. EVIDÊNCIAS Na decisão de 29 páginas, os três juízes –indicados por Jimmy Carter, George W. Bush e Barack Obama– disseram que o governo não apontou nenhuma evidência de que um indivíduo dos países vetados "realizou um ataque terrorista nos EUA". "Ao contrário de apresentar evidências explicando a necessidade da ordem executiva [decreto], o governo sustentou a posição de que não deveríamos rever sua decisão de nenhuma forma", diz o texto. Na audiência realizada na última terça (7), o advogado do Departamento de Justiça, responsável pela defesa do governo, respondeu que a autoridade de Trump sobre o tema não deveria ser contestada. Essa foi a terceira derrota legal de Trump sobre a questão –depois da concessão da liminar e de uma primeira recusa da mesma corte de apelação, com base em San Francisco, de derrubá-la imediatamente. A suspensão do decreto, no fim de semana, fez com que 60 mil vistos revogados fossem revalidados.
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Em nova derrota de Trump, Justiça mantém suspensão de veto a imigranteEm considerável derrota para Donald Trump em sua terceira semana no poder, uma corte de apelação manteve, nesta quinta (9), a suspensão de um decreto presidencial que veta a entrada nos EUA de refugiados e de cidadãos de sete países de maioria muçulmana. Com a decisão, cidadãos de Síria, Líbia, Irã, Iraque, Iêmen, Somália e Sudão, que voltaram a ser recebidos após a liminar de um juiz federal de Seattle (Estado de Washington) na última sexta (3), poderão continuar entrando no país. Minutos depois do anúncio, Trump sugeriu que vai recorrer à Suprema Corte. "Vejo vocês na corte. A segurança da nossa nação está em risco", publicou em sua conta no Twitter, com as frases em caixa alta. Depois, a jornalistas, disse que a decisão unânime dos três juízes tinha sido "política" e que esperava ganhar "muito fácil" na Suprema Corte. O cenário, contudo, é nebuloso para Trump. Hoje, a mais alta corte do país tem quatro juízes de tendência conservadora e quatro mais liberais. O cenário pode levar a um empate se a questão for levada a essa instância antes da aprovação pelo Senado de Neil Gorsuch, seu indicado para a vaga deixada pela morte de Antonin Scalia, em 2016. Em caso de empate, permanece em vigor a decisão atual. O governo, por sua vez, parece não estar tão seguro sobre a aprovação de Gorsuch. Nesta quinta, o próprio Trump recebeu dez senadores –sendo seis democratas– na Casa Branca para dizer que seu indicado nem seria tão conservador assim. Os republicanos têm 52 dos cem assentos do Senado, mas os democratas podem exigir, neste caso, que a maioria para a aprovação seja de 60. Na tentativa de se aproximar da oposição, Gorsuch disse a um senador democrata na quinta que os ataques recentes de Trump ao Judiciário eram "desmoralizantes" e "desoladores". A declaração foi confirmada por um assessor de Gorsuch, mas, nesta quinta, Trump disse que o democrata Richard Blumenthal tirou a fala de contexto. O presidente havia dito que os tribunais do país são muito "políticos" e que o "suposto juiz" que concedeu a liminar e o sistema judiciário deveriam ser culpados se "algo acontecesse" nos EUA. EVIDÊNCIAS Na decisão de 29 páginas, os três juízes –indicados por Jimmy Carter, George W. Bush e Barack Obama– disseram que o governo não apontou nenhuma evidência de que um indivíduo dos países vetados "realizou um ataque terrorista nos EUA". "Ao contrário de apresentar evidências explicando a necessidade da ordem executiva [decreto], o governo sustentou a posição de que não deveríamos rever sua decisão de nenhuma forma", diz o texto. Na audiência realizada na última terça (7), o advogado do Departamento de Justiça, responsável pela defesa do governo, respondeu que a autoridade de Trump sobre o tema não deveria ser contestada. Essa foi a terceira derrota legal de Trump sobre a questão –depois da concessão da liminar e de uma primeira recusa da mesma corte de apelação, com base em San Francisco, de derrubá-la imediatamente. A suspensão do decreto, no fim de semana, fez com que 60 mil vistos revogados fossem revalidados.
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São Paulo tem tarde mais fria do ano, segundo prefeitura
São Paulo registrou neste domingo (2), a tarde mais fria do ano, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Prefeitura de São Paulo. A temperatura média máxima durante o período foi de 16 ºC, recorde do ano, ultrapassando os 16,2 ºC de 28 de abril. O valor também é o número mais baixo desde 25 de setembro de 2016, quando a temperatura ficou em 15,9 ºC. Os termômetros em Parelheiros na zona sul da capital, registraram 13 ºC, enquanto no Jabaquara, ficaram em 13,5 ºC. De acordo com o CGE, a tendência é que as temperaturas continuem caindo durante a noite, quando há possibilidade de chuviscos. Os próximos dias também deverão ser de frio, com máxima de 17 ºC na segunda (3) e 19 ºC na terça (4). FRIO Não foi apenas em São Paulo que fez frio no fim de semana. Na serra catarinense, algumas cidades registraram temperaturas abaixo de zero. Em algumas localidades, campos e casas amanheceram cobertos por uma camada de gelo. Os termômetros marcaram -4,7°C em Urupema, -3,8°C em São Joaquim, -2,2º em Bom Jardim da Serra, -1,5°C em Curitibanos e -1,4°C em Ponte Alta, segundo o Ciram (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina).
cotidiano
São Paulo tem tarde mais fria do ano, segundo prefeituraSão Paulo registrou neste domingo (2), a tarde mais fria do ano, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Prefeitura de São Paulo. A temperatura média máxima durante o período foi de 16 ºC, recorde do ano, ultrapassando os 16,2 ºC de 28 de abril. O valor também é o número mais baixo desde 25 de setembro de 2016, quando a temperatura ficou em 15,9 ºC. Os termômetros em Parelheiros na zona sul da capital, registraram 13 ºC, enquanto no Jabaquara, ficaram em 13,5 ºC. De acordo com o CGE, a tendência é que as temperaturas continuem caindo durante a noite, quando há possibilidade de chuviscos. Os próximos dias também deverão ser de frio, com máxima de 17 ºC na segunda (3) e 19 ºC na terça (4). FRIO Não foi apenas em São Paulo que fez frio no fim de semana. Na serra catarinense, algumas cidades registraram temperaturas abaixo de zero. Em algumas localidades, campos e casas amanheceram cobertos por uma camada de gelo. Os termômetros marcaram -4,7°C em Urupema, -3,8°C em São Joaquim, -2,2º em Bom Jardim da Serra, -1,5°C em Curitibanos e -1,4°C em Ponte Alta, segundo o Ciram (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina).
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Já ouviu falar de Judy Moody? Menina de 9 anos escreve sobre livro da série
Este livro conta a história de Judy Moody, uma garota muito engraçada. Nessa aventura, Judy quer ser médica. Numa segunda-feira, ela finge estar doente para não ir à escola. Ainda bem que era uma brincadeira, porque a sala de Judy ia começar um novo projeto que se chama "Maravilhas do Corpo da Cabeça aos Pés". O professor Nelson anuncia a excursão para o pronto-socorro e, lá, o Doutor escolhe a Judy para mostrar para a turma como se engessa o braço. Na escola, o professor Nelson pede para cada aluno uma demonstração sobre o corpo humano e Judy demonstra uma cirurgia com uma abobrinha! Um dia, seu irmão Chiclete fica doente e Judy pode brincar de ser médica. E quando ela mesma fica doente, achava que ia ser legal, só que foi super chato! Eu gostei do livro, é bem interessante porque eu gosto dos livros da Judy Moody. Ela inventa cada uma! Quer saber o fim da história? Então leia "Doutora Judy Moody". Se você ler e gostar, leia também os outros livros da série "Judy Moody". "DOUTORA JUDY MOODY" AUTORA Megan McDonald (tradução de Isa Mara Lando) EDITORA Salamandra PREÇO R$ 39 INDICAÇÃO a partir de 9 anos * SEJA CRÍTICO DA 'FOLHINHA' A seção "Eu sou o crítico", que traz resenhas feitas por crianças, passou a ser publicada na versão online. Para participar, envie um texto com mil caracteres para "[email protected]" com nome, idade e "Eu sou o crítico" no assunto. Publicamos a idade com que a criança escreveu o texto.
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Já ouviu falar de Judy Moody? Menina de 9 anos escreve sobre livro da sérieEste livro conta a história de Judy Moody, uma garota muito engraçada. Nessa aventura, Judy quer ser médica. Numa segunda-feira, ela finge estar doente para não ir à escola. Ainda bem que era uma brincadeira, porque a sala de Judy ia começar um novo projeto que se chama "Maravilhas do Corpo da Cabeça aos Pés". O professor Nelson anuncia a excursão para o pronto-socorro e, lá, o Doutor escolhe a Judy para mostrar para a turma como se engessa o braço. Na escola, o professor Nelson pede para cada aluno uma demonstração sobre o corpo humano e Judy demonstra uma cirurgia com uma abobrinha! Um dia, seu irmão Chiclete fica doente e Judy pode brincar de ser médica. E quando ela mesma fica doente, achava que ia ser legal, só que foi super chato! Eu gostei do livro, é bem interessante porque eu gosto dos livros da Judy Moody. Ela inventa cada uma! Quer saber o fim da história? Então leia "Doutora Judy Moody". Se você ler e gostar, leia também os outros livros da série "Judy Moody". "DOUTORA JUDY MOODY" AUTORA Megan McDonald (tradução de Isa Mara Lando) EDITORA Salamandra PREÇO R$ 39 INDICAÇÃO a partir de 9 anos * SEJA CRÍTICO DA 'FOLHINHA' A seção "Eu sou o crítico", que traz resenhas feitas por crianças, passou a ser publicada na versão online. Para participar, envie um texto com mil caracteres para "[email protected]" com nome, idade e "Eu sou o crítico" no assunto. Publicamos a idade com que a criança escreveu o texto.
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O Facebook e a nudez
SÃO PAULO - O Facebook é tão obcecado em zelar pelos bons costumes que bane da rede social praticamente todas as imagens de nudez. A atitude leva a uma série de paradoxos, como a exclusão de pinturas consagradas expostas nos mais respeitáveis museus do mundo, aonde nem recatadas mamães têm receio de conduzir seus inocentes rebentos, e o fato de levar uma empresa que se vale da ampla liberdade possibilitada pela internet a censurar os usuários de seus serviços. É bem grotesco, mas não são exatamente as contradições do Facebook que eu gostaria de discutir hoje, mas sim por que temos vergonha da nudez. Há um documentário bem bacana da BBC, intitulado "What´s the Problem with Nudity" (qual o problema com a nudez), que traz elementos para pensar a questão. O filme, que tem como pano de fundo um grupo de britânicos que não se conhecem reunidos numa casa fazendo experimentos com a nudez, traz as últimas novidades da ciência para explicar a perda de pelos nos humanos (melhoras no sistema de refrigeração que nos permitiram cultivar cérebros maiores), as datações mais prováveis para o início do hábito de usar roupas (650 mil de anos atrás, a crer na árvore genealógica dos piolhos) e ainda uma hipótese para o fato de sentirmos vergonha quando estamos pelados. A ideia é que, sem expor suas partes íntimas, homens e mulheres diminuiriam as ocasiões em que poderiam provocar a libido de terceiros, favorecendo assim as relações monogâmicas já firmadas, o que aumentaria as chances de sobrevivência da prole e evitaria disputas desestabilizadoras entre machos. O documentário também sugere que, apesar de haver algo de biológico na vergonha da nudez, é a cultura quem dá as cartas, ao definir com certa liberdade os limites do que é ou não socialmente aceitável. Nesse contexto, a política do Facebook soa ainda mais reacionária.
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O Facebook e a nudezSÃO PAULO - O Facebook é tão obcecado em zelar pelos bons costumes que bane da rede social praticamente todas as imagens de nudez. A atitude leva a uma série de paradoxos, como a exclusão de pinturas consagradas expostas nos mais respeitáveis museus do mundo, aonde nem recatadas mamães têm receio de conduzir seus inocentes rebentos, e o fato de levar uma empresa que se vale da ampla liberdade possibilitada pela internet a censurar os usuários de seus serviços. É bem grotesco, mas não são exatamente as contradições do Facebook que eu gostaria de discutir hoje, mas sim por que temos vergonha da nudez. Há um documentário bem bacana da BBC, intitulado "What´s the Problem with Nudity" (qual o problema com a nudez), que traz elementos para pensar a questão. O filme, que tem como pano de fundo um grupo de britânicos que não se conhecem reunidos numa casa fazendo experimentos com a nudez, traz as últimas novidades da ciência para explicar a perda de pelos nos humanos (melhoras no sistema de refrigeração que nos permitiram cultivar cérebros maiores), as datações mais prováveis para o início do hábito de usar roupas (650 mil de anos atrás, a crer na árvore genealógica dos piolhos) e ainda uma hipótese para o fato de sentirmos vergonha quando estamos pelados. A ideia é que, sem expor suas partes íntimas, homens e mulheres diminuiriam as ocasiões em que poderiam provocar a libido de terceiros, favorecendo assim as relações monogâmicas já firmadas, o que aumentaria as chances de sobrevivência da prole e evitaria disputas desestabilizadoras entre machos. O documentário também sugere que, apesar de haver algo de biológico na vergonha da nudez, é a cultura quem dá as cartas, ao definir com certa liberdade os limites do que é ou não socialmente aceitável. Nesse contexto, a política do Facebook soa ainda mais reacionária.
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Prefeitura do Rio autoriza 455 blocos e muda local de desfile do Bola Preta
A Prefeitura do Rio confirmou nesta quarta-feira (7) a autorização de 455 blocos para o Carnaval de Rua do Rio, três a menos que o registrado no ano passado. Este ano haverá uma mudança sensível no Carnaval de Rua. Em obras para a construção do VLT (veículo leve sobre trilhos), a avenida Rio Branco, a principal do centro da cidade, não será palco do tradicional cortejo do Cordão da Bola Preta, o mais antigo do Rio e que reúne cerca de 1 milhão de pessoas. Além do Bola Preta, a Rio Branco costuma receber o Monobloco, Afroreggae e o Bloco da Preta, da cantora Preta Gil, o único dos quatro que ainda não está confirmado para este ano. Os blocos que desfilariam na Rio Branco serão desviados para a avenida Presidente Antônio Carlos, paralela à anterior, mais larga, mas menos comprida. A concentração desses blocos ocorrerá na Praça Quinze e os cortejos seguirão em direção ao Aterro do Flamengo. De acordo com a prefeitura, cerca de 5 milhões de pessoas pularam Carnaval durante os cinco dias de blocos na cidade. Ao todo, serão distribuídos 500 mil guias dos blocos de rua e 150 mil guias turísticos da cidade. O calendário oficial com as datas e os horários de desfile dos blocos será divulgado no dia 12 de janeiro. A organização do Carnaval de rua do Rio é feita por meio de uma parceria público-privada. A prefeitura libera as licenças e autoriza os trajetos dos blocos. A empresa Dream Factory cuida de toda a organização e logística do evento, como o credenciamento dos ambulantes, instalação de banheiros e postos médicos. Segundo a prefeitura, serão cadastrados cerca de 7.000 vendedores ambulantes –2.000 a mais que no ano passado, e instalados cerca de 24.525 pontos de banheiros químicos, espalhados em cabines individuais e contêineres –um aumento de 13% em relação ao Carnaval do ano passado. Ao total, 300 ambulâncias estarão de prontidão pelas ruas da cidade para atender emergências envolvendo foliões. Pelo sexto ano consecutivo, a cervejaria Antártica, da Ambev, será a patrocinadora oficial, o que lhe dará direito a distribuir aos ambulantes oficiais. Este ano, a marca de preservativos Olla também terá uma cota de patrocínio.
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Prefeitura do Rio autoriza 455 blocos e muda local de desfile do Bola PretaA Prefeitura do Rio confirmou nesta quarta-feira (7) a autorização de 455 blocos para o Carnaval de Rua do Rio, três a menos que o registrado no ano passado. Este ano haverá uma mudança sensível no Carnaval de Rua. Em obras para a construção do VLT (veículo leve sobre trilhos), a avenida Rio Branco, a principal do centro da cidade, não será palco do tradicional cortejo do Cordão da Bola Preta, o mais antigo do Rio e que reúne cerca de 1 milhão de pessoas. Além do Bola Preta, a Rio Branco costuma receber o Monobloco, Afroreggae e o Bloco da Preta, da cantora Preta Gil, o único dos quatro que ainda não está confirmado para este ano. Os blocos que desfilariam na Rio Branco serão desviados para a avenida Presidente Antônio Carlos, paralela à anterior, mais larga, mas menos comprida. A concentração desses blocos ocorrerá na Praça Quinze e os cortejos seguirão em direção ao Aterro do Flamengo. De acordo com a prefeitura, cerca de 5 milhões de pessoas pularam Carnaval durante os cinco dias de blocos na cidade. Ao todo, serão distribuídos 500 mil guias dos blocos de rua e 150 mil guias turísticos da cidade. O calendário oficial com as datas e os horários de desfile dos blocos será divulgado no dia 12 de janeiro. A organização do Carnaval de rua do Rio é feita por meio de uma parceria público-privada. A prefeitura libera as licenças e autoriza os trajetos dos blocos. A empresa Dream Factory cuida de toda a organização e logística do evento, como o credenciamento dos ambulantes, instalação de banheiros e postos médicos. Segundo a prefeitura, serão cadastrados cerca de 7.000 vendedores ambulantes –2.000 a mais que no ano passado, e instalados cerca de 24.525 pontos de banheiros químicos, espalhados em cabines individuais e contêineres –um aumento de 13% em relação ao Carnaval do ano passado. Ao total, 300 ambulâncias estarão de prontidão pelas ruas da cidade para atender emergências envolvendo foliões. Pelo sexto ano consecutivo, a cervejaria Antártica, da Ambev, será a patrocinadora oficial, o que lhe dará direito a distribuir aos ambulantes oficiais. Este ano, a marca de preservativos Olla também terá uma cota de patrocínio.
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Após surto de gripe, pais não acham pediatras na periferia de SP; veja vídeo
Em meio a um surto de dengue e suspeitas de gripe H1N1 em crianças, pais têm feito peregrinação em busca de pediatras na periferia de São Paulo. Quando não se deparam com a falta desses profissionais, crianças enfrentaram filas de até duas horas somente para preencher uma ficha e entrar numa fila para serem atendidos pelos únicos dois médicos que se revezam no atendimento. Para ficar frente a frente com o especialista, são quase cinco horas de espera. A Folha constatou neste sábado (26) que não havia pediatras em unidades municipais nos bairros de Itaquera e Cidade Tiradentes, na zona leste. Em Itaquera, faltaram especialistas no atendimento infantil no hospital Municipal Waldomiro de Paula, conhecido como Planalto, e na AMA (Assistência Médica Ambulatorial) de mesmo nome durante o dia todo. A orientação vinda dos funcionários era para que tentassem no também municipal Tide Setúbal, em São Miguel Paulista. Porém, pais entrevistados pela reportagem disseram que lá a informação era de que não havia também. "Não tem pediatra desde cedo. Minha filha está aqui vomitando e com febre e é o segundo hospital para onde vou e não tem médico para ela", disse o auxiliar de limpeza Acácio Flávio do Nascimento, 28, morador de Guaianases que levou a filha Nataly, 8, ao Planalto. A previsão era que às 19h haveria um pediatra. Porém, até as 20h, não tinha. SENHA Em Cidade Tiradentes, também não havia especialistas no PA (pronto-atendimento) Glória e na AMA (Assistência Médica Ambulatorial) Castro Alves. Os dois pediatras disponíveis no bairro atendiam no Hospital Municipal de Cidade Tiradentes. No entanto, alguns pais disseram que, por volta das 17h30, diante de tamanha lotação, funcionários alertavam que não havia mais disponibilidade de senhas de atendimento. "Cheguei às 13h30 e só consegui preencher a ficha às 15h30. São 17h e ainda não passamos pelo pedriatra", Alessandra da Silva Rodrigues, 32, que levou os filhos Bruno, 8, e Bianca, 3. "A moça da recepção me disse que se tiver que internar não será aqui porque está superlotado. Os dois estão com febre, dor no corpo e vomitando. Estou com medo dessa gripe e de dengue também ", disse. Muitas recorreram ao bairro vizinho, Guaianases, cujo hospital geral, do Estado, estava abarrotado de gente também. Só havia dois pediatras ali. Mais horas na fila. OUTRO LADO A gestão Fernando Haddad (PT) nega a falta de médicos e diz que, nesta época do ano, a demanda cresce muito em decorrência de doenças respiratórias. A Secretaria Municipal de Saúde Informou em nota que os hospitais Waldomiro de Paula, Tide Setúbal e Cidade Tiradentes contavam, respectivamente, com um, três e quatro pediatras no plantão do dia, sendo que este último atendeu a 534 pacientes na especialidade só no sábado. A pasta informou que nesta semana convocará uma reunião com as organizações sociais de saúde (OSs) responsáveis pela administração das unidades para discutir a contratação e manutenção do quadro clínico. As OSs são a SPDM e a Santa Marcelina. A prefeitura diz que já realizou concurso público para contratação de médicos pediatras e que há um novo concurso em andamento para a contratação de mais profissionais. "É importante ressaltar também que há dificuldades de alocar esses profissionais em unidades fora da região central da capital, o que dificulta o atendimento. A secretaria está empenhada em minimizar os problemas o mais rápido possível", diz o texto. A administração diz também que a espera varia de acordo com a demanda e que pacientes em situação mais grave têm prioridade. Já a administração Geraldo Alckmin (PSDB) diz que o quadro de profissionais do Hospital Geral de Guaianases estava completo, incluindo dois pediatras, neste sábado. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a falta desses médicos na rede municipal culminou numa crescente demanda pela especialidade de pediatria no pronto-socorro da unidade. "80% dos casos atendidos no pronto-socorro são de baixa complexidade, que deveriam ser absorvidos pelas AMAs e hospitais municipais, conforme diretriz do SUS (Sistema Único de Saúde). Vale ressaltar que o hospital prioriza casos graves e gravíssimos", diz nota.
cotidiano
Após surto de gripe, pais não acham pediatras na periferia de SP; veja vídeoEm meio a um surto de dengue e suspeitas de gripe H1N1 em crianças, pais têm feito peregrinação em busca de pediatras na periferia de São Paulo. Quando não se deparam com a falta desses profissionais, crianças enfrentaram filas de até duas horas somente para preencher uma ficha e entrar numa fila para serem atendidos pelos únicos dois médicos que se revezam no atendimento. Para ficar frente a frente com o especialista, são quase cinco horas de espera. A Folha constatou neste sábado (26) que não havia pediatras em unidades municipais nos bairros de Itaquera e Cidade Tiradentes, na zona leste. Em Itaquera, faltaram especialistas no atendimento infantil no hospital Municipal Waldomiro de Paula, conhecido como Planalto, e na AMA (Assistência Médica Ambulatorial) de mesmo nome durante o dia todo. A orientação vinda dos funcionários era para que tentassem no também municipal Tide Setúbal, em São Miguel Paulista. Porém, pais entrevistados pela reportagem disseram que lá a informação era de que não havia também. "Não tem pediatra desde cedo. Minha filha está aqui vomitando e com febre e é o segundo hospital para onde vou e não tem médico para ela", disse o auxiliar de limpeza Acácio Flávio do Nascimento, 28, morador de Guaianases que levou a filha Nataly, 8, ao Planalto. A previsão era que às 19h haveria um pediatra. Porém, até as 20h, não tinha. SENHA Em Cidade Tiradentes, também não havia especialistas no PA (pronto-atendimento) Glória e na AMA (Assistência Médica Ambulatorial) Castro Alves. Os dois pediatras disponíveis no bairro atendiam no Hospital Municipal de Cidade Tiradentes. No entanto, alguns pais disseram que, por volta das 17h30, diante de tamanha lotação, funcionários alertavam que não havia mais disponibilidade de senhas de atendimento. "Cheguei às 13h30 e só consegui preencher a ficha às 15h30. São 17h e ainda não passamos pelo pedriatra", Alessandra da Silva Rodrigues, 32, que levou os filhos Bruno, 8, e Bianca, 3. "A moça da recepção me disse que se tiver que internar não será aqui porque está superlotado. Os dois estão com febre, dor no corpo e vomitando. Estou com medo dessa gripe e de dengue também ", disse. Muitas recorreram ao bairro vizinho, Guaianases, cujo hospital geral, do Estado, estava abarrotado de gente também. Só havia dois pediatras ali. Mais horas na fila. OUTRO LADO A gestão Fernando Haddad (PT) nega a falta de médicos e diz que, nesta época do ano, a demanda cresce muito em decorrência de doenças respiratórias. A Secretaria Municipal de Saúde Informou em nota que os hospitais Waldomiro de Paula, Tide Setúbal e Cidade Tiradentes contavam, respectivamente, com um, três e quatro pediatras no plantão do dia, sendo que este último atendeu a 534 pacientes na especialidade só no sábado. A pasta informou que nesta semana convocará uma reunião com as organizações sociais de saúde (OSs) responsáveis pela administração das unidades para discutir a contratação e manutenção do quadro clínico. As OSs são a SPDM e a Santa Marcelina. A prefeitura diz que já realizou concurso público para contratação de médicos pediatras e que há um novo concurso em andamento para a contratação de mais profissionais. "É importante ressaltar também que há dificuldades de alocar esses profissionais em unidades fora da região central da capital, o que dificulta o atendimento. A secretaria está empenhada em minimizar os problemas o mais rápido possível", diz o texto. A administração diz também que a espera varia de acordo com a demanda e que pacientes em situação mais grave têm prioridade. Já a administração Geraldo Alckmin (PSDB) diz que o quadro de profissionais do Hospital Geral de Guaianases estava completo, incluindo dois pediatras, neste sábado. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a falta desses médicos na rede municipal culminou numa crescente demanda pela especialidade de pediatria no pronto-socorro da unidade. "80% dos casos atendidos no pronto-socorro são de baixa complexidade, que deveriam ser absorvidos pelas AMAs e hospitais municipais, conforme diretriz do SUS (Sistema Único de Saúde). Vale ressaltar que o hospital prioriza casos graves e gravíssimos", diz nota.
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Fofoqueiros profissionais estão sendo expulsos dos escritórios
Duas semanas atrás, visitei uma produtora de mídia na parte leste de Londres. O escritório estava lotado de hipsters, sentados diante de grandes mesas sob um teto de concreto. "O clima aqui é excelente", disse o sujeito que estava me mostrando o escritório. Acenei em concordância, embora não estivesse sentindo clima algum. Naquele templo da modernidade cool, ninguém estava falando. Todo mundo trabalhava em silêncio. Em todas as minhas visitas a escritórios, desde aquele dia, tenho mantido os ouvidos abertos, e em cada uma delas percebi a mesma coisa: nenhum som exceto o gentil estalido dos teclados dos computadores. O pessoal dos escritórios modernos parece não conversar. Acabo de voltar de um passeio pela redação central do "Financial Times". Quase todo mundo estava em silêncio, contemplando telas. Naquele amplo espaço, só percebi dois grupos de pessoas falando, e nos dois casos estavam discutindo trabalho. Não era assim, no passado. Há duas décadas, os dias de trabalho começavam com um bate-papo compulsório de 15 minutos sobre os programas de TV da noite anterior. Qualquer pessoa que tivesse voltado recentemente de férias, ou de uma licença-maternidade ou paternidade, ou que tivesse feito qualquer outra coisa interessante, chegava com fotos, e as mostrava aos colegas. Papeávamos sobre os grandes temas do momento e sobre o que comeríamos no almoço. Acima de tudo, fofocávamos uns sobre os outros. Em momentos de pausa, era perfeitamente normal caminhar pelo edifício em busca de alguém para uma conversa. Acabei de passar pela mesa de um colega, onde parei por um instante para uma conversa, como costumava fazer no passado. Perguntei a ele por que as pessoas não papeiam mais no escritório. A resposta dele, com um olhar ostensivo para o relógio, foi que agora todo mundo tem trabalho demais a fazer. Essa é a resposta que todo mundo oferece —mas simplesmente não é verdade. Há poucas indicações de que as pessoas estejam trabalhando tanto que fica difícil conversar com os colegas. De acordo com o Serviço de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos, os trabalhadores em escritórios americanos dedicam menos de três horas ao dia a trabalho produtivo; o restante do tempo é dedicado a sites de notícias e à busca de um novo emprego on-line. Das cinco horas desperdiçadas a cada dia, só 45 minutos são dedicados a conversas. O que nos impede de papear não é que estejamos ocupados —é que desejamos parecer ocupados. Andar pelo escritório com um ar de determinação confere status. Já se acomodar em uma cadeira e contar uma história engraçada a um colega não só pode subtrair status como restringir as possibilidades de carreira. Os edifícios de escritórios fizeram sua parte, na eliminação das conversas. Os melhores papos costumavam acontecer entre duas pessoas, por trás de portas fechadas. Escritórios sem paredes não beneficiam o bate-papo, e quando combinados a sistemas que não têm posições fixas de trabalho, as consequências são fatais. A pessoa sentada na mesa ao lado será não só alguém que você mal conhece como provavelmente estará usando fones de ouvido. Mesmo que você tente puxar conversa, ela não seria capaz de ouvir. A maioria dos escritórios inclui espaços comunitários onde as conversas supostamente deveriam acontecer. Mas mesmo essas áreas não favorecem fofocas deliciosas e sem rumo definido, porque em geral estão ocupadas por pessoas com crachás pendurados do pescoço, conduzindo reuniões sisudas. Nesses ambientes nada hospitaleiros, os fofoqueiros profissionais estão sendo forçados a sair. Cada departamento costumava ter um par de personalidades expansivas que praticamente fofocavam o dia inteiro, mas a cultura empresarial moderna requer que todo mundo se comporte da mesma maneira anódina. Não há espaço para pessoas barulhentas. E não só os bate-papos são desencorajados como há menos sobre o que conversar. Ninguém mais assiste aos mesmos programas de TV, e se alguém quer impressionar os amigos com as fotos das férias, prefere fazê-lo no Facebook. O maior responsável pela morte do bate-papo é o mais óbvio —a Internet. Ela nos permite vadiar fingindo que estamos imersos no trabalho. Pior, a Internet tornou a conversa obsoleta. O e-mail nos ensinou há muito tempo que é mais fácil digitar uma mensagem para alguém sentado a 10 metros de distância do que cambalear da cadeira e ir até a pessoa para uma conversa. Porque as conversas eram o principal motivo para ir ao escritório, a situação atual é mais que preocupante: é uma tragédia. Para me certificar, liguei para o sujeito que tinha servido de guia em minha visita à produtora de mídia, e perguntei se as pessoas conversavam, por lá. Ele respondeu que elas certamente conversavam. Conversavam o tempo todo. Quando comentei não ter ouvido conversa alguma, ele riu condescendentemente e disse uma das coisas mais tristes que já ouvi: "Conversamos no Slack". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Fofoqueiros profissionais estão sendo expulsos dos escritóriosDuas semanas atrás, visitei uma produtora de mídia na parte leste de Londres. O escritório estava lotado de hipsters, sentados diante de grandes mesas sob um teto de concreto. "O clima aqui é excelente", disse o sujeito que estava me mostrando o escritório. Acenei em concordância, embora não estivesse sentindo clima algum. Naquele templo da modernidade cool, ninguém estava falando. Todo mundo trabalhava em silêncio. Em todas as minhas visitas a escritórios, desde aquele dia, tenho mantido os ouvidos abertos, e em cada uma delas percebi a mesma coisa: nenhum som exceto o gentil estalido dos teclados dos computadores. O pessoal dos escritórios modernos parece não conversar. Acabo de voltar de um passeio pela redação central do "Financial Times". Quase todo mundo estava em silêncio, contemplando telas. Naquele amplo espaço, só percebi dois grupos de pessoas falando, e nos dois casos estavam discutindo trabalho. Não era assim, no passado. Há duas décadas, os dias de trabalho começavam com um bate-papo compulsório de 15 minutos sobre os programas de TV da noite anterior. Qualquer pessoa que tivesse voltado recentemente de férias, ou de uma licença-maternidade ou paternidade, ou que tivesse feito qualquer outra coisa interessante, chegava com fotos, e as mostrava aos colegas. Papeávamos sobre os grandes temas do momento e sobre o que comeríamos no almoço. Acima de tudo, fofocávamos uns sobre os outros. Em momentos de pausa, era perfeitamente normal caminhar pelo edifício em busca de alguém para uma conversa. Acabei de passar pela mesa de um colega, onde parei por um instante para uma conversa, como costumava fazer no passado. Perguntei a ele por que as pessoas não papeiam mais no escritório. A resposta dele, com um olhar ostensivo para o relógio, foi que agora todo mundo tem trabalho demais a fazer. Essa é a resposta que todo mundo oferece —mas simplesmente não é verdade. Há poucas indicações de que as pessoas estejam trabalhando tanto que fica difícil conversar com os colegas. De acordo com o Serviço de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos, os trabalhadores em escritórios americanos dedicam menos de três horas ao dia a trabalho produtivo; o restante do tempo é dedicado a sites de notícias e à busca de um novo emprego on-line. Das cinco horas desperdiçadas a cada dia, só 45 minutos são dedicados a conversas. O que nos impede de papear não é que estejamos ocupados —é que desejamos parecer ocupados. Andar pelo escritório com um ar de determinação confere status. Já se acomodar em uma cadeira e contar uma história engraçada a um colega não só pode subtrair status como restringir as possibilidades de carreira. Os edifícios de escritórios fizeram sua parte, na eliminação das conversas. Os melhores papos costumavam acontecer entre duas pessoas, por trás de portas fechadas. Escritórios sem paredes não beneficiam o bate-papo, e quando combinados a sistemas que não têm posições fixas de trabalho, as consequências são fatais. A pessoa sentada na mesa ao lado será não só alguém que você mal conhece como provavelmente estará usando fones de ouvido. Mesmo que você tente puxar conversa, ela não seria capaz de ouvir. A maioria dos escritórios inclui espaços comunitários onde as conversas supostamente deveriam acontecer. Mas mesmo essas áreas não favorecem fofocas deliciosas e sem rumo definido, porque em geral estão ocupadas por pessoas com crachás pendurados do pescoço, conduzindo reuniões sisudas. Nesses ambientes nada hospitaleiros, os fofoqueiros profissionais estão sendo forçados a sair. Cada departamento costumava ter um par de personalidades expansivas que praticamente fofocavam o dia inteiro, mas a cultura empresarial moderna requer que todo mundo se comporte da mesma maneira anódina. Não há espaço para pessoas barulhentas. E não só os bate-papos são desencorajados como há menos sobre o que conversar. Ninguém mais assiste aos mesmos programas de TV, e se alguém quer impressionar os amigos com as fotos das férias, prefere fazê-lo no Facebook. O maior responsável pela morte do bate-papo é o mais óbvio —a Internet. Ela nos permite vadiar fingindo que estamos imersos no trabalho. Pior, a Internet tornou a conversa obsoleta. O e-mail nos ensinou há muito tempo que é mais fácil digitar uma mensagem para alguém sentado a 10 metros de distância do que cambalear da cadeira e ir até a pessoa para uma conversa. Porque as conversas eram o principal motivo para ir ao escritório, a situação atual é mais que preocupante: é uma tragédia. Para me certificar, liguei para o sujeito que tinha servido de guia em minha visita à produtora de mídia, e perguntei se as pessoas conversavam, por lá. Ele respondeu que elas certamente conversavam. Conversavam o tempo todo. Quando comentei não ter ouvido conversa alguma, ele riu condescendentemente e disse uma das coisas mais tristes que já ouvi: "Conversamos no Slack". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Governo venezuelano considera uma vitória rejeição a suspensão da OEA
O governo da Venezuela considerou uma vitória de sua diplomacia a rejeição pelos países da OEA de suspender o país por violação Carta Democrática, como queria o secretário-geral, Luis Almagro, e a oposição a Nicolás Maduro. Na terça (28), 20 dos 34 países-membros exigiram a convocação das eleições regionais adiadas e a libertar opositores presos. Porém, defenderam o diálogo e não acertaram as condições em que seria possível a suspensão. Para a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, houve uma vitória do que chamou de diplomacia da paz. "Estes países tiram comunicados dos bolsos, mas não foi ativada nem aplicada a Carta Democrática", disse nesta quarta (29). "Sabemos que estavam tentando impor [a suspensão] através de chantagem, pressões, extorsões. Vimos deputados americanos a ameaçar grosseiramente, barbaramente aos países membros desta organização." Ela fazia menção à tese defendida por Maduro de que EUA, e a oposição, chamada de "ultradireita", querem intervir no país. Também criticou os vizinhos críticos a Caracas, qualificando-os como "escondidos em suas intenções". "Estão preocupados com a Venezuela, mas nós teríamos motivos, e a região teria milhões de vezes mais motivos para estar preocupados com as realidades internas destes países que hoje pretendem nos julgar." Rodríguez também informou que o governo enviará notas de protesto às nações "que fizeram acusações muito graves contra a Venezuela", mas sem mencionar que países receberiam as manifestações de repúdio. Embora tenha criticado a pressão americana sobre os membros menores, a Venezuela lançou de outra estratégia para conseguir votos. Na semana passada, aumentou os volumes de petróleo subsidiado vendidos a países caribenhos. Os beneficiários foram Haiti, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Neves, Antígua e Barbuda e Granada. Os três primeiros votaram contra o relatório de Almagro, o quarto se absteve e o representante do quinto não foi à reunião. ALTERNATIVA A chanceler reiterou o chamado de Maduro de um debate sobre a pertinência de que a Venezuela continue a integrar a OEA. Na terça, o presidente questionou a necessidade do órgão, como ele e Hugo Chávez o fizeram no passado. "Para que serve a OEA aos povos do continente? Para que serve ao povo do Peru, que sofre as mudanças climáticas? O que fez a OEA? Para que serve aos imigrantes que são expulsos dos Estados Unidos aos milhares?" Nos últimos 15 anos, Chávez e Maduro ameaçaram deixar a OEA diversas vezes por críticas a suas gestões. Ao mesmo tempo, promoveram como alternativa a Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos). A entidade, que integra Cuba e não tem a participação dos EUA e do Canadá, teve também o apoio de outros governos de esquerda, como os de Rafael Correa, Evo Morales, Cristina Kirchner e das administrações petistas no Brasil.
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Governo venezuelano considera uma vitória rejeição a suspensão da OEAO governo da Venezuela considerou uma vitória de sua diplomacia a rejeição pelos países da OEA de suspender o país por violação Carta Democrática, como queria o secretário-geral, Luis Almagro, e a oposição a Nicolás Maduro. Na terça (28), 20 dos 34 países-membros exigiram a convocação das eleições regionais adiadas e a libertar opositores presos. Porém, defenderam o diálogo e não acertaram as condições em que seria possível a suspensão. Para a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, houve uma vitória do que chamou de diplomacia da paz. "Estes países tiram comunicados dos bolsos, mas não foi ativada nem aplicada a Carta Democrática", disse nesta quarta (29). "Sabemos que estavam tentando impor [a suspensão] através de chantagem, pressões, extorsões. Vimos deputados americanos a ameaçar grosseiramente, barbaramente aos países membros desta organização." Ela fazia menção à tese defendida por Maduro de que EUA, e a oposição, chamada de "ultradireita", querem intervir no país. Também criticou os vizinhos críticos a Caracas, qualificando-os como "escondidos em suas intenções". "Estão preocupados com a Venezuela, mas nós teríamos motivos, e a região teria milhões de vezes mais motivos para estar preocupados com as realidades internas destes países que hoje pretendem nos julgar." Rodríguez também informou que o governo enviará notas de protesto às nações "que fizeram acusações muito graves contra a Venezuela", mas sem mencionar que países receberiam as manifestações de repúdio. Embora tenha criticado a pressão americana sobre os membros menores, a Venezuela lançou de outra estratégia para conseguir votos. Na semana passada, aumentou os volumes de petróleo subsidiado vendidos a países caribenhos. Os beneficiários foram Haiti, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Neves, Antígua e Barbuda e Granada. Os três primeiros votaram contra o relatório de Almagro, o quarto se absteve e o representante do quinto não foi à reunião. ALTERNATIVA A chanceler reiterou o chamado de Maduro de um debate sobre a pertinência de que a Venezuela continue a integrar a OEA. Na terça, o presidente questionou a necessidade do órgão, como ele e Hugo Chávez o fizeram no passado. "Para que serve a OEA aos povos do continente? Para que serve ao povo do Peru, que sofre as mudanças climáticas? O que fez a OEA? Para que serve aos imigrantes que são expulsos dos Estados Unidos aos milhares?" Nos últimos 15 anos, Chávez e Maduro ameaçaram deixar a OEA diversas vezes por críticas a suas gestões. Ao mesmo tempo, promoveram como alternativa a Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos). A entidade, que integra Cuba e não tem a participação dos EUA e do Canadá, teve também o apoio de outros governos de esquerda, como os de Rafael Correa, Evo Morales, Cristina Kirchner e das administrações petistas no Brasil.
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Plebiscitos curdo e catalão evidenciam o ressurgimento do tribalismo
O formidável avanço da globalização nos últimos muitos anos acabou desaguando no ressurgimento de um sentimento ancestral, o tribalismo. Nesta semana, dois casos exemplares demonstram que as tribos estão vivas e querem armar sua própria tenda contra os "estrangeiros" que as circundam. Primeiro caso: os curdos. Aprovaram em massa (92%) a independência do Curdistão iraquiano. Os curdos são um dos poucos povos do mundo sem Estado próprio. Somam 35 milhões de pessoas espalhadas por quatro países (Turquia, Irã, Iraque e Síria, além da diáspora). O voto teve um caráter romântico, bem descrito em texto para "El País" da extraordinária repórter que é Ángeles Espinoza. "Cheios de ilusão e até desafiantes, os curdos acudiram às urnas convencidos de fazer História e de dar impulso ao processo que os levará ao passaporte próprio". Ilusão é palavra adequada: a independência é inviável, ante a oposição dos quatro países em que há comunidades curdas e também da comunidade internacional —temerosa de que a independência do Curdistão iraquiano desestabilize ainda mais um Oriente Médio em permanente combustão. Não importa. Fala mais alto entre os curdos o sentimento tribal, ainda mais em uma região em que as tribos desempenham papel político-social relevante. O que surpreende é que o tribalismo seja fortíssimo também em uma região, a Catalunha, cuja capital, Barcelona, é uma cidade cosmopolita e muito aberta ao mundo. Eu me apaixonei perdidamente por Barcelona ao constatar esse espírito de catalanismo, durante a cobertura dos Jogos Olímpicos de 1992 na cidade. Era comovente ver o entusiasmo, o orgulho e a dedicação dos jovens voluntários que trabalharam durante os jogos a troco de um sanduichinho, um suco e um souvenir modesto do torneio. Queriam porque queriam fazer da Olimpíada de Barcelona um espetáculo que deslumbrasse o mundo. Conseguiram. O problema com o tribalismo catalão é que ele goza, dentro da Espanha, de uma situação suficientemente autônoma para tornar fora de propósito buscar a independência, objetivo de um plebiscito ilegal convocado para domingo (1º) pelo governo local e que o poder central está praticamente inviabilizando. Criou-se, com isso, uma crise sem o menor sentido. A autonomia concedida à Catalunha e às demais comunidades espanholas, desde a redemocratização, a partir de 1977, é ampla, geral e quase irrestrita. O catalão pode (e é) falado livremente, ensinado nas escolas, há jornais no idioma, e a região goza mais que as demais comunidades autônomas do progresso econômico. Tanto é assim que, se a renda média da Espanha é 100, a da Catalunha é 119,7 (dados de 2013, últimos para os quais a comparação é possível). Mais: a Catalunha, com 16% da população, responde por 18% da economia espanhola. Mas os fatos deixaram de contar. O que está valendo é o sentimento tribal, o "nós contra eles" de que muitos brasileiros também se queixam, embora, por aqui, a disputa seja de tribos político-ideológicas, não nacionalistas. Não importa, o estrago é parecido.
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Plebiscitos curdo e catalão evidenciam o ressurgimento do tribalismoO formidável avanço da globalização nos últimos muitos anos acabou desaguando no ressurgimento de um sentimento ancestral, o tribalismo. Nesta semana, dois casos exemplares demonstram que as tribos estão vivas e querem armar sua própria tenda contra os "estrangeiros" que as circundam. Primeiro caso: os curdos. Aprovaram em massa (92%) a independência do Curdistão iraquiano. Os curdos são um dos poucos povos do mundo sem Estado próprio. Somam 35 milhões de pessoas espalhadas por quatro países (Turquia, Irã, Iraque e Síria, além da diáspora). O voto teve um caráter romântico, bem descrito em texto para "El País" da extraordinária repórter que é Ángeles Espinoza. "Cheios de ilusão e até desafiantes, os curdos acudiram às urnas convencidos de fazer História e de dar impulso ao processo que os levará ao passaporte próprio". Ilusão é palavra adequada: a independência é inviável, ante a oposição dos quatro países em que há comunidades curdas e também da comunidade internacional —temerosa de que a independência do Curdistão iraquiano desestabilize ainda mais um Oriente Médio em permanente combustão. Não importa. Fala mais alto entre os curdos o sentimento tribal, ainda mais em uma região em que as tribos desempenham papel político-social relevante. O que surpreende é que o tribalismo seja fortíssimo também em uma região, a Catalunha, cuja capital, Barcelona, é uma cidade cosmopolita e muito aberta ao mundo. Eu me apaixonei perdidamente por Barcelona ao constatar esse espírito de catalanismo, durante a cobertura dos Jogos Olímpicos de 1992 na cidade. Era comovente ver o entusiasmo, o orgulho e a dedicação dos jovens voluntários que trabalharam durante os jogos a troco de um sanduichinho, um suco e um souvenir modesto do torneio. Queriam porque queriam fazer da Olimpíada de Barcelona um espetáculo que deslumbrasse o mundo. Conseguiram. O problema com o tribalismo catalão é que ele goza, dentro da Espanha, de uma situação suficientemente autônoma para tornar fora de propósito buscar a independência, objetivo de um plebiscito ilegal convocado para domingo (1º) pelo governo local e que o poder central está praticamente inviabilizando. Criou-se, com isso, uma crise sem o menor sentido. A autonomia concedida à Catalunha e às demais comunidades espanholas, desde a redemocratização, a partir de 1977, é ampla, geral e quase irrestrita. O catalão pode (e é) falado livremente, ensinado nas escolas, há jornais no idioma, e a região goza mais que as demais comunidades autônomas do progresso econômico. Tanto é assim que, se a renda média da Espanha é 100, a da Catalunha é 119,7 (dados de 2013, últimos para os quais a comparação é possível). Mais: a Catalunha, com 16% da população, responde por 18% da economia espanhola. Mas os fatos deixaram de contar. O que está valendo é o sentimento tribal, o "nós contra eles" de que muitos brasileiros também se queixam, embora, por aqui, a disputa seja de tribos político-ideológicas, não nacionalistas. Não importa, o estrago é parecido.
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Como John Candy me ajudou na minha estreia como protagonista
Há 30 anos "S.O.S. - Tem um Louco Solto no Espaço", uma paródia de "Star Wars" dirigida por Mel Brooks, foi lançado pela MGM. Na época, as críticas não foram unânimes, mas com o tempo ele se tornou cult. E o aniversário me lembrou do golpe de sorte em "velocidade ridícula" que tive quando Mel me escalou como o desastrado Lone Starr, o Han Solo do filme. Minha experiência em cinema era só a de um pequeno papel em um filme modesto. E lá estava eu, sob o comando de um diretor e roteirista lendário, e em companhia de atores cômicos talentosos e bem-sucedidos. O principal deles era John Candy, que por motivos que desconheço decidiu me ajudar. Lone Starr é um sujeito durão, que vive solitário a não ser por seu amigo Barf. John fazia Barf, um "mog" (meio homem, meio cachorro), e uma de suas piadas frequentes era "sou meu melhor amigo". A filmagem já durava algum tempo e eu estava meio perdido, vivia em pânico. Um dia, na pausa para o almoço, Frankie, o motorista de John, surgiu ao meu lado. "Quer almoçar com John no trailer dele?" Olhei na direção em que ele estava apontando e vi John em sua roupa de Barf, mas sem a cabeça. Minha primeira inclinação foi recusar, mas de repente me ouvi responder: "Claro!". Trailer Quando chegamos mais perto do trailer, ouvi John gritar: "Vem logo, Pullman, estou morrendo de vontade de tomar minha Pritikin Diet Soup". No trailer, ele colocou para requentar uma panela de canja rala e aguada, com alguns fios de macarrão. Eu estava sendo apresentado a um ritual que tinha infinitas variações. John encontrava maneiras novas de amaldiçoar a dieta a cada dia. Em outro dia, um assistente de produção bateu à porta para dizer que a filmagem recomeçaria em cinco minutos. Enquanto John se preparava, Frankie apareceu com uma caixa com uma dúzia de donuts. John não perdeu tempo: apanhou um donut e empurrou a caixa em minha direção. "Você precisa de açúcar, Pullman. Estava bocejando". E assim nos tornamos participantes de uma conspiração. Mas o momento que sempre me acompanha aconteceu durante uma crise que sofri no estúdio. Estávamos ensaiando uma entrada triunfal no Grande Salão de Yogurt. A cena era não só um ponto chave da história mas uma homenagem a Dorothy e sua trupe caminhando ao encontro do Mágico de Oz. Na opinião de John, o diálogo dava todas as piadas a Barf, e ele sugeriu que eu dissesse uma das linhas. O set silenciou repentinamente. Mel sempre foi um dos diretores mais generosos com quem trabalhei. Mas alguma coisa naquele momento o levou a usar seu sabre de luz metafórico. "Você acha que Pullman vai ser engraçado com esse diálogo? Pullman? Beleza, vamos tentar." Voltamos às marcas e refizemos toda a sequência. Depois do "corta" e de um breve silêncio, ouvimos Mel dizer: "Bem, melhor cortar esse diálogo. Vamos retomar". Mais tarde, fiquei chateado por ter permitido que a incredulidade de Mel me causasse vergonha e frustração. Quando chegamos para uma nova tomada, acho que minha zanga era aparente. Senti o braço de John no meu ombro: "Pullman, quer mais um donut? Melhor não ficar vermelho agora. E nem azul [triste] mais tarde". A risadinha e a piscada dele me acalmaram. Retomei o controle. No dia seguinte, Mel me recebeu no estúdio com um abraço. Jamais esqueci a generosidade de John Candy. Ele me mostrou como liderar com gentileza, me deu uma força quando precisei. Tradução de PAULO MIGLIACCI.
ilustrada
Como John Candy me ajudou na minha estreia como protagonistaHá 30 anos "S.O.S. - Tem um Louco Solto no Espaço", uma paródia de "Star Wars" dirigida por Mel Brooks, foi lançado pela MGM. Na época, as críticas não foram unânimes, mas com o tempo ele se tornou cult. E o aniversário me lembrou do golpe de sorte em "velocidade ridícula" que tive quando Mel me escalou como o desastrado Lone Starr, o Han Solo do filme. Minha experiência em cinema era só a de um pequeno papel em um filme modesto. E lá estava eu, sob o comando de um diretor e roteirista lendário, e em companhia de atores cômicos talentosos e bem-sucedidos. O principal deles era John Candy, que por motivos que desconheço decidiu me ajudar. Lone Starr é um sujeito durão, que vive solitário a não ser por seu amigo Barf. John fazia Barf, um "mog" (meio homem, meio cachorro), e uma de suas piadas frequentes era "sou meu melhor amigo". A filmagem já durava algum tempo e eu estava meio perdido, vivia em pânico. Um dia, na pausa para o almoço, Frankie, o motorista de John, surgiu ao meu lado. "Quer almoçar com John no trailer dele?" Olhei na direção em que ele estava apontando e vi John em sua roupa de Barf, mas sem a cabeça. Minha primeira inclinação foi recusar, mas de repente me ouvi responder: "Claro!". Trailer Quando chegamos mais perto do trailer, ouvi John gritar: "Vem logo, Pullman, estou morrendo de vontade de tomar minha Pritikin Diet Soup". No trailer, ele colocou para requentar uma panela de canja rala e aguada, com alguns fios de macarrão. Eu estava sendo apresentado a um ritual que tinha infinitas variações. John encontrava maneiras novas de amaldiçoar a dieta a cada dia. Em outro dia, um assistente de produção bateu à porta para dizer que a filmagem recomeçaria em cinco minutos. Enquanto John se preparava, Frankie apareceu com uma caixa com uma dúzia de donuts. John não perdeu tempo: apanhou um donut e empurrou a caixa em minha direção. "Você precisa de açúcar, Pullman. Estava bocejando". E assim nos tornamos participantes de uma conspiração. Mas o momento que sempre me acompanha aconteceu durante uma crise que sofri no estúdio. Estávamos ensaiando uma entrada triunfal no Grande Salão de Yogurt. A cena era não só um ponto chave da história mas uma homenagem a Dorothy e sua trupe caminhando ao encontro do Mágico de Oz. Na opinião de John, o diálogo dava todas as piadas a Barf, e ele sugeriu que eu dissesse uma das linhas. O set silenciou repentinamente. Mel sempre foi um dos diretores mais generosos com quem trabalhei. Mas alguma coisa naquele momento o levou a usar seu sabre de luz metafórico. "Você acha que Pullman vai ser engraçado com esse diálogo? Pullman? Beleza, vamos tentar." Voltamos às marcas e refizemos toda a sequência. Depois do "corta" e de um breve silêncio, ouvimos Mel dizer: "Bem, melhor cortar esse diálogo. Vamos retomar". Mais tarde, fiquei chateado por ter permitido que a incredulidade de Mel me causasse vergonha e frustração. Quando chegamos para uma nova tomada, acho que minha zanga era aparente. Senti o braço de John no meu ombro: "Pullman, quer mais um donut? Melhor não ficar vermelho agora. E nem azul [triste] mais tarde". A risadinha e a piscada dele me acalmaram. Retomei o controle. No dia seguinte, Mel me recebeu no estúdio com um abraço. Jamais esqueci a generosidade de John Candy. Ele me mostrou como liderar com gentileza, me deu uma força quando precisei. Tradução de PAULO MIGLIACCI.
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Morre Shimon Peres, Nobel da Paz e presidente de Israel de 2007 a 2014
Décadas mais velho do que o próprio Estado que passou a representar, como ícone político e patrono da paz, Shimon Peres morreu nesta quarta-feira (28) —noite de terça no Brasil—, aos 93 anos. Ele foi premiê de Israel por três vezes nos anos 70, 80 e 90 e presidente entre 2007 e 2014. A informação da morte de Peres, que estava no hospital havia duas semanas, foi confirmada pela agência de notícias oficial do governo de Israel. Ele deixa como rastro um longo caminho durante o qual ocupou cargos em diferentes níveis, governos e ideologias, construindo uma imagem complexa de si mesmo. Para a memória mais imediata, principalmente na das gerações recentes, Peres se coloca entre os pacificadores e líderes carismáticos. Ele fundou um centro para a promoção da tolerância que leva seu nome e inclui, em seu currículo, um Nobel da Paz recebido em 1994 pelas negociações que levaram aos Acordos de Oslo. Mas, como o Estado de Israel, o presidente tem uma trajetória que vai além da imagem política. Ele é apontado não apenas como prócer da coexistência entre israelenses e palestinos, sobre a qual discursa ao redor do mundo, mas também como mentor da campanha militar do Sinai, em 1956, e como idealizador da política de assentamentos que, hoje, é apontada como um dos principais entraves à paz no Oriente Médio. Peres nasceu em Wieniawa, no território que era então considerado polonês. Hoje, a cidade chama-se Vishniev e está dentro das fronteiras de Belarus. O presidente testemunhou, pouco depois, outra alteração territorial, pois migrou com sua família aos 11 anos à Palestina do Mandato Britânico —mas o território passou a ser o Estado de Israel em 1948, após conflitos regionais. Nos anos entre sua imigração e a formação do país que um dia governaria, tanto como premiê quanto como presidente, Peres cresceu em Tel Aviv e nos "kibutzim" (comunidades agrícolas) Geva e Alumot, onde trabalhou como fazendeiro e pastor. Ele foi eleito, em 1943, secretário do movimento juvenil Trabalhista-Sionista. Em 1945, casou-se com sua namorada Sonya, com quem teve, ao longo da vida, três filhos. Em 1947, Peres foi recrutado pelo líder carismático David Ben-Gurion (1886-1973) —a partir de então seu mentor político— para as fileiras da Haganah, embrião das futuras Forças de Defesa de Israel. Aos 24 anos, nos últimos desdobramentos da guerra pela independência israelense, foi escolhido chefe da Marinha e, em seguida, diretor da delegação do Ministério da Defesa aos EUA. No país, estudou na Escola de Nova York para a Pesquisa Social e na Universidade Harvard. A carreira de Peres seguiu na senda militar. Ele foi promovido em 1953 a diretor-geral do Ministério da Defesa. Mantido no cargo até 1959, ele ajudou a moldar o programa nuclear israelense e a planejar a operação no deserto do Sinai, em 1956. Durante esse período, Peres foi um dos responsáveis por estreitar os laços entre Israel e a França no campo militar. A guinada para apontar sua imagem como líder político veio em 1959, quando foi eleito ao Parlamento israelense. Peres assistiu à história de Israel, nos anos seguintes, sentado nas cadeiras de diversas posições no governo, atuando como ministro da Absorção de Imigrantes, de Transporte e Comunicações, da Informação e, mais uma vez, da Defesa. Autor da política de aproximação entre Israel e a população ao sul do Líbano, Peres tornou-se primeiro-ministro interino por dois meses, após a renúncia de Yitzhak Rabin (1922-1995), em 1977. O posto abriu caminho para que fosse escolhido depois, em 1984, como premiê do governo de unidade nacional, após duas derrotas nas urnas. Na sequência das eleições de 1992, Peres tornou-se chanceler israelense, período durante o qual ajudou a articular as negociações dos Acordos de Oslo. A proposta para a paz entre israelenses e palestinos, hoje considerada um fracasso por nunca ter atingido seus objetivos, lhe rendeu à época o Nobel da Paz de 1994, ao lado de Rabin e do líder palestino Yasser Arafat (1929-2004). É a partir desse período que Peres passa a construir sua imagem em torno da coexistência entre palestinos e israelenses, uma formulação que ainda não convence parte de seus detratores, que lembravam-se nos últimos dias —durante a internação do político— de sua participação em conflitos. Em 1994, foi assinada a paz com a Jordânia. Deu-se início, também, à campanha pela melhora nas relações com os demais Estados árabes na região. Peres voltou ao cargo de premiê em 1995 após o assassinato de Rabin por um extremista judeu, em desacordo contra os Acordos de Oslo. A onda de violência minava, nesse período, as perspectivas da paz na região, corroendo o texto antes assinado. Já identificado com o tema, Peres fundou, em 1996, o Centro Peres para a Paz, que tem hoje sua sede em um elegante prédio diante do Mediterrâneo, na área metropolitana de Tel Aviv. Nos anos seguintes, o político voltou a ocupar cargos no governo, incluindo o Parlamento, a chancelaria e o posto de vice-premiê. Em 2007, Peres foi eleito o nono presidente do Estado de Israel, para um mandato de sete anos. Ele foi substituído no cargo, em 2014, por Reuven Rivlin. Em longa entrevista à Folha, em outubro de 2013, ele insistiu que, apesar da idade, não cederia ao pessimismo daqueles que acreditam não ser possível estabelecer a paz entre israelenses e palestinos. Havia, para o então presidente israelense, duas questões em que devemos fechar os olhos e nos entregar. "O amor e a paz", afirmou à reportagem. Três anos depois, ele morreu em um Estado ainda em conflito. * CRONOLOGIA Veja as datas mais marcantes de Peres 2.ago.1923 Nasce na Polônia 1934 Emigra com a família para a Palestina, então administrada pelo Reino Unido 1945 Casa-se com Sonya Gelma 1953 Torna-se o mais jovem diretor-geral do Ministério da Defesa de Israel até hoje 1959 É eleito para o Knesset, o Parlamento israelense 1974 Torna-se ministro da Defesa no governo de Yitzhak Rabin 1984 Torna-se primeiro-ministro de Israel, posto que exerce até 1986 1994 Recebe o Nobel da Paz junto a Yitzhak Rabin e Yasser Arafat 1995 Após o assassinato de Rabin, volta a assumir, durante oito meses, o governo de Israel 2007 Assume a Presidência de Israel, cargo de caráter cerimonial que ocupa até 2014
mundo
Morre Shimon Peres, Nobel da Paz e presidente de Israel de 2007 a 2014Décadas mais velho do que o próprio Estado que passou a representar, como ícone político e patrono da paz, Shimon Peres morreu nesta quarta-feira (28) —noite de terça no Brasil—, aos 93 anos. Ele foi premiê de Israel por três vezes nos anos 70, 80 e 90 e presidente entre 2007 e 2014. A informação da morte de Peres, que estava no hospital havia duas semanas, foi confirmada pela agência de notícias oficial do governo de Israel. Ele deixa como rastro um longo caminho durante o qual ocupou cargos em diferentes níveis, governos e ideologias, construindo uma imagem complexa de si mesmo. Para a memória mais imediata, principalmente na das gerações recentes, Peres se coloca entre os pacificadores e líderes carismáticos. Ele fundou um centro para a promoção da tolerância que leva seu nome e inclui, em seu currículo, um Nobel da Paz recebido em 1994 pelas negociações que levaram aos Acordos de Oslo. Mas, como o Estado de Israel, o presidente tem uma trajetória que vai além da imagem política. Ele é apontado não apenas como prócer da coexistência entre israelenses e palestinos, sobre a qual discursa ao redor do mundo, mas também como mentor da campanha militar do Sinai, em 1956, e como idealizador da política de assentamentos que, hoje, é apontada como um dos principais entraves à paz no Oriente Médio. Peres nasceu em Wieniawa, no território que era então considerado polonês. Hoje, a cidade chama-se Vishniev e está dentro das fronteiras de Belarus. O presidente testemunhou, pouco depois, outra alteração territorial, pois migrou com sua família aos 11 anos à Palestina do Mandato Britânico —mas o território passou a ser o Estado de Israel em 1948, após conflitos regionais. Nos anos entre sua imigração e a formação do país que um dia governaria, tanto como premiê quanto como presidente, Peres cresceu em Tel Aviv e nos "kibutzim" (comunidades agrícolas) Geva e Alumot, onde trabalhou como fazendeiro e pastor. Ele foi eleito, em 1943, secretário do movimento juvenil Trabalhista-Sionista. Em 1945, casou-se com sua namorada Sonya, com quem teve, ao longo da vida, três filhos. Em 1947, Peres foi recrutado pelo líder carismático David Ben-Gurion (1886-1973) —a partir de então seu mentor político— para as fileiras da Haganah, embrião das futuras Forças de Defesa de Israel. Aos 24 anos, nos últimos desdobramentos da guerra pela independência israelense, foi escolhido chefe da Marinha e, em seguida, diretor da delegação do Ministério da Defesa aos EUA. No país, estudou na Escola de Nova York para a Pesquisa Social e na Universidade Harvard. A carreira de Peres seguiu na senda militar. Ele foi promovido em 1953 a diretor-geral do Ministério da Defesa. Mantido no cargo até 1959, ele ajudou a moldar o programa nuclear israelense e a planejar a operação no deserto do Sinai, em 1956. Durante esse período, Peres foi um dos responsáveis por estreitar os laços entre Israel e a França no campo militar. A guinada para apontar sua imagem como líder político veio em 1959, quando foi eleito ao Parlamento israelense. Peres assistiu à história de Israel, nos anos seguintes, sentado nas cadeiras de diversas posições no governo, atuando como ministro da Absorção de Imigrantes, de Transporte e Comunicações, da Informação e, mais uma vez, da Defesa. Autor da política de aproximação entre Israel e a população ao sul do Líbano, Peres tornou-se primeiro-ministro interino por dois meses, após a renúncia de Yitzhak Rabin (1922-1995), em 1977. O posto abriu caminho para que fosse escolhido depois, em 1984, como premiê do governo de unidade nacional, após duas derrotas nas urnas. Na sequência das eleições de 1992, Peres tornou-se chanceler israelense, período durante o qual ajudou a articular as negociações dos Acordos de Oslo. A proposta para a paz entre israelenses e palestinos, hoje considerada um fracasso por nunca ter atingido seus objetivos, lhe rendeu à época o Nobel da Paz de 1994, ao lado de Rabin e do líder palestino Yasser Arafat (1929-2004). É a partir desse período que Peres passa a construir sua imagem em torno da coexistência entre palestinos e israelenses, uma formulação que ainda não convence parte de seus detratores, que lembravam-se nos últimos dias —durante a internação do político— de sua participação em conflitos. Em 1994, foi assinada a paz com a Jordânia. Deu-se início, também, à campanha pela melhora nas relações com os demais Estados árabes na região. Peres voltou ao cargo de premiê em 1995 após o assassinato de Rabin por um extremista judeu, em desacordo contra os Acordos de Oslo. A onda de violência minava, nesse período, as perspectivas da paz na região, corroendo o texto antes assinado. Já identificado com o tema, Peres fundou, em 1996, o Centro Peres para a Paz, que tem hoje sua sede em um elegante prédio diante do Mediterrâneo, na área metropolitana de Tel Aviv. Nos anos seguintes, o político voltou a ocupar cargos no governo, incluindo o Parlamento, a chancelaria e o posto de vice-premiê. Em 2007, Peres foi eleito o nono presidente do Estado de Israel, para um mandato de sete anos. Ele foi substituído no cargo, em 2014, por Reuven Rivlin. Em longa entrevista à Folha, em outubro de 2013, ele insistiu que, apesar da idade, não cederia ao pessimismo daqueles que acreditam não ser possível estabelecer a paz entre israelenses e palestinos. Havia, para o então presidente israelense, duas questões em que devemos fechar os olhos e nos entregar. "O amor e a paz", afirmou à reportagem. Três anos depois, ele morreu em um Estado ainda em conflito. * CRONOLOGIA Veja as datas mais marcantes de Peres 2.ago.1923 Nasce na Polônia 1934 Emigra com a família para a Palestina, então administrada pelo Reino Unido 1945 Casa-se com Sonya Gelma 1953 Torna-se o mais jovem diretor-geral do Ministério da Defesa de Israel até hoje 1959 É eleito para o Knesset, o Parlamento israelense 1974 Torna-se ministro da Defesa no governo de Yitzhak Rabin 1984 Torna-se primeiro-ministro de Israel, posto que exerce até 1986 1994 Recebe o Nobel da Paz junto a Yitzhak Rabin e Yasser Arafat 1995 Após o assassinato de Rabin, volta a assumir, durante oito meses, o governo de Israel 2007 Assume a Presidência de Israel, cargo de caráter cerimonial que ocupa até 2014
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Obra que esteve na Bienal de SP causa polêmica em Barcelona
A instalação "Haute Couture 04 Transport", que esteve na última edição da Bienal de Arte de São Paulo, motivou uma polêmica no Macba (Museu de Arte Contemporânea de Barcelona), na Espanha. A abertura da mostra "La Bestia y El Soberano", em que a obra será exibida, havia sido cancelada pelo diretor da instituição, Bartomeu Marí. Porém, pressionado por artistas e pela imprensa especializada, ele voltou atrás e anunciou nesta sexta (20) que "Haute Couture" será exposta no museu a partir deste sábado (21). Assinada pela austríaca Ines Doujak e pelo britânico John Barker, a instalação foi uma das obras mais impactantes da 31ª Bienal de São Paulo. Aqui, a obra chegou a ser escondida com um tapume e tinha censura etária mínima de 18 anos. Feita de papel machê, retrata um pastor alemão que sodomiza Domitila Barrios de Chúngara, líder boliviana, que também penetra o ex-rei espanhol Juan Carlos – o que motivou a polêmica na Espanha. "Diante da praticamente unanimidade de vozes e associações profissionais e setoriais, entidades e indivíduos exigindo a abertura da exposição 'La Bestia y El Soberano', decidi que ela estará acessível ao público a partir de amanhã, sábado, 21 de março. Se inicialmente pensei que a inclusão da obra de Ines Doujak ou a não abertura da mostra protegeria o Macba como instituição cultural dedicada ao serviço público, as consequências disso foram diferentes do esperado. A publicidade dada à obra e as opiniões emitidas por diferentes setores da sociedade, do mundo da arte e da cultura até a política e a imprensa, assim como os profissionais internacionais da arte, me fizeram reconsiderar a decisão inicial de não inaugurá-la", escreveu Marí em carta aberta divulgada pelo jornal "El País". O diretor do museu está recebendo críticas por ter cancelado a mostra na terça (18), a poucos dias da abertura. A artista Ines Doujak argumentou que ele sabia desde fevereiro que sua obra estaria em "La Bestia y El Soberano". Segundo o "El País", os pedidos de demissão de Bartomeu Marí têm aumentado tanto entre profissionais e associações ligadas à arte como nas redes sociais. Os funcionários do Macba divulgaram uma nota em que advogam pela revisão do modo como a instituição, que dizem viver um momento de "fragilidade e incerteza", é dirigida.
ilustrada
Obra que esteve na Bienal de SP causa polêmica em BarcelonaA instalação "Haute Couture 04 Transport", que esteve na última edição da Bienal de Arte de São Paulo, motivou uma polêmica no Macba (Museu de Arte Contemporânea de Barcelona), na Espanha. A abertura da mostra "La Bestia y El Soberano", em que a obra será exibida, havia sido cancelada pelo diretor da instituição, Bartomeu Marí. Porém, pressionado por artistas e pela imprensa especializada, ele voltou atrás e anunciou nesta sexta (20) que "Haute Couture" será exposta no museu a partir deste sábado (21). Assinada pela austríaca Ines Doujak e pelo britânico John Barker, a instalação foi uma das obras mais impactantes da 31ª Bienal de São Paulo. Aqui, a obra chegou a ser escondida com um tapume e tinha censura etária mínima de 18 anos. Feita de papel machê, retrata um pastor alemão que sodomiza Domitila Barrios de Chúngara, líder boliviana, que também penetra o ex-rei espanhol Juan Carlos – o que motivou a polêmica na Espanha. "Diante da praticamente unanimidade de vozes e associações profissionais e setoriais, entidades e indivíduos exigindo a abertura da exposição 'La Bestia y El Soberano', decidi que ela estará acessível ao público a partir de amanhã, sábado, 21 de março. Se inicialmente pensei que a inclusão da obra de Ines Doujak ou a não abertura da mostra protegeria o Macba como instituição cultural dedicada ao serviço público, as consequências disso foram diferentes do esperado. A publicidade dada à obra e as opiniões emitidas por diferentes setores da sociedade, do mundo da arte e da cultura até a política e a imprensa, assim como os profissionais internacionais da arte, me fizeram reconsiderar a decisão inicial de não inaugurá-la", escreveu Marí em carta aberta divulgada pelo jornal "El País". O diretor do museu está recebendo críticas por ter cancelado a mostra na terça (18), a poucos dias da abertura. A artista Ines Doujak argumentou que ele sabia desde fevereiro que sua obra estaria em "La Bestia y El Soberano". Segundo o "El País", os pedidos de demissão de Bartomeu Marí têm aumentado tanto entre profissionais e associações ligadas à arte como nas redes sociais. Os funcionários do Macba divulgaram uma nota em que advogam pela revisão do modo como a instituição, que dizem viver um momento de "fragilidade e incerteza", é dirigida.
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Oi contratará dois bancos para assessorar a fusão com a TIM
A Oi decidiu contratar nas próximas semanas mais dois bancos para assessorá-la na possível fusão com a TIM. Além do BTG Pactual, que continuará como líder do processo, outras quatro instituições já se habilitaram. São elas: Morgan Stanley, UBS, HSBC/Santander e Barclays. Quem fechar contrato deverá liberar linhas de crédito entre US$ 500 mil e US$ 1 bilhão para ajudar na própria negociação de fusão. A contratação reflete a complexidade da operação. Mas, nos bastidores, alguns sócios resistiam à manutenção do BTG como único assessor. Essa posição se acirrou desde a prisão do banqueiro André Esteves, em novembro do ano passado. Naquele momento, avançavam as conversas com o fundo russo LetterOne, que pretende injetar US$ 4 bilhões na Oi desde que a companhia consiga fechar uma fusão com a TIM até maio deste ano. Segundo os sócios, as negociações com os russos ainda não foram concluídas. Nem mesmo o valor do investimento a ser feito pelo LetterOne está acertado. O fundo se comprometeu a injetar até US$ 4 bilhões na companhia pós-fusão, o que daria cerca de 40% de participação. Mas isso se nenhum dos sócios quiser manter sua participação investindo mais —o que seria uma forma de reduzir o peso dos russos na companhia pós-fusão. Procurado, o BTG não quis se pronunciar. NOVOS RUMOS A proposta de fusão ainda não foi fechada porque dependia das recentes alterações no comando da Telecom Italia, dona da TIM. Em meados de dezembro de 2015, a operadora italiana aprovou a entrada no conselho de quatro representantes da Vivendi, grupo francês de mídia que se tornou o maior acionista da companhia no ano passado. Agora são 17. Antes, eram 13. A Oi e o LetterOne acreditam que a Vivendi consiga pelo menos 9 dos votos para aprovar a fusão da Oi com a TIM. Até o final do ano, não estava certo de que a proposta de fusão teria maioria dos votos. Para os italianos, pode ser que a prioridade não seja a fusão com a Oi e sim reforçar investimentos na Europa. A Vivendi poderia ganhar mais se vendesse conteúdos para a TV paga. A Vivendi é dona da Universal Music. QUEM É QUEM - Dívida da Oi emperra negócio com a TIM Antes das mudanças na Telecom Italia, os termos da proposta da Oi já estavam sendo alinhavados pelo BTG em conversas de bastidores com os principais acionistas das empresas envolvidas. Os italianos precisavam manter-se no controle da operadora pós-fusão para poder lançar os resultados da operação em seu balanço. Só assim conseguiriam manter o endividamento da matriz sob controle. Mas os russos do LetterOne também querem estar no comando. A solução, ainda segundo apurou a reportagem, sairia em um acordo de governança. A proposta do BTG é a de que o comando seja definido no conselho de administração de forma similar àquela encontrada no passado, quando a Oi se juntou à Portugal Telecom (PT). Nesse acordo, a Telecom Italia poderia ter controle operacional, o que seria suficiente para registrar os resultados em seu balanço. Enquanto isso, o BNDES, que também é acionista da Oi, trabalha para convencer o governo a mudar o marco das telecomunicações, transformando os contratos de concessão em termos de autorização —o que reduziria os custos operacionais.
mercado
Oi contratará dois bancos para assessorar a fusão com a TIMA Oi decidiu contratar nas próximas semanas mais dois bancos para assessorá-la na possível fusão com a TIM. Além do BTG Pactual, que continuará como líder do processo, outras quatro instituições já se habilitaram. São elas: Morgan Stanley, UBS, HSBC/Santander e Barclays. Quem fechar contrato deverá liberar linhas de crédito entre US$ 500 mil e US$ 1 bilhão para ajudar na própria negociação de fusão. A contratação reflete a complexidade da operação. Mas, nos bastidores, alguns sócios resistiam à manutenção do BTG como único assessor. Essa posição se acirrou desde a prisão do banqueiro André Esteves, em novembro do ano passado. Naquele momento, avançavam as conversas com o fundo russo LetterOne, que pretende injetar US$ 4 bilhões na Oi desde que a companhia consiga fechar uma fusão com a TIM até maio deste ano. Segundo os sócios, as negociações com os russos ainda não foram concluídas. Nem mesmo o valor do investimento a ser feito pelo LetterOne está acertado. O fundo se comprometeu a injetar até US$ 4 bilhões na companhia pós-fusão, o que daria cerca de 40% de participação. Mas isso se nenhum dos sócios quiser manter sua participação investindo mais —o que seria uma forma de reduzir o peso dos russos na companhia pós-fusão. Procurado, o BTG não quis se pronunciar. NOVOS RUMOS A proposta de fusão ainda não foi fechada porque dependia das recentes alterações no comando da Telecom Italia, dona da TIM. Em meados de dezembro de 2015, a operadora italiana aprovou a entrada no conselho de quatro representantes da Vivendi, grupo francês de mídia que se tornou o maior acionista da companhia no ano passado. Agora são 17. Antes, eram 13. A Oi e o LetterOne acreditam que a Vivendi consiga pelo menos 9 dos votos para aprovar a fusão da Oi com a TIM. Até o final do ano, não estava certo de que a proposta de fusão teria maioria dos votos. Para os italianos, pode ser que a prioridade não seja a fusão com a Oi e sim reforçar investimentos na Europa. A Vivendi poderia ganhar mais se vendesse conteúdos para a TV paga. A Vivendi é dona da Universal Music. QUEM É QUEM - Dívida da Oi emperra negócio com a TIM Antes das mudanças na Telecom Italia, os termos da proposta da Oi já estavam sendo alinhavados pelo BTG em conversas de bastidores com os principais acionistas das empresas envolvidas. Os italianos precisavam manter-se no controle da operadora pós-fusão para poder lançar os resultados da operação em seu balanço. Só assim conseguiriam manter o endividamento da matriz sob controle. Mas os russos do LetterOne também querem estar no comando. A solução, ainda segundo apurou a reportagem, sairia em um acordo de governança. A proposta do BTG é a de que o comando seja definido no conselho de administração de forma similar àquela encontrada no passado, quando a Oi se juntou à Portugal Telecom (PT). Nesse acordo, a Telecom Italia poderia ter controle operacional, o que seria suficiente para registrar os resultados em seu balanço. Enquanto isso, o BNDES, que também é acionista da Oi, trabalha para convencer o governo a mudar o marco das telecomunicações, transformando os contratos de concessão em termos de autorização —o que reduziria os custos operacionais.
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'Financial Times' diz que Temer tem aparência gótica e vida pessoal picante
Respeitado advogado constitucionalista, experiente político de bastidor, de aparência ligeiramente gótica e dono de uma vida privada picante. É assim que o jornal britânico "Financial Times" definiu, em perfil publicado nesta quarta-feira (11), o vice-presidente Michel Temer. "Se, como esperado, Temer assumir a presidência nesta semana, ele terá que usar desse charme para colocar um país ferido pela recessão e dividido pelo ódio político de pé novamente", escreveu a publicação. A previsão lembrou uma entrevista que a mulher do vice, Marcela, deu à revista "TPM", em que disse que achou o peemedebista "charmosão" desde o primeiro encontro. "É como se ele tivesse 30 [anos]", disse Marcela. Temer, 75, é 43 anos mais velho que a mulher. O "FT" inicia o texto, publicado no dia em que o Senado vota o afastamento da presidente Dilma Rousseff, lembrando que Temer, há poucos meses, descartou o risco de a petista sofrer um processo de impeachment. Depois de definir o histórico do político –professor de Direito durante a ditadura militar, eleito três vezes presidente da Câmara e presidente do PMDB, um "frouxo agrupamento de políticos propensos ao clientelismo"–, a publicação diz que ele se manteve "low-profile" quando o processo de impeachment foi aberto, no ano passado. "Como beneficiário do movimento, ele não queria ser visto como ganancioso pelo poder. Mas cometeu gafes", diz o "FT", citando, por exemplo, o áudio em que Temer ensaiava uma fala como se o impeachment já tivesse sido aprovado –e que vazou antes da votação do processo na Câmara. O texto destaca, além do casamento com Marcela, outras passagens da vida particular do peemedebista: diz que foi casado três vezes e apelidado por um rival (o baiano Antônio Carlos Magalhães, morto em 2007) de "mordomo de filme de terror". O jornal lembra que as diferenças entre Dilma e Temer se acentuaram com a carta em que ele reclamou de ser "um vice decorativo" e com as posições econômicas de cada um, explicitadas no programa criado por ele e pelo PMDB, batizado de "Ponte para o Futuro" –definido pelo "FT" como liberal e com impactos a elementos "sagrados à esquerda", como a previdência. "Se não tivermos surpresas de última hora, o advogado constitucionalista e especialista em bastidores políticos vai assumir a tarefa de resgatar a maior economia da América Latina de uma profunda recessão e restaurar a fé pública na classe política, afetada pelo escândalo de corrupção na Petrobras", afirma o jornal. O "FT" lembra, porém, que Temer não deve ser presidente por muito tempo, citando sua promessa de não concorrer à reeleição e menções feitas a ele por investigados na Lava Jato –"ainda que ele não esteja oficialmente sob investigação e tenha negado malfeitos".
poder
'Financial Times' diz que Temer tem aparência gótica e vida pessoal picanteRespeitado advogado constitucionalista, experiente político de bastidor, de aparência ligeiramente gótica e dono de uma vida privada picante. É assim que o jornal britânico "Financial Times" definiu, em perfil publicado nesta quarta-feira (11), o vice-presidente Michel Temer. "Se, como esperado, Temer assumir a presidência nesta semana, ele terá que usar desse charme para colocar um país ferido pela recessão e dividido pelo ódio político de pé novamente", escreveu a publicação. A previsão lembrou uma entrevista que a mulher do vice, Marcela, deu à revista "TPM", em que disse que achou o peemedebista "charmosão" desde o primeiro encontro. "É como se ele tivesse 30 [anos]", disse Marcela. Temer, 75, é 43 anos mais velho que a mulher. O "FT" inicia o texto, publicado no dia em que o Senado vota o afastamento da presidente Dilma Rousseff, lembrando que Temer, há poucos meses, descartou o risco de a petista sofrer um processo de impeachment. Depois de definir o histórico do político –professor de Direito durante a ditadura militar, eleito três vezes presidente da Câmara e presidente do PMDB, um "frouxo agrupamento de políticos propensos ao clientelismo"–, a publicação diz que ele se manteve "low-profile" quando o processo de impeachment foi aberto, no ano passado. "Como beneficiário do movimento, ele não queria ser visto como ganancioso pelo poder. Mas cometeu gafes", diz o "FT", citando, por exemplo, o áudio em que Temer ensaiava uma fala como se o impeachment já tivesse sido aprovado –e que vazou antes da votação do processo na Câmara. O texto destaca, além do casamento com Marcela, outras passagens da vida particular do peemedebista: diz que foi casado três vezes e apelidado por um rival (o baiano Antônio Carlos Magalhães, morto em 2007) de "mordomo de filme de terror". O jornal lembra que as diferenças entre Dilma e Temer se acentuaram com a carta em que ele reclamou de ser "um vice decorativo" e com as posições econômicas de cada um, explicitadas no programa criado por ele e pelo PMDB, batizado de "Ponte para o Futuro" –definido pelo "FT" como liberal e com impactos a elementos "sagrados à esquerda", como a previdência. "Se não tivermos surpresas de última hora, o advogado constitucionalista e especialista em bastidores políticos vai assumir a tarefa de resgatar a maior economia da América Latina de uma profunda recessão e restaurar a fé pública na classe política, afetada pelo escândalo de corrupção na Petrobras", afirma o jornal. O "FT" lembra, porém, que Temer não deve ser presidente por muito tempo, citando sua promessa de não concorrer à reeleição e menções feitas a ele por investigados na Lava Jato –"ainda que ele não esteja oficialmente sob investigação e tenha negado malfeitos".
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Inflação na zona do euro avança em julho com pressão de alimentos
A inflação subiu mais do que o esperado na zona do euro em julho, devido principalmente aos preços mais altos de alimentos, álcool e tabaco, de acordo com a primeira estimativa da Eurostat, agência de estatísticas da UE, divulgada nesta sexta-feira (29). A Eurostat informou que a inflação nos 19 países que usam o euro subiu 0,2% na comparação anual em julho. Em junho, o avanço havia sido de 0,1%. Economistas consultados pela Reuters esperavam que a inflação permanecesse em 0,1%. O núcleo da inflação, que de acordo com a definição do Banco Central Europeu exclui os componentes mais voláteis de alimentos não processados e energia, permaneceu em 0,8%, em linha com as expectativas do mercado.
mercado
Inflação na zona do euro avança em julho com pressão de alimentosA inflação subiu mais do que o esperado na zona do euro em julho, devido principalmente aos preços mais altos de alimentos, álcool e tabaco, de acordo com a primeira estimativa da Eurostat, agência de estatísticas da UE, divulgada nesta sexta-feira (29). A Eurostat informou que a inflação nos 19 países que usam o euro subiu 0,2% na comparação anual em julho. Em junho, o avanço havia sido de 0,1%. Economistas consultados pela Reuters esperavam que a inflação permanecesse em 0,1%. O núcleo da inflação, que de acordo com a definição do Banco Central Europeu exclui os componentes mais voláteis de alimentos não processados e energia, permaneceu em 0,8%, em linha com as expectativas do mercado.
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Anglo American descarta novos investimentos no projeto Minas-Rio
A mineradora Anglo American disse nesta terça-feira (16) que planeja vender seu negócio de níquel e descartou realizar novos investimentos no projeto de minério de ferro Minas-Rio. As medidas fazem parte de uma revisão estratégica abrangente para enfrentar a queda dos preços das commodities. A empresa planeja se concentrar no seu negócio de diamantes De Beers e nas operações de platina e cobre, em uma tentativa de livrar-se de commodities de menor valor, que têm dado prejuízo. A companhia também registrou uma baixa contábil de US$ 5,7 bilhões em seus ativos devido às condições ruins de mercado, incluindo US$ 2,5 bilhões no projeto Minas-Rio, que integra extração em Minas Gerais e um porto no litoral do Rio de Janeiro. A Anglo, quinta maior mineradora global diversificada, quer obter até US$ 4 bilhões com a venda de ativos em 2016 e reduzir sua dívida líquida para menos de US$ 10 bilhões até o fim do ano. "Nós estamos tomando ações decisivas para melhorar a sustentabilidade de nosso fluxo de caixa e reduzir substancialmente a dívida líquida, enquanto focamos nos nossos ativos mais competitivos", disse o presidente-executivo Mark Cutifani, acrescentando que não há pressa na venda dos ativos. A companhia planeja manter apenas 16 ativos principais, ante 45 anteriormente, e espera cortar 78 mil postos em sua força de trabalho, ante 128 mil, principalmente devido à venda dos ativos. Contudo, analistas disseram que pode ser difícil encontrar compradores para ativos nas atuais condições de mercado. "Nós sugerimos em maio do ano passado que a Anglo saísse de seu portfólio de minério de ferro, mas infelizmente ela está fazendo isso agora em um ambiente consideravelmente mais fraco para as commodities", disse a Investec em nota. A Anglo detém cerca de 70% da Kumba Iron Ore (KIO), maior produtora de minério da África, que está avaliada em US$ 4,6 bilhões, segundo dados da Thomson Reuters. A Anglo disse que começou a analisar opções para sair da KIO e que analisa ainda opções para vender o Minas-Rio daqui aproximadamente três anos. A Anglo anunciou também nesta terça-feira lucro antes dos juros e tributos (Ebit) recorrente de US$ 2,2 bilhões no último ano fiscal, queda anual de 55%, acima das expectativas médias de analistas ouvidos em uma pesquisa da Thomson Reuters, de US$ 1,5 bilhão.
mercado
Anglo American descarta novos investimentos no projeto Minas-RioA mineradora Anglo American disse nesta terça-feira (16) que planeja vender seu negócio de níquel e descartou realizar novos investimentos no projeto de minério de ferro Minas-Rio. As medidas fazem parte de uma revisão estratégica abrangente para enfrentar a queda dos preços das commodities. A empresa planeja se concentrar no seu negócio de diamantes De Beers e nas operações de platina e cobre, em uma tentativa de livrar-se de commodities de menor valor, que têm dado prejuízo. A companhia também registrou uma baixa contábil de US$ 5,7 bilhões em seus ativos devido às condições ruins de mercado, incluindo US$ 2,5 bilhões no projeto Minas-Rio, que integra extração em Minas Gerais e um porto no litoral do Rio de Janeiro. A Anglo, quinta maior mineradora global diversificada, quer obter até US$ 4 bilhões com a venda de ativos em 2016 e reduzir sua dívida líquida para menos de US$ 10 bilhões até o fim do ano. "Nós estamos tomando ações decisivas para melhorar a sustentabilidade de nosso fluxo de caixa e reduzir substancialmente a dívida líquida, enquanto focamos nos nossos ativos mais competitivos", disse o presidente-executivo Mark Cutifani, acrescentando que não há pressa na venda dos ativos. A companhia planeja manter apenas 16 ativos principais, ante 45 anteriormente, e espera cortar 78 mil postos em sua força de trabalho, ante 128 mil, principalmente devido à venda dos ativos. Contudo, analistas disseram que pode ser difícil encontrar compradores para ativos nas atuais condições de mercado. "Nós sugerimos em maio do ano passado que a Anglo saísse de seu portfólio de minério de ferro, mas infelizmente ela está fazendo isso agora em um ambiente consideravelmente mais fraco para as commodities", disse a Investec em nota. A Anglo detém cerca de 70% da Kumba Iron Ore (KIO), maior produtora de minério da África, que está avaliada em US$ 4,6 bilhões, segundo dados da Thomson Reuters. A Anglo disse que começou a analisar opções para sair da KIO e que analisa ainda opções para vender o Minas-Rio daqui aproximadamente três anos. A Anglo anunciou também nesta terça-feira lucro antes dos juros e tributos (Ebit) recorrente de US$ 2,2 bilhões no último ano fiscal, queda anual de 55%, acima das expectativas médias de analistas ouvidos em uma pesquisa da Thomson Reuters, de US$ 1,5 bilhão.
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Enem 2017 tem 6,1 mi de inscrições confirmadas, menor nº desde 2013
O Enem já tem 6,1 milhões de inscrições confirmadas, segundo dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). O número é menor que o registrado nas últimas quatro edições do exame –em 2016, foram 8,6 milhões de confirmados. O total de inscritos neste ano chegou a 7.603.290, mas nem todos confirmaram a inscrição. Ainda há 1,4 milhão de candidatos que têm até o dia 25 de junho para apresentar recurso requisitando a isenção do pagamento de taxa de inscrição, que neste ano é de R$ 82. A isenção continua a ser concedida automaticamente àqueles que completaram o ensino médio em escola pública, que representam 24,2% dos inscritos desta edição. A partir deste ano, porém, candidatos de baixa renda que não se enquadram nesse grupo precisam apresentar o número de cadastro no CadÚnico, plataforma do Ministério de Desenvolvimento Social. Até então, a gratuidade na inscrição era solicitada apenas por meio de autodeclaração de baixa renda. A diretora de gestão e planejamento do órgão, Eunice Santos, aponta que a mudança pode ser a causa do aumento no número de pessoas que se inscreveram, mas não pagaram a taxa, impossibilitando a realização do exame. No ano passado, foram 648 mil pessoas nessa condição, enquanto neste ano chega a 1,4 milhão. Apesar disso, o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE) afirmou, em entrevista coletiva, que "quem tiver direito [à isenção], terá esse direito preservado e assegurado". Segundo a presidente do Inep, Maria Inês Fini, os candidatos que tiverem recurso indeferido não poderão pagar a taxa de inscrição, e estarão excluídos do exame. Já aqueles que pleiteiam a isenção, mas já pagaram o boleto, não terão seu dinheiro devolvido mesmo caso seja constatado que se encaixam nos critérios sociais. ATENDIMENTO ESPECIALIZADO Outro procedimento que mudou no Enem 2017 é o de solicitação de atendimento especializado. Neste ano, os candidatos com algum tipo de necessidade especial para a realização da prova tiveram de anexar laudos médicos já no ato da inscrição –antes, ele era levado à porta do exame. Foram 52.270 solicitações, sendo 13 mil por deficiência física, 8.349 por déficit de atenção e 4.957 por deficiência auditiva. Além disso, foram indeferidos 5.605 pedidos. A prova em vídeo-libras, que será aplicada pela primeira vez, foi solicitada por 1.897 participantes, que receberão ainda o caderno de questões, em uma prova adaptada para deficientes auditivos.
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Enem 2017 tem 6,1 mi de inscrições confirmadas, menor nº desde 2013O Enem já tem 6,1 milhões de inscrições confirmadas, segundo dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). O número é menor que o registrado nas últimas quatro edições do exame –em 2016, foram 8,6 milhões de confirmados. O total de inscritos neste ano chegou a 7.603.290, mas nem todos confirmaram a inscrição. Ainda há 1,4 milhão de candidatos que têm até o dia 25 de junho para apresentar recurso requisitando a isenção do pagamento de taxa de inscrição, que neste ano é de R$ 82. A isenção continua a ser concedida automaticamente àqueles que completaram o ensino médio em escola pública, que representam 24,2% dos inscritos desta edição. A partir deste ano, porém, candidatos de baixa renda que não se enquadram nesse grupo precisam apresentar o número de cadastro no CadÚnico, plataforma do Ministério de Desenvolvimento Social. Até então, a gratuidade na inscrição era solicitada apenas por meio de autodeclaração de baixa renda. A diretora de gestão e planejamento do órgão, Eunice Santos, aponta que a mudança pode ser a causa do aumento no número de pessoas que se inscreveram, mas não pagaram a taxa, impossibilitando a realização do exame. No ano passado, foram 648 mil pessoas nessa condição, enquanto neste ano chega a 1,4 milhão. Apesar disso, o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE) afirmou, em entrevista coletiva, que "quem tiver direito [à isenção], terá esse direito preservado e assegurado". Segundo a presidente do Inep, Maria Inês Fini, os candidatos que tiverem recurso indeferido não poderão pagar a taxa de inscrição, e estarão excluídos do exame. Já aqueles que pleiteiam a isenção, mas já pagaram o boleto, não terão seu dinheiro devolvido mesmo caso seja constatado que se encaixam nos critérios sociais. ATENDIMENTO ESPECIALIZADO Outro procedimento que mudou no Enem 2017 é o de solicitação de atendimento especializado. Neste ano, os candidatos com algum tipo de necessidade especial para a realização da prova tiveram de anexar laudos médicos já no ato da inscrição –antes, ele era levado à porta do exame. Foram 52.270 solicitações, sendo 13 mil por deficiência física, 8.349 por déficit de atenção e 4.957 por deficiência auditiva. Além disso, foram indeferidos 5.605 pedidos. A prova em vídeo-libras, que será aplicada pela primeira vez, foi solicitada por 1.897 participantes, que receberão ainda o caderno de questões, em uma prova adaptada para deficientes auditivos.
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Preparativo de execuções na Indonésia está quase pronto, diz procurador
A Indonésia está próxima de executar por pelotão de fuzilamento nove estrangeiros e um indonésio condenados por tráfico de drogas, enquanto persistem disputas diplomáticas sobre as execuções. A data ainda não foi divulgada. Entre os possíveis executados está o brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42, preso em 2004 ao tentar entrar no país com 6 kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe. O preparo do local de execução está concluído, disse o procurador-geral Muhammad Prasetyo em Jacarta nesta terça-feira (3). Havia a necessidade de ampliar de cinco para dez as celas de isolamento da prisão de Besi, no complexo de penitenciária de Nusakambangan, na cidade de Cilacap, a 400 km de Jacarta. Também foi necessário escolher um local que comportasse dez pelotões de fuzilamento –um para cada condenado à morte. BRASILEIRO Nesta terça, Gularte foi examinado por uma junta médica enviada pela Procuradoria. O órgão quer verificar se o brasileiro tem de fato esquizofrenia, como constataram dois exames anteriores, um a pedido da defesa e outro por médico credenciado pelo próprio governo indonésio. A resposta do exame é esperada para esta quarta-feira (4). A depender do resultado, Gularte pode ser executado ou ter a execução suspensa. Prasetyo tem dito que o fato de o brasileiro estar doente não impede, pelas leis da Indonésia, que ele seja fuzilado, mas que esperará pelo resultado do exame a que Gularte foi submetido.
cotidiano
Preparativo de execuções na Indonésia está quase pronto, diz procuradorA Indonésia está próxima de executar por pelotão de fuzilamento nove estrangeiros e um indonésio condenados por tráfico de drogas, enquanto persistem disputas diplomáticas sobre as execuções. A data ainda não foi divulgada. Entre os possíveis executados está o brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42, preso em 2004 ao tentar entrar no país com 6 kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe. O preparo do local de execução está concluído, disse o procurador-geral Muhammad Prasetyo em Jacarta nesta terça-feira (3). Havia a necessidade de ampliar de cinco para dez as celas de isolamento da prisão de Besi, no complexo de penitenciária de Nusakambangan, na cidade de Cilacap, a 400 km de Jacarta. Também foi necessário escolher um local que comportasse dez pelotões de fuzilamento –um para cada condenado à morte. BRASILEIRO Nesta terça, Gularte foi examinado por uma junta médica enviada pela Procuradoria. O órgão quer verificar se o brasileiro tem de fato esquizofrenia, como constataram dois exames anteriores, um a pedido da defesa e outro por médico credenciado pelo próprio governo indonésio. A resposta do exame é esperada para esta quarta-feira (4). A depender do resultado, Gularte pode ser executado ou ter a execução suspensa. Prasetyo tem dito que o fato de o brasileiro estar doente não impede, pelas leis da Indonésia, que ele seja fuzilado, mas que esperará pelo resultado do exame a que Gularte foi submetido.
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Com quatro na seleção, Corinthians tem jogo contra o Vasco transferido
Após optar por não mudar a data dos jogos deste fim de semana do Campeonato Brasileiro, o que pode fazer com que o Corinthians comemore o título fora de campo, a CBF anunciou mudança na partida seguinte da equipe alvinegra. O jogo entre Corinthians e Vasco, na 35ª rodada, passou de quarta (18) para quinta (19). O duelo será no Rio, às 22h, ainda sem local definido. A partida do Santos diante do Flamengo, na Vila Belmiro, foi transferida para o mesmo dia e horário. As duas equipes paulistas haviam solicitado as alterações por cederem jogadores à seleção brasileira. Na terça (17), o Brasil jogará contra o Peru, em Salvador, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo-2018. Os corintianos Cássio, Gil, Elias e Renato Augusto foram convocados pelo técnico Dunga, assim como os santistas Lucas Lima e Ricardo Oliveira. A CBF atendeu ao pedido da Rede Globo e alterou a data de São Paulo x Atlético Mineiro. A partida também será disputada às 22h do dia 19. Caso o Corinthians não seja campeão neste fim de semana, terá a segunda chance no mesmo dia em que joga seu rival direto. A última alteração foi no jogo entre Cruzeiro e Sport, antecipado para o dia 15 de novembro, às 17h. O clube celeste informou que o Mineirão receberá um espetáculo musical no dia 18 de novembro, data em que a partida estava previamente marcada.
esporte
Com quatro na seleção, Corinthians tem jogo contra o Vasco transferidoApós optar por não mudar a data dos jogos deste fim de semana do Campeonato Brasileiro, o que pode fazer com que o Corinthians comemore o título fora de campo, a CBF anunciou mudança na partida seguinte da equipe alvinegra. O jogo entre Corinthians e Vasco, na 35ª rodada, passou de quarta (18) para quinta (19). O duelo será no Rio, às 22h, ainda sem local definido. A partida do Santos diante do Flamengo, na Vila Belmiro, foi transferida para o mesmo dia e horário. As duas equipes paulistas haviam solicitado as alterações por cederem jogadores à seleção brasileira. Na terça (17), o Brasil jogará contra o Peru, em Salvador, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo-2018. Os corintianos Cássio, Gil, Elias e Renato Augusto foram convocados pelo técnico Dunga, assim como os santistas Lucas Lima e Ricardo Oliveira. A CBF atendeu ao pedido da Rede Globo e alterou a data de São Paulo x Atlético Mineiro. A partida também será disputada às 22h do dia 19. Caso o Corinthians não seja campeão neste fim de semana, terá a segunda chance no mesmo dia em que joga seu rival direto. A última alteração foi no jogo entre Cruzeiro e Sport, antecipado para o dia 15 de novembro, às 17h. O clube celeste informou que o Mineirão receberá um espetáculo musical no dia 18 de novembro, data em que a partida estava previamente marcada.
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Não haverá trocas ministeriais antes de votação do impeachment, diz Dilma
A presidente Dilma Rousseff decidiu seguir recomendação de peemedebistas governistas e anunciou que não fará qualquer mudança ministerial antes da votação do impeachment no plenário da Câmara dos Deputados. A possibilidade era avaliada desde a semana passada pela petista e foi tomada após o PR e o PP informarem ao Palácio do Planalto na segunda-feira (4) que há ainda dissidências internas nas bancadas dos partidos na Câmara para que aumentem seus espaços na Esplanada dos Ministérios. O adiamento, no entanto, apesar de garantir o apoio de setores peemedebistas contra o impeachment, é avaliado como arriscado por assessores presidenciais, para os quais ele pode estimular traições dentro do PP e do PR. "O Palácio do Planalto não pretende transformar qualquer reestruturação ministerial antes de qualquer processo de votação na Câmara. Nós não queremos mexer em nada atualmente", disse a presidente, após visita a um avião de carga da Embraer. Ela afirmou ainda que o Ministério da Educação "não está em questão" no varejo de cargos para barrar o processo de afastamento da petista e avaliou a possibilidade como uma "especulação". A oferta da pasta ao PP chegou a ser avaliada pelo Palácio do Planalto como uma possibilidade de manter o peemedebista Marcelo Castro à frente do Ministério da Saúde, uma reivindicação feita pela bancada do PMDB na Câmara para garantir de 20 a 25 votos contra o impeachment. Inicialmente, a pasta da Saúde chegou a ser oferecido ao PP, mas, pela pressão do PMDB, o governo federal ensaiou um recuo. A presidente não quis fazer avaliação se a saída do partido do governo foi precipitada, como afirmou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). NOVAS ELEIÇÕES A presidente Dilma Rousseff também fez uma provocação em relação à proposta do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) de realizar novas eleições presidenciais neste ano, o que tem sido defendido também por parlamentares do PSB, PPS e Rede. A presidente disse nem rechaçar nem aceitar a iniciativa, mas ressaltou que só discutirá o assunto quando tanto a Câmara dos Deputados como o Senado aceitarem também participar de um processo eleitoral antecipado. "Convence a Câmara e o Senado de abrirem mão de seus mandatos. Aí, vem conversar comigo", disse Dilma. Ela avaliou ainda como "lamentável" a tentativa de transformar as chamadas "pedaladas fiscais" em motivo para impeachment. Segundo a presidente, esse argumento transforma o processo em uma tentativa de golpe. Ela lembrou que os veículos de comunicação noticiaram que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou o pedido de impeachment no mesmo dia em que a bancada petista decidiu votar favoravelmente relatório que pedia o prosseguimento do processo de cassação do mandato dele. "As notícias mostraram que era uma retaliação pelo fato de nós não termos dado os votos no Conselho de Ética", disse. A petista afirmou ainda que é "impossível" governar sem que se tenha no país um pacto pelo diálogo e se não forem respeitadas "as regras do jogo". IMPEACHMENT EM DISCUSSÃO
poder
Não haverá trocas ministeriais antes de votação do impeachment, diz DilmaA presidente Dilma Rousseff decidiu seguir recomendação de peemedebistas governistas e anunciou que não fará qualquer mudança ministerial antes da votação do impeachment no plenário da Câmara dos Deputados. A possibilidade era avaliada desde a semana passada pela petista e foi tomada após o PR e o PP informarem ao Palácio do Planalto na segunda-feira (4) que há ainda dissidências internas nas bancadas dos partidos na Câmara para que aumentem seus espaços na Esplanada dos Ministérios. O adiamento, no entanto, apesar de garantir o apoio de setores peemedebistas contra o impeachment, é avaliado como arriscado por assessores presidenciais, para os quais ele pode estimular traições dentro do PP e do PR. "O Palácio do Planalto não pretende transformar qualquer reestruturação ministerial antes de qualquer processo de votação na Câmara. Nós não queremos mexer em nada atualmente", disse a presidente, após visita a um avião de carga da Embraer. Ela afirmou ainda que o Ministério da Educação "não está em questão" no varejo de cargos para barrar o processo de afastamento da petista e avaliou a possibilidade como uma "especulação". A oferta da pasta ao PP chegou a ser avaliada pelo Palácio do Planalto como uma possibilidade de manter o peemedebista Marcelo Castro à frente do Ministério da Saúde, uma reivindicação feita pela bancada do PMDB na Câmara para garantir de 20 a 25 votos contra o impeachment. Inicialmente, a pasta da Saúde chegou a ser oferecido ao PP, mas, pela pressão do PMDB, o governo federal ensaiou um recuo. A presidente não quis fazer avaliação se a saída do partido do governo foi precipitada, como afirmou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). NOVAS ELEIÇÕES A presidente Dilma Rousseff também fez uma provocação em relação à proposta do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) de realizar novas eleições presidenciais neste ano, o que tem sido defendido também por parlamentares do PSB, PPS e Rede. A presidente disse nem rechaçar nem aceitar a iniciativa, mas ressaltou que só discutirá o assunto quando tanto a Câmara dos Deputados como o Senado aceitarem também participar de um processo eleitoral antecipado. "Convence a Câmara e o Senado de abrirem mão de seus mandatos. Aí, vem conversar comigo", disse Dilma. Ela avaliou ainda como "lamentável" a tentativa de transformar as chamadas "pedaladas fiscais" em motivo para impeachment. Segundo a presidente, esse argumento transforma o processo em uma tentativa de golpe. Ela lembrou que os veículos de comunicação noticiaram que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou o pedido de impeachment no mesmo dia em que a bancada petista decidiu votar favoravelmente relatório que pedia o prosseguimento do processo de cassação do mandato dele. "As notícias mostraram que era uma retaliação pelo fato de nós não termos dado os votos no Conselho de Ética", disse. A petista afirmou ainda que é "impossível" governar sem que se tenha no país um pacto pelo diálogo e se não forem respeitadas "as regras do jogo". IMPEACHMENT EM DISCUSSÃO
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Jornalista que denunciou assassinato de gays na Tchetchênia relata ameaças
RESUMO Elena Milashina assumiu a cobertura sobre a Tchetchênia em 2006, após o assassinato de sua colega jornalista Anna Politkovskaya. Em 1º de abril deste ano, publicou uma reportagem no jornal russo "Novaya Gazeta" que denunciava o assassinato de homossexuais acobertados pelo governo. Ela e seus colegas passaram a receber ameaças de morte, e Elena precisou deixar o país rumo a um local desconhecido * Escrevo sobre questões da Tchetchênia há muitos anos. As autoridades de lá não gostam do meu trabalho, eu sei, querem manter a região completamente fechada, mas não esperava que desta vez acontecesse algo assim. A atenção que minha reportagem sobre a tortura e o assassinato de gays recebeu realmente deixou o governo de Ramzan Kadyrov furioso. Não é a primeira vez que isso acontece. Mas agora recebemos alertas de que era melhor eu sair do país. Continuo trabalhando, mas fora da Rússia. Comecei a cobrir assuntos do Cáucaso em 2004, escrevendo sobre o ataque terrorista na escola em Beslan [na Ossétia do Norte, sudoeste da Rússia, que deixou mais de 330 mortos, entre eles 186 crianças]. Depois, fiquei rodando por ali, fazendo amigos e acumulando fontes. Naquela época, Anna Politkovskaya escrevia sobre a Tchetchênia para o "Novaya Gazeta". Era uma de nossas jornalistas mais brilhantes. Quando foi assassinada, em 2006, meus chefes acharam que eu era a pessoa mais bem preparada para continuar seu trabalho. Em 2009, minha grande amiga Natalya Estemirova também foi morta. Nós, do "Novaya Gazeta", aprendemos a lição de que jornalistas podem ser assassinados e temos de tomar conta uns dos outros porque o governo não vai nos ajudar. Mas nunca aconteceu nada comigo. Minha vida na Rússia era normal. Ia para o trabalho e não ficava com medo de voltar para meu apartamento, mesmo tarde da noite. A diferença é que dessa vez 15 mil pessoas se reuniram na principal mesquita de Grozni e anunciaram uma "jihad" [guerra santa] contra os jornalistas do "Novaya Gazeta". Não imagino que um fanático irá nos matar. Mas recebemos isso como um sinal de que as autoridades tchechenas podem encobrir suas ações apontando esses religiosos como culpados. Estão procurando uma desculpa para matar jornalistas. O Kremlin disse que os jornalistas que cobrem a Tchetchênia, especialmente os do "Novaya Gazeta", não deviam temer, mas não sabemos o quanto Vladimir Putin tem Kadyrov sob controle. Pela primeira vez, vi que meu caso poderia terminar como os das minhas colegas. Isso nos motivou a tomar algumas medidas de segurança. Em Moscou, eu usava um motorista particular às vezes. Outras vezes, não voltei para casa. Depois, decidimos que deveria sair do país. A última vez que estive na Tchetchênia foi em fevereiro. Eu ia a cada mês ou dois, mais para encontrar amigos, mesmo sabendo que podia ser um pouco perigoso para eles. Mas os encontros com as fontes só acontecem fora de lá. Não posso mais fazer como antes, sair batendo de porta em porta, conversando com as pessoas, entrevistar policiais, autoridades. Isso me deixa maluca, mas ainda consigo fazer meu trabalho, mesmo de longe. Morei na Tchetchênia em 2014, quando fui declarada inimiga pública. O governo fez filmes para a TV dizendo que era perigoso falar comigo. Matar na Tchetchênia é algo comum. Muitas vezes, pessoas me ligavam para checar se uma pessoa estava viva ou para pedir a confirmação de uma morte. Foi assim que a reportagem sobre a perseguição aos gays começou. Em março, recebi a informação de que uma personalidade da TV havia sido presa e torturada até a morte só por ser homossexual. Iniciei a investigação e obtive a confirmação de que havia mais de 160 presos e 50 mortos. Os homossexuais tchetchenos sofrem. Muitos casam, têm filhos, acham que são doentes, sujos, mas ao mesmo tempo não conseguem sublimar seu desejo. Para a sociedade tchetchena, ter um gay na família é uma vergonha. A publicação da reportagem foi complicada. Não podíamos citar as fontes ou colocaríamos suas vidas em risco. Meu editor pediu que eu confirmasse as informações com o maior número possível de pessoas. Consegui falar com mais de 40, inclusive do governo e do serviço secreto. Não tínhamos dúvidas de que gays estavam sendo presos arbitrariamente, torturados e mortos. Essa estratégia se mostrou acertada. Protegemos as fontes, e o governo local não tem ideia do que nós sabemos. Se a Rússia iniciar uma investigação de verdade, temos muitas informações. Fizemos uma parceria com a organização Russia LGBT Network e duas semanas depois da publicação, mais de 70 pessoas já haviam escrito para eles. Posso dizer que, pela primeira vez, meu trabalho salvou mais de cem vidas. É o melhor resultado que já obtive como jornalista. O governo russo, que primeiro negou, agora já abriu uma pré-investigação. Não é criminal ainda, mas, como diria o [astronauta] Neil Armstrong, é um "pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade". Hoje vejo que faço meu trabalho com um propósito. Aceitei continuar o trabalho da Anna como um princípio: mostrar que não adianta quantos jornalistas você mate, sempre haverá mais um.
mundo
Jornalista que denunciou assassinato de gays na Tchetchênia relata ameaçasRESUMO Elena Milashina assumiu a cobertura sobre a Tchetchênia em 2006, após o assassinato de sua colega jornalista Anna Politkovskaya. Em 1º de abril deste ano, publicou uma reportagem no jornal russo "Novaya Gazeta" que denunciava o assassinato de homossexuais acobertados pelo governo. Ela e seus colegas passaram a receber ameaças de morte, e Elena precisou deixar o país rumo a um local desconhecido * Escrevo sobre questões da Tchetchênia há muitos anos. As autoridades de lá não gostam do meu trabalho, eu sei, querem manter a região completamente fechada, mas não esperava que desta vez acontecesse algo assim. A atenção que minha reportagem sobre a tortura e o assassinato de gays recebeu realmente deixou o governo de Ramzan Kadyrov furioso. Não é a primeira vez que isso acontece. Mas agora recebemos alertas de que era melhor eu sair do país. Continuo trabalhando, mas fora da Rússia. Comecei a cobrir assuntos do Cáucaso em 2004, escrevendo sobre o ataque terrorista na escola em Beslan [na Ossétia do Norte, sudoeste da Rússia, que deixou mais de 330 mortos, entre eles 186 crianças]. Depois, fiquei rodando por ali, fazendo amigos e acumulando fontes. Naquela época, Anna Politkovskaya escrevia sobre a Tchetchênia para o "Novaya Gazeta". Era uma de nossas jornalistas mais brilhantes. Quando foi assassinada, em 2006, meus chefes acharam que eu era a pessoa mais bem preparada para continuar seu trabalho. Em 2009, minha grande amiga Natalya Estemirova também foi morta. Nós, do "Novaya Gazeta", aprendemos a lição de que jornalistas podem ser assassinados e temos de tomar conta uns dos outros porque o governo não vai nos ajudar. Mas nunca aconteceu nada comigo. Minha vida na Rússia era normal. Ia para o trabalho e não ficava com medo de voltar para meu apartamento, mesmo tarde da noite. A diferença é que dessa vez 15 mil pessoas se reuniram na principal mesquita de Grozni e anunciaram uma "jihad" [guerra santa] contra os jornalistas do "Novaya Gazeta". Não imagino que um fanático irá nos matar. Mas recebemos isso como um sinal de que as autoridades tchechenas podem encobrir suas ações apontando esses religiosos como culpados. Estão procurando uma desculpa para matar jornalistas. O Kremlin disse que os jornalistas que cobrem a Tchetchênia, especialmente os do "Novaya Gazeta", não deviam temer, mas não sabemos o quanto Vladimir Putin tem Kadyrov sob controle. Pela primeira vez, vi que meu caso poderia terminar como os das minhas colegas. Isso nos motivou a tomar algumas medidas de segurança. Em Moscou, eu usava um motorista particular às vezes. Outras vezes, não voltei para casa. Depois, decidimos que deveria sair do país. A última vez que estive na Tchetchênia foi em fevereiro. Eu ia a cada mês ou dois, mais para encontrar amigos, mesmo sabendo que podia ser um pouco perigoso para eles. Mas os encontros com as fontes só acontecem fora de lá. Não posso mais fazer como antes, sair batendo de porta em porta, conversando com as pessoas, entrevistar policiais, autoridades. Isso me deixa maluca, mas ainda consigo fazer meu trabalho, mesmo de longe. Morei na Tchetchênia em 2014, quando fui declarada inimiga pública. O governo fez filmes para a TV dizendo que era perigoso falar comigo. Matar na Tchetchênia é algo comum. Muitas vezes, pessoas me ligavam para checar se uma pessoa estava viva ou para pedir a confirmação de uma morte. Foi assim que a reportagem sobre a perseguição aos gays começou. Em março, recebi a informação de que uma personalidade da TV havia sido presa e torturada até a morte só por ser homossexual. Iniciei a investigação e obtive a confirmação de que havia mais de 160 presos e 50 mortos. Os homossexuais tchetchenos sofrem. Muitos casam, têm filhos, acham que são doentes, sujos, mas ao mesmo tempo não conseguem sublimar seu desejo. Para a sociedade tchetchena, ter um gay na família é uma vergonha. A publicação da reportagem foi complicada. Não podíamos citar as fontes ou colocaríamos suas vidas em risco. Meu editor pediu que eu confirmasse as informações com o maior número possível de pessoas. Consegui falar com mais de 40, inclusive do governo e do serviço secreto. Não tínhamos dúvidas de que gays estavam sendo presos arbitrariamente, torturados e mortos. Essa estratégia se mostrou acertada. Protegemos as fontes, e o governo local não tem ideia do que nós sabemos. Se a Rússia iniciar uma investigação de verdade, temos muitas informações. Fizemos uma parceria com a organização Russia LGBT Network e duas semanas depois da publicação, mais de 70 pessoas já haviam escrito para eles. Posso dizer que, pela primeira vez, meu trabalho salvou mais de cem vidas. É o melhor resultado que já obtive como jornalista. O governo russo, que primeiro negou, agora já abriu uma pré-investigação. Não é criminal ainda, mas, como diria o [astronauta] Neil Armstrong, é um "pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade". Hoje vejo que faço meu trabalho com um propósito. Aceitei continuar o trabalho da Anna como um princípio: mostrar que não adianta quantos jornalistas você mate, sempre haverá mais um.
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Episódio desta noite terá de resgatar o que fez 'Game of Thrones' ser amada
Um meme que circula nesta semana resume o sentimento de muitos críticos e fãs em relação à atual temporada de "Game of Thrones", a penúltima. Na capa de uma revista "Minha Novela", revelações sobre o fim da série da HBO, com concessões à torcida e soluções tão relapsas quanto surradas, algo até então incomum para o drama político-fantasioso. Ao longo de seis temporadas, afinal, "Game of Thrones" construiu sua própria lógica narrativa, matando protagonistas e amarrando uma trama sobrenatural com um subtexto de intriga política que emocionava tanto ou mais do que as extasiantes cenas de batalha. Nesse arcabouço narrativo era possível dar vida a dragões e ressuscitar mortos; mas as jornadas (literais e metafóricas) obrigatoriamente seriam lentas, labirínticas. A morte de uma criança queimada pelo fanatismo do próprio pai era aceitável; arrulhos amorosos, não. Vimos estupros, incestos, castrações, mutilações; vimos ferver um caldo de mitologias até que se apurasse um folhetim vigoroso, com histórias pregressas tão elaboradas que os flashbacks muitas vezes foram a parte mais esperada dos episódios. Até esta sétima temporada. Foi então que as respostas entregues a conta-gotas, sobretudo porque estavam vinculadas aos livros escritos por George R. R. Martin, começaram a jorrar, sem depender da procrastinação criativa do escritor. E aí as viagens vagarosas, com tempo para assimilarmos motivações e nuances de caráter dos personagens, viraram praticamente teletransporte; a intriga política sucumbiu ao romance barato e à aventura adolescente, ainda que hipnotizante, e a série-mais-baixada-de-todos-os-tempos, que nos fez assisti-la todos no mesmo momento em plena era do streaming, virou alvo de sua própria caminhada da vergonha. Mas será que "Game of Thrones" virou mesmo uma historinha apressada com cenas que podiam ter sido escritas por fãs com pouco repertório? Ou será que Martin –que avaliza a adaptação televisiva– e os produtores DB Weiss e David Benioff apenas fizeram um agrado aos fãs? A ligeireza dos últimos episódios pode ser perdoada se o caso for este último –o que parece ser, com direito até a Jon Snow (Kit Harington) chamando Daenerys (Emilia Clarke) de "Dany", como resenhistas e fãs. É difícil acreditar que personagens densos como Tyrion (Peter Dinklage) e Cersei (Lena Headey) tenham sido reduzidos a coadjuvantes; ou que as irmãs Stark, donas do arco narrativo mais humano e crescente, tenham virado rivaizinhas; ou que Jaime (Nikolaj Coster-Waldau), o personagem com mais nuances, tenha virado um bocó cumpre-ordens. Weiss e Benioff têm o capítulo desta noite para entregar não desfechos simplistas e respostas maniqueístas, mas reticências –e intrigas, e mortes, e decepções, e tudo o que fez "Game of Thrones" arregimentar seu exército de admiradores –que nos levem até a derradeira temporada.
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Episódio desta noite terá de resgatar o que fez 'Game of Thrones' ser amadaUm meme que circula nesta semana resume o sentimento de muitos críticos e fãs em relação à atual temporada de "Game of Thrones", a penúltima. Na capa de uma revista "Minha Novela", revelações sobre o fim da série da HBO, com concessões à torcida e soluções tão relapsas quanto surradas, algo até então incomum para o drama político-fantasioso. Ao longo de seis temporadas, afinal, "Game of Thrones" construiu sua própria lógica narrativa, matando protagonistas e amarrando uma trama sobrenatural com um subtexto de intriga política que emocionava tanto ou mais do que as extasiantes cenas de batalha. Nesse arcabouço narrativo era possível dar vida a dragões e ressuscitar mortos; mas as jornadas (literais e metafóricas) obrigatoriamente seriam lentas, labirínticas. A morte de uma criança queimada pelo fanatismo do próprio pai era aceitável; arrulhos amorosos, não. Vimos estupros, incestos, castrações, mutilações; vimos ferver um caldo de mitologias até que se apurasse um folhetim vigoroso, com histórias pregressas tão elaboradas que os flashbacks muitas vezes foram a parte mais esperada dos episódios. Até esta sétima temporada. Foi então que as respostas entregues a conta-gotas, sobretudo porque estavam vinculadas aos livros escritos por George R. R. Martin, começaram a jorrar, sem depender da procrastinação criativa do escritor. E aí as viagens vagarosas, com tempo para assimilarmos motivações e nuances de caráter dos personagens, viraram praticamente teletransporte; a intriga política sucumbiu ao romance barato e à aventura adolescente, ainda que hipnotizante, e a série-mais-baixada-de-todos-os-tempos, que nos fez assisti-la todos no mesmo momento em plena era do streaming, virou alvo de sua própria caminhada da vergonha. Mas será que "Game of Thrones" virou mesmo uma historinha apressada com cenas que podiam ter sido escritas por fãs com pouco repertório? Ou será que Martin –que avaliza a adaptação televisiva– e os produtores DB Weiss e David Benioff apenas fizeram um agrado aos fãs? A ligeireza dos últimos episódios pode ser perdoada se o caso for este último –o que parece ser, com direito até a Jon Snow (Kit Harington) chamando Daenerys (Emilia Clarke) de "Dany", como resenhistas e fãs. É difícil acreditar que personagens densos como Tyrion (Peter Dinklage) e Cersei (Lena Headey) tenham sido reduzidos a coadjuvantes; ou que as irmãs Stark, donas do arco narrativo mais humano e crescente, tenham virado rivaizinhas; ou que Jaime (Nikolaj Coster-Waldau), o personagem com mais nuances, tenha virado um bocó cumpre-ordens. Weiss e Benioff têm o capítulo desta noite para entregar não desfechos simplistas e respostas maniqueístas, mas reticências –e intrigas, e mortes, e decepções, e tudo o que fez "Game of Thrones" arregimentar seu exército de admiradores –que nos levem até a derradeira temporada.
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Com gritos de 'bicha', Canadá vence Austrália no futebol feminino
GUILHERME SETO DE SÃO PAULO Ainda que possivelmente ninguém dentro de campo tenha entendido, os torcedores brasileiros na Arena Corinthians chamaram atenção durante as cobranças de tiros de meta da partida entre Canadá e Austrália nesta quarta-feira (3). Como em diversos jogos de torneios nacionais, eles gritaram "ôôô, bicha", quando as goleiras faziam as cobranças. Os gritos aconteceram ao menos oito vezes e se concentraram especialmente no setor norte do estádio, o mais lotado, e tiveram eco no setor leste. Sul e oeste estavam bastante esvaziados, e o estádio recebeu 20.521 pessoas, que também gritaram mais baixo alguns cantos do time da casa, como "Timão, eô." "Não é nosso papel comentar isso, não cabe a nós comentarmos um tema que tem a ver com a cultura do futebol brasileiro e que não sabemos de onde veio. Provavelmente, há especialistas que poderiam comentar isso com mais propriedade. Talvez seja algo negativo, mas vi coisas positivas no futebol brasileiro", disse Alen Stajcic, técnico da Austrália Josh Herdman, técnico da seleção canadense, disse ter ficado "triste de ouvir isso". "A atmosfera estava fantástica no estádio. Cresci na Inglaterra, então estou acostumado com esse tipo de canto", afirmou. "Essas coisas coisas acontecem, são a parte feia do futebol, não há lugar para isso no esporte. Os jogadores estão tão focados que nem percebem." Alheias a o que acontecia nas arquibancadas, as canadenses saíram em vantagem no início do jogo, quando Sinclair aproveitou falha na saída de bola australiana e passou para Beckie fazer o primeiro gol da partida aos 17 segundos de jogo. Décimas colocadas no ranking da Fifa, as canadenses mostraram mais organização tática que as quintas colocadas. Aos 18 minutos do primeiro tempo, a zagueira Zadorsky foi expulsa após puxar a camisa de adversária australiana que se dirigia ao gol. Por isso, o Canadá recuou. No entanto, exceto por uma bola no travessão em cobrança de falta, foi pouco incomodado pela Austrália. No segundo tempo, as australianas partiram para o ataque, apostando em jogadas aéreas pouco efetivas. Em contra-ataques, Sinclair e Beckie estiveram próximas de ampliar o placar várias vezes, mas pararam na goleira Williams, que teve o nome cantado pelos torcedores que estavam às suas costas. Aos 25, a árbitra marcou pênalti para o Canadá após toque de mão na bola. Na cobrança, Beckie bateu fraco e Williams espalmou, para alegria da torcida. No entanto, em novo contra-ataque, Sinclair deu um "drible da vaca" (tocou a bola de um lado e correu para o outro, contornando a adversária) em Williams e bateu de longa distância, ampliando a vantagem para 2 a 0. Insistindo em cruzamentos aéreos, a Austrália não teve sucesso contra uma equipe formada por atletas também fortes e altas, que afastavam de cabeça todas as tentativas de jogadas na área. Com a vitória por 2 a 0, o Canadá assumiu a liderança do grupo F, com três pontos. Alemanha e Zimbábue ainda jogam nesta quarta (3). Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
esporte
Com gritos de 'bicha', Canadá vence Austrália no futebol feminino GUILHERME SETO DE SÃO PAULO Ainda que possivelmente ninguém dentro de campo tenha entendido, os torcedores brasileiros na Arena Corinthians chamaram atenção durante as cobranças de tiros de meta da partida entre Canadá e Austrália nesta quarta-feira (3). Como em diversos jogos de torneios nacionais, eles gritaram "ôôô, bicha", quando as goleiras faziam as cobranças. Os gritos aconteceram ao menos oito vezes e se concentraram especialmente no setor norte do estádio, o mais lotado, e tiveram eco no setor leste. Sul e oeste estavam bastante esvaziados, e o estádio recebeu 20.521 pessoas, que também gritaram mais baixo alguns cantos do time da casa, como "Timão, eô." "Não é nosso papel comentar isso, não cabe a nós comentarmos um tema que tem a ver com a cultura do futebol brasileiro e que não sabemos de onde veio. Provavelmente, há especialistas que poderiam comentar isso com mais propriedade. Talvez seja algo negativo, mas vi coisas positivas no futebol brasileiro", disse Alen Stajcic, técnico da Austrália Josh Herdman, técnico da seleção canadense, disse ter ficado "triste de ouvir isso". "A atmosfera estava fantástica no estádio. Cresci na Inglaterra, então estou acostumado com esse tipo de canto", afirmou. "Essas coisas coisas acontecem, são a parte feia do futebol, não há lugar para isso no esporte. Os jogadores estão tão focados que nem percebem." Alheias a o que acontecia nas arquibancadas, as canadenses saíram em vantagem no início do jogo, quando Sinclair aproveitou falha na saída de bola australiana e passou para Beckie fazer o primeiro gol da partida aos 17 segundos de jogo. Décimas colocadas no ranking da Fifa, as canadenses mostraram mais organização tática que as quintas colocadas. Aos 18 minutos do primeiro tempo, a zagueira Zadorsky foi expulsa após puxar a camisa de adversária australiana que se dirigia ao gol. Por isso, o Canadá recuou. No entanto, exceto por uma bola no travessão em cobrança de falta, foi pouco incomodado pela Austrália. No segundo tempo, as australianas partiram para o ataque, apostando em jogadas aéreas pouco efetivas. Em contra-ataques, Sinclair e Beckie estiveram próximas de ampliar o placar várias vezes, mas pararam na goleira Williams, que teve o nome cantado pelos torcedores que estavam às suas costas. Aos 25, a árbitra marcou pênalti para o Canadá após toque de mão na bola. Na cobrança, Beckie bateu fraco e Williams espalmou, para alegria da torcida. No entanto, em novo contra-ataque, Sinclair deu um "drible da vaca" (tocou a bola de um lado e correu para o outro, contornando a adversária) em Williams e bateu de longa distância, ampliando a vantagem para 2 a 0. Insistindo em cruzamentos aéreos, a Austrália não teve sucesso contra uma equipe formada por atletas também fortes e altas, que afastavam de cabeça todas as tentativas de jogadas na área. Com a vitória por 2 a 0, o Canadá assumiu a liderança do grupo F, com três pontos. Alemanha e Zimbábue ainda jogam nesta quarta (3). Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
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Trio escocês indie, Chvrches conquista os EUA com agitação no palco
Duas beldades da nova cena musical inglesa tomaram conta anteontem do palco do suntuoso Fox Theater, em Oakland, "do outro lado da ponte" para quem vai de San Francisco, um teatrão dos anos 1920 no qual cabem 2.800 pessoas. A noite, a segunda de nossa aventura sonora pela Califórnia, estava com ingressos esgotados. A atração principal foi o trio escocês Chvrches, pequeno fenômeno de um certo indie eletrônico liderado pela linda Lauren Mayberry, que cresce em ação graças a sua potente voz e também por seus sapatos altos e tablados estrategicamente instalados no palco para lhe dar mais destaque. Lauren é tão bela quanto baixinha. O Chvrches, realidade musical do Reino Unido, vive grande fase de aceitação nos EUA, muito por conta de seu segundo álbum, "Every Open Eye", do final do ano passado. Dois shows com entradas "sold-out" há semanas no Fox Theater e o nome no alto da escalação do Coachella Festival (a banda se apresenta lá no sábado que vem) denunciam isso. Mas esse "alcance maior" do Chvrches pode estar custando uma perda de identidade que a banda tinha em nome de um avanço nas vendagens de discos e ingressos. Para quem tocava até há pouco tempo em palcos alternativos, horários desfavoráveis, mas ainda assim atraía tanto fãs do indie quanto da eletrônica (várias músicas do Chvrches têm virado remixes na mão de DJs) graças à "timidez charmosa" de Lauren, quase estática atrás de um sintetizador, agora a escocesa corre de um lado para o outro, sobe e desce do tablado. Ao fundo, uma parede de luzes jogando azul e vermelho direto na cara da plateia. A voz de Lauren segue honesta, o Chvrches têm várias músicas boas, mas a "performance esportiva" da vocalista às vezes atropela tudo nesse caminho que a banda está tomando, claramente uma mudança estratégica de direção que a afasta do inspirado álbum de estreia, "The Bones of What You Believe" (2013). E amplia o contato com uma cena dance regular quase comercial que tem seus shows tão "movimentados" quanto esquecíveis. Não sei quem estava mais deslocado no Fox Theater ontem, o repórter ou Lauren Mayberry. Ninguém prestou muita atenção, mas a banda de abertura do show do Chvrches foi o quarteto indie rock inglês Wolf Alice, liderado pela guitarrista e vocalista Ellie Rowsell, que tem tipo de top model e intercala voz doce e gritos desesperados sem mudar tanto a fisionomia. A plateia não ligou muito para o trio, mas também não se incomodou com a performance. Numa noite perdida, sair com o empate foi um bom resultado.
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Trio escocês indie, Chvrches conquista os EUA com agitação no palcoDuas beldades da nova cena musical inglesa tomaram conta anteontem do palco do suntuoso Fox Theater, em Oakland, "do outro lado da ponte" para quem vai de San Francisco, um teatrão dos anos 1920 no qual cabem 2.800 pessoas. A noite, a segunda de nossa aventura sonora pela Califórnia, estava com ingressos esgotados. A atração principal foi o trio escocês Chvrches, pequeno fenômeno de um certo indie eletrônico liderado pela linda Lauren Mayberry, que cresce em ação graças a sua potente voz e também por seus sapatos altos e tablados estrategicamente instalados no palco para lhe dar mais destaque. Lauren é tão bela quanto baixinha. O Chvrches, realidade musical do Reino Unido, vive grande fase de aceitação nos EUA, muito por conta de seu segundo álbum, "Every Open Eye", do final do ano passado. Dois shows com entradas "sold-out" há semanas no Fox Theater e o nome no alto da escalação do Coachella Festival (a banda se apresenta lá no sábado que vem) denunciam isso. Mas esse "alcance maior" do Chvrches pode estar custando uma perda de identidade que a banda tinha em nome de um avanço nas vendagens de discos e ingressos. Para quem tocava até há pouco tempo em palcos alternativos, horários desfavoráveis, mas ainda assim atraía tanto fãs do indie quanto da eletrônica (várias músicas do Chvrches têm virado remixes na mão de DJs) graças à "timidez charmosa" de Lauren, quase estática atrás de um sintetizador, agora a escocesa corre de um lado para o outro, sobe e desce do tablado. Ao fundo, uma parede de luzes jogando azul e vermelho direto na cara da plateia. A voz de Lauren segue honesta, o Chvrches têm várias músicas boas, mas a "performance esportiva" da vocalista às vezes atropela tudo nesse caminho que a banda está tomando, claramente uma mudança estratégica de direção que a afasta do inspirado álbum de estreia, "The Bones of What You Believe" (2013). E amplia o contato com uma cena dance regular quase comercial que tem seus shows tão "movimentados" quanto esquecíveis. Não sei quem estava mais deslocado no Fox Theater ontem, o repórter ou Lauren Mayberry. Ninguém prestou muita atenção, mas a banda de abertura do show do Chvrches foi o quarteto indie rock inglês Wolf Alice, liderado pela guitarrista e vocalista Ellie Rowsell, que tem tipo de top model e intercala voz doce e gritos desesperados sem mudar tanto a fisionomia. A plateia não ligou muito para o trio, mas também não se incomodou com a performance. Numa noite perdida, sair com o empate foi um bom resultado.
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Com compromissos profissionais, Neymar não participa de prêmio da Fifa
Fora da lista dos três finalistas ao prêmio Bola de Ouro da Fifa, o atacante Neymar não estará nesta segunda-feira (12), em Zurique, onde será realizada a cerimônia. De acordo com a assessoria do jogador, Neymar não participará do evento em razão de compromissos comerciais na Turquia. O jogador concorria para estar na seleção do ano, escolhida por jogadores profissionais filiados a Fifpro, o sindicato dos atletas. No ano passado, o jogador concorreu ao Prêmio Puskás –gol mais bonito do ano. Ele concorreu com o gol anotado na vitória da seleção contra o Japão, no dia 15 de junho, em Brasília, no jogo de abertura da Copa das Confederações. O prêmio ficou com o sueco Ibrahimovic por ter feito um golaço de bicicleta, de fora da área, no fim de 2012. Além de Neymar, outro ausente já confirmado na cerimônia é o atacante holandês Van Persie, que concorre ao Prêmio Puskás pelo gol feito na vitória sobre a Holanda por 5 a 1, pela primeira rodada da Copa do Mundo-2014. Ele não viajou para a premiação para fazer exames no tornozelo. O holandês machucou-se na derrota para o Southampton, pelo Campeonato Inglês. A informação foi confirmada pelo técnico Louis Van Gaal. Van Persie concorre ao Prêmio Puskás com Roche, da Irlanda, e James Rodríguez, da Colômbia.
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Com compromissos profissionais, Neymar não participa de prêmio da FifaFora da lista dos três finalistas ao prêmio Bola de Ouro da Fifa, o atacante Neymar não estará nesta segunda-feira (12), em Zurique, onde será realizada a cerimônia. De acordo com a assessoria do jogador, Neymar não participará do evento em razão de compromissos comerciais na Turquia. O jogador concorria para estar na seleção do ano, escolhida por jogadores profissionais filiados a Fifpro, o sindicato dos atletas. No ano passado, o jogador concorreu ao Prêmio Puskás –gol mais bonito do ano. Ele concorreu com o gol anotado na vitória da seleção contra o Japão, no dia 15 de junho, em Brasília, no jogo de abertura da Copa das Confederações. O prêmio ficou com o sueco Ibrahimovic por ter feito um golaço de bicicleta, de fora da área, no fim de 2012. Além de Neymar, outro ausente já confirmado na cerimônia é o atacante holandês Van Persie, que concorre ao Prêmio Puskás pelo gol feito na vitória sobre a Holanda por 5 a 1, pela primeira rodada da Copa do Mundo-2014. Ele não viajou para a premiação para fazer exames no tornozelo. O holandês machucou-se na derrota para o Southampton, pelo Campeonato Inglês. A informação foi confirmada pelo técnico Louis Van Gaal. Van Persie concorre ao Prêmio Puskás com Roche, da Irlanda, e James Rodríguez, da Colômbia.
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BC Europeu anuncia corte da taxa de depósito para -0,3%
O BCE (Banco Central Europeu) cortou sua taxa de depósito para -0,3%, no esforço mais recente para reanimar os empréstimos e a inflação na zona do euro, e afirmou que vai anunciar mais ações de política monetária nesta quinta-feira (3). O objetivo é estimular os empréstimos aumentando o custo para os bancos que deixarem dinheiro em excesso com o BC Europeu, revertendo sua orientação anterior de que as taxas haviam atingido o limite mais baixo. A principal taxa de juros do Banco Central Europeu, que determina o custo do empréstimo para bancos em seu leilão semanal, permaneceu em 0,05%, e a taxa de empréstimo também foi mantida em 0,30%. Cumprindo sua promessa de fazer o que for preciso para impulsionar a inflação "o mais rápido possível", o BCE levou sua taxa de depósito ainda mais dentro do território negativo. Com a inflação perto de zero e provavelmente permanecendo abaixo da meta do banco, de quase 2% ao ano, nos próximos anos, o BCE se comprometeu fortemente a agir, deixando os investidores discutindo apenas quais seriam as medidas escolhidas pelo banco. O BCE também deve estender seu programa de compra de ativos para além de setembro e aumentar as compras mensais de títulos para 75 bilhões de euros, ante os atuais 60 bilhões. Liderados pelos dois membros alemães do Conselho, críticos dizem que a política já está excepcionalmente frouxa e que o maior motivo para a inflação estar em torno de zero é a queda nos preços do petróleo. A esperada alta da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) também complica a decisão. Mas autoridades do BCE têm focado seus esforços na inflação, alertando que não atingir a meta de novo arrisca prejudicar a credibilidade do BC Europeu e tornar a política monetária menos efetiva.
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BC Europeu anuncia corte da taxa de depósito para -0,3%O BCE (Banco Central Europeu) cortou sua taxa de depósito para -0,3%, no esforço mais recente para reanimar os empréstimos e a inflação na zona do euro, e afirmou que vai anunciar mais ações de política monetária nesta quinta-feira (3). O objetivo é estimular os empréstimos aumentando o custo para os bancos que deixarem dinheiro em excesso com o BC Europeu, revertendo sua orientação anterior de que as taxas haviam atingido o limite mais baixo. A principal taxa de juros do Banco Central Europeu, que determina o custo do empréstimo para bancos em seu leilão semanal, permaneceu em 0,05%, e a taxa de empréstimo também foi mantida em 0,30%. Cumprindo sua promessa de fazer o que for preciso para impulsionar a inflação "o mais rápido possível", o BCE levou sua taxa de depósito ainda mais dentro do território negativo. Com a inflação perto de zero e provavelmente permanecendo abaixo da meta do banco, de quase 2% ao ano, nos próximos anos, o BCE se comprometeu fortemente a agir, deixando os investidores discutindo apenas quais seriam as medidas escolhidas pelo banco. O BCE também deve estender seu programa de compra de ativos para além de setembro e aumentar as compras mensais de títulos para 75 bilhões de euros, ante os atuais 60 bilhões. Liderados pelos dois membros alemães do Conselho, críticos dizem que a política já está excepcionalmente frouxa e que o maior motivo para a inflação estar em torno de zero é a queda nos preços do petróleo. A esperada alta da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) também complica a decisão. Mas autoridades do BCE têm focado seus esforços na inflação, alertando que não atingir a meta de novo arrisca prejudicar a credibilidade do BC Europeu e tornar a política monetária menos efetiva.
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CBF diz que cumpriu os 'trâmites éticos' ao contratar Tite
O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, disse que a entidade "cumpriu rigorosamente os trâmites éticos e institucionais" ao contratar Tite para comandar a seleção brasileira. Nesta quarta (15), o presidente do Corinthians, Roberto Andrade, acusou o presidente da CBF, Marco Polo del Nero, de deslealdade por não ouvi-lo antes do início das negociações. Em nota, a CBF disse que procurou Tite na terça (14) para "saber de sua eventual disposição em dialogar com a entidade sobre a possibilidade de assumir o cargo". Na ocasião, Del Nero e o ex-técnico do Corinthians se reuniram por três horas no prédio da CBF, e praticamente fechar o acordo. Nesta quinta (16), eles voltam a se encontrar no Rio. Em seguida, Tite deve ser apresentado oficialmente como treinador. Tite na seleção "A conversa limitou-se à troca das expectativas das partes, sem tocar em qualquer questão de cunho contratual ou salarial, no aguardo do contato, nesta manhã, entre os presidentes da CBF e do clube", escreveu a entidade na nota. Feldman disse que Del nero tentou falar com Andrade desde a manhã desta quarta, mas não teve sucesso. "O Roberto é um amigo nosso. Vamos conversar e esclarecer a situação", disse o secretário-geral. Segundo Andrade, ele não foi contatado em nenhum momento pela entidade máxima do futebol brasileiro para falar sobre o treinador. "Eu estou puto com a CBF, para ser bem exato. Não recebi um telefonema do presidente da CBF. Esse é o respeito que eles têm com os clubes brasileiros. O Corinthians merecia um pouco mais de respeito", afirmou Andrade nesta quarta-feira (15) no centro de treinamento do Corinthians. "Não mudaria nada se eles me ligassem e dissesse que queriam o Tite. Jamais eu iria falar que não pode, e não mudaria o final da história", disse o dirigente. VEJA NOTA DA CBF Tendo em vista as declarações do Presidente do Sport Club Corinthians Paulista, Sr. Roberto de Andrade, a CBF esclarece que cumpriu rigorosamente os trâmites éticos e institucionais por ocasião da transição do comando da Seleção Brasileira de Futebol e informa: 1 - Que não manteve contato com nenhum treinador visando à substituição de Dunga até seu formal desligamento da Seleção; 2 - Que a CBF teve um único contato com Tite, na noite de ontem, para saber de sua eventual disposição em dialogar com a entidade sobre a possibilidade de assumir o cargo; 3 - A conversa limitou-se à troca das expectativas das partes, sem tocar em qualquer questão de cunho contratual ou salarial, no aguardo do contato, nesta manhã, entre os presidentes da CBF e do Clube; 4 - Na primeira hora da manhã desta quarta-feira, o presidente Marco Polo Del Nero tentou, por diversas vezes, o contato telefônico com o Sr. Roberto de Andrade; 5 - Diante do insucesso das tentativas, sucederam, a partir das 9 horas e 42 minutos, mensagens por Whatsapp, e-mail e um diálogo com a secretária do presidente. Todos infrutíferos, a despeito das confirmações de recebimento; 6 - A CBF informa que a partir desta quinta-feira, diante do desenrolar dos fatos, dará início aos entendimentos para a contratação do treinador. A CBF ratifica seu permanente respeito aos clubes brasileiros e aos seus mais elevados interesses. Tite na seleção
esporte
CBF diz que cumpriu os 'trâmites éticos' ao contratar TiteO secretário-geral da CBF, Walter Feldman, disse que a entidade "cumpriu rigorosamente os trâmites éticos e institucionais" ao contratar Tite para comandar a seleção brasileira. Nesta quarta (15), o presidente do Corinthians, Roberto Andrade, acusou o presidente da CBF, Marco Polo del Nero, de deslealdade por não ouvi-lo antes do início das negociações. Em nota, a CBF disse que procurou Tite na terça (14) para "saber de sua eventual disposição em dialogar com a entidade sobre a possibilidade de assumir o cargo". Na ocasião, Del Nero e o ex-técnico do Corinthians se reuniram por três horas no prédio da CBF, e praticamente fechar o acordo. Nesta quinta (16), eles voltam a se encontrar no Rio. Em seguida, Tite deve ser apresentado oficialmente como treinador. Tite na seleção "A conversa limitou-se à troca das expectativas das partes, sem tocar em qualquer questão de cunho contratual ou salarial, no aguardo do contato, nesta manhã, entre os presidentes da CBF e do clube", escreveu a entidade na nota. Feldman disse que Del nero tentou falar com Andrade desde a manhã desta quarta, mas não teve sucesso. "O Roberto é um amigo nosso. Vamos conversar e esclarecer a situação", disse o secretário-geral. Segundo Andrade, ele não foi contatado em nenhum momento pela entidade máxima do futebol brasileiro para falar sobre o treinador. "Eu estou puto com a CBF, para ser bem exato. Não recebi um telefonema do presidente da CBF. Esse é o respeito que eles têm com os clubes brasileiros. O Corinthians merecia um pouco mais de respeito", afirmou Andrade nesta quarta-feira (15) no centro de treinamento do Corinthians. "Não mudaria nada se eles me ligassem e dissesse que queriam o Tite. Jamais eu iria falar que não pode, e não mudaria o final da história", disse o dirigente. VEJA NOTA DA CBF Tendo em vista as declarações do Presidente do Sport Club Corinthians Paulista, Sr. Roberto de Andrade, a CBF esclarece que cumpriu rigorosamente os trâmites éticos e institucionais por ocasião da transição do comando da Seleção Brasileira de Futebol e informa: 1 - Que não manteve contato com nenhum treinador visando à substituição de Dunga até seu formal desligamento da Seleção; 2 - Que a CBF teve um único contato com Tite, na noite de ontem, para saber de sua eventual disposição em dialogar com a entidade sobre a possibilidade de assumir o cargo; 3 - A conversa limitou-se à troca das expectativas das partes, sem tocar em qualquer questão de cunho contratual ou salarial, no aguardo do contato, nesta manhã, entre os presidentes da CBF e do Clube; 4 - Na primeira hora da manhã desta quarta-feira, o presidente Marco Polo Del Nero tentou, por diversas vezes, o contato telefônico com o Sr. Roberto de Andrade; 5 - Diante do insucesso das tentativas, sucederam, a partir das 9 horas e 42 minutos, mensagens por Whatsapp, e-mail e um diálogo com a secretária do presidente. Todos infrutíferos, a despeito das confirmações de recebimento; 6 - A CBF informa que a partir desta quinta-feira, diante do desenrolar dos fatos, dará início aos entendimentos para a contratação do treinador. A CBF ratifica seu permanente respeito aos clubes brasileiros e aos seus mais elevados interesses. Tite na seleção
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Oposição pede à PGR que investigue Temer em caso de prédio de Geddel
Deputados e senadores do PT e do PC do B protocolaram, na tarde desta segunda-feira (28), uma representação na PGR (Procuradoria-Geral da República) com pedido de investigação do presidente Michel Temer pelos supostos crimes de concussão e advocacia administrativa. A base da representação são as denúncias feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero contra o também ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima. Calero afirmou em entrevistas e em depoimento à Polícia Federal que foi pressionado por Geddel a rever uma decisão do Iphan (instituto do patrimônio histórico) nacional, subordinado ao Ministério da Cultura, que embargou as obras de um prédio em Salvador, onde Geddel teria comprado um apartamento. O ex-titular da Cultura disse também que foi "enquadrado" pelo presidente Michel Temer e procurado pelo ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e por Gustavo Rocha, assessor jurídico da Presidência, para encontrar uma saída para o impasse com Geddel. Conforme a peça entregue à PGR, Geddel é suspeito de praticar os crimes de concussão (exigir vantagem, em razão da função que ocupa) e advocacia administrativa (usar o cargo para patrocinar interesse privado). Temer, no entendimento da oposição, também é suspeito dos mesmos crimes, por omissão, como previsto no Código Penal. OMISSÃO "O comportamento do sr. presidente da República aperfeiçoou o resultado da conduta ilegal de Geddel Vieira Lima, pois foi a conduta do sr. presidente que tornou insustentável ao sujeito passivo do crime de concussão [Calero] a sua permanência no governo", alega a oposição. A nota oficial do Planalto, que afirma que Temer "conversou duas vezes com o então titular da Cultura para solucionar impasse na sua equipe e evitar conflitos entre seus ministros de Estado", é apontada pelos parlamentares como uma espécie de "confissão" do presidente. Para eles, Temer deveria ter desautorizado Geddel, que estava cometendo crimes, e não ter interferido no assunto. O presidente tem afirmado que, diante do impasse entre o Iphan da Bahia, que havia permitido a obra, e o Iphan nacional, que a embargou, recomendou a Calero que remetesse o caso à AGU (Advocacia-Geral da União). Padilha e Rocha deram explicação semelhante sobre o que teriam dito a Calero. Para a oposição, a solução proposta por Temer, Padilha e Rocha "artificializa um conflito de órgãos da administração, travestindo de interesse público um interesse particular de um ministro de Estado". "A omissão deliberada do sr. presidente da República, somada à conduta de seu preposto [Rocha] de, em seu nome, reforçar uma saída inadequada a um caso marcado pela ilegalidade da conduta de um ministro de Estado [Geddel], [...] consubstanciou a consumação de graves crimes contra a Administração Pública", afirma a representação. Também nesta segunda o PSOL protocolou na Câmara um pedido de impeachment de Temer. Já a PGR solicitou à Polícia Federal áudios gravados por Calero em conversas sobre o caso, para avaliar a abertura de um inquérito perante o STF (Supremo Tribunal Federal).
poder
Oposição pede à PGR que investigue Temer em caso de prédio de GeddelDeputados e senadores do PT e do PC do B protocolaram, na tarde desta segunda-feira (28), uma representação na PGR (Procuradoria-Geral da República) com pedido de investigação do presidente Michel Temer pelos supostos crimes de concussão e advocacia administrativa. A base da representação são as denúncias feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero contra o também ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima. Calero afirmou em entrevistas e em depoimento à Polícia Federal que foi pressionado por Geddel a rever uma decisão do Iphan (instituto do patrimônio histórico) nacional, subordinado ao Ministério da Cultura, que embargou as obras de um prédio em Salvador, onde Geddel teria comprado um apartamento. O ex-titular da Cultura disse também que foi "enquadrado" pelo presidente Michel Temer e procurado pelo ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e por Gustavo Rocha, assessor jurídico da Presidência, para encontrar uma saída para o impasse com Geddel. Conforme a peça entregue à PGR, Geddel é suspeito de praticar os crimes de concussão (exigir vantagem, em razão da função que ocupa) e advocacia administrativa (usar o cargo para patrocinar interesse privado). Temer, no entendimento da oposição, também é suspeito dos mesmos crimes, por omissão, como previsto no Código Penal. OMISSÃO "O comportamento do sr. presidente da República aperfeiçoou o resultado da conduta ilegal de Geddel Vieira Lima, pois foi a conduta do sr. presidente que tornou insustentável ao sujeito passivo do crime de concussão [Calero] a sua permanência no governo", alega a oposição. A nota oficial do Planalto, que afirma que Temer "conversou duas vezes com o então titular da Cultura para solucionar impasse na sua equipe e evitar conflitos entre seus ministros de Estado", é apontada pelos parlamentares como uma espécie de "confissão" do presidente. Para eles, Temer deveria ter desautorizado Geddel, que estava cometendo crimes, e não ter interferido no assunto. O presidente tem afirmado que, diante do impasse entre o Iphan da Bahia, que havia permitido a obra, e o Iphan nacional, que a embargou, recomendou a Calero que remetesse o caso à AGU (Advocacia-Geral da União). Padilha e Rocha deram explicação semelhante sobre o que teriam dito a Calero. Para a oposição, a solução proposta por Temer, Padilha e Rocha "artificializa um conflito de órgãos da administração, travestindo de interesse público um interesse particular de um ministro de Estado". "A omissão deliberada do sr. presidente da República, somada à conduta de seu preposto [Rocha] de, em seu nome, reforçar uma saída inadequada a um caso marcado pela ilegalidade da conduta de um ministro de Estado [Geddel], [...] consubstanciou a consumação de graves crimes contra a Administração Pública", afirma a representação. Também nesta segunda o PSOL protocolou na Câmara um pedido de impeachment de Temer. Já a PGR solicitou à Polícia Federal áudios gravados por Calero em conversas sobre o caso, para avaliar a abertura de um inquérito perante o STF (Supremo Tribunal Federal).
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Aulas no Fartura têm teoria, receitas e incitação à 'revolução queijeira'
Além de experimentar pratos criados por chefs de diferentes regiões do país, o público do festival Fartura também teve a chance de conhecer mais sobre a história, a técnica e curiosidades de algumas dessas receitas no Espaço Aulas. A versatilidade da culinária brasileira foi o tema da primeira aula do dia, ministrada pelo chef baiano Jorge Luiz da Hora de Jesus, professor de gastronomia do Centro Universitário Senac. Entre todas as lições de culinária passadas aos alunos, Jorge destacou a importância de estudar a história das receitas tradicionais para conseguir inovar na cozinha. "A culinária brasileira não está engessada. O que comemos hoje não comeremos amanhã. Precisamos revisitar a história para conseguir, com maestria e domínio de técnica, ousar para o futuro", afirmou. Além da aula, também houve uma degustação de um prato criado pelo chef: crème brûlée de pirarucu defumado. A receita foi muito elogiada pelo público, composto por cerca de 20 pessoas. REVOLUÇÃO QUEIJEIRA Já o chef Fernando Oliveira, dono da loja "A Queijaria", destacou o crescimento do consumo de queijo no país –segundo ele, em torno de 10% ao ano. "Nós vamos virar a pátria do queijo. Temos um mercado pronto pra absorvê-lo, terras e, o mais importante, biodiversidade. Vivemos uma revolução queijeira", disse. Para Oliveira, no entanto, os brasileiros ainda consomem muito pouco queijo em relação a outros países - uma média de 6,5 quilos por ano, contra 28 quilos na Grécia e 25 quilos na Argentina. O público, de aproximadamente 50 pessoas, também pôde aproveitar a degustação de cinco tipos de queijos, do mais forte para o mais suave: coalho, serrano, canastra, joaninha, branco de cássia e do serro. SOBREMESA Depois de tanto sal, foi a vez da chef Rita Medeiros, da Sorbê Sorvetes Artesanais, de Brasília, falar sobre a matéria-prima das suas receitas: as frutas do cerrado. "Enquanto nos outros biomas há nichos ecológicos, no cerrado, em um espaço de apenas um metro quadrado, você encontra uma diversidade de espécies", afirmou. O público, de cerca de 20 pessoas, também pôde experimentar cinco diferentes sabores de sorvetes - cajuzinho, pequi, jenipapo, araticum e murici. Além deles, os chefs Léo Gonçalves, da Cozinha DOC, Juliana Motter, da Maria Brigadeiro, e Tatiana Peebles, da Fazenda Yaguara Ecológio, também vão palestrar no espaço. A programação do Fartura pode ser vista no site do festival –no qual também há um link para a compra de ingressos.
comida
Aulas no Fartura têm teoria, receitas e incitação à 'revolução queijeira'Além de experimentar pratos criados por chefs de diferentes regiões do país, o público do festival Fartura também teve a chance de conhecer mais sobre a história, a técnica e curiosidades de algumas dessas receitas no Espaço Aulas. A versatilidade da culinária brasileira foi o tema da primeira aula do dia, ministrada pelo chef baiano Jorge Luiz da Hora de Jesus, professor de gastronomia do Centro Universitário Senac. Entre todas as lições de culinária passadas aos alunos, Jorge destacou a importância de estudar a história das receitas tradicionais para conseguir inovar na cozinha. "A culinária brasileira não está engessada. O que comemos hoje não comeremos amanhã. Precisamos revisitar a história para conseguir, com maestria e domínio de técnica, ousar para o futuro", afirmou. Além da aula, também houve uma degustação de um prato criado pelo chef: crème brûlée de pirarucu defumado. A receita foi muito elogiada pelo público, composto por cerca de 20 pessoas. REVOLUÇÃO QUEIJEIRA Já o chef Fernando Oliveira, dono da loja "A Queijaria", destacou o crescimento do consumo de queijo no país –segundo ele, em torno de 10% ao ano. "Nós vamos virar a pátria do queijo. Temos um mercado pronto pra absorvê-lo, terras e, o mais importante, biodiversidade. Vivemos uma revolução queijeira", disse. Para Oliveira, no entanto, os brasileiros ainda consomem muito pouco queijo em relação a outros países - uma média de 6,5 quilos por ano, contra 28 quilos na Grécia e 25 quilos na Argentina. O público, de aproximadamente 50 pessoas, também pôde aproveitar a degustação de cinco tipos de queijos, do mais forte para o mais suave: coalho, serrano, canastra, joaninha, branco de cássia e do serro. SOBREMESA Depois de tanto sal, foi a vez da chef Rita Medeiros, da Sorbê Sorvetes Artesanais, de Brasília, falar sobre a matéria-prima das suas receitas: as frutas do cerrado. "Enquanto nos outros biomas há nichos ecológicos, no cerrado, em um espaço de apenas um metro quadrado, você encontra uma diversidade de espécies", afirmou. O público, de cerca de 20 pessoas, também pôde experimentar cinco diferentes sabores de sorvetes - cajuzinho, pequi, jenipapo, araticum e murici. Além deles, os chefs Léo Gonçalves, da Cozinha DOC, Juliana Motter, da Maria Brigadeiro, e Tatiana Peebles, da Fazenda Yaguara Ecológio, também vão palestrar no espaço. A programação do Fartura pode ser vista no site do festival –no qual também há um link para a compra de ingressos.
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Metade do Conselho de Ética vota contra Cunha em repatriação
A proibição a detentores de cargos públicos e seus parentes de aderir ao programa que regulariza recursos mantidos por brasileiros no exterior, confirmada em votação conturbada na noite de quarta-feira (12), contou com o apoio de metade do Conselho de Ética da Casa. O resultado representou uma derrota ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tem um processo de cassação em andamento na comissão julgadora. O peemedebista é investigado na Lava Jato, acusado de ter sido beneficiário de esquema de corrupção na Petrobras. Na sexta (6), reconheceu sua ligação com contas suspeitas na Suíça, mas afirmou que a origem do dinheiro é lícita. Entre os deputados que votaram pela mudança no texto, contra os interesses do presidente da Casa, está o relator do caso, Fausto Pinato (PRB-SP). O líder da bancada, Celso Russomanno (SP), liberou os deputados para votarem conforme achassem melhor. Também não votou a favor de Cunha um antigo aliado, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que foi apoiado pelo peemedebista na eleição para a Presidência do Conselho de Ética, mas acabou derrotado por José Carlos Araújo (PSD-BA). Araújo, junto com outros seis deputados que integram o Conselho, não registraram presença na votação da emenda, que teve início às 23h16 desta quarta. Presente à votação, Leo de Brito (PT-AC), foi o único do Conselho que preferiu se abster. Somente três deputados apoiaram a emenda e seguiram o texto que Cunha e o governo gostariam de manter. São eles: Zé Geraldo (PT-PA), Mauro Lopes (PMDB-MG) e Washington Reis (PMDB-RJ). Como informou a Folha na madrugada desta quinta, apesar das orientações de suas bancadas, os deputados do PT e PMDB se rebelaram e não votaram a favor da manutenção do trecho que permite a políticos e detentores de cargos públicos participarem do programa de regularização de recursos no exterior. A emenda foi aprovada por 351 votos a favor e 48 contrários. O PT, partido da presidente Dilma Rousseff, teve apenas 10 dos 57 deputados presentes fieis à orientação do líder Sibá Machado (AC). O Palácio do Planalto mantém acordos velados com Cunha para blindá-lo, como forma de evitar o impeachment de Dilma, o que, em um primeiro momento, depende do deferimento do peemedebista. Até mesmo no PMDB, partido de Cunha, foram registradas "traições" à orientação da bancada. Dos 49 parlamentares do partido que registraram presença no plenário, só 23 votaram com o partido. Ao comentar a votação da noite passada na manhã desta quinta (12), Cunha negou qualquer interferência, bem como a tentativa de impor uma votação simbólica em prejuízo da emenda em questão. "Não sou parte do processo. Sequer me meti no texto, em nenhum momento, nenhuma circunstância. Só conduzi a votação. Não me sinto vitorioso nem derrotado em nenhuma parte desse processo". Cunha afirmou ainda que a aprovação do projeto da repatriação de recursos representa uma vitória para o governo. "Se o governo não vencesse, a sinalização que ia passar era a dificuldade cada vez maior do ajuste fiscal", avaliou o peemedebista. A votação da noite desta quarta ocorreu após ter sido adiada por duas semanas consecutivas, depois que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ameaçou resgatar um texto semelhante em tramitação na Casa. Cunha avisou que, se os senadores alterarem o texto, ele retornará à Câmara que vai retomar o que foi aprovado na noite de quarta. "Se mudar, vai voltar para cá e dificilmente será mantido aqui." - VOTAÇÃO DA EMENDA QUE PROÍBE POLÍTICOS E FAMILIARES DE ADERIREM AO PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO DE RECURSOS NO EXTERIOR Placar final: Sim - 351 Não - 48 Abstenção - 5 - Como votou cada membro do Conselho de Ética A favor da emenda, contra Cunha Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) Erivelton Santana (PSC-BA) Fausto Pinato (PRB-SP) Paulo Azi (DEM-BA) Sérgio Brito (PSD-BA Valmir Prascidelli (PT-SP) Betinho Gomes (PSDB-PE) Júlio Delgado (PSB-MG) Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS) Sandro Alex (PPS-PR) - Contra a emenda, a favor de Cunha Zé Geraldo (PT-PA) Mauro Lopes (PMDB-MG) Washington Reis (PMDB-RJ) - Abstenção Leo de Brito (PT-AC) - Não estavam presentes Cacá Leão (PP-BA) Paulinho da Força (SD-SP) Ricardo Barros (PP-PR) José Carlos Araújo (PSD-BA) Vinicius Gurgel (PR-AP) Wellington Roberto (PR-PB) Marcos Rogério (PDT-RO)
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Metade do Conselho de Ética vota contra Cunha em repatriaçãoA proibição a detentores de cargos públicos e seus parentes de aderir ao programa que regulariza recursos mantidos por brasileiros no exterior, confirmada em votação conturbada na noite de quarta-feira (12), contou com o apoio de metade do Conselho de Ética da Casa. O resultado representou uma derrota ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tem um processo de cassação em andamento na comissão julgadora. O peemedebista é investigado na Lava Jato, acusado de ter sido beneficiário de esquema de corrupção na Petrobras. Na sexta (6), reconheceu sua ligação com contas suspeitas na Suíça, mas afirmou que a origem do dinheiro é lícita. Entre os deputados que votaram pela mudança no texto, contra os interesses do presidente da Casa, está o relator do caso, Fausto Pinato (PRB-SP). O líder da bancada, Celso Russomanno (SP), liberou os deputados para votarem conforme achassem melhor. Também não votou a favor de Cunha um antigo aliado, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que foi apoiado pelo peemedebista na eleição para a Presidência do Conselho de Ética, mas acabou derrotado por José Carlos Araújo (PSD-BA). Araújo, junto com outros seis deputados que integram o Conselho, não registraram presença na votação da emenda, que teve início às 23h16 desta quarta. Presente à votação, Leo de Brito (PT-AC), foi o único do Conselho que preferiu se abster. Somente três deputados apoiaram a emenda e seguiram o texto que Cunha e o governo gostariam de manter. São eles: Zé Geraldo (PT-PA), Mauro Lopes (PMDB-MG) e Washington Reis (PMDB-RJ). Como informou a Folha na madrugada desta quinta, apesar das orientações de suas bancadas, os deputados do PT e PMDB se rebelaram e não votaram a favor da manutenção do trecho que permite a políticos e detentores de cargos públicos participarem do programa de regularização de recursos no exterior. A emenda foi aprovada por 351 votos a favor e 48 contrários. O PT, partido da presidente Dilma Rousseff, teve apenas 10 dos 57 deputados presentes fieis à orientação do líder Sibá Machado (AC). O Palácio do Planalto mantém acordos velados com Cunha para blindá-lo, como forma de evitar o impeachment de Dilma, o que, em um primeiro momento, depende do deferimento do peemedebista. Até mesmo no PMDB, partido de Cunha, foram registradas "traições" à orientação da bancada. Dos 49 parlamentares do partido que registraram presença no plenário, só 23 votaram com o partido. Ao comentar a votação da noite passada na manhã desta quinta (12), Cunha negou qualquer interferência, bem como a tentativa de impor uma votação simbólica em prejuízo da emenda em questão. "Não sou parte do processo. Sequer me meti no texto, em nenhum momento, nenhuma circunstância. Só conduzi a votação. Não me sinto vitorioso nem derrotado em nenhuma parte desse processo". Cunha afirmou ainda que a aprovação do projeto da repatriação de recursos representa uma vitória para o governo. "Se o governo não vencesse, a sinalização que ia passar era a dificuldade cada vez maior do ajuste fiscal", avaliou o peemedebista. A votação da noite desta quarta ocorreu após ter sido adiada por duas semanas consecutivas, depois que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ameaçou resgatar um texto semelhante em tramitação na Casa. Cunha avisou que, se os senadores alterarem o texto, ele retornará à Câmara que vai retomar o que foi aprovado na noite de quarta. "Se mudar, vai voltar para cá e dificilmente será mantido aqui." - VOTAÇÃO DA EMENDA QUE PROÍBE POLÍTICOS E FAMILIARES DE ADERIREM AO PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO DE RECURSOS NO EXTERIOR Placar final: Sim - 351 Não - 48 Abstenção - 5 - Como votou cada membro do Conselho de Ética A favor da emenda, contra Cunha Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) Erivelton Santana (PSC-BA) Fausto Pinato (PRB-SP) Paulo Azi (DEM-BA) Sérgio Brito (PSD-BA Valmir Prascidelli (PT-SP) Betinho Gomes (PSDB-PE) Júlio Delgado (PSB-MG) Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS) Sandro Alex (PPS-PR) - Contra a emenda, a favor de Cunha Zé Geraldo (PT-PA) Mauro Lopes (PMDB-MG) Washington Reis (PMDB-RJ) - Abstenção Leo de Brito (PT-AC) - Não estavam presentes Cacá Leão (PP-BA) Paulinho da Força (SD-SP) Ricardo Barros (PP-PR) José Carlos Araújo (PSD-BA) Vinicius Gurgel (PR-AP) Wellington Roberto (PR-PB) Marcos Rogério (PDT-RO)
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Cimento Tupi dará calote em credores estrangeiros
A crise desencadeada pela Lava Jato, que levou seis empreiteiras à recuperação judicial, começa a atingir outras empresas. A Cimento Tupi anunciou que não conseguirá pagar na segunda-feira (11) os juros de R$ 9 milhões devidos a credores estrangeiros. Se não pagá-los em 30 dias, ficará oficialmente inadimplente. A partir disso, sua falência pode ser requerida. A Cimento Tupi não está envolvida no escândalo de corrupção da Petrobras, mas o valor dos títulos emitidos no exterior vem caindo drasticamente desde o início do ano diante da exposição do setor ao caso. Sem dinheiro –a Tupi fechou 2014 com menos de R$ 10 milhões em caixa–, as agências de risco já vinham rebaixando sua a nota e indicando o risco de calote. A cimenteira afirmou que contratou o banco Rothschild para assessorá-la no processo de negociação com os credores internacionais, que emprestaram dinheiro à cimenteira em 2011. No total, a Tupi levantou US$ 185 milhões –cerca de R$ 550 milhões pela cotação atual. Ao buscar os recursos, a empresa acordou que iria devolver o dinheiro em 2018 e faria o pagamento de juros semestralmente. A dívida da empresa em dezembro de 2014 era de cerca de R$ 650 milhões.
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Cimento Tupi dará calote em credores estrangeirosA crise desencadeada pela Lava Jato, que levou seis empreiteiras à recuperação judicial, começa a atingir outras empresas. A Cimento Tupi anunciou que não conseguirá pagar na segunda-feira (11) os juros de R$ 9 milhões devidos a credores estrangeiros. Se não pagá-los em 30 dias, ficará oficialmente inadimplente. A partir disso, sua falência pode ser requerida. A Cimento Tupi não está envolvida no escândalo de corrupção da Petrobras, mas o valor dos títulos emitidos no exterior vem caindo drasticamente desde o início do ano diante da exposição do setor ao caso. Sem dinheiro –a Tupi fechou 2014 com menos de R$ 10 milhões em caixa–, as agências de risco já vinham rebaixando sua a nota e indicando o risco de calote. A cimenteira afirmou que contratou o banco Rothschild para assessorá-la no processo de negociação com os credores internacionais, que emprestaram dinheiro à cimenteira em 2011. No total, a Tupi levantou US$ 185 milhões –cerca de R$ 550 milhões pela cotação atual. Ao buscar os recursos, a empresa acordou que iria devolver o dinheiro em 2018 e faria o pagamento de juros semestralmente. A dívida da empresa em dezembro de 2014 era de cerca de R$ 650 milhões.
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Por que acontecem tantos terremotos na Itália?
Um novo terremoto, desta vez de magnitude 6,6 na escala Richter, abalou a cidade de Nórcia, na região central da Itália, neste domingo (30). Por enquanto não há registros de mortes, mas diversos locais ficaram destruídos. O abalo vem apenas dois meses depois de outro bem mais devastador que matou pelo menos 300 pessoas e deixou centenas de desabrigados na mesma região –afetando principalmente a cidade de Amatrice. Na semana passada, o país registrou outros tremores, mas sem maiores consequências. Mas por que tantos terremotos acontecem em solo italiano? Em 1908, estima-se que ao menos 70 mil pessoas morreram quando um tremor de magnitude 7,2 atingiu a cidade siciliana de Messina, onde um tsunami, também associado ao abalo, deixou a região em uma situação desesperadora. Em 1915, houve outro, em Avezzano, que deixou pelo menos 30 mil mortos e uma cidade arrasada. Dali em diante, foram muitos abalos sísmicos que fizeram a história do país. Especialistas acreditam que os terremotos influenciaram tudo na Itália, desde a distribuição da população, adaptação da arquitetura até o dialeto falado em diferentes partes do país. E trata-se se uma influência muito bem documentada. Cada vez que um terremoto destrói uma igreja, os moradores insistem em reformá-la ou reconstruí-la e isso acaba sempre registrado em livros –que se mostraram uma rica fonte de informações para os cientistas que tentam entender a história sísmica da Itália. HISTÓRICO DE TERREMOTOS Em grande escala, os problemas sísmicos que abalam o país podem ser analisados no contexto de uma grande colisão das placas tectônicas africana e euroasiática na região. Mas quando observamos a situação da Itália em detalhe, vemos que o motivo de haver tantos terremotos ali é um pouco mais complexo. A placa da África tem se movimentado todos os anos cerca de 2 cm para o norte. Sendo assim, a Itália tem experimentado movimentos complexos no maior estilo "cabo de guerra". O mar de Tirreno, que se encontra a oeste do país, entre o continente e Sardenha/Córcega, está abrindo pouco a pouco. Segundo os especialistas, isso está contribuindo para uma separação dos Montes Apeninos, a cordilheira que se estende por todo o país –ela estaria se movendo cerca de 3 mm por ano. Adicione-se a isso os movimentos no Adriático, onde há evidências de que a crosta da terra continua se movendo em um sentido anti-horário sob a Itália. Ou seja, o país está sendo literalmente empurrado e puxado por todos os lados. "Os Apeninos também são muito altos, a crosta é muito espessa lá e há um processo de colapso gravitacional", disse Richard Walters da Universidade de Durham, no Reino Unido. "Então, há uma disseminação da cordilheira dos Apeninos, que também leva à extensão –o tal movimento do cabo-de-guerra– e, portanto, aos terremotos". Esses não são tremores colossais como os que costumamos ver em encontros de placas tectônicas –que normalmente produzem abalos de 8 ou 9 pontos na escala Richter. Mas conforme a história mostra, os tremores na região dos Apeninos sempre deixarão seu "rastro" de miséria. "Os efeitos são devastadores aqui, porque os terremotos acontecem na superfície da crosta. E isso é devido à natureza das falhas", explicou Laura Gregory, que trabalha na região e é da Universidade de Leeds, no Reino Unido. "Elas são falhas relativamente pequenas porque são na superfície, então os tremores são dramáticos loco em cima, onde os terremotos acontecem." PREVISÕES A Itália é um país moderno que está muito bem preparado hoje em dia para lidar com os terremotos. Alguns computadores são usados hoje em dia para prever o número de mortes que terremotos podem deixar –e o de feridos também. Eles se baseiam em informações sobre a densidade demográfica e em outros códigos de construção locais. As previsões são usadas para guiar os serviços de emergência e para prepará-los antes dos tremores acontecerem. Se esses números da previsão serão os mesmos da realidade vai depender da qualidade das construções onde as pessoas estão dormindo –muitos tremores acontecem na madrugada ou logo cedo, como o deste domingo. Os edifícios mais antigos correm mais riscos, especialmente aqueles que não passaram por reformas para ficarem mais "resistentes".
mundo
Por que acontecem tantos terremotos na Itália?Um novo terremoto, desta vez de magnitude 6,6 na escala Richter, abalou a cidade de Nórcia, na região central da Itália, neste domingo (30). Por enquanto não há registros de mortes, mas diversos locais ficaram destruídos. O abalo vem apenas dois meses depois de outro bem mais devastador que matou pelo menos 300 pessoas e deixou centenas de desabrigados na mesma região –afetando principalmente a cidade de Amatrice. Na semana passada, o país registrou outros tremores, mas sem maiores consequências. Mas por que tantos terremotos acontecem em solo italiano? Em 1908, estima-se que ao menos 70 mil pessoas morreram quando um tremor de magnitude 7,2 atingiu a cidade siciliana de Messina, onde um tsunami, também associado ao abalo, deixou a região em uma situação desesperadora. Em 1915, houve outro, em Avezzano, que deixou pelo menos 30 mil mortos e uma cidade arrasada. Dali em diante, foram muitos abalos sísmicos que fizeram a história do país. Especialistas acreditam que os terremotos influenciaram tudo na Itália, desde a distribuição da população, adaptação da arquitetura até o dialeto falado em diferentes partes do país. E trata-se se uma influência muito bem documentada. Cada vez que um terremoto destrói uma igreja, os moradores insistem em reformá-la ou reconstruí-la e isso acaba sempre registrado em livros –que se mostraram uma rica fonte de informações para os cientistas que tentam entender a história sísmica da Itália. HISTÓRICO DE TERREMOTOS Em grande escala, os problemas sísmicos que abalam o país podem ser analisados no contexto de uma grande colisão das placas tectônicas africana e euroasiática na região. Mas quando observamos a situação da Itália em detalhe, vemos que o motivo de haver tantos terremotos ali é um pouco mais complexo. A placa da África tem se movimentado todos os anos cerca de 2 cm para o norte. Sendo assim, a Itália tem experimentado movimentos complexos no maior estilo "cabo de guerra". O mar de Tirreno, que se encontra a oeste do país, entre o continente e Sardenha/Córcega, está abrindo pouco a pouco. Segundo os especialistas, isso está contribuindo para uma separação dos Montes Apeninos, a cordilheira que se estende por todo o país –ela estaria se movendo cerca de 3 mm por ano. Adicione-se a isso os movimentos no Adriático, onde há evidências de que a crosta da terra continua se movendo em um sentido anti-horário sob a Itália. Ou seja, o país está sendo literalmente empurrado e puxado por todos os lados. "Os Apeninos também são muito altos, a crosta é muito espessa lá e há um processo de colapso gravitacional", disse Richard Walters da Universidade de Durham, no Reino Unido. "Então, há uma disseminação da cordilheira dos Apeninos, que também leva à extensão –o tal movimento do cabo-de-guerra– e, portanto, aos terremotos". Esses não são tremores colossais como os que costumamos ver em encontros de placas tectônicas –que normalmente produzem abalos de 8 ou 9 pontos na escala Richter. Mas conforme a história mostra, os tremores na região dos Apeninos sempre deixarão seu "rastro" de miséria. "Os efeitos são devastadores aqui, porque os terremotos acontecem na superfície da crosta. E isso é devido à natureza das falhas", explicou Laura Gregory, que trabalha na região e é da Universidade de Leeds, no Reino Unido. "Elas são falhas relativamente pequenas porque são na superfície, então os tremores são dramáticos loco em cima, onde os terremotos acontecem." PREVISÕES A Itália é um país moderno que está muito bem preparado hoje em dia para lidar com os terremotos. Alguns computadores são usados hoje em dia para prever o número de mortes que terremotos podem deixar –e o de feridos também. Eles se baseiam em informações sobre a densidade demográfica e em outros códigos de construção locais. As previsões são usadas para guiar os serviços de emergência e para prepará-los antes dos tremores acontecerem. Se esses números da previsão serão os mesmos da realidade vai depender da qualidade das construções onde as pessoas estão dormindo –muitos tremores acontecem na madrugada ou logo cedo, como o deste domingo. Os edifícios mais antigos correm mais riscos, especialmente aqueles que não passaram por reformas para ficarem mais "resistentes".
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Valdivia é craque, mas Zé Roberto está em outro patamar, diz Oswaldo
O técnico Oswaldo de Oliveira, 64, está contente com o elenco que tem no Palmeiras. Afinal, 16 reforços chegaram ao time neste ano. Mesmo assim, ele entende que outros jogadores podem ser contratados até o Campeonato Brasileiro. Embora demonstre confiança no grupo, o treinador vê Zé Roberto como o único craque consagrado do time do Palmeiras. De acordo com Oswaldo, até mesmo Valdivia, que desde 2010 tem sido a principal referência da equipe, não está no mesmo nível do lateral que veio do Grêmio. "O Valdivia é um craque. Mas o Zé Roberto está em um outro patamar", diz ele. "Os demais são jogadores muito promissores, alguns de muito bom nível", diz. A quatro dias da estreia no Paulista, contra o Audax, sábado (31), Oswaldo concedeu essa entrevista à Folha. Abordou temas que destoam do discurso-padrão dos profissionais do futebol. Em meio a explanações táticas e críticas à formação dos atletas, Oswaldo defendeu uma "formação humanística" para os jogadores brasileiros e enfatizou sua paixão pelo jazz, especialmente pelas músicas de Chet Baker. FOLHA- Ainda cabem reforços nesse grupo? Oswaldo de Oliveira -Para o Paulista, vamos assim. Para o Brasileiro, podemos pensar em reforços. Esse grupo é promissor, mas o único craque consagrado é o Zé Roberto. Os demais são jogadores promissores, alguns de muito bom nível. Mesmo o Valdivia? O Valdivia é um craque, mas o Zé Roberto está em outro patamar. O senhor esperava que tantos reforços fossem chegar? Eu sabia que íamos contratar muitos jogadores, mas não tantos. Isso se justifica pela ideia do clube, de ter uma nova estrutura mais moldável, livre dos momentos difíceis dos últimos anos. E isso é bom, de certo modo. Trabalhar sem atraso de salários facilita seu trabalho? Sim, porque aí posso focar em trabalhar só no campo. Vivenciei muito isso no Japão. A qualidade do futebol deles nem se compara à nossa. Mas a organização, dos orçamentos por exemplo, é muito maior. Seria muito bom que as pessoas que organizam o nosso futebol fossem ao Japão para aprender. A organização da Copa do Mundo não teve efeito prático na rearticulação do futebol por aqui, não é? Mas vai ter. Acredito que a Copa tenha sido o divisor de águas que esperávamos, mas é uma situação que vai acontecer aos poucos. Até porque o futebol brasileiro engatinha no que diz respeito à organização dos clubes, confederações e federações. O senhor já trabalhou no Japão e outros países. Esta é a melhor parte do seu trabalho? Não digo a melhor, mas é muito bom entrar em contato com realidades tão diferentes da brasileira. Acha que é um técnico melhor por valorizar aspectos culturais e falar outros idiomas, por exemplo? Não gostaria de falar isso porque seria antiético me colocar acima de colegas com outros perfis. O que afirmo é que o contato com as artes acaba melhorando você como um todo. Ainda é um consumidor de jazz, fã de Chet Baker? Ouço Chet Baker todos os dias, no meu carro, vindo para cá. O problema é que não há mais novidades dele. Comprei tudo que era possível. Tenho especial predileção por um disco que ele gravou com o brasileiro Rique Pantoja, que é algo que nenhum ser humano deveria passar a vida sem ouvir ao menos uma vez. Dá para levar Chet Baker e o jazz para o campo de jogo? Diretamente, não. Mas as artes nos tornam seres humanos mais sensíveis, nos amolecem, em um bom sentido. E todo trabalho feito com sensibilidade é mais bem feito. Trabalhar com emoção é bom especialmente com os jovens, não é? Sim, mesmo porque há uma lacuna na formação dos nossos jogadores no Brasil. Aqui, formam-se jogadores, não homens. Falta uma formação humanística mais completa, para prepará-los para essa vida tão cheias de extremos e estresses. Por falar em emoção, como está sendo pensar na lista de 28 jogadores que poderá inscrever no Paulista? Estou sofrendo com isso, confesso, porque respeito muito os jogadores. Sou totalmente contrário a isso. Não se pode limitar desse modo porque os jogadores, especialmente os jovens, vão se desenvolvendo com o tempo. E esse limite de 28 amputa esse processo natural. Qual esquema o senhor pretende usar no Palmeiras? Gosto do 4-2-3-1 [três meias e um atacante]. Mas também pretendo usar três atacantes em alguns momentos, quando os jogos permitirem.
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Valdivia é craque, mas Zé Roberto está em outro patamar, diz OswaldoO técnico Oswaldo de Oliveira, 64, está contente com o elenco que tem no Palmeiras. Afinal, 16 reforços chegaram ao time neste ano. Mesmo assim, ele entende que outros jogadores podem ser contratados até o Campeonato Brasileiro. Embora demonstre confiança no grupo, o treinador vê Zé Roberto como o único craque consagrado do time do Palmeiras. De acordo com Oswaldo, até mesmo Valdivia, que desde 2010 tem sido a principal referência da equipe, não está no mesmo nível do lateral que veio do Grêmio. "O Valdivia é um craque. Mas o Zé Roberto está em um outro patamar", diz ele. "Os demais são jogadores muito promissores, alguns de muito bom nível", diz. A quatro dias da estreia no Paulista, contra o Audax, sábado (31), Oswaldo concedeu essa entrevista à Folha. Abordou temas que destoam do discurso-padrão dos profissionais do futebol. Em meio a explanações táticas e críticas à formação dos atletas, Oswaldo defendeu uma "formação humanística" para os jogadores brasileiros e enfatizou sua paixão pelo jazz, especialmente pelas músicas de Chet Baker. FOLHA- Ainda cabem reforços nesse grupo? Oswaldo de Oliveira -Para o Paulista, vamos assim. Para o Brasileiro, podemos pensar em reforços. Esse grupo é promissor, mas o único craque consagrado é o Zé Roberto. Os demais são jogadores promissores, alguns de muito bom nível. Mesmo o Valdivia? O Valdivia é um craque, mas o Zé Roberto está em outro patamar. O senhor esperava que tantos reforços fossem chegar? Eu sabia que íamos contratar muitos jogadores, mas não tantos. Isso se justifica pela ideia do clube, de ter uma nova estrutura mais moldável, livre dos momentos difíceis dos últimos anos. E isso é bom, de certo modo. Trabalhar sem atraso de salários facilita seu trabalho? Sim, porque aí posso focar em trabalhar só no campo. Vivenciei muito isso no Japão. A qualidade do futebol deles nem se compara à nossa. Mas a organização, dos orçamentos por exemplo, é muito maior. Seria muito bom que as pessoas que organizam o nosso futebol fossem ao Japão para aprender. A organização da Copa do Mundo não teve efeito prático na rearticulação do futebol por aqui, não é? Mas vai ter. Acredito que a Copa tenha sido o divisor de águas que esperávamos, mas é uma situação que vai acontecer aos poucos. Até porque o futebol brasileiro engatinha no que diz respeito à organização dos clubes, confederações e federações. O senhor já trabalhou no Japão e outros países. Esta é a melhor parte do seu trabalho? Não digo a melhor, mas é muito bom entrar em contato com realidades tão diferentes da brasileira. Acha que é um técnico melhor por valorizar aspectos culturais e falar outros idiomas, por exemplo? Não gostaria de falar isso porque seria antiético me colocar acima de colegas com outros perfis. O que afirmo é que o contato com as artes acaba melhorando você como um todo. Ainda é um consumidor de jazz, fã de Chet Baker? Ouço Chet Baker todos os dias, no meu carro, vindo para cá. O problema é que não há mais novidades dele. Comprei tudo que era possível. Tenho especial predileção por um disco que ele gravou com o brasileiro Rique Pantoja, que é algo que nenhum ser humano deveria passar a vida sem ouvir ao menos uma vez. Dá para levar Chet Baker e o jazz para o campo de jogo? Diretamente, não. Mas as artes nos tornam seres humanos mais sensíveis, nos amolecem, em um bom sentido. E todo trabalho feito com sensibilidade é mais bem feito. Trabalhar com emoção é bom especialmente com os jovens, não é? Sim, mesmo porque há uma lacuna na formação dos nossos jogadores no Brasil. Aqui, formam-se jogadores, não homens. Falta uma formação humanística mais completa, para prepará-los para essa vida tão cheias de extremos e estresses. Por falar em emoção, como está sendo pensar na lista de 28 jogadores que poderá inscrever no Paulista? Estou sofrendo com isso, confesso, porque respeito muito os jogadores. Sou totalmente contrário a isso. Não se pode limitar desse modo porque os jogadores, especialmente os jovens, vão se desenvolvendo com o tempo. E esse limite de 28 amputa esse processo natural. Qual esquema o senhor pretende usar no Palmeiras? Gosto do 4-2-3-1 [três meias e um atacante]. Mas também pretendo usar três atacantes em alguns momentos, quando os jogos permitirem.
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Setor automotivo derruba produção industrial no 1º semestre
Com estoques altos, consumo em queda e baixa confiança dos empresários, a produção industrial do país recuou 6,3% no primeiro semestre deste ano, informou o IBGE nesta terça-feira (4). Em junho, a queda foi de 0,3% em relação a maio. A principal influência negativa veio da indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias, que teve queda de 20,7% no primeiro semestre comparado com o mesmo período do ano anterior. Ela faz parte do setor que produz bens duráveis (que também inclui eletrodomésticos), que teve uma queda total de 14,6% no primeiro semestre. A área sofre porque é sensível à taxa de juros e ao crédito, mas não está sozinha: todas as quatro grandes categorias econômicas pesquisadas pelo IBGE tiveram queda na produção. Dos ramos acompanhados, 24 dos 26 tiveram perdas, assim como 70,1% dos 805 produtos pesquisados, o que contribuiu para que esses fossem os piores seis primeiros meses do ano desde 2009 (-13%), quando o setor ainda sentia os efeitos da crise hipotecária de alto risco iniciada nos Estados Unidos. A categoria de bens de capital —que produz máquinas para indústrias, agricultura— teve queda de 20% no primeiro semestre deste ano. Também tiveram forte impacto na queda da indústria os segmentos de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-27,8%), derivados de petróleo (-6,3%) e máquinas e equipamentos (-11,3%). Infográfico Produção Industrial Mensal de junho de 2015 TENDÊNCIA DE QUEDA Em junho, a produção industrial recuou 0,3% na comparação com o mês anterior. Com o resultado, fica confirmada a tendência de retração após uma surpreendente alta de 0,6% em maio, frente a abril, puxada por fabricação de equipamentos de transporte e derivados de petróleo. "Mesmo no mês em que houve alta de 0,6% havia a leitura de que a tendência era negativa. Até porque não era suficiente para eliminar perdas anteriores. A entrada de mais uma resultado negativo mantém a leitura que já observávamos", disse André Macedo, Quando comparado ao mesmo mês do ano passado, a queda da indústria em junho foi de 3,2%. Foi a 16º queda consecutiva da produção industrial brasileira na comparação ao mesmo mês do ano anterior. Apesar disso, o resultado veio um pouco melhor que o esperado. Os economistas consultados pela agência Bloomberg esperavam, em média, recuo de 0,7% em junho sobre o mês anterior. E tivesse queda de 5% frente ao mesmo mês de 2014. No acumulado dos últimos 12 meses até junho, a produção teve queda de 5%, desacelerando em relação ao acumulado em maio (-5,3%) e interrompendo a trajetória iniciada em março de 2014.
mercado
Setor automotivo derruba produção industrial no 1º semestreCom estoques altos, consumo em queda e baixa confiança dos empresários, a produção industrial do país recuou 6,3% no primeiro semestre deste ano, informou o IBGE nesta terça-feira (4). Em junho, a queda foi de 0,3% em relação a maio. A principal influência negativa veio da indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias, que teve queda de 20,7% no primeiro semestre comparado com o mesmo período do ano anterior. Ela faz parte do setor que produz bens duráveis (que também inclui eletrodomésticos), que teve uma queda total de 14,6% no primeiro semestre. A área sofre porque é sensível à taxa de juros e ao crédito, mas não está sozinha: todas as quatro grandes categorias econômicas pesquisadas pelo IBGE tiveram queda na produção. Dos ramos acompanhados, 24 dos 26 tiveram perdas, assim como 70,1% dos 805 produtos pesquisados, o que contribuiu para que esses fossem os piores seis primeiros meses do ano desde 2009 (-13%), quando o setor ainda sentia os efeitos da crise hipotecária de alto risco iniciada nos Estados Unidos. A categoria de bens de capital —que produz máquinas para indústrias, agricultura— teve queda de 20% no primeiro semestre deste ano. Também tiveram forte impacto na queda da indústria os segmentos de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-27,8%), derivados de petróleo (-6,3%) e máquinas e equipamentos (-11,3%). Infográfico Produção Industrial Mensal de junho de 2015 TENDÊNCIA DE QUEDA Em junho, a produção industrial recuou 0,3% na comparação com o mês anterior. Com o resultado, fica confirmada a tendência de retração após uma surpreendente alta de 0,6% em maio, frente a abril, puxada por fabricação de equipamentos de transporte e derivados de petróleo. "Mesmo no mês em que houve alta de 0,6% havia a leitura de que a tendência era negativa. Até porque não era suficiente para eliminar perdas anteriores. A entrada de mais uma resultado negativo mantém a leitura que já observávamos", disse André Macedo, Quando comparado ao mesmo mês do ano passado, a queda da indústria em junho foi de 3,2%. Foi a 16º queda consecutiva da produção industrial brasileira na comparação ao mesmo mês do ano anterior. Apesar disso, o resultado veio um pouco melhor que o esperado. Os economistas consultados pela agência Bloomberg esperavam, em média, recuo de 0,7% em junho sobre o mês anterior. E tivesse queda de 5% frente ao mesmo mês de 2014. No acumulado dos últimos 12 meses até junho, a produção teve queda de 5%, desacelerando em relação ao acumulado em maio (-5,3%) e interrompendo a trajetória iniciada em março de 2014.
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Conheça cinco lugares para observar estrelas pelo mundo
Confira uma seleção de lugares com céu limpinho e estrutura de ponta para apreciar o céu noturno: Cerro Paranal, Chile Observatório administrado pela ESO (European Southern Observatory) fica a 2.635 metros de altura Roque de los Muchachos, Espanha A 2.420 metros acima do nível do mar foi construído, há 32 anos, um dos maiores observatórios do mundo Mauna Kea, Havaí Os telescópios ficam em uma estação sobre um vulcão, a 4.205 metros acima do nível do oceano Alqueva, Portugal A região abriga estações com telescópios e hotéis voltados para os apaixonados por estrelas Socorro, Estados Unidos O complexo de 27 radiotelescópios foi um dos cenários do filme "Contato", de 1997 O Shiki-Shima, trem com 17 suítes de luxo -três delas com dois andares, banheira e lareira- começou a circular no início deste mês pelo Japão. O veículo tem capacidade para até 34 passageiros, dois em cada suíte. A partida e a chegada são na estação de Ueno, em Tóquio, e a opção de viagem mais longa, de quatro dias, leva à ilha de Hokkaido, a cerca de mil quilômetros ao norte da capital. A viagem mais curta, de dois dias, que passa pela região central do Japão, custa a partir de R$ 8,8 mil (320 mil ienes). Mas quem quiser experimentar esse luxo vai ter que esperar: as passagens já estão reservadas até março de 2018; mais informações em goo.gl/Dy1I4O MARCOS VERAS, 37, ATOR VOLTARIA Praga A capital da República Tcheca tem muitos elementos medievais, como castelos e igrejas, que dão a ela um ar de cidade cinematográfica. Também possui cervejas muito boas -as melhores que já tomei na vida. Elas são mais fortes do que as brasileiras e servidas a cerca de 10°C NÃO VOLTARIA Veneza Acho que as gôndolas e o romantismo em torno dos passeios me fizeram criar uma expectativa muito grande em relação ao lugar, que, na prática, não é tão incrível quanto esperava. Também não achei as opções gastronômicas de lá tão boas quanto as de outras cidades, como Roma e Florença
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Conheça cinco lugares para observar estrelas pelo mundoConfira uma seleção de lugares com céu limpinho e estrutura de ponta para apreciar o céu noturno: Cerro Paranal, Chile Observatório administrado pela ESO (European Southern Observatory) fica a 2.635 metros de altura Roque de los Muchachos, Espanha A 2.420 metros acima do nível do mar foi construído, há 32 anos, um dos maiores observatórios do mundo Mauna Kea, Havaí Os telescópios ficam em uma estação sobre um vulcão, a 4.205 metros acima do nível do oceano Alqueva, Portugal A região abriga estações com telescópios e hotéis voltados para os apaixonados por estrelas Socorro, Estados Unidos O complexo de 27 radiotelescópios foi um dos cenários do filme "Contato", de 1997 O Shiki-Shima, trem com 17 suítes de luxo -três delas com dois andares, banheira e lareira- começou a circular no início deste mês pelo Japão. O veículo tem capacidade para até 34 passageiros, dois em cada suíte. A partida e a chegada são na estação de Ueno, em Tóquio, e a opção de viagem mais longa, de quatro dias, leva à ilha de Hokkaido, a cerca de mil quilômetros ao norte da capital. A viagem mais curta, de dois dias, que passa pela região central do Japão, custa a partir de R$ 8,8 mil (320 mil ienes). Mas quem quiser experimentar esse luxo vai ter que esperar: as passagens já estão reservadas até março de 2018; mais informações em goo.gl/Dy1I4O MARCOS VERAS, 37, ATOR VOLTARIA Praga A capital da República Tcheca tem muitos elementos medievais, como castelos e igrejas, que dão a ela um ar de cidade cinematográfica. Também possui cervejas muito boas -as melhores que já tomei na vida. Elas são mais fortes do que as brasileiras e servidas a cerca de 10°C NÃO VOLTARIA Veneza Acho que as gôndolas e o romantismo em torno dos passeios me fizeram criar uma expectativa muito grande em relação ao lugar, que, na prática, não é tão incrível quanto esperava. Também não achei as opções gastronômicas de lá tão boas quanto as de outras cidades, como Roma e Florença
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Índia nomeia Urjit Patel para novo presidente do banco central
O governo da Índia promoveu Urjit Patel, segundo no comando da política monetária do banco central da Índia, para servir como o próximo presidente da instituição pelos próximos três anos. Ele vai substituir Raghuram Rajan, ex-economista chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional) que chocou os mercados financeiros em junho ao anunciar que deixaria o posto em setembro e retornaria à academia após um único mandato de três anos no banco central indiano. Patel, de 52 anos, iniciará seu mandato em 4 de setembro. "O Comitê de Nomeações do Gabinete aprovou a nomeação do senhor Urjit R. Patel como presidente do Banco Central da Índia por um período de três anos", informou um comunicado do governo.
mercado
Índia nomeia Urjit Patel para novo presidente do banco centralO governo da Índia promoveu Urjit Patel, segundo no comando da política monetária do banco central da Índia, para servir como o próximo presidente da instituição pelos próximos três anos. Ele vai substituir Raghuram Rajan, ex-economista chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional) que chocou os mercados financeiros em junho ao anunciar que deixaria o posto em setembro e retornaria à academia após um único mandato de três anos no banco central indiano. Patel, de 52 anos, iniciará seu mandato em 4 de setembro. "O Comitê de Nomeações do Gabinete aprovou a nomeação do senhor Urjit R. Patel como presidente do Banco Central da Índia por um período de três anos", informou um comunicado do governo.
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Motorista cai na represa Billings depois de perder o controle do veículo
Um motorista perdeu o controle do carro e caiu junto com o veículo na represa Billings, na divisa de Diadema (Grande São Paulo) com a zona sul da capital paulista, por volta das 8h deste domingo (16). O acidente aconteceu no momento em ele fazia a travessia de balsa do bairro do Grajaú para a Ilha do Bororé, localizado no distrito Grajaú (principal ponto de acesso à região). A embarcação não estava atracada quando o veículo passou pela rampa de acesso e caiu. Segundo o Corpo de Bombeiros não houve vítimas e o motorista conseguiu sair do carro antes de o veículo ficar submerso. Em 2005, um ônibus já havia caído na represa Billings quando estava na balsa da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), que faz a travessia do Grajaú, na zona sul de São Paulo, até a ilha de Bororé. À época, segundo a empresa, quando a balsa estava a poucos metros do atracadouro, ele se movimentou antes da hora, arrebentou a cancela e ficou dependurado. Uma pessoa caiu na água e teve ferimentos leves.
cotidiano
Motorista cai na represa Billings depois de perder o controle do veículoUm motorista perdeu o controle do carro e caiu junto com o veículo na represa Billings, na divisa de Diadema (Grande São Paulo) com a zona sul da capital paulista, por volta das 8h deste domingo (16). O acidente aconteceu no momento em ele fazia a travessia de balsa do bairro do Grajaú para a Ilha do Bororé, localizado no distrito Grajaú (principal ponto de acesso à região). A embarcação não estava atracada quando o veículo passou pela rampa de acesso e caiu. Segundo o Corpo de Bombeiros não houve vítimas e o motorista conseguiu sair do carro antes de o veículo ficar submerso. Em 2005, um ônibus já havia caído na represa Billings quando estava na balsa da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), que faz a travessia do Grajaú, na zona sul de São Paulo, até a ilha de Bororé. À época, segundo a empresa, quando a balsa estava a poucos metros do atracadouro, ele se movimentou antes da hora, arrebentou a cancela e ficou dependurado. Uma pessoa caiu na água e teve ferimentos leves.
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Genitais são vandalizados em telas no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba
Dois quadros que retratam a nudez feminina foram alvo de vandalismo nos últimos dias no MON (Museu Oscar Niemeyer), em Curitiba. Em ambos, o dano foi feito na região genital das figuras. O museu informou que iniciou um processo de investigação junto às autoridades, com o apoio de imagens das câmeras de segurança do local. As obras, que pertencem ao acervo do MON, foram retiradas de exposição e levadas para restauro. Em nota, a instituição diz que, "apesar do rigor da segurança, duas obras de valor artístico inestimável que estavam em exposição foram danificadas na última semana". Segundo o texto, os danos provavelmente foram causados por perfuração de caneta ou lápis. Fontes do meio artístico atribuem o crime a adolescentes que visitaram o museu em grandes grupos durante o feriado. Um dos quadros prejudicados, "Adán y Eva", de 1927, é considerado um dos mais importantes da casa pelo crítico de arte e professor da Universidade Federal do Paraná Paulo Reis. O autor, o uruguaio Joaquín Torres García, foi um dos primeiros da escola construtivista na América Latina e influenciou a corrente concretista dos anos 1950 e 1960. O outro quadro perfurado no MON é "Nereidas modernas", de Rodolpho Doubek, discípulo do norueguês Alfredo Andersen (1860-1935). Funcionário público na área de cartografia, ele procurou o ateliê do mestre europeu em Curitiba para aprimorar sua arte. De acordo com restauradores ouvidos pela Folha, furos pequenos como os realizados são relativamente fáceis de consertar, utilizando materiais próprios como fios de linho e adesivos no verso, e podem voltar a ser expostos rapidamente. O valor estimado das obras não foi informado. O crítico Paulo Reis diz lamentar que o incidente traga "mais uma vez agressão à representação da mulher", o que vai totalmente contra o momento atual de valorização de manifestações artísticas feitas por mulheres ou representando seu corpo. Não foi o primeiro incidente envolvendo o legado de Torres García no Brasil: em 1978, vários de seus quadros, expostos em retrospectiva do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, foram queimados num incêndio. Outro museu curitibano, o Alfredo Andersen, tem atualmente em cartaz a mostra "Expressão do Feminino", que inclui pinturas de Sandra Hiromoto intituladas "Nem Toda Nudez Quer Ser Vestida".
ilustrada
Genitais são vandalizados em telas no Museu Oscar Niemeyer, em CuritibaDois quadros que retratam a nudez feminina foram alvo de vandalismo nos últimos dias no MON (Museu Oscar Niemeyer), em Curitiba. Em ambos, o dano foi feito na região genital das figuras. O museu informou que iniciou um processo de investigação junto às autoridades, com o apoio de imagens das câmeras de segurança do local. As obras, que pertencem ao acervo do MON, foram retiradas de exposição e levadas para restauro. Em nota, a instituição diz que, "apesar do rigor da segurança, duas obras de valor artístico inestimável que estavam em exposição foram danificadas na última semana". Segundo o texto, os danos provavelmente foram causados por perfuração de caneta ou lápis. Fontes do meio artístico atribuem o crime a adolescentes que visitaram o museu em grandes grupos durante o feriado. Um dos quadros prejudicados, "Adán y Eva", de 1927, é considerado um dos mais importantes da casa pelo crítico de arte e professor da Universidade Federal do Paraná Paulo Reis. O autor, o uruguaio Joaquín Torres García, foi um dos primeiros da escola construtivista na América Latina e influenciou a corrente concretista dos anos 1950 e 1960. O outro quadro perfurado no MON é "Nereidas modernas", de Rodolpho Doubek, discípulo do norueguês Alfredo Andersen (1860-1935). Funcionário público na área de cartografia, ele procurou o ateliê do mestre europeu em Curitiba para aprimorar sua arte. De acordo com restauradores ouvidos pela Folha, furos pequenos como os realizados são relativamente fáceis de consertar, utilizando materiais próprios como fios de linho e adesivos no verso, e podem voltar a ser expostos rapidamente. O valor estimado das obras não foi informado. O crítico Paulo Reis diz lamentar que o incidente traga "mais uma vez agressão à representação da mulher", o que vai totalmente contra o momento atual de valorização de manifestações artísticas feitas por mulheres ou representando seu corpo. Não foi o primeiro incidente envolvendo o legado de Torres García no Brasil: em 1978, vários de seus quadros, expostos em retrospectiva do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, foram queimados num incêndio. Outro museu curitibano, o Alfredo Andersen, tem atualmente em cartaz a mostra "Expressão do Feminino", que inclui pinturas de Sandra Hiromoto intituladas "Nem Toda Nudez Quer Ser Vestida".
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PIB dos Estados Unidos cresce 1,1% no 1º trimestre com ajuda de exportações
A má notícia é que o PIB (Produto Interno Bruto) desacelerou no primeiro trimestre de 2016. A boa é que a queda foi menor do que se esperava. O PIB cresceu a uma taxa anualizada de 1,1%, ante 0,8% da projeção anterior, segundo o Departamento de Comércio norte-americano. Economistas esperavam uma expansão de 1%. O desempenho econômico melhorou com ajuda das exportações de bens e serviços, segmento que se saiu melhor do que o previsto. As companhias americanas também gastaram mais com software, pesquisa e desenvolvimento. Mas as famílias americanas estão gastando menos. O consumo interno, responsável por quase 70% da economia norte-americana, foi revisado para baixo, de 1,9% calculados em abril para 1,5%. Os gastos com serviço e recreação diminuíram, enquanto a poupança ganhou força: US$ 796,7 bilhões, contra US$ 782,6 bilhões previstos anteriormente. PIB dos EUA - Variação trimestral O órgão divulgou nesta terça-feira (28) a terceira e última revisão do PIB local no primeiro trimestre do ano. O governo dos EUA costuma parcelar em três fases a divulgação do PIB trimestral. As duas primeiras, anunciadas em abril e maio, registraram expansão de 0,5% e 0,8%, respectivamente. Os valores são reajustados na medida em que técnicos recebem mais dados para calcular a desenvoltura econômica do país. Um PIB mais anêmico é comum na trinca inicial de meses —a tendência é subir ao longo do ano. Os lucros corporativos, também divulgados na terça, deram um salto de US$ 34,7 bilhões. Eles haviam encolhido US$ 159,6 bilhões no último trimestre de 2015. Ainda é incerta, contudo, a reação da economia americana após uma semana de turbulência financeira, com o Brexit (decisão do Reino Unido de se retirar da União Europeia ) derrubando Bolsas mundo afora. As expectativas para o segundo trimestre são melhores. A presidente do Fed (banco central americano), Janet Yellen, afirmou em depoimento no Congresso, na semana passada, que haveria um "notável avanço" no número. Segundo o "Wall Street Journal", economistas preveem melhora no desempenho econômico com famílias gastando mais nos próximos meses, e vendas mais robustas de carros e casas. Antes do plebiscito britânico, o Fed anunciou que seguraria mais uma vez o aumento da taxa básica de juros. Yellen explicou que preferia esperar por sinais mais robustos de que a economia doméstica estava em plena forma. Assustou o relatório do Departamento do Trabalho, divulgado no começo do mês, sobre a adição de 38 mil postos em maio, a taxa mais baixa em cinco anos.
mercado
PIB dos Estados Unidos cresce 1,1% no 1º trimestre com ajuda de exportaçõesA má notícia é que o PIB (Produto Interno Bruto) desacelerou no primeiro trimestre de 2016. A boa é que a queda foi menor do que se esperava. O PIB cresceu a uma taxa anualizada de 1,1%, ante 0,8% da projeção anterior, segundo o Departamento de Comércio norte-americano. Economistas esperavam uma expansão de 1%. O desempenho econômico melhorou com ajuda das exportações de bens e serviços, segmento que se saiu melhor do que o previsto. As companhias americanas também gastaram mais com software, pesquisa e desenvolvimento. Mas as famílias americanas estão gastando menos. O consumo interno, responsável por quase 70% da economia norte-americana, foi revisado para baixo, de 1,9% calculados em abril para 1,5%. Os gastos com serviço e recreação diminuíram, enquanto a poupança ganhou força: US$ 796,7 bilhões, contra US$ 782,6 bilhões previstos anteriormente. PIB dos EUA - Variação trimestral O órgão divulgou nesta terça-feira (28) a terceira e última revisão do PIB local no primeiro trimestre do ano. O governo dos EUA costuma parcelar em três fases a divulgação do PIB trimestral. As duas primeiras, anunciadas em abril e maio, registraram expansão de 0,5% e 0,8%, respectivamente. Os valores são reajustados na medida em que técnicos recebem mais dados para calcular a desenvoltura econômica do país. Um PIB mais anêmico é comum na trinca inicial de meses —a tendência é subir ao longo do ano. Os lucros corporativos, também divulgados na terça, deram um salto de US$ 34,7 bilhões. Eles haviam encolhido US$ 159,6 bilhões no último trimestre de 2015. Ainda é incerta, contudo, a reação da economia americana após uma semana de turbulência financeira, com o Brexit (decisão do Reino Unido de se retirar da União Europeia ) derrubando Bolsas mundo afora. As expectativas para o segundo trimestre são melhores. A presidente do Fed (banco central americano), Janet Yellen, afirmou em depoimento no Congresso, na semana passada, que haveria um "notável avanço" no número. Segundo o "Wall Street Journal", economistas preveem melhora no desempenho econômico com famílias gastando mais nos próximos meses, e vendas mais robustas de carros e casas. Antes do plebiscito britânico, o Fed anunciou que seguraria mais uma vez o aumento da taxa básica de juros. Yellen explicou que preferia esperar por sinais mais robustos de que a economia doméstica estava em plena forma. Assustou o relatório do Departamento do Trabalho, divulgado no começo do mês, sobre a adição de 38 mil postos em maio, a taxa mais baixa em cinco anos.
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Rio, não tem como te defender
Juro que eu tento, quero entrar no espírito olímpico e viver esse momento histórico, mas no mesmo dia em que o Comitê Olímpico Internacional (COI) fez a décima e última visita de inspeção às instalações dos Jogos, ficamos sabendo que o governo do Estado do Rio vai atrasar em um mês os salários de 140 mil servidores públicos aposentados. Enquanto ganhamos parabéns porque, segundo o COI, as obras estão de acordo com as normas da entidade e porque os dirigentes estão satisfeitos com o retorno de atletas e comissões técnicas em relação às instalações, tem gente deixando de receber dinheiro para comprar comida e medicamento. Imagino o quanto o COI não tenha fechado os olhos para todas as reclamações, e foram muitas ao longo desse processo, para o fato de que nem sabemos se haverá metrô, ainda que o governador licenciado Luiz Fernando Pezão tenha garantido que sim, para o detalhe de que o velódromo e o Engenhão ainda não estejam prontos. Mas quem precisa de metrô quando não tem o que comer? Quem está preocupado se vai ter velódromo ou não? Atrasos nos pagamentos vêm ocorrendo desde o fim do ano. Já seria vergonhoso em qualquer momento, mais ainda agora quando o Rio está a pouco mais de cem dias de sediar um evento que consumiu R$ 39 bilhões de reais em investimentos público e privado. A atitude é tão covarde que o corte atingiu o bolso de quem não está mais na ativa, certamente para evitar greves e não comprometer o funcionamento da engrenagem estatal. Certamente porque fica mais difícil haver mobilização de uma classe fora do combate diário. É vergonhoso saber que saúde e educação no Estado anfitrião da Olimpíada estão em frangalhos, que não tem dinheiro para pagar salários, enquanto o governo do Rio concedeu isenções fiscais a empresas, entre 2008 e 2013, num montante que chega a R$ 138,6 bilhões, segundo o Tribunal de Contas do Estado. Um país que corta investimentos em educação e em projetos sociais, um governo de Estado que não consegue nem honrar sua folha de pagamento não podem querer brincar de fazer Olimpíada. Como é que a gente vibra com os Jogos? Como posso vir aqui e contar a parte bacana, porque tem a parte bacana, com esse tipo de coisa acontecendo? Como é que dá para defender a Olimpíada se seus anfitriões são maltratados? Por que os verdadeiros anfitriões dos Jogos não são os figurões que sentarão na tribuna de honra no dia 5 de agosto, mas os moradores do Rio. E não pagar salários de aposentados é um desrespeito a todos. Como tais pessoas se sentem quando sabem que o governo estadual investiu, ou deveria ter investido, cerca de R$ 10 bilhões em projetos para a cidade, sendo que alguns nem saíram do papel, como a despoluição da baía da Guanabara? Para onde foi esse dinheiro se a baía continua imunda? Nem a conta emocional fecha. A coluna deveria ser sobre o Centro de Treinamento de Voluntários, inaugurado pela Rio-2016 e pela Universidade Estácio. Lá encontrei gente entusiasmada, engajada, com brilho nos olhos. Saí contagiada pela atmosfera positiva entre pessoas que vão doar tempo, experiência, generosidade. Então, fui embora e li sobre os aposentados. Rio, assim fica difícil de te defender.
colunas
Rio, não tem como te defenderJuro que eu tento, quero entrar no espírito olímpico e viver esse momento histórico, mas no mesmo dia em que o Comitê Olímpico Internacional (COI) fez a décima e última visita de inspeção às instalações dos Jogos, ficamos sabendo que o governo do Estado do Rio vai atrasar em um mês os salários de 140 mil servidores públicos aposentados. Enquanto ganhamos parabéns porque, segundo o COI, as obras estão de acordo com as normas da entidade e porque os dirigentes estão satisfeitos com o retorno de atletas e comissões técnicas em relação às instalações, tem gente deixando de receber dinheiro para comprar comida e medicamento. Imagino o quanto o COI não tenha fechado os olhos para todas as reclamações, e foram muitas ao longo desse processo, para o fato de que nem sabemos se haverá metrô, ainda que o governador licenciado Luiz Fernando Pezão tenha garantido que sim, para o detalhe de que o velódromo e o Engenhão ainda não estejam prontos. Mas quem precisa de metrô quando não tem o que comer? Quem está preocupado se vai ter velódromo ou não? Atrasos nos pagamentos vêm ocorrendo desde o fim do ano. Já seria vergonhoso em qualquer momento, mais ainda agora quando o Rio está a pouco mais de cem dias de sediar um evento que consumiu R$ 39 bilhões de reais em investimentos público e privado. A atitude é tão covarde que o corte atingiu o bolso de quem não está mais na ativa, certamente para evitar greves e não comprometer o funcionamento da engrenagem estatal. Certamente porque fica mais difícil haver mobilização de uma classe fora do combate diário. É vergonhoso saber que saúde e educação no Estado anfitrião da Olimpíada estão em frangalhos, que não tem dinheiro para pagar salários, enquanto o governo do Rio concedeu isenções fiscais a empresas, entre 2008 e 2013, num montante que chega a R$ 138,6 bilhões, segundo o Tribunal de Contas do Estado. Um país que corta investimentos em educação e em projetos sociais, um governo de Estado que não consegue nem honrar sua folha de pagamento não podem querer brincar de fazer Olimpíada. Como é que a gente vibra com os Jogos? Como posso vir aqui e contar a parte bacana, porque tem a parte bacana, com esse tipo de coisa acontecendo? Como é que dá para defender a Olimpíada se seus anfitriões são maltratados? Por que os verdadeiros anfitriões dos Jogos não são os figurões que sentarão na tribuna de honra no dia 5 de agosto, mas os moradores do Rio. E não pagar salários de aposentados é um desrespeito a todos. Como tais pessoas se sentem quando sabem que o governo estadual investiu, ou deveria ter investido, cerca de R$ 10 bilhões em projetos para a cidade, sendo que alguns nem saíram do papel, como a despoluição da baía da Guanabara? Para onde foi esse dinheiro se a baía continua imunda? Nem a conta emocional fecha. A coluna deveria ser sobre o Centro de Treinamento de Voluntários, inaugurado pela Rio-2016 e pela Universidade Estácio. Lá encontrei gente entusiasmada, engajada, com brilho nos olhos. Saí contagiada pela atmosfera positiva entre pessoas que vão doar tempo, experiência, generosidade. Então, fui embora e li sobre os aposentados. Rio, assim fica difícil de te defender.
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Baixa umidade põe SP em atenção pelo 3º dia; calor e tempo seco continuam
O tempo seco voltou a deixar a capital paulista em estado de atenção neste sábado (9). Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura, a cidade registrou umidade média de 24,8% durante a tarde, chegando ao terceiro dia seguido com índices inferiores a 30%. Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), umidade menor do que 60% é nociva à saúde humana. Pelo órgão, índices entre 30% e 20% caracterizam estado de atenção; de 19% a 12% são de estado de alerta; e inferiores a 12% correspondem ao estado de emergência. Apesar de umidade média ter ficado em 24,8%, algumas regiões de São Paulo tiveram percentuais ainda menores, como Campo Limpo (17,8%), Butantã (19,5%), Pirituba (19,5%). Na média, no entanto, o recorde do ano continua sendo os 23,8% registrados na última segunda-feira (4). O tempo seco e ensolarado que atinge todo o Estado de São Paulo é resultado de uma massa de ar seco que se concentra no centro-sul do país. Ela deve continuar a agir na próxima semana, mantendo o calor –que provocou temperaturas de até 30,7°C neste sábado– e o tempo seco. Os termômetros podem chegar aos 31°C neste domingo (10) e aos 32°C na segunda (11). A umidade do ar também continuará atingindo índices baixos durante a tarde, o que facilita a concentração de poluentes na atmosfera, prejudicando a qualidade do ar. As doenças respiratórias podem ser agravadas nessas condições climáticas devido ao ressecamento das mucosas. Sintomas como complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas, sangramento pelo nariz, ressecamento da pele e irritação dos olhos são ocasionados pelo ar seco. Recomenda-se ingerir bastante água, usar soro fisiológico nos olhos e nas narinas, umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhar os jardins e permanecer em locais protegidos do sol.
cotidiano
Baixa umidade põe SP em atenção pelo 3º dia; calor e tempo seco continuamO tempo seco voltou a deixar a capital paulista em estado de atenção neste sábado (9). Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura, a cidade registrou umidade média de 24,8% durante a tarde, chegando ao terceiro dia seguido com índices inferiores a 30%. Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), umidade menor do que 60% é nociva à saúde humana. Pelo órgão, índices entre 30% e 20% caracterizam estado de atenção; de 19% a 12% são de estado de alerta; e inferiores a 12% correspondem ao estado de emergência. Apesar de umidade média ter ficado em 24,8%, algumas regiões de São Paulo tiveram percentuais ainda menores, como Campo Limpo (17,8%), Butantã (19,5%), Pirituba (19,5%). Na média, no entanto, o recorde do ano continua sendo os 23,8% registrados na última segunda-feira (4). O tempo seco e ensolarado que atinge todo o Estado de São Paulo é resultado de uma massa de ar seco que se concentra no centro-sul do país. Ela deve continuar a agir na próxima semana, mantendo o calor –que provocou temperaturas de até 30,7°C neste sábado– e o tempo seco. Os termômetros podem chegar aos 31°C neste domingo (10) e aos 32°C na segunda (11). A umidade do ar também continuará atingindo índices baixos durante a tarde, o que facilita a concentração de poluentes na atmosfera, prejudicando a qualidade do ar. As doenças respiratórias podem ser agravadas nessas condições climáticas devido ao ressecamento das mucosas. Sintomas como complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas, sangramento pelo nariz, ressecamento da pele e irritação dos olhos são ocasionados pelo ar seco. Recomenda-se ingerir bastante água, usar soro fisiológico nos olhos e nas narinas, umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhar os jardins e permanecer em locais protegidos do sol.
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Cresce número de pessoas que abrem empresa após demissão, sem planejar
A crise tem levado muitos brasileiros a abrir pequenos negócios sem nenhum planejamento. Esse fenômeno tem nome: é o empreendedorismo por necessidade. Ele ocorre quando uma pessoa perde o emprego e, sem fonte de renda, decide empreender. Em 2016, 12,3 milhões de pessoas ficaram desempregadas no país, segundo o IBGE. A organização da Feira do Empreendedor, do Sebrae-SP, calcula que 80% dos atendimentos realizados nessa edição têm como objetivo resolver problemas de quem abriu um negócio às pressas. A GEM (Global Entrepreneurship Monitor), pesquisa da London Business School feita em dez países, detectou que o fenômeno segue o desdobramento da crise brasileira: entre 2014 e 2015, o índice de empresas abertas por necessidade no país cresceu de 29% para 43,5%. Foram entrevistados 2.000 empreendedores no Brasil. O psicólogo Samuel Lana, 33, diz que se viu forçado a abrir um negócio quando perdeu o emprego, em 2011. Amante de skate, não gastou muito tempo para definir em qual ramo iria entrar. Ele criou com mais dois amigos uma fábrica do produto em Jaguariúna (SP), em 2012. "Não estudamos o mercado e tivemos transtornos com a importação das peças. Nossos gastos acabavam superando o valor das vendas." Após um ano e meio de operações e 650 skates produzidos, a fábrica fechou em 2013 —e com dívida. "Não tínhamos um plano de negócio e tudo o que a gente decidia hoje, mudava no dia seguinte", pontua. Hoje, Lana segue à frente de outra empresa, só que optou por um modelo já pronto: uma franquia do ramo imobiliário. A administradora Valdirene Diniz, 36, de Suzano (Grande SP), ainda não voltou aos trilhos após ter sido demitida, em 2012. Desde 2015 ela tenta erguer a Sr. Brigadeiro e a Sra. Beijinho, que produz doces com recheios como tequila e especiarias. "Quando perdi o meu emprego, entrei em depressão. Não é fácil manter um negócio próprio, mas sinto que ele pode crescer", afirma. PLANEJAMENTO Para Paulo Ribeiro, gerente do Sebrae-SP, uma empresa só prospera se consumir, ao menos, seis meses de planejamento. "Nesse intervalo, o empresário vai estudar se o produto ou serviço que ele oferece tem demanda e quais são os custos e os entraves." Foi o que fez a administradora Fabiana Nemer, 45. Ela e mais uma sócia criaram a Vilight, empresa de São Paulo que desenvolve dietas para atletas e pessoas que passaram por cirurgia bariátrica. "Experimentamos a comida da concorrência e selecionamos o que era bom e o que não era para a nossa cozinha", diz a administradora. Nemer diz que foi impactada pela crise, mas a empresa segue firme. "Tive que demitir dez funcionários porque os pedidos caíram 35%. Foi o planejamento que nos salvou." "A dica universal é começar pequeno em um ramo que, de fato, já conhece", afirma Igor Piquet, gestor de aceleração de negócios da Endeavor. Muita gente quebra, diz ele, por investir mais que do que o lucro suporta. Ribeiro, do Sebrae-SP, chama a atenção para outro detalhe: a caixinha dos imprevistos. "O empresário precisa guardar um recurso para cobrir gastos não planejados." Conheça cursos que ajudam a planejar atividades SUPER MEI Instituição Sebrae-SP O que é oferece soluções de gestão, conhecimento técnico e acesso ao crédito Custo gratuito Modalidade presencial, com carga horária entre 28h e 48h Inscrições podem ser feitas ao longo do ano todo Informações supermei.sebraesp.com.br ou 0800-570-0800 CAFÉ COM EMPREENDEDORAS Instituição Rede Mulher Empreendedora O que é mulheres de SP recebem uma vez por mês capacitação em diversas áreas Custo até R$ 50 Modalidade presencial Inscrições até 23 de março Informações redemulherempreendedora.com.br SCALE-UP Instituição Endeavor O que é programa seleciona 200 empreendedores que estão se destacando pelo alto crescimento e mostra como atacar problemas das empresas Custo de R$ 200 a R$ 1.000 Modalidade presencial (um encontro por mês) e mentorias a distância durante sete meses Inscrições até 5 de março Informações scaleupendeavor.org.br RUA Instituição Ubuntu O que é trabalha os talentos da pessoa e mapeia caminhos para buscar novos negócios Custo R$ 2.650 (em SP) Modalidade presencial ou a distância; tem duração de quatro meses e meio Inscrições até 10 de março Informações redeubuntu.com.br/rua/inscricao
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Cresce número de pessoas que abrem empresa após demissão, sem planejarA crise tem levado muitos brasileiros a abrir pequenos negócios sem nenhum planejamento. Esse fenômeno tem nome: é o empreendedorismo por necessidade. Ele ocorre quando uma pessoa perde o emprego e, sem fonte de renda, decide empreender. Em 2016, 12,3 milhões de pessoas ficaram desempregadas no país, segundo o IBGE. A organização da Feira do Empreendedor, do Sebrae-SP, calcula que 80% dos atendimentos realizados nessa edição têm como objetivo resolver problemas de quem abriu um negócio às pressas. A GEM (Global Entrepreneurship Monitor), pesquisa da London Business School feita em dez países, detectou que o fenômeno segue o desdobramento da crise brasileira: entre 2014 e 2015, o índice de empresas abertas por necessidade no país cresceu de 29% para 43,5%. Foram entrevistados 2.000 empreendedores no Brasil. O psicólogo Samuel Lana, 33, diz que se viu forçado a abrir um negócio quando perdeu o emprego, em 2011. Amante de skate, não gastou muito tempo para definir em qual ramo iria entrar. Ele criou com mais dois amigos uma fábrica do produto em Jaguariúna (SP), em 2012. "Não estudamos o mercado e tivemos transtornos com a importação das peças. Nossos gastos acabavam superando o valor das vendas." Após um ano e meio de operações e 650 skates produzidos, a fábrica fechou em 2013 —e com dívida. "Não tínhamos um plano de negócio e tudo o que a gente decidia hoje, mudava no dia seguinte", pontua. Hoje, Lana segue à frente de outra empresa, só que optou por um modelo já pronto: uma franquia do ramo imobiliário. A administradora Valdirene Diniz, 36, de Suzano (Grande SP), ainda não voltou aos trilhos após ter sido demitida, em 2012. Desde 2015 ela tenta erguer a Sr. Brigadeiro e a Sra. Beijinho, que produz doces com recheios como tequila e especiarias. "Quando perdi o meu emprego, entrei em depressão. Não é fácil manter um negócio próprio, mas sinto que ele pode crescer", afirma. PLANEJAMENTO Para Paulo Ribeiro, gerente do Sebrae-SP, uma empresa só prospera se consumir, ao menos, seis meses de planejamento. "Nesse intervalo, o empresário vai estudar se o produto ou serviço que ele oferece tem demanda e quais são os custos e os entraves." Foi o que fez a administradora Fabiana Nemer, 45. Ela e mais uma sócia criaram a Vilight, empresa de São Paulo que desenvolve dietas para atletas e pessoas que passaram por cirurgia bariátrica. "Experimentamos a comida da concorrência e selecionamos o que era bom e o que não era para a nossa cozinha", diz a administradora. Nemer diz que foi impactada pela crise, mas a empresa segue firme. "Tive que demitir dez funcionários porque os pedidos caíram 35%. Foi o planejamento que nos salvou." "A dica universal é começar pequeno em um ramo que, de fato, já conhece", afirma Igor Piquet, gestor de aceleração de negócios da Endeavor. Muita gente quebra, diz ele, por investir mais que do que o lucro suporta. Ribeiro, do Sebrae-SP, chama a atenção para outro detalhe: a caixinha dos imprevistos. "O empresário precisa guardar um recurso para cobrir gastos não planejados." Conheça cursos que ajudam a planejar atividades SUPER MEI Instituição Sebrae-SP O que é oferece soluções de gestão, conhecimento técnico e acesso ao crédito Custo gratuito Modalidade presencial, com carga horária entre 28h e 48h Inscrições podem ser feitas ao longo do ano todo Informações supermei.sebraesp.com.br ou 0800-570-0800 CAFÉ COM EMPREENDEDORAS Instituição Rede Mulher Empreendedora O que é mulheres de SP recebem uma vez por mês capacitação em diversas áreas Custo até R$ 50 Modalidade presencial Inscrições até 23 de março Informações redemulherempreendedora.com.br SCALE-UP Instituição Endeavor O que é programa seleciona 200 empreendedores que estão se destacando pelo alto crescimento e mostra como atacar problemas das empresas Custo de R$ 200 a R$ 1.000 Modalidade presencial (um encontro por mês) e mentorias a distância durante sete meses Inscrições até 5 de março Informações scaleupendeavor.org.br RUA Instituição Ubuntu O que é trabalha os talentos da pessoa e mapeia caminhos para buscar novos negócios Custo R$ 2.650 (em SP) Modalidade presencial ou a distância; tem duração de quatro meses e meio Inscrições até 10 de março Informações redeubuntu.com.br/rua/inscricao
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Contrato de obra milionária em praças de Ribeirão Preto é julgado irregular
Três ex-secretários de administração e obras públicas, além dos atuais que comandam as pastas na Prefeitura de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), praticaram irregularidades no contrato milionário da reforma de revitalização das praças das Bandeiras e Catedral, em 2008 e 2009. É o que constatou o TCE (Tribunal de Contas do Estado), que determinou a aplicação de multa de R$ 6.375 para cada um dos envolvidos: Antônio Nami, José Aníbal Laguna e Wilson Luiz Laguna, que foram secretários do ex-prefeito Welson Gasparini (PSDB); além de Abranche Fuad Abdo e Marco Antônio dos Santos, atuais secretários de obras públicas e administração, respectivamente. À Folha Nami e Wilson afirmaram que não foram notificados da decisão e, portanto, não poderiam se manifestar sobre o assunto. José Aníbal foi procurado por telefone durante todo o dia e não foi encontrado. Em nota, a assessoria da prefeitura também informou que não foi notificada da decisão e que deverá recorrer. A reforma das praças, duas das mais importantes da cidade, foi marcada por polêmica. Iniciada em 2008, na gestão de Gasparini, foi entregue com nove meses de atraso, já no primeiro mandato da prefeita Dárcy Vera (PSD), mas de forma incompleta. Entre as duas gestões, foram feitos nove aditamentos do contrato e o valor total pago à empresa Ambiental Ribeirão Preto Serviços Ltda., responsável pelas obras, foi de R$ 1,48 milhão –42,54% a mais que o previsto inicialmente, de R$ 1,04 milhão. De acordo com o tribunal, a maior alteração contratual aconteceu quando, do valor inicial, houve um acréscimo em R$ 358.592, na gestão Dárcy. A maior parte deste valor foi destinada ao pagamento de piso tipo ladrilho, cuja quantidade foi aumentada em 80% em relação ao projeto inicial. No entanto, ao TCE não foram apresentadas justificativas técnicas nem a indicação do local em que a nova quantidade de piso ladrilho foi instalada. Em sindicância aberta pela prefeitura para apurar possível superfaturamento, foi constatado que o projeto inicial elaborado e usado pelo governo como base para a abertura da licitação foi "mal feito". Embora a prefeitura tenha descartado o superfaturamento, a sindicância apurou que repetidas falhas na elaboração e conferência do projeto foram a causa dos entraves envolvendo a obra. Entre os erros apontados pela sindicância estavam a especificação da quantidade e do material dos postes de iluminação –eram necessários 50 de ferro fundido, mas foram pedidos oito de material galvanizado–, falta de caixa d'água para o sistema de irrigação do jardim e o dimensionamento incorreto do coreto. O resultado da sindicância, porém, não gerou punições aos servidores. Os envolvidos alegaram ao tribunal que a necessidade das alterações no prazo aconteceu por interferências externas, como a ocupação indevida de camelôs, traficantes e artesãos, além da Promotoria, do padre Francisco Jaber Moussa e da população. "Tais argumentos só reforçam a inadequação do planejamento do prazo em que seriam executadas as obras pretendidas, demonstrando que a atividade administrativa afrontou os princípios da isonomia, da competitividade, da eficiência e da moralidade", afirmou o conselheiro Dimas Eduardo Ramalho, na decisão.
cotidiano
Contrato de obra milionária em praças de Ribeirão Preto é julgado irregularTrês ex-secretários de administração e obras públicas, além dos atuais que comandam as pastas na Prefeitura de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), praticaram irregularidades no contrato milionário da reforma de revitalização das praças das Bandeiras e Catedral, em 2008 e 2009. É o que constatou o TCE (Tribunal de Contas do Estado), que determinou a aplicação de multa de R$ 6.375 para cada um dos envolvidos: Antônio Nami, José Aníbal Laguna e Wilson Luiz Laguna, que foram secretários do ex-prefeito Welson Gasparini (PSDB); além de Abranche Fuad Abdo e Marco Antônio dos Santos, atuais secretários de obras públicas e administração, respectivamente. À Folha Nami e Wilson afirmaram que não foram notificados da decisão e, portanto, não poderiam se manifestar sobre o assunto. José Aníbal foi procurado por telefone durante todo o dia e não foi encontrado. Em nota, a assessoria da prefeitura também informou que não foi notificada da decisão e que deverá recorrer. A reforma das praças, duas das mais importantes da cidade, foi marcada por polêmica. Iniciada em 2008, na gestão de Gasparini, foi entregue com nove meses de atraso, já no primeiro mandato da prefeita Dárcy Vera (PSD), mas de forma incompleta. Entre as duas gestões, foram feitos nove aditamentos do contrato e o valor total pago à empresa Ambiental Ribeirão Preto Serviços Ltda., responsável pelas obras, foi de R$ 1,48 milhão –42,54% a mais que o previsto inicialmente, de R$ 1,04 milhão. De acordo com o tribunal, a maior alteração contratual aconteceu quando, do valor inicial, houve um acréscimo em R$ 358.592, na gestão Dárcy. A maior parte deste valor foi destinada ao pagamento de piso tipo ladrilho, cuja quantidade foi aumentada em 80% em relação ao projeto inicial. No entanto, ao TCE não foram apresentadas justificativas técnicas nem a indicação do local em que a nova quantidade de piso ladrilho foi instalada. Em sindicância aberta pela prefeitura para apurar possível superfaturamento, foi constatado que o projeto inicial elaborado e usado pelo governo como base para a abertura da licitação foi "mal feito". Embora a prefeitura tenha descartado o superfaturamento, a sindicância apurou que repetidas falhas na elaboração e conferência do projeto foram a causa dos entraves envolvendo a obra. Entre os erros apontados pela sindicância estavam a especificação da quantidade e do material dos postes de iluminação –eram necessários 50 de ferro fundido, mas foram pedidos oito de material galvanizado–, falta de caixa d'água para o sistema de irrigação do jardim e o dimensionamento incorreto do coreto. O resultado da sindicância, porém, não gerou punições aos servidores. Os envolvidos alegaram ao tribunal que a necessidade das alterações no prazo aconteceu por interferências externas, como a ocupação indevida de camelôs, traficantes e artesãos, além da Promotoria, do padre Francisco Jaber Moussa e da população. "Tais argumentos só reforçam a inadequação do planejamento do prazo em que seriam executadas as obras pretendidas, demonstrando que a atividade administrativa afrontou os princípios da isonomia, da competitividade, da eficiência e da moralidade", afirmou o conselheiro Dimas Eduardo Ramalho, na decisão.
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Jornalistas espanhóis desaparecem enquanto faziam reportagens na Síria
Três jornalistas espanhóis que viajaram à Síria desapareceram na província de Aleppo (noroeste), informou nesta terça-feira (21) a Federação de Associações de Jornalistas da Espanha. Segundo a presidente da organização, Elsa González, os desaparecidos são Antonio Pampliega, Ángel Sastre e José Manuel López. Os três, que atuam como freelancers, entraram no país através da Turquia no dia 10. Dois dias depois, quando estavam perto da cidade de Aleppo, perderam o contato com seus colegas em território espanhol. González afirma, no entanto, que ainda não é possível falar de sequestro. O Ministério das Relações Exteriores espanhol ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Integrantes da Chancelaria dizem, sem dar detalhes, que as autoridades trabalham para determinar o paradeiro dos três. Aleppo é uma das zonas de batalha mais intensa na Síria. Atualmente, os bairros da cidade são disputados entre as tropas do regime de Bashar al-Assad, rebeldes moderados e milícias como a Frente al-Nusra, ligada à Al Qaeda. O Estado Islâmico, que já sequestrou e decapitou jornalistas, está em partes de fora da cidade de Aleppo e controla partes do norte e do leste da zona rural da província homônima. SEQUESTROS Por ser um dos acessos mais usados pelos estrangeiros para entrar na Síria, a província também é um dos pontos em que mais ocorrem sequestros de jornalistas que cobrem o conflito no país. Em 2013, os espanhóis Javier Espinosa e Ricardo García foram capturados por extremistas islâmicos em uma cidade de Aleppo na fronteira com a Turquia. Eles foram libertados após passarem seis meses em cativeiro. A quantidade de jornalistas que chegam à Síria diminuiu desde a decapitação do jornalista americano James Foley, em agosto, a primeira de uma série de vítimas ocidentais que tiveram suas cabeças cortadas pelo Estado Islâmico.
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Jornalistas espanhóis desaparecem enquanto faziam reportagens na SíriaTrês jornalistas espanhóis que viajaram à Síria desapareceram na província de Aleppo (noroeste), informou nesta terça-feira (21) a Federação de Associações de Jornalistas da Espanha. Segundo a presidente da organização, Elsa González, os desaparecidos são Antonio Pampliega, Ángel Sastre e José Manuel López. Os três, que atuam como freelancers, entraram no país através da Turquia no dia 10. Dois dias depois, quando estavam perto da cidade de Aleppo, perderam o contato com seus colegas em território espanhol. González afirma, no entanto, que ainda não é possível falar de sequestro. O Ministério das Relações Exteriores espanhol ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Integrantes da Chancelaria dizem, sem dar detalhes, que as autoridades trabalham para determinar o paradeiro dos três. Aleppo é uma das zonas de batalha mais intensa na Síria. Atualmente, os bairros da cidade são disputados entre as tropas do regime de Bashar al-Assad, rebeldes moderados e milícias como a Frente al-Nusra, ligada à Al Qaeda. O Estado Islâmico, que já sequestrou e decapitou jornalistas, está em partes de fora da cidade de Aleppo e controla partes do norte e do leste da zona rural da província homônima. SEQUESTROS Por ser um dos acessos mais usados pelos estrangeiros para entrar na Síria, a província também é um dos pontos em que mais ocorrem sequestros de jornalistas que cobrem o conflito no país. Em 2013, os espanhóis Javier Espinosa e Ricardo García foram capturados por extremistas islâmicos em uma cidade de Aleppo na fronteira com a Turquia. Eles foram libertados após passarem seis meses em cativeiro. A quantidade de jornalistas que chegam à Síria diminuiu desde a decapitação do jornalista americano James Foley, em agosto, a primeira de uma série de vítimas ocidentais que tiveram suas cabeças cortadas pelo Estado Islâmico.
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Sem rastreio, WhatsApp 'dá mais força para quem descumpre a lei', diz juíza
Autora da decisão de bloquear o WhatsApp em todo o país, a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, da 2° Vara Criminal de Duque de Caxias, no Rio, disse que o aplicativo tornou-se ferramenta de criminosos por limitar as possibilidades de rastreá-los. "É comum a interceptação telefônica flagrar um suspeito dizer ao outro para tratarem determinado assunto no WhatsApp, porque sabem que no aplicativo ficam impunes", afirmou. Falando à Folha antes da decisão do Supremo Tribunal Federal que reverteu o bloqueio do aplicativo, a juíza disse considerar normal ter suas decisões reformadas, mas lamentou o que viu como um fortalecimento da posição da empresa proprietária do WhatsApp, o Facebook. "Estou acostumada com reforma de decisões, isso faz parte da magistratura. Mas a gente lamenta algumas vezes, sobretudo quando fortalece uma empresa que descumpre decisões judiciais reiteradamente. Isso desautoriza muito a primeira instância e dá mais força para quem descumpre a lei", disse a magistrada. Segundo Barbosa, mesmo antes da reversão do bloqueio, a investigação já estava prejudicada, porque os policiais continuam sem acesso às informações e, agora, os criminosos sabem que há uma apuração em andamento. "Muitos dados vão se perder e pessoas deixarão de ser identificadas. Estamos tentando minimizar a perda, ao não publicar o número do inquérito e deixar de divulgar o tipo de crime. Mas certamente haverá perdas." A magistrada afirmou que o Facebook foi notificado três vezes e mesmo assim não cumpriu a decisão de interceptar as conversas no aplicativo. "A empresa recebe ofício de uma autoridade de um país onde possui empresa extremamente lucrativa e não cumpre a decisão. E ainda pede para ser comunicada em inglês e faz perguntas inapropriadas sobre a investigação em andamento. Isso não é agir com o devido respeito. É tratar o Brasil como republiqueta." Os pedidos de acesso aos dados foram feitos pelo Ministério Público e pela Polícia Civil e, segundo a juíza, os peritos alegam ser possível interceptar as mensagens no momento em que elas são transmitidas pelo WhatsApp, antes de serem criptografadas. Este pedido diferiu dos anteriores, nos quais os juízes que também bloquearam o WhatsApp pediam acesso a mensagens passadas. "A lei brasileira determina que a interceptação deve ser feita somente a partir da decisão judicial. Só após a decisão devidamente fundamentada que o sigilo pode ser quebrado, do mesmo jeito que ocorre com as ligações telefônicas", disse. KATE MAHONEY Conhecida como linha-dura, Daniela Barbosa ganhou destaque por tomar decisões que atingem grupos poderosos. Juíza há 14 anos, Barbosa começou a carreira como serventuária do TJ-RJ, em uma Vara de Família, onde denunciou a chefe do cartório por receber propina de advogados para agilizar processos. Transferiu-se para a 36ª Vara Criminal, auxiliando a então juíza Kátia Jangutta. Após se tornar magistrada, atuou nas comarcas de Magé e Teresópolis, coordenou a propaganda eleitoral do TRE em 2014 e foi juíza na VEP. "Eu diria que ela é destemida, firme e corajosa. Mais uma vez ela deu uma decisão judicial completamente embasada em fundamentos legais, pois havia uma insistência no descumprimento das ordens da Justiça", disse a presidente da Amaerj (Associação dos Magistrados do Rio), Renata Gil. A entidade emitiu nota em apoio à juíza. Entre seus atos de maior destaque estão a condenação do irmão do ex-governador do Rio Anthony Garotinho e de outros 13 acusados no caso conhecido como "Meninas de Guarus", que envolveu exploração sexual de crianças e adolescentes em Campos dos Goytacazes (RJ). No ano passado, após cortar regalias dos policiais presos no Batalhão Especial Prisional do Rio. A magistrada chegou a ser agredida durante uma vistoria no local. Devido à sua coragem, ficou conhecida no Judiciário como Kate Mahoney, em referência à protagonista do seriado americano "Dama de Ouro", exibido na década de 1980. "Esse apelido surgiu nas eleições de 2008, em Teresópolis, quando nossa atuação levou à prisão várias pessoas, inclusive um ex-prefeito envolvido com contravenção. Hoje em dia ninguém me chama assim, mas a imprensa sempre repete essa história. Eu não gosto muito."
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Sem rastreio, WhatsApp 'dá mais força para quem descumpre a lei', diz juízaAutora da decisão de bloquear o WhatsApp em todo o país, a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, da 2° Vara Criminal de Duque de Caxias, no Rio, disse que o aplicativo tornou-se ferramenta de criminosos por limitar as possibilidades de rastreá-los. "É comum a interceptação telefônica flagrar um suspeito dizer ao outro para tratarem determinado assunto no WhatsApp, porque sabem que no aplicativo ficam impunes", afirmou. Falando à Folha antes da decisão do Supremo Tribunal Federal que reverteu o bloqueio do aplicativo, a juíza disse considerar normal ter suas decisões reformadas, mas lamentou o que viu como um fortalecimento da posição da empresa proprietária do WhatsApp, o Facebook. "Estou acostumada com reforma de decisões, isso faz parte da magistratura. Mas a gente lamenta algumas vezes, sobretudo quando fortalece uma empresa que descumpre decisões judiciais reiteradamente. Isso desautoriza muito a primeira instância e dá mais força para quem descumpre a lei", disse a magistrada. Segundo Barbosa, mesmo antes da reversão do bloqueio, a investigação já estava prejudicada, porque os policiais continuam sem acesso às informações e, agora, os criminosos sabem que há uma apuração em andamento. "Muitos dados vão se perder e pessoas deixarão de ser identificadas. Estamos tentando minimizar a perda, ao não publicar o número do inquérito e deixar de divulgar o tipo de crime. Mas certamente haverá perdas." A magistrada afirmou que o Facebook foi notificado três vezes e mesmo assim não cumpriu a decisão de interceptar as conversas no aplicativo. "A empresa recebe ofício de uma autoridade de um país onde possui empresa extremamente lucrativa e não cumpre a decisão. E ainda pede para ser comunicada em inglês e faz perguntas inapropriadas sobre a investigação em andamento. Isso não é agir com o devido respeito. É tratar o Brasil como republiqueta." Os pedidos de acesso aos dados foram feitos pelo Ministério Público e pela Polícia Civil e, segundo a juíza, os peritos alegam ser possível interceptar as mensagens no momento em que elas são transmitidas pelo WhatsApp, antes de serem criptografadas. Este pedido diferiu dos anteriores, nos quais os juízes que também bloquearam o WhatsApp pediam acesso a mensagens passadas. "A lei brasileira determina que a interceptação deve ser feita somente a partir da decisão judicial. Só após a decisão devidamente fundamentada que o sigilo pode ser quebrado, do mesmo jeito que ocorre com as ligações telefônicas", disse. KATE MAHONEY Conhecida como linha-dura, Daniela Barbosa ganhou destaque por tomar decisões que atingem grupos poderosos. Juíza há 14 anos, Barbosa começou a carreira como serventuária do TJ-RJ, em uma Vara de Família, onde denunciou a chefe do cartório por receber propina de advogados para agilizar processos. Transferiu-se para a 36ª Vara Criminal, auxiliando a então juíza Kátia Jangutta. Após se tornar magistrada, atuou nas comarcas de Magé e Teresópolis, coordenou a propaganda eleitoral do TRE em 2014 e foi juíza na VEP. "Eu diria que ela é destemida, firme e corajosa. Mais uma vez ela deu uma decisão judicial completamente embasada em fundamentos legais, pois havia uma insistência no descumprimento das ordens da Justiça", disse a presidente da Amaerj (Associação dos Magistrados do Rio), Renata Gil. A entidade emitiu nota em apoio à juíza. Entre seus atos de maior destaque estão a condenação do irmão do ex-governador do Rio Anthony Garotinho e de outros 13 acusados no caso conhecido como "Meninas de Guarus", que envolveu exploração sexual de crianças e adolescentes em Campos dos Goytacazes (RJ). No ano passado, após cortar regalias dos policiais presos no Batalhão Especial Prisional do Rio. A magistrada chegou a ser agredida durante uma vistoria no local. Devido à sua coragem, ficou conhecida no Judiciário como Kate Mahoney, em referência à protagonista do seriado americano "Dama de Ouro", exibido na década de 1980. "Esse apelido surgiu nas eleições de 2008, em Teresópolis, quando nossa atuação levou à prisão várias pessoas, inclusive um ex-prefeito envolvido com contravenção. Hoje em dia ninguém me chama assim, mas a imprensa sempre repete essa história. Eu não gosto muito."
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No IR, dependentes a partir de 16 anos passam a precisar de CPF
A Receita Federal vai passar a exigir CPF de pessoas físicas de 16 anos ou mais que são listadas como dependentes na declaração do Imposto de Renda. A nova regra passa a valer já na declaração deste ano. O prazo de entrega do IR começa em 2 de março e se estenderá até 30 de abril. Até então, o documento era obrigatório para dependentes com 18 anos ou mais. O órgão informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a mudança tem o objetivo de "otimizar os controles" dos processos da declaração do IR. Ainda de acordo com a Receita, o valor da dedução por dependentes está em R$ 2.156,52, valor 4,5% maior que no ano passado. Nas despesas com educação, o limite individual de dedução é R$ 3.375,83. A Receita espera receber 27,5 milhões de declarações este ano. Em 2014, foram entregues 27 milhões. O Fisco destacou que o serviço de inscrição no CPF é gratuito pela internet, na página do órgão. INTERNET Pelo computador, o contribuinte pode baixar o Programa Gerador da Declaração (PGD) relativo ao exercício de 2015, disponível na página da Receita na internet (www.receita.fazenda.gov.br ). É possível também fazer a declaração online, na própria página da Receita, na opção "Declaração IRPF 2015 on-line" (exclusivo para quem tem certificação digital).. Pelo tablet ou smartphone, o contribuinte pode baixar o aplicativo do IRPF (disponível nas lojas de aplicativos Google play ou App Store) e acessar o serviço "Fazer Declaração". Essa opção existe desde o ano passado, quando 144 mil declarações foram entregues dessa forma. Não é mais permitida a entrega do Imposto de Renda por meio físico nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal. RASCUNHO Os contribuintes poderão contar com ferramenta lançada pela Receita no ano passado para facilitar o preenchimento da declaração, chamada de Rascunho. Por meio do rascunho, presente no aplicativo da Receita para celulares e tablets, é possível preencher previamente a declaração ao longo do ano, e não apenas no período de entrega do documento ao fisco. O contribuinte pode organizar os dados da declaração, num documento à parte daquele que será enviado à Receita. No momento do envio da declaração, ele poderá importar as informações do rascunho, fazer a finalização da declaração e então transmiti-la à Receita. O contribuinte terá até 28 de fevereiro para atualizar o rascunho, e terá até o último dia do prazo para declaração para importar as informações. Outra opção para o contribuinte é a declaração pré-preenchida, que está em vigor desde o ano passado. Por meio dela, dados da declaração são inseridos pela Receita e o contribuinte precisa conferir e confirmá-los. Essa modalidade só é válida para contribuintes com certificado digital. O contribuinte que não entregar o documento dentro do prazo estabelecido estará sujeito a multa de 1% por mês calculado sobre o valor total do imposto devido, ainda que já integralmente pago. A multa terá valor mínimo de R$ 165,74 e como valor máximo 20% sobre o imposto.
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No IR, dependentes a partir de 16 anos passam a precisar de CPFA Receita Federal vai passar a exigir CPF de pessoas físicas de 16 anos ou mais que são listadas como dependentes na declaração do Imposto de Renda. A nova regra passa a valer já na declaração deste ano. O prazo de entrega do IR começa em 2 de março e se estenderá até 30 de abril. Até então, o documento era obrigatório para dependentes com 18 anos ou mais. O órgão informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a mudança tem o objetivo de "otimizar os controles" dos processos da declaração do IR. Ainda de acordo com a Receita, o valor da dedução por dependentes está em R$ 2.156,52, valor 4,5% maior que no ano passado. Nas despesas com educação, o limite individual de dedução é R$ 3.375,83. A Receita espera receber 27,5 milhões de declarações este ano. Em 2014, foram entregues 27 milhões. O Fisco destacou que o serviço de inscrição no CPF é gratuito pela internet, na página do órgão. INTERNET Pelo computador, o contribuinte pode baixar o Programa Gerador da Declaração (PGD) relativo ao exercício de 2015, disponível na página da Receita na internet (www.receita.fazenda.gov.br ). É possível também fazer a declaração online, na própria página da Receita, na opção "Declaração IRPF 2015 on-line" (exclusivo para quem tem certificação digital).. Pelo tablet ou smartphone, o contribuinte pode baixar o aplicativo do IRPF (disponível nas lojas de aplicativos Google play ou App Store) e acessar o serviço "Fazer Declaração". Essa opção existe desde o ano passado, quando 144 mil declarações foram entregues dessa forma. Não é mais permitida a entrega do Imposto de Renda por meio físico nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal. RASCUNHO Os contribuintes poderão contar com ferramenta lançada pela Receita no ano passado para facilitar o preenchimento da declaração, chamada de Rascunho. Por meio do rascunho, presente no aplicativo da Receita para celulares e tablets, é possível preencher previamente a declaração ao longo do ano, e não apenas no período de entrega do documento ao fisco. O contribuinte pode organizar os dados da declaração, num documento à parte daquele que será enviado à Receita. No momento do envio da declaração, ele poderá importar as informações do rascunho, fazer a finalização da declaração e então transmiti-la à Receita. O contribuinte terá até 28 de fevereiro para atualizar o rascunho, e terá até o último dia do prazo para declaração para importar as informações. Outra opção para o contribuinte é a declaração pré-preenchida, que está em vigor desde o ano passado. Por meio dela, dados da declaração são inseridos pela Receita e o contribuinte precisa conferir e confirmá-los. Essa modalidade só é válida para contribuintes com certificado digital. O contribuinte que não entregar o documento dentro do prazo estabelecido estará sujeito a multa de 1% por mês calculado sobre o valor total do imposto devido, ainda que já integralmente pago. A multa terá valor mínimo de R$ 165,74 e como valor máximo 20% sobre o imposto.
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Sem vagas em cadeias, carros da polícia voltam a virar celas no RS
Com presídios superlotados e carceragem servindo de prisão, os presos voltaram a ser abrigados nos carros da Brigada Militar (a PM gaúcha), em Porto Alegre (RS), entre a noite desta quarta (23) e madrugada desta quinta (24). A superlotação do sistema penitenciário do Rio Grande do Sul fez com que, há um mês, presos passassem a ser mantidos em carros da Brigada, principalmente no Palácio da Polícia –as celas do local, que têm capacidade para seis pessoas, chegam a receber 20 homens. Quando algum dos detidos das celas é transferido para uma penitenciária, uma "vaga" abre para receber um preso que estava em um carro. Enquanto estão nos veículos, eles precisam ser acompanhados para ir ao banheiro por um policial, por exemplo. Por volta das 4h, sete carros da Brigada com presos estavam estacionados em frente à 2ª DPPA (Delegacia de Pronto-Atendimento) de Porto Alegre. Segundo uma testemunha, oito presos estavam no interior dos veículos esperando vagas no sistema carcerário. A 2ª DPPA tem capacidade para abrigar até seis presos, mas está superlotada com dez pessoas. Na última terça-feira (22), o governo do Rio Grande do Sul anunciou que um ônibus-cela será utilizado para manter os presos quando não houver vagas no sistema prisional. Com a medida, o Estado pretende evitar que os detidos ocupem carros da Brigada, que deveriam ser utilizados na segurança ostensiva da população. O coletivo ficará em frente à 3ª DPPA. Desativado em 2013, o ônibus com 46 lugares era utilizado para transportar detentos. MICRO-ÔNIBUS DEPREDADO Seis presos depredaram, na manhã do último sábado (19), o micro-ônibus onde aguardavam vagas no sistema prisional do Rio Grande do Sul. Os detentos eram mantidos dentro do veículo da Brigada Militar, estacionado no Palácio da Polícia de Porto Alegre, desde a tarde de sexta (18). Segundo a polícia, os seis homens se revoltaram com a espera dentro do veículo da polícia e quebraram os vidros e depredaram o interior do carro com chutes e socos. Após serem contidos, foram encaminhados para a penitenciária de Charqueadas (região metropolitana de Porto Alegre). Logo depois do caso, outros presos do Palácio da Polícia se revoltaram. Detentos que são mantidos em uma das celas cuja janela está voltada para o pátio colocaram fogo no local. Ninguém ficou ferido, e o incêndio foi rapidamente controlado pelos Bombeiros. Após a limpeza do lugar, os detentos foram realocados na cela.
cotidiano
Sem vagas em cadeias, carros da polícia voltam a virar celas no RSCom presídios superlotados e carceragem servindo de prisão, os presos voltaram a ser abrigados nos carros da Brigada Militar (a PM gaúcha), em Porto Alegre (RS), entre a noite desta quarta (23) e madrugada desta quinta (24). A superlotação do sistema penitenciário do Rio Grande do Sul fez com que, há um mês, presos passassem a ser mantidos em carros da Brigada, principalmente no Palácio da Polícia –as celas do local, que têm capacidade para seis pessoas, chegam a receber 20 homens. Quando algum dos detidos das celas é transferido para uma penitenciária, uma "vaga" abre para receber um preso que estava em um carro. Enquanto estão nos veículos, eles precisam ser acompanhados para ir ao banheiro por um policial, por exemplo. Por volta das 4h, sete carros da Brigada com presos estavam estacionados em frente à 2ª DPPA (Delegacia de Pronto-Atendimento) de Porto Alegre. Segundo uma testemunha, oito presos estavam no interior dos veículos esperando vagas no sistema carcerário. A 2ª DPPA tem capacidade para abrigar até seis presos, mas está superlotada com dez pessoas. Na última terça-feira (22), o governo do Rio Grande do Sul anunciou que um ônibus-cela será utilizado para manter os presos quando não houver vagas no sistema prisional. Com a medida, o Estado pretende evitar que os detidos ocupem carros da Brigada, que deveriam ser utilizados na segurança ostensiva da população. O coletivo ficará em frente à 3ª DPPA. Desativado em 2013, o ônibus com 46 lugares era utilizado para transportar detentos. MICRO-ÔNIBUS DEPREDADO Seis presos depredaram, na manhã do último sábado (19), o micro-ônibus onde aguardavam vagas no sistema prisional do Rio Grande do Sul. Os detentos eram mantidos dentro do veículo da Brigada Militar, estacionado no Palácio da Polícia de Porto Alegre, desde a tarde de sexta (18). Segundo a polícia, os seis homens se revoltaram com a espera dentro do veículo da polícia e quebraram os vidros e depredaram o interior do carro com chutes e socos. Após serem contidos, foram encaminhados para a penitenciária de Charqueadas (região metropolitana de Porto Alegre). Logo depois do caso, outros presos do Palácio da Polícia se revoltaram. Detentos que são mantidos em uma das celas cuja janela está voltada para o pátio colocaram fogo no local. Ninguém ficou ferido, e o incêndio foi rapidamente controlado pelos Bombeiros. Após a limpeza do lugar, os detentos foram realocados na cela.
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Erupção de vulcão provoca caos aéreo na Indonésia e prejudica turistas
Uma erupção vulcânica no centro da Indonésia provocou o fechamento de cinco aeroportos nesta sexta-feira (10) e o cancelamento de 350 voos, o que impediu viagens de milhares de turistas. A erupção aconteceu no monte Raung, de 3.300 metros de altitude. O vulcão expelia lava e densas nuvens de cinzas nesta sexta. O fechamento dos aeroportos acontece em plena temporada turística em Bali, um destino paradisíaco que atrai milhões de pessoas anualmente. Os passageiros bloqueados no aeroporto internacional Ngura Rai de Bali aguardavam informações sobre os voos. "É bastante caótico", disse Katie Nagar, uma americana que vive na Indonésia. "Há uma fila de centenas de pessoas que aguardam para falar com o serviço de passageiros", completou. Quase mil pessoas estavam bloqueadas no aeroporto e algumas chegaram a dormir no saguão. O diretor-geral do aeroporto internacional de Bali, Trikora Harjo, informou que 330 voos —160 domésticos e 170 internacionais— foram suspensos. O monte Raung é um dos 129 vulcões ativos na Indonésia, arquipélago situado no "círculo de fogo do Pacífico", uma região de forte atividade sísmica e vulcânica.
mundo
Erupção de vulcão provoca caos aéreo na Indonésia e prejudica turistasUma erupção vulcânica no centro da Indonésia provocou o fechamento de cinco aeroportos nesta sexta-feira (10) e o cancelamento de 350 voos, o que impediu viagens de milhares de turistas. A erupção aconteceu no monte Raung, de 3.300 metros de altitude. O vulcão expelia lava e densas nuvens de cinzas nesta sexta. O fechamento dos aeroportos acontece em plena temporada turística em Bali, um destino paradisíaco que atrai milhões de pessoas anualmente. Os passageiros bloqueados no aeroporto internacional Ngura Rai de Bali aguardavam informações sobre os voos. "É bastante caótico", disse Katie Nagar, uma americana que vive na Indonésia. "Há uma fila de centenas de pessoas que aguardam para falar com o serviço de passageiros", completou. Quase mil pessoas estavam bloqueadas no aeroporto e algumas chegaram a dormir no saguão. O diretor-geral do aeroporto internacional de Bali, Trikora Harjo, informou que 330 voos —160 domésticos e 170 internacionais— foram suspensos. O monte Raung é um dos 129 vulcões ativos na Indonésia, arquipélago situado no "círculo de fogo do Pacífico", uma região de forte atividade sísmica e vulcânica.
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Delcídio pede para ser interrogado na CCJ e adiamento de votação
A defesa do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) pediu hoje à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) que o congressista seja interrogado pela comissão e que seja adiada a votação sobre o parecer relativo à cassação dele, prevista para esta quinta-feira (5). Desde que se encontrou em condições de reassumir suas atividades no Congresso, Delcídio apresentou cinco atestados médicos para justificar suas ausências em reuniões do Conselho de Ética do Senado, que acabou recomendando a cassação do congressista antes de o processo ir para a CCJ. Em petição protocolada na CCJ, os advogados do senador afirmam que só foram intimados a respeito da votação na tarde desta quarta (4) e que a legislação e decisões de tribunais superiores determinam que seja respeitado um prazo mínimo de 48 horas entre as citações e a sessões de colegiados. Assim, dizem que não vão comparecer à sessão deliberativa caso a data do dia 5 seja mantida. Apesar das pressões do Palácio do Planalto para que o Senado acelere a votação final da cassação de Delcídio, a CCJ deixou para dar continuidade ao processo apenas na quinta-feira. O caso poderia ir ao plenário ainda nesta quarta. A fim de evitar questionamentos e garantir todos os direitos de defesa, contudo, os senadores optaram pelo adiamento. O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) leu nesta manhã, no colegiado, seu relatório pela constitucionalidade e juridicidade da peça aprovada no Conselho de Ética na terça (3), que recomenda a cassação de Delcídio. Destacou as ausências do ex-petista nas sessões que lhe foram concedidas para defesa. Na sessão da CCJ desta quarta, quando havia a expectativa de já se votar o relatório de Ferraço, foi consensual o entendimento de que deveria ser dado um dia de prazo para que a defesa e o próprio Delcídio tomassem conhecimento do relatório pela cassação e pudessem preparar uma manifestação. "O julgamento já é conhecido, mas indago, por uma precaução cautelar, não deixando de reconhecer a relevância das denúncias, mesmo sabendo o que isso representa politicamente e do ponto de vista institucional, mas para não oferecer nenhum argumento ao senador Delcídio, para que estejamos oferecendo todo o direito de defesa", argumentou a senadora Ana Amélia (PP-RS) O presidente do colegiado, senador José Maranhão (PMDB-PB), então, marcou reunião para quinta (5), às 9h.
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Delcídio pede para ser interrogado na CCJ e adiamento de votaçãoA defesa do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) pediu hoje à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) que o congressista seja interrogado pela comissão e que seja adiada a votação sobre o parecer relativo à cassação dele, prevista para esta quinta-feira (5). Desde que se encontrou em condições de reassumir suas atividades no Congresso, Delcídio apresentou cinco atestados médicos para justificar suas ausências em reuniões do Conselho de Ética do Senado, que acabou recomendando a cassação do congressista antes de o processo ir para a CCJ. Em petição protocolada na CCJ, os advogados do senador afirmam que só foram intimados a respeito da votação na tarde desta quarta (4) e que a legislação e decisões de tribunais superiores determinam que seja respeitado um prazo mínimo de 48 horas entre as citações e a sessões de colegiados. Assim, dizem que não vão comparecer à sessão deliberativa caso a data do dia 5 seja mantida. Apesar das pressões do Palácio do Planalto para que o Senado acelere a votação final da cassação de Delcídio, a CCJ deixou para dar continuidade ao processo apenas na quinta-feira. O caso poderia ir ao plenário ainda nesta quarta. A fim de evitar questionamentos e garantir todos os direitos de defesa, contudo, os senadores optaram pelo adiamento. O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) leu nesta manhã, no colegiado, seu relatório pela constitucionalidade e juridicidade da peça aprovada no Conselho de Ética na terça (3), que recomenda a cassação de Delcídio. Destacou as ausências do ex-petista nas sessões que lhe foram concedidas para defesa. Na sessão da CCJ desta quarta, quando havia a expectativa de já se votar o relatório de Ferraço, foi consensual o entendimento de que deveria ser dado um dia de prazo para que a defesa e o próprio Delcídio tomassem conhecimento do relatório pela cassação e pudessem preparar uma manifestação. "O julgamento já é conhecido, mas indago, por uma precaução cautelar, não deixando de reconhecer a relevância das denúncias, mesmo sabendo o que isso representa politicamente e do ponto de vista institucional, mas para não oferecer nenhum argumento ao senador Delcídio, para que estejamos oferecendo todo o direito de defesa", argumentou a senadora Ana Amélia (PP-RS) O presidente do colegiado, senador José Maranhão (PMDB-PB), então, marcou reunião para quinta (5), às 9h.
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Apesar da chuva, pilotos brasileiros ficam satisfeitos com dia em Montréal
A forte chuva que caiu durante a segunda sessão de treinos livres para o GP do Canadá, sétima etapa do Mundial de F-1, acabou atrapalhando o planejamento das equipes nesta sexta-feira em Montréal. Após a batida de Lewis Hamilton, que ainda assim foi o mais veloz do dia no circuito Gilles Villeneuve, os pilotos preferiram não se arriscar com o asfalto molhado e se mantiveram nos boxes durante cerca de uma hora até que a sessão fosse encerrada –Sebastian Vettel foi o segundo mais veloz, seguido por seu companheiro de Ferrari, Kimi Raikkonen. Para Felipe Massa, apesar de a chuva ter significado que a Williams não conseguiu fazer a simulação de corrida com o tanque de seu carro cheio, o dia foi produtivo. O brasileiro foi o sexto mais veloz pela manhã e o sétimo na sessão vespertina, cerca de um segundo mais lento que Hamilton. "Foi um bom dia para nós porque na sexta-feira geralmente ficamos mais para trás na folha de tempo. Conseguimos fazer um bom tempo logo de cara e tentamos antecipar ao máximo as coisas que estavam programadas, porque a previsão de chuva era quase certa", explicou o brasileiro. "Só vamos ter certeza de onde estamos em relação aos nossos adversários amanhã, na classificação, mas já deu para ver que a Ferrari, mesmo sem usar ainda as novidades no motor, está forte, assim como Lotus e Force India. Sabemos que não vai ser uma disputa fácil, mas estou confiante de que podemos ter um bom final de semana aqui no Canadá, já que a pista realmente foi melhor para nosso carro do que Mônaco. Já para Felipe Nasr, o prejuízo foi um pouco maior, já que o piloto da Sauber nunca havia guiado no circuito Gilles Villeneuve. Ainda assim, o brasileiro classificou sua sexta-feira como um bom dia de aprendizado. "Acho que deu para aprender bastante, consegui fazer muitas voltas com a pista seca, e como esta é uma pista bastante técnica acho que dá para ganhar muito tempos nas chicanes. Mas para isso é preciso ganhar confiança, que só vem com o tempo", afirmou Nasr, 17o mais veloz do dia. E, apesar de ter tido um pequeno problema nos freios de seu Sauber na parte da tarde, o brasileiro acredita que isso estará resolvido neste sábado, quando acontece o treino que define o grid de largada em Montréal. "Como o outro carro [de seu companheiro Marcus Ericsson] foi na direção certa, acho que só ajustando o problema que tive nós podemos ter um bom final de semana. Deu para ver que enquanto eu não tinha o problema no freio eu consegui fazer tudo como planejado, então colocando tudo junto amanhã temos potencial para melhorar. Sabemos que no sábado todo mundo mostra um pouco mais, mas nossa situação é melhor que em Mônaco."
esporte
Apesar da chuva, pilotos brasileiros ficam satisfeitos com dia em MontréalA forte chuva que caiu durante a segunda sessão de treinos livres para o GP do Canadá, sétima etapa do Mundial de F-1, acabou atrapalhando o planejamento das equipes nesta sexta-feira em Montréal. Após a batida de Lewis Hamilton, que ainda assim foi o mais veloz do dia no circuito Gilles Villeneuve, os pilotos preferiram não se arriscar com o asfalto molhado e se mantiveram nos boxes durante cerca de uma hora até que a sessão fosse encerrada –Sebastian Vettel foi o segundo mais veloz, seguido por seu companheiro de Ferrari, Kimi Raikkonen. Para Felipe Massa, apesar de a chuva ter significado que a Williams não conseguiu fazer a simulação de corrida com o tanque de seu carro cheio, o dia foi produtivo. O brasileiro foi o sexto mais veloz pela manhã e o sétimo na sessão vespertina, cerca de um segundo mais lento que Hamilton. "Foi um bom dia para nós porque na sexta-feira geralmente ficamos mais para trás na folha de tempo. Conseguimos fazer um bom tempo logo de cara e tentamos antecipar ao máximo as coisas que estavam programadas, porque a previsão de chuva era quase certa", explicou o brasileiro. "Só vamos ter certeza de onde estamos em relação aos nossos adversários amanhã, na classificação, mas já deu para ver que a Ferrari, mesmo sem usar ainda as novidades no motor, está forte, assim como Lotus e Force India. Sabemos que não vai ser uma disputa fácil, mas estou confiante de que podemos ter um bom final de semana aqui no Canadá, já que a pista realmente foi melhor para nosso carro do que Mônaco. Já para Felipe Nasr, o prejuízo foi um pouco maior, já que o piloto da Sauber nunca havia guiado no circuito Gilles Villeneuve. Ainda assim, o brasileiro classificou sua sexta-feira como um bom dia de aprendizado. "Acho que deu para aprender bastante, consegui fazer muitas voltas com a pista seca, e como esta é uma pista bastante técnica acho que dá para ganhar muito tempos nas chicanes. Mas para isso é preciso ganhar confiança, que só vem com o tempo", afirmou Nasr, 17o mais veloz do dia. E, apesar de ter tido um pequeno problema nos freios de seu Sauber na parte da tarde, o brasileiro acredita que isso estará resolvido neste sábado, quando acontece o treino que define o grid de largada em Montréal. "Como o outro carro [de seu companheiro Marcus Ericsson] foi na direção certa, acho que só ajustando o problema que tive nós podemos ter um bom final de semana. Deu para ver que enquanto eu não tinha o problema no freio eu consegui fazer tudo como planejado, então colocando tudo junto amanhã temos potencial para melhorar. Sabemos que no sábado todo mundo mostra um pouco mais, mas nossa situação é melhor que em Mônaco."
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Willians é afastado do Corinthians após discussão com torcedor
O Corinthians comunicou neste domingo (20) que o volante Willians foi afastado do elenco. De acordo com o técnico Oswaldo de Oliveira, pesou na decisão o fato de o jogador ter discutido com um torcedor corintiano na entrada do CT Joaquim Grava. Como tem contrato até o fim da temporada, Willians, portanto, não defenderá mais o clube. "A diretoria do Sport Club Corinthians Paulista informa que o atleta Willians não atuará mais neste ano pelo Corinthians. A decisão foi tomada em comum acordo entre a presidência e a diretoria de futebol", informou o clube. O jogador vinha atuando entre os titulares, mas não enfrentará o Internacional, segunda-feira (21), em Itaquera, Oswaldo Oliveira comentou o afastamento de Willians: "Primeiro lugar não gostei [da discussão do volante com o torcedor]. Temos que nos preservar. Eu tenho falado muito com os jogadores sobre isso. Quem joga no Corinthians tem que ser exemplo. É fundamental, porque vestimos a camisa do Corinthians. Mas é uma decisão que não passa pelo meu crivo, é âmbito da direção do clube. Isso é desagradável e desabonador. Eu todo dia passo ali e as pessoas me pedem para tirar fotografia. Eu desço, converso. Ontem [sábado] um rapaz disse que 'Deus avisou ele para não colocar os veteranos'. Eu agradeci a transmissão. Mas naquela situação, se eu ouvisse algo ruim não iria parar e descer do carro ", disse Oswaldo Criticado por parte da torcida alvinegra, Willians chegou ao clube em uma troca por empréstimo com o Cruzeiro por Marciel. O jovem volante não rendeu o esperado em Minas e retornou ao Corinthians antes do tempo. Mas Willians continuou no Corinthians. SUBSTITUTO Para o duelo contra o Internacional, Oliveira utilizará Cristian no meio-campo. O Corinthians será formado por Walter; Fagner, Balbuena, Vilson e Arana; Cristian, Camacho, Uendel, Marquinhos Gabriel e Marlone; Romero.
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Willians é afastado do Corinthians após discussão com torcedorO Corinthians comunicou neste domingo (20) que o volante Willians foi afastado do elenco. De acordo com o técnico Oswaldo de Oliveira, pesou na decisão o fato de o jogador ter discutido com um torcedor corintiano na entrada do CT Joaquim Grava. Como tem contrato até o fim da temporada, Willians, portanto, não defenderá mais o clube. "A diretoria do Sport Club Corinthians Paulista informa que o atleta Willians não atuará mais neste ano pelo Corinthians. A decisão foi tomada em comum acordo entre a presidência e a diretoria de futebol", informou o clube. O jogador vinha atuando entre os titulares, mas não enfrentará o Internacional, segunda-feira (21), em Itaquera, Oswaldo Oliveira comentou o afastamento de Willians: "Primeiro lugar não gostei [da discussão do volante com o torcedor]. Temos que nos preservar. Eu tenho falado muito com os jogadores sobre isso. Quem joga no Corinthians tem que ser exemplo. É fundamental, porque vestimos a camisa do Corinthians. Mas é uma decisão que não passa pelo meu crivo, é âmbito da direção do clube. Isso é desagradável e desabonador. Eu todo dia passo ali e as pessoas me pedem para tirar fotografia. Eu desço, converso. Ontem [sábado] um rapaz disse que 'Deus avisou ele para não colocar os veteranos'. Eu agradeci a transmissão. Mas naquela situação, se eu ouvisse algo ruim não iria parar e descer do carro ", disse Oswaldo Criticado por parte da torcida alvinegra, Willians chegou ao clube em uma troca por empréstimo com o Cruzeiro por Marciel. O jovem volante não rendeu o esperado em Minas e retornou ao Corinthians antes do tempo. Mas Willians continuou no Corinthians. SUBSTITUTO Para o duelo contra o Internacional, Oliveira utilizará Cristian no meio-campo. O Corinthians será formado por Walter; Fagner, Balbuena, Vilson e Arana; Cristian, Camacho, Uendel, Marquinhos Gabriel e Marlone; Romero.
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Delegados de SP são condenados a 9 anos por extorsão no caso Abadía
O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a nove anos de prisão dois delegados acusados de extorquir dinheiro de pessoas ligadas ao narcotraficante internacional Juan Carlos Abadía. Outros cinco policiais civis foram condenados a oito anos e seis meses de prisão. Os policiais foram absolvidos em primeira instância, por suposta falta de provas, mas os desembargadores da 11ª Câmara Criminal reformaram a sentença para condená-los e determinar a prisão imediata de todos. "Com efeito, merece reparo a sentença recorrida, uma vez que a prova carreada aos autos mostra-se firme o suficiente a embasar a prática do crime de extorsão qualificada e formação de quadrilha parte dos acusados", diz um trecho da sentença assinada pela relatora Ivana David. As ordem de prisão ainda não foram cumpridas porque a condenação se deu no período em que detenções são vetadas pela Justiça eleitoral (28 de setembro a 4 de outubro). A partir desta quarta (5), porém, todos eles podem ser presos e levados ao presídio. A decisão foi revelada pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Estão na lista dos condenados o delegado Pedro Luiz Pórrio que, na época, chefiava uma das delegacias do Denarc, responsável pelo combate ao tráfico de drogas. Pórrio foi preso em 2007, suspeito de outras extorsões praticadas contra Abadía e pessoas da confiança do traficante. Parte das suspeitas surgiu durante uma investigação da Polícia Federal contra o colombiano. Ao ser preso, Abadía apontou uma série de ações de policiais paulistas que o acharcavam. No caso julgado, os policiais foram condenados sob a acusação de terem extorquido um funcionário de Abadía em 2006. O homem teria sido obrigado a vender uma caminhonete que possuía e dar metade do dinheiro aos policiais para se livrar de ameaças de prisão. Durante a venda do veículo, o suposto braço direito de Abadía passou a ser extorquido por policiais do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) que, sob o comando do delegado Elmo Vieira Ferreira, exigiram dinheiro para liberar a venda da caminhonete mesmo com problemas em na documentação do veículo. A pena dos policiais foi fixada em nove anos e seis de reclusão em regime fechado. A sentença inclui formação de quadrilha. O advogado dois delegados, Daniel Bialski (Pórrio) e João Manssur (Ferreira), afirmaram que vão recorrer da decisão por considerá-la uma afronta às provas dos autos porque as supostas vítimas negaram em juízo as extorsões. "Respeito a decisão, mas não concordo", disseram. Eles afirmaram que pediram um habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para suspender a ordem de prisão. Os dois delegados foram expulsos da polícia durante processo administrativo. Procurada, a Secretaria de Segurança Pública disse que "dois delegados e cinco investigadores foram demitidos de suas funções entre maio de 2013 e outubro de 2014, acusados de participar da quadrilha do traficante colombiano Juan Carlos Abadia. Um dos policiais teve a demissão cancelada após decisão judicial favorável a mandado de segurança impetrado pelo agente." Abadía foi condenado pela Justiça brasileira em 2008 a mais de 30 anos de prisão por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e uso e confecção de documentos falsos. No mesmo ano, ele foi expulso do país e extraditado para os Estados Unidos.
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Delegados de SP são condenados a 9 anos por extorsão no caso AbadíaO Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a nove anos de prisão dois delegados acusados de extorquir dinheiro de pessoas ligadas ao narcotraficante internacional Juan Carlos Abadía. Outros cinco policiais civis foram condenados a oito anos e seis meses de prisão. Os policiais foram absolvidos em primeira instância, por suposta falta de provas, mas os desembargadores da 11ª Câmara Criminal reformaram a sentença para condená-los e determinar a prisão imediata de todos. "Com efeito, merece reparo a sentença recorrida, uma vez que a prova carreada aos autos mostra-se firme o suficiente a embasar a prática do crime de extorsão qualificada e formação de quadrilha parte dos acusados", diz um trecho da sentença assinada pela relatora Ivana David. As ordem de prisão ainda não foram cumpridas porque a condenação se deu no período em que detenções são vetadas pela Justiça eleitoral (28 de setembro a 4 de outubro). A partir desta quarta (5), porém, todos eles podem ser presos e levados ao presídio. A decisão foi revelada pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Estão na lista dos condenados o delegado Pedro Luiz Pórrio que, na época, chefiava uma das delegacias do Denarc, responsável pelo combate ao tráfico de drogas. Pórrio foi preso em 2007, suspeito de outras extorsões praticadas contra Abadía e pessoas da confiança do traficante. Parte das suspeitas surgiu durante uma investigação da Polícia Federal contra o colombiano. Ao ser preso, Abadía apontou uma série de ações de policiais paulistas que o acharcavam. No caso julgado, os policiais foram condenados sob a acusação de terem extorquido um funcionário de Abadía em 2006. O homem teria sido obrigado a vender uma caminhonete que possuía e dar metade do dinheiro aos policiais para se livrar de ameaças de prisão. Durante a venda do veículo, o suposto braço direito de Abadía passou a ser extorquido por policiais do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) que, sob o comando do delegado Elmo Vieira Ferreira, exigiram dinheiro para liberar a venda da caminhonete mesmo com problemas em na documentação do veículo. A pena dos policiais foi fixada em nove anos e seis de reclusão em regime fechado. A sentença inclui formação de quadrilha. O advogado dois delegados, Daniel Bialski (Pórrio) e João Manssur (Ferreira), afirmaram que vão recorrer da decisão por considerá-la uma afronta às provas dos autos porque as supostas vítimas negaram em juízo as extorsões. "Respeito a decisão, mas não concordo", disseram. Eles afirmaram que pediram um habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para suspender a ordem de prisão. Os dois delegados foram expulsos da polícia durante processo administrativo. Procurada, a Secretaria de Segurança Pública disse que "dois delegados e cinco investigadores foram demitidos de suas funções entre maio de 2013 e outubro de 2014, acusados de participar da quadrilha do traficante colombiano Juan Carlos Abadia. Um dos policiais teve a demissão cancelada após decisão judicial favorável a mandado de segurança impetrado pelo agente." Abadía foi condenado pela Justiça brasileira em 2008 a mais de 30 anos de prisão por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e uso e confecção de documentos falsos. No mesmo ano, ele foi expulso do país e extraditado para os Estados Unidos.
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Regiões de São Paulo voltam a entrar em estado de atenção para alagamento
Após a forte chuva que atingiu a região metropolitana de São Paulo na tarde deste sábado (9), as zonas norte e oeste da capital e as marginais Tietê e Pinheiros voltaram a entrar em estado de atenção para alagamentos à 1h25 deste domingo (10). Por volta das 3h, a situação já havia se normalizado em toda a cidade. De acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), ligado à prefeitura, pancadas de chuva forte e moderada atingiram no início da madrugada a zona norte, nos bairros de Jaraguá, Pirituba, Freguesia do Ó, Cachoeirinha e Casa Verde. Na zona leste, choveu leve nos bairros de Vila Formosa, Água Rasa e Vila Carrão. Na Grande SP, as cidades de Caieiras, Santana de Parnaíba, Barueri, Embu e Itapecerica da Serra também registraram chuva leve. O órgão informou que as próximas horas seguem com tempo instável e chuvas na região. BUSCAS Por volta das 8h deste domingo (10), os bombeiros retomaram as buscas por uma pessoa que teria caído no córrego Aricanduva, na zona leste. A corporação, que foi acionada para atender o caso no início da madrugada, não tem informações sobre a identidade da vítima.
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Regiões de São Paulo voltam a entrar em estado de atenção para alagamentoApós a forte chuva que atingiu a região metropolitana de São Paulo na tarde deste sábado (9), as zonas norte e oeste da capital e as marginais Tietê e Pinheiros voltaram a entrar em estado de atenção para alagamentos à 1h25 deste domingo (10). Por volta das 3h, a situação já havia se normalizado em toda a cidade. De acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), ligado à prefeitura, pancadas de chuva forte e moderada atingiram no início da madrugada a zona norte, nos bairros de Jaraguá, Pirituba, Freguesia do Ó, Cachoeirinha e Casa Verde. Na zona leste, choveu leve nos bairros de Vila Formosa, Água Rasa e Vila Carrão. Na Grande SP, as cidades de Caieiras, Santana de Parnaíba, Barueri, Embu e Itapecerica da Serra também registraram chuva leve. O órgão informou que as próximas horas seguem com tempo instável e chuvas na região. BUSCAS Por volta das 8h deste domingo (10), os bombeiros retomaram as buscas por uma pessoa que teria caído no córrego Aricanduva, na zona leste. A corporação, que foi acionada para atender o caso no início da madrugada, não tem informações sobre a identidade da vítima.
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Leia trecho do romance "No Mar", de Toine Heijmans
SOBRE O TEXTO Este excerto faz parte do romance "No Mar", primeiro livro do jornalista e escritor holandês, a sair pela Cosac Naify em agosto. O autor virá ao Brasil para participar da primeira edição brasileira do Café Amsterdam, evento promovido pela Letterenfonds - Fundação Holandesa para a Literatura, que ocorre de 26 a 30 de agosto em São Paulo e de 1º a 5 de setembro no Rio. * O motor a diesel rosnava. O barco esguichava a água de resfriamento, como uma baleia bafejando. Fui até a proa para inspecionar mais uma vez o convés. Escorreguei. A bota no meu pé direito deslizou entre cabos do guarda-mancebo. "Preste atenção", falei para mim mesmo. "O que você disse?", perguntou Maria. "Que você é um amor." Deixei chá e café prontos nas garrafas térmicas. Espalhei as cartas náuticas e as reorganizei na ordem certa. Eu tinha escrito num papelzinho que estava no bolso da calça do meu impermeável as coisas mais importantes que ainda precisava fazer. Controlar o motor. Organizar as cartas náuticas. Checar as baterias. Testar o rádio VHF. Escutar a previsão do tempo. Amarrar o bote salva-vidas. Tinha feito tudo isso tantas vezes nos últimos meses que o papelzinho no meu bolso nem era mais necessário. Depois de todo este tempo eu já conhecia a rotina da partida. Mas agora eu precisava pensar mais, pensar antecipadamente. Tinha que me obrigar a conferir tudo três vezes. Por mim soltava imediatamente as amarras e zarpava para longe de Thyborøn a toda velocidade. Meu coração palpitava. Queria velejar com minha filha e esquecer tudo o que estava ao redor. Mas devia ser cauteloso. O mar era perigoso, principalmente este mar. Não podia ficar eufórico, ou não veria mais o perigo. Tirei o papelzinho do bolso e conferi ponto por ponto. O bote salva-vidas estava amarrado na parte dianteira do convés. Tinha colocado a mochila de sobrevivência no baú de popa; no caso de Ishmael afundar, poderíamos aguentar por três dias com o que ela continha. Era uma bolsa amarela com água e comida, um rádio VHF de mão e uma linha de pesca. Também pus ali o outro pacotinho com os doces de coraçãozinho que tinha comprado em segredo. "Maria!", chamei. "Estamos prontos para partir. Você vem me ajudar com as amarras?" Ela saiu da cabine e foi caminhando pelo convés. Usava um colete salva-vidas amarelo vibrante. "Você também tem que pôr o colete salva-vidas", ela disse. "Se eu tenho que vestir, você também tem." Cuidadosamente, ela puxou para dentro as amarras que prendiam o barco ao píer. Observei como ela o fazia. Aduchava os cabos lentamente em voltas bem feitas, calma e pensativa. "Não olhe para mim!", protestou. "Vai dar errado se você olhar para mim." Pegou outra amarra. "Posso soltar esta?" Maria estava na passagem lateral, segurando a ponta de um cabo na mão. Um homem veio andando pelo cais até o barco. Era o pescador que tinha levantado os braços para o céu, o profeta. Agora eu podia ver melhor o seu rosto. Era mais jovem do que eu tinha pensado. Da mesma idade que eu. Ele começou a falar. "Need some help?" Maria me olhou interrogativa. "Não, não. A gente dá conta", eu disse. "Good girl", disse ele a Maria. "Que menina boazinha você tem", disse a mim. "Você deve ter muito orgulho de ser o pai dela. Sou pai também. De uma menina também. Ela nunca vai para o mar comigo. Muito perigoso. Não, não. Em Thyborøn, filhas nunca vão para o mar. Never go to sea". Perguntei a ele sobre o tempo. "Tempo bom para navegar, ruim para pescar", ele disse. "Para pescar é preciso tempestade. Nada de tempestade hoje. Nada de tempestade amanhã. Bom pra você, ruim pra mim. Você tem mais sorte do que eu." Maria gritou: "Não fique conversando, papai. As amarras estão soltas". "Filhas nunca vão para o mar", repetiu o pescador. "Ok, vamos", respondi a Maria. "Partimos! Partimos!" E ao pescador eu disse: "Você deveria levar sua filha para pescar. Ela iria gostar". Ele ficou parado no píer e puxou sua calça de pesca alaranjada para cima. "Hey, good luck, you lucky father! Você é o melhor pai e o de mais sorte que eu já conheci." Maria olhava incomodada. Não gostava quando eu me demorava falando com outras pessoas. Foi andando pela passagem lateral, entrou no cockpit e pegou a cana do leme. "Já que você não faz, papai, então eu piloto o barco para fora do porto", disse. "Por que você ficou papeando com aquele homem? Ainda nem vestiu o colete. Sério, agora você tem que pôr." Ela acelerou com cuidado e conduziu o barco para longe do píer. Fez isso como se nunca tivesse feito outra coisa na vida. Com calma, pôs o motor em marcha para frente, deixou o casco deslizar quase paralelo ao píer até que houvesse espaço suficiente para virar. Apontou a proa em direção ao mar e acelerou mais um pouco. Lá estava minha filha, comandando o barco para o mar! Ela subiu no banco do cockpit e pôs o pé na cana do leme. Desta forma podia olhar além do barco e ao mesmo tempo pilotar. Era muito pequena para pilotar sentada. Enquanto controlava o leme com o pé direito, se segurava com uma mão no estai de popa. Se espichava descontraída no barco. "Nonchalante" como uma estrela de cinema. O pescador gritou: "Bravo!". Maria disse: "Papai, você puxa os outros cabos para dentro?". "Good luck!", desejou o pescador. "Boa sorte para as nossas filhas, para todas elas!" TOINE HEIJMANS, 46, escritor holandês, venceu o Prêmio Médicis Estrangeiro de 2013 com o romance "No Mar", cuja edição e a tradução no Brasil foram apoiadas pela Letterenfonds - Fundação Holandesa para a Literatura. MARIÂNGELA GUIMARÃES, 49, tradutora e jornalista, vive na Holanda há 13 anos. DEBORAH PAIVA, 65, é artista plástica.
ilustrissima
Leia trecho do romance "No Mar", de Toine HeijmansSOBRE O TEXTO Este excerto faz parte do romance "No Mar", primeiro livro do jornalista e escritor holandês, a sair pela Cosac Naify em agosto. O autor virá ao Brasil para participar da primeira edição brasileira do Café Amsterdam, evento promovido pela Letterenfonds - Fundação Holandesa para a Literatura, que ocorre de 26 a 30 de agosto em São Paulo e de 1º a 5 de setembro no Rio. * O motor a diesel rosnava. O barco esguichava a água de resfriamento, como uma baleia bafejando. Fui até a proa para inspecionar mais uma vez o convés. Escorreguei. A bota no meu pé direito deslizou entre cabos do guarda-mancebo. "Preste atenção", falei para mim mesmo. "O que você disse?", perguntou Maria. "Que você é um amor." Deixei chá e café prontos nas garrafas térmicas. Espalhei as cartas náuticas e as reorganizei na ordem certa. Eu tinha escrito num papelzinho que estava no bolso da calça do meu impermeável as coisas mais importantes que ainda precisava fazer. Controlar o motor. Organizar as cartas náuticas. Checar as baterias. Testar o rádio VHF. Escutar a previsão do tempo. Amarrar o bote salva-vidas. Tinha feito tudo isso tantas vezes nos últimos meses que o papelzinho no meu bolso nem era mais necessário. Depois de todo este tempo eu já conhecia a rotina da partida. Mas agora eu precisava pensar mais, pensar antecipadamente. Tinha que me obrigar a conferir tudo três vezes. Por mim soltava imediatamente as amarras e zarpava para longe de Thyborøn a toda velocidade. Meu coração palpitava. Queria velejar com minha filha e esquecer tudo o que estava ao redor. Mas devia ser cauteloso. O mar era perigoso, principalmente este mar. Não podia ficar eufórico, ou não veria mais o perigo. Tirei o papelzinho do bolso e conferi ponto por ponto. O bote salva-vidas estava amarrado na parte dianteira do convés. Tinha colocado a mochila de sobrevivência no baú de popa; no caso de Ishmael afundar, poderíamos aguentar por três dias com o que ela continha. Era uma bolsa amarela com água e comida, um rádio VHF de mão e uma linha de pesca. Também pus ali o outro pacotinho com os doces de coraçãozinho que tinha comprado em segredo. "Maria!", chamei. "Estamos prontos para partir. Você vem me ajudar com as amarras?" Ela saiu da cabine e foi caminhando pelo convés. Usava um colete salva-vidas amarelo vibrante. "Você também tem que pôr o colete salva-vidas", ela disse. "Se eu tenho que vestir, você também tem." Cuidadosamente, ela puxou para dentro as amarras que prendiam o barco ao píer. Observei como ela o fazia. Aduchava os cabos lentamente em voltas bem feitas, calma e pensativa. "Não olhe para mim!", protestou. "Vai dar errado se você olhar para mim." Pegou outra amarra. "Posso soltar esta?" Maria estava na passagem lateral, segurando a ponta de um cabo na mão. Um homem veio andando pelo cais até o barco. Era o pescador que tinha levantado os braços para o céu, o profeta. Agora eu podia ver melhor o seu rosto. Era mais jovem do que eu tinha pensado. Da mesma idade que eu. Ele começou a falar. "Need some help?" Maria me olhou interrogativa. "Não, não. A gente dá conta", eu disse. "Good girl", disse ele a Maria. "Que menina boazinha você tem", disse a mim. "Você deve ter muito orgulho de ser o pai dela. Sou pai também. De uma menina também. Ela nunca vai para o mar comigo. Muito perigoso. Não, não. Em Thyborøn, filhas nunca vão para o mar. Never go to sea". Perguntei a ele sobre o tempo. "Tempo bom para navegar, ruim para pescar", ele disse. "Para pescar é preciso tempestade. Nada de tempestade hoje. Nada de tempestade amanhã. Bom pra você, ruim pra mim. Você tem mais sorte do que eu." Maria gritou: "Não fique conversando, papai. As amarras estão soltas". "Filhas nunca vão para o mar", repetiu o pescador. "Ok, vamos", respondi a Maria. "Partimos! Partimos!" E ao pescador eu disse: "Você deveria levar sua filha para pescar. Ela iria gostar". Ele ficou parado no píer e puxou sua calça de pesca alaranjada para cima. "Hey, good luck, you lucky father! Você é o melhor pai e o de mais sorte que eu já conheci." Maria olhava incomodada. Não gostava quando eu me demorava falando com outras pessoas. Foi andando pela passagem lateral, entrou no cockpit e pegou a cana do leme. "Já que você não faz, papai, então eu piloto o barco para fora do porto", disse. "Por que você ficou papeando com aquele homem? Ainda nem vestiu o colete. Sério, agora você tem que pôr." Ela acelerou com cuidado e conduziu o barco para longe do píer. Fez isso como se nunca tivesse feito outra coisa na vida. Com calma, pôs o motor em marcha para frente, deixou o casco deslizar quase paralelo ao píer até que houvesse espaço suficiente para virar. Apontou a proa em direção ao mar e acelerou mais um pouco. Lá estava minha filha, comandando o barco para o mar! Ela subiu no banco do cockpit e pôs o pé na cana do leme. Desta forma podia olhar além do barco e ao mesmo tempo pilotar. Era muito pequena para pilotar sentada. Enquanto controlava o leme com o pé direito, se segurava com uma mão no estai de popa. Se espichava descontraída no barco. "Nonchalante" como uma estrela de cinema. O pescador gritou: "Bravo!". Maria disse: "Papai, você puxa os outros cabos para dentro?". "Good luck!", desejou o pescador. "Boa sorte para as nossas filhas, para todas elas!" TOINE HEIJMANS, 46, escritor holandês, venceu o Prêmio Médicis Estrangeiro de 2013 com o romance "No Mar", cuja edição e a tradução no Brasil foram apoiadas pela Letterenfonds - Fundação Holandesa para a Literatura. MARIÂNGELA GUIMARÃES, 49, tradutora e jornalista, vive na Holanda há 13 anos. DEBORAH PAIVA, 65, é artista plástica.
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Mortes: O meticuloso mecânico Miro
Palmiro Cezar, o seu Miro, costumava dizer que sabia o problema de um carro só de ouvir o veículo funcionando. Dono de uma retífica de motores em São Paulo, aprendeu na prática tudo o que sabia de mecânica, sem cursos técnicos —concluiu somente o ensino fundamental. Começou a trabalhar como assistente de pedreiro. Ele mesmo construiu os prédios em que funcionou sua retífica, primeiro em Pinheiros, depois em Santo Amaro. Sua paixão pelos carros era acompanhada pelo desejo de "compreender o universo". Encontrou algumas das respostas na maçonaria, associação que começou a frequentar ainda jovem. Livros esotéricos eram os seus favoritos —os últimos que estava lendo abordavam a Ordem Rosacruz e a cabala. A busca por essa compreensão intrigava alguns familiares, como o neto Victor. Vindo da lavoura de café em que o pai trabalhava, em Bragança Paulista (SP), Palmiro veio adolescente para a capital. Também por conta própria aprendeu a tocar saxofone e clarinete. Por meio de amigos, conheceu Aparecida, com quem foi casado por 68 anos e mãe de seus três filhos. Era meticuloso, dado a colocar papeizinhos em suas canetas marcando a data da compra. Nunca perdeu uma. Quando Victor, que mora em Brasília, vinha visitá-lo, Palmiro sempre anotava em seu caderno os horários de chegada e partida do neto. "Ele foi, mas deixou tudo em ordem", conta Victor. Morreu no dia 5, aos 90, após uma parada cardíaca. Deixa a mulher, dois filhos (perdeu um para o câncer), sete netos e sete bisnetos. [email protected] - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTE SÁBADO Perl Gildin Broner - Aos 81. Deixa os filhos Malka, Marcos e Ester Raquel (em memória). Cemitério Israelita do Embu. Wolfgang Schoeps - Aos 88, casado com Irene. Deixa os filhos Claudio e Elisabeth, e netos. Cerimônia amanhã (15/11), às 10h30, no cemitério Israelita do Butantã. * 7º DIA Flávia Elza Fucciolo de Paulo - Hoje (14/11), às 17h, na igreja São João de Brito, r. Nebraska, 868, Brooklin Novo. Hypparco Barboza de Carvalho - Amanhã (15/11), às 18h30, na igreja de Santa Maria Madalena e São Miguel Arcanjo, r. Girassol, 795, Vila Madalena. Mariano Giffoni - Hoje (14/11), às 15h, na igreja N. S. do Rosário de Fátima, av. Dr. Arnaldo, 1.831, Sumaré. Rafael Lomonaco - Amanhã (15/11), às 18h30, na igreja Assunção de Nossa Senhora, al. Lorena, 665 A, Jd. Paulista. Umberto Luis de Campos Urban - Hoje (14/11), às 19h, na capela do Colégio Jesus Maria José, av. Adolfo Pinheiro, 893, Santo Amaro. * 2º MÊS Rita de Cássia Rueder Neves - Amanhã (15/11), ao meio-dia, na capela do cemitério Morumbi, r. Dep. Laércio Corte, 465, Morumbi. * 1º ANO Inan Aziz Gholmiak - Hoje (14/11), às 7h e 15h, na igreja N. S. do Carmo da Aclimação, r. Braz Cubas, 163, Aclimação. José Eduardo de Moraes Bourroul - Amanhã (15/11), às 19h30, na capela do colégio Santa Cruz, av. Arruda Botelho, 255, Alto de Pinheiros. Mauro Riccardo Gobbi - Amanhã (15/11), às 9h, na igreja do Calvário, r. Cardeal Arcoverde, 950, Pinheiros. Toshimasa Kurihara - Amanhã (15/11), às 19h, na igreja Nossa Senhora Rainha da Paz, praça Japubá, 25, Alto de Pinheiros. * 12º ANO Clarice F. de Oliveira - Amanhã (15/11), às 8h, 10h, meio-dia e 18h, na igreja N. S. do Carmo da Aclimação, r. Braz Cubas, 163, Aclimação. * 20º ANO Geraldo Ataliba - Hoje (14/11), às 17h30, na catedral da Sé, praça da Sé, s/nº, Sé. Amanhã (15/11), às 17h, na igreja São José, r. Dinamarca, 32, Jd. Europa; às 18h, na igreja Cristo Rei, r. Mário Mourão, 213, Jd. Aeroporto; às 18h30, na igreja N. S. de Lourdes, al. dos Piratinins, 679, Planalto Paulista; às 18h30, na igreja Imaculado Coração de Maria (capela da PUC), r. Monte Alegre, 948, Perdizes; às 18h30, no santuário Nossa Senhora de Fátima, av. Dr. Arnaldo, 1.831, Sumaré; às 18h30, na igreja Santíssima Virgem, av. Lucas Nogueira Garcez, s/nº, Jd. do Mar, em São Bernardo do Campo (SP); às 19h, na igreja São Francisco de Assis, r. Borges Lagoa, 1.209, Vila Clementino; às 19h, na igreja N. S. da Esperança, av. dos Eucaliptos, 556, Moema; às 19h, na igreja N. S. Aparecida, praça N. S. Aparecida, s/nº, Moema; às 19h, na igreja São Domingos, r. Caiubi, 164, Perdizes; às 19h30, na igreja São Luiz Gonzaga, av. Paulista, 2.378, Cerqueira César; e às 20h, na igreja N. S. da Consolação, r. Consolação, 585, Consolação. * EM MEMÓRIA Kozo Fujiki - Amanhã (15/11), às 16h, na igreja Metodista Livre de Saúde, r. Veridiano Pereira, 52, Saúde. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Mordechai Chanoft - Amanhã (15/11), às 10h, na set. R, q. 410, sep. 91. Moyses Iser Wajchenberg - Amanhã (15/11), às 11h30, na set. R, 1. 409, sep. 105. * MATZEIVA - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Beila Kilburd Sokolowski - Amanhã (15/11), às 11h, na set. R, q. 401, sep. 180. Nathan Wainstein - Amanhã (15/11), às 11h, na set. R, q. 409, sep. 109. Boris Cambur - Amanhã (15/11), ao meio-dia, na set. R, q. 408, sep. 4. * YURTZAIT - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Raquel Rosely Rinski Wahba - Amanhã (15/11), às 11h, na set. R, q. 410, sep. 11. Ida Mayer Fermon - Amanhã (15/11), ao meio-dia, na set. M, q. 427, sep. 29. Sarah Telichewsky - Amanhã (15/11), às 12h30, na set. R, q. 404, sep. 67. * MATZEIVA - CEMITÉRIO ISRAELITA DO EMBU Jose Mandel - Amanhã (15/11), às 11h30, na set. B, q. 10, sep. 75. Sabina Susskind Lichtensztejn - Amanhã (15/11), ao meio-dia, na set. B, q. 19, sep. 162.
cotidiano
Mortes: O meticuloso mecânico MiroPalmiro Cezar, o seu Miro, costumava dizer que sabia o problema de um carro só de ouvir o veículo funcionando. Dono de uma retífica de motores em São Paulo, aprendeu na prática tudo o que sabia de mecânica, sem cursos técnicos —concluiu somente o ensino fundamental. Começou a trabalhar como assistente de pedreiro. Ele mesmo construiu os prédios em que funcionou sua retífica, primeiro em Pinheiros, depois em Santo Amaro. Sua paixão pelos carros era acompanhada pelo desejo de "compreender o universo". Encontrou algumas das respostas na maçonaria, associação que começou a frequentar ainda jovem. Livros esotéricos eram os seus favoritos —os últimos que estava lendo abordavam a Ordem Rosacruz e a cabala. A busca por essa compreensão intrigava alguns familiares, como o neto Victor. Vindo da lavoura de café em que o pai trabalhava, em Bragança Paulista (SP), Palmiro veio adolescente para a capital. Também por conta própria aprendeu a tocar saxofone e clarinete. Por meio de amigos, conheceu Aparecida, com quem foi casado por 68 anos e mãe de seus três filhos. Era meticuloso, dado a colocar papeizinhos em suas canetas marcando a data da compra. Nunca perdeu uma. Quando Victor, que mora em Brasília, vinha visitá-lo, Palmiro sempre anotava em seu caderno os horários de chegada e partida do neto. "Ele foi, mas deixou tudo em ordem", conta Victor. Morreu no dia 5, aos 90, após uma parada cardíaca. Deixa a mulher, dois filhos (perdeu um para o câncer), sete netos e sete bisnetos. [email protected] - VEJA AS MORTES E MISSAS DESTE SÁBADO Perl Gildin Broner - Aos 81. Deixa os filhos Malka, Marcos e Ester Raquel (em memória). Cemitério Israelita do Embu. Wolfgang Schoeps - Aos 88, casado com Irene. Deixa os filhos Claudio e Elisabeth, e netos. Cerimônia amanhã (15/11), às 10h30, no cemitério Israelita do Butantã. * 7º DIA Flávia Elza Fucciolo de Paulo - Hoje (14/11), às 17h, na igreja São João de Brito, r. Nebraska, 868, Brooklin Novo. Hypparco Barboza de Carvalho - Amanhã (15/11), às 18h30, na igreja de Santa Maria Madalena e São Miguel Arcanjo, r. Girassol, 795, Vila Madalena. Mariano Giffoni - Hoje (14/11), às 15h, na igreja N. S. do Rosário de Fátima, av. Dr. Arnaldo, 1.831, Sumaré. Rafael Lomonaco - Amanhã (15/11), às 18h30, na igreja Assunção de Nossa Senhora, al. Lorena, 665 A, Jd. Paulista. Umberto Luis de Campos Urban - Hoje (14/11), às 19h, na capela do Colégio Jesus Maria José, av. Adolfo Pinheiro, 893, Santo Amaro. * 2º MÊS Rita de Cássia Rueder Neves - Amanhã (15/11), ao meio-dia, na capela do cemitério Morumbi, r. Dep. Laércio Corte, 465, Morumbi. * 1º ANO Inan Aziz Gholmiak - Hoje (14/11), às 7h e 15h, na igreja N. S. do Carmo da Aclimação, r. Braz Cubas, 163, Aclimação. José Eduardo de Moraes Bourroul - Amanhã (15/11), às 19h30, na capela do colégio Santa Cruz, av. Arruda Botelho, 255, Alto de Pinheiros. Mauro Riccardo Gobbi - Amanhã (15/11), às 9h, na igreja do Calvário, r. Cardeal Arcoverde, 950, Pinheiros. Toshimasa Kurihara - Amanhã (15/11), às 19h, na igreja Nossa Senhora Rainha da Paz, praça Japubá, 25, Alto de Pinheiros. * 12º ANO Clarice F. de Oliveira - Amanhã (15/11), às 8h, 10h, meio-dia e 18h, na igreja N. S. do Carmo da Aclimação, r. Braz Cubas, 163, Aclimação. * 20º ANO Geraldo Ataliba - Hoje (14/11), às 17h30, na catedral da Sé, praça da Sé, s/nº, Sé. Amanhã (15/11), às 17h, na igreja São José, r. Dinamarca, 32, Jd. Europa; às 18h, na igreja Cristo Rei, r. Mário Mourão, 213, Jd. Aeroporto; às 18h30, na igreja N. S. de Lourdes, al. dos Piratinins, 679, Planalto Paulista; às 18h30, na igreja Imaculado Coração de Maria (capela da PUC), r. Monte Alegre, 948, Perdizes; às 18h30, no santuário Nossa Senhora de Fátima, av. Dr. Arnaldo, 1.831, Sumaré; às 18h30, na igreja Santíssima Virgem, av. Lucas Nogueira Garcez, s/nº, Jd. do Mar, em São Bernardo do Campo (SP); às 19h, na igreja São Francisco de Assis, r. Borges Lagoa, 1.209, Vila Clementino; às 19h, na igreja N. S. da Esperança, av. dos Eucaliptos, 556, Moema; às 19h, na igreja N. S. Aparecida, praça N. S. Aparecida, s/nº, Moema; às 19h, na igreja São Domingos, r. Caiubi, 164, Perdizes; às 19h30, na igreja São Luiz Gonzaga, av. Paulista, 2.378, Cerqueira César; e às 20h, na igreja N. S. da Consolação, r. Consolação, 585, Consolação. * EM MEMÓRIA Kozo Fujiki - Amanhã (15/11), às 16h, na igreja Metodista Livre de Saúde, r. Veridiano Pereira, 52, Saúde. * SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Mordechai Chanoft - Amanhã (15/11), às 10h, na set. R, q. 410, sep. 91. Moyses Iser Wajchenberg - Amanhã (15/11), às 11h30, na set. R, 1. 409, sep. 105. * MATZEIVA - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Beila Kilburd Sokolowski - Amanhã (15/11), às 11h, na set. R, q. 401, sep. 180. Nathan Wainstein - Amanhã (15/11), às 11h, na set. R, q. 409, sep. 109. Boris Cambur - Amanhã (15/11), ao meio-dia, na set. R, q. 408, sep. 4. * YURTZAIT - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ Raquel Rosely Rinski Wahba - Amanhã (15/11), às 11h, na set. R, q. 410, sep. 11. Ida Mayer Fermon - Amanhã (15/11), ao meio-dia, na set. M, q. 427, sep. 29. Sarah Telichewsky - Amanhã (15/11), às 12h30, na set. R, q. 404, sep. 67. * MATZEIVA - CEMITÉRIO ISRAELITA DO EMBU Jose Mandel - Amanhã (15/11), às 11h30, na set. B, q. 10, sep. 75. Sabina Susskind Lichtensztejn - Amanhã (15/11), ao meio-dia, na set. B, q. 19, sep. 162.
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Intuição dos pais é crucial na hora de achar a melhor terapia antiautismo
Suspeitar que o filho ou a filha tem autismo e receber o diagnóstico definitivo nunca é fácil para os pais. Depois do baque, inicia-se uma saga em busca das melhores abordagens terapêuticas e atividades para permitir que a criança se desenvolva da melhor maneira possível. O problema é saber de antemão o que vai funcionar em cada caso. Desde a década de 1940 os cientistas buscam entender o transtorno crônico, que altera o funcionamento normal do sistema nervoso e o comportamento, afetando habilidades sociais e de comunicação. Hoje, o autismo faz parte de um grupo maior de doenças conhecido como transtornos do espectro autista (TEA). "Espectro" não aparece aí por acaso –há uma miríade de combinações possíveis de sinais e sintomas e suas gravidades. Por exemplo, respostas a estímulos externos, como sons ou ao toque de diferentes materiais, podem ser exacerbadas em alguns e neutras em outros. Na prática, não há dois autismos iguais, segundo a sabedoria de pais e especialistas. "A mãe acaba virando uma especialista no autismo do próprio filho", relata a psicopedagoga Fausta Cristina Reis, mãe de Milena, 13, que tem autismo. Essa unicidade de cada paciente faz com que os pais ganhem um papel crucial para definir qual é a melhor estratégia para seu filho ou filha. No caso de Fausta e Milena, a estratégia passou do ABA (sigla em inglês para análise comportamental aplicada) para uma outra, conhecida como DIR Floortime. O ABA é uma abordagem mais clássica e consiste na intervenção de uma terapeuta que, por meio de tarefas e perguntas, tenta encorajar comportamentos positivos (com recompensas e elogios, por exemplo) e desencorajar os negativos, de modo a obter melhora em uma série de habilidades, auxiliando a criança a fazer contas e ampliar o vocabulário, por exemplo. A grande vantagem é que o progresso pode ser mensurado ao longo do tempo. Já outras abordagens, como aquelas conhecidas como interacionistas (como O DIR Floortime), são mais difíceis de ter seu impacto mensurado. O motivo é que elas se baseiam em características e interesses individuais –e não são direcionadas para objetivos estabelecidos a priori. Se uma criança gosta, por exemplo, de rodar a roda de um carrinho de brinquedo, o pai ou terapeuta pode participar dessa atividade e sugerir incrementos para que a brincadeira fique mais rica –talvez a criança ache uma boa ideia brincar fazendo o carrinho andar, explica Fausta, que mantém o blog "Mundo da Mi" TESTADA E APROVADA Uma intervenção apelidada de Pact (sigla em inglês para terapia de comunicação social mediada pelos pais) que, como diz o nome, conta com os pais como agentes terapêuticos, teve sucesso em um teste de longo prazo –algo ainda raro nos casos das terapias para tratar crianças com autismo. O estudo saiu nesta semana na revista médica inglesa "The Lancet". Após quase seis anos do treinamento dos responsáveis por crianças autistas, os benefícios comportamentais se mantiveram e foram superiores ao tratamento convencional. Houve melhora com relação à interação com os pais e na sociabilidade, ambos avaliados de forma cega, ou seja, sem o avaliador saber por qual tipo de intervenção a criança passou. O Pact foi desenhado para ser usado em crianças de 2 a 4 anos e consiste em treinar os pais (ao longo de um ano) em como lidar com as particularidades de seus filhos. Os pais já sabiam, de forma intuitiva, o que fazer, mas faltava testar a hipótese. Andréa Werner, mãe do Theo, de 8 anos, aprendeu "na raça" que o filho não era fã de brinquedos. "Compramos trem elétrico, carrinho e um monte de coisas pensando que talvez o Theo gostasse. Depois de muita frustração, descobrimos que ele não gosta de brinquedo. Ele gosta de abraçar, de cócegas, de ser jogado para cima, de fazer cabaninha –e é aí que investimos o nosso tempo", explica. Theo ainda não fala e isso acaba sendo mais um desafio e tanto para que os pais conheçam o mundo dele e possam avaliar a eficácia de abordagens terapêuticas. "Às vezes os pais vão deixando de falar com a criança porque ela não responde. Tem de haver esse esforço, mesmo que pareça que eu estou falando sozinha", diz Andréa. Com a dificuldade natural para a linguagem simbólica, interagir com a criança é complicado. "Mas a formação de vínculo e afetividade é importante para o desenvolvimento de cada criança, inclusive do autista", diz Andréa, que escreveu o livro "Lagarta Vira Pupa" (CR8, 176 págs.), onde relata sua experiência no tema. Ela tem um blog com o mesmo nome. Para ela, o maior desafio é conseguir ajustar as abordagens ao longo do tempo, de acordo com as necessidades de cada faixa etária. Atualmente Theo tem agenda cheia: ABA, natação, escola, fonoaudióloga... e brincar com a mãe. DÚVIDAS E INCERTEZAS Muitos pais, quando não sabem bem como lidar com o autismo de seus filhos, acabam recorrendo a fórmulas prontas, que funcionaram em outros casos. Mas a imitação pode não dar certo, seja porque as estratégias não se adequam ao tipo de autismo ou porque simplesmente elas não têm respaldo racional ou empírico. É o caso de algumas dietas sem leite ou glúten (quando não há alergia) ou que se valem de suplementação com aminoácidos, minerais e ou vitaminas. "Tem gente usando câmara hiperbárica (alta pressão) e tentativas de quelação [remoção] de metais pesados, o que não faz sentido", diz a psiquiatra infantil Daniela Bordini, da Unifesp. "Muitas pessoas prescrevem as suas intervenções com coisas que funcionaram para o seu filho, mas boa parte desses tratamentos não tem uma base conceitual sólida, muito menos dados empíricos ou ensaios controlados. Ou seja, virtualmente não é nada", diz Guilherme Polanczyk, professor de psiquiatria da criança da USP. Até mesmo para os tratamentos mais tradicionais e sabidamente efetivos é difícil fazer ensaios controlados (quando um grupo sofre a intervenção e outro, não). Isso faz com que haja poucos dados para um análise definitiva sobre o que auxilia no tratamento do autismo no longo prazo. "Os efeitos das terapias não são tão grandes ou demoram para aparecer. Como é uma área que carece de evidências, ela fica aberta para opiniões pessoais e evidências particulares, o que pode trazer riscos significativos", diz Polanczyk. Um exemplo clássico é a falaciosa correlação entre autismo e vacinação –já desmentida diversas vezes, mas cujo estrago provocado ainda pode ser observado sempre que a questão vem à tona. "Por enquanto, não há remédio. A medicação, quando receitada, é para sintomas-alvos como irritabilidade e insônia", explica Daniela. A doença atinge cerca de 1 a cada 100 crianças e é de 4 a 5 vezes mais comum em meninos.
equilibrioesaude
Intuição dos pais é crucial na hora de achar a melhor terapia antiautismoSuspeitar que o filho ou a filha tem autismo e receber o diagnóstico definitivo nunca é fácil para os pais. Depois do baque, inicia-se uma saga em busca das melhores abordagens terapêuticas e atividades para permitir que a criança se desenvolva da melhor maneira possível. O problema é saber de antemão o que vai funcionar em cada caso. Desde a década de 1940 os cientistas buscam entender o transtorno crônico, que altera o funcionamento normal do sistema nervoso e o comportamento, afetando habilidades sociais e de comunicação. Hoje, o autismo faz parte de um grupo maior de doenças conhecido como transtornos do espectro autista (TEA). "Espectro" não aparece aí por acaso –há uma miríade de combinações possíveis de sinais e sintomas e suas gravidades. Por exemplo, respostas a estímulos externos, como sons ou ao toque de diferentes materiais, podem ser exacerbadas em alguns e neutras em outros. Na prática, não há dois autismos iguais, segundo a sabedoria de pais e especialistas. "A mãe acaba virando uma especialista no autismo do próprio filho", relata a psicopedagoga Fausta Cristina Reis, mãe de Milena, 13, que tem autismo. Essa unicidade de cada paciente faz com que os pais ganhem um papel crucial para definir qual é a melhor estratégia para seu filho ou filha. No caso de Fausta e Milena, a estratégia passou do ABA (sigla em inglês para análise comportamental aplicada) para uma outra, conhecida como DIR Floortime. O ABA é uma abordagem mais clássica e consiste na intervenção de uma terapeuta que, por meio de tarefas e perguntas, tenta encorajar comportamentos positivos (com recompensas e elogios, por exemplo) e desencorajar os negativos, de modo a obter melhora em uma série de habilidades, auxiliando a criança a fazer contas e ampliar o vocabulário, por exemplo. A grande vantagem é que o progresso pode ser mensurado ao longo do tempo. Já outras abordagens, como aquelas conhecidas como interacionistas (como O DIR Floortime), são mais difíceis de ter seu impacto mensurado. O motivo é que elas se baseiam em características e interesses individuais –e não são direcionadas para objetivos estabelecidos a priori. Se uma criança gosta, por exemplo, de rodar a roda de um carrinho de brinquedo, o pai ou terapeuta pode participar dessa atividade e sugerir incrementos para que a brincadeira fique mais rica –talvez a criança ache uma boa ideia brincar fazendo o carrinho andar, explica Fausta, que mantém o blog "Mundo da Mi" TESTADA E APROVADA Uma intervenção apelidada de Pact (sigla em inglês para terapia de comunicação social mediada pelos pais) que, como diz o nome, conta com os pais como agentes terapêuticos, teve sucesso em um teste de longo prazo –algo ainda raro nos casos das terapias para tratar crianças com autismo. O estudo saiu nesta semana na revista médica inglesa "The Lancet". Após quase seis anos do treinamento dos responsáveis por crianças autistas, os benefícios comportamentais se mantiveram e foram superiores ao tratamento convencional. Houve melhora com relação à interação com os pais e na sociabilidade, ambos avaliados de forma cega, ou seja, sem o avaliador saber por qual tipo de intervenção a criança passou. O Pact foi desenhado para ser usado em crianças de 2 a 4 anos e consiste em treinar os pais (ao longo de um ano) em como lidar com as particularidades de seus filhos. Os pais já sabiam, de forma intuitiva, o que fazer, mas faltava testar a hipótese. Andréa Werner, mãe do Theo, de 8 anos, aprendeu "na raça" que o filho não era fã de brinquedos. "Compramos trem elétrico, carrinho e um monte de coisas pensando que talvez o Theo gostasse. Depois de muita frustração, descobrimos que ele não gosta de brinquedo. Ele gosta de abraçar, de cócegas, de ser jogado para cima, de fazer cabaninha –e é aí que investimos o nosso tempo", explica. Theo ainda não fala e isso acaba sendo mais um desafio e tanto para que os pais conheçam o mundo dele e possam avaliar a eficácia de abordagens terapêuticas. "Às vezes os pais vão deixando de falar com a criança porque ela não responde. Tem de haver esse esforço, mesmo que pareça que eu estou falando sozinha", diz Andréa. Com a dificuldade natural para a linguagem simbólica, interagir com a criança é complicado. "Mas a formação de vínculo e afetividade é importante para o desenvolvimento de cada criança, inclusive do autista", diz Andréa, que escreveu o livro "Lagarta Vira Pupa" (CR8, 176 págs.), onde relata sua experiência no tema. Ela tem um blog com o mesmo nome. Para ela, o maior desafio é conseguir ajustar as abordagens ao longo do tempo, de acordo com as necessidades de cada faixa etária. Atualmente Theo tem agenda cheia: ABA, natação, escola, fonoaudióloga... e brincar com a mãe. DÚVIDAS E INCERTEZAS Muitos pais, quando não sabem bem como lidar com o autismo de seus filhos, acabam recorrendo a fórmulas prontas, que funcionaram em outros casos. Mas a imitação pode não dar certo, seja porque as estratégias não se adequam ao tipo de autismo ou porque simplesmente elas não têm respaldo racional ou empírico. É o caso de algumas dietas sem leite ou glúten (quando não há alergia) ou que se valem de suplementação com aminoácidos, minerais e ou vitaminas. "Tem gente usando câmara hiperbárica (alta pressão) e tentativas de quelação [remoção] de metais pesados, o que não faz sentido", diz a psiquiatra infantil Daniela Bordini, da Unifesp. "Muitas pessoas prescrevem as suas intervenções com coisas que funcionaram para o seu filho, mas boa parte desses tratamentos não tem uma base conceitual sólida, muito menos dados empíricos ou ensaios controlados. Ou seja, virtualmente não é nada", diz Guilherme Polanczyk, professor de psiquiatria da criança da USP. Até mesmo para os tratamentos mais tradicionais e sabidamente efetivos é difícil fazer ensaios controlados (quando um grupo sofre a intervenção e outro, não). Isso faz com que haja poucos dados para um análise definitiva sobre o que auxilia no tratamento do autismo no longo prazo. "Os efeitos das terapias não são tão grandes ou demoram para aparecer. Como é uma área que carece de evidências, ela fica aberta para opiniões pessoais e evidências particulares, o que pode trazer riscos significativos", diz Polanczyk. Um exemplo clássico é a falaciosa correlação entre autismo e vacinação –já desmentida diversas vezes, mas cujo estrago provocado ainda pode ser observado sempre que a questão vem à tona. "Por enquanto, não há remédio. A medicação, quando receitada, é para sintomas-alvos como irritabilidade e insônia", explica Daniela. A doença atinge cerca de 1 a cada 100 crianças e é de 4 a 5 vezes mais comum em meninos.
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Impeachment de Getúlio Vargas foi barrado na Câmara em 1954
Desde 1945, dois presidentes brasileiros tiveram seus mandatos ameaçados por pedidos de impeachment levados ao plenário da Câmara dos Deputados: Getúlio Vargas, em 1954, e Fernando Collor, em 1992. O primeiro sobreviveu à votação, mas não à crise política. O segundo foi deposto, hoje é senador. A ação contra Getúlio foi rejeitada por 136 votos contra 35, e 40 abstenções. A de Collor passou com 441 votos contra 38, e 1 abstenção. O que pesou nesses resultados? Primeiro, a dimensão das bases de sustentação no Congresso. Embora a coalizão getulista não fosse muito sólida, ela reunia 57% da Câmara. Já a de Collor, instável, oscilou entre 34% e 44%. Os dois governos tinham problemas com o Legislativo, mas sob Fernando Collor era pior: o presidente se recusava a entregar ministérios aos partidos aliados e procurava governar por meio de medidas provisórias, reeditadas indefinidamente. ACUSAÇÕES A segunda grande diferença residia nas acusações. Contra Vargas pesavam sobretudo denúncias de favorecer o jornal "Última Hora" e de tentar implantar o que chamavam de "república sindicalista". Já Collor era acusado de ter favorecido o esquema de corrupção articulado por seu ex-tesoureiro de campanha, Paulo César Farias, conhecido como PC. Apesar de ter sobrevivido ao impeachment, Getúlio Vargas caiu pouco depois. Pressionado pelos militares após o líder da oposição, Carlos Lacerda, sofrer um atentado, o presidente se suicidou em 24 de agosto daquele ano.
poder
Impeachment de Getúlio Vargas foi barrado na Câmara em 1954Desde 1945, dois presidentes brasileiros tiveram seus mandatos ameaçados por pedidos de impeachment levados ao plenário da Câmara dos Deputados: Getúlio Vargas, em 1954, e Fernando Collor, em 1992. O primeiro sobreviveu à votação, mas não à crise política. O segundo foi deposto, hoje é senador. A ação contra Getúlio foi rejeitada por 136 votos contra 35, e 40 abstenções. A de Collor passou com 441 votos contra 38, e 1 abstenção. O que pesou nesses resultados? Primeiro, a dimensão das bases de sustentação no Congresso. Embora a coalizão getulista não fosse muito sólida, ela reunia 57% da Câmara. Já a de Collor, instável, oscilou entre 34% e 44%. Os dois governos tinham problemas com o Legislativo, mas sob Fernando Collor era pior: o presidente se recusava a entregar ministérios aos partidos aliados e procurava governar por meio de medidas provisórias, reeditadas indefinidamente. ACUSAÇÕES A segunda grande diferença residia nas acusações. Contra Vargas pesavam sobretudo denúncias de favorecer o jornal "Última Hora" e de tentar implantar o que chamavam de "república sindicalista". Já Collor era acusado de ter favorecido o esquema de corrupção articulado por seu ex-tesoureiro de campanha, Paulo César Farias, conhecido como PC. Apesar de ter sobrevivido ao impeachment, Getúlio Vargas caiu pouco depois. Pressionado pelos militares após o líder da oposição, Carlos Lacerda, sofrer um atentado, o presidente se suicidou em 24 de agosto daquele ano.
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Venda de ingressos para o Carnaval do Rio começa nesta quarta
As vendas de ingresso para as arquibancadas e cadeiras do desfile das escolas de samba do Grupo Especial do Carnaval do Rio começam nesta quarta-feira (7). Os ingressos são negociados exclusivamente por telefone. O interessado deve ligar para o telefone da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba), que, após o processo, passará uma senha e um número de conta bancária para depósito nos dias 13 e 14 de janeiro. As entradas custam de R$ 80 a R$ 320 para cada um dos dois dias de desfiles do Grupo Especial, no domingo e na segunda-feira de Carnaval, em 15 e 16 de fevereiro. No primeiro dia desfilam as escolas Viradouro, Mangueira, Mocidade, Vila Isabel, Salgueiro e Grande Rio. No segundo será a vez das escolas São Clemente, Portela, Beija-Flor, União da Ilha, Imperatriz e Unidos da Tijuca. Serão oferecidos cerca de 20 mil ingressos para cada um dos dois dias de desfiles das principais escolas do Rio, como Salgueiro, Mangueira, Portela e Beija-Flor. Cerca de 300 lugares estarão disponíveis para portadores de necessidades especiais. Mais informações sobre a compra de bilhetes podem ser obtidas no site da Liesa.
cotidiano
Venda de ingressos para o Carnaval do Rio começa nesta quartaAs vendas de ingresso para as arquibancadas e cadeiras do desfile das escolas de samba do Grupo Especial do Carnaval do Rio começam nesta quarta-feira (7). Os ingressos são negociados exclusivamente por telefone. O interessado deve ligar para o telefone da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba), que, após o processo, passará uma senha e um número de conta bancária para depósito nos dias 13 e 14 de janeiro. As entradas custam de R$ 80 a R$ 320 para cada um dos dois dias de desfiles do Grupo Especial, no domingo e na segunda-feira de Carnaval, em 15 e 16 de fevereiro. No primeiro dia desfilam as escolas Viradouro, Mangueira, Mocidade, Vila Isabel, Salgueiro e Grande Rio. No segundo será a vez das escolas São Clemente, Portela, Beija-Flor, União da Ilha, Imperatriz e Unidos da Tijuca. Serão oferecidos cerca de 20 mil ingressos para cada um dos dois dias de desfiles das principais escolas do Rio, como Salgueiro, Mangueira, Portela e Beija-Flor. Cerca de 300 lugares estarão disponíveis para portadores de necessidades especiais. Mais informações sobre a compra de bilhetes podem ser obtidas no site da Liesa.
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Bolsa cai 1% com exterior negativo e crise política
O dia negativo para os mercados de risco contagiou a Bolsa brasileira, que recuou cerca de 1% nesta quinta-feira. Por aqui, investidores redobram cautela com incerteza política. O dólar avançou, mas segue ao redor de R$ 3,30. Pela manhã, a Folha noticiou que Eduardo Cunha trabalha em proposta de delação premiada. A colaboração com a Justiça ocorreria de forma complementar a do doleiro Lúcio Funaro. Ambos devem envolver o presidente Michel Temer nas suas colaborações. O Ibovespa recuou 1,08%, a 62.470 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,47 bilhões. As principais ações que compõem o índice recuaram neste pregão. O destaque positivo ficou com os papéis das companhias ligadas ao setor elétrico, devido ao anúncio de novas regras do setor. Os papéis preferenciais da Petrobras fecharam em queda de 0,49%, a R$ 12,15, enquanto os ordinários recuaram 0,99% R$ 12,93. Os papéis ordinários da Eletrobras avançaram 16,21%, a R$ 15,84. As ações da Copel subiram 3,78%, a R$ 25,50. A Cemig avançou 2,40%, para R$ 8,52. O CDS (Credit Default Swap) de 5 anos, espécie de seguro contra um calote do país, avançou para 244,65 pontos. DÓLAR A moeda americana avançou ante o real, mas com intensidade menor que a registrada no começo do pregão. "De manhã, o mercado estava mais nervoso com o cenário político, mas à medida que o dia foi passando e o noticiário não trouxe nada forte, aliviou a pressão", comentou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. O dólar à vista, que fecha mais cedo, encerrou a R$ 3,3082 (+0,01%). O dólar comercial ganhou 0,18%, a R$ 3,3010. Os juros futuros recuaram. O vencimento janeiro de 2021 saiu de 9,98% para 9,97%. O contrato para janeiro de 2018 saíram de 8,81% para 8,805%. Com Reuters
mercado
Bolsa cai 1% com exterior negativo e crise políticaO dia negativo para os mercados de risco contagiou a Bolsa brasileira, que recuou cerca de 1% nesta quinta-feira. Por aqui, investidores redobram cautela com incerteza política. O dólar avançou, mas segue ao redor de R$ 3,30. Pela manhã, a Folha noticiou que Eduardo Cunha trabalha em proposta de delação premiada. A colaboração com a Justiça ocorreria de forma complementar a do doleiro Lúcio Funaro. Ambos devem envolver o presidente Michel Temer nas suas colaborações. O Ibovespa recuou 1,08%, a 62.470 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,47 bilhões. As principais ações que compõem o índice recuaram neste pregão. O destaque positivo ficou com os papéis das companhias ligadas ao setor elétrico, devido ao anúncio de novas regras do setor. Os papéis preferenciais da Petrobras fecharam em queda de 0,49%, a R$ 12,15, enquanto os ordinários recuaram 0,99% R$ 12,93. Os papéis ordinários da Eletrobras avançaram 16,21%, a R$ 15,84. As ações da Copel subiram 3,78%, a R$ 25,50. A Cemig avançou 2,40%, para R$ 8,52. O CDS (Credit Default Swap) de 5 anos, espécie de seguro contra um calote do país, avançou para 244,65 pontos. DÓLAR A moeda americana avançou ante o real, mas com intensidade menor que a registrada no começo do pregão. "De manhã, o mercado estava mais nervoso com o cenário político, mas à medida que o dia foi passando e o noticiário não trouxe nada forte, aliviou a pressão", comentou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. O dólar à vista, que fecha mais cedo, encerrou a R$ 3,3082 (+0,01%). O dólar comercial ganhou 0,18%, a R$ 3,3010. Os juros futuros recuaram. O vencimento janeiro de 2021 saiu de 9,98% para 9,97%. O contrato para janeiro de 2018 saíram de 8,81% para 8,805%. Com Reuters
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Sisu abre inscrições para mais de 205 mil vagas em universidades públicas
Começam nesta segunda-feira (19) as inscrições para o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), usado por instituições de ensino superior públicas para ingresso de novos alunos. Para participar, o estudante precisa ter feito o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2014, e ter obtido nota acima de zero na prova de redação. As inscrições, efetuadas exclusivamente pelo site do Sisu, poderão ser feitas até as 23h59 (horário de Brasília) de quinta-feira (22). Dúvidas sobre onde se inscrever? Acesse o Ranking Universitário Folha A lista de cursos que serão ofertados neste processo seletivo está disponível na página do Sisu. Ao todo serão 205.514 vagas no ensino superior público em 5.631 cursos de 128 instituições. Neste ano, o número de vagas aumentou 20% em relação ao processo seletivo do primeiro semestre de 2014. Houve acréscimo no curso de medicina, que passou de 2.925 vagas, na primeira edição de 2014, para 3.758 no mesmo período de 2015. Os cursos de engenharia também tiveram ampliação na oferta de vagas de um ano para o outro, passando de 25.128 em 2014 para 30.749 em 2015. As instituições deverão reservar, no mínimo, 37,5% das vagas para os estudantes de escolas públicas, cumprindo a Lei de Cotas (Lei 12.711/2012). De acordo com o MEC, do total de 99 instituições federais participantes do sistema (59 universidades e 40 instituições de educação profissional), 68 já reservam 50% ou mais vagas para candidatos provenientes de escolas públicas. Esta edição do Sisu terá apenas uma chamada. O resultado será divulgado no dia 26 e as matrículas deverão ser efetuadas nas instituições entre os dias 30 de janeiro e 3 de fevereiro. Também a partir do dia 26 serão abertas as inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas integrais e parciais em instituições particulares. Os estudantes podem se inscrever no Sisu e no ProUni.
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Sisu abre inscrições para mais de 205 mil vagas em universidades públicasComeçam nesta segunda-feira (19) as inscrições para o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), usado por instituições de ensino superior públicas para ingresso de novos alunos. Para participar, o estudante precisa ter feito o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2014, e ter obtido nota acima de zero na prova de redação. As inscrições, efetuadas exclusivamente pelo site do Sisu, poderão ser feitas até as 23h59 (horário de Brasília) de quinta-feira (22). Dúvidas sobre onde se inscrever? Acesse o Ranking Universitário Folha A lista de cursos que serão ofertados neste processo seletivo está disponível na página do Sisu. Ao todo serão 205.514 vagas no ensino superior público em 5.631 cursos de 128 instituições. Neste ano, o número de vagas aumentou 20% em relação ao processo seletivo do primeiro semestre de 2014. Houve acréscimo no curso de medicina, que passou de 2.925 vagas, na primeira edição de 2014, para 3.758 no mesmo período de 2015. Os cursos de engenharia também tiveram ampliação na oferta de vagas de um ano para o outro, passando de 25.128 em 2014 para 30.749 em 2015. As instituições deverão reservar, no mínimo, 37,5% das vagas para os estudantes de escolas públicas, cumprindo a Lei de Cotas (Lei 12.711/2012). De acordo com o MEC, do total de 99 instituições federais participantes do sistema (59 universidades e 40 instituições de educação profissional), 68 já reservam 50% ou mais vagas para candidatos provenientes de escolas públicas. Esta edição do Sisu terá apenas uma chamada. O resultado será divulgado no dia 26 e as matrículas deverão ser efetuadas nas instituições entre os dias 30 de janeiro e 3 de fevereiro. Também a partir do dia 26 serão abertas as inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas integrais e parciais em instituições particulares. Os estudantes podem se inscrever no Sisu e no ProUni.
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Isaquias estreia na canoagem para embalar sonho de pódio triplo
PAULO ROBERTO CONDE ENVIADO ESPECIAL AO RIO Às 9h08 desta segunda-feira (15), Isaquias Queiroz larga na raia 3 do percurso desenhado na Lagoa Rodrigo de Freitas em direção à história. O baiano de 22 anos é a principal revelação do país no ciclo olímpico e estreia na canoagem velocidade dos Jogos Olímpicos do Rio na prova C1 1.000 m carregando a esperança de um desempenho notável e um sonho pessoal. Isaquias disputará três provas na Olimpíada. Além da distância de estreia, que terá eliminatórias e semifinais nesta segunda e final na terça (16), ele competirá no C1 200 m e no C2 1.000 m (com Erlon Souza) ao longo da semana.  Entre 2013 e 2015, ele foi medalhista em Campeonatos Mundial em todas elas. Caso vá aos três pódios, favorito que é, ele pode se tornar o primeiro brasileiro com três medalhas numa única edição dos Jogos. No íntimo, ele nutre uma ambição que transcende os metais, embora dependa da obtenção deles. "Espero carregar a bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento da Olimpíada. Mas, para isso, preciso estar com as três medalhas no peito e ser um dos grandes nomes dos Jogos. Espero voltar para casa com dever cumprido", afirmou o canoísta, em entrevista à Folha. "Eu gosto de festa, pra caramba, e quero fazer a minha no Rio." Na infância, Isaquias sobreviveu a dois momentos difíceis: primeiro, uma panela de água fervente caiu sobre ele e ficou semanas internado. Depois, devido à queda de uma árvore, teve de retirar um rim. Em meio aos dramas pessoais, a trajetória na canoagem foi acidentada. Depois de descoberto em projeto social em seu berço, passou por Pindamonhangaba (SP) e São Paulo. "Não tinha ritmo nem vontade de competir ou treinar. Só sentia saudade de casa." Destaque no Mundial júnior de 2011, o baiano ficou fora dos Jogos de Londres, no ano seguinte. Flertou com a aposentadoria precoce e com a possibilidade de voltar a Ubaitaba, sua cidade natal. Sua maré de baixa começou a mudar no início de 2013, quando o técnico espanhol Jesús Morlán chegou ao Brasil. A parceria se afinou logo de cara. O ibérico recuperou a motivação do novo pupilo, que despontou. Além de ir ao pódio em todos os Mundiais do ciclo, também levou dois ouros no Pan de Toronto. "Há quatro anos, nem passava pela minha cabeça competir nos Jogos do Rio ou ser um dos caras mais falados da delegação brasileira", afirmou. No treino que a reportagem acompanhou em junho, em Lagoa Santa (MG), base da seleção brasileira, a confiança em medalhas estava no auge. "Quero ganhar as três medalhas. Não é impossível", disse o baiano. Se conseguir, é praticamente certo que se insere entre os nomes favoritos para levar a bandeira no encerramento, no próximo dia 21. O fechamento do ciclo será marcado, ainda, na pele. Além de uma tatuagem maori, uma de um autorretrato e os nomes dos pais, Isaquias quer desenhar aros olímpicos no peito. O Brasil aguarda ansioso. A PROGRAMAÇÃO DE ISAQUIAS QUEIROZ Segunda (15) Eliminatórias C1 1.000 m - 9h Semifinais C1 1.000 m - 10h30 Terça (16) Final C1 1.000 m - 9h08 Quarta (17) Eliminatórias C1 200 m - 9h08 Semifinais C1 200 m - 10h42 Quinta (18) Final C1 200 m - 9h23 Sexta (19) Eliminatórias C2 1.000 m* - 9h21 Semifinais C2 1.000 m* - 10h21 Sábado (20) Final C2 1.000 m* - 9h22 *Em parceria com Erlon Souza Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
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Isaquias estreia na canoagem para embalar sonho de pódio triplo PAULO ROBERTO CONDE ENVIADO ESPECIAL AO RIO Às 9h08 desta segunda-feira (15), Isaquias Queiroz larga na raia 3 do percurso desenhado na Lagoa Rodrigo de Freitas em direção à história. O baiano de 22 anos é a principal revelação do país no ciclo olímpico e estreia na canoagem velocidade dos Jogos Olímpicos do Rio na prova C1 1.000 m carregando a esperança de um desempenho notável e um sonho pessoal. Isaquias disputará três provas na Olimpíada. Além da distância de estreia, que terá eliminatórias e semifinais nesta segunda e final na terça (16), ele competirá no C1 200 m e no C2 1.000 m (com Erlon Souza) ao longo da semana.  Entre 2013 e 2015, ele foi medalhista em Campeonatos Mundial em todas elas. Caso vá aos três pódios, favorito que é, ele pode se tornar o primeiro brasileiro com três medalhas numa única edição dos Jogos. No íntimo, ele nutre uma ambição que transcende os metais, embora dependa da obtenção deles. "Espero carregar a bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento da Olimpíada. Mas, para isso, preciso estar com as três medalhas no peito e ser um dos grandes nomes dos Jogos. Espero voltar para casa com dever cumprido", afirmou o canoísta, em entrevista à Folha. "Eu gosto de festa, pra caramba, e quero fazer a minha no Rio." Na infância, Isaquias sobreviveu a dois momentos difíceis: primeiro, uma panela de água fervente caiu sobre ele e ficou semanas internado. Depois, devido à queda de uma árvore, teve de retirar um rim. Em meio aos dramas pessoais, a trajetória na canoagem foi acidentada. Depois de descoberto em projeto social em seu berço, passou por Pindamonhangaba (SP) e São Paulo. "Não tinha ritmo nem vontade de competir ou treinar. Só sentia saudade de casa." Destaque no Mundial júnior de 2011, o baiano ficou fora dos Jogos de Londres, no ano seguinte. Flertou com a aposentadoria precoce e com a possibilidade de voltar a Ubaitaba, sua cidade natal. Sua maré de baixa começou a mudar no início de 2013, quando o técnico espanhol Jesús Morlán chegou ao Brasil. A parceria se afinou logo de cara. O ibérico recuperou a motivação do novo pupilo, que despontou. Além de ir ao pódio em todos os Mundiais do ciclo, também levou dois ouros no Pan de Toronto. "Há quatro anos, nem passava pela minha cabeça competir nos Jogos do Rio ou ser um dos caras mais falados da delegação brasileira", afirmou. No treino que a reportagem acompanhou em junho, em Lagoa Santa (MG), base da seleção brasileira, a confiança em medalhas estava no auge. "Quero ganhar as três medalhas. Não é impossível", disse o baiano. Se conseguir, é praticamente certo que se insere entre os nomes favoritos para levar a bandeira no encerramento, no próximo dia 21. O fechamento do ciclo será marcado, ainda, na pele. Além de uma tatuagem maori, uma de um autorretrato e os nomes dos pais, Isaquias quer desenhar aros olímpicos no peito. O Brasil aguarda ansioso. A PROGRAMAÇÃO DE ISAQUIAS QUEIROZ Segunda (15) Eliminatórias C1 1.000 m - 9h Semifinais C1 1.000 m - 10h30 Terça (16) Final C1 1.000 m - 9h08 Quarta (17) Eliminatórias C1 200 m - 9h08 Semifinais C1 200 m - 10h42 Quinta (18) Final C1 200 m - 9h23 Sexta (19) Eliminatórias C2 1.000 m* - 9h21 Semifinais C2 1.000 m* - 10h21 Sábado (20) Final C2 1.000 m* - 9h22 *Em parceria com Erlon Souza Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
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Papéis indicam como Odebrecht preparou engenheiro para inquérito
Um documento apreendido pela Polícia Federal em escritório do grupo Odebrecht em São Paulo indica como a empresa preparou um engenheiro da empresa, não identificado, com uma lista de respostas a serem dadas a perguntas que poderiam ser feitas pela PF em um inquérito aberto por ordem do STJ (Superior Tribunal de Justiça) como desdobramento da Operação Lava Jato. O inquérito do STJ em que o homem seria ouvido investiga o atual governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e seu antecessor, Sérgio Cabral, ambos do PMDB do Rio. As perguntas indicam que o funcionário, um "líder empresarial da Divisão de Engenharia Industrial" e contratado da Odebrecht desde 1985, poderia ser indagado pela PF sobre as obras realizadas pela empreiteira no Comperj, um complexo petroquímico do Rio de Janeiro construído pela Petrobras. Ao ser indagado sobre o número de licitações das quais a Odebrecht participou para o Comperj, o interrogado deveria responder que "especificamente não se recorda" e que nos últimos cinco anos a empresa recebeu "mais de 500 cartas-convite para participar de obras de Petrobras". Desse total, apresentou "proposta em cerca de 10% ou 15%, algo como 60 ou 70 propostas, e ganhamos seis". O engenheiro deveria recorrer à suposta falta de memória em outro ponto do interrogatório, ao ser abordado sobre eventual desavença com a empreiteira Galvão em uma licitação. "Não. Não me recordo de ter trabalhado com a Galvão em nenhum projeto. Pelo que li no jornal hoje o [doleiro Alberto] Youssef devia estar aplicando algum golpe neles usando o nosso nome, isso sim", diz o texto. PAULO ROBERTO COSTA O engenheiro também deveria afirmar que "de modo algum" confirma ter recebido uma "solicitação de contribuição financeira" para a campanha à reeleição, em 2010, do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB-RJ). A mesma negativa seria dada sobre um eventual pedido do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa feito ao consórcio construtor do complexo, do qual a Odebrecht fazia parte. O engenheiro foi instado a dizer que se encontrou com Paulo Roberto Costa apenas na Petrobras, que "jamais" esteve na casa dele, embora pudesse reconhecer ter comparecido, a convite, no casamento da filha do ex-diretor. Para reforçar a suposta falta de intimidade, o documento dá uma dica para o engenheiro. Ele deveria comentar, "em off" –que no jargão jornalístico representa a proteção de fontes que devem permanecer sem identificação–, uma certa "história do Tivoli", não explicada. Sobre o tema das doações para campanhas eleitorais, o interrogado foi orientado a dizer: "Verifiquei no inquérito uma doação de 2010 de R$ 200 mil ao PMDB do RJ. Mas eu não tinha conhecimento disso pois não trato de doações a partidos políticos". Segundo outra resposta orientada, o homem deveria explicar ao delegado da PF: "Como o senhor pode imaginar, diversos executivos da empresa recebem pedido de doação. Minha recomendação sempre foi que fossem encaminhadas para a área institucional da construtora para análise no contexto global da empresa. Eu mesmo estava muito afastado desse universo". As declarações do diretor da Odebrecht Engenharia Industrial, Márcio Faria, em depoimento à Polícia Federal no inquérito de Cabral e Pezão confirmam em parte as orientações dadas. Ele disse, por exemplo, que se reunia institucionalmente com Paulo Roberto Costa na Petrobras "de quatro a cinco vezes por ano" e que os pedidos de doações são encaminhados para a área institucional da empresa. A assessoria da Odebrecht informou, em nota à Folha: "Em relação às perguntas e respostas apresentadas no documento, provavelmente referem-se à preparação, feita por seu advogado, de um executivo da Construtora Norberto Odebrecht para possível inquérito da Operação Lava Jato."
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Papéis indicam como Odebrecht preparou engenheiro para inquéritoUm documento apreendido pela Polícia Federal em escritório do grupo Odebrecht em São Paulo indica como a empresa preparou um engenheiro da empresa, não identificado, com uma lista de respostas a serem dadas a perguntas que poderiam ser feitas pela PF em um inquérito aberto por ordem do STJ (Superior Tribunal de Justiça) como desdobramento da Operação Lava Jato. O inquérito do STJ em que o homem seria ouvido investiga o atual governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e seu antecessor, Sérgio Cabral, ambos do PMDB do Rio. As perguntas indicam que o funcionário, um "líder empresarial da Divisão de Engenharia Industrial" e contratado da Odebrecht desde 1985, poderia ser indagado pela PF sobre as obras realizadas pela empreiteira no Comperj, um complexo petroquímico do Rio de Janeiro construído pela Petrobras. Ao ser indagado sobre o número de licitações das quais a Odebrecht participou para o Comperj, o interrogado deveria responder que "especificamente não se recorda" e que nos últimos cinco anos a empresa recebeu "mais de 500 cartas-convite para participar de obras de Petrobras". Desse total, apresentou "proposta em cerca de 10% ou 15%, algo como 60 ou 70 propostas, e ganhamos seis". O engenheiro deveria recorrer à suposta falta de memória em outro ponto do interrogatório, ao ser abordado sobre eventual desavença com a empreiteira Galvão em uma licitação. "Não. Não me recordo de ter trabalhado com a Galvão em nenhum projeto. Pelo que li no jornal hoje o [doleiro Alberto] Youssef devia estar aplicando algum golpe neles usando o nosso nome, isso sim", diz o texto. PAULO ROBERTO COSTA O engenheiro também deveria afirmar que "de modo algum" confirma ter recebido uma "solicitação de contribuição financeira" para a campanha à reeleição, em 2010, do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB-RJ). A mesma negativa seria dada sobre um eventual pedido do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa feito ao consórcio construtor do complexo, do qual a Odebrecht fazia parte. O engenheiro foi instado a dizer que se encontrou com Paulo Roberto Costa apenas na Petrobras, que "jamais" esteve na casa dele, embora pudesse reconhecer ter comparecido, a convite, no casamento da filha do ex-diretor. Para reforçar a suposta falta de intimidade, o documento dá uma dica para o engenheiro. Ele deveria comentar, "em off" –que no jargão jornalístico representa a proteção de fontes que devem permanecer sem identificação–, uma certa "história do Tivoli", não explicada. Sobre o tema das doações para campanhas eleitorais, o interrogado foi orientado a dizer: "Verifiquei no inquérito uma doação de 2010 de R$ 200 mil ao PMDB do RJ. Mas eu não tinha conhecimento disso pois não trato de doações a partidos políticos". Segundo outra resposta orientada, o homem deveria explicar ao delegado da PF: "Como o senhor pode imaginar, diversos executivos da empresa recebem pedido de doação. Minha recomendação sempre foi que fossem encaminhadas para a área institucional da construtora para análise no contexto global da empresa. Eu mesmo estava muito afastado desse universo". As declarações do diretor da Odebrecht Engenharia Industrial, Márcio Faria, em depoimento à Polícia Federal no inquérito de Cabral e Pezão confirmam em parte as orientações dadas. Ele disse, por exemplo, que se reunia institucionalmente com Paulo Roberto Costa na Petrobras "de quatro a cinco vezes por ano" e que os pedidos de doações são encaminhados para a área institucional da empresa. A assessoria da Odebrecht informou, em nota à Folha: "Em relação às perguntas e respostas apresentadas no documento, provavelmente referem-se à preparação, feita por seu advogado, de um executivo da Construtora Norberto Odebrecht para possível inquérito da Operação Lava Jato."
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Ação por dívida em condomínio cresce 31% no semestre; veja o que diz a lei
O número de ações judiciais por falta de pagamento do condomínio na capital paulista cresceu 31,4% no primeiro semestre ante o mesmo período de 2014, segundo levantamento do Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário) junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Em junho, o aumento foi de 5,9% em relação ao mês anterior e de 46,4% na comparação com o mesmo mês de 2014. Rubens Carmo Elias Filho, presidente da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo), atribui a alta a dois fatores: a conjuntura econômica, com mais pessoas endividadas e afetadas pelos desemprego, e o aumento da cota condominial. A multa por atraso é de 2% independentemente do período e há juros de 1% ao mês. Com isso, a maioria das pessoas acaba dando prioridade ao pagamento de dívidas com juros maiores e consequências mais imediatas, como a do cartão de crédito, cuja taxa foi de 12,3% em maio, segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). "O síndico costuma ser parcimonioso para tomar medidas com os inadimplentes, e isso acaba gerando um certo comodismo do morador", diz Filho. O nome do devedor pode entrar na lista da Serasa, mas síndicos e administradores de condomínios não costumam fazer isso porque agem com mais cautela. A decisão se os condôminos inadimplentes serão incluídos no banco de dados da empresa precisa ser tomada em assembleia, por aprovação da maioria dos votantes. A aprovação deve estar registrada em ata do condomínio. Como alguns síndicos e administradores negativam o morador inadimplente via protesto –reconhecimento em cartório da dívida–, a Serasa não tem um levantamento preciso de quantas pessoas estão no cadastro por falta de pagamento da taxa. Vale lembrar que, antes de ter seu nome negativado, o consumidor recebe uma carta da Serasa com um prazo determinado para quitar as dívidas. Esse período varia de acordo com cada credor. Se dez dias após esse prazo ainda houver inadimplência, o nome do devedor entra no cadastro da empresa. MAIS AGILIDADE NA COBRANÇA NA JUSTIÇA O condomínio pode levar o caso à Justiça com apenas um dia de atraso, mas é comum uma espera de 90 dias, período em que o condômino costuma quitar a dívida ou as partes tentam formular um acordo. A ação de cobrança da cota condominial pode se estender por sete anos até o imóvel ir a leilão para pagar o valor devido. Mas isso pode mudar com o novo Código do Processo Civil, que entra em vigor em março do próximo ano. Hoje o processo é constituído por uma "fase de conhecimento", em que o condomínio precisa comprovar a dívida ao juiz para conseguir um título executivo. Essa primeira etapa, em que cabe recurso à ação, pode levar três anos. Depois, somam-se a isso mais três ou quatro anos da fase de execução. Com o novo código, explica Filho, o processo pode ser iniciado direto na segunda etapa, o que agilizaria a ação e desestimularia a inadimplência nos prédios. Para Hubert Gebara, vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP, a medida tem resultado limitado "porque nossos fóruns estão congestionados e a Justiça no Brasil é lenta, já que permite uma série de recursos". Na elevação dos custos do condomínio, pesaram o aumento da conta de luz e dos salários dos funcionários, que corresponde a cerca de 60% a 70% dos gastos de um prédio. Segundo Filho, só o dissídio da categoria, que gerou um aumento médio de 8,5% para a folha de pagamento, fez com que o valor da taxa condominial subisse, em média, 5%.
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Ação por dívida em condomínio cresce 31% no semestre; veja o que diz a leiO número de ações judiciais por falta de pagamento do condomínio na capital paulista cresceu 31,4% no primeiro semestre ante o mesmo período de 2014, segundo levantamento do Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário) junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Em junho, o aumento foi de 5,9% em relação ao mês anterior e de 46,4% na comparação com o mesmo mês de 2014. Rubens Carmo Elias Filho, presidente da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo), atribui a alta a dois fatores: a conjuntura econômica, com mais pessoas endividadas e afetadas pelos desemprego, e o aumento da cota condominial. A multa por atraso é de 2% independentemente do período e há juros de 1% ao mês. Com isso, a maioria das pessoas acaba dando prioridade ao pagamento de dívidas com juros maiores e consequências mais imediatas, como a do cartão de crédito, cuja taxa foi de 12,3% em maio, segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). "O síndico costuma ser parcimonioso para tomar medidas com os inadimplentes, e isso acaba gerando um certo comodismo do morador", diz Filho. O nome do devedor pode entrar na lista da Serasa, mas síndicos e administradores de condomínios não costumam fazer isso porque agem com mais cautela. A decisão se os condôminos inadimplentes serão incluídos no banco de dados da empresa precisa ser tomada em assembleia, por aprovação da maioria dos votantes. A aprovação deve estar registrada em ata do condomínio. Como alguns síndicos e administradores negativam o morador inadimplente via protesto –reconhecimento em cartório da dívida–, a Serasa não tem um levantamento preciso de quantas pessoas estão no cadastro por falta de pagamento da taxa. Vale lembrar que, antes de ter seu nome negativado, o consumidor recebe uma carta da Serasa com um prazo determinado para quitar as dívidas. Esse período varia de acordo com cada credor. Se dez dias após esse prazo ainda houver inadimplência, o nome do devedor entra no cadastro da empresa. MAIS AGILIDADE NA COBRANÇA NA JUSTIÇA O condomínio pode levar o caso à Justiça com apenas um dia de atraso, mas é comum uma espera de 90 dias, período em que o condômino costuma quitar a dívida ou as partes tentam formular um acordo. A ação de cobrança da cota condominial pode se estender por sete anos até o imóvel ir a leilão para pagar o valor devido. Mas isso pode mudar com o novo Código do Processo Civil, que entra em vigor em março do próximo ano. Hoje o processo é constituído por uma "fase de conhecimento", em que o condomínio precisa comprovar a dívida ao juiz para conseguir um título executivo. Essa primeira etapa, em que cabe recurso à ação, pode levar três anos. Depois, somam-se a isso mais três ou quatro anos da fase de execução. Com o novo código, explica Filho, o processo pode ser iniciado direto na segunda etapa, o que agilizaria a ação e desestimularia a inadimplência nos prédios. Para Hubert Gebara, vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP, a medida tem resultado limitado "porque nossos fóruns estão congestionados e a Justiça no Brasil é lenta, já que permite uma série de recursos". Na elevação dos custos do condomínio, pesaram o aumento da conta de luz e dos salários dos funcionários, que corresponde a cerca de 60% a 70% dos gastos de um prédio. Segundo Filho, só o dissídio da categoria, que gerou um aumento médio de 8,5% para a folha de pagamento, fez com que o valor da taxa condominial subisse, em média, 5%.
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Ranking traz os melhores países para trabalhar como estrangeiro
Em um mundo globalizado como o nosso, é comum ver pessoas saindo de seus países de origem para trabalhar em outros. Para descobrir qual é melhor destino com essa finalidade, o banco HSBC elaborou um questionário on-line que foi respondido por cerca de 27 mil empregados estrangeiros em 100 países diferentes. Os critérios avaliados foram diversos —e o país que liderou o ranking foi a Suíça. "O único critério para participar era viver em um país diferente ao de nascimento e ter pelo menos 18 anos", explicou à BBC Bem Robinson, da Expat Explorer, a ferramenta interativa criada pelo HSBC para avaliar os diferentes destinos. O ranking compara em primeiro lugar o valor do salário —uma categoria em que a Suíça vence disparado, oferecendo um valor anual de US$ 188.275 (R$ 601.952), quase o dobro da média mundial. Em segundo lugar, quando o assunto é apenas salário, ficou Hong Kong, com um pagamento médio de US$ 169.756 (R$ 542.743), seguida pela Índia, que registra US$ 145.057 por ano (R$ 463.776). Os EUA aparecem em sexto, com uma remuneração anual de US$ 129.794 (R$ 414.977). Mas a ordem da lista final, que também leva em conta fatores como segurança, qualidade de vida, serviços de saúde e facilidade para fazer amigos, é um pouco diferente. O SEGREDO SUÍÇO A Suíça encabeça a lista do HSBC pelo segundo ano consecutivo tanto em salário como em termos gerais. O país é sede de diversas empresas multinacionais, entre elas a farmacêutica Novartis, a Glencore (principal companhia privada dedicada a compra, venda e produção de matérias-primas e alimentos do mundo) e a firma de serviços financeiros e investimentos UBS Group AG. A sede da ONU também está na Suíça. "Os trabalhadores estrangeiros colocam a Suíça no topo da lista não só pelos salários, mas pelo bem-estar", disse Dean Blackburn, chefe do HSBC Expat, divisão do banco dedicada a serviços para trabalhadores estrangeiros. Dos empregados que responderam ao questionário, 69% garantem que o equilíbrio entre trabalho e vida privada melhorou quando se mudaram para o país europeu. Mas alguns trabalhadores deram uma baixa pontuação à Suíça em outros critérios. No quesito "fazer amigos" e "vida social", o país deixou um pouco a desejar, segundo parte das pessoas que responderam a pesquisa. Mas no quesito "qualidade de vida", foi muito bem. DOMÍNIO EUROPEU Na lista geral de destinos do ranking, seis das dez primeiras posições são ocupadas por países europeus - Alemanha e Suécia ficaram com o segundo e terceiro lugar geral, apesar de seus salários não serem os melhores. "A Alemanha oferece melhor segurança de trabalho e, no caso da Suécia, muitos trabalhadores elogiaram o equilíbrio entre trabalho e vida particular", disse Blackburn. No ranking geral, os Estados Unidos ficaram no 30º lugar. A Índia é um caso curioso da lista —apesar de figurar em terceiro lugar no ranking de melhores salários pagos a estrangeiros, ela aparece apenas em 26º na colocação geral. Isso se deve principalmente às reclamações dos trabalhadores sobre a "experiência geral", um critério que inclui estilo de vida, facilidade de transporte e instalações no país. A Índia é considerada um dos melhores lugares para progredir em termos de carreira ou para começar um negócio - ou até mesmo para conquistar objetivos financeiros a longo prazo. O HSBC afirma que cerca de 89% dos empregados estrangeiros no país recebem ao menos um benefício financeiro adicional por se mudar para lá. Cerca de 38% dos trabalhadores que responderam ao questionário afirmaram que, graças a esses benefícios, eles poderiam poupar dinheiro para conseguir financiar a educação dos seus filhos no futuro e conseguiriam melhorar sua situação econômica a longo prazo. Em comparação com outros países da Ásia, a Índia atrai ainda a maior porcentagem de trabalhadores estrangeiros que se tornam empresários. Os 11% expatriados na Índia acabam criando sua própria empresa, em comparação com uma média de 5% no resto do continente. 'FAZER CARREIRA' Quanto aos "pacotes de benefícios", que incluem seguro saúde, moradia e passagens de avião para visitar o país de origem, os melhores destinos para se trabalhar são os países do Oriente Médio, como Bahrein e Emirados Árabes Unidos. Mas quando o assunto é desenvolvimento de trabalho a longo prazo e perspectivas para um crescimento na carreira, mais de 60% dos trabalhadores garantiram que Hong Kong e Cingapura ofereciam as melhores oportunidades. No entanto, 30% dos empregados em Cingapura e 50% dos trabalhadores de Hong Kong asseguraram que o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho havia piorado durante o período de estadia na Ásia. "Alguns trabalhadores que se mudam para outros países querem um caminho rápido para progredir na carreira, outros buscam acumular dinheiro e outros ainda preferem ter um melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal", explicou Blackburn. Com isso, concluiu o chefe do HSBC Expat, o melhor destino para se trabalhar no exterior vai depender dos objetivos de cada um.
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Ranking traz os melhores países para trabalhar como estrangeiroEm um mundo globalizado como o nosso, é comum ver pessoas saindo de seus países de origem para trabalhar em outros. Para descobrir qual é melhor destino com essa finalidade, o banco HSBC elaborou um questionário on-line que foi respondido por cerca de 27 mil empregados estrangeiros em 100 países diferentes. Os critérios avaliados foram diversos —e o país que liderou o ranking foi a Suíça. "O único critério para participar era viver em um país diferente ao de nascimento e ter pelo menos 18 anos", explicou à BBC Bem Robinson, da Expat Explorer, a ferramenta interativa criada pelo HSBC para avaliar os diferentes destinos. O ranking compara em primeiro lugar o valor do salário —uma categoria em que a Suíça vence disparado, oferecendo um valor anual de US$ 188.275 (R$ 601.952), quase o dobro da média mundial. Em segundo lugar, quando o assunto é apenas salário, ficou Hong Kong, com um pagamento médio de US$ 169.756 (R$ 542.743), seguida pela Índia, que registra US$ 145.057 por ano (R$ 463.776). Os EUA aparecem em sexto, com uma remuneração anual de US$ 129.794 (R$ 414.977). Mas a ordem da lista final, que também leva em conta fatores como segurança, qualidade de vida, serviços de saúde e facilidade para fazer amigos, é um pouco diferente. O SEGREDO SUÍÇO A Suíça encabeça a lista do HSBC pelo segundo ano consecutivo tanto em salário como em termos gerais. O país é sede de diversas empresas multinacionais, entre elas a farmacêutica Novartis, a Glencore (principal companhia privada dedicada a compra, venda e produção de matérias-primas e alimentos do mundo) e a firma de serviços financeiros e investimentos UBS Group AG. A sede da ONU também está na Suíça. "Os trabalhadores estrangeiros colocam a Suíça no topo da lista não só pelos salários, mas pelo bem-estar", disse Dean Blackburn, chefe do HSBC Expat, divisão do banco dedicada a serviços para trabalhadores estrangeiros. Dos empregados que responderam ao questionário, 69% garantem que o equilíbrio entre trabalho e vida privada melhorou quando se mudaram para o país europeu. Mas alguns trabalhadores deram uma baixa pontuação à Suíça em outros critérios. No quesito "fazer amigos" e "vida social", o país deixou um pouco a desejar, segundo parte das pessoas que responderam a pesquisa. Mas no quesito "qualidade de vida", foi muito bem. DOMÍNIO EUROPEU Na lista geral de destinos do ranking, seis das dez primeiras posições são ocupadas por países europeus - Alemanha e Suécia ficaram com o segundo e terceiro lugar geral, apesar de seus salários não serem os melhores. "A Alemanha oferece melhor segurança de trabalho e, no caso da Suécia, muitos trabalhadores elogiaram o equilíbrio entre trabalho e vida particular", disse Blackburn. No ranking geral, os Estados Unidos ficaram no 30º lugar. A Índia é um caso curioso da lista —apesar de figurar em terceiro lugar no ranking de melhores salários pagos a estrangeiros, ela aparece apenas em 26º na colocação geral. Isso se deve principalmente às reclamações dos trabalhadores sobre a "experiência geral", um critério que inclui estilo de vida, facilidade de transporte e instalações no país. A Índia é considerada um dos melhores lugares para progredir em termos de carreira ou para começar um negócio - ou até mesmo para conquistar objetivos financeiros a longo prazo. O HSBC afirma que cerca de 89% dos empregados estrangeiros no país recebem ao menos um benefício financeiro adicional por se mudar para lá. Cerca de 38% dos trabalhadores que responderam ao questionário afirmaram que, graças a esses benefícios, eles poderiam poupar dinheiro para conseguir financiar a educação dos seus filhos no futuro e conseguiriam melhorar sua situação econômica a longo prazo. Em comparação com outros países da Ásia, a Índia atrai ainda a maior porcentagem de trabalhadores estrangeiros que se tornam empresários. Os 11% expatriados na Índia acabam criando sua própria empresa, em comparação com uma média de 5% no resto do continente. 'FAZER CARREIRA' Quanto aos "pacotes de benefícios", que incluem seguro saúde, moradia e passagens de avião para visitar o país de origem, os melhores destinos para se trabalhar são os países do Oriente Médio, como Bahrein e Emirados Árabes Unidos. Mas quando o assunto é desenvolvimento de trabalho a longo prazo e perspectivas para um crescimento na carreira, mais de 60% dos trabalhadores garantiram que Hong Kong e Cingapura ofereciam as melhores oportunidades. No entanto, 30% dos empregados em Cingapura e 50% dos trabalhadores de Hong Kong asseguraram que o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho havia piorado durante o período de estadia na Ásia. "Alguns trabalhadores que se mudam para outros países querem um caminho rápido para progredir na carreira, outros buscam acumular dinheiro e outros ainda preferem ter um melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal", explicou Blackburn. Com isso, concluiu o chefe do HSBC Expat, o melhor destino para se trabalhar no exterior vai depender dos objetivos de cada um.
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