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Parlamento britânico aprova ataques aéreos ao Estado Islâmico na Síria
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O Parlamento britânico aprovou nesta quarta-feira (2) a realização de ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria. A aprovação era pedida pelo primeiro-ministro David Cameron como uma forma de defender o território britânico do terrorismo. A autorização foi aprovada com 397 votos a favor e 223 contrários. Antes, os parlamentares haviam derrubado a medida de 2013 que impedia os bombardeios à Síria. Antes da votação, David Cameron havia afirmado que, caso o Parlamento desse aval, os primeiros aviões militares seriam enviados ao país árabe durante o fim de semana. Ele admitiu que a decisão sobre os ataques era difícil, mas necessária para conter o terrorismo. "A questão era se o Reino Unido deveria perseguir os terroristas em seus territórios, de onde planejam seus ataques ou sentar e esperar que nos ataquem." O chefe de governo britânico aumentou sua pressão pela participação do Reino Unido na coalizão contra o Estado Islâmico depois da série de ataques terroristas que deixaram 130 mortos em Paris em 13 de novembro. Há dois anos, o Parlamento havia rejeitado qualquer intervenção na Síria. O temor na época é que a ação militar fosse similar à entrada na guerra no Iraque, criticada pela sociedade britânica.
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mundo
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Parlamento britânico aprova ataques aéreos ao Estado Islâmico na SíriaO Parlamento britânico aprovou nesta quarta-feira (2) a realização de ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria. A aprovação era pedida pelo primeiro-ministro David Cameron como uma forma de defender o território britânico do terrorismo. A autorização foi aprovada com 397 votos a favor e 223 contrários. Antes, os parlamentares haviam derrubado a medida de 2013 que impedia os bombardeios à Síria. Antes da votação, David Cameron havia afirmado que, caso o Parlamento desse aval, os primeiros aviões militares seriam enviados ao país árabe durante o fim de semana. Ele admitiu que a decisão sobre os ataques era difícil, mas necessária para conter o terrorismo. "A questão era se o Reino Unido deveria perseguir os terroristas em seus territórios, de onde planejam seus ataques ou sentar e esperar que nos ataquem." O chefe de governo britânico aumentou sua pressão pela participação do Reino Unido na coalizão contra o Estado Islâmico depois da série de ataques terroristas que deixaram 130 mortos em Paris em 13 de novembro. Há dois anos, o Parlamento havia rejeitado qualquer intervenção na Síria. O temor na época é que a ação militar fosse similar à entrada na guerra no Iraque, criticada pela sociedade britânica.
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Leia a íntegra do 1º discurso de Trump como presidente eleito dos EUA
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O republicano Donald J. Trump, 70, foi eleito o 45º presidente dos Estados Unidos na madrugada desta quarta-feira (9), após a imensa maioria de pesquisas e projeções apontarem sua derrota para a democrata Hillary Clinton. Em seu primeiro discurso como presidente eleito, em um hotel em Nova York, o empresário adotou um tom conciliatório e pediu união aos americanos. Leia abaixo a íntegra do pronunciamento de Trump. * Obrigado. Muito obrigado, a todos. Desculpem-me por fazê-los esperar. Negócio complicado, complicado. Obrigado, muito obrigado. Acabo de receber um telefonema da secretária Clinton. Ela nos congratulou. Isso é sobre nós. Por nossa vitória, e eu a congratulei, e à sua família, por uma campanha muito, muito disputada. Porque, pessoal, ela batalhou muito. Hillary trabalhou por muito tempo, com muito afinco, por um longo período, e temos uma dívida de gratidão para com ela por seu serviço ao nosso país. Eu o digo com sinceridade. Agora é hora de os Estados Unidos curarem as feridas da divisão, de promover a união. A todos os republicanos e democratas e independentes de todo o país, digo que é hora de nos unirmos como um só povo. É hora. Prometo a cada cidadão de nosso país que serei o presidente de todos os americanos, e isso é muito importante para mim. Para aqueles que optaram por não me apoiar no passado, e existem algumas pessoas nessa categoria, estou solicitando sua orientação e sua ajuda para que possamos trabalhar juntos e unificar nosso grande país. Como eu disse desde o começo, nós não conduzimos uma campanha, mas um movimento, grande e incrível, composto de milhares de homens e mulheres que trabalham duro, amam seu país e desejam um futuro melhor para eles e suas famílias. É um movimento formado por americanos de todas as raças, religiões e crenças, que desejam e esperam que o governo sirva ao povo, e é isso que o governo fará. Trabalhando juntos, iniciaremos a urgente tarefa de reconstruir nossa nação e renovar o sonho americano. Passei minha vida inteira no mundo dos negócios, contemplando o potencial inexplorado de projetos e de pessoas em todo o mundo. Isso é o que quero fazer agora pelo nosso país. Tremendo potencial. Vim a conhecer o nosso país muito bem - tremendo potencial. Vai ser uma coisa linda. Cada norte-americano terá a oportunidade de realizar plenamente o seu potencial. Os homens e mulheres esquecidos de nosso país deixarão de ser esquecidos. Vamos restaurar nossas áreas urbanas e reconstruir nossas estradas, pontes, túneis, aeroportos, escolas, hospitais. Vamos reconstruir nossa infraestrutura, que aliás estará à altura de qualquer comparação, e empregaremos milhões de nossos cidadãos para fazê-lo. Também tomaremos, enfim, conta de nossos veteranos, que foram tão leais, e muitos dos quais eu tive a oportunidade de conhecer nessa jornada de 18 meses. O tempo que passei com eles durante a campanha é uma das maiores honras para mim. Nossos veteranos são pessoas incríveis. Iniciaremos um projeto de crescimento e renovação nacional. Vou aproveitar o talento criativo de nosso povo e convocar os melhores, os mais brilhantes, para empregar seu imenso talento em benefício de todos. Isso vai acontecer. Temos um ótimo plano econômico. Dobraremos o nosso crescimento e teremos a economia mais forte de qualquer lugar do planeta. Ao mesmo tempo, nos relacionaremos bem com as demais nações dispostas a se relacionar bem conosco. Teremos grandes relacionamentos. Esperamos ter grandes, grandes relacionamentos. Nenhum sonho é grande demais, nenhum desafio é grande demais. Nada do que desejamos para o nosso futuro está fora de nosso alcance. Os Estados Unidos deixarão de se acomodar com menos que o melhor. Devemos recuperar o destino do nosso país, e sonhar sonhos grandes, audaciosos, ousados. Temos de fazê-lo. Vamos sonhar coisas para o nosso país, e coisas belas, coisas de sucesso uma vez mais. Quero dizer à comunidade mundial que sempre colocaremos os interesses dos Estados Unidos acima de todos os demais, mas lidaremos de forma justa com todos, com todo mundo. Todos os povos e todas as nações. Buscaremos terreno comum, não hostilidade; parceria, não conflito. E eu gostaria de aproveitar o momento para agradecer algumas das pessoas que realmente me ajudaram com essa vitória, a vitória desta noite, que já está sendo definida como uma vitória muito, muito histórica. Primeiro, quero agradecer aos meus pais, que sei que estão me olhando lá de cima agora. Pessoas ótimas, aprendi tanto com eles. Foram maravilhosos em todos os aspectos. Pais realmente excelentes. Também gostaria de agradecer minhas irmãs, Marianne e Elizabeth, que estão aqui conosco esta noite. Onde estão elas? Estão em algum lugar. Elas são bem tímidas, na verdade. E meu irmão Robert, meu grande amigo. Onde está Robert? Onde está Robert? E também meu irmão Fred, que já se foi. Grande sujeito. Cara fantástico. Família fantástica. Tive muita sorte. Grandes irmãos, irmãs, pais incríveis. Para Melania e Don e Ivanka e Eric e Tiffany e Barron, amo vocês todos e agradeço a vocês todos, especialmente por aguentarem todas aqueles horas difíceis. Sei que foi difícil. Foi difícil. Essa história de política é bruta, é dura. Por isso, quero agradecer muito à minha família. Realmente fantásticos. Obrigado a vocês todos. Obrigado a todos. Lara, trabalho incrível. Incrível. Vanessa, obrigado. Muito obrigado. Que grupo excelente. Vocês todos me deram um apoio incrível, e posso dizer que tempos um grupo grande de pessoas. As pessoas sempre me diziam que a nossa equipe de campanha era pequena. Nem tão pequena. Olhem todo esse pessoal que temos aqui. Olhem esse pessoal todo. E Kellyanne e Chris e Rudy e Steve e David. Temos pessoas incrivelmente talentosas aqui, e quero lhes dizer que foi tudo muito especial. Quero fazer um agradecimento especial ao nosso ex-prefeito, Rudy Giuliani. Ele é incrível. Incrível. Viajou conosco, participamos de reuniões, e Rudy jamais muda. Onde está Rudy? Onde está ele? [Gritos de "Rudy"] O governador Chris Christie, pessoal, foi incrível. Obrigado, Chris. O primeiro cara, primeiro senador, primeiro político muito, muito importante —deixem-me dizer, ele é altamente respeitado em Washington porque é um cara inteligente demais. Senador Jeff Sessions. Onde está Jeff? Um grande homem. Outro grande homem, um grande rival. Ele não foi fácil. De quem estou falando? É o prefeito que eu estou vendo? É Rudy? Suba aqui. Um verdadeiro amigo para mim, mas vou lhes dizer que aprendi a conhecê-lo quando éramos rivais, e ele era um dos caras negociando para enfrentar os democratas. Dr. Ben Carson. Onde ele está? Onde está Ben? Aliás, Mike Huckabee está aqui em algum lugar, e ele é fantástico. Mike e sua família. Tragam Sarah aqui, muito obrigado. General Mike Flynn. Onde está Mike? E o general Kellogg. Mais de 200 generais e almirantes declararam apoio à nossa campanha, e eles são pessoas especiais. Temos 22 pessoas condecoradas com a Medalha de Honra do Congresso. Uma pessoa muito especial que —podem acreditar, apesar de eu ter lido reportagens de que não estava me dando bem com ele, jamais tive um segundo ruim em sua campanha. Ele é um astro, incrível. Estou falando —é isso mesmo, como vocês adivinharam? Deixem que eu lhes fale sobre Reince. Eu disse Reince. Eu sei. Eu sei. Olhe aquelas pessoas todas ali. Eu sei. Reince é um superastro. Eu disse que ninguém poderia chamá-lo de superastro se não vencêssemos. Como Secretariat. Reince não teria perdido aquele páreo em Belmont. Reince é realmente um astro e é o cara que mais trabalha, e fui eu que causei isso, de certa maneira. Reince, suba aqui. Venha cá, Reince. Rapaz, rapaz, rapaz. É hora de você fazer a coisa certa. Meu Deus. Venha cá, diga alguma coisa. [Reince Prebius: Senhores e senhoras, o próximo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump! Obrigado. Foi uma honra. Deus o abençoe. Obrigado, Senhor.] Cara maravilhoso. Nossa parceria com o Comitê Nacional Republicano foi muito importante para o sucesso, para o que fizemos, e tenho de dizer que vim a conhecer algumas pessoas incríveis. O pessoal do Serviço Secreto. Eles são durões e inteligentes e atentos, e eu não encararia qualquer um deles, posso afirmar. E quando eu quero me aproximar de um grupo grande de pessoas, eles me puxam e me colocam de volta na cadeira; mas são caras fantásticos, e por isso quero agradecer o Serviço Secreto. E a polícia de Nova York, que está aqui esta noite. São pessoas espetaculares, muitas vezes subestimadas, infelizmente. Nós apreciamos o que eles fazem. Assim, o que tivemos foi um evento histórico, ou assim dizem, mas para que sejamos realmente históricos precisamos fazer um excelente trabalho. Faremos um grande trabalho. Faremos um grande trabalho. Aguardo ansiosamente o momento em que me tornarei seu presidente e, com sorte, depois de dois, ou três, ou quatro, ou até quem sabe oito anos, vocês dirão —tantos de vocês terão trabalhado duro para nós, conosco — e dirão que fizemos algo de grande, que vocês se orgulham de ter participado, e eu vou agradecê-los. E só posso dizer que, embora a campanha tenha terminado, nosso trabalho nesse movimento está apenas começando. Vamos começar a trabalhar imediatamente para o povo dos Estados Unidos, e vamos fazer um trabalho que, espero, os leve a se orgulharem de seu presidente. Vocês se orgulharão. Repito: é uma honra para mim. Que noite maravilhosa. Foram dois anos maravilhosos, e amo este país. Obrigado. Muito obrigado. E obrigado a Mike Pence. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Leia a íntegra do 1º discurso de Trump como presidente eleito dos EUAO republicano Donald J. Trump, 70, foi eleito o 45º presidente dos Estados Unidos na madrugada desta quarta-feira (9), após a imensa maioria de pesquisas e projeções apontarem sua derrota para a democrata Hillary Clinton. Em seu primeiro discurso como presidente eleito, em um hotel em Nova York, o empresário adotou um tom conciliatório e pediu união aos americanos. Leia abaixo a íntegra do pronunciamento de Trump. * Obrigado. Muito obrigado, a todos. Desculpem-me por fazê-los esperar. Negócio complicado, complicado. Obrigado, muito obrigado. Acabo de receber um telefonema da secretária Clinton. Ela nos congratulou. Isso é sobre nós. Por nossa vitória, e eu a congratulei, e à sua família, por uma campanha muito, muito disputada. Porque, pessoal, ela batalhou muito. Hillary trabalhou por muito tempo, com muito afinco, por um longo período, e temos uma dívida de gratidão para com ela por seu serviço ao nosso país. Eu o digo com sinceridade. Agora é hora de os Estados Unidos curarem as feridas da divisão, de promover a união. A todos os republicanos e democratas e independentes de todo o país, digo que é hora de nos unirmos como um só povo. É hora. Prometo a cada cidadão de nosso país que serei o presidente de todos os americanos, e isso é muito importante para mim. Para aqueles que optaram por não me apoiar no passado, e existem algumas pessoas nessa categoria, estou solicitando sua orientação e sua ajuda para que possamos trabalhar juntos e unificar nosso grande país. Como eu disse desde o começo, nós não conduzimos uma campanha, mas um movimento, grande e incrível, composto de milhares de homens e mulheres que trabalham duro, amam seu país e desejam um futuro melhor para eles e suas famílias. É um movimento formado por americanos de todas as raças, religiões e crenças, que desejam e esperam que o governo sirva ao povo, e é isso que o governo fará. Trabalhando juntos, iniciaremos a urgente tarefa de reconstruir nossa nação e renovar o sonho americano. Passei minha vida inteira no mundo dos negócios, contemplando o potencial inexplorado de projetos e de pessoas em todo o mundo. Isso é o que quero fazer agora pelo nosso país. Tremendo potencial. Vim a conhecer o nosso país muito bem - tremendo potencial. Vai ser uma coisa linda. Cada norte-americano terá a oportunidade de realizar plenamente o seu potencial. Os homens e mulheres esquecidos de nosso país deixarão de ser esquecidos. Vamos restaurar nossas áreas urbanas e reconstruir nossas estradas, pontes, túneis, aeroportos, escolas, hospitais. Vamos reconstruir nossa infraestrutura, que aliás estará à altura de qualquer comparação, e empregaremos milhões de nossos cidadãos para fazê-lo. Também tomaremos, enfim, conta de nossos veteranos, que foram tão leais, e muitos dos quais eu tive a oportunidade de conhecer nessa jornada de 18 meses. O tempo que passei com eles durante a campanha é uma das maiores honras para mim. Nossos veteranos são pessoas incríveis. Iniciaremos um projeto de crescimento e renovação nacional. Vou aproveitar o talento criativo de nosso povo e convocar os melhores, os mais brilhantes, para empregar seu imenso talento em benefício de todos. Isso vai acontecer. Temos um ótimo plano econômico. Dobraremos o nosso crescimento e teremos a economia mais forte de qualquer lugar do planeta. Ao mesmo tempo, nos relacionaremos bem com as demais nações dispostas a se relacionar bem conosco. Teremos grandes relacionamentos. Esperamos ter grandes, grandes relacionamentos. Nenhum sonho é grande demais, nenhum desafio é grande demais. Nada do que desejamos para o nosso futuro está fora de nosso alcance. Os Estados Unidos deixarão de se acomodar com menos que o melhor. Devemos recuperar o destino do nosso país, e sonhar sonhos grandes, audaciosos, ousados. Temos de fazê-lo. Vamos sonhar coisas para o nosso país, e coisas belas, coisas de sucesso uma vez mais. Quero dizer à comunidade mundial que sempre colocaremos os interesses dos Estados Unidos acima de todos os demais, mas lidaremos de forma justa com todos, com todo mundo. Todos os povos e todas as nações. Buscaremos terreno comum, não hostilidade; parceria, não conflito. E eu gostaria de aproveitar o momento para agradecer algumas das pessoas que realmente me ajudaram com essa vitória, a vitória desta noite, que já está sendo definida como uma vitória muito, muito histórica. Primeiro, quero agradecer aos meus pais, que sei que estão me olhando lá de cima agora. Pessoas ótimas, aprendi tanto com eles. Foram maravilhosos em todos os aspectos. Pais realmente excelentes. Também gostaria de agradecer minhas irmãs, Marianne e Elizabeth, que estão aqui conosco esta noite. Onde estão elas? Estão em algum lugar. Elas são bem tímidas, na verdade. E meu irmão Robert, meu grande amigo. Onde está Robert? Onde está Robert? E também meu irmão Fred, que já se foi. Grande sujeito. Cara fantástico. Família fantástica. Tive muita sorte. Grandes irmãos, irmãs, pais incríveis. Para Melania e Don e Ivanka e Eric e Tiffany e Barron, amo vocês todos e agradeço a vocês todos, especialmente por aguentarem todas aqueles horas difíceis. Sei que foi difícil. Foi difícil. Essa história de política é bruta, é dura. Por isso, quero agradecer muito à minha família. Realmente fantásticos. Obrigado a vocês todos. Obrigado a todos. Lara, trabalho incrível. Incrível. Vanessa, obrigado. Muito obrigado. Que grupo excelente. Vocês todos me deram um apoio incrível, e posso dizer que tempos um grupo grande de pessoas. As pessoas sempre me diziam que a nossa equipe de campanha era pequena. Nem tão pequena. Olhem todo esse pessoal que temos aqui. Olhem esse pessoal todo. E Kellyanne e Chris e Rudy e Steve e David. Temos pessoas incrivelmente talentosas aqui, e quero lhes dizer que foi tudo muito especial. Quero fazer um agradecimento especial ao nosso ex-prefeito, Rudy Giuliani. Ele é incrível. Incrível. Viajou conosco, participamos de reuniões, e Rudy jamais muda. Onde está Rudy? Onde está ele? [Gritos de "Rudy"] O governador Chris Christie, pessoal, foi incrível. Obrigado, Chris. O primeiro cara, primeiro senador, primeiro político muito, muito importante —deixem-me dizer, ele é altamente respeitado em Washington porque é um cara inteligente demais. Senador Jeff Sessions. Onde está Jeff? Um grande homem. Outro grande homem, um grande rival. Ele não foi fácil. De quem estou falando? É o prefeito que eu estou vendo? É Rudy? Suba aqui. Um verdadeiro amigo para mim, mas vou lhes dizer que aprendi a conhecê-lo quando éramos rivais, e ele era um dos caras negociando para enfrentar os democratas. Dr. Ben Carson. Onde ele está? Onde está Ben? Aliás, Mike Huckabee está aqui em algum lugar, e ele é fantástico. Mike e sua família. Tragam Sarah aqui, muito obrigado. General Mike Flynn. Onde está Mike? E o general Kellogg. Mais de 200 generais e almirantes declararam apoio à nossa campanha, e eles são pessoas especiais. Temos 22 pessoas condecoradas com a Medalha de Honra do Congresso. Uma pessoa muito especial que —podem acreditar, apesar de eu ter lido reportagens de que não estava me dando bem com ele, jamais tive um segundo ruim em sua campanha. Ele é um astro, incrível. Estou falando —é isso mesmo, como vocês adivinharam? Deixem que eu lhes fale sobre Reince. Eu disse Reince. Eu sei. Eu sei. Olhe aquelas pessoas todas ali. Eu sei. Reince é um superastro. Eu disse que ninguém poderia chamá-lo de superastro se não vencêssemos. Como Secretariat. Reince não teria perdido aquele páreo em Belmont. Reince é realmente um astro e é o cara que mais trabalha, e fui eu que causei isso, de certa maneira. Reince, suba aqui. Venha cá, Reince. Rapaz, rapaz, rapaz. É hora de você fazer a coisa certa. Meu Deus. Venha cá, diga alguma coisa. [Reince Prebius: Senhores e senhoras, o próximo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump! Obrigado. Foi uma honra. Deus o abençoe. Obrigado, Senhor.] Cara maravilhoso. Nossa parceria com o Comitê Nacional Republicano foi muito importante para o sucesso, para o que fizemos, e tenho de dizer que vim a conhecer algumas pessoas incríveis. O pessoal do Serviço Secreto. Eles são durões e inteligentes e atentos, e eu não encararia qualquer um deles, posso afirmar. E quando eu quero me aproximar de um grupo grande de pessoas, eles me puxam e me colocam de volta na cadeira; mas são caras fantásticos, e por isso quero agradecer o Serviço Secreto. E a polícia de Nova York, que está aqui esta noite. São pessoas espetaculares, muitas vezes subestimadas, infelizmente. Nós apreciamos o que eles fazem. Assim, o que tivemos foi um evento histórico, ou assim dizem, mas para que sejamos realmente históricos precisamos fazer um excelente trabalho. Faremos um grande trabalho. Faremos um grande trabalho. Aguardo ansiosamente o momento em que me tornarei seu presidente e, com sorte, depois de dois, ou três, ou quatro, ou até quem sabe oito anos, vocês dirão —tantos de vocês terão trabalhado duro para nós, conosco — e dirão que fizemos algo de grande, que vocês se orgulham de ter participado, e eu vou agradecê-los. E só posso dizer que, embora a campanha tenha terminado, nosso trabalho nesse movimento está apenas começando. Vamos começar a trabalhar imediatamente para o povo dos Estados Unidos, e vamos fazer um trabalho que, espero, os leve a se orgulharem de seu presidente. Vocês se orgulharão. Repito: é uma honra para mim. Que noite maravilhosa. Foram dois anos maravilhosos, e amo este país. Obrigado. Muito obrigado. E obrigado a Mike Pence. Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Duas em cada três obras de Haddad na periferia ficam apenas no papel
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O vidraceiro José Benedito de Souza, 55, já viu sua casa no Itaim Paulista, na zona leste de SP, ser inundada cinco vezes nos últimos seis anos. A cheia mais recente, em fevereiro, danificou a residência e destruiu móveis, em um prejuízo de R$ 6.000. A professora Márcia Araújo de Oliveira, 48, teve que fazer uma peregrinação por hospitais da zona norte atrás de um pediatra na semana passada até conseguir atendimento à neta de quatro anos, que engoliu uma moeda. A esperança de Souza é a canalização de um rio vizinho à sua residência. A de Márcia, a chegada do prometido Hospital da Vila Brasilândia. Essas duas iniciativas são exemplos de projetos da periferia que empacaram no plano de metas do prefeito Fernando Haddad (PT). Levantamento da Folha mostra que, a pouco mais de um ano da eleição municipal, na qual Haddad buscará mais quatro anos de mandato, não saíram do papel duas de cada três obras prometidas pela prefeitura nos extremos da cidade em áreas sociais, de mobilidade e urbanização. Das 751 construções e reformas tabuladas no plano de metas, 479 (64%) nem sequer tiveram início, 131 (17%) estão em andamento e outras 141 (19%) já foram concluídas. O levantamento considerou as principais empreitadas nas áreas de saúde (construção da Rede Hora Certa e de unidades básicas de atendimento, além de reforma de espaços já existentes); educação (construção de creches, CEUs e escolas infantis); transportes (corredores e terminais de ônibus); obras viárias (pontilhões e pontes); urbanização de favelas e contenção de enchentes. Procurada pela reportagem, a prefeitura atribui a lentidão nas obras à falta de repasses pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Editoria de Arte/Folhapress Editoria de Arte/Folhapress O desempenho de Haddad nos extremos da cidade, tradicionalmente alinhados ao PT, tem sido alvo de críticas de opositores, que o acusam de priorizar e dar publicidade a obras em áreas nobres, como a ciclovia na av. Paulista. Por outro lado, assim como prefeitos anteriores, o petista apostou em bandeiras não relacionadas a obras, mas que também beneficiam a periferia. Entre elas, estão gratuidade do Bilhete Único a jovens de baixa renda e as modalidades semanal e mensal do cartão de transporte. SAÚDE E EDUCAÇÃO Em seu discurso de posse, Haddad prometeu prioridade ao enfrentamento da pobreza. "Não é possível viver mais tempo com tanta desigualdade, com tanto descaso, com tantas mazelas", disse em 1º de janeiro de 2013. Na ocasião, ele também enfatizou que saúde e educação eram "prioritárias". Agora, a cerca de um ano e meio do fim do mandato, as duas áreas têm mais da metade das obras na periferia ainda no papel (veja quadro ao lado). Criação petista na gestão Marta Suplicy (2001-2004), que agora tenta entrar na disputa pela prefeitura pelo PMDB, os CEUs —centros educacionais com biblioteca, quadras e piscina— estão comprometidos sob Haddad. De 19 unidades previstas em bairros periféricos, só uma foi concluída. As demais não tiveram obras iniciadas. A situação se repete na saúde. Entre as metas, há a construção de 61 novas unidades básicas. Apenas cinco delas foram finalizadas, e uma está em obras. Editoria de Arte/Folhapress OUTRO LADO A gestão Fernando Haddad (PT) culpa o governo federal pela lentidão no início de obras na periferia da cidade. Em nota, informou que os projetos foram licenciados e licitados, mas dependem de repasses de verbas federais que não foram feitos. "Todas estas obras estão previstas no PAC (Plano de Aceleração do Crescimento). Dos R$ 8 bilhões prometidos até agora, a Prefeitura de São Paulo recebeu pouco mais de R$ 230 milhões", diz a nota. O Ministério das Cidades, responsável pelas obras do PAC e comandado pelo ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab (PSD), rebateu, dizendo que a liberação dos recursos para os projetos realizados em parceria com Estados e municípios só começa a ocorrer após o "efetivo início das intervenções". "Os repasses correspondem ao ritmo de execução das obras que, nesses casos, por serem de grande complexidade e em áreas já adensadas, têm perfil de médio e longo prazos", diz trecho da nota. De acordo com o governo federal, os projetos já iniciados pela Prefeitura de São Paulo receberam mais de R$ 400 milhões do Ministério das Cidades. Segundo o ministério, há na Grande São Paulo 17 operações de urbanização contratadas, que representam um investimento de R$ 4,9 bilhões e beneficiarão quase 170 mil famílias. No Estado, 703.615 unidades foram contratadas com investimento de R$ 52,5 bilhões, de acordo com a pasta —destas, 398.876 unidades foram entregues. Em relação às obras na área de educação, o MEC (Ministério da Educação) afirma que a construção é atribuição da prefeitura. Em manifestação em junho, a pasta disse que cabe ao FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) o acompanhamento dos trabalhos e a liberação dos recursos, que são enviados aos municípios à medida em que as obras avançam.
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cotidiano
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Duas em cada três obras de Haddad na periferia ficam apenas no papelO vidraceiro José Benedito de Souza, 55, já viu sua casa no Itaim Paulista, na zona leste de SP, ser inundada cinco vezes nos últimos seis anos. A cheia mais recente, em fevereiro, danificou a residência e destruiu móveis, em um prejuízo de R$ 6.000. A professora Márcia Araújo de Oliveira, 48, teve que fazer uma peregrinação por hospitais da zona norte atrás de um pediatra na semana passada até conseguir atendimento à neta de quatro anos, que engoliu uma moeda. A esperança de Souza é a canalização de um rio vizinho à sua residência. A de Márcia, a chegada do prometido Hospital da Vila Brasilândia. Essas duas iniciativas são exemplos de projetos da periferia que empacaram no plano de metas do prefeito Fernando Haddad (PT). Levantamento da Folha mostra que, a pouco mais de um ano da eleição municipal, na qual Haddad buscará mais quatro anos de mandato, não saíram do papel duas de cada três obras prometidas pela prefeitura nos extremos da cidade em áreas sociais, de mobilidade e urbanização. Das 751 construções e reformas tabuladas no plano de metas, 479 (64%) nem sequer tiveram início, 131 (17%) estão em andamento e outras 141 (19%) já foram concluídas. O levantamento considerou as principais empreitadas nas áreas de saúde (construção da Rede Hora Certa e de unidades básicas de atendimento, além de reforma de espaços já existentes); educação (construção de creches, CEUs e escolas infantis); transportes (corredores e terminais de ônibus); obras viárias (pontilhões e pontes); urbanização de favelas e contenção de enchentes. Procurada pela reportagem, a prefeitura atribui a lentidão nas obras à falta de repasses pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Editoria de Arte/Folhapress Editoria de Arte/Folhapress O desempenho de Haddad nos extremos da cidade, tradicionalmente alinhados ao PT, tem sido alvo de críticas de opositores, que o acusam de priorizar e dar publicidade a obras em áreas nobres, como a ciclovia na av. Paulista. Por outro lado, assim como prefeitos anteriores, o petista apostou em bandeiras não relacionadas a obras, mas que também beneficiam a periferia. Entre elas, estão gratuidade do Bilhete Único a jovens de baixa renda e as modalidades semanal e mensal do cartão de transporte. SAÚDE E EDUCAÇÃO Em seu discurso de posse, Haddad prometeu prioridade ao enfrentamento da pobreza. "Não é possível viver mais tempo com tanta desigualdade, com tanto descaso, com tantas mazelas", disse em 1º de janeiro de 2013. Na ocasião, ele também enfatizou que saúde e educação eram "prioritárias". Agora, a cerca de um ano e meio do fim do mandato, as duas áreas têm mais da metade das obras na periferia ainda no papel (veja quadro ao lado). Criação petista na gestão Marta Suplicy (2001-2004), que agora tenta entrar na disputa pela prefeitura pelo PMDB, os CEUs —centros educacionais com biblioteca, quadras e piscina— estão comprometidos sob Haddad. De 19 unidades previstas em bairros periféricos, só uma foi concluída. As demais não tiveram obras iniciadas. A situação se repete na saúde. Entre as metas, há a construção de 61 novas unidades básicas. Apenas cinco delas foram finalizadas, e uma está em obras. Editoria de Arte/Folhapress OUTRO LADO A gestão Fernando Haddad (PT) culpa o governo federal pela lentidão no início de obras na periferia da cidade. Em nota, informou que os projetos foram licenciados e licitados, mas dependem de repasses de verbas federais que não foram feitos. "Todas estas obras estão previstas no PAC (Plano de Aceleração do Crescimento). Dos R$ 8 bilhões prometidos até agora, a Prefeitura de São Paulo recebeu pouco mais de R$ 230 milhões", diz a nota. O Ministério das Cidades, responsável pelas obras do PAC e comandado pelo ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab (PSD), rebateu, dizendo que a liberação dos recursos para os projetos realizados em parceria com Estados e municípios só começa a ocorrer após o "efetivo início das intervenções". "Os repasses correspondem ao ritmo de execução das obras que, nesses casos, por serem de grande complexidade e em áreas já adensadas, têm perfil de médio e longo prazos", diz trecho da nota. De acordo com o governo federal, os projetos já iniciados pela Prefeitura de São Paulo receberam mais de R$ 400 milhões do Ministério das Cidades. Segundo o ministério, há na Grande São Paulo 17 operações de urbanização contratadas, que representam um investimento de R$ 4,9 bilhões e beneficiarão quase 170 mil famílias. No Estado, 703.615 unidades foram contratadas com investimento de R$ 52,5 bilhões, de acordo com a pasta —destas, 398.876 unidades foram entregues. Em relação às obras na área de educação, o MEC (Ministério da Educação) afirma que a construção é atribuição da prefeitura. Em manifestação em junho, a pasta disse que cabe ao FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) o acompanhamento dos trabalhos e a liberação dos recursos, que são enviados aos municípios à medida em que as obras avançam.
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Imagem da crise, entrevista de Del Nero esconde patrocinadores
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A entrevista coletiva de Marco Polo Del Nero, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), nesta sexta-feira (29), no Rio de Janeiro, teve um cenário diferente de todos os outros eventos da entidade. No auditório da confederação, os patrocinadores da entidade não tiveram suas marcas expostas enquanto o dirigente comentava o caso de corrupção envolvendo o seu vice, José Maria Marin, detido na última quarta (27), na Suíça. Em todas as entrevistas coletivas da CBF realizadas desde a inauguração da nova sede, no dia 10 de abril de 2015, os 13 patrocinadores são exibidos em painel. Foi o caso, por exemplo, da entrevista após a posse de Del Nero, no dia 16 de abril. Após a coletiva, no início da tarde desta sexta, a assessoria de imprensa da CBF informou que não houve tempo para montar o painel no auditório da entidade nesta sexta. Mais tarde, disse por e-mail à Folha que o uso do backdrop é restrito a eventos que tratem de seleção brasileira. Na posse do cartola como mandatário da confederação, porém, sem ligação direta com a seleção, foram expostas as imagens dos patrocinadores. Embora a reputação da entidade esteja arrasada pela prisão dos cartolas da Fifa, os patrocinadores da confederação devem se manter fiéis aos contratos, afirmam publicitários ouvidos pela Folha. A estratégia mais provável, contudo, será tentar distanciar a imagem das marcas em relação à CBF. O alvo das peças publicitárias serão os atletas e o esporte. O publicitário Alexandre Peralta, sócio da agência de propaganda Peralta, lembra que o investimento na Copa América, cujos jogadores se apresentam na próxima semana, já foi efetivado. A maior parte dos patrocinadores já tem mídia comprada e comercial produzido para entrar no ar, segundo ele. "E, nas mensagens, eles se posicionam como 'patrocinador oficial da seleção brasileira' e não 'patrocinador da CBF'", diz Peralta. A Copa América, segundo Peralta, é uma oportunidade que não pode ser perdida pelos patrocinadores porque a Copa do Mundo foi um "balde de água fria devido ao desempenho frustrante da seleção". Para Fábio Wolff, sócio da Wolff, consultoria de marketing esportivo, ainda é cedo para fazer a avaliações. "É difícil falar pelas empresas. Cada uma tem sua estratégia, mas já vi outras investigações. O interesse das pessoas pelo futebol continuou existindo. Futebol traz audiência", afirma. Uma grande marca que deixar de ser patrocinadora neste momento pode ser substituída por um concorrente, lembra Wolff. Um publicitário que tem em seu portfólio marcas vinculadas à CBF disse à Folha que a experiência mostra que escândalos anteriores no setor não abalaram a relação entre grandes marcas. Há contra-exemplos disso, segundo ele, mas em geral a paixão brasileira pelo futebol prevalece. Há cerca de dois anos, o ex-ciclista Lance Armstrong teve os laços rompidos com a Nike após confessar ter se dopado. Um dos principais patrocinadores da CBF, o Itaú afirmou que nada muda em relação aos contratos. "O Itaú, como patrocinador da CBF e banco oficial da seleção brasileira de futebol, está acompanhando as notícias sobre as investigações. O banco reforça que preza pela total transparência e ética, valores que sempre busca nos relacionamentos com todos os seus fornecedores e parceiros". A Samsung também se posiciona como "patrocinadores oficiais da seleção brasileira de futebol, com o objetivo de divulgar nossa marca e apoiar o desenvolvimento do esporte –paixão nacional dos brasileiros". A P&G afirma que "não se envolve em questões políticas da CBF, não tem nem nunca teve responsabilidade sobre a área financeira e não participa das decisões ligadas à CBF e à seleção. A companhia tem o direito de usar a imagem da seleção como patrocinador oficial e é isso o que tem feito desde que se tornou patrocinador". A EF Englishtown também confirma manutenção do contrato. A Seguros Unimed diz que está aguardando os desdobramentos do caso para uma tomada de decisão. Procuradas, Vivo, Guaraná Antarctica, Sadia, Chevrolet, Mastercard, Michelin e Gol não comentaram.
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esporte
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Imagem da crise, entrevista de Del Nero esconde patrocinadoresA entrevista coletiva de Marco Polo Del Nero, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), nesta sexta-feira (29), no Rio de Janeiro, teve um cenário diferente de todos os outros eventos da entidade. No auditório da confederação, os patrocinadores da entidade não tiveram suas marcas expostas enquanto o dirigente comentava o caso de corrupção envolvendo o seu vice, José Maria Marin, detido na última quarta (27), na Suíça. Em todas as entrevistas coletivas da CBF realizadas desde a inauguração da nova sede, no dia 10 de abril de 2015, os 13 patrocinadores são exibidos em painel. Foi o caso, por exemplo, da entrevista após a posse de Del Nero, no dia 16 de abril. Após a coletiva, no início da tarde desta sexta, a assessoria de imprensa da CBF informou que não houve tempo para montar o painel no auditório da entidade nesta sexta. Mais tarde, disse por e-mail à Folha que o uso do backdrop é restrito a eventos que tratem de seleção brasileira. Na posse do cartola como mandatário da confederação, porém, sem ligação direta com a seleção, foram expostas as imagens dos patrocinadores. Embora a reputação da entidade esteja arrasada pela prisão dos cartolas da Fifa, os patrocinadores da confederação devem se manter fiéis aos contratos, afirmam publicitários ouvidos pela Folha. A estratégia mais provável, contudo, será tentar distanciar a imagem das marcas em relação à CBF. O alvo das peças publicitárias serão os atletas e o esporte. O publicitário Alexandre Peralta, sócio da agência de propaganda Peralta, lembra que o investimento na Copa América, cujos jogadores se apresentam na próxima semana, já foi efetivado. A maior parte dos patrocinadores já tem mídia comprada e comercial produzido para entrar no ar, segundo ele. "E, nas mensagens, eles se posicionam como 'patrocinador oficial da seleção brasileira' e não 'patrocinador da CBF'", diz Peralta. A Copa América, segundo Peralta, é uma oportunidade que não pode ser perdida pelos patrocinadores porque a Copa do Mundo foi um "balde de água fria devido ao desempenho frustrante da seleção". Para Fábio Wolff, sócio da Wolff, consultoria de marketing esportivo, ainda é cedo para fazer a avaliações. "É difícil falar pelas empresas. Cada uma tem sua estratégia, mas já vi outras investigações. O interesse das pessoas pelo futebol continuou existindo. Futebol traz audiência", afirma. Uma grande marca que deixar de ser patrocinadora neste momento pode ser substituída por um concorrente, lembra Wolff. Um publicitário que tem em seu portfólio marcas vinculadas à CBF disse à Folha que a experiência mostra que escândalos anteriores no setor não abalaram a relação entre grandes marcas. Há contra-exemplos disso, segundo ele, mas em geral a paixão brasileira pelo futebol prevalece. Há cerca de dois anos, o ex-ciclista Lance Armstrong teve os laços rompidos com a Nike após confessar ter se dopado. Um dos principais patrocinadores da CBF, o Itaú afirmou que nada muda em relação aos contratos. "O Itaú, como patrocinador da CBF e banco oficial da seleção brasileira de futebol, está acompanhando as notícias sobre as investigações. O banco reforça que preza pela total transparência e ética, valores que sempre busca nos relacionamentos com todos os seus fornecedores e parceiros". A Samsung também se posiciona como "patrocinadores oficiais da seleção brasileira de futebol, com o objetivo de divulgar nossa marca e apoiar o desenvolvimento do esporte –paixão nacional dos brasileiros". A P&G afirma que "não se envolve em questões políticas da CBF, não tem nem nunca teve responsabilidade sobre a área financeira e não participa das decisões ligadas à CBF e à seleção. A companhia tem o direito de usar a imagem da seleção como patrocinador oficial e é isso o que tem feito desde que se tornou patrocinador". A EF Englishtown também confirma manutenção do contrato. A Seguros Unimed diz que está aguardando os desdobramentos do caso para uma tomada de decisão. Procuradas, Vivo, Guaraná Antarctica, Sadia, Chevrolet, Mastercard, Michelin e Gol não comentaram.
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"Causou-me indignação ver tanta camiseta vermelha a favor de Dilma"
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Causou-me profunda indignação ver tanta camiseta vermelha protestando a favor da ilustre presidenta (Ao menos 32 cidades são palcos de atos anti-impeachment). SOLANGE GARCIA (São Paulo, SP) * * O professor José Afonso da Silva nos brinda com uma análise precisa, mas desalentadora, da grave situação política que o Brasil vive hoje (Renúncia e legitmidade). O maior mérito do texto, porém, é a serenidade com que ele descarta, de uma vez por todas, um argumento muito caro aos defensores do governo: o de que impeachment é golpe. Está aí a palavra do maior constitucionalista vivo da República a provar que não é. GABRIEL CORDEIRO MARTINS DE OLIVEIRA (São Paulo, SP) * Acho inócuo certos artigos que a Folha publica na sua página A3. É o caso, por exemplo, desse artigo do tucano José Afonso da Silva. Ele afirma que é contra impedimento, contra isso, contra aquilo, blá-blá, mas assinou manifesto para a renúncia (hipocrisia pura), mesmo dizendo que seu partido não está preparado para assumir o poder... Então por que escrever essa coluna? CLÓVIS DEITOS (Campinas, SP) * É bom lembrar aos que flertam com o impeachment de Dilma, defendendo-o a todo o custo, que, se ele acontecer, levará ao sequestro dos votos de cerca de 54 milhões de brasileiros. Isso não se deve fazer em uma democracia. Espero que a serenidade pouse nas cabeças de nossos bons políticos e leve a eles muita sabedoria para a escolha do caminho a seguir. NATHAN BESSA VIANA (Rio de Janeiro, RJ) * Laura Carvalho abusa da leviandade ao afirmar que o "grosso dos manifestantes em Copacabana quer simplesmente a volta do autoritarismo sangrento" (Uma agenda para todos). A professora da USP passou o domingo no ato? Se não, quais pesquisas ou fatos divulgados pela imprensa permitem tal ilação? A frase é uma agressão gratuita, sem utilidade argumentativa à coluna. BRUNO DE CARVALHO LANA (Belo Horizonte, MG) * Caro missivista Eniro Brandão, o que eu escrevi é um fato: no governo Lula quebraram-se recordes de vendas de carros, financiamento de imóveis e se viajou para o exterior como nunca antes na história deste país, e o ódio demostrado contra ex-presidente é enorme. AMAURI ALVARES (Marília, SP) * Quando o ex-presidente Collor de Melo diz que estão fazendo um teatro com as denuncias feita pelo procurador Rodrigo Janot é que temos a certeza que estamos no caminho certo. MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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"Causou-me indignação ver tanta camiseta vermelha a favor de Dilma"Causou-me profunda indignação ver tanta camiseta vermelha protestando a favor da ilustre presidenta (Ao menos 32 cidades são palcos de atos anti-impeachment). SOLANGE GARCIA (São Paulo, SP) * * O professor José Afonso da Silva nos brinda com uma análise precisa, mas desalentadora, da grave situação política que o Brasil vive hoje (Renúncia e legitmidade). O maior mérito do texto, porém, é a serenidade com que ele descarta, de uma vez por todas, um argumento muito caro aos defensores do governo: o de que impeachment é golpe. Está aí a palavra do maior constitucionalista vivo da República a provar que não é. GABRIEL CORDEIRO MARTINS DE OLIVEIRA (São Paulo, SP) * Acho inócuo certos artigos que a Folha publica na sua página A3. É o caso, por exemplo, desse artigo do tucano José Afonso da Silva. Ele afirma que é contra impedimento, contra isso, contra aquilo, blá-blá, mas assinou manifesto para a renúncia (hipocrisia pura), mesmo dizendo que seu partido não está preparado para assumir o poder... Então por que escrever essa coluna? CLÓVIS DEITOS (Campinas, SP) * É bom lembrar aos que flertam com o impeachment de Dilma, defendendo-o a todo o custo, que, se ele acontecer, levará ao sequestro dos votos de cerca de 54 milhões de brasileiros. Isso não se deve fazer em uma democracia. Espero que a serenidade pouse nas cabeças de nossos bons políticos e leve a eles muita sabedoria para a escolha do caminho a seguir. NATHAN BESSA VIANA (Rio de Janeiro, RJ) * Laura Carvalho abusa da leviandade ao afirmar que o "grosso dos manifestantes em Copacabana quer simplesmente a volta do autoritarismo sangrento" (Uma agenda para todos). A professora da USP passou o domingo no ato? Se não, quais pesquisas ou fatos divulgados pela imprensa permitem tal ilação? A frase é uma agressão gratuita, sem utilidade argumentativa à coluna. BRUNO DE CARVALHO LANA (Belo Horizonte, MG) * Caro missivista Eniro Brandão, o que eu escrevi é um fato: no governo Lula quebraram-se recordes de vendas de carros, financiamento de imóveis e se viajou para o exterior como nunca antes na história deste país, e o ódio demostrado contra ex-presidente é enorme. AMAURI ALVARES (Marília, SP) * Quando o ex-presidente Collor de Melo diz que estão fazendo um teatro com as denuncias feita pelo procurador Rodrigo Janot é que temos a certeza que estamos no caminho certo. MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Venda de gás cai, e distribuidoras buscam renegociação com a Petrobras
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As vendas de gás natural despencaram no país neste início de ano, gerando um excedente calculado pelo mercado em cerca de 9 milhões de metros cúbicos por dia, o equivalente a 10% da capacidade de produção nacional. O cenário levou as distribuidoras de gás canalizado a buscar renegociação de contratos com a Petrobras para reduzir os volumes negociados e evitar o pagamento de multas. A expectativa do setor é que o consumo permaneça em queda, diante das perspectivas de nova retração da economia em 2016 –analistas consultados pelo Banco Central estimam queda do PIB de 3,8% neste ano, resultado igual ao do ano passado. Principal mercado das distribuidoras de gás canalizado, a indústria consumiu, em fevereiro, 40,29 milhões de metros cúbicos de gás natural, 10,5% a menos do que no mesmo mês de 2015. A produção da indústria recuou em ritmo similar segundo o IBGE: queda de 9,8% em fevereiro. Houve aumento em outros segmentos, como residencial e comercial, mas ambos têm volumes pequenos, abaixo de 1 milhão de metros cúbicos por dia. Vendas de gás natural caem, e sobra produto no mercado - Total consumido, em milhões de metros cúbicos por dia "Alegando que houve desaquecimento importante e que estamos diante de um quadro de restrição de consumo, estamos pedido à Petrobras para rever os termos do contrato", afirmou Décio Padilha, presidente da distribuidora pernambucana Copergás. Ele esteve na sede da estatal no início deste mês para discutir o tema e aguarda uma contraproposta. A Copergás quer reverter cláusula contratual que amplia o volume contratado neste ano, de 1,4 milhão para 1,5 milhão de metros cúbicos por dia. A Folha apurou que outras distribuidoras, como a mineira Gasmig, já procuraram a Petrobras para renegociar contratos. Os contratos de fornecimento de gás têm cláusulas chamada "take or pay" (pegue ou pague) e "ship or pay" (transporte ou pague), que obriga as distribuidoras a pagarem um valor mínimo mesmo que não vendam todo o combustível contratado. "Estamos acompanhando uma tentativa das distribuidoras de diminuir o risco de serem penalizadas por essas cláusulas, em decorrência da queda dos volumes", afirma o presidente da Associação Brasileira as Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Augusto Salomon. Consumo de gás por segmento - Evolução, em milhões de metros cúbicos por dia RISCO Segundo ele, há também uma preocupação com o risco gerado pela venda de ativos da Petrobras, que se concentra na área de gás, e deve deixar as empresas expostas após o fim dos contratos atuais, em 2019. "Essa exposição passa a ser a principal agenda do setor. Devemos buscar o suprimento fora da Petrobras para ter condições de fornecer com segurança aos nossos clientes", completa Salomon. QUESTÃO DE PREÇO Os grandes consumidores reclamam que os preços do gás natural contribuem para a queda no consumo, ao reduzir a competitividade de setores que poderiam buscar clientes no mercado internacional. "Temos um mercado em recessão, com excesso de oferta de gás, e o preço continua subindo", critica o presidente da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro, Lucien Belmonte. Ele se refere ao fim dos descontos que vinham sendo promovidos pela Petrobras desde o início da década. Com a crise financeira, a estatal passou a reajustar os preços em 2015, mesmo com a queda das cotações no exterior. De acordo com dados do governo, entre janeiro e dezembro de 2015 o preço do gás para grandes indústrias subiu 13,13% no país. No fim do ano, o preço do metro cúbico chegou, em média, a R$ 1,55. Em fevereiro, recuou para R$ 1,53. Por meio de nota, a Petrobras disse que "atende a demanda de gás natural do mercado, sempre considerando e respeitando as condições contratadas e as melhores oportunidades de cada momento".
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mercado
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Venda de gás cai, e distribuidoras buscam renegociação com a PetrobrasAs vendas de gás natural despencaram no país neste início de ano, gerando um excedente calculado pelo mercado em cerca de 9 milhões de metros cúbicos por dia, o equivalente a 10% da capacidade de produção nacional. O cenário levou as distribuidoras de gás canalizado a buscar renegociação de contratos com a Petrobras para reduzir os volumes negociados e evitar o pagamento de multas. A expectativa do setor é que o consumo permaneça em queda, diante das perspectivas de nova retração da economia em 2016 –analistas consultados pelo Banco Central estimam queda do PIB de 3,8% neste ano, resultado igual ao do ano passado. Principal mercado das distribuidoras de gás canalizado, a indústria consumiu, em fevereiro, 40,29 milhões de metros cúbicos de gás natural, 10,5% a menos do que no mesmo mês de 2015. A produção da indústria recuou em ritmo similar segundo o IBGE: queda de 9,8% em fevereiro. Houve aumento em outros segmentos, como residencial e comercial, mas ambos têm volumes pequenos, abaixo de 1 milhão de metros cúbicos por dia. Vendas de gás natural caem, e sobra produto no mercado - Total consumido, em milhões de metros cúbicos por dia "Alegando que houve desaquecimento importante e que estamos diante de um quadro de restrição de consumo, estamos pedido à Petrobras para rever os termos do contrato", afirmou Décio Padilha, presidente da distribuidora pernambucana Copergás. Ele esteve na sede da estatal no início deste mês para discutir o tema e aguarda uma contraproposta. A Copergás quer reverter cláusula contratual que amplia o volume contratado neste ano, de 1,4 milhão para 1,5 milhão de metros cúbicos por dia. A Folha apurou que outras distribuidoras, como a mineira Gasmig, já procuraram a Petrobras para renegociar contratos. Os contratos de fornecimento de gás têm cláusulas chamada "take or pay" (pegue ou pague) e "ship or pay" (transporte ou pague), que obriga as distribuidoras a pagarem um valor mínimo mesmo que não vendam todo o combustível contratado. "Estamos acompanhando uma tentativa das distribuidoras de diminuir o risco de serem penalizadas por essas cláusulas, em decorrência da queda dos volumes", afirma o presidente da Associação Brasileira as Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Augusto Salomon. Consumo de gás por segmento - Evolução, em milhões de metros cúbicos por dia RISCO Segundo ele, há também uma preocupação com o risco gerado pela venda de ativos da Petrobras, que se concentra na área de gás, e deve deixar as empresas expostas após o fim dos contratos atuais, em 2019. "Essa exposição passa a ser a principal agenda do setor. Devemos buscar o suprimento fora da Petrobras para ter condições de fornecer com segurança aos nossos clientes", completa Salomon. QUESTÃO DE PREÇO Os grandes consumidores reclamam que os preços do gás natural contribuem para a queda no consumo, ao reduzir a competitividade de setores que poderiam buscar clientes no mercado internacional. "Temos um mercado em recessão, com excesso de oferta de gás, e o preço continua subindo", critica o presidente da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro, Lucien Belmonte. Ele se refere ao fim dos descontos que vinham sendo promovidos pela Petrobras desde o início da década. Com a crise financeira, a estatal passou a reajustar os preços em 2015, mesmo com a queda das cotações no exterior. De acordo com dados do governo, entre janeiro e dezembro de 2015 o preço do gás para grandes indústrias subiu 13,13% no país. No fim do ano, o preço do metro cúbico chegou, em média, a R$ 1,55. Em fevereiro, recuou para R$ 1,53. Por meio de nota, a Petrobras disse que "atende a demanda de gás natural do mercado, sempre considerando e respeitando as condições contratadas e as melhores oportunidades de cada momento".
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Hamilton é o mais rápido do 1º dia de treinos livres para o GP da Malásia
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Depois de não marcar tempo na primeira sessão, o inglês Lewis Hamilton conseguiu ir à pista na segunda e foi o mais rápido do primeiro dia de treinos livres para o GP da Malásia, segundo etapa da temporada, que será realizado no domingo (29). Atual campeão, o piloto da Mercedes cravou 1min39s790. Hamilton teve um problema no motor do seu carro na primeira sessão. Ele completou apenas quatro voltas, mas não marcou tempo. O piloto teve que estacionar seu W06 na pista e voltar de carona para os boxes. Mais rápido da primeira sessão, seu companheiro de equipe, o alemão Nico Rosberg, ficou em terceiro com 1min40s218. Ele foi superado pelo finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari, que cravou 1min40s163. Já Sebastian Vettel foi o sétimo mais rápido do dia com 1min40s652. O alemão ficou atrás de Felipe Massa, que terminou em sexto com 1min40s560. Companheiro do brasileiro, Bottas foi o quinto mais rápido do primeiro dia. Já Felipe Nasr, que não participou da primeira sessão -cedeu o carro para o italiano Raffael Marciello, reserva da Sauber, –foi o 12º colocado com 1min41s988. Ele ficou à frente do espanhol Fernando Alonso, da McLaren, que cravou 1min42s506 e terminou o dia com o 16º posto. CONFIRA OS TEMPOS DO 2º TREINO LIVRE PARA O GP DA MALÁSIA 1 - Lewis Hamilton - Mercedes - 1min39s790 2 - Kimi Raikkonen - Ferrari - 1min40s163 3 - Nico Rosberg - Mercedes - 1min40s218 4 - Daniil Kvyat - Red Bull - 1min40s346 5 - Valtteri Bottas - Williams - 1min40s450 6 - Felipe Massa - Williams - 1min40s560 7 - Sebastian Vettel - Ferrari - 1min40s652 8 - Max Verstappen - Toro Rosso - 1min41s220 9 - Marcus Ericsson - Sauber - 1min41s261 10 - Daniel Ricciardo - Red Bull - 1min41s799 11 - Pastor Maldonado - Lotus - 1min41s877 12 - Felipe Nasr - Sauber - 1min41s988 13 - Sergio Perez - Force India - 1min42s242 14 - Carlos Sainz - Toro Rosso - 1min42s291 15 - Nico Hulkenberg - Force India - 1min42s330 16 - Fernando Alonso - McLaren - 1min42s506 17 - Jenson Button - McLaren - 1min42s637 18 - Romain Grosjean - Lotus - 1min42s948 19 - Will Stevens - Marussia - 1min45s704 20 - Roberto Merhi - Marussia - 1min47s229
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Hamilton é o mais rápido do 1º dia de treinos livres para o GP da MalásiaDepois de não marcar tempo na primeira sessão, o inglês Lewis Hamilton conseguiu ir à pista na segunda e foi o mais rápido do primeiro dia de treinos livres para o GP da Malásia, segundo etapa da temporada, que será realizado no domingo (29). Atual campeão, o piloto da Mercedes cravou 1min39s790. Hamilton teve um problema no motor do seu carro na primeira sessão. Ele completou apenas quatro voltas, mas não marcou tempo. O piloto teve que estacionar seu W06 na pista e voltar de carona para os boxes. Mais rápido da primeira sessão, seu companheiro de equipe, o alemão Nico Rosberg, ficou em terceiro com 1min40s218. Ele foi superado pelo finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari, que cravou 1min40s163. Já Sebastian Vettel foi o sétimo mais rápido do dia com 1min40s652. O alemão ficou atrás de Felipe Massa, que terminou em sexto com 1min40s560. Companheiro do brasileiro, Bottas foi o quinto mais rápido do primeiro dia. Já Felipe Nasr, que não participou da primeira sessão -cedeu o carro para o italiano Raffael Marciello, reserva da Sauber, –foi o 12º colocado com 1min41s988. Ele ficou à frente do espanhol Fernando Alonso, da McLaren, que cravou 1min42s506 e terminou o dia com o 16º posto. CONFIRA OS TEMPOS DO 2º TREINO LIVRE PARA O GP DA MALÁSIA 1 - Lewis Hamilton - Mercedes - 1min39s790 2 - Kimi Raikkonen - Ferrari - 1min40s163 3 - Nico Rosberg - Mercedes - 1min40s218 4 - Daniil Kvyat - Red Bull - 1min40s346 5 - Valtteri Bottas - Williams - 1min40s450 6 - Felipe Massa - Williams - 1min40s560 7 - Sebastian Vettel - Ferrari - 1min40s652 8 - Max Verstappen - Toro Rosso - 1min41s220 9 - Marcus Ericsson - Sauber - 1min41s261 10 - Daniel Ricciardo - Red Bull - 1min41s799 11 - Pastor Maldonado - Lotus - 1min41s877 12 - Felipe Nasr - Sauber - 1min41s988 13 - Sergio Perez - Force India - 1min42s242 14 - Carlos Sainz - Toro Rosso - 1min42s291 15 - Nico Hulkenberg - Force India - 1min42s330 16 - Fernando Alonso - McLaren - 1min42s506 17 - Jenson Button - McLaren - 1min42s637 18 - Romain Grosjean - Lotus - 1min42s948 19 - Will Stevens - Marussia - 1min45s704 20 - Roberto Merhi - Marussia - 1min47s229
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O silêncio sobre o estupro coletivo de quatro meninas
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Quatro garotas entre 15 e 17 anos saem para um passeio nos arredores da pequena cidade de Castelo do Piauí, a 190 km de Teresina. No caminho, são abordadas por um homem armado. São brutalmente estupradas e mutiladas por esse homem e mais quatro menores. Uma delas tem os seios cortados por uma faca e a outra sofre perfurações nas coxas. Em seguida, são amarradas pelos punhos e pelos pés e arremessadas de um morro com altura de oito metros. Uma das meninas, de 17 anos, morreu no último domingo (7). Teve esmagamento da face, lesões pelo pescoço e traumatismo no tórax. As outras seguem internadas no Hospital de Urgências de Teresina. Os quatro menores que participaram da barbárie, todos com passagens anteriores pela polícia, foram apreendidos e confessaram o crime. Adão José de Souza, 40, apontado como o mentor, também está preso. Revoltados, moradores de Castelo do Piauí queimaram pneus em frente à delegacia. O caso tem reforçado o movimento pela redução da maioridade penal. Os quatro adolescentes foram transferidos para a capital do Estado sob ameaça de linchamento. O maior de idade está na Penitenciária de Altos em ala de isolamento. Quem são esses menores? Semianalfabetos, usuários de drogas, miseráveis, com famílias desestruturadas e com histórias de loucuras, abusos e abandono. O caso, que aconteceu em 27 de maio, deveria ter viralizado nas redes sociais, mas, exceto no Piauí, está passando quase que despercebido no resto do país. Pergunto-me o porquê desse silêncio? Será que a vida de quatro garotas pobres do interior do Piauí vale menos do que qualquer coisa que aconteça na avenida Paulista, em São Paulo, ou na Lagoa, no Rio, para chocar as pessoas e chamar a atenção da mídia, das redes sociais, do mundo? Há uma semana, um grupo de mulheres prestou uma homenagem às meninas de Castelo do Piauí. Espalhou flores em volta do maior pronto-socorro do Estado, onde estão internadas três das quatro garotas violentadas. Também foi criada a campanha Flores Para Elas. Atenção, cuidado e muito amor. É disso que essas meninas precisam neste momento.
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O silêncio sobre o estupro coletivo de quatro meninasQuatro garotas entre 15 e 17 anos saem para um passeio nos arredores da pequena cidade de Castelo do Piauí, a 190 km de Teresina. No caminho, são abordadas por um homem armado. São brutalmente estupradas e mutiladas por esse homem e mais quatro menores. Uma delas tem os seios cortados por uma faca e a outra sofre perfurações nas coxas. Em seguida, são amarradas pelos punhos e pelos pés e arremessadas de um morro com altura de oito metros. Uma das meninas, de 17 anos, morreu no último domingo (7). Teve esmagamento da face, lesões pelo pescoço e traumatismo no tórax. As outras seguem internadas no Hospital de Urgências de Teresina. Os quatro menores que participaram da barbárie, todos com passagens anteriores pela polícia, foram apreendidos e confessaram o crime. Adão José de Souza, 40, apontado como o mentor, também está preso. Revoltados, moradores de Castelo do Piauí queimaram pneus em frente à delegacia. O caso tem reforçado o movimento pela redução da maioridade penal. Os quatro adolescentes foram transferidos para a capital do Estado sob ameaça de linchamento. O maior de idade está na Penitenciária de Altos em ala de isolamento. Quem são esses menores? Semianalfabetos, usuários de drogas, miseráveis, com famílias desestruturadas e com histórias de loucuras, abusos e abandono. O caso, que aconteceu em 27 de maio, deveria ter viralizado nas redes sociais, mas, exceto no Piauí, está passando quase que despercebido no resto do país. Pergunto-me o porquê desse silêncio? Será que a vida de quatro garotas pobres do interior do Piauí vale menos do que qualquer coisa que aconteça na avenida Paulista, em São Paulo, ou na Lagoa, no Rio, para chocar as pessoas e chamar a atenção da mídia, das redes sociais, do mundo? Há uma semana, um grupo de mulheres prestou uma homenagem às meninas de Castelo do Piauí. Espalhou flores em volta do maior pronto-socorro do Estado, onde estão internadas três das quatro garotas violentadas. Também foi criada a campanha Flores Para Elas. Atenção, cuidado e muito amor. É disso que essas meninas precisam neste momento.
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Narrador tem até 6 horas de pesquisa para trabalhar em jogo da NFL
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Narrar um jogo da NFL, a liga de futebol americano dos Estados Unidos, não é fácil. Primeiro porque só o livro de regras tem 86 páginas. Além disso, cada franquia conta com um elenco de 53 jogadores ativos –há ainda atletas na lista de lesionados e suspensos. Para trabalhar em uma partida, é necessário muito estudo, como conta o jornalista Everaldo Marques, narrador da ESPN Brasil há dez anos. Ele gasta até seis horas fazendo pesquisas para um jogo da NFL. "O ritmo do futebol americano é muito parado e demorado. São 60 minutos de jogo que demoram mais de três horas para passar. Então, às vezes, tem cinco segundos de jogada e 40 segundos de intervalo até o próximo lance. Isso me obriga a preencher esses segundos de intervalo com informação", afirma Everaldo à Folha. "Eu narro outros esportes, como futebol e basquete, mas o futebol americano é o que mais me demanda estudo. Tem muitos jogadores e muito espaço em branco na partida", diz. Everaldo, figura carimbada nas transmissões da NFL na ESPN, faz pesquisas pela internet e acessa informações em kits de imprensa disponibilizados pelos times, que costumam ser bem completos. Apesar da complexidade aparente, o futebol americano caiu nas graças de muitos brasileiros. A ESPN registrou um aumento de 31,2% nos índices de audiência da temporada 2013/14 para a de 2014/15. "Quando a pessoa vê sem preconceito, ela percebe que o futebol americano está muito mais perto do xadrez do que do MMA [artes marciais mistas]. É um esporte de contato, tem contusões, é físico, mas é muito estratégico, muito inteligente, tem dezenas de jogadas programadas e jogadores com funções específicas", afirma Everaldo. "E é um esporte muito democrático. Um cara de 1,70 m tem espaço, assim como um de 160 quilos. As pessoas percebendo essas nuances do jogo, entendendo as regras, como funciona tudo, passa a gostar do futebol americano", diz. Everaldo se prepara, agora, para narrar o Super Bowl, a grande final da NFL, que acontece neste domingo (7), em Santa Clara, na Califórnia. Denver Broncos e Carolina Panthers decidem o título. "É um momento especial. Dá um frio na barriga porque é o ápice da temporada. É a hora de fechar o campeonato com chave de ouro um trabalho que é desgastante. Tem jogos que terminam de madrugada, eu durmo pouco, é bem cansativo. Então é a hora de coroar tudo isso", afirma. ONDE ASSISTIR AO SUPER BOWL Veja locais em São Paulo: Applebee's Horário: a partir das 12h Entrada: gratuita Endereços: www.applebees.com.br Hooters Horário: a partir das 19h Entrada: R$ 90 até sábado (6); R$ 120 no domingo (7) Endereços: Rua Gomes de Carvalho, n. 1.575, Vila Olímpia, e alameda Joaquim Eugênio de Lima, n. 612, Jardins Cinemas(mais de 70 no país todo) Horário: a partir das 21h Entrada: R$ 60 (inteira) Endereço: www.cinelive.com.br O'Malley's Horário: a partir das 20h Entrada: R$ 15 (mulheres) e R$ 30 (homens) Endereço: Alameda Itú, n.1.529, Jardins Willi Willie Bar e Arqueria Horário: a partir das 18h Entrada: R$ 15 Endereço: Alameda dos Pamaris, n. 30, Moema Devassa Bela Cintra Horário: a partir das 12h Entrada: gratuita Endereço: Rua Bela Cintra, 1.579, Jardins
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esporte
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Narrador tem até 6 horas de pesquisa para trabalhar em jogo da NFLNarrar um jogo da NFL, a liga de futebol americano dos Estados Unidos, não é fácil. Primeiro porque só o livro de regras tem 86 páginas. Além disso, cada franquia conta com um elenco de 53 jogadores ativos –há ainda atletas na lista de lesionados e suspensos. Para trabalhar em uma partida, é necessário muito estudo, como conta o jornalista Everaldo Marques, narrador da ESPN Brasil há dez anos. Ele gasta até seis horas fazendo pesquisas para um jogo da NFL. "O ritmo do futebol americano é muito parado e demorado. São 60 minutos de jogo que demoram mais de três horas para passar. Então, às vezes, tem cinco segundos de jogada e 40 segundos de intervalo até o próximo lance. Isso me obriga a preencher esses segundos de intervalo com informação", afirma Everaldo à Folha. "Eu narro outros esportes, como futebol e basquete, mas o futebol americano é o que mais me demanda estudo. Tem muitos jogadores e muito espaço em branco na partida", diz. Everaldo, figura carimbada nas transmissões da NFL na ESPN, faz pesquisas pela internet e acessa informações em kits de imprensa disponibilizados pelos times, que costumam ser bem completos. Apesar da complexidade aparente, o futebol americano caiu nas graças de muitos brasileiros. A ESPN registrou um aumento de 31,2% nos índices de audiência da temporada 2013/14 para a de 2014/15. "Quando a pessoa vê sem preconceito, ela percebe que o futebol americano está muito mais perto do xadrez do que do MMA [artes marciais mistas]. É um esporte de contato, tem contusões, é físico, mas é muito estratégico, muito inteligente, tem dezenas de jogadas programadas e jogadores com funções específicas", afirma Everaldo. "E é um esporte muito democrático. Um cara de 1,70 m tem espaço, assim como um de 160 quilos. As pessoas percebendo essas nuances do jogo, entendendo as regras, como funciona tudo, passa a gostar do futebol americano", diz. Everaldo se prepara, agora, para narrar o Super Bowl, a grande final da NFL, que acontece neste domingo (7), em Santa Clara, na Califórnia. Denver Broncos e Carolina Panthers decidem o título. "É um momento especial. Dá um frio na barriga porque é o ápice da temporada. É a hora de fechar o campeonato com chave de ouro um trabalho que é desgastante. Tem jogos que terminam de madrugada, eu durmo pouco, é bem cansativo. Então é a hora de coroar tudo isso", afirma. ONDE ASSISTIR AO SUPER BOWL Veja locais em São Paulo: Applebee's Horário: a partir das 12h Entrada: gratuita Endereços: www.applebees.com.br Hooters Horário: a partir das 19h Entrada: R$ 90 até sábado (6); R$ 120 no domingo (7) Endereços: Rua Gomes de Carvalho, n. 1.575, Vila Olímpia, e alameda Joaquim Eugênio de Lima, n. 612, Jardins Cinemas(mais de 70 no país todo) Horário: a partir das 21h Entrada: R$ 60 (inteira) Endereço: www.cinelive.com.br O'Malley's Horário: a partir das 20h Entrada: R$ 15 (mulheres) e R$ 30 (homens) Endereço: Alameda Itú, n.1.529, Jardins Willi Willie Bar e Arqueria Horário: a partir das 18h Entrada: R$ 15 Endereço: Alameda dos Pamaris, n. 30, Moema Devassa Bela Cintra Horário: a partir das 12h Entrada: gratuita Endereço: Rua Bela Cintra, 1.579, Jardins
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A uma semana do Enem, 30% dos candidatos não acessaram cartão
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A poucos dias do Enem, cerca de 30% do total de estudantes inscritos ainda não acessaram, via internet, o cartão de confirmação de participação no exame. Dados do MEC (Ministério da Educação) divulgados nesta sexta-feira (16) apontam que, de 7.746.307 alunos inscritos, 2.174.816 ainda não acessaram o sistema. Para esta edição do Enem, que ocorre nos dias 24 e 25 de outubro, os cartões estão disponíveis apenas pela internet -antes, eram enviados pelos Correios. O cartão apresenta os dados do participante, além de data, hora e local de realização das provas. O documento também confirma a opção de língua estrangeira selecionada pelo candidato para a prova. "Além de confirmar, o estudante deve imprimir com antecedência o cartão, e colocá-lo junto com o documento de identidade e caneta preta transparente. Mesmo que tenha confirmado online, ele precisa imprimir o cartão para ter o endereço do local de prova", recomenda o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Entenda o Enem Segundo o ministro, o exame terá reforço nos procedimentos de segurança. Neste ano, de acordo com o MEC, será adotado um intervalo de 30 minutos entre o início das provas e o fechamento dos portões, que ocorre às 13h do horário de Brasília (candidatos, porém, já terão acesso aos locais de prova a partir das 12h). Durante esse intervalo, será feita a verificação dos documentos e a passagem por detectores de metal, que estarão disponíveis tanto nas salas de aula quanto nos banheiros. Equipes do Inep, instituto do MEC, também farão um monitoramento das redes sociais para evitar fraudes, como ocorreu em provas anteriores. É proibido tirar fotos, usar calculadoras, celulares e outros dispositivos eletrônicos durante as provas, sob pena de eliminação do exame. Estudantes que levarem celulares devem deixá-los desligados e guardar nos locais indicados pela equipe de aplicação antes do início da prova. LOGÍSTICA Antes de chegar ao aluno, no entanto, as provas também terão uma logística especial de distribuição até chegarem aos locais de aplicação do exame. Somadas, as distâncias que devem ser percorridas nesta etapa atingem 326 mil km. Haverá um monitoramento das rotas e da aplicação das provas por meio de 12 centros de controle federais e outros espalhados nos Estados. Os malotes terão lacre eletrônico, para evitar o acesso à prova antes do horário previsto. Ao todo, 915.290 pessoas farão parte das equipes de aplicação da prova. Ainda segundo o MEC, a pasta ampliou o cruzamento de dados de todos os participantes e equipes para identificar possíveis riscos de fraudes. "Tivemos no passado tentativas [de fraude]. Tentem e serão pegos, e pagarão por isso", afirma Mercadante. Ainda segundo o ministro, o governo estima ter economizado R$ 46 milhões com mudanças como o aumento do número de alunos por sala -de 36, passam a 40 e redução de despesas postais e de impressão, por meio da disponibilidade do cartão de confirmação via internet. DADOS Os participantes farão quatro provadas objetivas, cada uma com 45 questões de múltipla escolha e uma prova de redação. Dos 7,7 milhões de inscritos para o Enem deste ano, 58% são mulheres, e 42%, homens. A maioria tem entre 18 e 30 anos. Entre os participantes, 84.557 devem precisar de atendimento específico, como gestantes, idosos e pessoas que guardam os sábados.
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educacao
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A uma semana do Enem, 30% dos candidatos não acessaram cartãoA poucos dias do Enem, cerca de 30% do total de estudantes inscritos ainda não acessaram, via internet, o cartão de confirmação de participação no exame. Dados do MEC (Ministério da Educação) divulgados nesta sexta-feira (16) apontam que, de 7.746.307 alunos inscritos, 2.174.816 ainda não acessaram o sistema. Para esta edição do Enem, que ocorre nos dias 24 e 25 de outubro, os cartões estão disponíveis apenas pela internet -antes, eram enviados pelos Correios. O cartão apresenta os dados do participante, além de data, hora e local de realização das provas. O documento também confirma a opção de língua estrangeira selecionada pelo candidato para a prova. "Além de confirmar, o estudante deve imprimir com antecedência o cartão, e colocá-lo junto com o documento de identidade e caneta preta transparente. Mesmo que tenha confirmado online, ele precisa imprimir o cartão para ter o endereço do local de prova", recomenda o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Entenda o Enem Segundo o ministro, o exame terá reforço nos procedimentos de segurança. Neste ano, de acordo com o MEC, será adotado um intervalo de 30 minutos entre o início das provas e o fechamento dos portões, que ocorre às 13h do horário de Brasília (candidatos, porém, já terão acesso aos locais de prova a partir das 12h). Durante esse intervalo, será feita a verificação dos documentos e a passagem por detectores de metal, que estarão disponíveis tanto nas salas de aula quanto nos banheiros. Equipes do Inep, instituto do MEC, também farão um monitoramento das redes sociais para evitar fraudes, como ocorreu em provas anteriores. É proibido tirar fotos, usar calculadoras, celulares e outros dispositivos eletrônicos durante as provas, sob pena de eliminação do exame. Estudantes que levarem celulares devem deixá-los desligados e guardar nos locais indicados pela equipe de aplicação antes do início da prova. LOGÍSTICA Antes de chegar ao aluno, no entanto, as provas também terão uma logística especial de distribuição até chegarem aos locais de aplicação do exame. Somadas, as distâncias que devem ser percorridas nesta etapa atingem 326 mil km. Haverá um monitoramento das rotas e da aplicação das provas por meio de 12 centros de controle federais e outros espalhados nos Estados. Os malotes terão lacre eletrônico, para evitar o acesso à prova antes do horário previsto. Ao todo, 915.290 pessoas farão parte das equipes de aplicação da prova. Ainda segundo o MEC, a pasta ampliou o cruzamento de dados de todos os participantes e equipes para identificar possíveis riscos de fraudes. "Tivemos no passado tentativas [de fraude]. Tentem e serão pegos, e pagarão por isso", afirma Mercadante. Ainda segundo o ministro, o governo estima ter economizado R$ 46 milhões com mudanças como o aumento do número de alunos por sala -de 36, passam a 40 e redução de despesas postais e de impressão, por meio da disponibilidade do cartão de confirmação via internet. DADOS Os participantes farão quatro provadas objetivas, cada uma com 45 questões de múltipla escolha e uma prova de redação. Dos 7,7 milhões de inscritos para o Enem deste ano, 58% são mulheres, e 42%, homens. A maioria tem entre 18 e 30 anos. Entre os participantes, 84.557 devem precisar de atendimento específico, como gestantes, idosos e pessoas que guardam os sábados.
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Como Kathleen Kennedy tornou-se a mulher mais poderosa de 'Star Wars'
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Quem acha que "Star Wars" é "coisa de menino" precisa repensar o conceito. E não só porque temos a misteriosa Rey (Daisy Ridley) como a protagonista de "Episódio VII: O Despertar da Força". Todas as decisões relacionadas ao mundo criado por George Lucas em 1977 agora passam por Kathleen Kennedy, a produtora e presidente da Lucasfilm. "Aprovo tudo. Passo o dia olhando coisas em desenvolvimento, seja um novo brinquedo, seja a arte conceitual para o parque temático", conta uma das mulheres mais poderosas do cinema. Hoje com 62 anos, Kennedy começou a carreira como assistente do diretor John Milius ("Conan, O Bárbaro"), quando foi notada por Steven Spielberg. Trabalhou para ele como secretária até ser vencida pela falta de habilidade na datilografia. Em 1981, produziu "Caçadores da Arca Perdida", seu primeiro de 16 filmes com o cineasta, depois "De Volta para o Futuro" (1985), "Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros" (1993). Em 2012, assumiu a presidência da Lucasfilm, pouco antes do anúncio dos novos "Star Wars" e da venda da empresa para a Disney por US$ 4 bilhões. "George [Lucas] me falou cedo que estava se aposentando e pensando em vender a Lucasfilm", lembra. "A transição foi calma. Sabíamos que a cultura da empresa seria mantida." Apesar da aposentadoria de Lucas, a nova etapa das aventuras da família Skywalker começou antes de J.J. Abrams virar diretor do "Episódio VII". "Sentei com George e discutimos: 'Ok, sabemos que será passado 35 anos depois de 'O Retorno de Jedi' [último filme da trilogia clássica, lançado em 1983], mas o que isso significa? Quais são os novos personagens? Quem retornará?", recorda-se ela. DIRETOR FÃ Conseguir Abrams foi outra história. A produtora acreditava que a sensibilidade do cineasta –que ajudou a trazer "Star Trek" para uma nova geração– era "perfeita". Mas ele não aceitou o primeiro convite. "J.J. estava assustado", brinca. "Ele é um grande fã de 'Star Wars', então estava preocupado em não conseguir entregar algo que não só satisfizesse suas expectativas, mas também as do público. Ao começar a pensar na história e compreender a oportunidade, mudou de ideia." Segundo o diretor, a razão de aceitar o convite foi a pergunta "Quem é Luke Skywalker?". Com o Jedi interpretado por Mark Hamill praticamente sumido do material de divulgação, Kennedy dribla a questão. "Quando falamos sobre a origem do filme, pensamos como uma criança de hoje em dia pensaria em Luke", diz a produtora, emendando. "Respondi sua pergunta de maneira vaga? Ah, você não vai querer que eu responda de verdade, vai?" Recado entendido, mas qual a opinião da guardiã da marca "Star Wars" sobre a segunda trilogia, iniciada com "A Ameaça Fantasma", em 1999, e que encontra resistência entre fãs? "Eu gosto. Acho que é algo de geração, porque minhas filhas amam", explica ela. "O que George aspirou com a nova trilogia foi louvável. E devemos admirar como ele sempre usou a narrativa para expandir a tecnologia do cinema." A executiva diz que a ideia de ter um ator negro (John Boyega) e uma atriz branca (Ridley) como protagonistas foi plantada por Lucas desde que os novos filmes foram pensados. "Filmes precisam refletir o público, mas precisamos nos esforçar mais." Kennedy está se reunindo com diretoras para um dos filmes-solo que explorarão a mitologia da série –"Rogue One" e "Han Solo" são os primeiros confirmados. "Teremos uma mulher como diretora de 'Star Wars', isso é uma uma determinação minha." Sobre como "Episódio VII" funcionará dentro da trilogia, ela hesita e finaliza: "Ele pode ser visto como episódio isolado. Mas vou dizer algo: o final deste filme entrega promessas de algo novo".
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ilustrada
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Como Kathleen Kennedy tornou-se a mulher mais poderosa de 'Star Wars'Quem acha que "Star Wars" é "coisa de menino" precisa repensar o conceito. E não só porque temos a misteriosa Rey (Daisy Ridley) como a protagonista de "Episódio VII: O Despertar da Força". Todas as decisões relacionadas ao mundo criado por George Lucas em 1977 agora passam por Kathleen Kennedy, a produtora e presidente da Lucasfilm. "Aprovo tudo. Passo o dia olhando coisas em desenvolvimento, seja um novo brinquedo, seja a arte conceitual para o parque temático", conta uma das mulheres mais poderosas do cinema. Hoje com 62 anos, Kennedy começou a carreira como assistente do diretor John Milius ("Conan, O Bárbaro"), quando foi notada por Steven Spielberg. Trabalhou para ele como secretária até ser vencida pela falta de habilidade na datilografia. Em 1981, produziu "Caçadores da Arca Perdida", seu primeiro de 16 filmes com o cineasta, depois "De Volta para o Futuro" (1985), "Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros" (1993). Em 2012, assumiu a presidência da Lucasfilm, pouco antes do anúncio dos novos "Star Wars" e da venda da empresa para a Disney por US$ 4 bilhões. "George [Lucas] me falou cedo que estava se aposentando e pensando em vender a Lucasfilm", lembra. "A transição foi calma. Sabíamos que a cultura da empresa seria mantida." Apesar da aposentadoria de Lucas, a nova etapa das aventuras da família Skywalker começou antes de J.J. Abrams virar diretor do "Episódio VII". "Sentei com George e discutimos: 'Ok, sabemos que será passado 35 anos depois de 'O Retorno de Jedi' [último filme da trilogia clássica, lançado em 1983], mas o que isso significa? Quais são os novos personagens? Quem retornará?", recorda-se ela. DIRETOR FÃ Conseguir Abrams foi outra história. A produtora acreditava que a sensibilidade do cineasta –que ajudou a trazer "Star Trek" para uma nova geração– era "perfeita". Mas ele não aceitou o primeiro convite. "J.J. estava assustado", brinca. "Ele é um grande fã de 'Star Wars', então estava preocupado em não conseguir entregar algo que não só satisfizesse suas expectativas, mas também as do público. Ao começar a pensar na história e compreender a oportunidade, mudou de ideia." Segundo o diretor, a razão de aceitar o convite foi a pergunta "Quem é Luke Skywalker?". Com o Jedi interpretado por Mark Hamill praticamente sumido do material de divulgação, Kennedy dribla a questão. "Quando falamos sobre a origem do filme, pensamos como uma criança de hoje em dia pensaria em Luke", diz a produtora, emendando. "Respondi sua pergunta de maneira vaga? Ah, você não vai querer que eu responda de verdade, vai?" Recado entendido, mas qual a opinião da guardiã da marca "Star Wars" sobre a segunda trilogia, iniciada com "A Ameaça Fantasma", em 1999, e que encontra resistência entre fãs? "Eu gosto. Acho que é algo de geração, porque minhas filhas amam", explica ela. "O que George aspirou com a nova trilogia foi louvável. E devemos admirar como ele sempre usou a narrativa para expandir a tecnologia do cinema." A executiva diz que a ideia de ter um ator negro (John Boyega) e uma atriz branca (Ridley) como protagonistas foi plantada por Lucas desde que os novos filmes foram pensados. "Filmes precisam refletir o público, mas precisamos nos esforçar mais." Kennedy está se reunindo com diretoras para um dos filmes-solo que explorarão a mitologia da série –"Rogue One" e "Han Solo" são os primeiros confirmados. "Teremos uma mulher como diretora de 'Star Wars', isso é uma uma determinação minha." Sobre como "Episódio VII" funcionará dentro da trilogia, ela hesita e finaliza: "Ele pode ser visto como episódio isolado. Mas vou dizer algo: o final deste filme entrega promessas de algo novo".
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Receita lança sistema que agiliza inscrição no CPF de estrangeiros
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A Receita Federal e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocaram em funcionamento nesta quarta-feira (20) um sistema que agilizará o processo de inscrição, no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), de investidores estrangeiros residentes no exterior. O novo sistema visa aperfeiçoar o atendimento desses investidores que, segundo a legislação, devem se inscrever no CPF e se cadastrar na CVM antes de realizar investimentos no mercado brasileiro de capitais. Pela regra anterior, o investidor estrangeiro tinha de cumprir uma série de formalidades para obter seu registro no CPF em uma representação diplomática brasileira. Devido a essas exigências, muitos optavam por investir em mercados de outros países. Na sistemática nova, o investidor obtém seu CPF com o Registro de Investidor Estrangeiro. O novo sistema reduz custos administrativos e facilita o processo de inscrição no CPF para o investidor estrangeiro, fato que resulta em melhorias para o ambiente de negócios do país.
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mercado
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Receita lança sistema que agiliza inscrição no CPF de estrangeirosA Receita Federal e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocaram em funcionamento nesta quarta-feira (20) um sistema que agilizará o processo de inscrição, no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), de investidores estrangeiros residentes no exterior. O novo sistema visa aperfeiçoar o atendimento desses investidores que, segundo a legislação, devem se inscrever no CPF e se cadastrar na CVM antes de realizar investimentos no mercado brasileiro de capitais. Pela regra anterior, o investidor estrangeiro tinha de cumprir uma série de formalidades para obter seu registro no CPF em uma representação diplomática brasileira. Devido a essas exigências, muitos optavam por investir em mercados de outros países. Na sistemática nova, o investidor obtém seu CPF com o Registro de Investidor Estrangeiro. O novo sistema reduz custos administrativos e facilita o processo de inscrição no CPF para o investidor estrangeiro, fato que resulta em melhorias para o ambiente de negócios do país.
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Janaina Paschoal é hostilizada em aeroporto de Brasília
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Um vídeo que circula nas redes sociais desde a noite desta quarta-feira (29) mostra advogada Janaína Paschoal, autora do pedido de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, sendo hostilizada por um grupo contrário ao afastamento da petista.A descrição diz que a advogada estava no aeroporto de Brasília e que o grupo seria formado por "trabalhadores da educação de Mato Grosso do Sul e do Ceará".Sob gritos de "golpista, golpista" e "golpistas, fascistas, não passarão", os manifestantes cercaram Janaína. Protegida por algumas pessoas, ela foi retirada do local.Procurada, a advogada não atendeu às ligações da reportagem.
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Janaina Paschoal é hostilizada em aeroporto de BrasíliaUm vídeo que circula nas redes sociais desde a noite desta quarta-feira (29) mostra advogada Janaína Paschoal, autora do pedido de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, sendo hostilizada por um grupo contrário ao afastamento da petista.A descrição diz que a advogada estava no aeroporto de Brasília e que o grupo seria formado por "trabalhadores da educação de Mato Grosso do Sul e do Ceará".Sob gritos de "golpista, golpista" e "golpistas, fascistas, não passarão", os manifestantes cercaram Janaína. Protegida por algumas pessoas, ela foi retirada do local.Procurada, a advogada não atendeu às ligações da reportagem.
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Rodolfo Lucena: Livro traz memórias e emoções de 50 corredores
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Será lançado na próxima quinta-feira, dia 26, em São Paulo, o livro "Eu Amo Correr". Ele traz, segundo explica o subtítulo, "50 histórias de quem ama enfrentar limites passo a passo". No site da editora, a apresentação diz ainda: "Uns ... Leia post completo no blog
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Rodolfo Lucena: Livro traz memórias e emoções de 50 corredoresSerá lançado na próxima quinta-feira, dia 26, em São Paulo, o livro "Eu Amo Correr". Ele traz, segundo explica o subtítulo, "50 histórias de quem ama enfrentar limites passo a passo". No site da editora, a apresentação diz ainda: "Uns ... Leia post completo no blog
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Temer recorre ao Supremo para retomar comando da EBC
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O governo interino de Michel Temer recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar reverter a decisão do ministro Dias Toffoli e fazer com que o jornalista Laerte Rimoli reassuma o cargo de diretor-presidente da EBC (Empresa Brasil de Comunicação). O recurso foi protocolado no Supremo pela AGU (Advocacia-Geral da União) na sexta-feira (10) em uma estratégia de Temer para retomar o comando da estatal, criada em 2007 para gestão das empresas de TV e rádio do governo. No início do mês, Toffoli deferiu liminar para determinar que o também jornalista Ricardo Melo –que havia sido nomeado pela presidente afastada, Dilma Rousseff, e exonerado por Temer– reassumisse suas funções de diretor-presidente da EBC. Melo foi nomeado por Dilma poucos dias antes do afastamento da presidente pelo Senado, em 12 de maio, e Temer, logo após assumir o Palácio do Planalto, exonerou o jornalista do cargo. Melo recorreu ao STF sob o argumento de que a legislação fora violada, visto que ele teria um mandato de quatro anos, independente do mandato do presidente da República. Na ação protocolada pelo governo Temer, a AGU pede que Toffoli reconsidere sua decisão. O governo sustenta que não houve ilegalidade ou abusividade no ato de exoneração do diretor da EBC, sendo que a nomeação é ato discricionário de competência privativa do chefe do Executivo. O Planalto justificou ainda que a troca no comando foi provocada por "problemas de gestão e deficit financeiro de dezenas de milhões de reais". MAIS CORTES Segundo levantamento feito pela equipe de Temer, nos poucos dias em que ficou à frente da EBC, Rimoli conseguiu rever contratos e fazer cortes de despesas que somavam R$ 5 milhões por ano. Ao voltar ao comando da estatal, dizem auxiliares do presidente interino, Melo tentou reaver contratos suspensos e recontratar pessoal. Para assessores de Temer, o governo precisa retomar o comando da EBC para dar continuidade à política de "redução de gastos" que tem sido a principal bandeira do presidente interino. Temer não pretende, portanto, acabar com a estatal. Ainda sobre essas medidas, a Secom (Secretaria de Comunicação Social) decidiu acabar com o Blog do Planalto, canal digital em que o governo publica conteúdos de seu interesse. A plataforma, de acordo com análise do governo, custa R$ 82 mil por mês somente com a estrutura virtual. O objetivo será unir todo o conteúdo em um único canal na internet, o Portal Brasil. Hoje, ambos convivem e têm equipes diferentes para produção de reportagens, entre outros. Ainda segundo assessores do Planalto, a medida vai acarretar também no enxugamento de funcionários.
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Temer recorre ao Supremo para retomar comando da EBCO governo interino de Michel Temer recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar reverter a decisão do ministro Dias Toffoli e fazer com que o jornalista Laerte Rimoli reassuma o cargo de diretor-presidente da EBC (Empresa Brasil de Comunicação). O recurso foi protocolado no Supremo pela AGU (Advocacia-Geral da União) na sexta-feira (10) em uma estratégia de Temer para retomar o comando da estatal, criada em 2007 para gestão das empresas de TV e rádio do governo. No início do mês, Toffoli deferiu liminar para determinar que o também jornalista Ricardo Melo –que havia sido nomeado pela presidente afastada, Dilma Rousseff, e exonerado por Temer– reassumisse suas funções de diretor-presidente da EBC. Melo foi nomeado por Dilma poucos dias antes do afastamento da presidente pelo Senado, em 12 de maio, e Temer, logo após assumir o Palácio do Planalto, exonerou o jornalista do cargo. Melo recorreu ao STF sob o argumento de que a legislação fora violada, visto que ele teria um mandato de quatro anos, independente do mandato do presidente da República. Na ação protocolada pelo governo Temer, a AGU pede que Toffoli reconsidere sua decisão. O governo sustenta que não houve ilegalidade ou abusividade no ato de exoneração do diretor da EBC, sendo que a nomeação é ato discricionário de competência privativa do chefe do Executivo. O Planalto justificou ainda que a troca no comando foi provocada por "problemas de gestão e deficit financeiro de dezenas de milhões de reais". MAIS CORTES Segundo levantamento feito pela equipe de Temer, nos poucos dias em que ficou à frente da EBC, Rimoli conseguiu rever contratos e fazer cortes de despesas que somavam R$ 5 milhões por ano. Ao voltar ao comando da estatal, dizem auxiliares do presidente interino, Melo tentou reaver contratos suspensos e recontratar pessoal. Para assessores de Temer, o governo precisa retomar o comando da EBC para dar continuidade à política de "redução de gastos" que tem sido a principal bandeira do presidente interino. Temer não pretende, portanto, acabar com a estatal. Ainda sobre essas medidas, a Secom (Secretaria de Comunicação Social) decidiu acabar com o Blog do Planalto, canal digital em que o governo publica conteúdos de seu interesse. A plataforma, de acordo com análise do governo, custa R$ 82 mil por mês somente com a estrutura virtual. O objetivo será unir todo o conteúdo em um único canal na internet, o Portal Brasil. Hoje, ambos convivem e têm equipes diferentes para produção de reportagens, entre outros. Ainda segundo assessores do Planalto, a medida vai acarretar também no enxugamento de funcionários.
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A crise brasileira passou de política a institucional, como previsível
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Sob uma situação de abalos políticos sucessivos, em meio a condições econômicas ruinosas, os países não costumam esperar por eleições ainda distantes para buscar a normalização, encontrem-na ou não. Em política não há regras absolutas, mas há propensões historicamente predominantes. É o caso. O Brasil está no terceiro ano de uma desconstrução que só tem encontrado estímulos, nenhum obstáculo. A crise passou de política a institucional, como previsível. Quem apoiou o impeachment com a ideia de que seria um fato isolado tem elementos agora para começar a entendê-lo. O confronto protagonizado por Judiciário e Legislativo tem as formas de divergências legais e vinditas mútuas, mas o seu fundo é institucional: é disputa de poder. Possibilitada pelo desaparecimento do terceiro dos Poderes, nas circunstâncias em que uma institucionalidade legítima (à parte o governo insatisfatório) foi substituída por um faz de conta. Entre o Congresso e o governo Dilma, o confronto foi por fins políticos. Entre o Judiciário e o Congresso, o confronto é de poder sobre as instituições. Nisso, como está e para onde vai o desaparecido Poder Executivo, o governo Temer? Em entrevista à Folha (1º.dez.), o ex-ministro Joaquim Barbosa e suas vigorosas formulações referiram-se à atual "Presidência sem legitimidade, unida a um Congresso com motivações espúrias". A segunda pior conjunção, sendo a primeira a mesma coisa em regime militar. Embora sem essa síntese de Joaquim Barbosa, o sentimento que se propaga nos setores influentes a representa muito bem. A possível falta de igual capacidade de formulação é suprida pelas dores das perdas e pelos temores dos amanhãs sombrios. Quando a imprensa, que auxilia Temer na expectativa de uma política econômica à maneira do PSDB, libera notícias de preocupação incipiente, aqui ou ali entre empresários, com a falta de medidas recuperadoras, as reações já estão muito mais longe. "O que fazer?" é uma pergunta constante. As referências a Temer e Henrique Meirelles não o são, nas respostas especulativas sobre o que seria necessário para remendar a pane econômica. Mas os vazios dos dois nomes preenchem-se com vários outros, políticos para um lado, economistas para o outro. Os sussurros e a cerimônia começam a desaparecer, em favor da objetividade. É um estágio conhecido. Temer o conhece como praticante, desde quando costurava com Aécio Neves a conspiração do impeachment. Agora o conhece como alvo. Sem a companhia de Aécio. Aliás, parece possível dizer, apenas, sem companhia: não faltam nem peemedebistas de alto escalão, digamos, nas inquietações. Não é outro o motivo do chamado do atônito Temer a Armínio Fraga, guru do neoliberalismo, e ao PSDB para se imiscuírem no gabinete de Henrique Meirelles, cuja carta branca é cassada sem aviso prévio e publicamente. Daqui à sucessão normal são 25 meses. Mais de três vezes os meses que desmoralizaram a propaganda sobre as maravilhas do governo pós-impeachment, com Temer, Geddel, Moreira e outros. E o PSDB, com três ministros, como avalista. São 25 meses em que o teto de gastos e a reforma da Previdência, se chegarem à realidade, ainda não terão produzido mais do que as conhecidas agitações ou, cabe presumir, convulsão mesmo. Mas certas pessoas nem pensam mais nos meses que faltam. Ou faltariam.
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A crise brasileira passou de política a institucional, como previsívelSob uma situação de abalos políticos sucessivos, em meio a condições econômicas ruinosas, os países não costumam esperar por eleições ainda distantes para buscar a normalização, encontrem-na ou não. Em política não há regras absolutas, mas há propensões historicamente predominantes. É o caso. O Brasil está no terceiro ano de uma desconstrução que só tem encontrado estímulos, nenhum obstáculo. A crise passou de política a institucional, como previsível. Quem apoiou o impeachment com a ideia de que seria um fato isolado tem elementos agora para começar a entendê-lo. O confronto protagonizado por Judiciário e Legislativo tem as formas de divergências legais e vinditas mútuas, mas o seu fundo é institucional: é disputa de poder. Possibilitada pelo desaparecimento do terceiro dos Poderes, nas circunstâncias em que uma institucionalidade legítima (à parte o governo insatisfatório) foi substituída por um faz de conta. Entre o Congresso e o governo Dilma, o confronto foi por fins políticos. Entre o Judiciário e o Congresso, o confronto é de poder sobre as instituições. Nisso, como está e para onde vai o desaparecido Poder Executivo, o governo Temer? Em entrevista à Folha (1º.dez.), o ex-ministro Joaquim Barbosa e suas vigorosas formulações referiram-se à atual "Presidência sem legitimidade, unida a um Congresso com motivações espúrias". A segunda pior conjunção, sendo a primeira a mesma coisa em regime militar. Embora sem essa síntese de Joaquim Barbosa, o sentimento que se propaga nos setores influentes a representa muito bem. A possível falta de igual capacidade de formulação é suprida pelas dores das perdas e pelos temores dos amanhãs sombrios. Quando a imprensa, que auxilia Temer na expectativa de uma política econômica à maneira do PSDB, libera notícias de preocupação incipiente, aqui ou ali entre empresários, com a falta de medidas recuperadoras, as reações já estão muito mais longe. "O que fazer?" é uma pergunta constante. As referências a Temer e Henrique Meirelles não o são, nas respostas especulativas sobre o que seria necessário para remendar a pane econômica. Mas os vazios dos dois nomes preenchem-se com vários outros, políticos para um lado, economistas para o outro. Os sussurros e a cerimônia começam a desaparecer, em favor da objetividade. É um estágio conhecido. Temer o conhece como praticante, desde quando costurava com Aécio Neves a conspiração do impeachment. Agora o conhece como alvo. Sem a companhia de Aécio. Aliás, parece possível dizer, apenas, sem companhia: não faltam nem peemedebistas de alto escalão, digamos, nas inquietações. Não é outro o motivo do chamado do atônito Temer a Armínio Fraga, guru do neoliberalismo, e ao PSDB para se imiscuírem no gabinete de Henrique Meirelles, cuja carta branca é cassada sem aviso prévio e publicamente. Daqui à sucessão normal são 25 meses. Mais de três vezes os meses que desmoralizaram a propaganda sobre as maravilhas do governo pós-impeachment, com Temer, Geddel, Moreira e outros. E o PSDB, com três ministros, como avalista. São 25 meses em que o teto de gastos e a reforma da Previdência, se chegarem à realidade, ainda não terão produzido mais do que as conhecidas agitações ou, cabe presumir, convulsão mesmo. Mas certas pessoas nem pensam mais nos meses que faltam. Ou faltariam.
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Pedágio não será alterado de imediato após publicação de medida provisória
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As concessionárias de rodovias terão até 14 anos para fazer obras de duplicação que deveriam ser finalizadas em, no máximo, cinco anos, de acordo com uma medida provisória publicada nesta terça-feira (19) pelo governo do presidente Michel Temer. A tarifa paga pelos motoristas, no entanto, não vai diminuir agora. Isso porque o governo atendeu ao pleito das empresas de que a redução da tarifa, quando for prevista, comece a valer só após a conclusão das obras. O secretário de fomento e parcerias do Ministério dos Transportes, Dino Antunes, reconheceu que, por enquanto, o usuário continuará a pagar a mesma tarifa por um investimento que ocorrerá com atraso. No entanto, segundo ele, a aplicação imediata de uma tarifa reduzida iria piorar as condições de financiamento dos projetos. As empresas reclamam que houve redução da demanda devido à crise econômica do país, além de uma dificuldade de financiamento. Não houve alteração nos trechos que devem ser duplicados, mas agora a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) indicará quais são os prioritários. "Quando a gente passa a ter alongamento da obra, não faz sentido deixar para o concessionário escolher quais são trechos serão feitos primeiro", disse Dino. RAPIDEZ A assinatura dos acordos pode ocorrer a partir do momento em que o ministério publicar uma regulamentação, que deve sair em breve, de acordo com a pasta. O governo espera que a reprogramação seja firmada entre concessionários e a ANTT de forma "bastante célere", de acordo com Dino Antunes. "Será coisa de poucos meses. Todos estão interessados em fazer isso rápido. Tem um sentimento de urgência muito grande, inclusive na ANTT", disse o secretário. As medidas provisórias entram em vigor na data da publicação, mas precisam da aprovação do Congresso para continuarem a valer. Nesse caso, se os acordos forem firmados enquanto a MP estiver em vigor, eles não seriam alterados ainda que o texto não fosse analisado pelos parlamentares e caducasse. O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, anunciou na semana passada, em evento do setor, que a medida provisória seria publicada em breve. Na ocasião, fez questão de negar que, com as mudanças nas regras, o governo estava sendo benevolente com os concessionários de rodovias. "A MP se faz necessária pela crise que se instalou, a recessão que se instalou, a demanda que foi frustrada. Em consequência disso tudo, essas concessões hoje são inexequíveis", disse.
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Pedágio não será alterado de imediato após publicação de medida provisóriaAs concessionárias de rodovias terão até 14 anos para fazer obras de duplicação que deveriam ser finalizadas em, no máximo, cinco anos, de acordo com uma medida provisória publicada nesta terça-feira (19) pelo governo do presidente Michel Temer. A tarifa paga pelos motoristas, no entanto, não vai diminuir agora. Isso porque o governo atendeu ao pleito das empresas de que a redução da tarifa, quando for prevista, comece a valer só após a conclusão das obras. O secretário de fomento e parcerias do Ministério dos Transportes, Dino Antunes, reconheceu que, por enquanto, o usuário continuará a pagar a mesma tarifa por um investimento que ocorrerá com atraso. No entanto, segundo ele, a aplicação imediata de uma tarifa reduzida iria piorar as condições de financiamento dos projetos. As empresas reclamam que houve redução da demanda devido à crise econômica do país, além de uma dificuldade de financiamento. Não houve alteração nos trechos que devem ser duplicados, mas agora a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) indicará quais são os prioritários. "Quando a gente passa a ter alongamento da obra, não faz sentido deixar para o concessionário escolher quais são trechos serão feitos primeiro", disse Dino. RAPIDEZ A assinatura dos acordos pode ocorrer a partir do momento em que o ministério publicar uma regulamentação, que deve sair em breve, de acordo com a pasta. O governo espera que a reprogramação seja firmada entre concessionários e a ANTT de forma "bastante célere", de acordo com Dino Antunes. "Será coisa de poucos meses. Todos estão interessados em fazer isso rápido. Tem um sentimento de urgência muito grande, inclusive na ANTT", disse o secretário. As medidas provisórias entram em vigor na data da publicação, mas precisam da aprovação do Congresso para continuarem a valer. Nesse caso, se os acordos forem firmados enquanto a MP estiver em vigor, eles não seriam alterados ainda que o texto não fosse analisado pelos parlamentares e caducasse. O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, anunciou na semana passada, em evento do setor, que a medida provisória seria publicada em breve. Na ocasião, fez questão de negar que, com as mudanças nas regras, o governo estava sendo benevolente com os concessionários de rodovias. "A MP se faz necessária pela crise que se instalou, a recessão que se instalou, a demanda que foi frustrada. Em consequência disso tudo, essas concessões hoje são inexequíveis", disse.
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Com discrição, seleção brasileira chega a Salvador para jogo contra Peru
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Os jogadores da seleção brasileira chegaram na noite desta sábado (14) em Salvador. Concentrada numa região isolada, a delegação entrou com tranquilidade no hotel. Na terça (17), o time comandado por Dunga enfrenta o Peru, na Fonte Nova, pela quarta rodada das eliminatórias da Copa do Mundo. Expulso contra a Argentina, na sexta (13), o zagueiro David Luiz está fora do confronto na Bahia. Mesmo assim, ele fez questão de seguir com a delegação para a capital baiana. Convocado às pressas, Jamerson, do Atético-MG, tem chegada prevista para o final da noite deste sábado. O corintiano Gil é o preferido de Dunga para a vaga de David Luiz. Na tarde deste domingo (15), a seleção fará um treino leve na Fonte Nova. Depois do jogo em Buenos Aires, o time brasileiro está em quarto lugar, com quatro pontos no torneio classificatório para o Mundial da Rússia. Eliminatórias sul-americanas da Copa-2018
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Com discrição, seleção brasileira chega a Salvador para jogo contra PeruOs jogadores da seleção brasileira chegaram na noite desta sábado (14) em Salvador. Concentrada numa região isolada, a delegação entrou com tranquilidade no hotel. Na terça (17), o time comandado por Dunga enfrenta o Peru, na Fonte Nova, pela quarta rodada das eliminatórias da Copa do Mundo. Expulso contra a Argentina, na sexta (13), o zagueiro David Luiz está fora do confronto na Bahia. Mesmo assim, ele fez questão de seguir com a delegação para a capital baiana. Convocado às pressas, Jamerson, do Atético-MG, tem chegada prevista para o final da noite deste sábado. O corintiano Gil é o preferido de Dunga para a vaga de David Luiz. Na tarde deste domingo (15), a seleção fará um treino leve na Fonte Nova. Depois do jogo em Buenos Aires, o time brasileiro está em quarto lugar, com quatro pontos no torneio classificatório para o Mundial da Rússia. Eliminatórias sul-americanas da Copa-2018
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No caso Aécio, é certo atribuir ao Senado o papel de juiz?
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Senador em pleno exercício do mandato, e líder do governo na época, o petista Delcídio do Amaral foi preso por ordem do Supremo Tribunal Federal em novembro de 2015. Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi afastado pelo STF, em votação unânime, seis meses depois. Terminou cassado pela própria Câmara em setembro de 2016, e preso no mês seguinte. Seria diferente o caso de Aécio Neves (PSDB-MG)? Há quem sugira que defender o mandato do senador tucano, hoje, seria seguir dois pesos e duas medidas; Delcídio não tinha tanto poder e costas quentes quanto Aécio Neves. Os casos, entretanto, são bem diferentes. Delcídio foi flagrado em conversas que justificavam sua prisão imediata. Combinava claramente a fuga de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras envolvido na Lava Jato, a ponto de discutir qual a melhor rota (Venezuela ou Paraguai) e que modelo de avião era o mais indicado. Tratava-se de tentativa de obstrução de justiça. É sensato supor que, se não fosse preso preventivamente, Delcídio poderia conseguir o seu intento —evitando as delações de Cerveró. Quanto ao deputado Eduardo Cunha, ele já era réu em processo criminal —coisa que não acontece com o presidente Michel Temer, por exemplo—, e o raciocínio do Supremo foi o de que ninguém na linha de sucessão presidencial pode ser, ao mesmo tempo, objeto de ações judiciais desse tipo. E Aécio? A primeira diferença é que o senador tucano não é, ainda, réu em nenhuma ação criminal. O STF não votou, não aceitou, nenhuma denúncia contra ele. A segunda diferença é que, por 3 votos a 2, a primeira turma do STF decidiu que os indícios contra o tucano não eram suficientes para decretar sua prisão pura e simples. Bastariam providências mais brandas, como o afastamento do cargo, a proibição de que Aécio saia de casa durante a noite ou entre em contato com envolvidos na Lava Jato. Em tese, se o Supremo pode tomar uma medida extrema —a prisão em flagrante, como no caso de Delcídio—, poderia tomar uma medida menos radical. O problema —um dos problemas— é que medidas intermediárias (como essa espécie de prisão domiciliar) não estão previstas na Constituição. Seria possível utilizar dispositivos de uma lei inferior, o Código de Processo Penal, para resolver o caso? Em terceiro lugar, as evidências contra Aécio Neves são sem dúvida menos graves do que as apontadas contra Delcídio. Sim, o tucano pediu R$ 2 milhões para Joesley Batista, da JBS, alegando posteriormente que se tratava de um "empréstimo"; cabe julgar, naturalmente, se se trata ou não de propina. Obstrução de justiça? A Procuradoria-Geral da República pediu o afastamento de Aécio em função das conversas que teve a respeito de projetos de lei sobre anistia ao caixa 2 e reclamando da atuação do ministro da Justiça na nomeação de delegados da Polícia Federal. O pedido tinha sido aceito pelo ministro Edson Fachin, sendo posteriormente recusado por seu colega Marco Aurélio Mello —que terminou derrotado, junto com Alexandre de Moraes, na Primeira Turma. Todos parecem de acordo, entretanto, que o caso de Aécio é menos grave que o de Delcídio. Mas será correto atribuir ao Senado o papel de juiz, avaliando a culpa de um e de outro? Por outro lado, é aceitável que, sem motivo gravíssimo e sem flagrante, uma maioria de três ministros contra dois determine punições contra um senador, sem exame do plenário da corte?
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No caso Aécio, é certo atribuir ao Senado o papel de juiz?Senador em pleno exercício do mandato, e líder do governo na época, o petista Delcídio do Amaral foi preso por ordem do Supremo Tribunal Federal em novembro de 2015. Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi afastado pelo STF, em votação unânime, seis meses depois. Terminou cassado pela própria Câmara em setembro de 2016, e preso no mês seguinte. Seria diferente o caso de Aécio Neves (PSDB-MG)? Há quem sugira que defender o mandato do senador tucano, hoje, seria seguir dois pesos e duas medidas; Delcídio não tinha tanto poder e costas quentes quanto Aécio Neves. Os casos, entretanto, são bem diferentes. Delcídio foi flagrado em conversas que justificavam sua prisão imediata. Combinava claramente a fuga de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras envolvido na Lava Jato, a ponto de discutir qual a melhor rota (Venezuela ou Paraguai) e que modelo de avião era o mais indicado. Tratava-se de tentativa de obstrução de justiça. É sensato supor que, se não fosse preso preventivamente, Delcídio poderia conseguir o seu intento —evitando as delações de Cerveró. Quanto ao deputado Eduardo Cunha, ele já era réu em processo criminal —coisa que não acontece com o presidente Michel Temer, por exemplo—, e o raciocínio do Supremo foi o de que ninguém na linha de sucessão presidencial pode ser, ao mesmo tempo, objeto de ações judiciais desse tipo. E Aécio? A primeira diferença é que o senador tucano não é, ainda, réu em nenhuma ação criminal. O STF não votou, não aceitou, nenhuma denúncia contra ele. A segunda diferença é que, por 3 votos a 2, a primeira turma do STF decidiu que os indícios contra o tucano não eram suficientes para decretar sua prisão pura e simples. Bastariam providências mais brandas, como o afastamento do cargo, a proibição de que Aécio saia de casa durante a noite ou entre em contato com envolvidos na Lava Jato. Em tese, se o Supremo pode tomar uma medida extrema —a prisão em flagrante, como no caso de Delcídio—, poderia tomar uma medida menos radical. O problema —um dos problemas— é que medidas intermediárias (como essa espécie de prisão domiciliar) não estão previstas na Constituição. Seria possível utilizar dispositivos de uma lei inferior, o Código de Processo Penal, para resolver o caso? Em terceiro lugar, as evidências contra Aécio Neves são sem dúvida menos graves do que as apontadas contra Delcídio. Sim, o tucano pediu R$ 2 milhões para Joesley Batista, da JBS, alegando posteriormente que se tratava de um "empréstimo"; cabe julgar, naturalmente, se se trata ou não de propina. Obstrução de justiça? A Procuradoria-Geral da República pediu o afastamento de Aécio em função das conversas que teve a respeito de projetos de lei sobre anistia ao caixa 2 e reclamando da atuação do ministro da Justiça na nomeação de delegados da Polícia Federal. O pedido tinha sido aceito pelo ministro Edson Fachin, sendo posteriormente recusado por seu colega Marco Aurélio Mello —que terminou derrotado, junto com Alexandre de Moraes, na Primeira Turma. Todos parecem de acordo, entretanto, que o caso de Aécio é menos grave que o de Delcídio. Mas será correto atribuir ao Senado o papel de juiz, avaliando a culpa de um e de outro? Por outro lado, é aceitável que, sem motivo gravíssimo e sem flagrante, uma maioria de três ministros contra dois determine punições contra um senador, sem exame do plenário da corte?
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Leitor é contra aumentar tributos da indústria automobilística
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Discordo do leitor Humberto Schuwartz Soares (Painel do Leitor, 1/3) quando este pede aumento dos tributos sobre a indústria automobilística para melhorar a mobilidade. Isso requer a implantação de corredores de ônibus e de ciclovias, com a restrição ao uso do carro com o pedágio urbano. Deve-se restringir só o uso do carro na cidades e nunca sua produção e venda, dada sua relevância para gerar empregos e renda. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitor é contra aumentar tributos da indústria automobilísticaDiscordo do leitor Humberto Schuwartz Soares (Painel do Leitor, 1/3) quando este pede aumento dos tributos sobre a indústria automobilística para melhorar a mobilidade. Isso requer a implantação de corredores de ônibus e de ciclovias, com a restrição ao uso do carro com o pedágio urbano. Deve-se restringir só o uso do carro na cidades e nunca sua produção e venda, dada sua relevância para gerar empregos e renda. * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Trimestre foi bom, mas retomada ainda é dúvida, afirmam analistas
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O fim do primeiro trimestre trouxe mais dúvidas do que certezas para os analistas em relação ao ritmo de recuperação da economia brasileira, embora haja consenso de que o fundo do poço ficou para trás. Os dados de atividade já conhecidos indicam que houve expansão do PIB (Produto Interno Bruto) entre janeiro e março; um sinal positivo após oito trimestres de queda. Mas, segundo especialistas, esse movimento de retomada ainda não está amplamente disseminado na economia, o que dificulta a avaliação do ritmo potencial de crescimento. "Por enquanto, só dá para falar em estabilidade", diz Igor Velecico, economista do Bradesco. O maior impulso à expansão no início do ano veio do setor agrícola. As projeções que já apontavam para safra recorde de grãos, como milho e soja, continuam sendo reajustadas para cima. Outra boa notícia veio com as pesquisas de consumo e serviços do IBGE, que tiveram revisões positivas nas séries. Embora tenham recuado 0,2% em fevereiro na comparação com o mês imediatamente anterior, as vendas no varejo aumentaram 5,5% em janeiro em relação a dezembro (o resultado antes da revisão era de queda de 0,7% no primeiro mês do ano). Já o volume de serviços prestados no país cresceu 0,7% em fevereiro e 0,2% em janeiro em relação aos meses imediatamente anteriores. Antes da revisão, janeiro apontava queda de 2,2%. As mudanças nos números se deveram, no entanto, a uma nova metodologia usada pelo IBGE para aferir a atividade com maior precisão. "É como se o IBGE estivesse usando um novo termômetro que mostra uma economia mais aquecida do que esperávamos", afirma Felipe Salles, economista do Itaú Unibanco. Desempenho fraco da indústria segura recuperação da economia - Em %, em relação ao mês anterior, com ajustes sazonais Uma das dúvidas dos analistas é em relação ao impacto dessas revisões nas estatísticas do PIB do primeiro trimestre, que saem em junho. Os dados da pesquisa de comércio não são incorporados na mensuração do PIB, mas os de serviços, sim. Segundo o IBGE, com certeza haverá algum efeito, embora ainda não seja possível avaliar sua magnitude. Para Velecico, ainda que o impacto das revisões seja significativo no PIB, isso não mudará a velocidade da recuperação da economia. "O patamar de janeiro pode ter mudado, mas o ritmo subsequente já está dado, e não vemos retomada forte." Como o desemprego continua subindo e o endividamento das famílias ainda é elevado, embora decrescente, uma recuperação mais vigorosa da demanda por serviços só deve ocorrer em 2018. O desempenho da indústria também tem sido tímido e, em média, pior do que o esperado. Depois de queda moderada em janeiro e leve alta em fevereiro, muitos analistas estimam que tenha ocorrido nova contração da atividade industrial em março. "A produção industrial tem vindo fraca", diz Gustavo Arruda, do BNP Paribas. Mas ele ressalta que o bom resultado do segmento de bens de capital pode apontar uma tendência positiva de recuperação dos investimentos. Outros fatores positivos que poderão impulsionar a economia mais para a frente são inflação em queda, aceleração do ritmo dos cortes de juros pelo Banco Central e aumento da confiança de consumidores e empresários. "O pior ficou para trás, mas ainda há muita incerteza. É como um dia que começa nublado com aberturas de céu azul. Não dá para ter certeza se vai ter sol, mas pode ter", afirma Salles.
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mercado
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Trimestre foi bom, mas retomada ainda é dúvida, afirmam analistasO fim do primeiro trimestre trouxe mais dúvidas do que certezas para os analistas em relação ao ritmo de recuperação da economia brasileira, embora haja consenso de que o fundo do poço ficou para trás. Os dados de atividade já conhecidos indicam que houve expansão do PIB (Produto Interno Bruto) entre janeiro e março; um sinal positivo após oito trimestres de queda. Mas, segundo especialistas, esse movimento de retomada ainda não está amplamente disseminado na economia, o que dificulta a avaliação do ritmo potencial de crescimento. "Por enquanto, só dá para falar em estabilidade", diz Igor Velecico, economista do Bradesco. O maior impulso à expansão no início do ano veio do setor agrícola. As projeções que já apontavam para safra recorde de grãos, como milho e soja, continuam sendo reajustadas para cima. Outra boa notícia veio com as pesquisas de consumo e serviços do IBGE, que tiveram revisões positivas nas séries. Embora tenham recuado 0,2% em fevereiro na comparação com o mês imediatamente anterior, as vendas no varejo aumentaram 5,5% em janeiro em relação a dezembro (o resultado antes da revisão era de queda de 0,7% no primeiro mês do ano). Já o volume de serviços prestados no país cresceu 0,7% em fevereiro e 0,2% em janeiro em relação aos meses imediatamente anteriores. Antes da revisão, janeiro apontava queda de 2,2%. As mudanças nos números se deveram, no entanto, a uma nova metodologia usada pelo IBGE para aferir a atividade com maior precisão. "É como se o IBGE estivesse usando um novo termômetro que mostra uma economia mais aquecida do que esperávamos", afirma Felipe Salles, economista do Itaú Unibanco. Desempenho fraco da indústria segura recuperação da economia - Em %, em relação ao mês anterior, com ajustes sazonais Uma das dúvidas dos analistas é em relação ao impacto dessas revisões nas estatísticas do PIB do primeiro trimestre, que saem em junho. Os dados da pesquisa de comércio não são incorporados na mensuração do PIB, mas os de serviços, sim. Segundo o IBGE, com certeza haverá algum efeito, embora ainda não seja possível avaliar sua magnitude. Para Velecico, ainda que o impacto das revisões seja significativo no PIB, isso não mudará a velocidade da recuperação da economia. "O patamar de janeiro pode ter mudado, mas o ritmo subsequente já está dado, e não vemos retomada forte." Como o desemprego continua subindo e o endividamento das famílias ainda é elevado, embora decrescente, uma recuperação mais vigorosa da demanda por serviços só deve ocorrer em 2018. O desempenho da indústria também tem sido tímido e, em média, pior do que o esperado. Depois de queda moderada em janeiro e leve alta em fevereiro, muitos analistas estimam que tenha ocorrido nova contração da atividade industrial em março. "A produção industrial tem vindo fraca", diz Gustavo Arruda, do BNP Paribas. Mas ele ressalta que o bom resultado do segmento de bens de capital pode apontar uma tendência positiva de recuperação dos investimentos. Outros fatores positivos que poderão impulsionar a economia mais para a frente são inflação em queda, aceleração do ritmo dos cortes de juros pelo Banco Central e aumento da confiança de consumidores e empresários. "O pior ficou para trás, mas ainda há muita incerteza. É como um dia que começa nublado com aberturas de céu azul. Não dá para ter certeza se vai ter sol, mas pode ter", afirma Salles.
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Leitores comentam artigo de Dilma Rousseff na Folha
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Que bom que a presidente veio a público fazer um quase mea culpa. Não foi lá essas coisas, porém houve alguma admissão dos erros. Que a senhora presidente, a partir de agora, abra mais os olhos e ouvidos e se cerque de pessoas mais confiáveis. Que cumpra suas promessas de reduzir pessoal improdutivo. Que exorcize os fantasmas "aeciais" em seu entorno, que consiga realmente fazer um governo mais eficiente, duro com os desonestos, mas acolhedor para o povo brasileiro. Boa sorte para nós! MARIZA BACCI ZAGO (Atibaia, SP) * Uma bênção do Natal e do Ano Novo foi os brasileiros ficarem livres da indigesta mensagem da presidenta. Mas, como o que é bom dura pouco, eis que o artigo "Um feliz 2016 para o povo brasileiro" acabou com a nossa alegria. Afirma Dilma que "a solidez de nossa economia é a base da retomada do crescimento". Na primeira página, a Folha informa: "Brasil pode perder até 2,2 milhões de vagas formais neste ano" (1º /1). As Casas Bahia fecharam dezenas de lojas e o mesmo aconteceu com o Walmart. A presidenta fala da "solidez de nossa economia"? O que Dilma pensa que o povo brasileiro é? FRANCISCO GOMES MACHADO (São Paulo, SP) * Pessoas excêntricas participaram da São Silvestre: marmanjos fantasiados de Homem-Aranha, Batman, Mulher Maravilha. É o lado folclórico e espontâneo da corrida. A Folha privilegiou com fotos outros excêntricos: carregadores de bexigas com a frase "fora Dilma" e de adereços com a caricatura do Lula/Pixuleko ("Grupos levam Pixuleko e máscaras de 'Dilma zumbi' na São Silvestre", "Poder", 1º/1). Também são excêntricos, mas nada têm de espontâneos. São grupos políticos organizados que afirmam: "A gente quer forçar a mídia nacional e internacional a mostrar o que todos os brasileiros querem hoje, que é a saída da presidente". Acho que eles não precisam se esforçar muito para conseguir espaço na mídia impressa. LUIZ PEDREIRA JR., empresário (São Paulo, SP) * Dilma errou muito, assim como vários outros governantes. O seu pecado mortal foi deixar a Operação Lava Jato ir às últimas em um país acostumado a varrer a sujeira para debaixo do tapete em prol da governabilidade. Cunha e membros do PT têm criticado essa "omissão" da presidente. O primeiro até tentou intimidar o governo para que este interferisse na Polícia Federal. Desconectados, os brasileiros "neo cara-pintadas" vão às ruas para dizer "fora, Dilma", quando deveriam gritar "bora, Dilma". JÚLIO TAVARES (Brasília, DF) * Concordo com o leitor Ademar G. Feiteiro. Dilma, Renan e Eduardo Cunha não estão no mesmo balaio. Renan e o Cunha são insignificantes diante das possibilidades da "caneta" da presidente. Ela, sim, é responsável por todo o sofrimento do angustiado povo brasileiro. JOÃO MONTANHA (Recife, PE) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Leitores comentam artigo de Dilma Rousseff na FolhaQue bom que a presidente veio a público fazer um quase mea culpa. Não foi lá essas coisas, porém houve alguma admissão dos erros. Que a senhora presidente, a partir de agora, abra mais os olhos e ouvidos e se cerque de pessoas mais confiáveis. Que cumpra suas promessas de reduzir pessoal improdutivo. Que exorcize os fantasmas "aeciais" em seu entorno, que consiga realmente fazer um governo mais eficiente, duro com os desonestos, mas acolhedor para o povo brasileiro. Boa sorte para nós! MARIZA BACCI ZAGO (Atibaia, SP) * Uma bênção do Natal e do Ano Novo foi os brasileiros ficarem livres da indigesta mensagem da presidenta. Mas, como o que é bom dura pouco, eis que o artigo "Um feliz 2016 para o povo brasileiro" acabou com a nossa alegria. Afirma Dilma que "a solidez de nossa economia é a base da retomada do crescimento". Na primeira página, a Folha informa: "Brasil pode perder até 2,2 milhões de vagas formais neste ano" (1º /1). As Casas Bahia fecharam dezenas de lojas e o mesmo aconteceu com o Walmart. A presidenta fala da "solidez de nossa economia"? O que Dilma pensa que o povo brasileiro é? FRANCISCO GOMES MACHADO (São Paulo, SP) * Pessoas excêntricas participaram da São Silvestre: marmanjos fantasiados de Homem-Aranha, Batman, Mulher Maravilha. É o lado folclórico e espontâneo da corrida. A Folha privilegiou com fotos outros excêntricos: carregadores de bexigas com a frase "fora Dilma" e de adereços com a caricatura do Lula/Pixuleko ("Grupos levam Pixuleko e máscaras de 'Dilma zumbi' na São Silvestre", "Poder", 1º/1). Também são excêntricos, mas nada têm de espontâneos. São grupos políticos organizados que afirmam: "A gente quer forçar a mídia nacional e internacional a mostrar o que todos os brasileiros querem hoje, que é a saída da presidente". Acho que eles não precisam se esforçar muito para conseguir espaço na mídia impressa. LUIZ PEDREIRA JR., empresário (São Paulo, SP) * Dilma errou muito, assim como vários outros governantes. O seu pecado mortal foi deixar a Operação Lava Jato ir às últimas em um país acostumado a varrer a sujeira para debaixo do tapete em prol da governabilidade. Cunha e membros do PT têm criticado essa "omissão" da presidente. O primeiro até tentou intimidar o governo para que este interferisse na Polícia Federal. Desconectados, os brasileiros "neo cara-pintadas" vão às ruas para dizer "fora, Dilma", quando deveriam gritar "bora, Dilma". JÚLIO TAVARES (Brasília, DF) * Concordo com o leitor Ademar G. Feiteiro. Dilma, Renan e Eduardo Cunha não estão no mesmo balaio. Renan e o Cunha são insignificantes diante das possibilidades da "caneta" da presidente. Ela, sim, é responsável por todo o sofrimento do angustiado povo brasileiro. JOÃO MONTANHA (Recife, PE) * PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]
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Formandos abandonam cerimônia devido a discurso do vice dos EUA
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Dezenas de formandos e seus familiares deixaram silenciosamente neste domingo (21) uma formatura durante um discurso do vice-presidente dos EUA, Mike Pence, na Universidade Notre Dame, em South Bend, Indiana. Ex-governador do Estado, o republicano foi convidado a falar depois que a universidade desistiu de chamar Donald Trump para se pronunciar na abertura da cerimônia devido a protestos de alunos e professores. Pence falou brevemente sobre o presidente ao elogiar o discurso na Arábia Saudita aos países de maioria islâmica e citou que Trump condenou a perseguição religiosa contra qualquer pessoa de qualquer religião. O presidente é duramente criticado por sua retórica anti-islâmica durante a campanha, da mesma forma que pela tentativa de seu governo de impor o veto a entrada de cidadãos de sete países de maioria islâmica. Pouco antes da debandada, o orador da formatura, Caleb Joshua Pine, criticou o que chamou de uso dos islâmicos como bode expiatório e criticou os planos de Trump de construir um muro na fronteira com o México. Cassandra Dimaro e seus pais estavam entre aqueles que deixaram a plateia. Em entrevista ao jornal "South Bend Tribune", ela disse que foi uma demonstração de solidariedade àqueles impactados pelas políticas de Trump. Pence não comentou sobre a saída dos formandos. Porém, referiu-se aos confrontos em campi onde personalidades controversas discursariam, como o conservador Ann Coulter na Universidade da Califórnia, em Berkeley. "Esta universidade [Notre Dame] é a vanguarda da liberdade de expressão e da livre troca de ideias em tempos em que, tristemente, a liberdade de opinião e a civilidade começam a diminuir nos campi do país", disse.
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mundo
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Formandos abandonam cerimônia devido a discurso do vice dos EUADezenas de formandos e seus familiares deixaram silenciosamente neste domingo (21) uma formatura durante um discurso do vice-presidente dos EUA, Mike Pence, na Universidade Notre Dame, em South Bend, Indiana. Ex-governador do Estado, o republicano foi convidado a falar depois que a universidade desistiu de chamar Donald Trump para se pronunciar na abertura da cerimônia devido a protestos de alunos e professores. Pence falou brevemente sobre o presidente ao elogiar o discurso na Arábia Saudita aos países de maioria islâmica e citou que Trump condenou a perseguição religiosa contra qualquer pessoa de qualquer religião. O presidente é duramente criticado por sua retórica anti-islâmica durante a campanha, da mesma forma que pela tentativa de seu governo de impor o veto a entrada de cidadãos de sete países de maioria islâmica. Pouco antes da debandada, o orador da formatura, Caleb Joshua Pine, criticou o que chamou de uso dos islâmicos como bode expiatório e criticou os planos de Trump de construir um muro na fronteira com o México. Cassandra Dimaro e seus pais estavam entre aqueles que deixaram a plateia. Em entrevista ao jornal "South Bend Tribune", ela disse que foi uma demonstração de solidariedade àqueles impactados pelas políticas de Trump. Pence não comentou sobre a saída dos formandos. Porém, referiu-se aos confrontos em campi onde personalidades controversas discursariam, como o conservador Ann Coulter na Universidade da Califórnia, em Berkeley. "Esta universidade [Notre Dame] é a vanguarda da liberdade de expressão e da livre troca de ideias em tempos em que, tristemente, a liberdade de opinião e a civilidade começam a diminuir nos campi do país", disse.
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Edição do Grammy é histórica para os latinos, diz presidente da Academia
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Entre mais de 30 nomes anunciados para se apresentarem na festa de premiação do Grammy neste domingo (8) em Los Angeles, um deles é latino. O cantor pop colombiano Juanes cantará "Juntos", canção de sua autoria, em espanhol, criada para o filme da Disney "McFarland, USA". Em 2013, sua última apresentação no Grammy, ele não mostrou uma faixa de sua autoria. Fez versão de "Your Song", de Elton John. Esta será, portanto, a primeira música em espanhol cantada na premiação em uma década. A última vez que isso ocorreu foi em 2005, com Jennifer Lopez e Marc Anthony cantando "Escapémonos". Pela presença de Juanes, a edição é considerada "histórica" por Neil Portnow, presidente da Academia Nacional de Gravação, Artes e Ciência, entidade que organiza o evento. A observação foi feita durante entrevista a um grupo de jornalistas latinos, do qual a Folha participou. "Não se vê com frequência um músico latino no horário nobre na América", diz. Sobre uma maior frequência de shows assim, Portnow admite dificuldade. "Temos que trabalhar com o que tem apelo massivo, para termos a maior audiência possível." NA TV 57º Grammy Awards Transmissão da cerimônia QUANDO neste domingo (8), das 23h às 2h30, na TNT; reprise na seg. (9), às 12h * PALCO QUENTE Principais indicados e quem se apresenta na premiação GRAVAÇÃO DO ANO (premia intérprete e produtores) > "Fancy" - Iggy Azalea com Charli XCX > "Chandelier" - Sia > "Stay With Me" - Sam Smith > "Shake It Off" - Taylor Swift > "All About That Bass" - Meghan Trainor MELHOR ÁLBUM > "Morning Phase" - Beck > "Beyoncé" - Beyoncé > "X" - Ed Sheeran > "In the Lonely Hour" - Sam Smith > "Girl" - Pharrell Williams MÚSICA DO ANO (premia compositores) > "All About That Bass" - Kevin Kadish e Meghan Trainor > "Chandelier" - Sia e Jesse Shatkin > "Shake It Off" - Max Martin, Shellback e Taylor Swift > "Stay With Me" - James Napier, William Phillips e Sam Smith > "Take Me To Church" - Andrew Hozier-Byrne PRINCIPAIS SHOWS DA FESTA > Madonna > AC/DC > Rihanna, Paul McCartney e Kanye West > Beyoncé, John Legend e Common > Lady Gaga e Tony Bennett > Pharrell Williams > Katy Perry
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ilustrada
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Edição do Grammy é histórica para os latinos, diz presidente da AcademiaEntre mais de 30 nomes anunciados para se apresentarem na festa de premiação do Grammy neste domingo (8) em Los Angeles, um deles é latino. O cantor pop colombiano Juanes cantará "Juntos", canção de sua autoria, em espanhol, criada para o filme da Disney "McFarland, USA". Em 2013, sua última apresentação no Grammy, ele não mostrou uma faixa de sua autoria. Fez versão de "Your Song", de Elton John. Esta será, portanto, a primeira música em espanhol cantada na premiação em uma década. A última vez que isso ocorreu foi em 2005, com Jennifer Lopez e Marc Anthony cantando "Escapémonos". Pela presença de Juanes, a edição é considerada "histórica" por Neil Portnow, presidente da Academia Nacional de Gravação, Artes e Ciência, entidade que organiza o evento. A observação foi feita durante entrevista a um grupo de jornalistas latinos, do qual a Folha participou. "Não se vê com frequência um músico latino no horário nobre na América", diz. Sobre uma maior frequência de shows assim, Portnow admite dificuldade. "Temos que trabalhar com o que tem apelo massivo, para termos a maior audiência possível." NA TV 57º Grammy Awards Transmissão da cerimônia QUANDO neste domingo (8), das 23h às 2h30, na TNT; reprise na seg. (9), às 12h * PALCO QUENTE Principais indicados e quem se apresenta na premiação GRAVAÇÃO DO ANO (premia intérprete e produtores) > "Fancy" - Iggy Azalea com Charli XCX > "Chandelier" - Sia > "Stay With Me" - Sam Smith > "Shake It Off" - Taylor Swift > "All About That Bass" - Meghan Trainor MELHOR ÁLBUM > "Morning Phase" - Beck > "Beyoncé" - Beyoncé > "X" - Ed Sheeran > "In the Lonely Hour" - Sam Smith > "Girl" - Pharrell Williams MÚSICA DO ANO (premia compositores) > "All About That Bass" - Kevin Kadish e Meghan Trainor > "Chandelier" - Sia e Jesse Shatkin > "Shake It Off" - Max Martin, Shellback e Taylor Swift > "Stay With Me" - James Napier, William Phillips e Sam Smith > "Take Me To Church" - Andrew Hozier-Byrne PRINCIPAIS SHOWS DA FESTA > Madonna > AC/DC > Rihanna, Paul McCartney e Kanye West > Beyoncé, John Legend e Common > Lady Gaga e Tony Bennett > Pharrell Williams > Katy Perry
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Astrologia
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ÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Lua chamuscando em Áries, ainda mais nesse astral que incita a sua liberdade. Você pode sentir como se precisasse se empoderar da sua vontade. Porém, em relação ao outro, mais atração e colaboração, menos disputa. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Desejos inusitados pedem experiências diferentes. Você precisa se soltar, não só nesse domingo, mas nos planos em geral para trabalhos, relações e rotina. Você pode estar extraordinariamente aberta às mudanças. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Saia de casa, encontre pessoas. Você tem energia para gastar e tensão para aliviar. Risco de sufocamento. As interações desejam ser leves, descontraídas e orientadas pelas afinidades compartilhadas. Vida em comunidade. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Exercite seu arbítrio e faça novas programações. Em casa, a intimidade só vai ser confortável se tiver sabor de novidade, saindo da zona de conforto. Pode ser bom reunir os amigos ou mexer em algum ambiente. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Se neste mês sua motivação tem sido em grande parte a segurança, este é o momento em que pode haver maior desejo de aventura, ou de romper seus padrões. Mas isso também pode vir da parte do parceiro. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) As experiências a dois podem ser surpreendentes se você estiver aberto a novidades. A estabilidade não precisa ser limitante, não precisa se defender contra qualquer risco. Caso esteja só, seja sua melhor companhia. LIBRA (23 set. a 22 out.) Libra tende a se atrair por gente de gênio forte, isso vale para você? É possível que agora o parceiro se expresse nesses termos, o que pode ser interessante, depende do momento a dois e da sua receptividade. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Sintomas repentinos podem revelar o estresse com alguma situação, ou desagravo em questões de relacionamento. Mas quer maneira melhor de romper com o que o tira do sério do que tirar o domingo para se divertir? SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Qualquer relação agora precisa de concordância, então dê uma temperada nos impulsos mais agressivos e individualistas. A paixão precisa respeitar o ritmo do outro. Pode ser um dia maravilhoso para criar alguma coisa. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Se a impermanência vai bater como alforria emocional -chamado a uma nova experiência de viver, desejo de se entender com quem é diferente e de enfrentar problemas com coragem, ou como pânico- depende de você. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Mental muito excitado e interações múltiplas. Pode ser um dia movimentado e articulado para elaborar novos conceitos. Por outro lado, num clima mais obsessivo, as relações se desequilibram com os embates. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Além da questão da liberdade versus compromisso nas relações que mais mexem com você, há o dilema da posse versus desapego nos bens materiais. Atenção aos gastos impulsivos, o astral questiona o que tem valor.
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ilustrada
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AstrologiaÁRIES (21 mar. a 20 abr.) Lua chamuscando em Áries, ainda mais nesse astral que incita a sua liberdade. Você pode sentir como se precisasse se empoderar da sua vontade. Porém, em relação ao outro, mais atração e colaboração, menos disputa. TOURO (21 abr. a 20 mai.) Desejos inusitados pedem experiências diferentes. Você precisa se soltar, não só nesse domingo, mas nos planos em geral para trabalhos, relações e rotina. Você pode estar extraordinariamente aberta às mudanças. GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.) Saia de casa, encontre pessoas. Você tem energia para gastar e tensão para aliviar. Risco de sufocamento. As interações desejam ser leves, descontraídas e orientadas pelas afinidades compartilhadas. Vida em comunidade. CÂNCER (21 jun. a 21 jul.) Exercite seu arbítrio e faça novas programações. Em casa, a intimidade só vai ser confortável se tiver sabor de novidade, saindo da zona de conforto. Pode ser bom reunir os amigos ou mexer em algum ambiente. LEÃO (22 jul. a 22 ago.) Se neste mês sua motivação tem sido em grande parte a segurança, este é o momento em que pode haver maior desejo de aventura, ou de romper seus padrões. Mas isso também pode vir da parte do parceiro. VIRGEM (23 ago. a 22 set.) As experiências a dois podem ser surpreendentes se você estiver aberto a novidades. A estabilidade não precisa ser limitante, não precisa se defender contra qualquer risco. Caso esteja só, seja sua melhor companhia. LIBRA (23 set. a 22 out.) Libra tende a se atrair por gente de gênio forte, isso vale para você? É possível que agora o parceiro se expresse nesses termos, o que pode ser interessante, depende do momento a dois e da sua receptividade. ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.) Sintomas repentinos podem revelar o estresse com alguma situação, ou desagravo em questões de relacionamento. Mas quer maneira melhor de romper com o que o tira do sério do que tirar o domingo para se divertir? SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) Qualquer relação agora precisa de concordância, então dê uma temperada nos impulsos mais agressivos e individualistas. A paixão precisa respeitar o ritmo do outro. Pode ser um dia maravilhoso para criar alguma coisa. CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) Se a impermanência vai bater como alforria emocional -chamado a uma nova experiência de viver, desejo de se entender com quem é diferente e de enfrentar problemas com coragem, ou como pânico- depende de você. AQUÁRIO (21 jan. a 19 fev.) Mental muito excitado e interações múltiplas. Pode ser um dia movimentado e articulado para elaborar novos conceitos. Por outro lado, num clima mais obsessivo, as relações se desequilibram com os embates. PEIXES (20 fev. a 20 mar.) Além da questão da liberdade versus compromisso nas relações que mais mexem com você, há o dilema da posse versus desapego nos bens materiais. Atenção aos gastos impulsivos, o astral questiona o que tem valor.
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Cristóvão Borges afirma que críticas sobre ele estão 'além da conta'
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Apesar da vitória corintiana nesta segunda-feira (22), o técnico Cristóvão Borges mais uma vez recebeu vaias dos torcedores que compareceram ao Itaquerão. O primeiro momento foi no intervalo do jogo. Com o time atrás do placar, quando ainda perdia por 1 a 0, o time foi para o vestiário sobre contestação das arquibancadas, e o treinador não foi poupado. "Acho que está um pouco além da conta, não tem necessidade, porque no campeonato não tem ninguém maravilhoso, todo mundo no mesmo nível. E nós estamos ali faz tempo. Acho que é um pouco pesado", afirmou Cristóvão. No segundo tempo, ele colocou Cristian no lugar de Bruno Henrique e a substituição desagradou os presentes no estádio, que voltaram a vaiar. "Quando eu sou criticado, não reclamo, seguro firme. A torcida reage de acordo com o sentimento dela. Por exemplo: o Bruno Henrique foi substituído, e todo mundo achou ruim, mas ele estava com cãibra nas duas pernas. Existe uma pré-disposição de se criticar qualquer coisa que o treinador faça", completou. Após três empates seguidos dentro de casa, Cristóvão Borges começou a ficar com a relação balançada com a torcida alvinegro. Veja vídeo
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esporte
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Cristóvão Borges afirma que críticas sobre ele estão 'além da conta'Apesar da vitória corintiana nesta segunda-feira (22), o técnico Cristóvão Borges mais uma vez recebeu vaias dos torcedores que compareceram ao Itaquerão. O primeiro momento foi no intervalo do jogo. Com o time atrás do placar, quando ainda perdia por 1 a 0, o time foi para o vestiário sobre contestação das arquibancadas, e o treinador não foi poupado. "Acho que está um pouco além da conta, não tem necessidade, porque no campeonato não tem ninguém maravilhoso, todo mundo no mesmo nível. E nós estamos ali faz tempo. Acho que é um pouco pesado", afirmou Cristóvão. No segundo tempo, ele colocou Cristian no lugar de Bruno Henrique e a substituição desagradou os presentes no estádio, que voltaram a vaiar. "Quando eu sou criticado, não reclamo, seguro firme. A torcida reage de acordo com o sentimento dela. Por exemplo: o Bruno Henrique foi substituído, e todo mundo achou ruim, mas ele estava com cãibra nas duas pernas. Existe uma pré-disposição de se criticar qualquer coisa que o treinador faça", completou. Após três empates seguidos dentro de casa, Cristóvão Borges começou a ficar com a relação balançada com a torcida alvinegro. Veja vídeo
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Após ciclone, Vanuatu vê dificuldades e pede ajuda internacional imediata
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As organizações humanitárias enfrentavam grandes dificuldades nesta segunda-feira (16) para ajudar os habitantes de Vanuatu após a passagem do ciclone Pam, o qual deixou um rastro de destruição. O presidente do arquipélago, Baldwin Lonsdale, fez um apelo à comunidade internacional para a reconstrução do país. "As necessidades humanitárias são imediatas, precisamos agora", disse Baldwin no Japão, onde participava em uma reunião da ONU sobre a prevenção de catástrofes naturais. "A longo prazo, necessitamos de apoio financeiro e ajuda para começar a reconstruir nossas infraestruturas. Temos que reconstruir todo", completou. "Depois de todo o desenvolvimento que alcançamos nos últimos dois anos, vem este ciclone e destrói toda a infraestrutura que o governo construiu. Precisamos de financiamento internacional para reconstruir todas as infraestruturas". Mais cedo, o presidente de Vanuatu havia declarado que as mudanças climáticas foram determinantes na devastação sofrida pelo país durante a passagem do ciclone Pam. "A mudança climática está contribuindo para o desastre em Vanuatu", disse ele a uma emissora de televisão australiana. O arquipélago de Vanuatu, no Pacífico Sul, foi devastado na sexta-feira (13) por um dos mais graves desastres naturais da história da região. Na capital, Port Vila, 90% das casas foram atingidas. Cerca de 10 mil pessoas estão desabrigadas somente em Port- Vila, e relatórios não confirmados indicam que pelo menos 44 morreram nas ilhas do norte, um número que pode ser ainda mais elevado conforme avancem os trabalhos de busca. A ajuda já começou a chegar à capital do país, mas funcionários de ONGs destacaram a falta de recursos para distribuir o material nas ilhas mais afastadas do arquipélago, um dos países mais pobres do mundo. Para alcançar cada localidade arrasada na sexta-feira pelo ciclone, que atingiu a categoria 5, a máxima, com rajadas de vento superiores a 320 km/h, serão necessários vários dias. As necessidades de água potável, banheiros portáteis e pastilhas de purificação de água devem ser determinadas rapidamente, explicou o diretor da ONG Oxfam em Vanuatu, Colin Colette. As organizações temem uma propagação das doenças. "A primeira urgência era o ciclone. A segunda as doenças, caso a água potável e as condições de higiene continuem insuficientes", completou Colette. Para o diretor da organização Save the Children, Tom Skirrow, as condições são piores que nas Filipinas em novembro de 2013, quando o supertufão Haiyan arrasou o arquipélago e deixou 7.350 mortos e desaparecidos. "Estive lá após o Haiyan e posso dizer que a logística é muito mais complicada aqui". AJUDA INTERNACIONAL A Cruz Vermelha da China enviou nesta segunda-feira US$ 100 mil em ajuda humanitária a Vanuatu após o apelo feito pelo presidente do país. O governo chinês segue "de perto" a situação e se comprometeu a continuar ajudar o arquipélago do Pacífico Sul, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Hong Lei.
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mundo
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Após ciclone, Vanuatu vê dificuldades e pede ajuda internacional imediataAs organizações humanitárias enfrentavam grandes dificuldades nesta segunda-feira (16) para ajudar os habitantes de Vanuatu após a passagem do ciclone Pam, o qual deixou um rastro de destruição. O presidente do arquipélago, Baldwin Lonsdale, fez um apelo à comunidade internacional para a reconstrução do país. "As necessidades humanitárias são imediatas, precisamos agora", disse Baldwin no Japão, onde participava em uma reunião da ONU sobre a prevenção de catástrofes naturais. "A longo prazo, necessitamos de apoio financeiro e ajuda para começar a reconstruir nossas infraestruturas. Temos que reconstruir todo", completou. "Depois de todo o desenvolvimento que alcançamos nos últimos dois anos, vem este ciclone e destrói toda a infraestrutura que o governo construiu. Precisamos de financiamento internacional para reconstruir todas as infraestruturas". Mais cedo, o presidente de Vanuatu havia declarado que as mudanças climáticas foram determinantes na devastação sofrida pelo país durante a passagem do ciclone Pam. "A mudança climática está contribuindo para o desastre em Vanuatu", disse ele a uma emissora de televisão australiana. O arquipélago de Vanuatu, no Pacífico Sul, foi devastado na sexta-feira (13) por um dos mais graves desastres naturais da história da região. Na capital, Port Vila, 90% das casas foram atingidas. Cerca de 10 mil pessoas estão desabrigadas somente em Port- Vila, e relatórios não confirmados indicam que pelo menos 44 morreram nas ilhas do norte, um número que pode ser ainda mais elevado conforme avancem os trabalhos de busca. A ajuda já começou a chegar à capital do país, mas funcionários de ONGs destacaram a falta de recursos para distribuir o material nas ilhas mais afastadas do arquipélago, um dos países mais pobres do mundo. Para alcançar cada localidade arrasada na sexta-feira pelo ciclone, que atingiu a categoria 5, a máxima, com rajadas de vento superiores a 320 km/h, serão necessários vários dias. As necessidades de água potável, banheiros portáteis e pastilhas de purificação de água devem ser determinadas rapidamente, explicou o diretor da ONG Oxfam em Vanuatu, Colin Colette. As organizações temem uma propagação das doenças. "A primeira urgência era o ciclone. A segunda as doenças, caso a água potável e as condições de higiene continuem insuficientes", completou Colette. Para o diretor da organização Save the Children, Tom Skirrow, as condições são piores que nas Filipinas em novembro de 2013, quando o supertufão Haiyan arrasou o arquipélago e deixou 7.350 mortos e desaparecidos. "Estive lá após o Haiyan e posso dizer que a logística é muito mais complicada aqui". AJUDA INTERNACIONAL A Cruz Vermelha da China enviou nesta segunda-feira US$ 100 mil em ajuda humanitária a Vanuatu após o apelo feito pelo presidente do país. O governo chinês segue "de perto" a situação e se comprometeu a continuar ajudar o arquipélago do Pacífico Sul, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Hong Lei.
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'Temos que evoluir para poder pensar em título na Copa', diz Renato Augusto
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Discreto fora das quatro linhas e um líder dentro de campo. É assim que Renato Augusto, 29, é visto por jogadores e pela comissão técnica da seleção brasileira, que nesta quinta (31), às 21h45, enfrenta o Equador, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, pelas eliminatórias sul-americanas da Copa de 2018. A influência do meio-campista foi conquistada por sua experiência e, principalmente, pelo fato de saber exatamente o que Tite deseja. Profundo conhecedor do estilo de jogo do atual treinador, com quem trabalhou no Corinthians, Renato Augusto admite que se surpreendeu com a rápida adaptação do time ao esquema do técnico. No entanto, mesmo com a boa fase da seleção, ele acredita que o time ainda precisa evoluir para poder pensar em ganhar o título mundial. * Folha - Você já havia sido convocado pelo Dunga, e agora é um dos líderes da seleção brasileira do Tite. O que mudou? Renato Augusto - O Tite passou aquilo que ele queria e os jogadores entenderam. Eu, por conhecê-lo, sei que ele é muito detalhista, e precisa de tempo para implementar seu estilo. Fiquei surpreso com a rapidez com que ele conseguiu passar o que queria. Ajudou alguns jogadores conhecerem ele. Os que não tinham jogado com o Tite, perguntavam para a gente como ele gostava de jogar. Fizemos esse elo e as coisas aconteceram. Você se surpreendeu com a sequência de oito vitórias? Não é uma surpresa porque eu conheço o trabalho e sei que é muito bom. Tinha certeza que a gente ia encaixar, mas não sabia quanto tempo ia demorar. Foi rápido. O Brasil precisa ser testado contra seleções europeias? Existem muitas seleções sul-americanas que possuem alguns vícios do futebol europeu. A Argentina e o Uruguai têm 90% dos jogadores na Europa. Precisamos jogar contra equipes europeias, mas o caminho é esse. Estamos mantendo um padrão de atuação, um nível bom. Acho que quando enfrentarmos uma vamos jogar de igual para igual. Acredita que esse time será campeão mundial? Temos um ano para a Copa do Mundo e temos que evoluir bastante para pensar em título. Estamos numa crescente, mas até chegar a Copa tem muita coisa para acontecer. A reta final será o momento de crescer, e com mais tempo para trabalhar isso vai acontecer. Qual é a importância do Tite para a sua carreira? Sou muito grato ao Tite. Ele me deu abertura para crescer como homem, como jogador de futebol, principalmente taticamente. Atingi o meu ápice técnico e físico com ele. Foi o melhor treinador que já trabalhei e o vejo como um dos melhores do mundo. Você se considera um dos líderes da seleção brasileira? Cada um tem a sua responsabilidade. Cada um exerce a liderança de uma forma. O Neymar e o [Philippe] Coutinho são líderes técnicos, mas eles não vão falar muito. Outros têm que fazer isso, como o Thiago Silva, o Miranda. Eu tenho minha parcela, minha contribuição. Hoje, não podemos jogar toda a responsabilidade em apenas um jogador. Eu tenho que assumir a minha responsabilidade. Não sou o único, mas tenho um pouco. Há 20 meses, você trocou o futebol brasileiro pelo chinês. Você consegue jogar e se preparar em alto nível lá? O futebol chinês vem evoluindo. Procuro aproveitar para crescer em outros aspectos. Não apenas tecnicamente, mas também taticamente, com a leitura de jogo. É uma forma de ficar mais completo como jogador. Me preocupo muito com a parte física e levei um fisioterapeuta comigo para manter a forma. Não fui o único que cheguei [na China] e mantive o nível na seleção. O Paulinho manteve e, aliás, está melhor do que antes. Como faz para se adaptar às mudanças no fuso horário? Os dois primeiros dias eu sofro bastante aqui no Brasil, mas em uma semana consigo me adaptar. Por isso, aproveito que o campeonato é paralisado para a seleção chinesa treinar e venho com antecedência. Fico aqui treinando e me acostumando com o fuso. O futebol brasileiro mudou após o vexame do 7 a 1? Foi uma coisa que aconteceu, que vai ficar a cicatriz. Não podemos mudar isso. Não acompanho muito os jogos do Brasileiro devido à diferença no fuso. Acompanho os gols, as notícias. Os treinadores estão estudando cada vez mais e vejo que tem um crescimento tático. Uma nova safra de treinadores estão surgindo. O que ainda precisa evoluir no nosso futebol? A troca de treinadores é um certo exagero, mas isso existe em todo o lugar do mundo. É claro que no Brasil acaba sendo um pouco mais. Não é possível um técnico ser demitido em dois meses. O número de jogos também é muito grande. Não podemos jogar 80 vezes no ano. Se tivéssemos elencos grandes, até poderia ser. Mas hoje, as equipes estão enxugando cada vez mais. O período de férias e pré-temporada são ruins. Porém, mesmo que seja devagar, as coisas estão mudando. O futebol brasileiro está crescendo aos poucos. Você sofreu muitas lesões na carreira. Como está hoje? Em 2014, fiz um trabalho muito bom com o Bruno Mazziotti. Fizemos uma correção muscular, na forma de corrida. Começamos do zero, ele me ensinou a andar de novo. Se tivesse conhecido meu corpo antes, talvez eu teria jogado num clube grande da Europa, mas aí a gente nunca se sabe. O que achou da transferência do Neymar para o PSG? Se ele estiver feliz, essa felicidade vai chegar à seleção. Ele pode atingir o que ele deseja principalmente com a seleção brasileira. Se ele estiver bem, com a cabeça boa e feliz, ele vai estar muito próximo do objetivo pessoal dele. - RAIO-X Nascimento 8.fev.1988 (29 anos), no Rio Clubes Flamengo, Bayer Leverkusen (ALE), Corinthians e Beijing Guoan (CHN) Principais títulos Copa do Brasil (2006), Brasileiro (2015) e Olimpíada (2016)
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esporte
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'Temos que evoluir para poder pensar em título na Copa', diz Renato AugustoDiscreto fora das quatro linhas e um líder dentro de campo. É assim que Renato Augusto, 29, é visto por jogadores e pela comissão técnica da seleção brasileira, que nesta quinta (31), às 21h45, enfrenta o Equador, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, pelas eliminatórias sul-americanas da Copa de 2018. A influência do meio-campista foi conquistada por sua experiência e, principalmente, pelo fato de saber exatamente o que Tite deseja. Profundo conhecedor do estilo de jogo do atual treinador, com quem trabalhou no Corinthians, Renato Augusto admite que se surpreendeu com a rápida adaptação do time ao esquema do técnico. No entanto, mesmo com a boa fase da seleção, ele acredita que o time ainda precisa evoluir para poder pensar em ganhar o título mundial. * Folha - Você já havia sido convocado pelo Dunga, e agora é um dos líderes da seleção brasileira do Tite. O que mudou? Renato Augusto - O Tite passou aquilo que ele queria e os jogadores entenderam. Eu, por conhecê-lo, sei que ele é muito detalhista, e precisa de tempo para implementar seu estilo. Fiquei surpreso com a rapidez com que ele conseguiu passar o que queria. Ajudou alguns jogadores conhecerem ele. Os que não tinham jogado com o Tite, perguntavam para a gente como ele gostava de jogar. Fizemos esse elo e as coisas aconteceram. Você se surpreendeu com a sequência de oito vitórias? Não é uma surpresa porque eu conheço o trabalho e sei que é muito bom. Tinha certeza que a gente ia encaixar, mas não sabia quanto tempo ia demorar. Foi rápido. O Brasil precisa ser testado contra seleções europeias? Existem muitas seleções sul-americanas que possuem alguns vícios do futebol europeu. A Argentina e o Uruguai têm 90% dos jogadores na Europa. Precisamos jogar contra equipes europeias, mas o caminho é esse. Estamos mantendo um padrão de atuação, um nível bom. Acho que quando enfrentarmos uma vamos jogar de igual para igual. Acredita que esse time será campeão mundial? Temos um ano para a Copa do Mundo e temos que evoluir bastante para pensar em título. Estamos numa crescente, mas até chegar a Copa tem muita coisa para acontecer. A reta final será o momento de crescer, e com mais tempo para trabalhar isso vai acontecer. Qual é a importância do Tite para a sua carreira? Sou muito grato ao Tite. Ele me deu abertura para crescer como homem, como jogador de futebol, principalmente taticamente. Atingi o meu ápice técnico e físico com ele. Foi o melhor treinador que já trabalhei e o vejo como um dos melhores do mundo. Você se considera um dos líderes da seleção brasileira? Cada um tem a sua responsabilidade. Cada um exerce a liderança de uma forma. O Neymar e o [Philippe] Coutinho são líderes técnicos, mas eles não vão falar muito. Outros têm que fazer isso, como o Thiago Silva, o Miranda. Eu tenho minha parcela, minha contribuição. Hoje, não podemos jogar toda a responsabilidade em apenas um jogador. Eu tenho que assumir a minha responsabilidade. Não sou o único, mas tenho um pouco. Há 20 meses, você trocou o futebol brasileiro pelo chinês. Você consegue jogar e se preparar em alto nível lá? O futebol chinês vem evoluindo. Procuro aproveitar para crescer em outros aspectos. Não apenas tecnicamente, mas também taticamente, com a leitura de jogo. É uma forma de ficar mais completo como jogador. Me preocupo muito com a parte física e levei um fisioterapeuta comigo para manter a forma. Não fui o único que cheguei [na China] e mantive o nível na seleção. O Paulinho manteve e, aliás, está melhor do que antes. Como faz para se adaptar às mudanças no fuso horário? Os dois primeiros dias eu sofro bastante aqui no Brasil, mas em uma semana consigo me adaptar. Por isso, aproveito que o campeonato é paralisado para a seleção chinesa treinar e venho com antecedência. Fico aqui treinando e me acostumando com o fuso. O futebol brasileiro mudou após o vexame do 7 a 1? Foi uma coisa que aconteceu, que vai ficar a cicatriz. Não podemos mudar isso. Não acompanho muito os jogos do Brasileiro devido à diferença no fuso. Acompanho os gols, as notícias. Os treinadores estão estudando cada vez mais e vejo que tem um crescimento tático. Uma nova safra de treinadores estão surgindo. O que ainda precisa evoluir no nosso futebol? A troca de treinadores é um certo exagero, mas isso existe em todo o lugar do mundo. É claro que no Brasil acaba sendo um pouco mais. Não é possível um técnico ser demitido em dois meses. O número de jogos também é muito grande. Não podemos jogar 80 vezes no ano. Se tivéssemos elencos grandes, até poderia ser. Mas hoje, as equipes estão enxugando cada vez mais. O período de férias e pré-temporada são ruins. Porém, mesmo que seja devagar, as coisas estão mudando. O futebol brasileiro está crescendo aos poucos. Você sofreu muitas lesões na carreira. Como está hoje? Em 2014, fiz um trabalho muito bom com o Bruno Mazziotti. Fizemos uma correção muscular, na forma de corrida. Começamos do zero, ele me ensinou a andar de novo. Se tivesse conhecido meu corpo antes, talvez eu teria jogado num clube grande da Europa, mas aí a gente nunca se sabe. O que achou da transferência do Neymar para o PSG? Se ele estiver feliz, essa felicidade vai chegar à seleção. Ele pode atingir o que ele deseja principalmente com a seleção brasileira. Se ele estiver bem, com a cabeça boa e feliz, ele vai estar muito próximo do objetivo pessoal dele. - RAIO-X Nascimento 8.fev.1988 (29 anos), no Rio Clubes Flamengo, Bayer Leverkusen (ALE), Corinthians e Beijing Guoan (CHN) Principais títulos Copa do Brasil (2006), Brasileiro (2015) e Olimpíada (2016)
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Required By Law, Lifeguard Turns Into Privileged Spectator in Rio Swimming Pools
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LUCAS VETTORAZZO FROM RIO A state law requiring all swimming pools in Rio to have lifeguards has created an unusual position in Olympic history. Although not having much to do (the chance of a highly skilled swimmer drowning is practically zero), the lifeguard, or 'pool guardian', as the profession is technically named in Brazil, has the best view in the house for the competition. Rio resident Juarez Almeida, 55, spends the day by the lanes at the Olympic Aquatic Stadium watching the athletes go back and forth. "Nobody gets hurt. Sometimes I even get sleepy", he jokes. A total of 78 people have been working as lifeguards since the 27th. They earn R$1,500 (US$ 460) per month and have as their responsibility names like American legend Michael Phelps who will be competing at the stadium. The lifeguard's chair is located beside the starting line. So far, none have needed to jump in the water, at least not for professional duty. When a lane boundary comes loose from the side, or a banner falls down, the lifeguards spring to the "rescue". According to State Law 3,728 from 2001, all swimming pools bigger than 6 X 6 meters need to have a lifeguard in order to be certified by the Fire and Rescue Department. Seven Olympic installations have 'guardians'– in addition to the Maria Lenk Aquatic Park, and the guards take six-hour work shifts at all the training pools. In the case of an "incident", Juarez wouldn't think twice. "I'd jump in with my clothes on, only taking off my glasses", he said, since he uses dark glasses due to the stadium spotlights. Translated by LLOYD HARDER Read the article in the original language +Latest news in English *Abandoned Parents of Babies with Microcephaly Go to Court in Brazil *Federal Police Report Shows That Lula Instructed Renovation of Country House *'The Olympics Could Be a Game-Changing Moment in Our Lives," Says Syrian Refugee
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LUCAS VETTORAZZO FROM RIO A state law requiring all swimming pools in Rio to have lifeguards has created an unusual position in Olympic history. Although not having much to do (the chance of a highly skilled swimmer drowning is practically zero), the lifeguard, or 'pool guardian', as the profession is technically named in Brazil, has the best view in the house for the competition. Rio resident Juarez Almeida, 55, spends the day by the lanes at the Olympic Aquatic Stadium watching the athletes go back and forth. "Nobody gets hurt. Sometimes I even get sleepy", he jokes. A total of 78 people have been working as lifeguards since the 27th. They earn R$1,500 (US$ 460) per month and have as their responsibility names like American legend Michael Phelps who will be competing at the stadium. The lifeguard's chair is located beside the starting line. So far, none have needed to jump in the water, at least not for professional duty. When a lane boundary comes loose from the side, or a banner falls down, the lifeguards spring to the "rescue". According to State Law 3,728 from 2001, all swimming pools bigger than 6 X 6 meters need to have a lifeguard in order to be certified by the Fire and Rescue Department. Seven Olympic installations have 'guardians'– in addition to the Maria Lenk Aquatic Park, and the guards take six-hour work shifts at all the training pools. In the case of an "incident", Juarez wouldn't think twice. "I'd jump in with my clothes on, only taking off my glasses", he said, since he uses dark glasses due to the stadium spotlights. Translated by LLOYD HARDER Read the article in the original language +Latest news in English *Abandoned Parents of Babies with Microcephaly Go to Court in Brazil *Federal Police Report Shows That Lula Instructed Renovation of Country House *'The Olympics Could Be a Game-Changing Moment in Our Lives," Says Syrian Refugee
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Enem 2016: Veja orientações de estudos para a redação
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Para dar apoio aos candidatos inscritos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2016, a Folha preparou uma série de vídeos com dúvidas sobre a prova e apostas de estudos para o exame. O Enem ocorre nos dias 5 e 6 de novembro. Nesta quarta-feira (12), confira as dicas para a redação.Clique aqui para ver os vídeos da série já publicados
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Enem 2016: Veja orientações de estudos para a redaçãoPara dar apoio aos candidatos inscritos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2016, a Folha preparou uma série de vídeos com dúvidas sobre a prova e apostas de estudos para o exame. O Enem ocorre nos dias 5 e 6 de novembro. Nesta quarta-feira (12), confira as dicas para a redação.Clique aqui para ver os vídeos da série já publicados
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Isaquias Queiroz dá ao Brasil primeira medalha olímpica na canoagem
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PAULO ROBERTO CONDE ENVIADO ESPECIAL AO RIO O baiano Isaquias Queiroz, 22, deu à canoagem brasileira nesta terça-feira (16) sua primeira medalha em Jogos Olímpicos. Ele obteve a prata na prova do C1 1.000 m, a mais longa disputa individual que consta do programa olímpico, com o tempo de 3min58s529, na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio. O ouro foi para alemão Sebastian Brendel, 28, principal rival do brasileiro e bicampeão olímpico, com 3min56s926. "A prova foi muito boa. Gostei muito da corrida. O alemão é um cara muito bom, todos os jornalistas e o pessoal do Brasil sabiam disso. Ele não é imbatível, nenhum atleta é imbatível. Mas ele teve mérito, ganhou pela dedicação dele. Eu sou novo ainda, tenho 22 anos, tenho pouco tempo e este é meu primeiro ciclo olímpico. Na próxima eu vou treinar muito mais, estarei muito melhor em Tóquio", afirmou. A disputa, definida apenas a alguns metros do final, fez com que o europeu elogiasse o oponente anfitrião. "Do começo ao fim, foi a melhor corrida de minha vida. O brasileiro foi muito duro, foi intensa a competição", disse. O pódio coroa um ciclo excepcional de Isaquias, no qual foi laureado em todos os Campeonatos Mundiais de que participou, em 2013, 2014 e 2015. Ele também amealhou dois ouros nos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015. O brasileiro chegou à Olimpíada carioca com o desejo de se tornar o primeiro atleta do país a obter três medalhas em uma mesma edição do megaevento. Até hoje, somente Gustavo Borges (Atlanta-1996), Cesar Cielo (Pequim-2008), Afrânio da Costa e Guilherme Paraense (Antuérpia-1920) chegaram a tal façanha. "É minha primeira Olimpíada e estou muito feliz com meu resultado. Estou satisfeito pela prata, que tem um gosto de ouro porque eu estou em casa e treinei com afinco para conquistá-la", assinalou Isaquias, que contou que o apoio do público foi fundamental nos últimos 300 m de prova. TRAJETÓRIA O baiano, descoberto em um projeto social em sua cidade natal, Ubaitaba, começou na canoagem em 2005. Em 2011, se sagrou campeão mundial júnior do C1 200 m, mas não obteve classificação para os Jogos de Londres-2012. Ele flertou com uma aposentadoria prematura, mas a chegada do técnico espanhol Jesús Morlán ao Brasil em 2013, para trabalhar com a seleção nacional, deu-lhe novo ânimo. O ibérico havia conduzido seu compatriota David Cal a cinco medalhas olímpicas. Ambos treinaram juntos em São Paulo e, atualmente, têm como base Lagoa Santa. Isaquias passou a se inserir no cenário internacional e, com os seis pódios em Mundiais conquistados entre 2013 e 2015 (dos quais quatro em provas olímpicas), aterrissou no Rio badalado para lutar por medalhas. Agora, ele confirmou as expectativas. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo O canoísta tem uma história de vida de superação. Ainda jovem sobreviveu ao derramamento de uma panela de água escaldante sobre seu corpo, o que o deixou quase um mês internado. Depois, ao cair de uma árvore, teve hemorragia interna e precisou ter um rim retirado –até o por isso, seu apelido entre colegas de seleção é "sem rim". Vaidoso, verborrágico, extrovertido, o mais novo medalhista olímpico brasileiro ainda tem mais duas provas pela frente na Rio-2016: o C1 200 m e o C2 1.000 m (com Erlon Souza). As finais das provas ocorrem, respectivamente, na quinta-feira (18) e no sábado (20).
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Isaquias Queiroz dá ao Brasil primeira medalha olímpica na canoagem
PAULO ROBERTO CONDE ENVIADO ESPECIAL AO RIO O baiano Isaquias Queiroz, 22, deu à canoagem brasileira nesta terça-feira (16) sua primeira medalha em Jogos Olímpicos. Ele obteve a prata na prova do C1 1.000 m, a mais longa disputa individual que consta do programa olímpico, com o tempo de 3min58s529, na lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio. O ouro foi para alemão Sebastian Brendel, 28, principal rival do brasileiro e bicampeão olímpico, com 3min56s926. "A prova foi muito boa. Gostei muito da corrida. O alemão é um cara muito bom, todos os jornalistas e o pessoal do Brasil sabiam disso. Ele não é imbatível, nenhum atleta é imbatível. Mas ele teve mérito, ganhou pela dedicação dele. Eu sou novo ainda, tenho 22 anos, tenho pouco tempo e este é meu primeiro ciclo olímpico. Na próxima eu vou treinar muito mais, estarei muito melhor em Tóquio", afirmou. A disputa, definida apenas a alguns metros do final, fez com que o europeu elogiasse o oponente anfitrião. "Do começo ao fim, foi a melhor corrida de minha vida. O brasileiro foi muito duro, foi intensa a competição", disse. O pódio coroa um ciclo excepcional de Isaquias, no qual foi laureado em todos os Campeonatos Mundiais de que participou, em 2013, 2014 e 2015. Ele também amealhou dois ouros nos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015. O brasileiro chegou à Olimpíada carioca com o desejo de se tornar o primeiro atleta do país a obter três medalhas em uma mesma edição do megaevento. Até hoje, somente Gustavo Borges (Atlanta-1996), Cesar Cielo (Pequim-2008), Afrânio da Costa e Guilherme Paraense (Antuérpia-1920) chegaram a tal façanha. "É minha primeira Olimpíada e estou muito feliz com meu resultado. Estou satisfeito pela prata, que tem um gosto de ouro porque eu estou em casa e treinei com afinco para conquistá-la", assinalou Isaquias, que contou que o apoio do público foi fundamental nos últimos 300 m de prova. TRAJETÓRIA O baiano, descoberto em um projeto social em sua cidade natal, Ubaitaba, começou na canoagem em 2005. Em 2011, se sagrou campeão mundial júnior do C1 200 m, mas não obteve classificação para os Jogos de Londres-2012. Ele flertou com uma aposentadoria prematura, mas a chegada do técnico espanhol Jesús Morlán ao Brasil em 2013, para trabalhar com a seleção nacional, deu-lhe novo ânimo. O ibérico havia conduzido seu compatriota David Cal a cinco medalhas olímpicas. Ambos treinaram juntos em São Paulo e, atualmente, têm como base Lagoa Santa. Isaquias passou a se inserir no cenário internacional e, com os seis pódios em Mundiais conquistados entre 2013 e 2015 (dos quais quatro em provas olímpicas), aterrissou no Rio badalado para lutar por medalhas. Agora, ele confirmou as expectativas. Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo O canoísta tem uma história de vida de superação. Ainda jovem sobreviveu ao derramamento de uma panela de água escaldante sobre seu corpo, o que o deixou quase um mês internado. Depois, ao cair de uma árvore, teve hemorragia interna e precisou ter um rim retirado –até o por isso, seu apelido entre colegas de seleção é "sem rim". Vaidoso, verborrágico, extrovertido, o mais novo medalhista olímpico brasileiro ainda tem mais duas provas pela frente na Rio-2016: o C1 200 m e o C2 1.000 m (com Erlon Souza). As finais das provas ocorrem, respectivamente, na quinta-feira (18) e no sábado (20).
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Chefe do 'setor de propina' da Odebrecht era próximo de artistas e políticos
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Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho ou, simplesmente, Bel Silva. O mesmo homem que até há pouco tempo circulava sorridente pela alta sociedade baiana agora cumpre prisão domiciliar e coleciona desafetos. Figura central no sistema organizado para o pagamento de propinas e caixa dois da Odebrecht, Hilberto deu um dos depoimentos mais contundentes entre os 77 executivos da empresa que firmaram delação premiada. Como chefe do departamento de operações estruturadas, setor montado para operar pagamentos ilícitos, diz ter pago R$ 10,5 bilhões a políticos e empresários entre 2006 e 2014. Ao mesmo tempo em que operava pagamentos para todo o país a partir da sede da empresa em Salvador, era uma das figuras públicas mais conhecidas do grupo Odebrecht, com trânsito entre políticos, empresários e artistas. Com jeito expansivo e conversa fácil, tem personalidade oposta à do seu então chefe, Marcelo Odebrecht. Frequentava festas, jantares e camarotes de Carnaval. E ficou próximo de personalidades como o cantor Bell Marques (ex-Chiclete com Banana), o empresário e ex-senador ACM Júnior e o publicitário Nizan Guanaes. Este último compôs uma música em parceria com um dos filhos de Hilberto, cantor de axé. O que acontece após a 'lista de Fachin'? Nas férias, costumava viajar para Miami ou visitar uma ilha particular da família na Baía de Todos-os-Santos. Seu principal refúgio era uma fazenda na beira da represa do rio Paraguaçu, Recôncavo Baiano, onde tem uma criação de caprinos e costumava receber amigos. CENTROAVANTE As relações de Hilberto com a elite política e empresarial da Bahia vêm desde antes de trabalhar na Odebrecht. Quando jovem, ele frequentou o Clube Bahiano de Tênis, onde costumava jogar futebol com outros filhos de famílias ricas de Salvador. "Ele era bom jogador, um centroavante habilidoso", lembra o senador Otto Alencar (PSD), que diz não ter proximidade com o executivo desde a juventude. Entrou na Odebrecht como estagiário em meados dos anos 1970, mesma época em que o pai, Hilberto Silva, ocupou as presidências do Banco do Nordeste e do Baneb (Banco do Estado da Bahia). Em quase cinco décadas na empresa, se tornou um dos principais homens de confiança dos Odebrecht. Ocupou cargos de destaque na holding e fez parte do conselho da Braskem, braço petroquímico do grupo baiano. Ao mesmo tempo em que atuou como executivo do grupo, foi sócio da família Odebrecht no restaurante Baby Beef –churrascaria que durante anos foi reduto de almoços do então senador Antônio Carlos Magalhães, morto em 2007, com seus liderados políticos. Em 2006, foi designado por Marcelo Odebrecht para assumir o setor de operações estruturadas e comandar o esquema de distribuição de recursos ilegais da empresa. Ficou no cargo até o início de 2015, quando, com o recrudescimento da Lava Jato, teve que se aposentar. Acabou sendo preso em março de 2016. Depois de três meses na prisão, foi autorizado a cumprir prisão domiciliar por seu histórico de problemas de saúde. Em 2009, havia sido operado para retirar um tumor no cérebro e, três anos depois, voltou à sala de cirurgia para eliminar um hematoma no crânio. 'ATÉ EM CABARÉ' Convertido em delator, Hilberto disse ter havido repasses a políticos "até em cabaré", expôs falhas de fiscalização no sistema bancário e criticou Marcelo Odebrecht, depois de contar que jogou um laptop no mar de Miami para destruir provas. "O Marcelo [Odebrecht] vivia enchendo o saco da gente para não ter nada guardado no nosso. Quando ele foi preso, no dele tinha tudo", afirmou. Políticos citados nos depoimentos de Hilberto apontam contradições no depoimento e afirmam que ele age por desespero. "Ele se contradiz. Mas não vou ficar condenando esses caras. Eles querem se livrar da prisão. Ele está doente também", disse Jaques Wagner (PT) em entrevista após Hilberto afirmar que mandou entregar recursos de caixa dois na casa da mãe do ex-governador baiano. Até o final deste ano, Hilberto deve mudar-se para a mesma rua onde mora Jaques Wagner: comprou um apartamento avaliado em R$ 7 milhões num edifício de luxo que está em fase final de construção em Salvador. Será vizinho do publicitário João Santana, delatado por ele, que também comprou um apartamento no mesmo prédio. Mas não será tão cedo que encontrará o ex-publicitário petista no elevador: ambos estarão cumprindo prisão domiciliar.
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Chefe do 'setor de propina' da Odebrecht era próximo de artistas e políticosHilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho ou, simplesmente, Bel Silva. O mesmo homem que até há pouco tempo circulava sorridente pela alta sociedade baiana agora cumpre prisão domiciliar e coleciona desafetos. Figura central no sistema organizado para o pagamento de propinas e caixa dois da Odebrecht, Hilberto deu um dos depoimentos mais contundentes entre os 77 executivos da empresa que firmaram delação premiada. Como chefe do departamento de operações estruturadas, setor montado para operar pagamentos ilícitos, diz ter pago R$ 10,5 bilhões a políticos e empresários entre 2006 e 2014. Ao mesmo tempo em que operava pagamentos para todo o país a partir da sede da empresa em Salvador, era uma das figuras públicas mais conhecidas do grupo Odebrecht, com trânsito entre políticos, empresários e artistas. Com jeito expansivo e conversa fácil, tem personalidade oposta à do seu então chefe, Marcelo Odebrecht. Frequentava festas, jantares e camarotes de Carnaval. E ficou próximo de personalidades como o cantor Bell Marques (ex-Chiclete com Banana), o empresário e ex-senador ACM Júnior e o publicitário Nizan Guanaes. Este último compôs uma música em parceria com um dos filhos de Hilberto, cantor de axé. O que acontece após a 'lista de Fachin'? Nas férias, costumava viajar para Miami ou visitar uma ilha particular da família na Baía de Todos-os-Santos. Seu principal refúgio era uma fazenda na beira da represa do rio Paraguaçu, Recôncavo Baiano, onde tem uma criação de caprinos e costumava receber amigos. CENTROAVANTE As relações de Hilberto com a elite política e empresarial da Bahia vêm desde antes de trabalhar na Odebrecht. Quando jovem, ele frequentou o Clube Bahiano de Tênis, onde costumava jogar futebol com outros filhos de famílias ricas de Salvador. "Ele era bom jogador, um centroavante habilidoso", lembra o senador Otto Alencar (PSD), que diz não ter proximidade com o executivo desde a juventude. Entrou na Odebrecht como estagiário em meados dos anos 1970, mesma época em que o pai, Hilberto Silva, ocupou as presidências do Banco do Nordeste e do Baneb (Banco do Estado da Bahia). Em quase cinco décadas na empresa, se tornou um dos principais homens de confiança dos Odebrecht. Ocupou cargos de destaque na holding e fez parte do conselho da Braskem, braço petroquímico do grupo baiano. Ao mesmo tempo em que atuou como executivo do grupo, foi sócio da família Odebrecht no restaurante Baby Beef –churrascaria que durante anos foi reduto de almoços do então senador Antônio Carlos Magalhães, morto em 2007, com seus liderados políticos. Em 2006, foi designado por Marcelo Odebrecht para assumir o setor de operações estruturadas e comandar o esquema de distribuição de recursos ilegais da empresa. Ficou no cargo até o início de 2015, quando, com o recrudescimento da Lava Jato, teve que se aposentar. Acabou sendo preso em março de 2016. Depois de três meses na prisão, foi autorizado a cumprir prisão domiciliar por seu histórico de problemas de saúde. Em 2009, havia sido operado para retirar um tumor no cérebro e, três anos depois, voltou à sala de cirurgia para eliminar um hematoma no crânio. 'ATÉ EM CABARÉ' Convertido em delator, Hilberto disse ter havido repasses a políticos "até em cabaré", expôs falhas de fiscalização no sistema bancário e criticou Marcelo Odebrecht, depois de contar que jogou um laptop no mar de Miami para destruir provas. "O Marcelo [Odebrecht] vivia enchendo o saco da gente para não ter nada guardado no nosso. Quando ele foi preso, no dele tinha tudo", afirmou. Políticos citados nos depoimentos de Hilberto apontam contradições no depoimento e afirmam que ele age por desespero. "Ele se contradiz. Mas não vou ficar condenando esses caras. Eles querem se livrar da prisão. Ele está doente também", disse Jaques Wagner (PT) em entrevista após Hilberto afirmar que mandou entregar recursos de caixa dois na casa da mãe do ex-governador baiano. Até o final deste ano, Hilberto deve mudar-se para a mesma rua onde mora Jaques Wagner: comprou um apartamento avaliado em R$ 7 milhões num edifício de luxo que está em fase final de construção em Salvador. Será vizinho do publicitário João Santana, delatado por ele, que também comprou um apartamento no mesmo prédio. Mas não será tão cedo que encontrará o ex-publicitário petista no elevador: ambos estarão cumprindo prisão domiciliar.
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Governo turco promete vingança por ataques
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O governo da Turquia prometeu neste domingo (11) se vingar de militantes curdos que assumiram responsabilidade por dois bombardeios que mataram 38 pessoas e feriram 155, em aparente ataque coordenado contra a polícia do lado de fora de um estádio de futebol em Istambul. As explosões na noite de sábado –um carro-bomba perto da Arena Vodafone, da equipe de futebol Besiktas de Istambul, seguido de um atentado suicida em um parque adjacente menos de um minuto depois– sacudiram uma nação ainda tentando se recuperar de uma série de bombardeios mortais este ano em cidades incluindo Istambul e Ancara, a capital. Uma ramificação do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) reivindicou a responsabilidade pelo atentado. Em uma declaração em seu site, o grupo Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK) disse que realizou os ataques. O TAK assumiu a responsabilidade por outros ataques mortais na Turquia neste ano. O ministro do Interior, Suleyman Soylu, e outras autoridades, prometeram vingança contra os autores do atentado. O PKK realiza uma insurgência de três décadas, principalmente no sudeste turco em grande parte curdo. Treze pessoas foram detidas. "Mais cedo ou mais tarde, teremos nossa vingança, este sangue não será deixado no chão, não importa o preço", disse Soylu em discurso num funeral na polícia de Istambul para cinco dos oficiais mortos. "Nosso povo não deve ter dúvidas de que continuaremos nossa batalha contra o terror até o fim", disse o presidente Recep Tayyip Erdogan, depois de visitar vítimas num hospital de Istambul. Soylu também alertou àqueles que oferecem apoio aos agressores nas mídias sociais ou em outros lugares, comentários dirigidos a políticos pró-curdos, que o governo acusa de ter ligações com o PKK, designado como organização terrorista por Estados Unidos, Europa e Turquia. Nos últimos meses, milhares de políticos curdos foram detidos, incluindo prefeitos e líderes do Partido Popular Democrático, acusados de terem ligações com o PKK.
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mundo
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Governo turco promete vingança por ataquesO governo da Turquia prometeu neste domingo (11) se vingar de militantes curdos que assumiram responsabilidade por dois bombardeios que mataram 38 pessoas e feriram 155, em aparente ataque coordenado contra a polícia do lado de fora de um estádio de futebol em Istambul. As explosões na noite de sábado –um carro-bomba perto da Arena Vodafone, da equipe de futebol Besiktas de Istambul, seguido de um atentado suicida em um parque adjacente menos de um minuto depois– sacudiram uma nação ainda tentando se recuperar de uma série de bombardeios mortais este ano em cidades incluindo Istambul e Ancara, a capital. Uma ramificação do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) reivindicou a responsabilidade pelo atentado. Em uma declaração em seu site, o grupo Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK) disse que realizou os ataques. O TAK assumiu a responsabilidade por outros ataques mortais na Turquia neste ano. O ministro do Interior, Suleyman Soylu, e outras autoridades, prometeram vingança contra os autores do atentado. O PKK realiza uma insurgência de três décadas, principalmente no sudeste turco em grande parte curdo. Treze pessoas foram detidas. "Mais cedo ou mais tarde, teremos nossa vingança, este sangue não será deixado no chão, não importa o preço", disse Soylu em discurso num funeral na polícia de Istambul para cinco dos oficiais mortos. "Nosso povo não deve ter dúvidas de que continuaremos nossa batalha contra o terror até o fim", disse o presidente Recep Tayyip Erdogan, depois de visitar vítimas num hospital de Istambul. Soylu também alertou àqueles que oferecem apoio aos agressores nas mídias sociais ou em outros lugares, comentários dirigidos a políticos pró-curdos, que o governo acusa de ter ligações com o PKK, designado como organização terrorista por Estados Unidos, Europa e Turquia. Nos últimos meses, milhares de políticos curdos foram detidos, incluindo prefeitos e líderes do Partido Popular Democrático, acusados de terem ligações com o PKK.
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Marcelo Katsuki: Quentinhas
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Alexandre D'Agostino, do Spot, vai preparar drinques no Belas Artes CINEMA, JAZZ E WHISKY Nessa quinta, dia 26, tem jazz, whisky e música no Caixa Belas Artes a partir das 18h30. O barman Alexandre D'Agostino (foto) vai transformar o mezanino do ... Leia post completo no blog
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Marcelo Katsuki: QuentinhasAlexandre D'Agostino, do Spot, vai preparar drinques no Belas Artes CINEMA, JAZZ E WHISKY Nessa quinta, dia 26, tem jazz, whisky e música no Caixa Belas Artes a partir das 18h30. O barman Alexandre D'Agostino (foto) vai transformar o mezanino do ... Leia post completo no blog
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A cozinha da nutrição veloz: antes que o frio ou o inimigo chegassem
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A comida do leste europeu não é muito presente aqui. Há pratos isolados, um ou outro restaurante (preciso pesquisar mais, ainda me devo um húngaro) e só. Uma amiga me recomendou os pierogi (o singular é pierog, pesquisei) do Polska295 —Polska sendo Polônia em polonês (saiu uma frase um pouco óbvia). A especialidade do lugar são os pierogi, espécie de cappelletti com recheio de batata (meu favorito) e, por cima, deliciosa cebola frita até a caramelização. Gosto muito do prato, comida popular, simples, reconfortante. Comida "pobre", que esquenta no inverno. Tenho umas fantasias que misturam leituras de Milan Kundera com filmes da guerra fria, um inverno daqueles cinzas em Varsóvia, Bratislava ou Praga e um café art nouveau fantástico, exuberante, mas meio decadente pelo descaso dos anos da cortina de ferro. É lá que vou, na imaginação, tomar meu shot de vodca, meu borscht quentinho e um prato fumegante de pierogi de batatas. Alan Davidson, autor que sabia tudo de comida, no seu "The Oxford Companion to Food", diz que pierogi são tão comuns na Rússia quanto a literatura e estica sua presença para toda a Europa Oriental. Essas coisas são transnacionais, até pela infeliz mudança constante de fronteiras que aquela região passou no século passado. Dá para fazer uma refeição toda só com eles. Comi o de batatas, o de carne e o de repolho com cogumelos. De sobremesa, comi...pierogi de maçã! Vou levantar umas raivas contra mim, mas não existe exatamente uma gastronomia polonesa. Há essas massas, algumas sopas, carnes assadas e tortas variadas. Países com clima adverso, que lidam com poucos produtos locais, uma cozinha de grãos e do que há e muita luta para sobreviver. Não surpreende que seja ali a origem da cozinha askenazy, a vertente da comida judaica do leste, com seus vareniques de batata (exatamente os pierogi), sopas translúcidas de caldo de galinha com bolinhas de matzo: cozinha de imigrantes, proteica, calórica, mas simples e de fácil execução. Não dá para evitar a palavra "guerra" quando se fala do que se come na Polônia. A estabilidade palaciana com imensas cozinhas e tempo para elaborar pratos complicadíssimos resultaram na gastronomia francesa (e na italiana). Essa cozinha da pressa, da nutrição veloz antes que o frio ou o inimigo chegassem, deu nessa maravilhosa massinha com recheio. A tese nada científica é inteiramente minha, não precisa ser levada muito a sério. Agora espero dos leitores desta coluna, que podem escrever para o e-mail da revista, sugestões de onde encontrar boa comida húngara. Abram suas cadernetas de endereços, agradeço. Polska295 onde: r. Simão Álvares, 295, Pinheiros, tel. 3360-8090. quando: seg., das 11h às 22h; ter. a sáb., das 10h às 22h. * Lado leste Ainda não existe vinho polonês, que eu saiba. Não riam, com as mudanças climáticas coisas diferentes vêm ocorrendo. A Alemanha produzindo bons tintos, um vinho dinamarquês que provei em Copenhague (e era gostoso) e a maior surpresa, os espumantes ingleses, excelentes. Tem a piada que no futuro Bordeaux será na Suécia, pois o calor aumenta ao norte da Europa. Mas ainda não há vinho na Polônia. Para compensar, diversos países do leste europeu produzem bons rótulos, os Pinots da Búlgaria já foram muito famosos e estão voltando a ter qualidade. Os da Geórgia são ótimos, os da Ucrânia estão em ascensão. A Eslovênia é mais parte da região de influência mediterrânea que estou citando, mas já pode ser considerada um dos grandes produtores de vinhos de qualidade. E, deixei para o final, a Hungria, sempre notável por seus Tokajs, vinhos doces de excelência. Ouse uma uva Tudo muito bonito isso aí acima, mas tudo é difícil de encontrar e as garrafas são muito caras. Optei por algo que me dá prazer e combina com a comida: Merlot, uva que se tornou símbolo aqui da serra Gaúcha, onde são produzidos vinhos macios, "aterciopelados" (não resisto, essa palavra tão cheia de textura, vinhos aveludados). A qualidade aumentou muito e hoje há uma denominação de origem, o vale dos Vinhedos (que aparece nos rótulos como D.O.). * Vinhos da semana (1) Almaúnica Reserva Merlot D.O., R$ 93,50. (2) Don Laurindo Reserva D.O., R$ 75. (3) Guatambu Rastros do Pampa Merlot, R$ 54,50. (4) Fausto de Pizzato Merlot, R$ 49,50. Todos em vinhosevinhos.com. *valores de referência
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colunas
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A cozinha da nutrição veloz: antes que o frio ou o inimigo chegassemA comida do leste europeu não é muito presente aqui. Há pratos isolados, um ou outro restaurante (preciso pesquisar mais, ainda me devo um húngaro) e só. Uma amiga me recomendou os pierogi (o singular é pierog, pesquisei) do Polska295 —Polska sendo Polônia em polonês (saiu uma frase um pouco óbvia). A especialidade do lugar são os pierogi, espécie de cappelletti com recheio de batata (meu favorito) e, por cima, deliciosa cebola frita até a caramelização. Gosto muito do prato, comida popular, simples, reconfortante. Comida "pobre", que esquenta no inverno. Tenho umas fantasias que misturam leituras de Milan Kundera com filmes da guerra fria, um inverno daqueles cinzas em Varsóvia, Bratislava ou Praga e um café art nouveau fantástico, exuberante, mas meio decadente pelo descaso dos anos da cortina de ferro. É lá que vou, na imaginação, tomar meu shot de vodca, meu borscht quentinho e um prato fumegante de pierogi de batatas. Alan Davidson, autor que sabia tudo de comida, no seu "The Oxford Companion to Food", diz que pierogi são tão comuns na Rússia quanto a literatura e estica sua presença para toda a Europa Oriental. Essas coisas são transnacionais, até pela infeliz mudança constante de fronteiras que aquela região passou no século passado. Dá para fazer uma refeição toda só com eles. Comi o de batatas, o de carne e o de repolho com cogumelos. De sobremesa, comi...pierogi de maçã! Vou levantar umas raivas contra mim, mas não existe exatamente uma gastronomia polonesa. Há essas massas, algumas sopas, carnes assadas e tortas variadas. Países com clima adverso, que lidam com poucos produtos locais, uma cozinha de grãos e do que há e muita luta para sobreviver. Não surpreende que seja ali a origem da cozinha askenazy, a vertente da comida judaica do leste, com seus vareniques de batata (exatamente os pierogi), sopas translúcidas de caldo de galinha com bolinhas de matzo: cozinha de imigrantes, proteica, calórica, mas simples e de fácil execução. Não dá para evitar a palavra "guerra" quando se fala do que se come na Polônia. A estabilidade palaciana com imensas cozinhas e tempo para elaborar pratos complicadíssimos resultaram na gastronomia francesa (e na italiana). Essa cozinha da pressa, da nutrição veloz antes que o frio ou o inimigo chegassem, deu nessa maravilhosa massinha com recheio. A tese nada científica é inteiramente minha, não precisa ser levada muito a sério. Agora espero dos leitores desta coluna, que podem escrever para o e-mail da revista, sugestões de onde encontrar boa comida húngara. Abram suas cadernetas de endereços, agradeço. Polska295 onde: r. Simão Álvares, 295, Pinheiros, tel. 3360-8090. quando: seg., das 11h às 22h; ter. a sáb., das 10h às 22h. * Lado leste Ainda não existe vinho polonês, que eu saiba. Não riam, com as mudanças climáticas coisas diferentes vêm ocorrendo. A Alemanha produzindo bons tintos, um vinho dinamarquês que provei em Copenhague (e era gostoso) e a maior surpresa, os espumantes ingleses, excelentes. Tem a piada que no futuro Bordeaux será na Suécia, pois o calor aumenta ao norte da Europa. Mas ainda não há vinho na Polônia. Para compensar, diversos países do leste europeu produzem bons rótulos, os Pinots da Búlgaria já foram muito famosos e estão voltando a ter qualidade. Os da Geórgia são ótimos, os da Ucrânia estão em ascensão. A Eslovênia é mais parte da região de influência mediterrânea que estou citando, mas já pode ser considerada um dos grandes produtores de vinhos de qualidade. E, deixei para o final, a Hungria, sempre notável por seus Tokajs, vinhos doces de excelência. Ouse uma uva Tudo muito bonito isso aí acima, mas tudo é difícil de encontrar e as garrafas são muito caras. Optei por algo que me dá prazer e combina com a comida: Merlot, uva que se tornou símbolo aqui da serra Gaúcha, onde são produzidos vinhos macios, "aterciopelados" (não resisto, essa palavra tão cheia de textura, vinhos aveludados). A qualidade aumentou muito e hoje há uma denominação de origem, o vale dos Vinhedos (que aparece nos rótulos como D.O.). * Vinhos da semana (1) Almaúnica Reserva Merlot D.O., R$ 93,50. (2) Don Laurindo Reserva D.O., R$ 75. (3) Guatambu Rastros do Pampa Merlot, R$ 54,50. (4) Fausto de Pizzato Merlot, R$ 49,50. Todos em vinhosevinhos.com. *valores de referência
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Back2Black consagra Planet Hemp e revela ao Brasil a força de Stromae
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A sexta edição do festival Back2Black, a segunda consecutiva montada na área externa da Cidade da Música, na Barra (Rio), teve duas noites de pegadas bem diferentes. Na sexta (20), um evento praticamente dedicado a reggae e maconha, que marcou sua presença na noite de vento suave e constante no vão sob o grande prédio (palestras e filmes eram exibidos no primeiro andar, mas os dois palcos do B2B foram armados no térreo). Linton Kwesi Johnson, jamaicano sexagenário que é o grande poeta do dub, abriu a noite ainda com pouco público para seus versos poderosos, como em "Sonny's Lettah", uma carta que um filho preso envia à mãe. Um show que impressionou mais por sua presença. Neste mesmo palco, o principal, Damian "Jr. Gong" Marley fecharia a noite diante de uma plateia bem jovem, que aguentou até tarde para conferir o filho de Bob Marley. Menos carismático que o irmão Ziggy, ele mostrou um set feito para colocar a moçada para dançar. Mas, entre esses dois momentos de Jamaica, houve uma celebração musical que só o público carioca consegue exibir quando quem está tocando é o Planet Hemp. O grupo de Marcelo D2 e BNegão, diante de 6.000 pessoas, soltaram logo de cara "Legalize Já", seu sucesso e declaração de intenções de 1995, seguido de outras músicas de seu disco de estreia, "Usuário". O público pulou sem parar, a "cortina de fumaça" foi visível e algumas "rodas" chegaram a ser iniciadas, mas a razoável de público "família" do festival parece ter inibido os empurrões tradicionais dos fãs do Planet Hemp. Depois do êxtase provocado pelos heróis locais, atrações como a curitibana Karol Cinká e o show de danças entre os brasileiros do Dream Team do Passinho e os angolanos bailarinos de kuduro viraram um "descansa" para quem encarou a madrugada. Se o primeiro dia veio forte com essa "conexão hemp", o segundo foi o dia da variedade. E do belga Stromae, o mais aguardada entre a faixa jovem das 4.000 pessoas que pagaram ingresso. Duas cantoras fizeram shows empolgantes: a jovem Aline Frazão, de Angola, que dividiu o palco menor com Toty Sa'med (Angola) e Natasha Llerena (Brasil), e a veterana Angelique Kidjo, de Benim, já conhecida dos brasileiros. Entre outras visitas, esteve no último Rock in Rio. A abertura do palco principal, com Lenine cantando com a Orkestra Rumpilezz, de Letieres Leite, teve momentos de acertos e alguns deslizes. Separados, sempre dão grandes shows. Mas a voz do pernambucano às vezes foi soterrado pela percussão e metais que compõem a orquestra baiana. No final, o público aprovou a mistura com entusiasmo. O show criado para homenagear compositores negros cariocas teve desempenhos irregulares. Quem cuidou de cantar os covers e se deu bem: Alcione, Xande de Pilares, Mart'nália e a portuguesa Raquel Tavares, que troca o fado pelo samba com grande desenvoltura. Fernanda Abreu fez mais do mesmo, com "Aquarela Brasileira", e Gabriel Moura se mostrou um equívoco de escalação, estragando alguns clássicos da música popular. Na soma geral, tudo ficou meio com cara de show para turista. Apesar dos talentos reunidos, foi um tanto frio para o público carioca. Mas a noite esquentou com Stromae. mesclando rap em francês com batidas eletrônicas e uma bela performance diante de um telão de grafismos que prendiam a atenção. Dá para entender porque ele tomou o primeiro lugar de várias paradas da Europa. Aos 30 anos, Paul van Haver (seu nome verdadeiro) é um artista que merece ser acompanhado.
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ilustrada
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Back2Black consagra Planet Hemp e revela ao Brasil a força de StromaeA sexta edição do festival Back2Black, a segunda consecutiva montada na área externa da Cidade da Música, na Barra (Rio), teve duas noites de pegadas bem diferentes. Na sexta (20), um evento praticamente dedicado a reggae e maconha, que marcou sua presença na noite de vento suave e constante no vão sob o grande prédio (palestras e filmes eram exibidos no primeiro andar, mas os dois palcos do B2B foram armados no térreo). Linton Kwesi Johnson, jamaicano sexagenário que é o grande poeta do dub, abriu a noite ainda com pouco público para seus versos poderosos, como em "Sonny's Lettah", uma carta que um filho preso envia à mãe. Um show que impressionou mais por sua presença. Neste mesmo palco, o principal, Damian "Jr. Gong" Marley fecharia a noite diante de uma plateia bem jovem, que aguentou até tarde para conferir o filho de Bob Marley. Menos carismático que o irmão Ziggy, ele mostrou um set feito para colocar a moçada para dançar. Mas, entre esses dois momentos de Jamaica, houve uma celebração musical que só o público carioca consegue exibir quando quem está tocando é o Planet Hemp. O grupo de Marcelo D2 e BNegão, diante de 6.000 pessoas, soltaram logo de cara "Legalize Já", seu sucesso e declaração de intenções de 1995, seguido de outras músicas de seu disco de estreia, "Usuário". O público pulou sem parar, a "cortina de fumaça" foi visível e algumas "rodas" chegaram a ser iniciadas, mas a razoável de público "família" do festival parece ter inibido os empurrões tradicionais dos fãs do Planet Hemp. Depois do êxtase provocado pelos heróis locais, atrações como a curitibana Karol Cinká e o show de danças entre os brasileiros do Dream Team do Passinho e os angolanos bailarinos de kuduro viraram um "descansa" para quem encarou a madrugada. Se o primeiro dia veio forte com essa "conexão hemp", o segundo foi o dia da variedade. E do belga Stromae, o mais aguardada entre a faixa jovem das 4.000 pessoas que pagaram ingresso. Duas cantoras fizeram shows empolgantes: a jovem Aline Frazão, de Angola, que dividiu o palco menor com Toty Sa'med (Angola) e Natasha Llerena (Brasil), e a veterana Angelique Kidjo, de Benim, já conhecida dos brasileiros. Entre outras visitas, esteve no último Rock in Rio. A abertura do palco principal, com Lenine cantando com a Orkestra Rumpilezz, de Letieres Leite, teve momentos de acertos e alguns deslizes. Separados, sempre dão grandes shows. Mas a voz do pernambucano às vezes foi soterrado pela percussão e metais que compõem a orquestra baiana. No final, o público aprovou a mistura com entusiasmo. O show criado para homenagear compositores negros cariocas teve desempenhos irregulares. Quem cuidou de cantar os covers e se deu bem: Alcione, Xande de Pilares, Mart'nália e a portuguesa Raquel Tavares, que troca o fado pelo samba com grande desenvoltura. Fernanda Abreu fez mais do mesmo, com "Aquarela Brasileira", e Gabriel Moura se mostrou um equívoco de escalação, estragando alguns clássicos da música popular. Na soma geral, tudo ficou meio com cara de show para turista. Apesar dos talentos reunidos, foi um tanto frio para o público carioca. Mas a noite esquentou com Stromae. mesclando rap em francês com batidas eletrônicas e uma bela performance diante de um telão de grafismos que prendiam a atenção. Dá para entender porque ele tomou o primeiro lugar de várias paradas da Europa. Aos 30 anos, Paul van Haver (seu nome verdadeiro) é um artista que merece ser acompanhado.
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Mestrado usa computação e estatística para analisar fenômenos coletivos
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Estudar um mundo cada vez mais complexo exige uma pós-graduação à altura. No mestrado em modelagem de sistemas complexos da Universidade de São Paulo (USP), o aluno aprende a usar ferramentas de matemática, estatística e computação para simular fenômenos coletivos nas áreas de saúde, gestão, políticas públicas, ciências sociais e ambientais. Um modo simples é imaginar uma cidade estruturada como um tabuleiro de xadrez, diz Flávia Sarti, professora e ex-coordenadora do curso. "Você pode colocar várias pessoas no tabuleiro, atribuir uma característica residencial ou comercial a cada área, e aí vamos ver se conseguimos colocar as pessoas interagindo, se divertindo", diz ela. "Analisamos, por exemplo, se elas começam a praticar mais atividade física se eu aumentar o número de parques e ciclovias", explica. Modalidade dos curso de pós-graduação Assim, Lucas Almeida, 25, um dos alunos do programa, aplica técnicas de inteligência artificial para entender como diferentes fatores políticos afetam o desenvolvimento democrático de um país. Seu colega Paulo França, 27, faz simulações computacionais para estudar como a confiança pode influenciar uma comunidade científica a aceitar ou negar uma teoria. A interdisciplinaridade e a diversidade de formações são os pilares do curso, segundo o coordenador José Ricardo Mendonça. Criado no final de 2010, o mestrado foi o primeiro na área do Brasil. "Os sistemas complexos são uma área inovadora porque vão contra a superespecialização do cientista. Temos professores e alunos de física, economia, ciências sociais, antropologia... Todos atacando o mesmo problema por perspectivas diferentes", afirma o mestrando França. O programa é aberto a estudantes de todas as áreas. O coordenador recomenda, porém, que o interessado tenha um conhecimento básico de matemática e estatística para acompanhar o curso. Dois processos seletivos são organizados por ano, com 25 vagas cada um. Como se trata de um mestrado novo e num campo pouco divulgado, é comum sobrarem vagas. "Temos cerca de 15 a 20 inscritos por seleção, e cerca de dez aprovados", afirma Mendonça. O mestrado é útil para profissionais que atuam nas áreas de políticas públicas, finanças, tecnologia da informação e consultorias. EXCESSO DE DADOS A Escola de Matemática Aplicada da FGV (Fundação Getulio Vargas), no Rio, criou, em 2011, o segundo curso de pós-graduação da área no país. O mestrado acadêmico em modelagem matemática tem três grandes temas: ciência dos dados, análise de sistemas complexos (similar ao curso da USP) e modelos matemáticos para finanças e seguros, explica o coordenador Paulo Cezar Carvalho. "Criamos o programa porque percebemos que usar modelos matemáticos para trabalhar com a profusão de dados que temos hoje em dia é uma necessidade das próximas décadas", afirma. O processo seletivo acontece uma vez por ano e tem 15 vagas. O interessado não precisa ser matemático, mas deve saber métodos quantitativos. Por isso, parte dos candidatos é encaminhada para um curso de verão de "nivelamento" em matemática e computação, diz Carvalho. A aprovação no mestrado depende do sucesso nessas aulas. Ao contrário do programa da USP, o da FGV é pago. O valor da mensalidade para quem trabalha é de R$ 1.500. Mestrandos que se dediquem integralmente à pesquisa podem conseguir bolsas. * ONDE FAZER MESTRADO EM MODELAGEM DE SISTEMAS COMPLEXOS (USP) CUSTO gratuito DURAÇÃO até 30 meses TEMAS fundamentos de sistemas complexos e ciências sociais e ambientais aplicadas INSCRIÇÕES de maio a junho e de outubro a novembro MESTRADO ACADÊMICO EM MODELAGEM MATEMÁTICA (FGV-RIO) CUSTO R$ 33.120 (oferece bolsas) DURAÇÃO 24 meses TEMAS ciência dos dados, análise de sistemas complexos e modelos matemáticos para finanças e seguros INSCRIÇÕES a partir de setembro
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educacao
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Mestrado usa computação e estatística para analisar fenômenos coletivosEstudar um mundo cada vez mais complexo exige uma pós-graduação à altura. No mestrado em modelagem de sistemas complexos da Universidade de São Paulo (USP), o aluno aprende a usar ferramentas de matemática, estatística e computação para simular fenômenos coletivos nas áreas de saúde, gestão, políticas públicas, ciências sociais e ambientais. Um modo simples é imaginar uma cidade estruturada como um tabuleiro de xadrez, diz Flávia Sarti, professora e ex-coordenadora do curso. "Você pode colocar várias pessoas no tabuleiro, atribuir uma característica residencial ou comercial a cada área, e aí vamos ver se conseguimos colocar as pessoas interagindo, se divertindo", diz ela. "Analisamos, por exemplo, se elas começam a praticar mais atividade física se eu aumentar o número de parques e ciclovias", explica. Modalidade dos curso de pós-graduação Assim, Lucas Almeida, 25, um dos alunos do programa, aplica técnicas de inteligência artificial para entender como diferentes fatores políticos afetam o desenvolvimento democrático de um país. Seu colega Paulo França, 27, faz simulações computacionais para estudar como a confiança pode influenciar uma comunidade científica a aceitar ou negar uma teoria. A interdisciplinaridade e a diversidade de formações são os pilares do curso, segundo o coordenador José Ricardo Mendonça. Criado no final de 2010, o mestrado foi o primeiro na área do Brasil. "Os sistemas complexos são uma área inovadora porque vão contra a superespecialização do cientista. Temos professores e alunos de física, economia, ciências sociais, antropologia... Todos atacando o mesmo problema por perspectivas diferentes", afirma o mestrando França. O programa é aberto a estudantes de todas as áreas. O coordenador recomenda, porém, que o interessado tenha um conhecimento básico de matemática e estatística para acompanhar o curso. Dois processos seletivos são organizados por ano, com 25 vagas cada um. Como se trata de um mestrado novo e num campo pouco divulgado, é comum sobrarem vagas. "Temos cerca de 15 a 20 inscritos por seleção, e cerca de dez aprovados", afirma Mendonça. O mestrado é útil para profissionais que atuam nas áreas de políticas públicas, finanças, tecnologia da informação e consultorias. EXCESSO DE DADOS A Escola de Matemática Aplicada da FGV (Fundação Getulio Vargas), no Rio, criou, em 2011, o segundo curso de pós-graduação da área no país. O mestrado acadêmico em modelagem matemática tem três grandes temas: ciência dos dados, análise de sistemas complexos (similar ao curso da USP) e modelos matemáticos para finanças e seguros, explica o coordenador Paulo Cezar Carvalho. "Criamos o programa porque percebemos que usar modelos matemáticos para trabalhar com a profusão de dados que temos hoje em dia é uma necessidade das próximas décadas", afirma. O processo seletivo acontece uma vez por ano e tem 15 vagas. O interessado não precisa ser matemático, mas deve saber métodos quantitativos. Por isso, parte dos candidatos é encaminhada para um curso de verão de "nivelamento" em matemática e computação, diz Carvalho. A aprovação no mestrado depende do sucesso nessas aulas. Ao contrário do programa da USP, o da FGV é pago. O valor da mensalidade para quem trabalha é de R$ 1.500. Mestrandos que se dediquem integralmente à pesquisa podem conseguir bolsas. * ONDE FAZER MESTRADO EM MODELAGEM DE SISTEMAS COMPLEXOS (USP) CUSTO gratuito DURAÇÃO até 30 meses TEMAS fundamentos de sistemas complexos e ciências sociais e ambientais aplicadas INSCRIÇÕES de maio a junho e de outubro a novembro MESTRADO ACADÊMICO EM MODELAGEM MATEMÁTICA (FGV-RIO) CUSTO R$ 33.120 (oferece bolsas) DURAÇÃO 24 meses TEMAS ciência dos dados, análise de sistemas complexos e modelos matemáticos para finanças e seguros INSCRIÇÕES a partir de setembro
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População de baixa renda vê melhora no salário real com recuo do preço da cesta
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A relação entre o salário mínimo e o valor da cesta básica em fevereiro melhorou -ainda que pouco. Como o preço do grupo de alimentos essenciais caiu em 25 das 27 capitais do país, o poder de compra medido em cestas cresceu. Pela cesta mais cara -que, em fevereiro, foi a de Porto Alegre (R$ 435,51), o Dieese estima que o salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.658,72 -3,90 vezes o mínimo (de R$ 937). Em fevereiro de 2016, o salário mínimo necessário foi de 4,23 vezes o piso vigente. "Com a queda do preço dos alimentos nos últimos seis meses, o salário real da população de baixa renda melhorou. Não de forma estrondosa, mas melhorou", diz Jorge Simino, diretor de investimentos da Funcesp. "O cenário econômico é muito complicado, mas para a classe de baixa renda é um alívio e representa mais comida à mesa. Com a queda dos preços agrícolas, houve um salto [no poder de compra] de 16%", afirma. "Pode dar um algum refresco, inclusive para o consumo de outros bens." Apesar da variável positiva, há o medo do desemprego. O consumidor tenta poupar enquanto luta para sair de dívidas. "O endividamento das famílias e o fato de os bancos emprestarem pouco tornam a recuperação mais complexa." PROTEÇÃO A JATO As seguradoras que trabalham com D&O -modalidade que protege diretores e executivos contra processos- têm buscado empresas de médio porte para diversificar sua carteira, segundo empresas do setor. "As contratações, que aumentaram significativamente no país após a Lava Jato, deixaram de ser vistas como algo destinado a grandes corporações", afirma Paride Della Rosa, CEO da AIG. Além do receio de investigações, a dificuldade de honrar compromissos durante a crise aumentou o interesse de empresas de médio porte pelo produto, diz Fernando Saccon, da Zurich. "O seguro cobre a defesa de processos movidos pela Receita Federal e órgãos reguladores." As empresas menores representam 70% dos contratos de D&O assinados, mas apenas 30% dos prêmios, avalia Mauricio Bandeira, da Aon Brasil. Apesar de o tíquete médio ser inferior, o nicho é importante para as seguradoras, que querem que sua carteira dependa menos de poucos clientes de maior risco, diz Saccon. Além disso, a demanda de grandes empresas é restrita -para crescer, restam as menores e as de capital fechado. DIRETORIA PROTEGIDA - Seguro de proteção ao patrimônio de altos executivos - Prêmios diretos, em R$ milhões - Aneel acaba com exigência de fundo para concessionárias A Aneel (agência do setor elétrico) extinguiu uma resolução de 2014 que determinava a criação pelas concessionárias de energia de uma reserva financeira para compensar eventuais desequilíbrios. A regra caiu na semana passada porque não foram feitas audiências públicas para debatê-la. A Abradee (associação dos distribuidores) entrou com um recurso na agência em 2015 para evitar que as concessionárias fossem obrigadas a despender esses recursos. A regra afetaria direitos das empresas que já são regulamentadas por normas contábeis diz Nelson Leite, presidente da Abradee. "Isso significaria menos dividendos, o que tornaria o investimento no setor menos atrativo. Ninguém iria querer [fazer aportes em distribuição] se há outros ramos de negócios onde não há exigência de reserva financeira." Para o presidente da entidade, a Aneel não deverá retomar a proposta do fundo. Procurada pela coluna, a agência do setor elétrico não se manifestou. A CONTA DE LUZ - Maiores receitas de distribuidoras - ADVOGADOS SEM UNIÃO Parte dos servidores da AGU (Advocacia Geral da União) atua contra um projeto de lei defendido pela direção da casa, inclusive pela ministra Grace Mendonça. Trata-se de uma proposta para que, na lei orgânica, defensores das autarquias e do Banco Central sejam formalmente subordinados à AGU. Os advogados de uma associação, a Anauni, tentam impedir o projeto. "Procuradores de autarquias têm salários e funções diferentes. Esse projeto é um atalho de carreira", diz Caio Wolff, diretor da entidade. Outro argumento é que, caso haja discordância entre a administração direta e um órgão como o Banco Central, o último perde autonomia para se defender. Procuradores da administração indireta também prestaram concurso pela AGU, afirma Mendonça, e, na prática, já respondem ao órgão. "O receio é que haja unificação, a criação de uma carreira com a nomenclatura que pegue todos e que isso traga prejuízos em promoção, por exemplo. Esse projeto não prevê isso." A autonomia dos órgãos, diz ela, será reforçada, porque a administração indireta terá o respaldo da lei orgânica para ter a defesa reconhecida. - HORA DO CAFÉ Veja outras charges: com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI
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População de baixa renda vê melhora no salário real com recuo do preço da cestaA relação entre o salário mínimo e o valor da cesta básica em fevereiro melhorou -ainda que pouco. Como o preço do grupo de alimentos essenciais caiu em 25 das 27 capitais do país, o poder de compra medido em cestas cresceu. Pela cesta mais cara -que, em fevereiro, foi a de Porto Alegre (R$ 435,51), o Dieese estima que o salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.658,72 -3,90 vezes o mínimo (de R$ 937). Em fevereiro de 2016, o salário mínimo necessário foi de 4,23 vezes o piso vigente. "Com a queda do preço dos alimentos nos últimos seis meses, o salário real da população de baixa renda melhorou. Não de forma estrondosa, mas melhorou", diz Jorge Simino, diretor de investimentos da Funcesp. "O cenário econômico é muito complicado, mas para a classe de baixa renda é um alívio e representa mais comida à mesa. Com a queda dos preços agrícolas, houve um salto [no poder de compra] de 16%", afirma. "Pode dar um algum refresco, inclusive para o consumo de outros bens." Apesar da variável positiva, há o medo do desemprego. O consumidor tenta poupar enquanto luta para sair de dívidas. "O endividamento das famílias e o fato de os bancos emprestarem pouco tornam a recuperação mais complexa." PROTEÇÃO A JATO As seguradoras que trabalham com D&O -modalidade que protege diretores e executivos contra processos- têm buscado empresas de médio porte para diversificar sua carteira, segundo empresas do setor. "As contratações, que aumentaram significativamente no país após a Lava Jato, deixaram de ser vistas como algo destinado a grandes corporações", afirma Paride Della Rosa, CEO da AIG. Além do receio de investigações, a dificuldade de honrar compromissos durante a crise aumentou o interesse de empresas de médio porte pelo produto, diz Fernando Saccon, da Zurich. "O seguro cobre a defesa de processos movidos pela Receita Federal e órgãos reguladores." As empresas menores representam 70% dos contratos de D&O assinados, mas apenas 30% dos prêmios, avalia Mauricio Bandeira, da Aon Brasil. Apesar de o tíquete médio ser inferior, o nicho é importante para as seguradoras, que querem que sua carteira dependa menos de poucos clientes de maior risco, diz Saccon. Além disso, a demanda de grandes empresas é restrita -para crescer, restam as menores e as de capital fechado. DIRETORIA PROTEGIDA - Seguro de proteção ao patrimônio de altos executivos - Prêmios diretos, em R$ milhões - Aneel acaba com exigência de fundo para concessionárias A Aneel (agência do setor elétrico) extinguiu uma resolução de 2014 que determinava a criação pelas concessionárias de energia de uma reserva financeira para compensar eventuais desequilíbrios. A regra caiu na semana passada porque não foram feitas audiências públicas para debatê-la. A Abradee (associação dos distribuidores) entrou com um recurso na agência em 2015 para evitar que as concessionárias fossem obrigadas a despender esses recursos. A regra afetaria direitos das empresas que já são regulamentadas por normas contábeis diz Nelson Leite, presidente da Abradee. "Isso significaria menos dividendos, o que tornaria o investimento no setor menos atrativo. Ninguém iria querer [fazer aportes em distribuição] se há outros ramos de negócios onde não há exigência de reserva financeira." Para o presidente da entidade, a Aneel não deverá retomar a proposta do fundo. Procurada pela coluna, a agência do setor elétrico não se manifestou. A CONTA DE LUZ - Maiores receitas de distribuidoras - ADVOGADOS SEM UNIÃO Parte dos servidores da AGU (Advocacia Geral da União) atua contra um projeto de lei defendido pela direção da casa, inclusive pela ministra Grace Mendonça. Trata-se de uma proposta para que, na lei orgânica, defensores das autarquias e do Banco Central sejam formalmente subordinados à AGU. Os advogados de uma associação, a Anauni, tentam impedir o projeto. "Procuradores de autarquias têm salários e funções diferentes. Esse projeto é um atalho de carreira", diz Caio Wolff, diretor da entidade. Outro argumento é que, caso haja discordância entre a administração direta e um órgão como o Banco Central, o último perde autonomia para se defender. Procuradores da administração indireta também prestaram concurso pela AGU, afirma Mendonça, e, na prática, já respondem ao órgão. "O receio é que haja unificação, a criação de uma carreira com a nomenclatura que pegue todos e que isso traga prejuízos em promoção, por exemplo. Esse projeto não prevê isso." A autonomia dos órgãos, diz ela, será reforçada, porque a administração indireta terá o respaldo da lei orgânica para ter a defesa reconhecida. - HORA DO CAFÉ Veja outras charges: com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI
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Entidades acionam Promotoria em defesa de delegado que prendeu PM
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Entidades de defesa de direitos humanos cobraram nesta quinta-feira (22) do Ministério Público um posicionamento para garantir a "autonomia e segurança" do delegado responsável pela prisão de um sargento da PM suspeito de torturar um assaltante na zona leste de São Paulo. O texto, assinado pelo grupo Tortura Nunca Mais e outras oito instituições, pede que a Promotoria torne pública sua posição contra casos de tortura. O pedido acontece após o delegado Raphael Zanon ser hostilizado por policiais militares após dar voz de prisão ao sargento Charles Otaga. "Não há dúvida que o objeto de tanta indignação por parte daqueles que apoiam o sargento preso é a legitimidade da prática do crime de tortura por agentes do Estado. Prova disso é o fato de constantemente ocorrerem prisões de policiais militares sem que haja qualquer manifestação de tal natureza", afirma o texto das entidades. Em outro documento divulgado, o grupo pede que a Promotoria e a Justiça "assumam seus papéis fundamentais para a apuração e responsabilização dos atores envolvidos na prática da tortura e no controle da atuação policial". "Não podemos aceitar que um agente do Estado, de qualquer setor, do cargo mais baixo ao mais alto na hierarquia do poder público, possa ficar impune à eventuais práticas de atos contra direitos tão básicos da população como a dignidade e a integridade física." O caso aconteceu entre a noite de terça (20) e a madrugada de quarta (21) na zona leste de São Paulo. O desentendimento mobilizou dezenas de policiais armados e foi seguido de alertas das duas corporações de que a relação entre militares e civis está ruim e tende a se tornar ainda mais hostil.
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cotidiano
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Entidades acionam Promotoria em defesa de delegado que prendeu PMEntidades de defesa de direitos humanos cobraram nesta quinta-feira (22) do Ministério Público um posicionamento para garantir a "autonomia e segurança" do delegado responsável pela prisão de um sargento da PM suspeito de torturar um assaltante na zona leste de São Paulo. O texto, assinado pelo grupo Tortura Nunca Mais e outras oito instituições, pede que a Promotoria torne pública sua posição contra casos de tortura. O pedido acontece após o delegado Raphael Zanon ser hostilizado por policiais militares após dar voz de prisão ao sargento Charles Otaga. "Não há dúvida que o objeto de tanta indignação por parte daqueles que apoiam o sargento preso é a legitimidade da prática do crime de tortura por agentes do Estado. Prova disso é o fato de constantemente ocorrerem prisões de policiais militares sem que haja qualquer manifestação de tal natureza", afirma o texto das entidades. Em outro documento divulgado, o grupo pede que a Promotoria e a Justiça "assumam seus papéis fundamentais para a apuração e responsabilização dos atores envolvidos na prática da tortura e no controle da atuação policial". "Não podemos aceitar que um agente do Estado, de qualquer setor, do cargo mais baixo ao mais alto na hierarquia do poder público, possa ficar impune à eventuais práticas de atos contra direitos tão básicos da população como a dignidade e a integridade física." O caso aconteceu entre a noite de terça (20) e a madrugada de quarta (21) na zona leste de São Paulo. O desentendimento mobilizou dezenas de policiais armados e foi seguido de alertas das duas corporações de que a relação entre militares e civis está ruim e tende a se tornar ainda mais hostil.
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Bug no WhatsApp pode ter afetado 200 milhões de usuários
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Um bug no aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp pode colocar 200 milhões de usuários em risco de fraudes eletrônicas. A informação veio da empresa de segurança da informação Check Point. Segundo a empresa, a vulnerabilidade no aplicativo afeta apenas a versão para computadores do WhatsApp e permite que hackers distribuam programas maliciosos como vírus ou do tipo ransomware -usados para "sequestrar" computadores e extorquir usuários por "resgate". CARTÃO VIRTUAL O WhatsApp foi alertado sobre o problema em 21 de agosto e na semana seguinte criou um "patch" (remendo) para corrigir a falha. A Check Point recomenda aos usuários que atualizem suas versões imediatamente para aproveitar o ajuste. O aplicativo para computadores é uma versão do programa utilizado em telefones celulares ao redor do mundo, inclusive no Brasil, onde é o app mais usado para o envio de mensagens instantâneas. O número de usuários globais em smartphones é de 900 milhões, com 200 milhões também o usando nos PCs. Em fevereiro do ano passado, o WhatsApp foi comprado pelo Facebook. Segundo a Check Point, a vulnerabilidade foi causada pela maneira como o programa lida com o envio de contatos no formato cartão virtual (vCard). Ele dava brecha para que hackers enviassem vCards falsos contendo programas maliciosos "escondidos". Quando clicado, o vCard infectaria os computadores. Para um especialista em segurança, o WhatsApp também tem brechas que hackers podem explorar para obter números de telefone celular e enviar programas maliciosos. "O WhatsApp é uma plataforma cruzada para o envio de mensagens instantâneas, então a chance de alguém abrir um vCard é bem grande", afirma Mark James, da firma ESET. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Bug no WhatsApp pode ter afetado 200 milhões de usuáriosUm bug no aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp pode colocar 200 milhões de usuários em risco de fraudes eletrônicas. A informação veio da empresa de segurança da informação Check Point. Segundo a empresa, a vulnerabilidade no aplicativo afeta apenas a versão para computadores do WhatsApp e permite que hackers distribuam programas maliciosos como vírus ou do tipo ransomware -usados para "sequestrar" computadores e extorquir usuários por "resgate". CARTÃO VIRTUAL O WhatsApp foi alertado sobre o problema em 21 de agosto e na semana seguinte criou um "patch" (remendo) para corrigir a falha. A Check Point recomenda aos usuários que atualizem suas versões imediatamente para aproveitar o ajuste. O aplicativo para computadores é uma versão do programa utilizado em telefones celulares ao redor do mundo, inclusive no Brasil, onde é o app mais usado para o envio de mensagens instantâneas. O número de usuários globais em smartphones é de 900 milhões, com 200 milhões também o usando nos PCs. Em fevereiro do ano passado, o WhatsApp foi comprado pelo Facebook. Segundo a Check Point, a vulnerabilidade foi causada pela maneira como o programa lida com o envio de contatos no formato cartão virtual (vCard). Ele dava brecha para que hackers enviassem vCards falsos contendo programas maliciosos "escondidos". Quando clicado, o vCard infectaria os computadores. Para um especialista em segurança, o WhatsApp também tem brechas que hackers podem explorar para obter números de telefone celular e enviar programas maliciosos. "O WhatsApp é uma plataforma cruzada para o envio de mensagens instantâneas, então a chance de alguém abrir um vCard é bem grande", afirma Mark James, da firma ESET. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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Série 'Mr. Robot', que reestreia nesta semana, redefine a cultura hacker
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Diferentemente da maior parte das cenas desse tipo filmadas em Hollywood, as cenas que mostram hackers em ação no thriller tecnológico "Mr. Robot", da rede USA, são tanto visualmente interessantes quanto realistas. Mas filmá-las não é assim tão fácil. No estúdio em que a série é filmada, em Greenpoint, Brooklyn, no começo de junho, a antena de Wi-Fi improvisada para uma cena não parava de cair, a tela de um celular usado como adereço se recusava a permanecer acesa e, em um momento tenso, um laptop novo caiu da caixa e bateu com força no chão. "Espero que vocês tenham trazido a garantia", disse a um dos produtores o astro da série, Rami Malek, vestindo o suéter preto que caracteriza seu personagem, Elliot Andersen. Malek, 35, então soltou um palavrão, irritado. "E eu que achava que era bom nessas coisas de tecnologia!" Momentos como esse sublinham o esforço necessário a retratar o mundo enxuto e notavelmente bem resolvido da série, criada por Sam Esmail, que retorna para sua segunda temporada em 13 de julho, quarta-feira. Estreando na metade do ano passado como uma estranha e sombria curiosidade em uma rede mais conhecida por homens de terno e com covinhas no queixo, "Mr. Robot" se tornou uma das séries mais elogiadas de 2015. Inspirada por movimentos reais como o Anonymous e o Occupy, a história de hackers anarquistas travando guerra contra a cultura corporativa inverte o clichê do Vale do Silicio, mostrado a situação do ponto de vista dos hacktivistas: os vilões da "fsociety", em "Mr. Robot", buscam fazer do mundo um lugar melhor ao destruir suas fundações financeiras. A primeira temporada da série lhe valeu um prêmio Peabody, entre outras honrarias, por seu apego enxuto a preocupações atuais como a perda de privacidade, diante da tirania dos smartphones e da mídia social. Ocasionalmente, esse aspecto tópico do programa transparecia na tela: entre os acontecimentos do mundo real que ela antecipou, sem intenção mas ainda assim precisamente, estavam invasões embaraçosas de redes empresariais (Ashley Madison) e, mais tragicamente, uma morte televisada. (O episódio final da primeira temporada, em agosto, mostrava um executivo se suicidando ao vivo na TV, e sua exibição terminou adiada por uma semana depois que um atirador matou dois apresentadores de TV na Virgínia durante a transmissão de um telejornal.) Além de Esmail, a pessoa mais responsável por definir se "Mr. Robot" será um sucesso passageiro ou um programa mais duradouro é Malek. O ator oferece um desempenho notável como Elliot, um hacker talentoso mas instável, que sofre de ansiedade social e vicio em morfina e serve de face à série de todas as maneiras concebíveis, de cartazes ao ponto de vista que o programa assume. A audiência acompanha o desenrolar da história primordialmente da perspectiva mutável, e nada confiável, de Elliot. Seu olhar forte, vibrando de intensidade em dado momento e mostrando vulnerabilidade e dor no seguinte, leva Eliot a manifestar fisicamente os temas de ansiedade e de fratura que caracterizam "Mr. Robot", de maneira tão explícita quanto o acabrunhado e inquieto Tony Soprano em "Família Soprano", ou o esguio mas problemático Don Draper em "Mad Men". Mas ao contrário desses homens, complicados e brancos, Malek, que como Esmail tem ascendentes egípcios, personifica um momento no qual a televisão, com programas como "Orange Is the New Black", "Fresh Off the Boat" e "Transparent", enfim começa a refletir a diversidade e o multiculturalismo que definem a vida dos Estados Unidos. Em uma série urgentemente moderna, ele é um protagonista urgentemente moderno, ainda que essa definição leve Malek a cair na risada. "Cinco ou 10 anos atrás, eu jamais teria sido considerado para protagonizar uma série", disse Malek. "Mesmo quando cheguei à audição, meu pensamento era que eles prefeririam alguém com uma aparência mais convencional, alguém que a sociedade aceitasse com mais facilidade". A segunda temporada de "Mr. Robot" traz tanto as pressões habituais para um segundo esforço - será possível sustentar o pique da estreia? Os elogios recebidos valerão mais espectadores para o programa? - quanto desafios narrativos singulares, criados com a grande reviravolta na trama revelada no ano passado. (Aviso: para quem ainda não assistiu, ou não assistiu inteira, à primeira temporada, spoilers adiante.) Mr. Robot, interpretado por Christian Slater, é exposto como alucinação baseada no pai de Eliot, um dono de loja de computadores que já morreu. Embora a trama não seja única - o programa sinaliza suas dívidas para com predecessores como "Clube da Luta" -, o que vem a seguir não tem paralelo: Mr. Robot retorna como personagem central na temporada dois, como colega insistente, e ocasional antagonista, para Eliot, e que, a despeito de seu status imaginário continua a ocupar posição proeminente. "Descobrir algo assim é uma coisa", disse Malek. "Mas tomar medidas para viver com isso e administrar a questão é assunto completamente diferente". Como disse Slater, "qualquer pessoa consegue simpatizar com essa ideia de ter uma voz dentro de sua cabeça, falando com ela, lhe dizendo o que deveria ter feito". "Mr. Robot" não provou ser um gigante de audiência na primeira temporada, obtendo uma média de pouco mais de 2,7 milhões de telespectadores por semana, 1,4 milhão dos quais na cobiçada faixa etária dos 18 aos 49 anos; o seriado não ficou entre os 100 mais vistos nessa faixa etária em 2015. O canal USA está promovendo agressivamente a segunda temporada, em um esforço por elevar esses números, de acordo com Alex Sepiol, vice-presidente de desenvolvimento executivo da NBCUniversal. Mas o prestígio e o interesse da série são recompensa suficiente para o canal, que está em busca de audiências mais jovens e está disposto a abandonar séries mais leves como "White Collar" e "Royal Pains", e buscar programas mais sombrios. Esta temporada a série terá 12 episódios em lugar de 10. Atores mais conhecidos, como Craig Robinson, Grace Gummer e o rapper Joey Badass, farão parte do elenco, e o USA vai exibir um programa ao vivo de comentários sobre a série, "Hacking Robot", a partir de 13 de julho. A estreia da segunda temporada retoma a história pouco depois do grande hack com que a primeira temporada culmina: todas as dívidas do planeta foram apagadas e com isso o planeta entrou em queda livre financeira. A nova temporada explora as consequências e preenche algumas das lacunas deixadas pela temporada anterior - não sabemos, por exemplo, como o ataque de hackers foi executado na prática - e dedica mais atenção a personagens como Angela (Portia Doubleday), amiga de Eliot, e à sua irmã, a também hacker Darlene (Carly Chaikin). "Você definitivamente terá respostas para questões deixadas pela temporada passada, mas ao mesmo tempo muitas questões novas surgirão", disse Chaikin. Os telespectadores podem esperar um visual ainda mais sombrio, para acompanhar a desintegração mental continuada de Eliot, disse Esmail. Em uma decisão televisiva rara, ele vai dirigir todos os episódios, filmando-os em blocos - todas as cenas em uma dada locação serão filmadas de uma vez, não importa em que episódio venham a aparecer, o que é mais comum no cinema. Esmail vê os novos episódios como o início do segundo ato em uma história que ele antecipa venha a durar quatro ou cinco temporadas. "A revelação sobre Mr. Robot não foi o fim, foi a preparação para o restante da trama", disse ele. A história real da série é a jornada de Eliot para solucionar uma crise de identidade convulsiva, e compreender a si mesmo. "A ideia de como ele vai se reconciliar, no relacionamento com Mr. Robot - esse não só o título como o confronto central da série", disse Esmail. Esmail não tinha trabalhado em televisão antes de "Mr. Robot", que começou como roteiro para o cinema antes que ele decidisse que a narrativa complexa funcionaria melhor em forma de série. Mas depois de testar "muitos atores excelentes" para o papel de Eliot, Esmail começou a imaginar se aquilo que havia escrito não seria cáustico demais para assistir. "Imaginei que o problema fosse o material, e que eu teria de recomeçar do zero. Eu sentia que aquele personagem estava como que gritando com todo mundo o tempo todo", ele disse. Isso mudou quando Malek combinou ao escárnio de Elliot um calor e vulnerabilidade que sugeriam a fragilidade emocional que serve como fundação real da série. "Eu não sabia do que o personagem precisava até que Rami trouxesse esse elemento", disse Esmail. Embora seja muitas vezes quase catatônico, no papel de Elliot, Malek é brincalhão e empolgado, em suas conversas. As vogais longas que emprega revelam traços de suas origens no sul da Califórnia. Ele cresceu no vale de San Fernando, filho de imigrantes egípcios que esperavam que ele se tornasse médico ou advogado. (O seu irmão gêmeo é professor, e sua irmã mais velha é médica.) Ele fez parte da equipe de debates de sua escola de segundo grau, mas era péssimo, conta. No entanto, um professor percebeu seu carisma e o aconselhou a tentar o teatro. O trabalho em uma montagem escolar de "Zooman and the Sign", de Charles Fuller, foi o momento em que tudo mudou. "Naquele momento, senti uma conexão como jamais havia sentido com o meu pai, e percebi o quanto esse tipo de comunicação podia ser profundo, o quanto a arte podia ser profunda", disse Malek. Depois de fazer faculdade em Indiana, em voltou a Los Angeles e começou a buscar papéis na TV e cinema, enquanto ganhava a vida trabalhando em restaurantes. Pontas em "Gilmore Girls" e "Medium" resultaram em papéis maiores em séries como "24" e filmes como a sequência "Uma Noite no Museu", "Crepúsculo", o drama independente "Short Term 12" e "The Master", de Paul Thomas Anderson. Seu papel mais memorável antes de Eliot foi como um soldado cínico em "The Pacific", minissérie sobre a Segunda Guerra Mundial produzida por Tom Hanks e Steven Spielberg, entre outros. Na cerimônia dos AFI Awards, em janeiro, Spielberg chamou o ator para uma conversa e lhe disse que "Tom e eu estamos muito orgulhosos de você", relembra Malek, com um ar incrédulo, os olhos arregalados. "E eu fiquei pensando comigo mesmo que, nossa, isso não está acontecendo". Malek nada sabia sobre a cultura hacker antes de "Mr. Robot", e continua cético quanto ao que vê como falsidade da mídia social - ele certa vez postou fotos que o mostravam em companhia de outros atores em sua conta de Instagram, mas logo as apagou. (Ela continua vazia.) Filmes e televisão tendem a retratar os hackers de modo na melhor das hipóteses impreciso, e para Esmail é essencial que os códigos de software que aparecem na tela em "Mr. Robot" tenham pelo menos raízes em uma linguagem legítima de programação. Malek desistiu de perguntar o que eles significam já há algum tempo. Em Brooklyn, Malek volta a revisar a cena, com os consultores cochichando conselhos sobre como ele deve digitar ("tecla, tecla, tecla, mousepad, clique clique clique, enter"), enquanto ele teclava no laptop recuperado. Ao mesmo tempo, Male interagia com um colega de elenco e respondia à narração interna incessante de Elliot, que um assistente de direção sopra em seu ouvido por meio de um fone sem fio durante a filmagem; mais tarde, ele terá de gravar a locução dessa narração, e rodar os close-ups da digitação de códigos, que ele terá de decorar linha após linha. Malek admite que há papéis mais fáceis na TV, enquanto me acompanhava na saída do estúdio, mas "é esse tipo de personagem que você sonha interpretar, como ator". "Não acho que eu tenha me acomodado a isso", ele disse sobre seu estrelato incipiente. "Mas começo a perceber que sim, algo de especial está acontecendo aqui". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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ilustrada
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Série 'Mr. Robot', que reestreia nesta semana, redefine a cultura hackerDiferentemente da maior parte das cenas desse tipo filmadas em Hollywood, as cenas que mostram hackers em ação no thriller tecnológico "Mr. Robot", da rede USA, são tanto visualmente interessantes quanto realistas. Mas filmá-las não é assim tão fácil. No estúdio em que a série é filmada, em Greenpoint, Brooklyn, no começo de junho, a antena de Wi-Fi improvisada para uma cena não parava de cair, a tela de um celular usado como adereço se recusava a permanecer acesa e, em um momento tenso, um laptop novo caiu da caixa e bateu com força no chão. "Espero que vocês tenham trazido a garantia", disse a um dos produtores o astro da série, Rami Malek, vestindo o suéter preto que caracteriza seu personagem, Elliot Andersen. Malek, 35, então soltou um palavrão, irritado. "E eu que achava que era bom nessas coisas de tecnologia!" Momentos como esse sublinham o esforço necessário a retratar o mundo enxuto e notavelmente bem resolvido da série, criada por Sam Esmail, que retorna para sua segunda temporada em 13 de julho, quarta-feira. Estreando na metade do ano passado como uma estranha e sombria curiosidade em uma rede mais conhecida por homens de terno e com covinhas no queixo, "Mr. Robot" se tornou uma das séries mais elogiadas de 2015. Inspirada por movimentos reais como o Anonymous e o Occupy, a história de hackers anarquistas travando guerra contra a cultura corporativa inverte o clichê do Vale do Silicio, mostrado a situação do ponto de vista dos hacktivistas: os vilões da "fsociety", em "Mr. Robot", buscam fazer do mundo um lugar melhor ao destruir suas fundações financeiras. A primeira temporada da série lhe valeu um prêmio Peabody, entre outras honrarias, por seu apego enxuto a preocupações atuais como a perda de privacidade, diante da tirania dos smartphones e da mídia social. Ocasionalmente, esse aspecto tópico do programa transparecia na tela: entre os acontecimentos do mundo real que ela antecipou, sem intenção mas ainda assim precisamente, estavam invasões embaraçosas de redes empresariais (Ashley Madison) e, mais tragicamente, uma morte televisada. (O episódio final da primeira temporada, em agosto, mostrava um executivo se suicidando ao vivo na TV, e sua exibição terminou adiada por uma semana depois que um atirador matou dois apresentadores de TV na Virgínia durante a transmissão de um telejornal.) Além de Esmail, a pessoa mais responsável por definir se "Mr. Robot" será um sucesso passageiro ou um programa mais duradouro é Malek. O ator oferece um desempenho notável como Elliot, um hacker talentoso mas instável, que sofre de ansiedade social e vicio em morfina e serve de face à série de todas as maneiras concebíveis, de cartazes ao ponto de vista que o programa assume. A audiência acompanha o desenrolar da história primordialmente da perspectiva mutável, e nada confiável, de Elliot. Seu olhar forte, vibrando de intensidade em dado momento e mostrando vulnerabilidade e dor no seguinte, leva Eliot a manifestar fisicamente os temas de ansiedade e de fratura que caracterizam "Mr. Robot", de maneira tão explícita quanto o acabrunhado e inquieto Tony Soprano em "Família Soprano", ou o esguio mas problemático Don Draper em "Mad Men". Mas ao contrário desses homens, complicados e brancos, Malek, que como Esmail tem ascendentes egípcios, personifica um momento no qual a televisão, com programas como "Orange Is the New Black", "Fresh Off the Boat" e "Transparent", enfim começa a refletir a diversidade e o multiculturalismo que definem a vida dos Estados Unidos. Em uma série urgentemente moderna, ele é um protagonista urgentemente moderno, ainda que essa definição leve Malek a cair na risada. "Cinco ou 10 anos atrás, eu jamais teria sido considerado para protagonizar uma série", disse Malek. "Mesmo quando cheguei à audição, meu pensamento era que eles prefeririam alguém com uma aparência mais convencional, alguém que a sociedade aceitasse com mais facilidade". A segunda temporada de "Mr. Robot" traz tanto as pressões habituais para um segundo esforço - será possível sustentar o pique da estreia? Os elogios recebidos valerão mais espectadores para o programa? - quanto desafios narrativos singulares, criados com a grande reviravolta na trama revelada no ano passado. (Aviso: para quem ainda não assistiu, ou não assistiu inteira, à primeira temporada, spoilers adiante.) Mr. Robot, interpretado por Christian Slater, é exposto como alucinação baseada no pai de Eliot, um dono de loja de computadores que já morreu. Embora a trama não seja única - o programa sinaliza suas dívidas para com predecessores como "Clube da Luta" -, o que vem a seguir não tem paralelo: Mr. Robot retorna como personagem central na temporada dois, como colega insistente, e ocasional antagonista, para Eliot, e que, a despeito de seu status imaginário continua a ocupar posição proeminente. "Descobrir algo assim é uma coisa", disse Malek. "Mas tomar medidas para viver com isso e administrar a questão é assunto completamente diferente". Como disse Slater, "qualquer pessoa consegue simpatizar com essa ideia de ter uma voz dentro de sua cabeça, falando com ela, lhe dizendo o que deveria ter feito". "Mr. Robot" não provou ser um gigante de audiência na primeira temporada, obtendo uma média de pouco mais de 2,7 milhões de telespectadores por semana, 1,4 milhão dos quais na cobiçada faixa etária dos 18 aos 49 anos; o seriado não ficou entre os 100 mais vistos nessa faixa etária em 2015. O canal USA está promovendo agressivamente a segunda temporada, em um esforço por elevar esses números, de acordo com Alex Sepiol, vice-presidente de desenvolvimento executivo da NBCUniversal. Mas o prestígio e o interesse da série são recompensa suficiente para o canal, que está em busca de audiências mais jovens e está disposto a abandonar séries mais leves como "White Collar" e "Royal Pains", e buscar programas mais sombrios. Esta temporada a série terá 12 episódios em lugar de 10. Atores mais conhecidos, como Craig Robinson, Grace Gummer e o rapper Joey Badass, farão parte do elenco, e o USA vai exibir um programa ao vivo de comentários sobre a série, "Hacking Robot", a partir de 13 de julho. A estreia da segunda temporada retoma a história pouco depois do grande hack com que a primeira temporada culmina: todas as dívidas do planeta foram apagadas e com isso o planeta entrou em queda livre financeira. A nova temporada explora as consequências e preenche algumas das lacunas deixadas pela temporada anterior - não sabemos, por exemplo, como o ataque de hackers foi executado na prática - e dedica mais atenção a personagens como Angela (Portia Doubleday), amiga de Eliot, e à sua irmã, a também hacker Darlene (Carly Chaikin). "Você definitivamente terá respostas para questões deixadas pela temporada passada, mas ao mesmo tempo muitas questões novas surgirão", disse Chaikin. Os telespectadores podem esperar um visual ainda mais sombrio, para acompanhar a desintegração mental continuada de Eliot, disse Esmail. Em uma decisão televisiva rara, ele vai dirigir todos os episódios, filmando-os em blocos - todas as cenas em uma dada locação serão filmadas de uma vez, não importa em que episódio venham a aparecer, o que é mais comum no cinema. Esmail vê os novos episódios como o início do segundo ato em uma história que ele antecipa venha a durar quatro ou cinco temporadas. "A revelação sobre Mr. Robot não foi o fim, foi a preparação para o restante da trama", disse ele. A história real da série é a jornada de Eliot para solucionar uma crise de identidade convulsiva, e compreender a si mesmo. "A ideia de como ele vai se reconciliar, no relacionamento com Mr. Robot - esse não só o título como o confronto central da série", disse Esmail. Esmail não tinha trabalhado em televisão antes de "Mr. Robot", que começou como roteiro para o cinema antes que ele decidisse que a narrativa complexa funcionaria melhor em forma de série. Mas depois de testar "muitos atores excelentes" para o papel de Eliot, Esmail começou a imaginar se aquilo que havia escrito não seria cáustico demais para assistir. "Imaginei que o problema fosse o material, e que eu teria de recomeçar do zero. Eu sentia que aquele personagem estava como que gritando com todo mundo o tempo todo", ele disse. Isso mudou quando Malek combinou ao escárnio de Elliot um calor e vulnerabilidade que sugeriam a fragilidade emocional que serve como fundação real da série. "Eu não sabia do que o personagem precisava até que Rami trouxesse esse elemento", disse Esmail. Embora seja muitas vezes quase catatônico, no papel de Elliot, Malek é brincalhão e empolgado, em suas conversas. As vogais longas que emprega revelam traços de suas origens no sul da Califórnia. Ele cresceu no vale de San Fernando, filho de imigrantes egípcios que esperavam que ele se tornasse médico ou advogado. (O seu irmão gêmeo é professor, e sua irmã mais velha é médica.) Ele fez parte da equipe de debates de sua escola de segundo grau, mas era péssimo, conta. No entanto, um professor percebeu seu carisma e o aconselhou a tentar o teatro. O trabalho em uma montagem escolar de "Zooman and the Sign", de Charles Fuller, foi o momento em que tudo mudou. "Naquele momento, senti uma conexão como jamais havia sentido com o meu pai, e percebi o quanto esse tipo de comunicação podia ser profundo, o quanto a arte podia ser profunda", disse Malek. Depois de fazer faculdade em Indiana, em voltou a Los Angeles e começou a buscar papéis na TV e cinema, enquanto ganhava a vida trabalhando em restaurantes. Pontas em "Gilmore Girls" e "Medium" resultaram em papéis maiores em séries como "24" e filmes como a sequência "Uma Noite no Museu", "Crepúsculo", o drama independente "Short Term 12" e "The Master", de Paul Thomas Anderson. Seu papel mais memorável antes de Eliot foi como um soldado cínico em "The Pacific", minissérie sobre a Segunda Guerra Mundial produzida por Tom Hanks e Steven Spielberg, entre outros. Na cerimônia dos AFI Awards, em janeiro, Spielberg chamou o ator para uma conversa e lhe disse que "Tom e eu estamos muito orgulhosos de você", relembra Malek, com um ar incrédulo, os olhos arregalados. "E eu fiquei pensando comigo mesmo que, nossa, isso não está acontecendo". Malek nada sabia sobre a cultura hacker antes de "Mr. Robot", e continua cético quanto ao que vê como falsidade da mídia social - ele certa vez postou fotos que o mostravam em companhia de outros atores em sua conta de Instagram, mas logo as apagou. (Ela continua vazia.) Filmes e televisão tendem a retratar os hackers de modo na melhor das hipóteses impreciso, e para Esmail é essencial que os códigos de software que aparecem na tela em "Mr. Robot" tenham pelo menos raízes em uma linguagem legítima de programação. Malek desistiu de perguntar o que eles significam já há algum tempo. Em Brooklyn, Malek volta a revisar a cena, com os consultores cochichando conselhos sobre como ele deve digitar ("tecla, tecla, tecla, mousepad, clique clique clique, enter"), enquanto ele teclava no laptop recuperado. Ao mesmo tempo, Male interagia com um colega de elenco e respondia à narração interna incessante de Elliot, que um assistente de direção sopra em seu ouvido por meio de um fone sem fio durante a filmagem; mais tarde, ele terá de gravar a locução dessa narração, e rodar os close-ups da digitação de códigos, que ele terá de decorar linha após linha. Malek admite que há papéis mais fáceis na TV, enquanto me acompanhava na saída do estúdio, mas "é esse tipo de personagem que você sonha interpretar, como ator". "Não acho que eu tenha me acomodado a isso", ele disse sobre seu estrelato incipiente. "Mas começo a perceber que sim, algo de especial está acontecendo aqui". Tradução de PAULO MIGLIACCI
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Presidente da Lucasfilm confirma novo filme de 'Indiana Jones'
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Em entrevista à revista americana "Vanity Fair" a presidente da Lucasfilm, Kathleen Kennedy, disse que a produtora trabalha em um novo filme da franquia "Indiana Jones". Ainda em fase de discussão, a produção não tem data de estreia e não se sabe se Harrison Ford viverá o herói. Kennedy disse que quando a Disney comprou a Lucasfilm em 2012, comprou também as franquias da empresa – como "Indiana Jones". "Quando será feito, não tenho certeza. Não começamos a trabalhar no roteiro, mas estamos conversando sobre ele." O último filme da saga, "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal", foi lançado em 2008.
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Presidente da Lucasfilm confirma novo filme de 'Indiana Jones'Em entrevista à revista americana "Vanity Fair" a presidente da Lucasfilm, Kathleen Kennedy, disse que a produtora trabalha em um novo filme da franquia "Indiana Jones". Ainda em fase de discussão, a produção não tem data de estreia e não se sabe se Harrison Ford viverá o herói. Kennedy disse que quando a Disney comprou a Lucasfilm em 2012, comprou também as franquias da empresa – como "Indiana Jones". "Quando será feito, não tenho certeza. Não começamos a trabalhar no roteiro, mas estamos conversando sobre ele." O último filme da saga, "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal", foi lançado em 2008.
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PGR pede que citações de Delcídio sobre André Esteves sejam enviadas a Moro
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A Procuradoria-Geral da República pediu nesta segunda-feira (2) ao STF (Supremo Tribunal Federal) que citações feitas pelo senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) em sua delação premiada sobre o banqueiro André Esteves, ex-controlador do BTG, sejam enviadas para análise do juiz Sergio Moro. Segundo a Folha apurou com pessoas próximas às investigações, a Procuradoria também solicitou que parte das menções seja incluída em inquéritos que já tramitam no Supremo. Os pedidos serão analisados pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo. Esteves já é alvo de dois inquéritos no STF que apuram seu envolvimento com o esquema de corrupção da Lava Jato. Em um deles, o banqueiro foi denunciado pela PGR por suposta participação numa trama para a compra do silêncio e evitar a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Em outra, ele é investigado em conjunto com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por suspeita de irregularidades na tramitação de medidas provisórias no Congresso. Em sua delação premiada, o senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) afirmou que é fato conhecido que "o presidente da Câmara funcionava como menino de recados de André Esteves, principalmente quando o assunto se relacionava a interesses do banco BTG, especialmente no que tange a emendas às medidas provisórias que tramitam no Congresso", diz. De acordo com a delação, o presidente da Câmara dos Deputados havia apresentado emenda a uma MP "possibilitando a utilização dos FCVS (Fundos de Compensação de Variações Salariais) para quitarem dívidas com a União", o que seria do interesse do BTG e Esteves. O fato está em análise no Supremo. Delcídio cita ainda que Esteves tem relação de proximidade com o pecuarista José Carlos Bumlai, réu na Lava Jato e amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, Bumlai cumpre prisão domiciliar, por determinação da Justiça do Paraná. O senador também afirmou que Esteves tinha preocupação com o projeto PetroÁfrica, uma operação, que segundo ele, é polêmica e levou a aquisição de 50% dos campos de petróleo, principalmente na Nigéria, pelo BTG. Delcídio disse que André Esteves, por meio do BTG, comprou 50% do PetroÁfrica pelo valor de US$ 1,5 bilhão, sendo que empresas de auditoria fizeram avaliação dos campos, tendo fixado valor de compra aproximado de US$ 2,7 bilhões. Ele apontou também que não isentava o negócio de ilicitude. Se o envio das menções for aceito por Teori, caberá a Moro avaliar se elas justificam ou não a abertura de uma nova linha de investigação envolvendo o banqueiro. OUTRO LADO A Folha não localizou a defesa do banqueiro na noite desta segunda. Os advogados de Esteves negam o envolvimento dele com irregularidades e com a Lava Jato.
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PGR pede que citações de Delcídio sobre André Esteves sejam enviadas a MoroA Procuradoria-Geral da República pediu nesta segunda-feira (2) ao STF (Supremo Tribunal Federal) que citações feitas pelo senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) em sua delação premiada sobre o banqueiro André Esteves, ex-controlador do BTG, sejam enviadas para análise do juiz Sergio Moro. Segundo a Folha apurou com pessoas próximas às investigações, a Procuradoria também solicitou que parte das menções seja incluída em inquéritos que já tramitam no Supremo. Os pedidos serão analisados pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo. Esteves já é alvo de dois inquéritos no STF que apuram seu envolvimento com o esquema de corrupção da Lava Jato. Em um deles, o banqueiro foi denunciado pela PGR por suposta participação numa trama para a compra do silêncio e evitar a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Em outra, ele é investigado em conjunto com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por suspeita de irregularidades na tramitação de medidas provisórias no Congresso. Em sua delação premiada, o senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) afirmou que é fato conhecido que "o presidente da Câmara funcionava como menino de recados de André Esteves, principalmente quando o assunto se relacionava a interesses do banco BTG, especialmente no que tange a emendas às medidas provisórias que tramitam no Congresso", diz. De acordo com a delação, o presidente da Câmara dos Deputados havia apresentado emenda a uma MP "possibilitando a utilização dos FCVS (Fundos de Compensação de Variações Salariais) para quitarem dívidas com a União", o que seria do interesse do BTG e Esteves. O fato está em análise no Supremo. Delcídio cita ainda que Esteves tem relação de proximidade com o pecuarista José Carlos Bumlai, réu na Lava Jato e amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, Bumlai cumpre prisão domiciliar, por determinação da Justiça do Paraná. O senador também afirmou que Esteves tinha preocupação com o projeto PetroÁfrica, uma operação, que segundo ele, é polêmica e levou a aquisição de 50% dos campos de petróleo, principalmente na Nigéria, pelo BTG. Delcídio disse que André Esteves, por meio do BTG, comprou 50% do PetroÁfrica pelo valor de US$ 1,5 bilhão, sendo que empresas de auditoria fizeram avaliação dos campos, tendo fixado valor de compra aproximado de US$ 2,7 bilhões. Ele apontou também que não isentava o negócio de ilicitude. Se o envio das menções for aceito por Teori, caberá a Moro avaliar se elas justificam ou não a abertura de uma nova linha de investigação envolvendo o banqueiro. OUTRO LADO A Folha não localizou a defesa do banqueiro na noite desta segunda. Os advogados de Esteves negam o envolvimento dele com irregularidades e com a Lava Jato.
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Brasil começa Rio-2016 em ritmo inferior a Londres e melhor que Pequim
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DOS ENVIADOS AO RIO Decorrido um quarto dos dias de disputa dos Jogos Olímpicos do Rio, ao final desta terça-feira (9) o Brasil somava duas medalhas. A judoca Rafaela Silva conquistou o ouro na categoria leve (até 57 kg) e o atirador Felipe Wu obteve a prata na pistola de ar 10 m. O desempenho, neste mesmo período, é inferior ao de Londres-2012 quando, ainda no primeiro dia, o Brasil já tinha três pódios —com um metal de cada cor. Mas é superior ao de Pequim-2008, quando ao final do quarto dia de competição o país tinha dois bronzes —com Ketleyn Quadros e Leandro Guilheiro, no judô. Ao longo destes primeiros dias de Olimpíada carioca, houve desempenhos surpreendentes na esgrima e no tênis de mesa, mas também chances perdidas de pódio. O COB (Comitê Olímpico do Brasil) estabeleceu como meta que a equipe fique entre as dez melhores do quadro de medalhas, pelo número total de pódios. Veja abaixo um resumo dos primeiros dias do país na Rio-2016: DECEPÇÕES Sarah Menezes - Judô Depois de um início de ciclo olímpico tumultuado, a piauiense começou 2016 com tudo e conquistou medalhas importantes em Grand Prix e Grand Slams. A expectativa era de que ela defendesse seu título olímpico no Rio, mas perdeu duas vezes e terminou sem medalha. Érika Miranda - Judô Foi ao pódio em todos os Mundiais deste ciclo olímpico, em 2013, 2014 e 2015, e chegou ao Rio como favorita na categoria até 52 kg. Até disputou a medalha de bronze, mas não subiu ao pódio. Ana Sátila - Canoagem slalom Uma das promessas da nova geração olímpica brasileira, ela foi eliminada logo na primeira descida em sua participação. Bruno Soares/Marcelo Melo - Tênis Os duplistas, vencedores de Grand Slam e costumeiramente entre os melhores do mundo, eram apontados como maior chance de pódio no tênis. Porém, deram adeus à Rio-2016 nesta terça-feira com uma derrota para dupla romena. Natação Embora tenha tido três finalistas, alguns nadadores pioraram muito suas marcas: Etiene Medeiros decaiu dois segundos nos 100 m costas, Guilherme Guido mais de um segundo também nos 100 m costas. Ambos tinham marcas para tentar entrar nas finais. Patrick Lourenço - Boxe O jovem carioca de 23 anos, promessa dos ringues e cotado ao pódio, perdeu logo na estreia para o colombiano Yuberjen Herney. SURPRESAS Felipe Wu - Tiro esportivo Liderou o ranking mundial e era cotado a medalha, mas por ser jovem havia dúvidas sobre a capacidade de segurar a pressão. Não só segurou como quase chegou ao ouro. Sua medalha de prata foi a primeira do tiro nacional desde os Jogos de 1920, em Antuérpia. Guilherme Toldo e Nathalie Moellhausen - Esgrima Obtiveram o melhor resultado da história da esgrima do país ao chegarem às quartas de final da competição. Antes de cair perante o italiano Daniele Garozzo, Toldo venceu até o atual campeão mundial, o japonês Yuki Ota. Mariana Silva - Judô Considerada antes a judoca do naipe feminino com menor chance de medalha, a paulista avançou até a semifinal, com direito a vitória sobre a campeã mundial de 2013, a israelense Yarden Gerbin. Perdeu duas lutas seguidas e terminou na quinta posição. Hugo Calderano - Tênis de mesa Igualou o melhor resultado brasileiro na história das disputas individuais ao avançar até as oitavas de final, onde sucumbiu diante do sexto colocado do ranking mundial, Jun Mizutani.
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esporte
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Brasil começa Rio-2016 em ritmo inferior a Londres e melhor que Pequim
DOS ENVIADOS AO RIO Decorrido um quarto dos dias de disputa dos Jogos Olímpicos do Rio, ao final desta terça-feira (9) o Brasil somava duas medalhas. A judoca Rafaela Silva conquistou o ouro na categoria leve (até 57 kg) e o atirador Felipe Wu obteve a prata na pistola de ar 10 m. O desempenho, neste mesmo período, é inferior ao de Londres-2012 quando, ainda no primeiro dia, o Brasil já tinha três pódios —com um metal de cada cor. Mas é superior ao de Pequim-2008, quando ao final do quarto dia de competição o país tinha dois bronzes —com Ketleyn Quadros e Leandro Guilheiro, no judô. Ao longo destes primeiros dias de Olimpíada carioca, houve desempenhos surpreendentes na esgrima e no tênis de mesa, mas também chances perdidas de pódio. O COB (Comitê Olímpico do Brasil) estabeleceu como meta que a equipe fique entre as dez melhores do quadro de medalhas, pelo número total de pódios. Veja abaixo um resumo dos primeiros dias do país na Rio-2016: DECEPÇÕES Sarah Menezes - Judô Depois de um início de ciclo olímpico tumultuado, a piauiense começou 2016 com tudo e conquistou medalhas importantes em Grand Prix e Grand Slams. A expectativa era de que ela defendesse seu título olímpico no Rio, mas perdeu duas vezes e terminou sem medalha. Érika Miranda - Judô Foi ao pódio em todos os Mundiais deste ciclo olímpico, em 2013, 2014 e 2015, e chegou ao Rio como favorita na categoria até 52 kg. Até disputou a medalha de bronze, mas não subiu ao pódio. Ana Sátila - Canoagem slalom Uma das promessas da nova geração olímpica brasileira, ela foi eliminada logo na primeira descida em sua participação. Bruno Soares/Marcelo Melo - Tênis Os duplistas, vencedores de Grand Slam e costumeiramente entre os melhores do mundo, eram apontados como maior chance de pódio no tênis. Porém, deram adeus à Rio-2016 nesta terça-feira com uma derrota para dupla romena. Natação Embora tenha tido três finalistas, alguns nadadores pioraram muito suas marcas: Etiene Medeiros decaiu dois segundos nos 100 m costas, Guilherme Guido mais de um segundo também nos 100 m costas. Ambos tinham marcas para tentar entrar nas finais. Patrick Lourenço - Boxe O jovem carioca de 23 anos, promessa dos ringues e cotado ao pódio, perdeu logo na estreia para o colombiano Yuberjen Herney. SURPRESAS Felipe Wu - Tiro esportivo Liderou o ranking mundial e era cotado a medalha, mas por ser jovem havia dúvidas sobre a capacidade de segurar a pressão. Não só segurou como quase chegou ao ouro. Sua medalha de prata foi a primeira do tiro nacional desde os Jogos de 1920, em Antuérpia. Guilherme Toldo e Nathalie Moellhausen - Esgrima Obtiveram o melhor resultado da história da esgrima do país ao chegarem às quartas de final da competição. Antes de cair perante o italiano Daniele Garozzo, Toldo venceu até o atual campeão mundial, o japonês Yuki Ota. Mariana Silva - Judô Considerada antes a judoca do naipe feminino com menor chance de medalha, a paulista avançou até a semifinal, com direito a vitória sobre a campeã mundial de 2013, a israelense Yarden Gerbin. Perdeu duas lutas seguidas e terminou na quinta posição. Hugo Calderano - Tênis de mesa Igualou o melhor resultado brasileiro na história das disputas individuais ao avançar até as oitavas de final, onde sucumbiu diante do sexto colocado do ranking mundial, Jun Mizutani.
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Rapaz é morto ao errar andar e tentar entrar no apartamento do vizinho
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O estudante e aprendiz Matheus Moreno das Chagas, 18, foi morto com um tiro no peito ao tentar entrar por engano no apartamento de um vizinho, um agente federal aposentado de 69 anos. O caso aconteceu na madrugada desta sexta (1º), em um condomínio fechado de Pirituba (zona norte). Segundo a polícia, Chagas passou a noite jogando boliche com amigos da escola. Por volta das 2h30, ele chegou em seu prédio e, alcoolizado, se confundiu e, em lugar de descer no 16º andar, onde morava, parou no 18º. Testemunhas afirmaram à polícia que o jovem forçou a fechadura, mexeu na maçaneta e chegou a bater na porta várias vezes. Segundo esse relato, o agente federal Claudécio Ferreira do Nascimento abriu a porta e atirou. O jovem morreu na hora, caído no chão da cozinha. A polícia diz ter achado com ele uma embalagem de cocaína. O agente aposentado fugiu com a mulher e se apresentou horas depois. Foi liberado depois de depor. Ele afirmou que encontrou o estudante em sua cozinha, achou que era um ladrão e atirou. A polícia disse não ter encontrado sinais de arrombamento. O agente afirmou ainda que perdeu a arma do crime durante a fuga. A polícia registrou o caso como invasão de domicílio e homicídio simples. Segundo a Secretaria da Segurança, não havia embasamento jurídico para prender o aposentado em flagrante, pois é preciso esclarecer se realmente houve invasão no apartamento e se ele agiu em legítima defesa. O rapaz cursava o terceiro ano do ensino médio e trabalhava como jovem aprendiz no Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo. Filho único, morava com a mãe, Verônica Gomes, 47, que é divorciada. "Foi a pior ligação que recebi na vida. Perdi a única pessoa que eu tinha. Perdi tudo", disse ela. A família diz que quer detalhes da porção de cocaína que a polícia diz ter achado.
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cotidiano
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Rapaz é morto ao errar andar e tentar entrar no apartamento do vizinhoO estudante e aprendiz Matheus Moreno das Chagas, 18, foi morto com um tiro no peito ao tentar entrar por engano no apartamento de um vizinho, um agente federal aposentado de 69 anos. O caso aconteceu na madrugada desta sexta (1º), em um condomínio fechado de Pirituba (zona norte). Segundo a polícia, Chagas passou a noite jogando boliche com amigos da escola. Por volta das 2h30, ele chegou em seu prédio e, alcoolizado, se confundiu e, em lugar de descer no 16º andar, onde morava, parou no 18º. Testemunhas afirmaram à polícia que o jovem forçou a fechadura, mexeu na maçaneta e chegou a bater na porta várias vezes. Segundo esse relato, o agente federal Claudécio Ferreira do Nascimento abriu a porta e atirou. O jovem morreu na hora, caído no chão da cozinha. A polícia diz ter achado com ele uma embalagem de cocaína. O agente aposentado fugiu com a mulher e se apresentou horas depois. Foi liberado depois de depor. Ele afirmou que encontrou o estudante em sua cozinha, achou que era um ladrão e atirou. A polícia disse não ter encontrado sinais de arrombamento. O agente afirmou ainda que perdeu a arma do crime durante a fuga. A polícia registrou o caso como invasão de domicílio e homicídio simples. Segundo a Secretaria da Segurança, não havia embasamento jurídico para prender o aposentado em flagrante, pois é preciso esclarecer se realmente houve invasão no apartamento e se ele agiu em legítima defesa. O rapaz cursava o terceiro ano do ensino médio e trabalhava como jovem aprendiz no Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo. Filho único, morava com a mãe, Verônica Gomes, 47, que é divorciada. "Foi a pior ligação que recebi na vida. Perdi a única pessoa que eu tinha. Perdi tudo", disse ela. A família diz que quer detalhes da porção de cocaína que a polícia diz ter achado.
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Fotos da Amazônia são projetadas na estátua do Cristo Redentor, no Rio
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A estátua do Cristo Redentor ganhou uma iluminação especial na noite deste sábado (5). Imagens relacionadas à Amazônia estão sendo projetadas no monumento em uma ação promovida pela organização não governamental WWF-Brasil (World Wide Fund for Nature). O Dia da Amazônia é celebrado no dia 5 de setembro. Uma imagem da face de Cristo - recorrente em ilustrações bíblicas - também foi projetada sobre o rosto da estátua. Parceria da WWF com a Arquidiocese do Rio e o Instituto Chico Mendes, a iniciativa teve o aval do papa Francisco, que enviou uma mensagem sobre a Amazônia. "Possa o Santuário do Cristo Redentor, com a imagem de Jesus com seus braços abertos sobre a exuberante paisagem da natureza servir de lembrança que - Não somos Deus. A Terra existe antes de nós, e foi-nos dada. Isto implica uma relação de reciprocidade responsável entre o ser humano e a natureza. Cada comunidade pode tomar da bondade da Terra aquilo de que necessita para sua sobrevivência. Mas tem também o dever de proteger e garantir a continuidade da sua fertilidade para as gerações futuras", disse o pontífice. Entre as imagens projetadas na estátua estão fotos produzidas pelos fotógrafos Adriano Gambarini, Edward Parker, Zigg Koch e Leonardo Milano.
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Fotos da Amazônia são projetadas na estátua do Cristo Redentor, no RioA estátua do Cristo Redentor ganhou uma iluminação especial na noite deste sábado (5). Imagens relacionadas à Amazônia estão sendo projetadas no monumento em uma ação promovida pela organização não governamental WWF-Brasil (World Wide Fund for Nature). O Dia da Amazônia é celebrado no dia 5 de setembro. Uma imagem da face de Cristo - recorrente em ilustrações bíblicas - também foi projetada sobre o rosto da estátua. Parceria da WWF com a Arquidiocese do Rio e o Instituto Chico Mendes, a iniciativa teve o aval do papa Francisco, que enviou uma mensagem sobre a Amazônia. "Possa o Santuário do Cristo Redentor, com a imagem de Jesus com seus braços abertos sobre a exuberante paisagem da natureza servir de lembrança que - Não somos Deus. A Terra existe antes de nós, e foi-nos dada. Isto implica uma relação de reciprocidade responsável entre o ser humano e a natureza. Cada comunidade pode tomar da bondade da Terra aquilo de que necessita para sua sobrevivência. Mas tem também o dever de proteger e garantir a continuidade da sua fertilidade para as gerações futuras", disse o pontífice. Entre as imagens projetadas na estátua estão fotos produzidas pelos fotógrafos Adriano Gambarini, Edward Parker, Zigg Koch e Leonardo Milano.
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Tufão Etau traz fortes chuvas e causa graves inundações no Japão
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O tufão Etau trouxe nesta quinta-feira fortes chuvas para o centro e o leste do Japão, onde ocorreram graves inundações, que deixaram pelo menos um desaparecido e dezenas de feridos, além de terem forçado a retirada de quase 100 mil pessoas. A Agência Meteorológica do Japão (JMA, sigla em inglês) decretou o nível máximo de alerta nas prefeituras japonesas de Ibaraki e Tochigi, devido à previsão de fortes chuvas, inundações e deslizamentos de terra. Leia a reportagem completa aqui
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Tufão Etau traz fortes chuvas e causa graves inundações no JapãoO tufão Etau trouxe nesta quinta-feira fortes chuvas para o centro e o leste do Japão, onde ocorreram graves inundações, que deixaram pelo menos um desaparecido e dezenas de feridos, além de terem forçado a retirada de quase 100 mil pessoas. A Agência Meteorológica do Japão (JMA, sigla em inglês) decretou o nível máximo de alerta nas prefeituras japonesas de Ibaraki e Tochigi, devido à previsão de fortes chuvas, inundações e deslizamentos de terra. Leia a reportagem completa aqui
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MBL vai ao STF por impeachment de Marco Aurélio e cita ministro
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O MBL (Movimento Brasil Livre) recorreu nesta terça-feira (13) para que o STF (Supremo Tribunal Federal) determine ao Senado que dê prosseguimento ao processo de impeachment do ministro Marco Aurélio Mello. Segundo a ação, não cabe ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fazer análise de mérito para dar início ao processo de impedimento. O movimento cita inclusive decisão de Marco Aurélio que recentemente determinou que a Câmara comece a analisar o processo de impeachment do vice-presidente Michel Temer também por entender que não era atribuição do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avaliar o mérito do pedido de impedimento de Temer. "Nestes moldes, observando-se a forma da disposição legal retro e, tomando por base a recente jurisprudência, que abaixo é colacionada, não cabe ao presidente do Senado, ora Impetrado o juízo de valor sobre o recebimento, ou não, da representação por crime de responsabilidade apresentada", diz o texto do advogado Rubens Alberto Gatti Nunes. Na semana passada, Renan arquivou pedido de impeachment do ministro do STF protocolado pelo Movimento Brasil Livre, que defende a saída da presidente Dilma Rousseff. O peemedebista comunicou sua decisão ao plenário nesta noite e, durante sua fala, teceu críticas veladas à decisão do ministro que determinou à Câmara dos Deputados dar seguimento ao pedido de impeachment do vice-presidente. "Não podemos ser levianos com a democracia, não podemos menosprezar ou subestimar a importância da separação dos Poderes da República. É hora mais do que nunca de o Poder Legislativo ser Poder Legislativo, o Poder Judiciário atuar como Poder Judiciário e o Poder Executivo se portar como Executivo. Cada um exercendo e se limitando a sua competência. A interferência de um poder no outro é o maior desserviço que se pode fazer à República", disse. Apesar das críticas, Renan afirmou que o ministro não cometeu crime de responsabilidade, como alegado pelo MBL. Para o grupo, Marco Aurélio passou por cima da separação dos três Poderes da República ao intervir em um ato do presidente da Câmara, que havia arquivado o processo contra Temer. O presidente do Senado também informou que o representante do MBL, Rubens Nunes, que foi quem protocolou o pedido, não anexou à denúncia todos os seus documentos pessoais exigidos.
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MBL vai ao STF por impeachment de Marco Aurélio e cita ministroO MBL (Movimento Brasil Livre) recorreu nesta terça-feira (13) para que o STF (Supremo Tribunal Federal) determine ao Senado que dê prosseguimento ao processo de impeachment do ministro Marco Aurélio Mello. Segundo a ação, não cabe ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fazer análise de mérito para dar início ao processo de impedimento. O movimento cita inclusive decisão de Marco Aurélio que recentemente determinou que a Câmara comece a analisar o processo de impeachment do vice-presidente Michel Temer também por entender que não era atribuição do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avaliar o mérito do pedido de impedimento de Temer. "Nestes moldes, observando-se a forma da disposição legal retro e, tomando por base a recente jurisprudência, que abaixo é colacionada, não cabe ao presidente do Senado, ora Impetrado o juízo de valor sobre o recebimento, ou não, da representação por crime de responsabilidade apresentada", diz o texto do advogado Rubens Alberto Gatti Nunes. Na semana passada, Renan arquivou pedido de impeachment do ministro do STF protocolado pelo Movimento Brasil Livre, que defende a saída da presidente Dilma Rousseff. O peemedebista comunicou sua decisão ao plenário nesta noite e, durante sua fala, teceu críticas veladas à decisão do ministro que determinou à Câmara dos Deputados dar seguimento ao pedido de impeachment do vice-presidente. "Não podemos ser levianos com a democracia, não podemos menosprezar ou subestimar a importância da separação dos Poderes da República. É hora mais do que nunca de o Poder Legislativo ser Poder Legislativo, o Poder Judiciário atuar como Poder Judiciário e o Poder Executivo se portar como Executivo. Cada um exercendo e se limitando a sua competência. A interferência de um poder no outro é o maior desserviço que se pode fazer à República", disse. Apesar das críticas, Renan afirmou que o ministro não cometeu crime de responsabilidade, como alegado pelo MBL. Para o grupo, Marco Aurélio passou por cima da separação dos três Poderes da República ao intervir em um ato do presidente da Câmara, que havia arquivado o processo contra Temer. O presidente do Senado também informou que o representante do MBL, Rubens Nunes, que foi quem protocolou o pedido, não anexou à denúncia todos os seus documentos pessoais exigidos.
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Concorrente chinês da JBS busca ampliar mercado nos EUA e na Europa
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O grupo chinês WH Group, proprietário da Smithfield Foods, maior produtor mundial de carne de porco, está buscando ampliar suas atividades com carne bovina e de aves, em um movimento que deve aumentar a concorrência com os grandes processadores de carnes globais JBS e Tyson Foods. O grupo busca comprar novos ativos nos Estados Unidos e na Europa. Essa expansão de operações aproximaria a Smithfield de concorrentes como Tyson, JBS e BRF. O presidente-executivo da Smithfield, Ken Sullivan, disse à Reuters que está interessado no potencial de diversificação para outras carnes para ampliar o portfólio de produtos da empresa, embora nenhum acordo seja iminente. "Somos uma empresa de alimentos", disse ele. "Ninguém disse que nós somos estritamente uma empresa de porco." Sullivan não forneceu mais detalhes, mas o grupo controlador WH está à procura de ativos em carne bovina e de aves nos Estados Unidos e na Europa, de acordo com Luis Chein, diretor de relações com investidores do WH Group. Ele se recusou a nomear alvos específicos. A JBS, maior processadora de carne do mundo, anunciou na terça-feira (6) a venda de ativos na América do Sul, no primeiro acordo da empresa desde que seus fundadores admitiram pagar subornos a políticos em troca de favores. Questionada, a JBS disse que seus principais ativos dos EUA, incluindo a empresa de frangos Pilgrim's Pride Corp, não estão à venda. Um movimento para adquirir ativos de carne bovina e de aves seria uma reviravolta para a Smithfield, que concordou em vender operações de carne de bovina nos Estados Unidos para a JBS em 2008 por cerca de US$ 565 milhões e uma participação no produtor de peru Butterball LLC por cerca de US$ 175 milhões em 2010.
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Concorrente chinês da JBS busca ampliar mercado nos EUA e na EuropaO grupo chinês WH Group, proprietário da Smithfield Foods, maior produtor mundial de carne de porco, está buscando ampliar suas atividades com carne bovina e de aves, em um movimento que deve aumentar a concorrência com os grandes processadores de carnes globais JBS e Tyson Foods. O grupo busca comprar novos ativos nos Estados Unidos e na Europa. Essa expansão de operações aproximaria a Smithfield de concorrentes como Tyson, JBS e BRF. O presidente-executivo da Smithfield, Ken Sullivan, disse à Reuters que está interessado no potencial de diversificação para outras carnes para ampliar o portfólio de produtos da empresa, embora nenhum acordo seja iminente. "Somos uma empresa de alimentos", disse ele. "Ninguém disse que nós somos estritamente uma empresa de porco." Sullivan não forneceu mais detalhes, mas o grupo controlador WH está à procura de ativos em carne bovina e de aves nos Estados Unidos e na Europa, de acordo com Luis Chein, diretor de relações com investidores do WH Group. Ele se recusou a nomear alvos específicos. A JBS, maior processadora de carne do mundo, anunciou na terça-feira (6) a venda de ativos na América do Sul, no primeiro acordo da empresa desde que seus fundadores admitiram pagar subornos a políticos em troca de favores. Questionada, a JBS disse que seus principais ativos dos EUA, incluindo a empresa de frangos Pilgrim's Pride Corp, não estão à venda. Um movimento para adquirir ativos de carne bovina e de aves seria uma reviravolta para a Smithfield, que concordou em vender operações de carne de bovina nos Estados Unidos para a JBS em 2008 por cerca de US$ 565 milhões e uma participação no produtor de peru Butterball LLC por cerca de US$ 175 milhões em 2010.
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Romancista americano Robert Stone morre aos 77 anos
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O escritor americano Robert Stone morreu neste sábado (10) aos 77 anos em sua casa em Key West, na Flórida (EUA), informou neste domingo (11) o jornal "The New York Times". De acordo com seu assessor, o autor nova-iorquino, nascido no Brooklyn em 1937, faleceu por conta de uma doença pulmonar crônica. Stone foi duas vezes finalista do prêmio Pulitzer e ganhou em 1975 o National Book Award por seu romance "Dog Soldiers", no qual narra a história de um jornalista que trafica heroína do Vietnã, país no qual o escritor esteve como correspondente durante a guerra. "Dog Soldiers" foi adaptado ao cinema em 1978 com o título "Who'll Stop the Rain", um filme protagonizado por Nick Nolte. Stone era considerado como um dos escritores que melhor soube capturar os problemas dos Estados Unidos nas décadas de 60 e 70. Entre suas obras também se destacam "A Flag for Sunrise", "Outerbridge Reach" e "Damascus Gate". Seu último livro foi publicado "Death of the Black-Haired Girl", em 2013.
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Romancista americano Robert Stone morre aos 77 anosO escritor americano Robert Stone morreu neste sábado (10) aos 77 anos em sua casa em Key West, na Flórida (EUA), informou neste domingo (11) o jornal "The New York Times". De acordo com seu assessor, o autor nova-iorquino, nascido no Brooklyn em 1937, faleceu por conta de uma doença pulmonar crônica. Stone foi duas vezes finalista do prêmio Pulitzer e ganhou em 1975 o National Book Award por seu romance "Dog Soldiers", no qual narra a história de um jornalista que trafica heroína do Vietnã, país no qual o escritor esteve como correspondente durante a guerra. "Dog Soldiers" foi adaptado ao cinema em 1978 com o título "Who'll Stop the Rain", um filme protagonizado por Nick Nolte. Stone era considerado como um dos escritores que melhor soube capturar os problemas dos Estados Unidos nas décadas de 60 e 70. Entre suas obras também se destacam "A Flag for Sunrise", "Outerbridge Reach" e "Damascus Gate". Seu último livro foi publicado "Death of the Black-Haired Girl", em 2013.
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Dança como cinema é tema de debate no Centro Universitário Maria Antonia
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Nesta quinta (25), às 19h30, Cristian Borges, professor da ECA-USP, e Inês Bogéa, diretora da São Paulo Companhia de dança, realizam o debate "Perspectivas da dança como cinema", no Centro Universitário Maria Antonia, na r. Maria Antonia, 258, tel. (11) 3123-5200. A conversa faz parte da programação "Dança como Cinema", curada por Borges em parceria com o pesquisador francês Xavier Baert, da Cinémathèque de la Danse, do Centro Nacional da Dança de Paris. A mostra fica em cartaz no Cinusp Paulo Emílio (na Cidade Universitária) e na sala Carlos Reichenbach do Maria Antonia até o dia 4/9. Foram escolhidos 50 curtas, vários raros e inéditos no Brasil,além dos longas "O Grande Mestre", obra recente de Wong Kar-Wai, e "Belezas em Revista", coreografado por Busby Berkeley. Os curtas foram divididos em sessões autorais (com nomes como Maya Deren, José Agrippino de Paula e Maria Esther Stockler, Norman McLaren, Philippe Decouflé e Ed Emshmiller) e sessões temáticas (Primeiros Passos, Diretoras e Coreógrafas, Danças Visionárias, Corpos Animados, Dança em Cena e Corpos de Imagens). A seleção mostra as várias abordagens deste gênero que parte da dança e avança para a linguagem audiovisual. Já o debate desta quinta será uma reflexão sobre este tipo de dança que vai além do mero registo e só existe no cinema e o o gênero de filme que só é possível criar com a dança. * PERSPECTIVAS DA DANÇA COMO CINEMA QUANDO qui., 25, às 19h30 ONDE Centro Universitário Maria Antonia, r. Maria Antonia, 258, tel. (11) 3123-5200 QUANTO grátis
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Dança como cinema é tema de debate no Centro Universitário Maria AntoniaNesta quinta (25), às 19h30, Cristian Borges, professor da ECA-USP, e Inês Bogéa, diretora da São Paulo Companhia de dança, realizam o debate "Perspectivas da dança como cinema", no Centro Universitário Maria Antonia, na r. Maria Antonia, 258, tel. (11) 3123-5200. A conversa faz parte da programação "Dança como Cinema", curada por Borges em parceria com o pesquisador francês Xavier Baert, da Cinémathèque de la Danse, do Centro Nacional da Dança de Paris. A mostra fica em cartaz no Cinusp Paulo Emílio (na Cidade Universitária) e na sala Carlos Reichenbach do Maria Antonia até o dia 4/9. Foram escolhidos 50 curtas, vários raros e inéditos no Brasil,além dos longas "O Grande Mestre", obra recente de Wong Kar-Wai, e "Belezas em Revista", coreografado por Busby Berkeley. Os curtas foram divididos em sessões autorais (com nomes como Maya Deren, José Agrippino de Paula e Maria Esther Stockler, Norman McLaren, Philippe Decouflé e Ed Emshmiller) e sessões temáticas (Primeiros Passos, Diretoras e Coreógrafas, Danças Visionárias, Corpos Animados, Dança em Cena e Corpos de Imagens). A seleção mostra as várias abordagens deste gênero que parte da dança e avança para a linguagem audiovisual. Já o debate desta quinta será uma reflexão sobre este tipo de dança que vai além do mero registo e só existe no cinema e o o gênero de filme que só é possível criar com a dança. * PERSPECTIVAS DA DANÇA COMO CINEMA QUANDO qui., 25, às 19h30 ONDE Centro Universitário Maria Antonia, r. Maria Antonia, 258, tel. (11) 3123-5200 QUANTO grátis
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Douglas Costa defende esquema sem centroavante fixo contra o Uruguai
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Destaque da seleção na última partida, o meia-atacante Douglas Costa defendeu a manutenção do esquema sem um centroavante fixo pra a partida contra o Uruguai, nesta sexta (22), em Pernambuco, pelas eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia. Na vitória sobre o Peru, por 3 a 0, em novembro, Dunga escalou o time com Neymar, Douglas Costa e Willian se revezando pelo setor ofensivo. "No último jogo deu certo com nós três soltos e não teria porque mudar. Não adianta mudar no que está dando certo'", afirmou o meia-atacante do Bayern de Munique. Se Dunga manter o esquema em Pernambuco, o santista Ricardo Oliveira, que marcou 37 gols no ano passado, e Jonas, do Benfica, que já fez 29 gols em 2016, ficarão no banco de reservas na Arena Pernambuco. A seleção está em terceiro lugar nas eliminatórias da Copa, com sete pontos. O Uruguai é o vice-líder, com nove pontos. Com 100 % de aproveitamento, o Equador está em primeiro lugar com 12 pontos. No esquema sem centroavante fixo, Douglas disse que o objetivo é ajudar a Neymar fazer os gols. "Temos esse papel e trabalhamos para criar chances para o Neymar'', acrescentou. Na tarde desta terça (22), Dunga vai comandar o segundo treino na Granja Comary. Mesmo assim, ele deverá poupar alguns jogadores. Seis convocados (David Luiz, Marquinhos, Alex Sandro, Jonas, Hulk e Phillipe Coutinho) chegaram na manhã desta terça em Teresópolis. Neymar, que se apresentou na noite desta segunda (21), vai treinar no campo.
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Douglas Costa defende esquema sem centroavante fixo contra o UruguaiDestaque da seleção na última partida, o meia-atacante Douglas Costa defendeu a manutenção do esquema sem um centroavante fixo pra a partida contra o Uruguai, nesta sexta (22), em Pernambuco, pelas eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia. Na vitória sobre o Peru, por 3 a 0, em novembro, Dunga escalou o time com Neymar, Douglas Costa e Willian se revezando pelo setor ofensivo. "No último jogo deu certo com nós três soltos e não teria porque mudar. Não adianta mudar no que está dando certo'", afirmou o meia-atacante do Bayern de Munique. Se Dunga manter o esquema em Pernambuco, o santista Ricardo Oliveira, que marcou 37 gols no ano passado, e Jonas, do Benfica, que já fez 29 gols em 2016, ficarão no banco de reservas na Arena Pernambuco. A seleção está em terceiro lugar nas eliminatórias da Copa, com sete pontos. O Uruguai é o vice-líder, com nove pontos. Com 100 % de aproveitamento, o Equador está em primeiro lugar com 12 pontos. No esquema sem centroavante fixo, Douglas disse que o objetivo é ajudar a Neymar fazer os gols. "Temos esse papel e trabalhamos para criar chances para o Neymar'', acrescentou. Na tarde desta terça (22), Dunga vai comandar o segundo treino na Granja Comary. Mesmo assim, ele deverá poupar alguns jogadores. Seis convocados (David Luiz, Marquinhos, Alex Sandro, Jonas, Hulk e Phillipe Coutinho) chegaram na manhã desta terça em Teresópolis. Neymar, que se apresentou na noite desta segunda (21), vai treinar no campo.
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Locais de prova da Olimpíada ainda têm problemas de acabamento à vista
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LUCAS VETTORAZZO DO RIO Já está tudo pronto para festa. Mas falta muita coisa. Fica a vontade, mas não repare na bagunça. Uma visita às principais instalações dos Jogos Olímpicos, cuja cerimônia de abertura ocorre na noite desta sexta-feira (5), mostra que os locais de competição estão prontos para receber partidas. Há, contudo, diversos problemas de falta de acabamento, como fios expostos em área de circulação do público, banheiros sem lixeiras, banners ainda não instalados e atletas treinando com o som de marteladas ao fundo. A Folha visitou na quinta-feira (4) as principais instalações do Parque Olímpico da Barra e listou uma série de pequenos problemas. Em uma metáfora que circula nas redes sociais, seria como aquele anfitrião que convida para a festa, mas que recebe os convidados enquanto ainda enche os balões de ar e enrola os brigadeiros. Alguns dos problemas são visíveis ao público. Outros estão nas áreas de serviços da arenas, fechadas ao público, mas à vista dos milhares de jornalistas, brasileiros e estrangeiros, que cobrem o evento. Quem chega de BRT ao parque dá de cara com uma passarela em forma de caracol, absolutamente bem pintada de branco. Visualmente sem problemas, é o olfato que nota algo errado. Uma água marrom esverdeada, suja de esgoto, corre por debaixo da estrutura. É o prenúncio de que à primeira vista tudo está bonito, mas nem tudo resiste a um olhar mais atento aos detalhes. FIOS EXPOSTOS Na arena de tênis foi onde a reportagem encontrou a maior quantidade de problemas somados. Muitas das placas de sinalização são feitas com papéis colocados em envelopes transparentes e fixados nas paredes ou nas grades com fita adesiva e lacres de plástico. Uma clara indicação de que foram postas de última hora, já que o restante das placas da Olimpíada é de vinil verde. Um atleta da Sérvia treinava na tarde de quinta ainda ao som de marteladas. Os banners da Rio-2016 no fundo da quadra ainda não tinham sido instalados. No lugar deles, cinco tapumes pretos aguardavam seu "embelezamento". Do lado de fora, diversas partes da estrutura ficavam na altura da cabeça sem aviso de cuidado ou fitas indicativas. Pilastras manchadas de sujeira e ainda com marcações de obra– números utilizados pela engenharia– podiam ser vistas. Em um dos acessos na área de serviço, um trecho de quase um metro do chão estava danificado, criando uma espécie de calha no meio do caminho. SINALIZAÇÃO A sinalização é de longe o que parece mais atrasado. No meio do passeio que dá acesso a todas as arenas do Parque Olímpico, apenas um totem com o mapa do local foi visto. Muitas placas indicavam direções que não correspondiam ao caminho. A Folha encontrou voluntários perdidos, sem saber para onde seguir. Um disse que estava há uma hora e meia tentando encontrar o local em que foi escalado para trabalhar. Ninguém quis se identificar com medo de represálias. Na Lagoa Rodrigo de Freitas, onde serão disputadas provas de remo, por exemplo, as setas que indicavam a saída levavam a lugar nenhum. ACESSIBILIDADE Cadeirantes podem passar por momentos de pouca privacidade em algumas arenas. Banheiros com acessibilidade estavam sem tranca no Centro Olímpico de Tênis e no Parque Aquático Maria Lenk, que receberá provas de saltos ornamentais, nado sincronizado e polo aquático. Visitantes cegos podem ter dificuldade para se locomover no entorno da Arena Carioca 3. A faixa amarela em relevo, que indica o caminho para aqueles que não podem enxergar, se desprendeu em um dos pontos do trajeto. Atrás da Arena Carioca 1, que recebe o basquete, um funcionário refazia um trecho da calçada. Sem se identificar, disse que era devido à mudança de projeto. BANHEIROS Nesta quarta (3), durante o jogo de futebol feminino entre Brasil e China, não havia lixeira nos banheiros e o público jogava papéis em um saco preto no chão. No Velódromo, um dos locais que enfrentou maior atraso na obra, os dispensários para tolhas de papel e para sabonete ainda não tinham sido instalados. O teto de gesso rebaixado próximo à arquibancada inferior estava incompleto. Homens instalavam equipamentos em uma das lojas de comida enquanto a seleção feminina da Inglaterra dava voltas na pista. A reportagem encontrou fios expostos em locais de acesso ao público no Velódromo, no Estádio Aquático e na Arena Carioca 3, onde ocorrerão disputas da esgrima. Atrás da Vila dos Atletas, em uma das vias onde passam os ônibus que fazem o transporte de profissionais de mídia, um poste está instalado fora da calçada, na lateral da pista. Dois outros postes foram vistos no chão entre o Centro de Mídia e o Parque dos Atletas. Assim que começarem as competições de maior apelo, o visitante pode ter que enfrentar longas filas. Na tarde de quinta, a força de trabalho esperava 30 minutos para passar pelo detector de metais– algo também vistos nas entradas do centro de mídia. Dos dez postos de checagem, apenas cinco tinham funcionários fazendo a revista e passando bolsas pelo raio-x. Diante da demora, funcionários abriram mão de pedir ao público que retirassem notebooks de dentro das mochilas, regra de segurança que é obrigatória. OUTRO LADO Procurada, o comitê da Rio-2016 informou que algumas arenas ainda passam por ajustes finais. Oficialmente, afirmou que "a Rio 2016 sempre atuou e continuará atuando para que a experiência dos atletas, público e todos os envolvidos seja a melhor possível". Colaboraram CAMILA MATTOSO, MARIANA LAJOLO E ANTÔNIO PRATA
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Locais de prova da Olimpíada ainda têm problemas de acabamento à vista
LUCAS VETTORAZZO DO RIO Já está tudo pronto para festa. Mas falta muita coisa. Fica a vontade, mas não repare na bagunça. Uma visita às principais instalações dos Jogos Olímpicos, cuja cerimônia de abertura ocorre na noite desta sexta-feira (5), mostra que os locais de competição estão prontos para receber partidas. Há, contudo, diversos problemas de falta de acabamento, como fios expostos em área de circulação do público, banheiros sem lixeiras, banners ainda não instalados e atletas treinando com o som de marteladas ao fundo. A Folha visitou na quinta-feira (4) as principais instalações do Parque Olímpico da Barra e listou uma série de pequenos problemas. Em uma metáfora que circula nas redes sociais, seria como aquele anfitrião que convida para a festa, mas que recebe os convidados enquanto ainda enche os balões de ar e enrola os brigadeiros. Alguns dos problemas são visíveis ao público. Outros estão nas áreas de serviços da arenas, fechadas ao público, mas à vista dos milhares de jornalistas, brasileiros e estrangeiros, que cobrem o evento. Quem chega de BRT ao parque dá de cara com uma passarela em forma de caracol, absolutamente bem pintada de branco. Visualmente sem problemas, é o olfato que nota algo errado. Uma água marrom esverdeada, suja de esgoto, corre por debaixo da estrutura. É o prenúncio de que à primeira vista tudo está bonito, mas nem tudo resiste a um olhar mais atento aos detalhes. FIOS EXPOSTOS Na arena de tênis foi onde a reportagem encontrou a maior quantidade de problemas somados. Muitas das placas de sinalização são feitas com papéis colocados em envelopes transparentes e fixados nas paredes ou nas grades com fita adesiva e lacres de plástico. Uma clara indicação de que foram postas de última hora, já que o restante das placas da Olimpíada é de vinil verde. Um atleta da Sérvia treinava na tarde de quinta ainda ao som de marteladas. Os banners da Rio-2016 no fundo da quadra ainda não tinham sido instalados. No lugar deles, cinco tapumes pretos aguardavam seu "embelezamento". Do lado de fora, diversas partes da estrutura ficavam na altura da cabeça sem aviso de cuidado ou fitas indicativas. Pilastras manchadas de sujeira e ainda com marcações de obra– números utilizados pela engenharia– podiam ser vistas. Em um dos acessos na área de serviço, um trecho de quase um metro do chão estava danificado, criando uma espécie de calha no meio do caminho. SINALIZAÇÃO A sinalização é de longe o que parece mais atrasado. No meio do passeio que dá acesso a todas as arenas do Parque Olímpico, apenas um totem com o mapa do local foi visto. Muitas placas indicavam direções que não correspondiam ao caminho. A Folha encontrou voluntários perdidos, sem saber para onde seguir. Um disse que estava há uma hora e meia tentando encontrar o local em que foi escalado para trabalhar. Ninguém quis se identificar com medo de represálias. Na Lagoa Rodrigo de Freitas, onde serão disputadas provas de remo, por exemplo, as setas que indicavam a saída levavam a lugar nenhum. ACESSIBILIDADE Cadeirantes podem passar por momentos de pouca privacidade em algumas arenas. Banheiros com acessibilidade estavam sem tranca no Centro Olímpico de Tênis e no Parque Aquático Maria Lenk, que receberá provas de saltos ornamentais, nado sincronizado e polo aquático. Visitantes cegos podem ter dificuldade para se locomover no entorno da Arena Carioca 3. A faixa amarela em relevo, que indica o caminho para aqueles que não podem enxergar, se desprendeu em um dos pontos do trajeto. Atrás da Arena Carioca 1, que recebe o basquete, um funcionário refazia um trecho da calçada. Sem se identificar, disse que era devido à mudança de projeto. BANHEIROS Nesta quarta (3), durante o jogo de futebol feminino entre Brasil e China, não havia lixeira nos banheiros e o público jogava papéis em um saco preto no chão. No Velódromo, um dos locais que enfrentou maior atraso na obra, os dispensários para tolhas de papel e para sabonete ainda não tinham sido instalados. O teto de gesso rebaixado próximo à arquibancada inferior estava incompleto. Homens instalavam equipamentos em uma das lojas de comida enquanto a seleção feminina da Inglaterra dava voltas na pista. A reportagem encontrou fios expostos em locais de acesso ao público no Velódromo, no Estádio Aquático e na Arena Carioca 3, onde ocorrerão disputas da esgrima. Atrás da Vila dos Atletas, em uma das vias onde passam os ônibus que fazem o transporte de profissionais de mídia, um poste está instalado fora da calçada, na lateral da pista. Dois outros postes foram vistos no chão entre o Centro de Mídia e o Parque dos Atletas. Assim que começarem as competições de maior apelo, o visitante pode ter que enfrentar longas filas. Na tarde de quinta, a força de trabalho esperava 30 minutos para passar pelo detector de metais– algo também vistos nas entradas do centro de mídia. Dos dez postos de checagem, apenas cinco tinham funcionários fazendo a revista e passando bolsas pelo raio-x. Diante da demora, funcionários abriram mão de pedir ao público que retirassem notebooks de dentro das mochilas, regra de segurança que é obrigatória. OUTRO LADO Procurada, o comitê da Rio-2016 informou que algumas arenas ainda passam por ajustes finais. Oficialmente, afirmou que "a Rio 2016 sempre atuou e continuará atuando para que a experiência dos atletas, público e todos os envolvidos seja a melhor possível". Colaboraram CAMILA MATTOSO, MARIANA LAJOLO E ANTÔNIO PRATA
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Líderes de principais siglas acertam anistia para caixa dois
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acertou nesta quarta-feira (23) com líderes dos principais partidos políticos a emenda que pretende anistiar a prática do caixa dois eleitoral e que pode livrar a maioria dos alvos da Operação Lava Jato. O acerto foi feito em almoço realizado na residência oficial da presidência da Câmara, horas antes de a comissão especial que analisa o pacote de medidas anticorrupção aprovar por 30 votos a zero o texto do relator, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). A intenção era incluir a anistia por meio de uma emenda na votação em plenário, o que pode ocorrer já na manhã desta quinta (24). Segundo a Folha apurou, o texto da emenda estabelece na legislação que não sofrerão punição aqueles que receberam doações, contabilizadas ou não, de valores, serviços e bens para atividades eleitorais e partidárias realizadas até a data da entrada em vigor da regra. Esse texto abre margem para livrar grande parte dos alvos da Operação Lava Jato, já que os políticos que receberam recursos desviados da Petrobras, via empreiteiras, têm argumentado que usaram esse dinheiro em campanhas ou atividades partidárias, declaradas à Justiça ou não –essa segunda hipótese é o chamado caixa dois. O apoio à emenda rachou o PT. Enquanto um grupo de 26 deputados petistas assinou manifesto repudiando a manobra, outra ala recolhia assinaturas para respaldar o líder da legenda, Afonso Florence (PT-BA), a também assinar a emenda a favor da anistia do caixa dois. O principal temor do mundo político hoje é com a delação premiada da empreiteira Odebrecht, a maior do país e tradicional financiadora de congressistas. Estima-se que mais de cem políticos sejam incriminados após o acordo da empresa com as autoridades da Lava Jato. A Folha apurou que as negociações para a emenda da anistia também envolvem o Senado Federal, que teria se comprometido a votar a medida rapidamente. Em setembro, a Câmara tentou aprovar a medida em uma votação-relâmpago, mas após a manobra vir a público as legendas nanicas de esquerda PSOL e Rede conseguiram barrar a votação. A sessão da comissão para debater e votar o pacote de dez medidas apresentado pelo Ministério Público Federal com o objetivo alegado de combater a corrupção durou mais de 13 horas. Sob pressão, Onyx alterou seu relatório várias vezes, sendo algumas mudanças motivadas aos berros pelos deputados no plenário. Ao final, insinuou, sem dar nomes, ter recebido propostas indecorosas: "Resisti a facilidades, resisti a propostas de conveniência, as pressões foram terríveis". O relator começou a analisar há alguns meses as dez medidas, as elevou para 18, depois recuou para 17, em seguida reduziu para 12. Em um dos exemplos da confusão, o relator estabeleceu que uma série de crimes seriam considerados hediondos caso o desvio fosse superior a R$ 88 mil, ou seja, cem salários mínimos.Na noite dessa quarta, esse piso subiu para R$ 8,8 milhões, ou 10 mil salários mínimos. Em outro exemplo, Onyx acolheu emenda do deputado Espiridião Amin (PP-SC) para limitar a um ano o prazo máximo do oferecimento de denúncia pelo Ministério Público. Caso contrário, a investigação seria arquivada. Sob protestos de que essa medida poderia enterrar a Lava Jato, Onyx retirou a proposta na hora da votação. Na votação do primeiro "destaque" os deputados rejeitaram uma das propostas originais do Ministério Público, de submeter funcionários públicos ao chamado "teste de integridade" –simulação de situações para avaliar a honestidade de servidores. As principais polêmicas, porém, ficaram para serem definidas no plenário. Além da emenda da anistia, deputados deve incluir o endurecimento da punição a juízes e integrantes do Ministério Público que cometerem ilícito. As propostas originais do Ministério Público reduzem prazos processuais, elevam penas e tipificam crimes hoje inexistentes na legislação, entre outros pontos. A maioria das medidas foi mantida, mas com várias alterações. * VEJA OS PRINCIPAIS PONTOS QUE RESTARAM NO PACOTE 1) Prevenção à corrupção, transparência e fontes de informação dos investigadores - Divulgação estatística dos processos, cíveis e penais, referentes à corrupção 2) Crime de enriquecimento ilícito de funcionários públicos - Tipifica o crime, com pena de 3 a 8 anos, mais multa 3) Crimes contra a administração pública - Eleva penas para crimes contra a administração pública e os coloca no rol de crimes hediondos caso o valor desviado seja maior do que R$ 8,8 milhões (10 mil salários mínimos) 4) Ação de improbidade administrativa - Agiliza o processo e confere legitimidade ao Ministério Público para celebrar acordo de leniência com pessoas físicas e jurídicas 5) Prescrição - Endurece as regras para que os réus se livrem devido à morosidade judicial 6) Caixa dois - Criminaliza especificamente o crime de caixa dois eleitoral e responsabiliza também os partidos políticos pela prática 7) Perda de bens Estabelece perda de bens ou valores que tenham origem em atividade ilícita grave 8) Delação - Cria a figura do "reportante do bem". A pessoa que passar informação sobre crime ao qual não esteja envolvida terá direito a proteção de identidade e receberá parte dos valores ressarcidos e das multas aplicadas aos infratores 9) Acordos - Defesa e acusação poderão em crimes menos graves fazer um "acordo de culpa", com definição da pena, cabendo ao juiz a homologação. Objetivo é simplificar os processos e desafogar a Justiça. 10) Ação popular Reforma as regras da ação popular, ampliando o alcance da medida 11) Recursos - Extinguem-se alguns recursos considerados meramente protelatórios 12) Provas - Dificulta a anulação de provas
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Líderes de principais siglas acertam anistia para caixa doisO presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acertou nesta quarta-feira (23) com líderes dos principais partidos políticos a emenda que pretende anistiar a prática do caixa dois eleitoral e que pode livrar a maioria dos alvos da Operação Lava Jato. O acerto foi feito em almoço realizado na residência oficial da presidência da Câmara, horas antes de a comissão especial que analisa o pacote de medidas anticorrupção aprovar por 30 votos a zero o texto do relator, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). A intenção era incluir a anistia por meio de uma emenda na votação em plenário, o que pode ocorrer já na manhã desta quinta (24). Segundo a Folha apurou, o texto da emenda estabelece na legislação que não sofrerão punição aqueles que receberam doações, contabilizadas ou não, de valores, serviços e bens para atividades eleitorais e partidárias realizadas até a data da entrada em vigor da regra. Esse texto abre margem para livrar grande parte dos alvos da Operação Lava Jato, já que os políticos que receberam recursos desviados da Petrobras, via empreiteiras, têm argumentado que usaram esse dinheiro em campanhas ou atividades partidárias, declaradas à Justiça ou não –essa segunda hipótese é o chamado caixa dois. O apoio à emenda rachou o PT. Enquanto um grupo de 26 deputados petistas assinou manifesto repudiando a manobra, outra ala recolhia assinaturas para respaldar o líder da legenda, Afonso Florence (PT-BA), a também assinar a emenda a favor da anistia do caixa dois. O principal temor do mundo político hoje é com a delação premiada da empreiteira Odebrecht, a maior do país e tradicional financiadora de congressistas. Estima-se que mais de cem políticos sejam incriminados após o acordo da empresa com as autoridades da Lava Jato. A Folha apurou que as negociações para a emenda da anistia também envolvem o Senado Federal, que teria se comprometido a votar a medida rapidamente. Em setembro, a Câmara tentou aprovar a medida em uma votação-relâmpago, mas após a manobra vir a público as legendas nanicas de esquerda PSOL e Rede conseguiram barrar a votação. A sessão da comissão para debater e votar o pacote de dez medidas apresentado pelo Ministério Público Federal com o objetivo alegado de combater a corrupção durou mais de 13 horas. Sob pressão, Onyx alterou seu relatório várias vezes, sendo algumas mudanças motivadas aos berros pelos deputados no plenário. Ao final, insinuou, sem dar nomes, ter recebido propostas indecorosas: "Resisti a facilidades, resisti a propostas de conveniência, as pressões foram terríveis". O relator começou a analisar há alguns meses as dez medidas, as elevou para 18, depois recuou para 17, em seguida reduziu para 12. Em um dos exemplos da confusão, o relator estabeleceu que uma série de crimes seriam considerados hediondos caso o desvio fosse superior a R$ 88 mil, ou seja, cem salários mínimos.Na noite dessa quarta, esse piso subiu para R$ 8,8 milhões, ou 10 mil salários mínimos. Em outro exemplo, Onyx acolheu emenda do deputado Espiridião Amin (PP-SC) para limitar a um ano o prazo máximo do oferecimento de denúncia pelo Ministério Público. Caso contrário, a investigação seria arquivada. Sob protestos de que essa medida poderia enterrar a Lava Jato, Onyx retirou a proposta na hora da votação. Na votação do primeiro "destaque" os deputados rejeitaram uma das propostas originais do Ministério Público, de submeter funcionários públicos ao chamado "teste de integridade" –simulação de situações para avaliar a honestidade de servidores. As principais polêmicas, porém, ficaram para serem definidas no plenário. Além da emenda da anistia, deputados deve incluir o endurecimento da punição a juízes e integrantes do Ministério Público que cometerem ilícito. As propostas originais do Ministério Público reduzem prazos processuais, elevam penas e tipificam crimes hoje inexistentes na legislação, entre outros pontos. A maioria das medidas foi mantida, mas com várias alterações. * VEJA OS PRINCIPAIS PONTOS QUE RESTARAM NO PACOTE 1) Prevenção à corrupção, transparência e fontes de informação dos investigadores - Divulgação estatística dos processos, cíveis e penais, referentes à corrupção 2) Crime de enriquecimento ilícito de funcionários públicos - Tipifica o crime, com pena de 3 a 8 anos, mais multa 3) Crimes contra a administração pública - Eleva penas para crimes contra a administração pública e os coloca no rol de crimes hediondos caso o valor desviado seja maior do que R$ 8,8 milhões (10 mil salários mínimos) 4) Ação de improbidade administrativa - Agiliza o processo e confere legitimidade ao Ministério Público para celebrar acordo de leniência com pessoas físicas e jurídicas 5) Prescrição - Endurece as regras para que os réus se livrem devido à morosidade judicial 6) Caixa dois - Criminaliza especificamente o crime de caixa dois eleitoral e responsabiliza também os partidos políticos pela prática 7) Perda de bens Estabelece perda de bens ou valores que tenham origem em atividade ilícita grave 8) Delação - Cria a figura do "reportante do bem". A pessoa que passar informação sobre crime ao qual não esteja envolvida terá direito a proteção de identidade e receberá parte dos valores ressarcidos e das multas aplicadas aos infratores 9) Acordos - Defesa e acusação poderão em crimes menos graves fazer um "acordo de culpa", com definição da pena, cabendo ao juiz a homologação. Objetivo é simplificar os processos e desafogar a Justiça. 10) Ação popular Reforma as regras da ação popular, ampliando o alcance da medida 11) Recursos - Extinguem-se alguns recursos considerados meramente protelatórios 12) Provas - Dificulta a anulação de provas
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Só uma escola estadual fica entre as cem melhores públicas no Enem 2015
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Escolas técnicas, federais e colégios militares dominam a lista das cem mais bem colocadas no ranking do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2015. Só uma unidade é ligada à rede estadual. Os dados do Enem por escola foram divulgados oficialmente nesta terça-feira (4) pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão do Ministério da Educação responsável pelo Enem. Para calcular a média geral das escolas, a Folha considerou as notas das quatro provas objetivas do Enem: linguagens, matemática, ciências humanas e ciências da natureza. Das 100 melhores unidades públicas na última edição do Enem, 91 atendem alunos de níveis socioeconômicos alto ou muito alto (os dois mais elevados índices do critério do Ministério da Educação). O perfil dos alunos é um dos fatores que mais colaboram para o sucesso escolar. AS 100 MELHORES PÚBLICAS DO PAÍS - Ranking pela média geral no Enem 2015* A rede federal tem 36 unidades entre as 100 primeiras. Com exceção de duas municipais –a Escola Técnica de Paulínia (SP) e de aplicação de aplicação da Fundação educacional de Macaé (RJ) –o restante é de escolas técnicas, como as Etecs de São Paulo, e unidades ligadas a universidades estaduais. Em praticamente todas essas unidades há prova de seleção para entrada. LÍDER A escola pública com maior nota é o Coluni (Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa), em Minas. Com média de 690,5 na parte objetiva, a escola ficou na 33ª melhor posição do país no Enem 2015. De acordo com Renata Gonçalves, diretora em exercício do Coluni, os alunos têm acesso a um ambiente típico de universidade, com atividades de pesquisa e extensão, além do ensino. "Os alunos ficam praticamente o dia todo aqui, sempre estão envolvidos em projetos quando não estão em aula", diz ela. Os professores são de dedicação exclusiva à escola e praticamente todos os 34 docentes têm doutorado. A unidade já foi a primeira colocada também em 2014, mas a diretora afirma que os cortes recentes de recursos do governo federal no sistema federal pode comprometer os resultados futuros. "Não sei se esses bons resultados podem continuar, porque os cortes estão minando o investimento em mão de obra docente, que é o essencial", diz. Segundo ela, houve restrições em contratações e a escola já não conseguiu repor professores aposentados ou de licença. As redes estaduais concentram 84% dos estudantes de ensino médio do país. A única estadual fica em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A Escola de Educação Básica Gomes Carneiro registrou uma média de 582,1 –acima da média nacional da rede privada, que é de 556,6. Apenas 27 alunos fizeram a prova em 2015 (de um total de 32 alunos no 3º ano do ensino médio). O nível socioeconômico dos alunos é alto, de acordo com o critério do Ministério da Educação. Ranking do Enem Enem 2015 Redação Nota 1000
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Só uma escola estadual fica entre as cem melhores públicas no Enem 2015Escolas técnicas, federais e colégios militares dominam a lista das cem mais bem colocadas no ranking do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2015. Só uma unidade é ligada à rede estadual. Os dados do Enem por escola foram divulgados oficialmente nesta terça-feira (4) pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão do Ministério da Educação responsável pelo Enem. Para calcular a média geral das escolas, a Folha considerou as notas das quatro provas objetivas do Enem: linguagens, matemática, ciências humanas e ciências da natureza. Das 100 melhores unidades públicas na última edição do Enem, 91 atendem alunos de níveis socioeconômicos alto ou muito alto (os dois mais elevados índices do critério do Ministério da Educação). O perfil dos alunos é um dos fatores que mais colaboram para o sucesso escolar. AS 100 MELHORES PÚBLICAS DO PAÍS - Ranking pela média geral no Enem 2015* A rede federal tem 36 unidades entre as 100 primeiras. Com exceção de duas municipais –a Escola Técnica de Paulínia (SP) e de aplicação de aplicação da Fundação educacional de Macaé (RJ) –o restante é de escolas técnicas, como as Etecs de São Paulo, e unidades ligadas a universidades estaduais. Em praticamente todas essas unidades há prova de seleção para entrada. LÍDER A escola pública com maior nota é o Coluni (Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa), em Minas. Com média de 690,5 na parte objetiva, a escola ficou na 33ª melhor posição do país no Enem 2015. De acordo com Renata Gonçalves, diretora em exercício do Coluni, os alunos têm acesso a um ambiente típico de universidade, com atividades de pesquisa e extensão, além do ensino. "Os alunos ficam praticamente o dia todo aqui, sempre estão envolvidos em projetos quando não estão em aula", diz ela. Os professores são de dedicação exclusiva à escola e praticamente todos os 34 docentes têm doutorado. A unidade já foi a primeira colocada também em 2014, mas a diretora afirma que os cortes recentes de recursos do governo federal no sistema federal pode comprometer os resultados futuros. "Não sei se esses bons resultados podem continuar, porque os cortes estão minando o investimento em mão de obra docente, que é o essencial", diz. Segundo ela, houve restrições em contratações e a escola já não conseguiu repor professores aposentados ou de licença. As redes estaduais concentram 84% dos estudantes de ensino médio do país. A única estadual fica em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A Escola de Educação Básica Gomes Carneiro registrou uma média de 582,1 –acima da média nacional da rede privada, que é de 556,6. Apenas 27 alunos fizeram a prova em 2015 (de um total de 32 alunos no 3º ano do ensino médio). O nível socioeconômico dos alunos é alto, de acordo com o critério do Ministério da Educação. Ranking do Enem Enem 2015 Redação Nota 1000
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China suspende mecanismo que interrompe negociações nas Bolsas
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A China anunciou nesta quinta-feira (7) a suspensão, a partir de amanhã, do mecanismo automático de suspensão das Bolsas —o chamado "circuit breaker"— em caso de movimentos bruscos, informou a agência oficial "Xinhua". A decisão ocorreu depois que o novo mecanismo, que entrou em funcionamento nesta mesma semana, causou o fechamento antecipado dos mercados em duas ocasiões, na segunda-feira e nesta quinta, e que as turbulências afetaram Bolsas de todo o mundo. Analistas e investidores disseram que os níveis determinados para o acionamento do "circuito breaker" são muito baixos e muito próximos para funcionarem de forma efetiva. "Atualmente os efeitos negativos do mecanismo são maiores que os efeitos positivos. Portanto, a Comissão Reguladora do Bolsa de Valores da China decide suspender o mecanismo interruptor para manter a estabilidade do mercado", disse um porta-voz do órgão, Deng Ken, em comunicado. O mecanismo entrou em vigor no primeiro pregão deste ano, dentro de uma série de medidas aplicadas pelas autoridades de Pequim para evitar as fortes quedas que aconteceram em 2015 e contagiaram os mercados mundiais. Trata-se de um sistema que estabelece que, quando o índice conjunto CSI 300 (que reúne 300 valores cotados nas bolsas de Xangai e Shenzhen) cai ou sobe 5%, é feita uma parada automática de 15 minutos. Se após o reinício os movimentos acentuados continuarem e houver uma variação de 7%, será suspenso o pregão até o dia seguinte. O objetivo é diminuir a volatilidade dos papéis. Outros mercados, incluindo Estados Unidos, Coreia e Japão, também adotam "circuit breakers", que funcionam melhor já que seus patamares são tipicamente mais altos. No Brasil, o "circuit breaker" é acionado quando o Ibovespa registra queda de 10% ante o fechamento anterior, levando a interrupção das negociações por 30 minutos. Caso na volta dos negócios o índice recue 15%, os negócios são suspensos por uma hora. E se na nova reabertura a queda for 20%, cabe à Bolsa decidir a seu critério por quanto tempo o mercado ficará paralisado. Além da suspensão do mecanismo interruptor, outra medida anunciada anteriormente pela Comissão Reguladora da Bolsa de Valores da China (CRMV) para tentar estabilizar os mercados consiste em limitar a capacidade de venda de títulos dos grandes acionistas chineses a um máximo de 1% do total de ações de uma companhia. Desta maneira, estes grandes acionistas (possuidores de 5% ou mais dos títulos de uma empresa) não poderão se desfazer de mais de 1% do total em um prazo de três meses e, além disso, são obrigados a anunciar ao mercado seus planos de fazê-lo com pelo menos 15 dias de antecedência.
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China suspende mecanismo que interrompe negociações nas BolsasA China anunciou nesta quinta-feira (7) a suspensão, a partir de amanhã, do mecanismo automático de suspensão das Bolsas —o chamado "circuit breaker"— em caso de movimentos bruscos, informou a agência oficial "Xinhua". A decisão ocorreu depois que o novo mecanismo, que entrou em funcionamento nesta mesma semana, causou o fechamento antecipado dos mercados em duas ocasiões, na segunda-feira e nesta quinta, e que as turbulências afetaram Bolsas de todo o mundo. Analistas e investidores disseram que os níveis determinados para o acionamento do "circuito breaker" são muito baixos e muito próximos para funcionarem de forma efetiva. "Atualmente os efeitos negativos do mecanismo são maiores que os efeitos positivos. Portanto, a Comissão Reguladora do Bolsa de Valores da China decide suspender o mecanismo interruptor para manter a estabilidade do mercado", disse um porta-voz do órgão, Deng Ken, em comunicado. O mecanismo entrou em vigor no primeiro pregão deste ano, dentro de uma série de medidas aplicadas pelas autoridades de Pequim para evitar as fortes quedas que aconteceram em 2015 e contagiaram os mercados mundiais. Trata-se de um sistema que estabelece que, quando o índice conjunto CSI 300 (que reúne 300 valores cotados nas bolsas de Xangai e Shenzhen) cai ou sobe 5%, é feita uma parada automática de 15 minutos. Se após o reinício os movimentos acentuados continuarem e houver uma variação de 7%, será suspenso o pregão até o dia seguinte. O objetivo é diminuir a volatilidade dos papéis. Outros mercados, incluindo Estados Unidos, Coreia e Japão, também adotam "circuit breakers", que funcionam melhor já que seus patamares são tipicamente mais altos. No Brasil, o "circuit breaker" é acionado quando o Ibovespa registra queda de 10% ante o fechamento anterior, levando a interrupção das negociações por 30 minutos. Caso na volta dos negócios o índice recue 15%, os negócios são suspensos por uma hora. E se na nova reabertura a queda for 20%, cabe à Bolsa decidir a seu critério por quanto tempo o mercado ficará paralisado. Além da suspensão do mecanismo interruptor, outra medida anunciada anteriormente pela Comissão Reguladora da Bolsa de Valores da China (CRMV) para tentar estabilizar os mercados consiste em limitar a capacidade de venda de títulos dos grandes acionistas chineses a um máximo de 1% do total de ações de uma companhia. Desta maneira, estes grandes acionistas (possuidores de 5% ou mais dos títulos de uma empresa) não poderão se desfazer de mais de 1% do total em um prazo de três meses e, além disso, são obrigados a anunciar ao mercado seus planos de fazê-lo com pelo menos 15 dias de antecedência.
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Dilma mantém Luciano Coutinho na presidência do BNDES
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A presidente Dilma Rousseff confirmou nesta quinta-feira (19) que o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, permanecerá no cargo. Em nota, a Secretaria de Imprensa da Presidência informou que a presidente convidou Coutinho nesta quinta para permanecer no cargo e ele aceitou. Coutinho chegou a ser cotado para assumir o comando da Petrobras. No entanto, com a renúncia antecipada da ex-presidente da estatal Graça Foster, Dilma acabou por indicar o ex-presidente do Banco do Brasil Aldemir Bendine para assumir o comando da estatal. A medida foi apresentada pela presidente como uma solução "financeira" para a empresa. Coutinho é presidente do BNDES desde abril de 2007. Na época de sua indicação, ele atuava como uma espécie de consultor informal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Até assumir a Presidência do BNDES, era sócio da LCA Consultores, atuando como consultor-especialista em defesa da concorrência, comércio internacional, projeções macroeconômicas e de mercado.
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Dilma mantém Luciano Coutinho na presidência do BNDESA presidente Dilma Rousseff confirmou nesta quinta-feira (19) que o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, permanecerá no cargo. Em nota, a Secretaria de Imprensa da Presidência informou que a presidente convidou Coutinho nesta quinta para permanecer no cargo e ele aceitou. Coutinho chegou a ser cotado para assumir o comando da Petrobras. No entanto, com a renúncia antecipada da ex-presidente da estatal Graça Foster, Dilma acabou por indicar o ex-presidente do Banco do Brasil Aldemir Bendine para assumir o comando da estatal. A medida foi apresentada pela presidente como uma solução "financeira" para a empresa. Coutinho é presidente do BNDES desde abril de 2007. Na época de sua indicação, ele atuava como uma espécie de consultor informal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Até assumir a Presidência do BNDES, era sócio da LCA Consultores, atuando como consultor-especialista em defesa da concorrência, comércio internacional, projeções macroeconômicas e de mercado.
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Kroton aumenta oferta e conselho da Estácio diz que aceita a fusão
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O ensino superior privado brasileiro deu mais um passo em direção à consolidação. A Kroton, maior empresa do setor no país e no mundo, anunciou nesta sexta (1°) a elevação de sua proposta à Estácio, a segunda colocada no ranking, com o objetivo de formar uma companhia de cerca de 1,5 milhão de alunos. A operação é avaliada em R$ 5,5 bilhões e resultará em uma participação em torno de 80% para a Kroton na empresa combinada. Para ser consumado, o negócio ainda deve passar por mais uma reunião do conselho, assembleia de acionistas e análise do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O negócio envolveu uma disputa com outra grande empresa no setor, a Ser Educacional, que também subiu sua proposta inicial de R$ 590 milhões para R$ 1 bilhão. Fizeram parte dessa novela os membros da família Zaher, dona de 14% da Estácio. Insatisfeita com os primeiros preços oferecidos, a família chegou a anunciar que ela própria poderia comprar mais 36% da empresa e impedir a venda à Kroton. RESTRIÇÕES DO CADE Especialistas estimam que, dado o gigantismo do negócio e os riscos da concentração, o Cade deve impor restrições. A negociação já havia provocado reações como a da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio, que entrou com denúncia no órgão no mês passado afirmando que a operação pode provocar concentração econômica ilegal e prejudicar concorrência e qualidade do ensino. Com cerca de 1,5 milhão de alunos no ensino presencial e a distância, a nova empresa poderá alcançar 25% de participação no mercado de educação privada, segundo a consultoria Hoper Educação. William Klein, CEO da Hoper, avalia que uma parte importante dos alunos ficará mãos de um único consolidador privado e, por isso, o Ministério da Educação também deveria se manifestar. "Isso é um ativo social porque a educação está associada aos interesses do país. Depende disso a qualidade da mão de obra. O MEC não pode deixar um assunto, que é fundamental para o desenvolvimento do país, ser avaliado apenas por pareceres de mercado", diz. MAIS AQUISIÇÕES O negócio Kroton/Estácio deve desencadear novas aquisições no setor para rivalizar com um líder tão forte. "Fala-se muito que, por determinações do Cade, essa nova empresa teria que se desfazer de algum ativo, que poderia ser a UniSEB, além de outros de menor porte do ensino presencial", diz Carlos Monteiro, presidente da CM Consultoria. O próprio Janguiê Diniz, fundador da Ser Educacional, afirmou publicamente inúmeras vezes que, caso não fosse o escolhido para fechar o negócio com a rede fluminense, se lançaria em busca de um outro parceiro. O mercado de ensino superior se tornou um tesouro no Brasil, alavancado na esteira do programa de financiamento Fies e do sucesso de demanda representado pelas EADs, as instituições de ensino a distância, que devem fechar 2016 com 1,6 milhão de matrículas. LUCRO EM ALTA As quatro empresas educacionais de capital aberto no Brasil, Kroton, Estácio, Anima e Ser, possuem um desempenho em termos de retorno sobre o capital investido muito superior à média histórica das demais empresas brasileiras de capital aberto, segundo estudo elaborado pela Oscar Malvessi Consultoria para a Fepesp (federação de professores de São Paulo). Como efeito dessa elevação na quantidade de alunos, a participação dos custos com serviços prestados (salários, aluguéis, propaganda) sobre a receita líquida, caíram de 60% para 50% de 2011 a 2015. "Essa possibilidade foi vislumbrada por entidades financeiras, que passaram a ver a educação como grande negócio", diz Celso Napolitano, presidente da Fepesp. DETALHES A nova proposta oferece 1,281 ação ordinária de emissão da Kroton para cada ação ordinária de emissão da Estácio, além da distribuição de R$ 170 milhões em dividendos para os acionistas da Estácio. Ao longo das últimas semanas, a relação já havia subido de 0,977 para 1,25. - PRÓXIMOS PASSOS PARA A FUSÃO 1) Conselho Conselho de administração da Estácio se reúne mais uma vez, no dia 8, para estudar outros termos da proposta da Kroton e, caso aceite, convocar assembleia de acionistas 2) Assembleia de acionistas Assembleia vota e aprova o negócio 3) Defesa da concorrência Cade decide se vai impor restrições à operação 4) Decisão Caso sejam feitas restrições, empresas decidem se aceitam ou se desistem do negócio 5) Restrições Se aceitarem, empresas cumprem as restrições 6) Martelo final Compra pode ser finalizada, que criará um gigante de 1,5 milhão de alunos de ensino presencial e a distância
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Kroton aumenta oferta e conselho da Estácio diz que aceita a fusãoO ensino superior privado brasileiro deu mais um passo em direção à consolidação. A Kroton, maior empresa do setor no país e no mundo, anunciou nesta sexta (1°) a elevação de sua proposta à Estácio, a segunda colocada no ranking, com o objetivo de formar uma companhia de cerca de 1,5 milhão de alunos. A operação é avaliada em R$ 5,5 bilhões e resultará em uma participação em torno de 80% para a Kroton na empresa combinada. Para ser consumado, o negócio ainda deve passar por mais uma reunião do conselho, assembleia de acionistas e análise do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O negócio envolveu uma disputa com outra grande empresa no setor, a Ser Educacional, que também subiu sua proposta inicial de R$ 590 milhões para R$ 1 bilhão. Fizeram parte dessa novela os membros da família Zaher, dona de 14% da Estácio. Insatisfeita com os primeiros preços oferecidos, a família chegou a anunciar que ela própria poderia comprar mais 36% da empresa e impedir a venda à Kroton. RESTRIÇÕES DO CADE Especialistas estimam que, dado o gigantismo do negócio e os riscos da concentração, o Cade deve impor restrições. A negociação já havia provocado reações como a da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio, que entrou com denúncia no órgão no mês passado afirmando que a operação pode provocar concentração econômica ilegal e prejudicar concorrência e qualidade do ensino. Com cerca de 1,5 milhão de alunos no ensino presencial e a distância, a nova empresa poderá alcançar 25% de participação no mercado de educação privada, segundo a consultoria Hoper Educação. William Klein, CEO da Hoper, avalia que uma parte importante dos alunos ficará mãos de um único consolidador privado e, por isso, o Ministério da Educação também deveria se manifestar. "Isso é um ativo social porque a educação está associada aos interesses do país. Depende disso a qualidade da mão de obra. O MEC não pode deixar um assunto, que é fundamental para o desenvolvimento do país, ser avaliado apenas por pareceres de mercado", diz. MAIS AQUISIÇÕES O negócio Kroton/Estácio deve desencadear novas aquisições no setor para rivalizar com um líder tão forte. "Fala-se muito que, por determinações do Cade, essa nova empresa teria que se desfazer de algum ativo, que poderia ser a UniSEB, além de outros de menor porte do ensino presencial", diz Carlos Monteiro, presidente da CM Consultoria. O próprio Janguiê Diniz, fundador da Ser Educacional, afirmou publicamente inúmeras vezes que, caso não fosse o escolhido para fechar o negócio com a rede fluminense, se lançaria em busca de um outro parceiro. O mercado de ensino superior se tornou um tesouro no Brasil, alavancado na esteira do programa de financiamento Fies e do sucesso de demanda representado pelas EADs, as instituições de ensino a distância, que devem fechar 2016 com 1,6 milhão de matrículas. LUCRO EM ALTA As quatro empresas educacionais de capital aberto no Brasil, Kroton, Estácio, Anima e Ser, possuem um desempenho em termos de retorno sobre o capital investido muito superior à média histórica das demais empresas brasileiras de capital aberto, segundo estudo elaborado pela Oscar Malvessi Consultoria para a Fepesp (federação de professores de São Paulo). Como efeito dessa elevação na quantidade de alunos, a participação dos custos com serviços prestados (salários, aluguéis, propaganda) sobre a receita líquida, caíram de 60% para 50% de 2011 a 2015. "Essa possibilidade foi vislumbrada por entidades financeiras, que passaram a ver a educação como grande negócio", diz Celso Napolitano, presidente da Fepesp. DETALHES A nova proposta oferece 1,281 ação ordinária de emissão da Kroton para cada ação ordinária de emissão da Estácio, além da distribuição de R$ 170 milhões em dividendos para os acionistas da Estácio. Ao longo das últimas semanas, a relação já havia subido de 0,977 para 1,25. - PRÓXIMOS PASSOS PARA A FUSÃO 1) Conselho Conselho de administração da Estácio se reúne mais uma vez, no dia 8, para estudar outros termos da proposta da Kroton e, caso aceite, convocar assembleia de acionistas 2) Assembleia de acionistas Assembleia vota e aprova o negócio 3) Defesa da concorrência Cade decide se vai impor restrições à operação 4) Decisão Caso sejam feitas restrições, empresas decidem se aceitam ou se desistem do negócio 5) Restrições Se aceitarem, empresas cumprem as restrições 6) Martelo final Compra pode ser finalizada, que criará um gigante de 1,5 milhão de alunos de ensino presencial e a distância
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Duas Simones nos ensinam como a questão racial é marcante no esporte
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Simone Manuel é uma das mais rápidas nadadoras do planeta. Deixou os Jogos do Rio com quatro medalhas —dois ouros e duas pratas— em provas de velocidade. E um incômodo com o aposto que sempre acompanha seu nome: "a nadadora negra". Não que tenha problemas com sua raça ou sua cor, ela só acha que, cada vez que alguém precisa lembrar que ela é negra, reafirma que a nadadora faz parte de uma minoria e que sua presença naquele ambiente se torna quase exótica. Ela se tornou a primeira mulher afrodescendente a ganhar uma medalha olímpica. Existe uma discussão científica sobre as desvantagens dos negros na natação. Composição corporal, musculatura e outros fatores levariam os negros a serem menos eficientes na água. A teoria é polêmica. Mas o fato é que há, sim, atletas negros que conseguem se destacar. O problema é que são muito poucos. Eles só aparecem em quantidade nas Olimpíadas nas eliminatórias dos 100 m e 50 m livre. São atletas de pouca ou nenhuma expressão, a maioria de países pobres da África, que ganham a chance de participar da experiência olímpica. Então vamos pegar outra Simone dos Jogos do Rio. A Biles, atleta que parece ter tido o corpo moldado para as acrobacias que executa. Em uma ginástica cada vez mais física, a negra de músculos avantajados massacra as rivais magras e brancas. Os negros, teoricamente, levariam vantagem na ginástica, que exige habilidades parecidas com as do atletismo, cheio de estrelas negras. Pensando por essa lógica, por que não os vemos em grandes quantidades fazendo acrobacias? Na final do individual geral nos Jogos do Rio, havia apenas três afrodescendentes, entre elas Simone e a brasileira Rebeca Andrade. A resposta parece estar mais em fatores socioeconômicos do que no campo da composição corporal ou da genética. A natação não é um esporte barato. As pessoas começam a praticá-lo em clubes ou escolinhas, geralmente pagas. Não dá para nadar em qualquer lugar, manter uma piscina custa caro. Fatores que fazem com que não seja um esporte de prática mais disseminada entre os mais pobres. A ginástica segue a mesma lógica. Para deslanchar no esporte, você precisa de clubes especializados, com aparelhos caros. Não se pode começar a buscar o sucesso só com um par de tênis, como no atletismo. O conto das duas Simones no Rio nos ensina muito como a questão racial ainda é marcante no esporte olímpico. Elas ainda são as campeãs negras. Quem sabe chegará um dia em que serão apenas campeãs.
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Duas Simones nos ensinam como a questão racial é marcante no esporteSimone Manuel é uma das mais rápidas nadadoras do planeta. Deixou os Jogos do Rio com quatro medalhas —dois ouros e duas pratas— em provas de velocidade. E um incômodo com o aposto que sempre acompanha seu nome: "a nadadora negra". Não que tenha problemas com sua raça ou sua cor, ela só acha que, cada vez que alguém precisa lembrar que ela é negra, reafirma que a nadadora faz parte de uma minoria e que sua presença naquele ambiente se torna quase exótica. Ela se tornou a primeira mulher afrodescendente a ganhar uma medalha olímpica. Existe uma discussão científica sobre as desvantagens dos negros na natação. Composição corporal, musculatura e outros fatores levariam os negros a serem menos eficientes na água. A teoria é polêmica. Mas o fato é que há, sim, atletas negros que conseguem se destacar. O problema é que são muito poucos. Eles só aparecem em quantidade nas Olimpíadas nas eliminatórias dos 100 m e 50 m livre. São atletas de pouca ou nenhuma expressão, a maioria de países pobres da África, que ganham a chance de participar da experiência olímpica. Então vamos pegar outra Simone dos Jogos do Rio. A Biles, atleta que parece ter tido o corpo moldado para as acrobacias que executa. Em uma ginástica cada vez mais física, a negra de músculos avantajados massacra as rivais magras e brancas. Os negros, teoricamente, levariam vantagem na ginástica, que exige habilidades parecidas com as do atletismo, cheio de estrelas negras. Pensando por essa lógica, por que não os vemos em grandes quantidades fazendo acrobacias? Na final do individual geral nos Jogos do Rio, havia apenas três afrodescendentes, entre elas Simone e a brasileira Rebeca Andrade. A resposta parece estar mais em fatores socioeconômicos do que no campo da composição corporal ou da genética. A natação não é um esporte barato. As pessoas começam a praticá-lo em clubes ou escolinhas, geralmente pagas. Não dá para nadar em qualquer lugar, manter uma piscina custa caro. Fatores que fazem com que não seja um esporte de prática mais disseminada entre os mais pobres. A ginástica segue a mesma lógica. Para deslanchar no esporte, você precisa de clubes especializados, com aparelhos caros. Não se pode começar a buscar o sucesso só com um par de tênis, como no atletismo. O conto das duas Simones no Rio nos ensina muito como a questão racial ainda é marcante no esporte olímpico. Elas ainda são as campeãs negras. Quem sabe chegará um dia em que serão apenas campeãs.
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Corinthians reinaugura laboratório de CT com homenagem a Ronaldo
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O ex-jogador Ronaldo retornou ao CT do Corinthians nesta segunda-feira (2) para reinaugurar o laboratório de biomecânica e análise dos movimentos. A nova estrutura foi batizada de LabR9, em homenagem ao ídolo corintiano, campeão paulista e da Copa do Brasil pelo clube em 2009. No LabR9, o foco será a avaliação de variáveis como força, potência, velocidade de reação, equilíbrio, estabilidade, mobilidade e padrão de movimento. Com o aperfeiçoamento desses fatores, pode-se corrigir possíveis erros de execuções de chutes dos jogadores de linha, tempo de reação dos goleiros em uma bola, entre outros casos. Com a análise é possível também avaliar quantos atletas se lesionam em uma temporada e qual a lesão mais recorrente, para o aperfeiçoamento dos movimentos e tentativa de corrigir as incidências na temporada seguinte, ou mesmo identificar e recuperar os jogadores que têm necessidade de trabalhos específicos à parte no decorrer dos treinamentos, principalmente nos casos mais graves. "Muitas vezes depois do treino eu pegava minha sacolinha de roupa e ia tomar banho em casa. Hoje é essa estrutura maravilhosa, com laboratório de biomecânica, que é muito importante para prevenir lesões e condicionar o atleta da melhor maneira. Quero dar os parabéns para o doutor Joaquim Grava (médico), para o Bruno (Mazziotti, fisioterapeuta). E pela homenagem de meu nome estar no Lab. Vivi muito tempo dentro de uma sala de fisioterapia, num lab, testando as funções e espero que os jogadores tenham consciência de que isso é importante", afirmou Ronaldo. Na mesma cerimônia, o Corinthians promoveu a reabertura da academia utilizada pela equipe profissional. OTIMISMO Ronaldo aproveitou a semana de estreia do Corinthians na Taça Libertadores para comparar a situação de 2011, quando o Corinthians foi eliminado pelo Tolima, com a atual. "O filme do passado esta aí para todo mundo ver, é só buscar os vídeos. Eu não vejo muito, nem penso. Foi um episódio que marcou negativamente minha carreira, mas são coisas que acontecem no futebol. O Corinthians tem a chance de escrever novamente a história, ja fez isso na Libertadores, no Mundial, que isso vire uma rotina corintiana", disse o ex-atleta. O ídolo corintiano mostrou otimismo com a chance de classificação para a fase de grupos. "Minha opinião é a de que o Corinthians é sempre favorito. [É] muito bom rever amigos, ver as fotos. O elenco é muito bom, e o Corinthians conta com seu principal jogador, que é a torcida e todo inicio de ano vai se manifestar. É um diferencial que nenhum outro time tem. Eu vejo como favorito sempre."
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esporte
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Corinthians reinaugura laboratório de CT com homenagem a RonaldoO ex-jogador Ronaldo retornou ao CT do Corinthians nesta segunda-feira (2) para reinaugurar o laboratório de biomecânica e análise dos movimentos. A nova estrutura foi batizada de LabR9, em homenagem ao ídolo corintiano, campeão paulista e da Copa do Brasil pelo clube em 2009. No LabR9, o foco será a avaliação de variáveis como força, potência, velocidade de reação, equilíbrio, estabilidade, mobilidade e padrão de movimento. Com o aperfeiçoamento desses fatores, pode-se corrigir possíveis erros de execuções de chutes dos jogadores de linha, tempo de reação dos goleiros em uma bola, entre outros casos. Com a análise é possível também avaliar quantos atletas se lesionam em uma temporada e qual a lesão mais recorrente, para o aperfeiçoamento dos movimentos e tentativa de corrigir as incidências na temporada seguinte, ou mesmo identificar e recuperar os jogadores que têm necessidade de trabalhos específicos à parte no decorrer dos treinamentos, principalmente nos casos mais graves. "Muitas vezes depois do treino eu pegava minha sacolinha de roupa e ia tomar banho em casa. Hoje é essa estrutura maravilhosa, com laboratório de biomecânica, que é muito importante para prevenir lesões e condicionar o atleta da melhor maneira. Quero dar os parabéns para o doutor Joaquim Grava (médico), para o Bruno (Mazziotti, fisioterapeuta). E pela homenagem de meu nome estar no Lab. Vivi muito tempo dentro de uma sala de fisioterapia, num lab, testando as funções e espero que os jogadores tenham consciência de que isso é importante", afirmou Ronaldo. Na mesma cerimônia, o Corinthians promoveu a reabertura da academia utilizada pela equipe profissional. OTIMISMO Ronaldo aproveitou a semana de estreia do Corinthians na Taça Libertadores para comparar a situação de 2011, quando o Corinthians foi eliminado pelo Tolima, com a atual. "O filme do passado esta aí para todo mundo ver, é só buscar os vídeos. Eu não vejo muito, nem penso. Foi um episódio que marcou negativamente minha carreira, mas são coisas que acontecem no futebol. O Corinthians tem a chance de escrever novamente a história, ja fez isso na Libertadores, no Mundial, que isso vire uma rotina corintiana", disse o ex-atleta. O ídolo corintiano mostrou otimismo com a chance de classificação para a fase de grupos. "Minha opinião é a de que o Corinthians é sempre favorito. [É] muito bom rever amigos, ver as fotos. O elenco é muito bom, e o Corinthians conta com seu principal jogador, que é a torcida e todo inicio de ano vai se manifestar. É um diferencial que nenhum outro time tem. Eu vejo como favorito sempre."
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Livro 'O Pecado de Porto Negro' mistura Eça de Queiroz e novela global
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Imagine um romance que seja capaz de juntar um pouco de Eça de Queiroz, um tanto de Jorge Amado, uma pitada de Chico Buarque (o compositor) e um quê de novela de época da Globo. Se parece bizarra de cara, é preciso dizer de cara também que a combinação funciona bem em "O Pecado de Porto Negro", do português Norberto Morais, finalista do Prêmio Leya de 2013. O cenário é Porto Negro, capital da imaginária ilha de São Cristóvão, ex-colônia no Pacífico de um império desfeito. Ali, em princípios do século 20, brotam marinheiros nos cais, imigrantes nas vendas, mulheres saudosas mirando o horizonte desde a cidade de ruas estreitas. E também malandros, donzelas prendadas, negras e mulatas habitando o imaginário sensual de uma terra preguiçosa nos trópicos. Fazendo sombra, a civilização ibérica, católica e escravista. Bem sabemos no que isso dá. Entre esses personagens está Santiago Cardamomo, estivador-sedutor para quem a "felicidade é uma cerveja gelada e um par de coxas enlaçando a cintura". Não surpreende que o boa-vida, adorado por todos, tenha um amor clandestino com Ducélia Trajero, a inocente filha do açougueiro da cidade, Tulentino, um homem cheio de dores do passado. À espreita está Rolindo Face, empregado do açougue, filho bastardo de um vigário, nascido em meio às fezes de uma aproveitadora de carnes gordas. De imediato se reconhece em Rolindo o protótipo do vilão à lusitana: sentimental, ressentido, invejoso. Não se engana quem deduzir, a partir desse conjunto, uma tragédia. Em boa parte, a narrativa de "O Pecado..." é bastante previsível no que tem, de um lado, de folhetinesco e, de outro, de clássica narrativa realista portuguesa. Não que seja um problema –na verdade, trata-se de um trunfo. Jogando com a previsibilidade, o autor cria uma narrativa feita de elipses, em que, não raro, o desfecho de uma situação antecede os fatos que levaram a ele. Noutras vezes, o desfecho parece estar à vista, mas dependente de pedaços de histórias que precisam ser ainda contadas. Por mais que o leitor adivinhe o que se seguirá, Norberto avisa que há segredos e motivos "que, se calhar em caminho, talvez se conte". Sempre calhará, é claro. No meio desse ir e vir, entre curvas em direção ao passado, o autor faz questão de exibir toda a exuberância da língua portuguesa, como é comum em terras lusitanas. Há metáforas impagáveis: "fígado a cozer", coração como "um frango pendurado pelas patas à procura de um chão", todas para descrever os humores de Rolindo Face. Desastres acontecem –como um galinheiro funcionando como alegoria da vida amorosa. E, como é comum também acontecer nesses casos, sobram exageros. É duro dizer, mas há virtuosismos linguísticos que sobram nas mais de 400 páginas do romance. Romance que, como se verá no final, não nega sua origem folhetinesca. O que é capaz ainda –se calhar– de surpreender o leitor. E não há nada de mau nisso também. O PECADO DE PORTO NEGRO AUTOR: NORBERTO MORAIS EDITORA: LEYA QUANTO: R$ 49,90 (416 PÁGS.)
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ilustrada
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Livro 'O Pecado de Porto Negro' mistura Eça de Queiroz e novela globalImagine um romance que seja capaz de juntar um pouco de Eça de Queiroz, um tanto de Jorge Amado, uma pitada de Chico Buarque (o compositor) e um quê de novela de época da Globo. Se parece bizarra de cara, é preciso dizer de cara também que a combinação funciona bem em "O Pecado de Porto Negro", do português Norberto Morais, finalista do Prêmio Leya de 2013. O cenário é Porto Negro, capital da imaginária ilha de São Cristóvão, ex-colônia no Pacífico de um império desfeito. Ali, em princípios do século 20, brotam marinheiros nos cais, imigrantes nas vendas, mulheres saudosas mirando o horizonte desde a cidade de ruas estreitas. E também malandros, donzelas prendadas, negras e mulatas habitando o imaginário sensual de uma terra preguiçosa nos trópicos. Fazendo sombra, a civilização ibérica, católica e escravista. Bem sabemos no que isso dá. Entre esses personagens está Santiago Cardamomo, estivador-sedutor para quem a "felicidade é uma cerveja gelada e um par de coxas enlaçando a cintura". Não surpreende que o boa-vida, adorado por todos, tenha um amor clandestino com Ducélia Trajero, a inocente filha do açougueiro da cidade, Tulentino, um homem cheio de dores do passado. À espreita está Rolindo Face, empregado do açougue, filho bastardo de um vigário, nascido em meio às fezes de uma aproveitadora de carnes gordas. De imediato se reconhece em Rolindo o protótipo do vilão à lusitana: sentimental, ressentido, invejoso. Não se engana quem deduzir, a partir desse conjunto, uma tragédia. Em boa parte, a narrativa de "O Pecado..." é bastante previsível no que tem, de um lado, de folhetinesco e, de outro, de clássica narrativa realista portuguesa. Não que seja um problema –na verdade, trata-se de um trunfo. Jogando com a previsibilidade, o autor cria uma narrativa feita de elipses, em que, não raro, o desfecho de uma situação antecede os fatos que levaram a ele. Noutras vezes, o desfecho parece estar à vista, mas dependente de pedaços de histórias que precisam ser ainda contadas. Por mais que o leitor adivinhe o que se seguirá, Norberto avisa que há segredos e motivos "que, se calhar em caminho, talvez se conte". Sempre calhará, é claro. No meio desse ir e vir, entre curvas em direção ao passado, o autor faz questão de exibir toda a exuberância da língua portuguesa, como é comum em terras lusitanas. Há metáforas impagáveis: "fígado a cozer", coração como "um frango pendurado pelas patas à procura de um chão", todas para descrever os humores de Rolindo Face. Desastres acontecem –como um galinheiro funcionando como alegoria da vida amorosa. E, como é comum também acontecer nesses casos, sobram exageros. É duro dizer, mas há virtuosismos linguísticos que sobram nas mais de 400 páginas do romance. Romance que, como se verá no final, não nega sua origem folhetinesca. O que é capaz ainda –se calhar– de surpreender o leitor. E não há nada de mau nisso também. O PECADO DE PORTO NEGRO AUTOR: NORBERTO MORAIS EDITORA: LEYA QUANTO: R$ 49,90 (416 PÁGS.)
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Mulheres assumem postos-chave no mundo da cerveja e querem o fim de preconceitos
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MAGÊ FLORES DE SÃO PAULO No universo cervejeiro, não existe posto que a mulher não ocupe. Estão na produção de insumos, na fábrica, na distribuição, no escritório, no bar, na sala de aula e no evento. E, segundo elas, cada vez mais. Pode ser dito que estão retomando seu lugar. Isso porque no início, enquanto homens saíam para caçar ou guerrear, eram elas que preparavam as bebidas da família. Diz a Larousse da Cerveja (ed. Larousse) que o domínio feminino da produção diminuiu só no final do século 18, quando o "negócio" atraiu a presença masculina e a produção ganhou tamanho. Mas, no século 21, elas ainda têm que escutar "tão pequenininha, bonitinha e faz cerveja?". Elas, então, explicam, rebatem ou colocam a mão na massa a fim de acabar de vez com esse papo machista. Abaixo, saiba mais sobre: a sommelière Kathia Zanatta, do Instituto da Cerveja; a sócia do bar Ambar, Julia Fraga; a gestora de eventos do setor, Luana Cloper; a mestre-cervejeira Fernanda Ueno; a empresária Luiza Tolosa, da cervejaria Dádiva. * Kathia Zanatta, 34 Quando, no começo do curso de engenharia de alimentos, Kathia Zanatta decidiu que iria pra Alemanha trabalhar numa cervejaria, ela não gostava de beber. Sonhava, sim, em se envolver com a produção. E conseguiu. Em um janeiro (congelante), acordava às 4h30 e ia, no escuro, pés afundando na neve, até a fábrica da Paulaner, em Munique. O chefe logo perguntou à ex-bailarina se não preferia uma vaga em marketing. Naquela cervejaria a presença de mulheres era incomum. "Por uma semana me deixaram na adega lavando o chão. O começo foi tenso." Isso foi há 12 anos. Hoje, o machismo passa reto pela engenheira, que costuma estar à frente de dezenas de alunos nos cursos que conduz em seu Instituto da Cerveja, em Moema, na zona sul de São Paulo. Ao retornar ao Brasil, passou bons anos na então Schincariol (hoje Brasil Kirin). Fez cervejas na Baden Baden, onde viu quem estranhava uma cervejeira com sacos de malte ("mulher tem que esquentar a barriga no fogão, não aqui", já ouviu) admitir que ela faria falta. "A dúvida do começo virou respeito quando eu mostrei que era competente no meu trabalho." Foi naqueles meses de Alemanha que ela se apaixonou pela cerveja. Na indústria, foi se aprofundando nos rótulos especiais e surgiu, então, a possibilidade de dar cursos na ABS (Associação Brasileira de Sommeliers). Em 2010, ela e o marido criaram o Instituto da Cerveja (hoje com várias especializações). Apesar da falta que sente do chão de fábrica, Kathia se satisfaz formando outras sommelières -elas correspondem a 30% do total de alunos do instituto (algumas das que aparecem nas páginas seguintes, inclusive, passaram por sua sala de aula). * Julia Fraga, 26 Dos adjetivos que um bar poderia receber, Julia Fraga escolheu "hospitaleiro". Antes de abrir no ano passado o Ambar, em Pinheiros, na zona oeste paulistana, ela e o noivo passavam pelas casas pensando o que gostavam em cada uma. Ao fim, queriam um lugar que recebesse bem a todos, independentemente de ser ou não um conhecedor de cerveja, um "geek barbudo". Para o casal de administradores, a cerveja surgiu no copo e depois como oportunidade para empreender. "É um mercado potencial, que está começando e aprendendo também", conta ela. "Os fornecedores ainda estão aprendendo. Então, todos têm que se ajudar." Foram estudar o produto e provar cervejas para preencher as 15 torneiras do bar -ao todo, mais de 300 passaram por ali. Elas ficam nos barris dentro da câmara fria, atrás do balcão, para que suas propriedades sejam conservadas. Nesse mercado ainda tão masculino, Julia escolhe o caminho da sutileza. A jovem encara as medidas dos pés à cabeça seguidas de "mas você bebe cerveja?" com tranquilidade. "É algo novo para as pessoas. Depois de uma conversa, o preconceito não continua. Às vezes, até se envergonham do que disseram." Preconceito também por trabalhar em bar. "Você vai trabalhar ou só ficar aqui?", já ouviu ela. Enquanto bebe uma Perro Libre Sorachi Berliner, que leva o nome do lúpulo usado na receita, de pouco álcool e aroma de limão-siciliano, Julia conta o que houve outro dia. "Achamos que essas coisas não existem mais, mas apareceu aqui um cara com uma cerveja chamada Puta Beer, com a imagem de uma pin-up. Guardei o cartão para não me esquecer disso." A página do produto na internet complementa o conceito com o slogan: a cerveja que te satisfaz. "Eu não lideraria um grupo de mulheres, não é da minha personalidade. Mas se isso não existisse, não prestaríamos atenção. Hoje, o mercado abomina esse tipo de ação." No bar (r. Cunha Gago, 129), ela e o noivo, que lhe apresentou esse mundo cervejeiro, dividem as funções de acordo com as predisposições. Ela costuma ficar de olho no salão, por exemplo. Cuidando pessoalmente do público, quase 50% feminino. * Luana Cloper, 35 Não sou seu amor, não sou seu benzinho. Estou falando de negócios." E que envolvem cerveja. Gestora de três eventos desse universo, Luana Cloper apela a uma postura "de general" para impor respeito. "Não estou administrando uma festa." Ela está à frente do Brasil Brau (para cervejarias de todos os portes e fornecedores de produtos), do Degusta Beer & Food (evento dentro da Brasil Brau para consumidores) e do Mondial de la Bière (festival de origem canadense que ocorre no Rio de Janeiro). Ao sair do segmento de moda e assumir esse portfólio, Luana mergulhou no novo tema. "Foi-se o tempo em que as empresas se adequavam aos conceitos dos eventos. Elas buscam locais que realmente correspondem aos anseios do mercado. Por isso, é preciso estar dentro das indústrias e cervejarias." Luana tem uma visão meio de dentro, meio de fora do mercado de cerveja. "Acredito que o caminho da artesanal é sem volta e que esse consumo só tende a crescer. Essa cerveja deslumbra o consumidor." A administradora vê o público que aprecia (e paga por) bebida artesanal crescer nos eventos -na primeira edição do Mondial, em 2013, eram 16 mil pessoas; na próxima, esperam-se 60 mil. "A grande indústria percebeu isso com clareza. Em várias partes do mundo a gente vê as cervejarias artesanais sendo incorporadas por grandes grupos." Nos eventos, vê crescer também a presença feminina. "Não existe lugar em que elas não estejam e cada vez mais com destaque. Mas ainda há espaço para mulheres em cargos de mais responsabilidade. Mas isso faz parte de um processo, a cultura cervejeira do país é muito nova." * Luiza Tolosa, 29 Aquele mercado potencial, que parecia independente dos canais de venda tradicionais, atraiu e deu segurança a Luiza Tolosa para que investisse nele seu tempo. Foi então estudando e se envolvendo. "Brinco que minha paixão pela cerveja é conquistada, não à primeira vista. Começou com trabalho mesmo, uma visão de negócio." Desde fevereiro de 2014, a cervejaria dela, a Dádiva, está em operação. "Não achei que empreender fosse tão difícil. Há uns meses fui para Portugal e o nível de discussão dos cervejeiros é outro. É uma briga por aumentar o mercado de cerveja artesanal, não uma briga por sobreviver", conta ela. "Aqui, entender a burocracia é um trabalho tremendo", continua a empresária. "Quando você vê, gasta mais tempo para definir uma regra tributária do que criando um rótulo de cerveja, inovando em produto." A Dádiva começou pequena, com 10 mil litros instalados de tanque, Luiza e um cervejeiro. Hoje, são três galpões e a empresa abraçou a produção e distribuição de outras duas cervejarias ciganas -os ajudando com as questões que tiram o tempo de quem quer pensar na produção. "Será que somos concorrentes? Talvez, mas o mercado gosta de pluralidade. É uma relação muito legal de troca de conhecimento. E se hoje temos esse tamanho, é por causa deles." Pequenos têm mesmo que se unir quando os grandes são vorazes. "Muitas artesanais estão com receio desse movimento de compra por grandes cervejarias. Falamos muito sobre o que houve nos Estados Unidos: a indústria não acreditou nas artesanais e perdeu muito mercado. Temos medo que as grandes não deixem ocorrer aqui o que ocorreu lá." Mesmo administrando tantas coisas, há quem bata na porta da fábrica e peça para falar "com o dono". "Nunca é com a dona." Pois atitudes machistas fizeram com que ela e outras cervejeiras criassem, em 2016, o Ela, um coletivo de mulheres que produziu um rótulo e doou o lucro para uma instituição envolvida com a causa feminina. "Passamos por questionamentos toda hora. Não é só: 'Deixa eu te contar sobre cerveja'. É 'deixa eu te contar que sou uma mulher que sabe de cerveja'. Talvez os homens não precisem pedir para serem ouvidos." * Fernanda Ueno, 30 Nas férias de 2009, quando Fernanda Ueno voltou para Ribeirão Preto (interior paulista), bateu na porta da Colorado. Fez três meses de estágio na cervejaria e, a partir daí, passava algumas horas lá quando ia à cidade. Ela já estudava engenharia de alimentos, em Florianópolis, e produzia cerveja em casa. Em 2012, entrou definitivamente na empresa, tornou-se supervisora de produção. Estava na Califórnia se formando mestre-cervejeira quando soube da compra da Colorado pela Ambev. O susto passou ao retornar. "A equipe cresceu, mudamos de fábrica e conseguimos melhorar bastante a qualidade." Hoje, é "head brewer" da Colorado, um papel importante na qualidade da cerveja. Comanda não só esses tanques, mas também os da Japas, cervejaria cigana que criou com quatro colegas. "Dizemos que é uma forma de realmente ir atrás das nossas origens." Teve início como uma brincadeira, de 40 litros. As descendentes usavam nas receitas umê (ameixa japonesa), chá de cevada e wasabi -e esta foi a favorita, uma american pale ale. Depois, veio uma pilsen com flor de jasmim. Outras estão na cabeça, para serem produzidas em até 2.000 litros por lote. "Para ter um chope mais fresco." Quando começou na produção, eram poucas as mulheres na área. É um trabalho pesado, "mas descobri que não preciso ser forte, preciso ter jeito". Ela sobe nos paletes e assim descarrega 50 quilos de malte. "Gosto de descobrir as formas mais eficientes de fazer." "Tem muita cervejaria que em festivais objetifica as mulheres que servem cerveja, tirando o foco da bebida. É ruim e acontece até hoje. O mesmo cara que bebe lá vai ao nosso estande achando que a função é a mesma, e não que você faz a cerveja e envasa", diz. "É um mercado muito masculino, que muda a passos de formiga. Mas muda." Um mercado que evolui mais rapidamente sua bebida. "Estamos num momento bom, acompanhando o que ocorre no mundo e com cervejas tão boas quanto as americanas", diz. "Temos o que desenvolver, inclusive a engessada legislação, mas os cervejeiros estão mais e mais criativos." * GLOSSÁRIO Malte Grão, geralmente de cevada, umedecido, germinado e seco Lúpulo Conservante natural, é usado na produção de cerveja com o malte, a água e a levedura. Confere sabor amargo à bebida Baixa fermentação Acontece no fundo do recipiente, em temperatura entre 4°C e 9°C Alta fermentação Ocorre na superfície do mosto, em temperatura entre 15°C a 20°C Mostura (ou mosto) Caldo que resulta da mistura fervida do malte com água, depois filtrado para receber o lúpulo Brassagem Processo de cozimento do malte moído (e outros grãos) para extrair os açúcares usados na fermentação IBU É a medida de amargor (International Bitterness Units); quanto maior o número, mais amarga a cerveja Lei de Pureza Alemã De 1516, definiu que a cerveja só pode conter malte de cevada, água e lúpulo. Posteriormente, admitiu o uso de outros cereais, como trigo Drinkability Escala subjetiva que avalia o quanto a cerveja é agradável Escola alemã Tradicional e eficiente, criadora da lager, tem cervejas geralmente maltadas, com amargor acentuado Escola americana Em desenvolvimento, se destaca pela excentricidade e intensidade Cervejaria cigana Marca que não tem sua fábrica e se associa a outras cervejarias para viabilizar sua produção Bock Cervejas de baixa fermentação criadas em Einbeck, na Baviera (Alemanha), com amargor mais sutil Stout Estilo tipicamente inglês, com opções mais densas. Leva maltes torrados e costuma ter aromas de café e/ou chocolate India Pale Ale (IPA) Com bastante lúpulo, criada para suportar longas viagens à Índia. De sabor frutado e maior teor alcoólico Sour As cervejas "azedas" são ácidas e têm forte aroma da fermentação, que pode lembrar vinagre Pilsen Estilo mais consumido no mundo, é leve e refrescante, com amargor moderado e cor dourada brilhante Weiss Cerveja de trigo típica do sul da Alemanha; tem notas de banana e cravo e graduação alcoólica moderada Witbier Receita de origem belga que leva trigo, semente de coentro e casca de laranja e limão; refrescante e cítrica Saison Estilo que nasceu sazonal, para ser consumido no verão. Leve, clara e de aroma frutado. Pode ter sabores picantes Rauchbier Tem parte do malte seco em um processo de defumação com madeira, o que dá aromas e sabores defumados
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saopaulo
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Mulheres assumem postos-chave no mundo da cerveja e querem o fim de preconceitosMAGÊ FLORES DE SÃO PAULO No universo cervejeiro, não existe posto que a mulher não ocupe. Estão na produção de insumos, na fábrica, na distribuição, no escritório, no bar, na sala de aula e no evento. E, segundo elas, cada vez mais. Pode ser dito que estão retomando seu lugar. Isso porque no início, enquanto homens saíam para caçar ou guerrear, eram elas que preparavam as bebidas da família. Diz a Larousse da Cerveja (ed. Larousse) que o domínio feminino da produção diminuiu só no final do século 18, quando o "negócio" atraiu a presença masculina e a produção ganhou tamanho. Mas, no século 21, elas ainda têm que escutar "tão pequenininha, bonitinha e faz cerveja?". Elas, então, explicam, rebatem ou colocam a mão na massa a fim de acabar de vez com esse papo machista. Abaixo, saiba mais sobre: a sommelière Kathia Zanatta, do Instituto da Cerveja; a sócia do bar Ambar, Julia Fraga; a gestora de eventos do setor, Luana Cloper; a mestre-cervejeira Fernanda Ueno; a empresária Luiza Tolosa, da cervejaria Dádiva. * Kathia Zanatta, 34 Quando, no começo do curso de engenharia de alimentos, Kathia Zanatta decidiu que iria pra Alemanha trabalhar numa cervejaria, ela não gostava de beber. Sonhava, sim, em se envolver com a produção. E conseguiu. Em um janeiro (congelante), acordava às 4h30 e ia, no escuro, pés afundando na neve, até a fábrica da Paulaner, em Munique. O chefe logo perguntou à ex-bailarina se não preferia uma vaga em marketing. Naquela cervejaria a presença de mulheres era incomum. "Por uma semana me deixaram na adega lavando o chão. O começo foi tenso." Isso foi há 12 anos. Hoje, o machismo passa reto pela engenheira, que costuma estar à frente de dezenas de alunos nos cursos que conduz em seu Instituto da Cerveja, em Moema, na zona sul de São Paulo. Ao retornar ao Brasil, passou bons anos na então Schincariol (hoje Brasil Kirin). Fez cervejas na Baden Baden, onde viu quem estranhava uma cervejeira com sacos de malte ("mulher tem que esquentar a barriga no fogão, não aqui", já ouviu) admitir que ela faria falta. "A dúvida do começo virou respeito quando eu mostrei que era competente no meu trabalho." Foi naqueles meses de Alemanha que ela se apaixonou pela cerveja. Na indústria, foi se aprofundando nos rótulos especiais e surgiu, então, a possibilidade de dar cursos na ABS (Associação Brasileira de Sommeliers). Em 2010, ela e o marido criaram o Instituto da Cerveja (hoje com várias especializações). Apesar da falta que sente do chão de fábrica, Kathia se satisfaz formando outras sommelières -elas correspondem a 30% do total de alunos do instituto (algumas das que aparecem nas páginas seguintes, inclusive, passaram por sua sala de aula). * Julia Fraga, 26 Dos adjetivos que um bar poderia receber, Julia Fraga escolheu "hospitaleiro". Antes de abrir no ano passado o Ambar, em Pinheiros, na zona oeste paulistana, ela e o noivo passavam pelas casas pensando o que gostavam em cada uma. Ao fim, queriam um lugar que recebesse bem a todos, independentemente de ser ou não um conhecedor de cerveja, um "geek barbudo". Para o casal de administradores, a cerveja surgiu no copo e depois como oportunidade para empreender. "É um mercado potencial, que está começando e aprendendo também", conta ela. "Os fornecedores ainda estão aprendendo. Então, todos têm que se ajudar." Foram estudar o produto e provar cervejas para preencher as 15 torneiras do bar -ao todo, mais de 300 passaram por ali. Elas ficam nos barris dentro da câmara fria, atrás do balcão, para que suas propriedades sejam conservadas. Nesse mercado ainda tão masculino, Julia escolhe o caminho da sutileza. A jovem encara as medidas dos pés à cabeça seguidas de "mas você bebe cerveja?" com tranquilidade. "É algo novo para as pessoas. Depois de uma conversa, o preconceito não continua. Às vezes, até se envergonham do que disseram." Preconceito também por trabalhar em bar. "Você vai trabalhar ou só ficar aqui?", já ouviu ela. Enquanto bebe uma Perro Libre Sorachi Berliner, que leva o nome do lúpulo usado na receita, de pouco álcool e aroma de limão-siciliano, Julia conta o que houve outro dia. "Achamos que essas coisas não existem mais, mas apareceu aqui um cara com uma cerveja chamada Puta Beer, com a imagem de uma pin-up. Guardei o cartão para não me esquecer disso." A página do produto na internet complementa o conceito com o slogan: a cerveja que te satisfaz. "Eu não lideraria um grupo de mulheres, não é da minha personalidade. Mas se isso não existisse, não prestaríamos atenção. Hoje, o mercado abomina esse tipo de ação." No bar (r. Cunha Gago, 129), ela e o noivo, que lhe apresentou esse mundo cervejeiro, dividem as funções de acordo com as predisposições. Ela costuma ficar de olho no salão, por exemplo. Cuidando pessoalmente do público, quase 50% feminino. * Luana Cloper, 35 Não sou seu amor, não sou seu benzinho. Estou falando de negócios." E que envolvem cerveja. Gestora de três eventos desse universo, Luana Cloper apela a uma postura "de general" para impor respeito. "Não estou administrando uma festa." Ela está à frente do Brasil Brau (para cervejarias de todos os portes e fornecedores de produtos), do Degusta Beer & Food (evento dentro da Brasil Brau para consumidores) e do Mondial de la Bière (festival de origem canadense que ocorre no Rio de Janeiro). Ao sair do segmento de moda e assumir esse portfólio, Luana mergulhou no novo tema. "Foi-se o tempo em que as empresas se adequavam aos conceitos dos eventos. Elas buscam locais que realmente correspondem aos anseios do mercado. Por isso, é preciso estar dentro das indústrias e cervejarias." Luana tem uma visão meio de dentro, meio de fora do mercado de cerveja. "Acredito que o caminho da artesanal é sem volta e que esse consumo só tende a crescer. Essa cerveja deslumbra o consumidor." A administradora vê o público que aprecia (e paga por) bebida artesanal crescer nos eventos -na primeira edição do Mondial, em 2013, eram 16 mil pessoas; na próxima, esperam-se 60 mil. "A grande indústria percebeu isso com clareza. Em várias partes do mundo a gente vê as cervejarias artesanais sendo incorporadas por grandes grupos." Nos eventos, vê crescer também a presença feminina. "Não existe lugar em que elas não estejam e cada vez mais com destaque. Mas ainda há espaço para mulheres em cargos de mais responsabilidade. Mas isso faz parte de um processo, a cultura cervejeira do país é muito nova." * Luiza Tolosa, 29 Aquele mercado potencial, que parecia independente dos canais de venda tradicionais, atraiu e deu segurança a Luiza Tolosa para que investisse nele seu tempo. Foi então estudando e se envolvendo. "Brinco que minha paixão pela cerveja é conquistada, não à primeira vista. Começou com trabalho mesmo, uma visão de negócio." Desde fevereiro de 2014, a cervejaria dela, a Dádiva, está em operação. "Não achei que empreender fosse tão difícil. Há uns meses fui para Portugal e o nível de discussão dos cervejeiros é outro. É uma briga por aumentar o mercado de cerveja artesanal, não uma briga por sobreviver", conta ela. "Aqui, entender a burocracia é um trabalho tremendo", continua a empresária. "Quando você vê, gasta mais tempo para definir uma regra tributária do que criando um rótulo de cerveja, inovando em produto." A Dádiva começou pequena, com 10 mil litros instalados de tanque, Luiza e um cervejeiro. Hoje, são três galpões e a empresa abraçou a produção e distribuição de outras duas cervejarias ciganas -os ajudando com as questões que tiram o tempo de quem quer pensar na produção. "Será que somos concorrentes? Talvez, mas o mercado gosta de pluralidade. É uma relação muito legal de troca de conhecimento. E se hoje temos esse tamanho, é por causa deles." Pequenos têm mesmo que se unir quando os grandes são vorazes. "Muitas artesanais estão com receio desse movimento de compra por grandes cervejarias. Falamos muito sobre o que houve nos Estados Unidos: a indústria não acreditou nas artesanais e perdeu muito mercado. Temos medo que as grandes não deixem ocorrer aqui o que ocorreu lá." Mesmo administrando tantas coisas, há quem bata na porta da fábrica e peça para falar "com o dono". "Nunca é com a dona." Pois atitudes machistas fizeram com que ela e outras cervejeiras criassem, em 2016, o Ela, um coletivo de mulheres que produziu um rótulo e doou o lucro para uma instituição envolvida com a causa feminina. "Passamos por questionamentos toda hora. Não é só: 'Deixa eu te contar sobre cerveja'. É 'deixa eu te contar que sou uma mulher que sabe de cerveja'. Talvez os homens não precisem pedir para serem ouvidos." * Fernanda Ueno, 30 Nas férias de 2009, quando Fernanda Ueno voltou para Ribeirão Preto (interior paulista), bateu na porta da Colorado. Fez três meses de estágio na cervejaria e, a partir daí, passava algumas horas lá quando ia à cidade. Ela já estudava engenharia de alimentos, em Florianópolis, e produzia cerveja em casa. Em 2012, entrou definitivamente na empresa, tornou-se supervisora de produção. Estava na Califórnia se formando mestre-cervejeira quando soube da compra da Colorado pela Ambev. O susto passou ao retornar. "A equipe cresceu, mudamos de fábrica e conseguimos melhorar bastante a qualidade." Hoje, é "head brewer" da Colorado, um papel importante na qualidade da cerveja. Comanda não só esses tanques, mas também os da Japas, cervejaria cigana que criou com quatro colegas. "Dizemos que é uma forma de realmente ir atrás das nossas origens." Teve início como uma brincadeira, de 40 litros. As descendentes usavam nas receitas umê (ameixa japonesa), chá de cevada e wasabi -e esta foi a favorita, uma american pale ale. Depois, veio uma pilsen com flor de jasmim. Outras estão na cabeça, para serem produzidas em até 2.000 litros por lote. "Para ter um chope mais fresco." Quando começou na produção, eram poucas as mulheres na área. É um trabalho pesado, "mas descobri que não preciso ser forte, preciso ter jeito". Ela sobe nos paletes e assim descarrega 50 quilos de malte. "Gosto de descobrir as formas mais eficientes de fazer." "Tem muita cervejaria que em festivais objetifica as mulheres que servem cerveja, tirando o foco da bebida. É ruim e acontece até hoje. O mesmo cara que bebe lá vai ao nosso estande achando que a função é a mesma, e não que você faz a cerveja e envasa", diz. "É um mercado muito masculino, que muda a passos de formiga. Mas muda." Um mercado que evolui mais rapidamente sua bebida. "Estamos num momento bom, acompanhando o que ocorre no mundo e com cervejas tão boas quanto as americanas", diz. "Temos o que desenvolver, inclusive a engessada legislação, mas os cervejeiros estão mais e mais criativos." * GLOSSÁRIO Malte Grão, geralmente de cevada, umedecido, germinado e seco Lúpulo Conservante natural, é usado na produção de cerveja com o malte, a água e a levedura. Confere sabor amargo à bebida Baixa fermentação Acontece no fundo do recipiente, em temperatura entre 4°C e 9°C Alta fermentação Ocorre na superfície do mosto, em temperatura entre 15°C a 20°C Mostura (ou mosto) Caldo que resulta da mistura fervida do malte com água, depois filtrado para receber o lúpulo Brassagem Processo de cozimento do malte moído (e outros grãos) para extrair os açúcares usados na fermentação IBU É a medida de amargor (International Bitterness Units); quanto maior o número, mais amarga a cerveja Lei de Pureza Alemã De 1516, definiu que a cerveja só pode conter malte de cevada, água e lúpulo. Posteriormente, admitiu o uso de outros cereais, como trigo Drinkability Escala subjetiva que avalia o quanto a cerveja é agradável Escola alemã Tradicional e eficiente, criadora da lager, tem cervejas geralmente maltadas, com amargor acentuado Escola americana Em desenvolvimento, se destaca pela excentricidade e intensidade Cervejaria cigana Marca que não tem sua fábrica e se associa a outras cervejarias para viabilizar sua produção Bock Cervejas de baixa fermentação criadas em Einbeck, na Baviera (Alemanha), com amargor mais sutil Stout Estilo tipicamente inglês, com opções mais densas. Leva maltes torrados e costuma ter aromas de café e/ou chocolate India Pale Ale (IPA) Com bastante lúpulo, criada para suportar longas viagens à Índia. De sabor frutado e maior teor alcoólico Sour As cervejas "azedas" são ácidas e têm forte aroma da fermentação, que pode lembrar vinagre Pilsen Estilo mais consumido no mundo, é leve e refrescante, com amargor moderado e cor dourada brilhante Weiss Cerveja de trigo típica do sul da Alemanha; tem notas de banana e cravo e graduação alcoólica moderada Witbier Receita de origem belga que leva trigo, semente de coentro e casca de laranja e limão; refrescante e cítrica Saison Estilo que nasceu sazonal, para ser consumido no verão. Leve, clara e de aroma frutado. Pode ter sabores picantes Rauchbier Tem parte do malte seco em um processo de defumação com madeira, o que dá aromas e sabores defumados
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Rock in Rio foi evento manada
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Fãs de rock costumam ser fiéis a suas bandas prediletas e fazem questão de homenageá-las, usando camisetas, bonés e tatuagens de seus artistas preferidos. Mas o público do Rock in Rio inovou: em vez de prestar tributo a bandas, agora veste camisetas de bancos, usa bonés de marca de cerveja e exibe tatuagens com o logotipo de uma fabricante de automóveis. Sinal dos tempos. Mesmo quem está acostumado com a presença de marcas em grandes festivais de música –logotipos nos palcos, comerciais nos telões, promotores distribuindo brindes– se assusta com a "blitzkrieg" corporativa que Roberto Medina impôs ao Rock in Rio. Não há um lugar para onde se olhe sem ver um imenso logotipo. O mais triste é que o público parece não se importar em pagar um ingresso caro –R$ 350– para servir de figurante a campanhas publicitárias. Pessoas gastavam uma hora ou mais na fila, perdendo shows, para ganhar uma camiseta "customizada" com o logotipo de um banco. Outra multidão reciclava copos de plástico no estande de uma marca de cerveja e ganhava produtos com o logo da bebida. Uma terceira fila –também imensa– juntava pessoas que queriam ganhar uma foto segurando uma guitarra em formato de um popular salgadinho. Mas o pior eram as tatuagens removíveis com o logotipo de uma fabricante de automóveis que admitiu ter fraudado o software de medição de poluentes em milhões de carros vendidos em todo o mundo. Como alguém pode ir a um festival cujo lema é "por um mundo melhor" e não se importar em sair por aí com a marca estampada no braço? O Rock in Rio é uma mistura de parque de diversões com shopping a céu aberto. Para muitos, a música importa menos que a balada –com exceção dos fãs de metal e rock mais pesado, sempre obsessivos. O festival já entrou para o calendário turístico da cidade e atrai dezenas de milhares de turistas de todo o mundo, que não se importam se estão vendo o Metallica ou o Elton John e esgotam os ingressos antes de anunciada a escalação completa de bandas. É o tal "evento manada", em que ninguém sabe se todo mundo vai porque é bom ou se é bom porque todo mundo vai. Roberto Medina conseguiu fazer um festival que se tornou mais popular do que qualquer dos artistas que se apresentam nele. Não vai demorar, nem música precisa mais: põe uma roda-gigante e distribui camisetas, que o pessoal vai e ainda pede bis.
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ilustrada
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Rock in Rio foi evento manadaFãs de rock costumam ser fiéis a suas bandas prediletas e fazem questão de homenageá-las, usando camisetas, bonés e tatuagens de seus artistas preferidos. Mas o público do Rock in Rio inovou: em vez de prestar tributo a bandas, agora veste camisetas de bancos, usa bonés de marca de cerveja e exibe tatuagens com o logotipo de uma fabricante de automóveis. Sinal dos tempos. Mesmo quem está acostumado com a presença de marcas em grandes festivais de música –logotipos nos palcos, comerciais nos telões, promotores distribuindo brindes– se assusta com a "blitzkrieg" corporativa que Roberto Medina impôs ao Rock in Rio. Não há um lugar para onde se olhe sem ver um imenso logotipo. O mais triste é que o público parece não se importar em pagar um ingresso caro –R$ 350– para servir de figurante a campanhas publicitárias. Pessoas gastavam uma hora ou mais na fila, perdendo shows, para ganhar uma camiseta "customizada" com o logotipo de um banco. Outra multidão reciclava copos de plástico no estande de uma marca de cerveja e ganhava produtos com o logo da bebida. Uma terceira fila –também imensa– juntava pessoas que queriam ganhar uma foto segurando uma guitarra em formato de um popular salgadinho. Mas o pior eram as tatuagens removíveis com o logotipo de uma fabricante de automóveis que admitiu ter fraudado o software de medição de poluentes em milhões de carros vendidos em todo o mundo. Como alguém pode ir a um festival cujo lema é "por um mundo melhor" e não se importar em sair por aí com a marca estampada no braço? O Rock in Rio é uma mistura de parque de diversões com shopping a céu aberto. Para muitos, a música importa menos que a balada –com exceção dos fãs de metal e rock mais pesado, sempre obsessivos. O festival já entrou para o calendário turístico da cidade e atrai dezenas de milhares de turistas de todo o mundo, que não se importam se estão vendo o Metallica ou o Elton John e esgotam os ingressos antes de anunciada a escalação completa de bandas. É o tal "evento manada", em que ninguém sabe se todo mundo vai porque é bom ou se é bom porque todo mundo vai. Roberto Medina conseguiu fazer um festival que se tornou mais popular do que qualquer dos artistas que se apresentam nele. Não vai demorar, nem música precisa mais: põe uma roda-gigante e distribui camisetas, que o pessoal vai e ainda pede bis.
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Livros e mostra analisam universo sexomaníaco de Hudinilson Jr.
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Todo dia ele acordava de manhã, fumava um cigarro, tomava um trago e descia até o porão do prédio atrás dos jornais e revistas que os vizinhos jogavam fora. Hudinilson Jr., lembrado pelos amigos como um "caçador contumaz de imagens", saía em busca de "deuses", "rapazes tesudos", "caras bombados". Seus recortes cobriam todas as paredes do quarto e sala onde morava na Bela Vista, no centro de São Paulo, e também os mais de cem cadernos de colagens que ele montou até seu último dia –há três anos, o artista foi encontrado morto, aos 56, sozinho em seu apartamento. Não foi um choque. Hudinilson saiu da vida aos poucos. Trocou a presença vibrante que teve como performer, grafiteiro e fotógrafo ao longo das décadas de 1980 e 1990 pela reclusão e o álcool, mas não deixou de construir seus trabalhos, que filtravam a realidade pelo vício em sexo. "Ele não teve limites na vida, não teve limites sexuais, não teve limites com relação ao uso do corpo dele", diz o crítico de arte Ricardo Resende. "Sua obra é visceral, reflete esse desejo à flor da pele." Embalado agora por essa aura quase mítica, do artista marginal, que morreu apodrecendo num colchão com marcas de cigarro, Hudinilson ressurge como alvo de dois livros e uma mostra no Centro Cultural São Paulo. "Posição Amorosa", o livro que Resende lança agora, surgiu de conversas do artista com o autor nas salas de reunião do CCSP pouco antes de sua morte. O volume chega às livrarias como o primeiro estudo de fôlego de sua obra, coroando esse seu momento de ascensão póstuma. Só depois de morto, Hudinilson perdeu a pecha de figura maldita do underground para se firmar como uma estrela redescoberta da contracultura. Além de ocupar uma sala especial na Bienal de São Paulo há dois anos, suas obras sofreram valorização meteórica e acabam de entrar para os acervos do MoMA, em Nova York, do Reina Sofía, em Madri, e do Malba, em Buenos Aires. Mário Ramiro, que fez parte do coletivo 3NÓS3 com Hudinilson e Rafael França, também escreve agora um livro –que deve sair até o fim do ano– sobre as ações do grupo, entre elas a noite no final dos anos 1970 em que saíram por São Paulo encapuzando esculturas, uma alusão ao sufoco do clima político nos estertores do regime militar. "Um amigo do Hudinilson tinha um Fusquinha e levou a gente para fazer o trajeto, mas depois ficou com medo", lembra Ramiro. "Então a gente saiu a pé pela cidade ensacando as estátuas e fotografando." Essas e outras memórias agora vêm à tona num esforço de Resende e Ramiro para dar dimensão crítica ao culto um tanto vazio em torno de Hudinilson, mais celebrado pela fama de junkie do que pela construção de um retrato incandescente do amor entre homens e da violência que atravessa essas relações. Seu apartamento, no caso, acabou se tornando o cenário desses novos estudos, uma espécie de sítio arqueológico onde seus biógrafos encontraram os pilares de sua obra. "O sexo estava exposto nas paredes em enormes pintos, tórax torneados e peludos de homens sujos de graxa, expostos como calendário de mulher pelada de borracharia", escreve Resende, sobre a casa do artista. "Era uma zona de desconforto, reservada para os poucos que se arriscavam a esse sujeito obcecado por sexo e dono de uma obra suja." Essa sujeira, aliás, também ressurge fetichizada nas páginas de "Posição Amorosa", esquadrinhada num ensaio fotográfico de Vitor Butkus, jovem pesquisador também envolvido nesse resgate da obra de Hudinilson Jr. XEROX DA PELE Mas o artista não vivia só do corpo dos outros. Inspirado pelo mito de Narciso, ele mesmo se retratava em imagens incansáveis, de registros 3 x 4 repetidos à exaustão às famosas performances em que se atracava com uma fotocopiadora, transformando seu embate com a máquina em quase abstrações monocromáticas, de pele e pelos espremidos contra o vidro. Sua obra em Xerox, aliás, acabou se tornando um emblema dessa época, uma estética apressada, urgente e cheia de falhas –de certa forma, um espelho de tempos de mudanças vertiginosas. Mesmo frágeis, suas fotocópias, colagens e cadernos sobreviveram pelo cuidado do artista em catalogar tudo, contrariando um pouco sua imagem de descontrolado –grande parte desses arquivos, aliás, está agora na mostra do CCSP. "Deve haver alguma coisa de genética em minha compulsão em colecionar, guardar, agrupar coisas", escreveu o artista, como se antecipasse o momento em que esses baús seriam abertos. Mário Ramiro lamenta que isso tenha ocorrido só depois de sua morte. "Hoje são centenas de pessoas que procuram sua família para visitar o mausoléu que virou seu apartamento", lembra. "Mas nenhuma dessas pessoas ousou tomar água no copo ensebado que ele oferecia, ninguém foi sentar nas cadeiras imundas em volta da cama dele. E agora, aquilo virou ponto de encontro da contracultura."
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Livros e mostra analisam universo sexomaníaco de Hudinilson Jr.Todo dia ele acordava de manhã, fumava um cigarro, tomava um trago e descia até o porão do prédio atrás dos jornais e revistas que os vizinhos jogavam fora. Hudinilson Jr., lembrado pelos amigos como um "caçador contumaz de imagens", saía em busca de "deuses", "rapazes tesudos", "caras bombados". Seus recortes cobriam todas as paredes do quarto e sala onde morava na Bela Vista, no centro de São Paulo, e também os mais de cem cadernos de colagens que ele montou até seu último dia –há três anos, o artista foi encontrado morto, aos 56, sozinho em seu apartamento. Não foi um choque. Hudinilson saiu da vida aos poucos. Trocou a presença vibrante que teve como performer, grafiteiro e fotógrafo ao longo das décadas de 1980 e 1990 pela reclusão e o álcool, mas não deixou de construir seus trabalhos, que filtravam a realidade pelo vício em sexo. "Ele não teve limites na vida, não teve limites sexuais, não teve limites com relação ao uso do corpo dele", diz o crítico de arte Ricardo Resende. "Sua obra é visceral, reflete esse desejo à flor da pele." Embalado agora por essa aura quase mítica, do artista marginal, que morreu apodrecendo num colchão com marcas de cigarro, Hudinilson ressurge como alvo de dois livros e uma mostra no Centro Cultural São Paulo. "Posição Amorosa", o livro que Resende lança agora, surgiu de conversas do artista com o autor nas salas de reunião do CCSP pouco antes de sua morte. O volume chega às livrarias como o primeiro estudo de fôlego de sua obra, coroando esse seu momento de ascensão póstuma. Só depois de morto, Hudinilson perdeu a pecha de figura maldita do underground para se firmar como uma estrela redescoberta da contracultura. Além de ocupar uma sala especial na Bienal de São Paulo há dois anos, suas obras sofreram valorização meteórica e acabam de entrar para os acervos do MoMA, em Nova York, do Reina Sofía, em Madri, e do Malba, em Buenos Aires. Mário Ramiro, que fez parte do coletivo 3NÓS3 com Hudinilson e Rafael França, também escreve agora um livro –que deve sair até o fim do ano– sobre as ações do grupo, entre elas a noite no final dos anos 1970 em que saíram por São Paulo encapuzando esculturas, uma alusão ao sufoco do clima político nos estertores do regime militar. "Um amigo do Hudinilson tinha um Fusquinha e levou a gente para fazer o trajeto, mas depois ficou com medo", lembra Ramiro. "Então a gente saiu a pé pela cidade ensacando as estátuas e fotografando." Essas e outras memórias agora vêm à tona num esforço de Resende e Ramiro para dar dimensão crítica ao culto um tanto vazio em torno de Hudinilson, mais celebrado pela fama de junkie do que pela construção de um retrato incandescente do amor entre homens e da violência que atravessa essas relações. Seu apartamento, no caso, acabou se tornando o cenário desses novos estudos, uma espécie de sítio arqueológico onde seus biógrafos encontraram os pilares de sua obra. "O sexo estava exposto nas paredes em enormes pintos, tórax torneados e peludos de homens sujos de graxa, expostos como calendário de mulher pelada de borracharia", escreve Resende, sobre a casa do artista. "Era uma zona de desconforto, reservada para os poucos que se arriscavam a esse sujeito obcecado por sexo e dono de uma obra suja." Essa sujeira, aliás, também ressurge fetichizada nas páginas de "Posição Amorosa", esquadrinhada num ensaio fotográfico de Vitor Butkus, jovem pesquisador também envolvido nesse resgate da obra de Hudinilson Jr. XEROX DA PELE Mas o artista não vivia só do corpo dos outros. Inspirado pelo mito de Narciso, ele mesmo se retratava em imagens incansáveis, de registros 3 x 4 repetidos à exaustão às famosas performances em que se atracava com uma fotocopiadora, transformando seu embate com a máquina em quase abstrações monocromáticas, de pele e pelos espremidos contra o vidro. Sua obra em Xerox, aliás, acabou se tornando um emblema dessa época, uma estética apressada, urgente e cheia de falhas –de certa forma, um espelho de tempos de mudanças vertiginosas. Mesmo frágeis, suas fotocópias, colagens e cadernos sobreviveram pelo cuidado do artista em catalogar tudo, contrariando um pouco sua imagem de descontrolado –grande parte desses arquivos, aliás, está agora na mostra do CCSP. "Deve haver alguma coisa de genética em minha compulsão em colecionar, guardar, agrupar coisas", escreveu o artista, como se antecipasse o momento em que esses baús seriam abertos. Mário Ramiro lamenta que isso tenha ocorrido só depois de sua morte. "Hoje são centenas de pessoas que procuram sua família para visitar o mausoléu que virou seu apartamento", lembra. "Mas nenhuma dessas pessoas ousou tomar água no copo ensebado que ele oferecia, ninguém foi sentar nas cadeiras imundas em volta da cama dele. E agora, aquilo virou ponto de encontro da contracultura."
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Descendente da 'família real' brasileira é um dos líderes de grupo anti-Dilma
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Criado por dissidentes de outros grupos, o Acorda Brasil tem 117 mil seguidores no Facebook, uma agenda econômica ultraliberal e nomes da alta sociedade entre seus fundadores. Um dos líderes do grupo, por exemplo, é o empresário Luiz Philippe de Orleans e Bragança, sobrinho de Luís Gastão de Orleans e Bragança, homem que, se o Brasil fosse uma monarquia, seria hoje o "imperador" da nação. O Luiz do Acorda Brasil não gosta de misturar os assuntos de sua família à militância que promove contra o governo Dilma Rousseff. "Eu milito pelo Estado de Direito", diz, sempre que questionado sobre o que acha do discurso de parentes que defendem a volta da monarquia. Apesar disso, não faz coro aos críticos da família. "São brasileiros, acima de tudo", diz e encerra o assunto. Com formação em ciências políticas, Luiz Philippe é um dos cabeças do Acorda. Ele começou a militar em grupos antigoverno há cerca de três anos. Gosta de se descrever como um pequeno/médio empresário que vive da distribuição de autopeças. Diz que sente a deterioração do ambiente econômico diariamente nos negócios. "Todos os dias tem gente que me liga para dizer que vai fechar as portas", afirma. Seu maior cliente, garante, fatura cerca de R$ 30 milhões por ano. "Quem sustenta o governo hoje não é o povo, nem os trabalhadores. É a elite. E eu não estou falando de elite, gente que ganha bem. Falo dos grandes bancos, dos grupos de mídia. São esses que ainda seguram o governo", afirma. Assista Ele descreve o Acorda Brasil como um movimento mais focado em formular e vender ideias do que mobilizar multidões a irem às ruas. O grupo se notabilizou por apostar em ações que envolvam um número pequeno de pessoas, mas tenham impacto midiático. Ajudou, por exemplo, nas vigílias e apitaços em frente a órgãos públicos. O Acorda defende a saída da presidente Dilma Rousseff do Palácio do Planalto "de qualquer jeito". "Em qualquer outro país você já teria mecanismos para rever isso, para fazer essa troca. Como é que se sustenta um governo que 80% da população não quer mais? Nada acontece?", indaga. Luiz Philippe diz que a população está à frente dos políticos e que tem pressionado por mudanças no sistema sozinha. "Não existe oposição." Ele diz que grupo quer a saída de Dilma, mas não defende a tomada de posse do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), "nem Aécio Neves [PSDB-MG]". Então qual a saída? O grupo defende um modelo de maior autonomia para Estados e municípios gerirem seus recursos e suas leis, o que dependeria de uma ampla –e improvável– reforma. "É justo um imposto que é gerado em um Estado ser gasto por ele. Quem está em Brasília não conhece as prioridades de cada lugar", justifica. O Piauí ou o Maranhão sobreviveriam só com o que arrecadam? "O Piauí é um Estado rico. O Brasil é rico", garante. O empresário faz reparos a programas de transferências de renda, como o Bolsa Família. "Cada estado deveria determinar a sua prioridade. Existe um custo. Não é possível manter para sempre. É positivo, claro, mas sem um viés de transição, sem uma porta de saída, não dá", afirma. A autonomia dos Estados e municípios para a gestão dos valores arrecadados também se aplicaria à legislação penal, à exemplo do que ocorre nos Estados Unidos. CONTRA CORRUPÇÃO Nas manifestações deste domingo, o grupo abraçou como causa o projeto de lei de iniciativa popular do Ministério Público Federal que elenca dez ações para o combate à corrupção. Vão aproveitar a manifestação para coletar assinaturas. Para validar o projeto, são necessárias 1,5 milhão de apoios. Luiz Philippe diz que é o sistema centralizador praticado no Brasil que mantém a presidente Dilma Rousseff no poder. "Em qualquer outro regime, ela já teria caído", ele diz. O Acorda prega que sua principal bandeira é o fortalecimento das instituições e dos entes federativos. "Desse modo, a presidente seria apenas mais um personagem nessa teia. Os danos por uma eventual troca seriam muito menores", diz. Questionado então sobre porque decidiu engrossar um movimento pela derrubada da presidente mesmo reconhecendo que a saída dela do poder não esgotaria a agenda que prega, diz que "o principal é ser legítimo". "Nós estamos aqui para dizer que não termina com a saída da Dilma. Não queremos poder político, queremos vender ideias", sustentou.
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poder
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Descendente da 'família real' brasileira é um dos líderes de grupo anti-DilmaCriado por dissidentes de outros grupos, o Acorda Brasil tem 117 mil seguidores no Facebook, uma agenda econômica ultraliberal e nomes da alta sociedade entre seus fundadores. Um dos líderes do grupo, por exemplo, é o empresário Luiz Philippe de Orleans e Bragança, sobrinho de Luís Gastão de Orleans e Bragança, homem que, se o Brasil fosse uma monarquia, seria hoje o "imperador" da nação. O Luiz do Acorda Brasil não gosta de misturar os assuntos de sua família à militância que promove contra o governo Dilma Rousseff. "Eu milito pelo Estado de Direito", diz, sempre que questionado sobre o que acha do discurso de parentes que defendem a volta da monarquia. Apesar disso, não faz coro aos críticos da família. "São brasileiros, acima de tudo", diz e encerra o assunto. Com formação em ciências políticas, Luiz Philippe é um dos cabeças do Acorda. Ele começou a militar em grupos antigoverno há cerca de três anos. Gosta de se descrever como um pequeno/médio empresário que vive da distribuição de autopeças. Diz que sente a deterioração do ambiente econômico diariamente nos negócios. "Todos os dias tem gente que me liga para dizer que vai fechar as portas", afirma. Seu maior cliente, garante, fatura cerca de R$ 30 milhões por ano. "Quem sustenta o governo hoje não é o povo, nem os trabalhadores. É a elite. E eu não estou falando de elite, gente que ganha bem. Falo dos grandes bancos, dos grupos de mídia. São esses que ainda seguram o governo", afirma. Assista Ele descreve o Acorda Brasil como um movimento mais focado em formular e vender ideias do que mobilizar multidões a irem às ruas. O grupo se notabilizou por apostar em ações que envolvam um número pequeno de pessoas, mas tenham impacto midiático. Ajudou, por exemplo, nas vigílias e apitaços em frente a órgãos públicos. O Acorda defende a saída da presidente Dilma Rousseff do Palácio do Planalto "de qualquer jeito". "Em qualquer outro país você já teria mecanismos para rever isso, para fazer essa troca. Como é que se sustenta um governo que 80% da população não quer mais? Nada acontece?", indaga. Luiz Philippe diz que a população está à frente dos políticos e que tem pressionado por mudanças no sistema sozinha. "Não existe oposição." Ele diz que grupo quer a saída de Dilma, mas não defende a tomada de posse do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), "nem Aécio Neves [PSDB-MG]". Então qual a saída? O grupo defende um modelo de maior autonomia para Estados e municípios gerirem seus recursos e suas leis, o que dependeria de uma ampla –e improvável– reforma. "É justo um imposto que é gerado em um Estado ser gasto por ele. Quem está em Brasília não conhece as prioridades de cada lugar", justifica. O Piauí ou o Maranhão sobreviveriam só com o que arrecadam? "O Piauí é um Estado rico. O Brasil é rico", garante. O empresário faz reparos a programas de transferências de renda, como o Bolsa Família. "Cada estado deveria determinar a sua prioridade. Existe um custo. Não é possível manter para sempre. É positivo, claro, mas sem um viés de transição, sem uma porta de saída, não dá", afirma. A autonomia dos Estados e municípios para a gestão dos valores arrecadados também se aplicaria à legislação penal, à exemplo do que ocorre nos Estados Unidos. CONTRA CORRUPÇÃO Nas manifestações deste domingo, o grupo abraçou como causa o projeto de lei de iniciativa popular do Ministério Público Federal que elenca dez ações para o combate à corrupção. Vão aproveitar a manifestação para coletar assinaturas. Para validar o projeto, são necessárias 1,5 milhão de apoios. Luiz Philippe diz que é o sistema centralizador praticado no Brasil que mantém a presidente Dilma Rousseff no poder. "Em qualquer outro regime, ela já teria caído", ele diz. O Acorda prega que sua principal bandeira é o fortalecimento das instituições e dos entes federativos. "Desse modo, a presidente seria apenas mais um personagem nessa teia. Os danos por uma eventual troca seriam muito menores", diz. Questionado então sobre porque decidiu engrossar um movimento pela derrubada da presidente mesmo reconhecendo que a saída dela do poder não esgotaria a agenda que prega, diz que "o principal é ser legítimo". "Nós estamos aqui para dizer que não termina com a saída da Dilma. Não queremos poder político, queremos vender ideias", sustentou.
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Casa terá jantar com menu especial e desconto de vinhos nesta quarta
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O gastrobar italiano Ciao! Vino & Birra oferecerá na quarta-feira (18) um menu especial com pratos típicos das regiões italianas do Piemonte e da Toscana. O cardápio, desenvolvido pelo chef Eduardo Vitelli, contará com risoto de fungui seco e pato, típico do Piemonte e parppadelle ao ragú de javali à moda da Toscana, entre outros pratos que serão harmonizados com vinhos apresentados pela sommelière Giuliana Ferreira, da importadora Casa Flora. Os clientes que reservarem lugares para o jantar poderão escolher vinhos que forem servidos para comprar e levar para casa com 25% de desconto. O jantar terá capacidade para 16 pessoas e vai custa R$ 185 por pessoa. Ciao! Vino & Birra ONDE R. Tutóia, 451; 2306-3541 QUANDO de terça a quinta, das 12h às 15h e das 18h às 23h; às sextas e sábados, das 12h às 15h e das 18h às 24h; aos domingos, das 12h às 16h
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comida
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Casa terá jantar com menu especial e desconto de vinhos nesta quartaO gastrobar italiano Ciao! Vino & Birra oferecerá na quarta-feira (18) um menu especial com pratos típicos das regiões italianas do Piemonte e da Toscana. O cardápio, desenvolvido pelo chef Eduardo Vitelli, contará com risoto de fungui seco e pato, típico do Piemonte e parppadelle ao ragú de javali à moda da Toscana, entre outros pratos que serão harmonizados com vinhos apresentados pela sommelière Giuliana Ferreira, da importadora Casa Flora. Os clientes que reservarem lugares para o jantar poderão escolher vinhos que forem servidos para comprar e levar para casa com 25% de desconto. O jantar terá capacidade para 16 pessoas e vai custa R$ 185 por pessoa. Ciao! Vino & Birra ONDE R. Tutóia, 451; 2306-3541 QUANDO de terça a quinta, das 12h às 15h e das 18h às 23h; às sextas e sábados, das 12h às 15h e das 18h às 24h; aos domingos, das 12h às 16h
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Ausência de Neymar pela 1ª vez na era Tite testa evolução da seleção
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A era Tite começou com uma sequência de três vitórias nas eliminatórias continentais da Copa do Mundo. Mas, sem o seu principal jogador, a seleção terá que "sofrer" contra a lanterna Venezuela, nesta terça (11), para sair com mais três pontos. Sem Neymar, que cumprirá suspensão automática após receber o segundo cartão amarelo na vitória sobre a Bolívia na última quinta-feira (6), em Natal, o retrospecto da seleção neste ano despenca para quase a metade. Com o astro, a seleção conquistou 80% dos pontos que disputou em 2016 e levou até a inédita medalha de ouro olímpica no Rio de Janeiro. No total, o time venceu sete partidas, empatou três e não perdeu nenhuma. Porém, quando a equipe joga sem o ex-santista, o aproveitamento cai para 53%. Das cinco partidas que Neymar esteve fora, o time então comandado por Dunga venceu apenas duas (os fracos Haiti e Panamá), empatou outras duas (Paraguai e Equador) e perdeu outra (Peru). Na ausência do atleta, a seleção ainda passou pelo pior vexame neste ano ao ser eliminada na primeira fase da Copa América Centenário. Apesar do desfalque, Tite tenta minimizar a dependência do craque do Barcelona. "É desumano colocar no Neymar a responsabilidade de solucionar a equipe. O time tem que ser forte sem ele", afirmou o treinador. Depois do jogo em Natal, Tite cobrou "maturidade" ao jogador. Ele recebeu o cartão amarelo ainda no primeiro tempo da goleada imposta aos bolivianos, por 5 a 0, na Arena das Dunas. Foi o quarto cartão amarelo que o atacante recebeu nestas eliminatórias. Pela regra da competição, o jogador é obrigado a cumprir suspensão a cada dois cartões amarelos recebidos. Será a quarta vez que Neymar desfalcará o time nas eliminatórias por suspensão. Dada a ausência do jogador do Barcelona, Tite terá o desafio de armar uma nova formação para manter o time nacional no caminho das vitórias. O meia Willian foi escolhido para substituir o astro. O jogador do Chelsea e Philippe Coutinho vão atuar mais adiantados para ajudar o atacante Gabriel Jesus. "Estamos preparados, mas tem que saber sofrer, o que é normal. O futebol mudou", afirmou Jesus, que já marcou três gols no torneio. A outra novidade na equipe será a entrada de Paulinho. Ele cumpriu suspensão na última partida e entrará na vaga de Giuliano, que teve uma boa atuação na Arena das Dunas. Em segundo lugar, com 18 pontos, o Brasil pode chegar à liderança das eliminatórias em Mérida. Para isso, os comandados de Tite precisam vencer a Venezuela e torcer por um tropeço do Uruguai, que lidera o torneio, com 19 pontos. Fora de casa, eles enfrentam nesta terça a Colômbia, em Barranquilla. A Venezuela faz a campanha mais fraca nas eliminatórias até agora. O time tem apenas dois pontos somados. Vexames Neymar NA TV Venezuela x Brasil 21h30 Globo e SporTV
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esporte
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Ausência de Neymar pela 1ª vez na era Tite testa evolução da seleçãoA era Tite começou com uma sequência de três vitórias nas eliminatórias continentais da Copa do Mundo. Mas, sem o seu principal jogador, a seleção terá que "sofrer" contra a lanterna Venezuela, nesta terça (11), para sair com mais três pontos. Sem Neymar, que cumprirá suspensão automática após receber o segundo cartão amarelo na vitória sobre a Bolívia na última quinta-feira (6), em Natal, o retrospecto da seleção neste ano despenca para quase a metade. Com o astro, a seleção conquistou 80% dos pontos que disputou em 2016 e levou até a inédita medalha de ouro olímpica no Rio de Janeiro. No total, o time venceu sete partidas, empatou três e não perdeu nenhuma. Porém, quando a equipe joga sem o ex-santista, o aproveitamento cai para 53%. Das cinco partidas que Neymar esteve fora, o time então comandado por Dunga venceu apenas duas (os fracos Haiti e Panamá), empatou outras duas (Paraguai e Equador) e perdeu outra (Peru). Na ausência do atleta, a seleção ainda passou pelo pior vexame neste ano ao ser eliminada na primeira fase da Copa América Centenário. Apesar do desfalque, Tite tenta minimizar a dependência do craque do Barcelona. "É desumano colocar no Neymar a responsabilidade de solucionar a equipe. O time tem que ser forte sem ele", afirmou o treinador. Depois do jogo em Natal, Tite cobrou "maturidade" ao jogador. Ele recebeu o cartão amarelo ainda no primeiro tempo da goleada imposta aos bolivianos, por 5 a 0, na Arena das Dunas. Foi o quarto cartão amarelo que o atacante recebeu nestas eliminatórias. Pela regra da competição, o jogador é obrigado a cumprir suspensão a cada dois cartões amarelos recebidos. Será a quarta vez que Neymar desfalcará o time nas eliminatórias por suspensão. Dada a ausência do jogador do Barcelona, Tite terá o desafio de armar uma nova formação para manter o time nacional no caminho das vitórias. O meia Willian foi escolhido para substituir o astro. O jogador do Chelsea e Philippe Coutinho vão atuar mais adiantados para ajudar o atacante Gabriel Jesus. "Estamos preparados, mas tem que saber sofrer, o que é normal. O futebol mudou", afirmou Jesus, que já marcou três gols no torneio. A outra novidade na equipe será a entrada de Paulinho. Ele cumpriu suspensão na última partida e entrará na vaga de Giuliano, que teve uma boa atuação na Arena das Dunas. Em segundo lugar, com 18 pontos, o Brasil pode chegar à liderança das eliminatórias em Mérida. Para isso, os comandados de Tite precisam vencer a Venezuela e torcer por um tropeço do Uruguai, que lidera o torneio, com 19 pontos. Fora de casa, eles enfrentam nesta terça a Colômbia, em Barranquilla. A Venezuela faz a campanha mais fraca nas eliminatórias até agora. O time tem apenas dois pontos somados. Vexames Neymar NA TV Venezuela x Brasil 21h30 Globo e SporTV
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Ministro diz que dólar mais caro veio para ficar e ajuda exportador
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O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, afirmou nesta quarta-feira (29) que o cenário de dólar mais caro "veio para ficar" e que o câmbio elevado ajudará a compensar outras dificuldades enfrentadas pelos exportadores brasileiros. "Na nossa avaliação, teremos um câmbio amigável ao setor exportador, alinhado às necessidades do comércio exterior brasileiro", afirmou o ministro, na saída do encontro do Conex, conselho consultivo com participação de empresas da iniciativa privada. Preferindo não citar qual seria o patamar ideal do dólar para um equilíbrio entre importações e exportações, Monteiro afirmou que o atual momento tem criado condições melhores para empresas que desejam vender seus produtos no exterior, compensando desvantagens competitivas do Brasil, como custos logísticos e estrutura tributária. Na terça (28), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, classificou a atual disparada da moeda norte-americana como uma turbulência passageira. Levy também participou do encontro desta quarta e disse na saída que a melhora nas exportações, como no caso do setor automotivo, mostra que o trabalho do governo tem de ir nesta direção. Classificação de risco CLASSIFICAÇÃO DE RISCO Questionado sobre a mudança de perspectiva da nota de crédito do Brasil, que foi reavaliada nesta terça pela agência de classificação de riscos Standard & Poor's, Monteiro afirmou que os entendimentos entre o Congresso Nacional e o Executivo vão evitar a perda do grau de investimento. "O Brasil tem dificuldades, mas tem um ambiente institucional muito maduro. Com essa aliança com o Congresso e a convergência de posições, vamos seguramente manter o grau de investimento, e isso é muito importante para o país", afirmou.
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mercado
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Ministro diz que dólar mais caro veio para ficar e ajuda exportadorO ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, afirmou nesta quarta-feira (29) que o cenário de dólar mais caro "veio para ficar" e que o câmbio elevado ajudará a compensar outras dificuldades enfrentadas pelos exportadores brasileiros. "Na nossa avaliação, teremos um câmbio amigável ao setor exportador, alinhado às necessidades do comércio exterior brasileiro", afirmou o ministro, na saída do encontro do Conex, conselho consultivo com participação de empresas da iniciativa privada. Preferindo não citar qual seria o patamar ideal do dólar para um equilíbrio entre importações e exportações, Monteiro afirmou que o atual momento tem criado condições melhores para empresas que desejam vender seus produtos no exterior, compensando desvantagens competitivas do Brasil, como custos logísticos e estrutura tributária. Na terça (28), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, classificou a atual disparada da moeda norte-americana como uma turbulência passageira. Levy também participou do encontro desta quarta e disse na saída que a melhora nas exportações, como no caso do setor automotivo, mostra que o trabalho do governo tem de ir nesta direção. Classificação de risco CLASSIFICAÇÃO DE RISCO Questionado sobre a mudança de perspectiva da nota de crédito do Brasil, que foi reavaliada nesta terça pela agência de classificação de riscos Standard & Poor's, Monteiro afirmou que os entendimentos entre o Congresso Nacional e o Executivo vão evitar a perda do grau de investimento. "O Brasil tem dificuldades, mas tem um ambiente institucional muito maduro. Com essa aliança com o Congresso e a convergência de posições, vamos seguramente manter o grau de investimento, e isso é muito importante para o país", afirmou.
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Haddad ignora Promotoria e vai fechar av. Paulista para carros aos domingos
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A Prefeitura de São Paulo ignorou as sugestões do Ministério Público e decidiu fechar a avenida Paulista, na região central da cidade, para o tráfego de carros aos domingos. A medida foi anunciada nesta quinta-feira (15) pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e já passa a valer no próximo domingo (18), das 9h às 17h. Uma pesquisa feita pelo Ibope no final de setembro apontou que dois terços dos paulistanos aprovam usar a Paulista como espaço fixo de lazer aos domingos. "A gente terminou todas as exigências do Ministério Público. Todas as imediações da Paulista foram estudadas e os técnicos da CET [Companhia de Engenharia de Tráfego] fecharam os modelos. Vamos abrir para pedestres, ciclistas e skatistas. Vamos viver uma nova fase da Paulista", disse Haddad. Na última sexta-feira (9), a Promotoria havia recomendado à prefeitura que, no eventual fechamento da avenida, deixasse ao menos duas faixas de rolagem (uma em cada sentido) livres para o tráfego de veículos, além de duas ou mais transversais que permitam o cruzamento da via. Na ocasião, o Ministério Público ainda recomendou que a medida demorasse de quatro a seis meses para ser implantada para que a administração municipal tivesse mais tempo para fazer estudos e audiências públicas para avaliar o impacto do trânsito na região. A avenida –uma das mais movimentadas da cidade– já foi fechada três vezes neste ano: na Parada Gay (em junho), na inauguração da ciclovia da Paulista (também em junho) e no segundo teste da avenida fechada para os carros (em agosto). Na semana passada, Haddad afirmou que iria estudar se a proposta do Ministério Público colocaria em risco a segurança dos pedestres e ciclistas que circularem pelo local. Procurado, o Ministério Público informou que vai se pronunciar ainda nesta quinta (15) por meio de nota. Antes disso, prefeitura e Promotoria travaram um outro embate sobre o fechamento da avenida para carros. Segundo os promotores, segue valendo um acordo assinado em 2007 com a prefeitura, que limitou a três por ano os eventos de duração prolongada e com interrupção da via. Na interpretação do Ministério Público, em 2015, a prefeitura já "queimou" os três fechamentos. Ainda estão previstos, em 2015, fechamentos para a corrida São Silvestre e Reveillón. Já a visão da prefeitura sobre isso é completamente diferente. Avalia que usar a via para lazer não configura um grande evento privado, mas sim uma política pública. - Por que a Promotoria rejeita fechar a Paulista? Ela diz que um acordo assinado em 2007 com a prefeitura limitou a três por ano os eventos de duração prolongada e com interrupção da via. Além disso, afirma que a audiência pública para debate do assunto foi desorganizada e em local inadequado. O que a prefeitura diz? Ela afirma que usar a via para lazer é uma política pública, e não um evento privado (alvo do acordo de 2007), que a audiência pública no vão livre do Masp foi bem organizada e divulgada e que atendeu às exigências feitas pelo Ministério Público. * PAULISTA FECHADA Avenida já passou por dois testes 28 de junho > Inauguração da ciclovia da avenida Paulista 23 de agosto > Excesso de ciclistas na via devido à inauguração da ciclovia na avenida Bernadino de Campos, na mesma região Argumentos a favor > Cria espaço de lazer em área com grande oferta de serviços e de fácil acesso > Favorece a segurança ao estimular a convivência de pedestres e ciclistas > Trânsito no domingo costuma ser mais tranquilo, com menor movimento Argumentos contra > Prejudica o acesso de moradores e de pacientes/visitantes dos hospitais > Estabelecimentos comerciais da via temem queda no movimento > Vias paralelas não comportam o tráfego da Paulista, especialmente de ônibus
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cotidiano
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Haddad ignora Promotoria e vai fechar av. Paulista para carros aos domingosA Prefeitura de São Paulo ignorou as sugestões do Ministério Público e decidiu fechar a avenida Paulista, na região central da cidade, para o tráfego de carros aos domingos. A medida foi anunciada nesta quinta-feira (15) pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e já passa a valer no próximo domingo (18), das 9h às 17h. Uma pesquisa feita pelo Ibope no final de setembro apontou que dois terços dos paulistanos aprovam usar a Paulista como espaço fixo de lazer aos domingos. "A gente terminou todas as exigências do Ministério Público. Todas as imediações da Paulista foram estudadas e os técnicos da CET [Companhia de Engenharia de Tráfego] fecharam os modelos. Vamos abrir para pedestres, ciclistas e skatistas. Vamos viver uma nova fase da Paulista", disse Haddad. Na última sexta-feira (9), a Promotoria havia recomendado à prefeitura que, no eventual fechamento da avenida, deixasse ao menos duas faixas de rolagem (uma em cada sentido) livres para o tráfego de veículos, além de duas ou mais transversais que permitam o cruzamento da via. Na ocasião, o Ministério Público ainda recomendou que a medida demorasse de quatro a seis meses para ser implantada para que a administração municipal tivesse mais tempo para fazer estudos e audiências públicas para avaliar o impacto do trânsito na região. A avenida –uma das mais movimentadas da cidade– já foi fechada três vezes neste ano: na Parada Gay (em junho), na inauguração da ciclovia da Paulista (também em junho) e no segundo teste da avenida fechada para os carros (em agosto). Na semana passada, Haddad afirmou que iria estudar se a proposta do Ministério Público colocaria em risco a segurança dos pedestres e ciclistas que circularem pelo local. Procurado, o Ministério Público informou que vai se pronunciar ainda nesta quinta (15) por meio de nota. Antes disso, prefeitura e Promotoria travaram um outro embate sobre o fechamento da avenida para carros. Segundo os promotores, segue valendo um acordo assinado em 2007 com a prefeitura, que limitou a três por ano os eventos de duração prolongada e com interrupção da via. Na interpretação do Ministério Público, em 2015, a prefeitura já "queimou" os três fechamentos. Ainda estão previstos, em 2015, fechamentos para a corrida São Silvestre e Reveillón. Já a visão da prefeitura sobre isso é completamente diferente. Avalia que usar a via para lazer não configura um grande evento privado, mas sim uma política pública. - Por que a Promotoria rejeita fechar a Paulista? Ela diz que um acordo assinado em 2007 com a prefeitura limitou a três por ano os eventos de duração prolongada e com interrupção da via. Além disso, afirma que a audiência pública para debate do assunto foi desorganizada e em local inadequado. O que a prefeitura diz? Ela afirma que usar a via para lazer é uma política pública, e não um evento privado (alvo do acordo de 2007), que a audiência pública no vão livre do Masp foi bem organizada e divulgada e que atendeu às exigências feitas pelo Ministério Público. * PAULISTA FECHADA Avenida já passou por dois testes 28 de junho > Inauguração da ciclovia da avenida Paulista 23 de agosto > Excesso de ciclistas na via devido à inauguração da ciclovia na avenida Bernadino de Campos, na mesma região Argumentos a favor > Cria espaço de lazer em área com grande oferta de serviços e de fácil acesso > Favorece a segurança ao estimular a convivência de pedestres e ciclistas > Trânsito no domingo costuma ser mais tranquilo, com menor movimento Argumentos contra > Prejudica o acesso de moradores e de pacientes/visitantes dos hospitais > Estabelecimentos comerciais da via temem queda no movimento > Vias paralelas não comportam o tráfego da Paulista, especialmente de ônibus
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Rildo interessa e pode assinar com o Corinthians nesta segunda
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Treinando separado do grupo principal da Ponte Preta, o atacante Rildo, 26, deve assinar com o Corinthians até o final do ano, nesta segunda-feira (22). A negociação avançou neste fim de semana, depois de ter esfriado. Isso porque Rildo tinha vínculo com a Ponte Preta até o final deste ano e, temendo perdê-lo de graça, a Ponte Preta só aceitava vendê-lo –a multa rescisória é de cerca de R$ 9 milhões. Mas um grupo de investidores comprou metade dos direitos dele e, assim, Rildo estendeu o vínculo com a Ponte Preta até o final da próxima temporada. Por isso o empréstimo é aceito. A concretização do acordo dependerá do Corinthians. Nesta segunda (22), o jogador deve fazer exames médicos, mas já tem o aval da comissão técnica corintiana. Reforçar o ataque é uma das preocupações do time após perder os atacantes Paolo Guerrero e Emerson por fim de contrato. Hoje, o setor conta com Vágner Love, Malcom, Luciano e Mendoza. Rildo já passou pelo Santos e tem como marca principal a velocidade. Na Ponte Preta, não foi aproveitado pelo técnico Guto Ferreira e já disse que deseja trocar de clube.
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esporte
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Rildo interessa e pode assinar com o Corinthians nesta segundaTreinando separado do grupo principal da Ponte Preta, o atacante Rildo, 26, deve assinar com o Corinthians até o final do ano, nesta segunda-feira (22). A negociação avançou neste fim de semana, depois de ter esfriado. Isso porque Rildo tinha vínculo com a Ponte Preta até o final deste ano e, temendo perdê-lo de graça, a Ponte Preta só aceitava vendê-lo –a multa rescisória é de cerca de R$ 9 milhões. Mas um grupo de investidores comprou metade dos direitos dele e, assim, Rildo estendeu o vínculo com a Ponte Preta até o final da próxima temporada. Por isso o empréstimo é aceito. A concretização do acordo dependerá do Corinthians. Nesta segunda (22), o jogador deve fazer exames médicos, mas já tem o aval da comissão técnica corintiana. Reforçar o ataque é uma das preocupações do time após perder os atacantes Paolo Guerrero e Emerson por fim de contrato. Hoje, o setor conta com Vágner Love, Malcom, Luciano e Mendoza. Rildo já passou pelo Santos e tem como marca principal a velocidade. Na Ponte Preta, não foi aproveitado pelo técnico Guto Ferreira e já disse que deseja trocar de clube.
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Iêmen terá trégua de 72 h a partir de quinta-feira
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A ONU (Organização das Nações Unidas) anunciou um cessar-fogo de 72 horas a ser iniciado na quinta-feira (20) no Iêmen. O emissário da ONU para o Iêmen, Ismail Ould Sheikh Ahmed, disse nesta segunda-feira (17) em comunicado que a trégua "poupará a população iemenita de novos banhos de sangue e possibilitará ampliar a ajuda humanitária". As forças leais ao presidente em exílio, Abdo Rabbo Mansour Hadi, e a Arábia Saudita, que lidera uma campanha de bombardeios contra rebeldes no Iêmen, disseram que respeitarão a trégua. Os rebeldes xiitas houthi, que iniciaram há dois anos uma campanha contra o governo iemenita, não se manifestaram sobre o anúncio do cessar-fogo. Esta é a sexta tentativa de cessar-fogo no Iêmen em mais de um ano. As negociações de paz entre o governo e os rebeldes foram suspensa em agosto, após três meses de negociações infrutíferas no Kuwait, mediadas pela ONU. O conflito no Iêmen, país mais pobre do Oriente Médio, já deixou quase 7.000 mortos e forçou o deslocamento de 3 milhões de pessoas.
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mundo
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Iêmen terá trégua de 72 h a partir de quinta-feiraA ONU (Organização das Nações Unidas) anunciou um cessar-fogo de 72 horas a ser iniciado na quinta-feira (20) no Iêmen. O emissário da ONU para o Iêmen, Ismail Ould Sheikh Ahmed, disse nesta segunda-feira (17) em comunicado que a trégua "poupará a população iemenita de novos banhos de sangue e possibilitará ampliar a ajuda humanitária". As forças leais ao presidente em exílio, Abdo Rabbo Mansour Hadi, e a Arábia Saudita, que lidera uma campanha de bombardeios contra rebeldes no Iêmen, disseram que respeitarão a trégua. Os rebeldes xiitas houthi, que iniciaram há dois anos uma campanha contra o governo iemenita, não se manifestaram sobre o anúncio do cessar-fogo. Esta é a sexta tentativa de cessar-fogo no Iêmen em mais de um ano. As negociações de paz entre o governo e os rebeldes foram suspensa em agosto, após três meses de negociações infrutíferas no Kuwait, mediadas pela ONU. O conflito no Iêmen, país mais pobre do Oriente Médio, já deixou quase 7.000 mortos e forçou o deslocamento de 3 milhões de pessoas.
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Alckmin diz concordar com FHC sobre Doria e Huck encarnarem "o novo"
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou estar "plenamente de acordo com o presidente Fernando Henrique Cardoso", que classificou em entrevista à Folha o prefeito paulistano, João Doria (PSDB), e o apresentador Luciano Huck (sem partido) como "o novo" na política. "É ótimo a gente ter novos nomes jovens participando de vida pública. A pior política é a omissão, então nós temos de estimular que as pessoas participem da vida pública, não se omitam", disse o tucano, após evento no Palácio dos Bandeirantes. A saída pela tangente do tucano é parte do balé em que estão inseridas as principais lideranças do PSDB, partido que foi o grande vencedor da eleição municipal de 2016, na esteira do impeachment de Dilma Rousseff (PT), mas que agora vive um grande dilema interno sobre a sucessão presidencial de 2018. Na entrevista, FHC colocou na mesma frase Doria, estrela ascendente do PSDB, e o apresentador de TV Huck, que é amigo do ex-presidente e citado como eventual candidato a qualquer coisa em 2018 —o que ele nega até aqui, até por ainda não estar filiado, apesar de investidas do Partido Novo e a proximidade com os tucanos. Políticos próximos do ex-presidente leram de duas formas a frase. Uns acreditam que foi uma forma de tirar o protagonismo de Doria, com quem FHC não tem exatamente a relação mais próxima. Outros, minoritários no debate, um sinal de aproximação com o prefeito, visto por muitos no seu partido como a única alternativa viável hoje na sigla —não por acaso o ex-presidente ressalvou que "a eleição é só daqui a um ano e meio". A questão que divide o tucanato decorre do fato de que seus principais presidenciáveis, Alckmin e o senador Aécio Neves (MG), estarem combalidos nas pesquisas de intenção de votos. Aécio, que concorreu em 2014 e quase ganhou, caiu de 26% de dezembro de 2015 para 8% no cenário principal do mais recente Datafolha. Alckmin, por sua vez, caiu de 14% para 6% no cenário principal de que participa no período quando ele entrou no rol de políticos citados por delatores da Operação Lava Jato. Enquanto isso, Doria estreou na pesquisa como candidato tucano, arregimentando entre 9% e 11%, a depender do cenário, e ostentando baixos 16% de rejeição —Aécio tem astronômicos 44% e o governador paulista, 28%. Além da associação com a Lava Jato, os caciques tucanos são prejudicados pelo fato de o partido estar no governo Michel Temer (PMDB), que é rejeitado por 61% da população. Na mesma pesquisa, em um cenário improvável que une todos os nomes na praça, Luciano Huck estreia com 3% (contra 5% do trio tucano). Em todos os cenários de primeiro turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera na casa dos 30%, com enormes 45% de rejeição.
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poder
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Alckmin diz concordar com FHC sobre Doria e Huck encarnarem "o novo"O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou estar "plenamente de acordo com o presidente Fernando Henrique Cardoso", que classificou em entrevista à Folha o prefeito paulistano, João Doria (PSDB), e o apresentador Luciano Huck (sem partido) como "o novo" na política. "É ótimo a gente ter novos nomes jovens participando de vida pública. A pior política é a omissão, então nós temos de estimular que as pessoas participem da vida pública, não se omitam", disse o tucano, após evento no Palácio dos Bandeirantes. A saída pela tangente do tucano é parte do balé em que estão inseridas as principais lideranças do PSDB, partido que foi o grande vencedor da eleição municipal de 2016, na esteira do impeachment de Dilma Rousseff (PT), mas que agora vive um grande dilema interno sobre a sucessão presidencial de 2018. Na entrevista, FHC colocou na mesma frase Doria, estrela ascendente do PSDB, e o apresentador de TV Huck, que é amigo do ex-presidente e citado como eventual candidato a qualquer coisa em 2018 —o que ele nega até aqui, até por ainda não estar filiado, apesar de investidas do Partido Novo e a proximidade com os tucanos. Políticos próximos do ex-presidente leram de duas formas a frase. Uns acreditam que foi uma forma de tirar o protagonismo de Doria, com quem FHC não tem exatamente a relação mais próxima. Outros, minoritários no debate, um sinal de aproximação com o prefeito, visto por muitos no seu partido como a única alternativa viável hoje na sigla —não por acaso o ex-presidente ressalvou que "a eleição é só daqui a um ano e meio". A questão que divide o tucanato decorre do fato de que seus principais presidenciáveis, Alckmin e o senador Aécio Neves (MG), estarem combalidos nas pesquisas de intenção de votos. Aécio, que concorreu em 2014 e quase ganhou, caiu de 26% de dezembro de 2015 para 8% no cenário principal do mais recente Datafolha. Alckmin, por sua vez, caiu de 14% para 6% no cenário principal de que participa no período quando ele entrou no rol de políticos citados por delatores da Operação Lava Jato. Enquanto isso, Doria estreou na pesquisa como candidato tucano, arregimentando entre 9% e 11%, a depender do cenário, e ostentando baixos 16% de rejeição —Aécio tem astronômicos 44% e o governador paulista, 28%. Além da associação com a Lava Jato, os caciques tucanos são prejudicados pelo fato de o partido estar no governo Michel Temer (PMDB), que é rejeitado por 61% da população. Na mesma pesquisa, em um cenário improvável que une todos os nomes na praça, Luciano Huck estreia com 3% (contra 5% do trio tucano). Em todos os cenários de primeiro turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera na casa dos 30%, com enormes 45% de rejeição.
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Hungria contraria UE e permite viagem de refugiados à Áustria
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Trens que levavam centenas de refugiados chegaram a Viena nesta segunda (31) vindos de Budapeste, incluindo passageiros que já haviam solicitado asilo à Hungria, o que contraria as diretrizes da União Europeia (UE). Ao menos um trem da Hungria também chegou à Alemanha com refugiados em situação semelhante. O episódio é mais novo desdobramento da crise humanitária causada pelo fluxo de estrangeiros vindos de zonas de conflito na Europa. A Hungria permitiu que ao menos quatro trens saíssem —três em direção a Viena, e um, a Munique— com os refugiados. Segundo testemunhas, muitos dos que desembarcaram em Viena, na maioria sírios, procuraram imediatamente conexões para a Alemanha. A polícia não interveio e deixou os estrangeiros seguirem seu curso. Na Alemanha, um trem vindo da Hungria chegou com cerca de 200 refugiados, estimou a polícia. Enquanto a Áustria afrouxa a fiscalização nas ferrovias, as blitze nas rodovias estão mais frequentes. Após um caminhão ter sido abandonado com os corpos de 71 refugiados em um acostamento na última quinta (27) e uma minivan ter sido flagrada transportando 26 estrangeiros ilegalmente em condições precárias, a polícia reforçou a segurança nas estradas. As checagens mais rigorosas provocaram diversos pontos de congestionamento nas ligações entre Hungria e Áustria. Na estação ferroviária vienense, o clima entre os estrangeiros era de felicidade. "Ainda bem que ninguém pediu o passaporte. Sem polícia, sem problemas", disse à Reuters um dos refugiados, identificado como Khalil, 33, que era professor de inglês em Kobani, na Síria. Segundo o porta-voz da polícia austríaca, uma primeira tentativa foi feita de fiscalizar os viajantes, sendo que apenas aqueles que não fizeram pedidos de asilo à Hungria seriam liberados. Devido ao alto número de viajantes e à quantidade insuficiente de policiais, todos tiveram o acesso liberado. DETENÇÕES Nos últimos três dias, a Hungria deteve 8.792 estrangeiros que tentavam cruzar a fronteira com a Sérvia. Budapeste planeja tornar mais rígidas as leis contra a imigração ilegal nesta semana e reforçar a segurança na fronteira com a Sérvia. O governo disse que considera usar o Exército caso consiga o apoio do Parlamento. MERKEL Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel, cujo país estima receber 800 mil refugiados, mais do que qualquer outro país da UE, disse nesta segunda que a crise pode destruir o princípio da liberdade de ir e vir sacramentada pelo acordo de Schengen. "Se não formos bem-sucedidos em distribuir os refugiados de forma justa, então o destino de Schengen estará na agenda de muitos", afirmou. "Estamos ante um grande desafio nacional. Isso será um desafio central não apenas por dias ou meses, mas por um longo período de tempo."
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mundo
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Hungria contraria UE e permite viagem de refugiados à ÁustriaTrens que levavam centenas de refugiados chegaram a Viena nesta segunda (31) vindos de Budapeste, incluindo passageiros que já haviam solicitado asilo à Hungria, o que contraria as diretrizes da União Europeia (UE). Ao menos um trem da Hungria também chegou à Alemanha com refugiados em situação semelhante. O episódio é mais novo desdobramento da crise humanitária causada pelo fluxo de estrangeiros vindos de zonas de conflito na Europa. A Hungria permitiu que ao menos quatro trens saíssem —três em direção a Viena, e um, a Munique— com os refugiados. Segundo testemunhas, muitos dos que desembarcaram em Viena, na maioria sírios, procuraram imediatamente conexões para a Alemanha. A polícia não interveio e deixou os estrangeiros seguirem seu curso. Na Alemanha, um trem vindo da Hungria chegou com cerca de 200 refugiados, estimou a polícia. Enquanto a Áustria afrouxa a fiscalização nas ferrovias, as blitze nas rodovias estão mais frequentes. Após um caminhão ter sido abandonado com os corpos de 71 refugiados em um acostamento na última quinta (27) e uma minivan ter sido flagrada transportando 26 estrangeiros ilegalmente em condições precárias, a polícia reforçou a segurança nas estradas. As checagens mais rigorosas provocaram diversos pontos de congestionamento nas ligações entre Hungria e Áustria. Na estação ferroviária vienense, o clima entre os estrangeiros era de felicidade. "Ainda bem que ninguém pediu o passaporte. Sem polícia, sem problemas", disse à Reuters um dos refugiados, identificado como Khalil, 33, que era professor de inglês em Kobani, na Síria. Segundo o porta-voz da polícia austríaca, uma primeira tentativa foi feita de fiscalizar os viajantes, sendo que apenas aqueles que não fizeram pedidos de asilo à Hungria seriam liberados. Devido ao alto número de viajantes e à quantidade insuficiente de policiais, todos tiveram o acesso liberado. DETENÇÕES Nos últimos três dias, a Hungria deteve 8.792 estrangeiros que tentavam cruzar a fronteira com a Sérvia. Budapeste planeja tornar mais rígidas as leis contra a imigração ilegal nesta semana e reforçar a segurança na fronteira com a Sérvia. O governo disse que considera usar o Exército caso consiga o apoio do Parlamento. MERKEL Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel, cujo país estima receber 800 mil refugiados, mais do que qualquer outro país da UE, disse nesta segunda que a crise pode destruir o princípio da liberdade de ir e vir sacramentada pelo acordo de Schengen. "Se não formos bem-sucedidos em distribuir os refugiados de forma justa, então o destino de Schengen estará na agenda de muitos", afirmou. "Estamos ante um grande desafio nacional. Isso será um desafio central não apenas por dias ou meses, mas por um longo período de tempo."
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Freira morre carbonizada em incêndio de convento em Belo Horizonte
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A freira Valéria Carvalho, 82, morreu na madrugada desta quarta-feira (23) em um incêndio no Convento São Francisco, no bairro Caiçara, região noroeste de Belo Horizonte. A vítima teve o corpo carbonizado. No local, moram 50 irmãs clarissas franciscanas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, outras pessoas ficaram feridas no incêndio. Três vítimas foram conduzidas ao hospital Madre Teresa com intoxicação e irritação pela fumaça. Os bombeiros informaram que as pessoas já foram retiradas do local. Quatro viaturas foram deslocadas para o convento, que possui duas alas: uma de dormitórios e uma hospitalar –o fogo atingiu a ala de dormitórios. O trabalho da corporação no local foi dividido entre duas equipes: uma ficou responsável pelo combate ao incêndio e a outra buscou vítimas na área hospitalar. Diversas equipes da Polícia Militar e da BHTrans (empresa municipal de trânsito) estão na avenida Presidente Carlos Luz (Catalão), trabalhando no local. Ainda não há informações sobre a causa do incêndio. A perícia da Polícia Civil é aguardada para avaliar o imóvel e verificar a causa do incêndio. O Convento São Francisco é vinculado a Arquidiocese de Belo Horizonte, que até o momento não comentou sobre o caso. O trânsito na região foi alterado para facilitar o acesso das viaturas.
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cotidiano
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Freira morre carbonizada em incêndio de convento em Belo HorizonteA freira Valéria Carvalho, 82, morreu na madrugada desta quarta-feira (23) em um incêndio no Convento São Francisco, no bairro Caiçara, região noroeste de Belo Horizonte. A vítima teve o corpo carbonizado. No local, moram 50 irmãs clarissas franciscanas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, outras pessoas ficaram feridas no incêndio. Três vítimas foram conduzidas ao hospital Madre Teresa com intoxicação e irritação pela fumaça. Os bombeiros informaram que as pessoas já foram retiradas do local. Quatro viaturas foram deslocadas para o convento, que possui duas alas: uma de dormitórios e uma hospitalar –o fogo atingiu a ala de dormitórios. O trabalho da corporação no local foi dividido entre duas equipes: uma ficou responsável pelo combate ao incêndio e a outra buscou vítimas na área hospitalar. Diversas equipes da Polícia Militar e da BHTrans (empresa municipal de trânsito) estão na avenida Presidente Carlos Luz (Catalão), trabalhando no local. Ainda não há informações sobre a causa do incêndio. A perícia da Polícia Civil é aguardada para avaliar o imóvel e verificar a causa do incêndio. O Convento São Francisco é vinculado a Arquidiocese de Belo Horizonte, que até o momento não comentou sobre o caso. O trânsito na região foi alterado para facilitar o acesso das viaturas.
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Moda engajada: vendedor de galinha e ex-traficante também são fashion
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O que une um ex-traficante do morro do Alemão, um vendedor de galinha do sertão do Ceará e um estudante de uma escola de elite do Rio? Os três cruzaram o caminho de Rony Meisler, CEO do grupo Reserva, e viraram protagonistas ou beneficiários do Rebeldes com Causa, projeto de responsabilidade social da grife ícone da juventude dourada do sudeste. Levado pelo acaso e pelo tino que fez da marca "case" de sucesso no mundo da moda, Meisler foi criando a partir de 2014 uma rede de apoio ao empreendedorismo e a projetos sociais. No final de setembro, o empresário foi a Pentecostes (CE) dar uma palestra para uma turma da Adel, organização que promove o desenvolvimento sustentável em comunidades do Nordeste. A organização criada pelo economista Wagner Gomes, que integra a primeira leva de 11 "rebeldes", é apoiada pela Reserva há dois anos. Não é que ali, em pleno sertão cearense, o carioca de família judaica encontrou uma alma irmã em Cícero Neto, conhecido como Zé Galinha? Meisler conta os detalhes do encontro com o sertanejo que nunca usou uma camisa polo com o logotipo de pica-pau, carro-chefe da grife que faturou R$ 231 milhões em 2014. "Fizemos o lançamento da escola debaixo de um cajueiro do tamanho do mundo. Foi um coisa linda. Na volta para Fortaleza, um ex-aluno, o Cícero, pediu carona. Ele fala pelo cotovelos. Foram 200 km sem que ele calasse a boca. Mas a história do moleque é incrível. Há três anos, ele ganhava R$ 10 por semana vendendo galinha para sustentar a mãe e a irmã. Quando terminou o curso, ele tinha o básico para ser empreendedor rural. Aí, pensou: 'O bullying do sertão é vendedor de galinha. Se ninguém quer ser, então vou ser. Tem espaço'. Olha que danado!" Meisler se surpreendeu com a percepção aguçada do jovem de 26 anos que encontrou um nicho ainda mais promissor: as prefeituras passaram, por lei, a comprar 30% de produtores locais. "Cícero foi lá e conseguiu o primeiro contrato de R$ 25 mil por ano como fornecedor de galinha. O segundo foi de R$ 35 mil. Hoje, com três matadouros, é de quase R$ 100 mil, o que lhe garante uma renda mensal de R$ 5.000." Na despedida, o Zé Galinha empreendedor voltou a surpreender o dono da Reserva. "Rony, agora eu tô preparando minha sucessão", explicou. Pretende passar o bastão para "a velha", no caso, a mãe, para se dedicar à Adel e criar novos negócios promissores no sertão. NO ANDAR DE CIMA No outro extremo da pirâmide social, Meisler também encontrou jovens inspiradores. Estudante de uma escola de elite do Rio, Luti Guedes, 23, conquistou de cara o seu passaporte para turma inicial dos Rebeldes com Causa, selecionada em 2014. Meisler conta que ficou impressionando com a trajetória de Luti, que havia criado um projeto social aos 16 anos. "Ele foi com a escola de classe média alta do Rio visitar comunidades ribeirinhas na ilha de Marajó (PA). Voltou pra casa com a ideia de criar uma biblioteca, depois ajudou a fazer a horta comunitária e não parou mais. Quanto o conheci, ele estava fazendo um crowdfunding para levantar recursos para construir uma escola. Já tinha conseguido R$ 4.000. Perguntei se era sustentável e se já tinha professor e material didático garantido. Ele foi falar com o prefeito, conseguiu autorização do MEC. Doamos o dinheiro que faltava para erguer a escola." Por iniciativas como essa, Luti foi eleito aos 21 anos Embaixador da ONU para Educação. "A transformação é da sociedade. Você tem três atores: os cidadãos, a iniciativa privada e o Estado. Óbvio que o Estado tem a maior responsabilidade. Arrecada para isso. Mas o cidadão também tem", defende Meisler. O contato com projetos como o Lute sem Fronteiras, fundado pelo estudante, serviu para "virar essa chave" na cabeça dos sócios da Reserva. TRAFICANTE FASHION Com esse olhar aguçado para oportunidades e ciente de que tem uma missão além de vender roupa, o próximo passo foi apoiar o lançamento do selo social AR, licenciado pelo AfroReggae. Além da Reserva, outras empresas também aderiram ao selo que gerou R$ 2 milhões em receita para a instituição. "É uma ferramenta que a ajuda a multiplicar as oportunidades profissionais e culturais de jovens da periferia e de egressos do sistema prisional", explica Meisler. A ideia do AR teve uma prova de fogo, quando a Reserva viu a sua marca associada a um traficante que se entregou após a tomada do morro do Alemão, em 2010. "A história foi surreal", diz Meisler. "Quando o Estado ocupou o Alemão, Diego [Raimundo da Silva Santos, conhecido por Mister M por ser um dos seguranças de um dos líderes do tráfico local], entregou-se à polícia usando uma polo da Reserva. Ninguém me ligou para falar dos famosos que estão usando a marca, mas nesse dia umas 50 pessoas me telefonaram. O primeiro era um fornecedor dizendo que um traficante se entregou usando uma camisa falsa da marca. Fiquei estupefato com a imagem. Parecia uma campanha da Reserva. Ele usava uma polo turquesa, com o backdrop da polícia do Rio ao fundo e ele sorrindo. Depois, eu descobri que Diego sorria porque na confusão dois fotógrafos caíram no chão. Ele riu da cena. Saiu a foto como ele tivesse sacaneando os caras. Enfim, não tinha como esconder aquela imagem. A única coisa que consegui falar foi: ´Brother, não é falsa, não' [risos]. Era uma polo Reserva. Uma das demais ligações foi do Júnior [do AfroReggae]. 'E aí, malandro, o que a gente faz?', ele me perguntou. Respondi: 'Vamos transformar esse limão numa limonada. Vamos segurar o lançamento do AR, tentar recuperar o Diego e ele vira garoto propaganda do selo. Foram nove meses de prisão para o Diego e de gestação do AR. Ele tinha o sonho de ser cinegrafista, sua profissão hoje no próprio AfroReggae. O lançamento da grife AR foi em 2012. A campanha foi fotografada pelo J. R. Duran no alto do complexo do alemão, com Diego, cinco policiais do Bope e três ex-traficantes. Aquela imagem comunicava que a reinserção social é possível". MAIS QUE EXEMPLOS Outro exemplo poderoso de transformação é de Eduardo Lyra, do Gerando Falcões, ONG que tem a Reserva como parceira em uma nova aventura fashion. Meisler relata a trajetória que o fez apostar em um garoto nascido em uma favela de Guarulhos (SP), que concluiu a faculdade a duras penas e se tornou um escritor. "Edu tinha tudo para ser um bandidaço. O pai começou a traficar, se viciou e acabou preso. A mãe vai visitá-lo na cadeia e é violentada. Um dia, chega em casa e descobre que o 15º primo dele tinha sido morto. Teve uma síncope, começou a se rasgar, mas fez uma promessa: ia tirar o nome da família Lira das páginas policiais. Entrou para a faculdade de jornalismo em Mogi das Cruzes. Na primeira aula, o professor leu o texto dele e disse: 'Edu, desiste. Você não tem como ser jornalista'. Aquilo mexeu com ele. Tinha três empregos para conseguir pagar a faculdade. Seu trabalho de final de curso foi o livro 'Gerando Falcões', com exemplos de pessoas que como ele saíram da pobreza absoluta para construir coisas enormes. Com suas persistência, ele conseguiu entrevistar personalidades como Nizan Guanaes [publicitário]. Vendeu 5.000 exemplares do livro por R$ 9,99 dentro da comunidade. Pra gente que nem sabia ler. Uma editora grande o procurou. O livro hoje está em todas as livrarias do país e começou a gerar um graninha". Edu e Meisler hoje estão em meio à empreitada de viabilizar uma marca 100% social: a 40.076. "É um quilômetro a mais do que os 40.075 km da circunferência terrestre", explica. "É aquela coisa, vamos correr atrás." Martelava na cabeça de Meisler uma frase de Edu: "Menino vai com fome para a escola e encontra alguém traficando dentro do banheiro. O garoto pega 10 gramas de qualquer coisa para vender e pagar o lanche. E assim entra na vida." Por que não oferecer outro produto para a molecada vender no lugar da droga? Assim surgiu um modelo de negócio que transforma jovens da favela em vendedores de peças que também podem ser encontradas no shopping e nas lojas da zona sul do Rio. "Deixamos tudo em consignação. O cara tem 90 dias para pagar. Se não vender, devolve. Entregamos as peças pelo preço de custo mais impostos", diz Meisler. Se o vendedor da favela pega o produto a R$ 10 e vender a R$ 20, R$ 10 é dele. Se vender por R$ 40, R$ 30 é dele. "A ideia é trocar a venda de droga pela venda de roupa." E com um argumento de venda infalível: "É o mesmo produto da loja, só que comigo você pode pagar menos." E o sócio da Reserva não teme prejuízo de imagem para a marca ao se envolver com temáticas fortes e personagens polêmicos por meio de projetos sociais inovadores. "É burrice não querer se associar. É preconceito não só de classe, mas cultural", diz Meisler. "Além da questão humana, existe nesse discurso idiota uma questão financeira. Veja o caso da Burberry, que começou a ser usada pela galera do hip hop e é hoje a marca de luxo que mais vende no mundo." Adepto do movimento "capitalismo consciente", Meisler foi eleito em 2014 "O Homem do Ano" pela instituição americana Fashion for Development. "Sabe qual é o maior antídoto para um capitalismo que gera desigualdade?", indaga. "É o próprio dinheiro. Quando os concorrentes percebem que uma marca consciente está dando certo e gerando lucro, vão querer copiar." Como lançador de tendências em uma moda engajada, o CEO da Reserva prepara para janeiro o anúncio de uma nova leva de Rebeldes com Causa.
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colunas
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Moda engajada: vendedor de galinha e ex-traficante também são fashionO que une um ex-traficante do morro do Alemão, um vendedor de galinha do sertão do Ceará e um estudante de uma escola de elite do Rio? Os três cruzaram o caminho de Rony Meisler, CEO do grupo Reserva, e viraram protagonistas ou beneficiários do Rebeldes com Causa, projeto de responsabilidade social da grife ícone da juventude dourada do sudeste. Levado pelo acaso e pelo tino que fez da marca "case" de sucesso no mundo da moda, Meisler foi criando a partir de 2014 uma rede de apoio ao empreendedorismo e a projetos sociais. No final de setembro, o empresário foi a Pentecostes (CE) dar uma palestra para uma turma da Adel, organização que promove o desenvolvimento sustentável em comunidades do Nordeste. A organização criada pelo economista Wagner Gomes, que integra a primeira leva de 11 "rebeldes", é apoiada pela Reserva há dois anos. Não é que ali, em pleno sertão cearense, o carioca de família judaica encontrou uma alma irmã em Cícero Neto, conhecido como Zé Galinha? Meisler conta os detalhes do encontro com o sertanejo que nunca usou uma camisa polo com o logotipo de pica-pau, carro-chefe da grife que faturou R$ 231 milhões em 2014. "Fizemos o lançamento da escola debaixo de um cajueiro do tamanho do mundo. Foi um coisa linda. Na volta para Fortaleza, um ex-aluno, o Cícero, pediu carona. Ele fala pelo cotovelos. Foram 200 km sem que ele calasse a boca. Mas a história do moleque é incrível. Há três anos, ele ganhava R$ 10 por semana vendendo galinha para sustentar a mãe e a irmã. Quando terminou o curso, ele tinha o básico para ser empreendedor rural. Aí, pensou: 'O bullying do sertão é vendedor de galinha. Se ninguém quer ser, então vou ser. Tem espaço'. Olha que danado!" Meisler se surpreendeu com a percepção aguçada do jovem de 26 anos que encontrou um nicho ainda mais promissor: as prefeituras passaram, por lei, a comprar 30% de produtores locais. "Cícero foi lá e conseguiu o primeiro contrato de R$ 25 mil por ano como fornecedor de galinha. O segundo foi de R$ 35 mil. Hoje, com três matadouros, é de quase R$ 100 mil, o que lhe garante uma renda mensal de R$ 5.000." Na despedida, o Zé Galinha empreendedor voltou a surpreender o dono da Reserva. "Rony, agora eu tô preparando minha sucessão", explicou. Pretende passar o bastão para "a velha", no caso, a mãe, para se dedicar à Adel e criar novos negócios promissores no sertão. NO ANDAR DE CIMA No outro extremo da pirâmide social, Meisler também encontrou jovens inspiradores. Estudante de uma escola de elite do Rio, Luti Guedes, 23, conquistou de cara o seu passaporte para turma inicial dos Rebeldes com Causa, selecionada em 2014. Meisler conta que ficou impressionando com a trajetória de Luti, que havia criado um projeto social aos 16 anos. "Ele foi com a escola de classe média alta do Rio visitar comunidades ribeirinhas na ilha de Marajó (PA). Voltou pra casa com a ideia de criar uma biblioteca, depois ajudou a fazer a horta comunitária e não parou mais. Quanto o conheci, ele estava fazendo um crowdfunding para levantar recursos para construir uma escola. Já tinha conseguido R$ 4.000. Perguntei se era sustentável e se já tinha professor e material didático garantido. Ele foi falar com o prefeito, conseguiu autorização do MEC. Doamos o dinheiro que faltava para erguer a escola." Por iniciativas como essa, Luti foi eleito aos 21 anos Embaixador da ONU para Educação. "A transformação é da sociedade. Você tem três atores: os cidadãos, a iniciativa privada e o Estado. Óbvio que o Estado tem a maior responsabilidade. Arrecada para isso. Mas o cidadão também tem", defende Meisler. O contato com projetos como o Lute sem Fronteiras, fundado pelo estudante, serviu para "virar essa chave" na cabeça dos sócios da Reserva. TRAFICANTE FASHION Com esse olhar aguçado para oportunidades e ciente de que tem uma missão além de vender roupa, o próximo passo foi apoiar o lançamento do selo social AR, licenciado pelo AfroReggae. Além da Reserva, outras empresas também aderiram ao selo que gerou R$ 2 milhões em receita para a instituição. "É uma ferramenta que a ajuda a multiplicar as oportunidades profissionais e culturais de jovens da periferia e de egressos do sistema prisional", explica Meisler. A ideia do AR teve uma prova de fogo, quando a Reserva viu a sua marca associada a um traficante que se entregou após a tomada do morro do Alemão, em 2010. "A história foi surreal", diz Meisler. "Quando o Estado ocupou o Alemão, Diego [Raimundo da Silva Santos, conhecido por Mister M por ser um dos seguranças de um dos líderes do tráfico local], entregou-se à polícia usando uma polo da Reserva. Ninguém me ligou para falar dos famosos que estão usando a marca, mas nesse dia umas 50 pessoas me telefonaram. O primeiro era um fornecedor dizendo que um traficante se entregou usando uma camisa falsa da marca. Fiquei estupefato com a imagem. Parecia uma campanha da Reserva. Ele usava uma polo turquesa, com o backdrop da polícia do Rio ao fundo e ele sorrindo. Depois, eu descobri que Diego sorria porque na confusão dois fotógrafos caíram no chão. Ele riu da cena. Saiu a foto como ele tivesse sacaneando os caras. Enfim, não tinha como esconder aquela imagem. A única coisa que consegui falar foi: ´Brother, não é falsa, não' [risos]. Era uma polo Reserva. Uma das demais ligações foi do Júnior [do AfroReggae]. 'E aí, malandro, o que a gente faz?', ele me perguntou. Respondi: 'Vamos transformar esse limão numa limonada. Vamos segurar o lançamento do AR, tentar recuperar o Diego e ele vira garoto propaganda do selo. Foram nove meses de prisão para o Diego e de gestação do AR. Ele tinha o sonho de ser cinegrafista, sua profissão hoje no próprio AfroReggae. O lançamento da grife AR foi em 2012. A campanha foi fotografada pelo J. R. Duran no alto do complexo do alemão, com Diego, cinco policiais do Bope e três ex-traficantes. Aquela imagem comunicava que a reinserção social é possível". MAIS QUE EXEMPLOS Outro exemplo poderoso de transformação é de Eduardo Lyra, do Gerando Falcões, ONG que tem a Reserva como parceira em uma nova aventura fashion. Meisler relata a trajetória que o fez apostar em um garoto nascido em uma favela de Guarulhos (SP), que concluiu a faculdade a duras penas e se tornou um escritor. "Edu tinha tudo para ser um bandidaço. O pai começou a traficar, se viciou e acabou preso. A mãe vai visitá-lo na cadeia e é violentada. Um dia, chega em casa e descobre que o 15º primo dele tinha sido morto. Teve uma síncope, começou a se rasgar, mas fez uma promessa: ia tirar o nome da família Lira das páginas policiais. Entrou para a faculdade de jornalismo em Mogi das Cruzes. Na primeira aula, o professor leu o texto dele e disse: 'Edu, desiste. Você não tem como ser jornalista'. Aquilo mexeu com ele. Tinha três empregos para conseguir pagar a faculdade. Seu trabalho de final de curso foi o livro 'Gerando Falcões', com exemplos de pessoas que como ele saíram da pobreza absoluta para construir coisas enormes. Com suas persistência, ele conseguiu entrevistar personalidades como Nizan Guanaes [publicitário]. Vendeu 5.000 exemplares do livro por R$ 9,99 dentro da comunidade. Pra gente que nem sabia ler. Uma editora grande o procurou. O livro hoje está em todas as livrarias do país e começou a gerar um graninha". Edu e Meisler hoje estão em meio à empreitada de viabilizar uma marca 100% social: a 40.076. "É um quilômetro a mais do que os 40.075 km da circunferência terrestre", explica. "É aquela coisa, vamos correr atrás." Martelava na cabeça de Meisler uma frase de Edu: "Menino vai com fome para a escola e encontra alguém traficando dentro do banheiro. O garoto pega 10 gramas de qualquer coisa para vender e pagar o lanche. E assim entra na vida." Por que não oferecer outro produto para a molecada vender no lugar da droga? Assim surgiu um modelo de negócio que transforma jovens da favela em vendedores de peças que também podem ser encontradas no shopping e nas lojas da zona sul do Rio. "Deixamos tudo em consignação. O cara tem 90 dias para pagar. Se não vender, devolve. Entregamos as peças pelo preço de custo mais impostos", diz Meisler. Se o vendedor da favela pega o produto a R$ 10 e vender a R$ 20, R$ 10 é dele. Se vender por R$ 40, R$ 30 é dele. "A ideia é trocar a venda de droga pela venda de roupa." E com um argumento de venda infalível: "É o mesmo produto da loja, só que comigo você pode pagar menos." E o sócio da Reserva não teme prejuízo de imagem para a marca ao se envolver com temáticas fortes e personagens polêmicos por meio de projetos sociais inovadores. "É burrice não querer se associar. É preconceito não só de classe, mas cultural", diz Meisler. "Além da questão humana, existe nesse discurso idiota uma questão financeira. Veja o caso da Burberry, que começou a ser usada pela galera do hip hop e é hoje a marca de luxo que mais vende no mundo." Adepto do movimento "capitalismo consciente", Meisler foi eleito em 2014 "O Homem do Ano" pela instituição americana Fashion for Development. "Sabe qual é o maior antídoto para um capitalismo que gera desigualdade?", indaga. "É o próprio dinheiro. Quando os concorrentes percebem que uma marca consciente está dando certo e gerando lucro, vão querer copiar." Como lançador de tendências em uma moda engajada, o CEO da Reserva prepara para janeiro o anúncio de uma nova leva de Rebeldes com Causa.
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Recuperar, desarmar
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O impeachment não foi, na opinião deste jornal, a melhor resolução do impasse que paralisava o país havia meses. Todo o processo vem ocorrendo de forma constitucional, sob supervisão de uma suprema corte insuspeita e assegurando-se amplo direito de defesa à presidente afastada. A noção de que estaria em curso um golpe de Estado só não é estapafúrdia porque se filia mais à propaganda do que à análise política. Serve à surrada versão (Fernando Collor já a adotava em sua época) de que o PT é vítima de alguma conspiração de elites, e não de seus clamorosos erros e delitos. Ainda assim, não foi o desenlace ideal. Embora as fraudes orçamentárias que Dilma Rousseff praticou em escala inaudita sejam motivo previsto na Constituição e na lei para impedimento, trata-se de tecnicalidade que a maioria das pessoas ignora. O impeachment é um juízo jurídico-político; foi este último aspecto que prevaleceu. Pelo descalabro econômico, pela profusão de escândalos comandados pelo PT, sobretudo pela perda de toda capacidade governativa, o afastamento de Dilma Rousseff surgia como pré-requisito de uma recuperação urgente. Deixa um rastro, porém, de inconformismo numa minoria expressiva (cerca de 25% da população) que o considera ilegítimo. E propiciou a ascensão de um presidente experimentado, mas sem respaldo popular, que executará um programa em muitos aspectos oposto ao conto de fadas que o eleitorado sufragou em 2014. Por esses motivos, esta Folha teria preferido que a conjuntura dramática forçasse a chapa então eleita a renunciar —ou o Tribunal Superior Eleitoral a invalidar sua eleição, caso se comprovem os indícios de financiamento delituoso da campanha. A crise que atravessamos é profunda o bastante para tornar desejável um retorno à fonte de onde deriva o poder da autoridade política, por meio de consulta à totalidade dos cidadãos. Pela Constituição, no entanto, Michel Temer é o presidente interino e deve ser respeitado como tal. Seu governo decepciona pela composição em tantos casos medíocre, mas abriga uma equipe econômica competente que anuncia diretrizes corretas e inadiáveis. Há algo de pendular nessas mudanças; o governo Temer deveria evitar que a lógica da polaridade o levasse a um rumo demasiado conservador, que o distancie do centro político, preferência constante da maioria do eleitorado. Seu objetivo maior, além de recuperar a economia, deveria ser desarmar espíritos na sociedade. [email protected]
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opiniao
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Recuperar, desarmarO impeachment não foi, na opinião deste jornal, a melhor resolução do impasse que paralisava o país havia meses. Todo o processo vem ocorrendo de forma constitucional, sob supervisão de uma suprema corte insuspeita e assegurando-se amplo direito de defesa à presidente afastada. A noção de que estaria em curso um golpe de Estado só não é estapafúrdia porque se filia mais à propaganda do que à análise política. Serve à surrada versão (Fernando Collor já a adotava em sua época) de que o PT é vítima de alguma conspiração de elites, e não de seus clamorosos erros e delitos. Ainda assim, não foi o desenlace ideal. Embora as fraudes orçamentárias que Dilma Rousseff praticou em escala inaudita sejam motivo previsto na Constituição e na lei para impedimento, trata-se de tecnicalidade que a maioria das pessoas ignora. O impeachment é um juízo jurídico-político; foi este último aspecto que prevaleceu. Pelo descalabro econômico, pela profusão de escândalos comandados pelo PT, sobretudo pela perda de toda capacidade governativa, o afastamento de Dilma Rousseff surgia como pré-requisito de uma recuperação urgente. Deixa um rastro, porém, de inconformismo numa minoria expressiva (cerca de 25% da população) que o considera ilegítimo. E propiciou a ascensão de um presidente experimentado, mas sem respaldo popular, que executará um programa em muitos aspectos oposto ao conto de fadas que o eleitorado sufragou em 2014. Por esses motivos, esta Folha teria preferido que a conjuntura dramática forçasse a chapa então eleita a renunciar —ou o Tribunal Superior Eleitoral a invalidar sua eleição, caso se comprovem os indícios de financiamento delituoso da campanha. A crise que atravessamos é profunda o bastante para tornar desejável um retorno à fonte de onde deriva o poder da autoridade política, por meio de consulta à totalidade dos cidadãos. Pela Constituição, no entanto, Michel Temer é o presidente interino e deve ser respeitado como tal. Seu governo decepciona pela composição em tantos casos medíocre, mas abriga uma equipe econômica competente que anuncia diretrizes corretas e inadiáveis. Há algo de pendular nessas mudanças; o governo Temer deveria evitar que a lógica da polaridade o levasse a um rumo demasiado conservador, que o distancie do centro político, preferência constante da maioria do eleitorado. Seu objetivo maior, além de recuperar a economia, deveria ser desarmar espíritos na sociedade. [email protected]
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Crise de rinite afasta Haddad da prefeitura de SP por uma semana
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Após uma semana marcada pela inauguração da ciclovia da avenida Paulista e pelo anúncio da nova licitação dos ônibus de São Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT) vai ficar alguns dias em casa. De acordo com a assessoria de imprensa de Haddad, ele tirou três dias de licença na segunda, terça e quarta (6, 7 e 8), por causa de uma forte crise de rinite. Com o feriado paulista da Revolução Constitucionalista, na próxima quinta (9), o prefeito vai emendar a sexta e só volta ao batente na próxima semana. Sob recomendação médica, Haddad foi para uma cidade da Grande São Paulo para ficar de repouso. Mas mantém contato constante com seus secretários municipais. Nesse período, as agendas e compromissos do prefeito serão cumpridas pela vice-prefeita da capital paulista, Nádia Campeão. Em março, uma crise de rinite também impediu que o prefeito fosse a uma agenda pública. A última agenda pública de Haddad ocorreu no último sábado (4), quando ele foi a Guaianases (zona leste) para inaugurar a primeira biblioteca feminista do município. Em julho de 2014, o prefeito também ficou uma semana sem trabalhar. Na época, ele tirou uma semana de férias para viajar com a mulher , Ana Estela, para a Itália. A viagem tinha sido adiada por um mês porque Haddad relutava em interromper a rotina de trabalho na prefeitura.
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cotidiano
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Crise de rinite afasta Haddad da prefeitura de SP por uma semanaApós uma semana marcada pela inauguração da ciclovia da avenida Paulista e pelo anúncio da nova licitação dos ônibus de São Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT) vai ficar alguns dias em casa. De acordo com a assessoria de imprensa de Haddad, ele tirou três dias de licença na segunda, terça e quarta (6, 7 e 8), por causa de uma forte crise de rinite. Com o feriado paulista da Revolução Constitucionalista, na próxima quinta (9), o prefeito vai emendar a sexta e só volta ao batente na próxima semana. Sob recomendação médica, Haddad foi para uma cidade da Grande São Paulo para ficar de repouso. Mas mantém contato constante com seus secretários municipais. Nesse período, as agendas e compromissos do prefeito serão cumpridas pela vice-prefeita da capital paulista, Nádia Campeão. Em março, uma crise de rinite também impediu que o prefeito fosse a uma agenda pública. A última agenda pública de Haddad ocorreu no último sábado (4), quando ele foi a Guaianases (zona leste) para inaugurar a primeira biblioteca feminista do município. Em julho de 2014, o prefeito também ficou uma semana sem trabalhar. Na época, ele tirou uma semana de férias para viajar com a mulher , Ana Estela, para a Itália. A viagem tinha sido adiada por um mês porque Haddad relutava em interromper a rotina de trabalho na prefeitura.
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Paraolimpíada chega a dois milhões de ingressos vendidos
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DE SÃO PAULO Os Jogos Paraolímpicos do Rio alcançaram a marca de dois milhões de ingressos vendidos nesta quarta-feira (14). A quantidade representa 80% da carga de 2,5 milhões que foi comercializada para o evento, que terminará no próximo domingo (18). O Comitê Rio-2016 havia estabelecido como meta chegar a dois milhões de tíquetes na Paraolimpíada, cujas vendas estavam praticamente estagnadas até metade dos Jogos Olímpicos. No dia 17 de agosto, por exemplo, a entidade anunciou que somente 12% haviam sido adquiridos. Às 18h desta terça, ainda existiam aproximadamente 180 mil ingressos à venda para atletismo, goalball, rúgbi em cadeira de rodas e futebol de 7 –podem ser comprados no rio2016.com/ingressos. O Rio é a segunda edição dos Jogos Paraolímpicos com maior venda de entradas. Somente Londres-2012 comercializou mais: 2,7 milhões. Um dos fatores que impulsionaram a procura por bilhetes paraolímpicos foi o preço: os mais baratos custam R$ 10 e os mais caros, R$ 1.000. Como comparação, os ingressos olímpicos para sessões esportivas partiam de R$ 40 e os mais caros, R$ 1.200 –para as cerimônias, o teto era R$ 4.600. A Olimpíada vendeu 6,1 milhões (carga de 6,5 milhões) de tíquetes.
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esporte
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Paraolimpíada chega a dois milhões de ingressos vendidos
DE SÃO PAULO Os Jogos Paraolímpicos do Rio alcançaram a marca de dois milhões de ingressos vendidos nesta quarta-feira (14). A quantidade representa 80% da carga de 2,5 milhões que foi comercializada para o evento, que terminará no próximo domingo (18). O Comitê Rio-2016 havia estabelecido como meta chegar a dois milhões de tíquetes na Paraolimpíada, cujas vendas estavam praticamente estagnadas até metade dos Jogos Olímpicos. No dia 17 de agosto, por exemplo, a entidade anunciou que somente 12% haviam sido adquiridos. Às 18h desta terça, ainda existiam aproximadamente 180 mil ingressos à venda para atletismo, goalball, rúgbi em cadeira de rodas e futebol de 7 –podem ser comprados no rio2016.com/ingressos. O Rio é a segunda edição dos Jogos Paraolímpicos com maior venda de entradas. Somente Londres-2012 comercializou mais: 2,7 milhões. Um dos fatores que impulsionaram a procura por bilhetes paraolímpicos foi o preço: os mais baratos custam R$ 10 e os mais caros, R$ 1.000. Como comparação, os ingressos olímpicos para sessões esportivas partiam de R$ 40 e os mais caros, R$ 1.200 –para as cerimônias, o teto era R$ 4.600. A Olimpíada vendeu 6,1 milhões (carga de 6,5 milhões) de tíquetes.
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Trio Yo La Tengo faz cover de si no álbum 'Stuff Like That There'
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O novo disco do trio americano Yo La Tengo, "Stuff Like That There", celebra os 30 anos de carreira do grupo, tentando olhar tanto para o passado quanto para o futuro. O disco é composto por músicas originais, por versões de artistas que o grupo admira e por versões de músicas da própria banda. Esse conceito não é novo para o Yo La Tengo. Há 25 anos, eles fizeram a mesma coisa em "Fakebook", disco que lhes trouxe notoriedade. "'Fakebook' me intrigou, me mostrou o outro lado do Yo La Tengo", diz em entrevista à Folha o baixista James McNew, que na época ainda não fazia parte do grupo. O baixista entrou para o Yo La Tengo pouco depois, em 1991, juntando-se ao casal Ira Kaplan e Georgia Hubley e dando ao grupo sua formação mais consagrada. Estão presentes no novo álbum releituras que vão de The Cure ("Friday I'm in Love") a Hank Williams ("I'm So Lonesome I Could Cry"), passando por faixas de discos relativamente recentes da banda. "All Your Secrets", por exemplo, é de um álbum de 2009. "Regravar nossas próprias músicas é ótimo. Só precisamos pensar no arranjo, as letras já estão escritas", brinca McNew. Ele diz que não é uma questão de "atualizar" as canções, mas de descobrir outras facetas delas. "Todas as bandas fazem versões de si próprias. Uma música pode soar completamente diferente quando vai do estúdio para o palco." Para alcançar o som leve e acústico do passado, a banda tomou uma série de medidas. A primeira foi chamar de volta o guitarrista Dave Schramm, de "Fakebook". A segunda foi convencer McNew, acostumado a usar o baixo elétrico, a tocar com contrabaixo, instrumento que ele nem sequer possuía. "Não que seja mais difícil", conta, aos risos. "Mas é como um sonho estranho, onde você está numa cidade familiar, mas tudo mudou de lugar." Os esforços para aprender a tocar contrabaixo compensaram. Tanto que, na turnê para promover "Stuff Like That There", o grupo se apresentará com a mesma formação de estúdio, com Dave Schramm na guitarra e com o contrabaixo de James McNew. STUFF LIKE THAT THERE ARTISTA: YO LA TENGO GRAVADORA: MATADOR RECORDS QUANTO: US$ 12 (CERCA DE R$ 42,66 NA AMAZON)
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ilustrada
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Trio Yo La Tengo faz cover de si no álbum 'Stuff Like That There'O novo disco do trio americano Yo La Tengo, "Stuff Like That There", celebra os 30 anos de carreira do grupo, tentando olhar tanto para o passado quanto para o futuro. O disco é composto por músicas originais, por versões de artistas que o grupo admira e por versões de músicas da própria banda. Esse conceito não é novo para o Yo La Tengo. Há 25 anos, eles fizeram a mesma coisa em "Fakebook", disco que lhes trouxe notoriedade. "'Fakebook' me intrigou, me mostrou o outro lado do Yo La Tengo", diz em entrevista à Folha o baixista James McNew, que na época ainda não fazia parte do grupo. O baixista entrou para o Yo La Tengo pouco depois, em 1991, juntando-se ao casal Ira Kaplan e Georgia Hubley e dando ao grupo sua formação mais consagrada. Estão presentes no novo álbum releituras que vão de The Cure ("Friday I'm in Love") a Hank Williams ("I'm So Lonesome I Could Cry"), passando por faixas de discos relativamente recentes da banda. "All Your Secrets", por exemplo, é de um álbum de 2009. "Regravar nossas próprias músicas é ótimo. Só precisamos pensar no arranjo, as letras já estão escritas", brinca McNew. Ele diz que não é uma questão de "atualizar" as canções, mas de descobrir outras facetas delas. "Todas as bandas fazem versões de si próprias. Uma música pode soar completamente diferente quando vai do estúdio para o palco." Para alcançar o som leve e acústico do passado, a banda tomou uma série de medidas. A primeira foi chamar de volta o guitarrista Dave Schramm, de "Fakebook". A segunda foi convencer McNew, acostumado a usar o baixo elétrico, a tocar com contrabaixo, instrumento que ele nem sequer possuía. "Não que seja mais difícil", conta, aos risos. "Mas é como um sonho estranho, onde você está numa cidade familiar, mas tudo mudou de lugar." Os esforços para aprender a tocar contrabaixo compensaram. Tanto que, na turnê para promover "Stuff Like That There", o grupo se apresentará com a mesma formação de estúdio, com Dave Schramm na guitarra e com o contrabaixo de James McNew. STUFF LIKE THAT THERE ARTISTA: YO LA TENGO GRAVADORA: MATADOR RECORDS QUANTO: US$ 12 (CERCA DE R$ 42,66 NA AMAZON)
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Código Florestal: mudar agora é prematuro
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O Código Florestal que está em vigor é uma lei recente e foi resultado de um grande debate no Congresso Nacional, com defesas acirradas de posições emitidas por ambientalistas e setores do agronegócio. A primeira versão foi sancionada em maio de 2012 (Lei Federal 12.651), com alguns vetos da presidente Dilma. Os itens vetados foram reescritos em Medida Provisória, rediscutidos no Congresso, e aprovados pela Lei Federal 12.727, de outubro de 2012. Ficou revogado, então, o Código Florestal de 1.965, que já estava completamente desfigurado por emendas que nem sempre preservaram a lógica que deve ser o princípio básico de uma lei. O novo Código criou duas ferramentas muito importantes: o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Recuperação Ambiental (PRA). O CAR é uma autodeclaração do produtor rural quanto à situação florestal de sua propriedade e está em pleno desenvolvimento, com prazo de encerramento em maio próximo. Espera-se ter, a partir do CAR, uma radiografia da situação atual, eliminando ou pelo menos diminuindo as especulações feitas com dados não confiáveis, manipulados de acordo com os desejos de grupos. O CAR servirá, também, para criar o que poderá ser o maior movimento de recuperação ambiental do Brasil, desde que as instituições responsáveis pela aplicação do PRA sejam capazes de exigir de cada produtor rural as correções necessárias e apontadas no CAR. O mais surpreendente, até, se se pensar no descaso com que o antigo Código Florestal foi tratado, é a adesão mostrada pelos setores rurais no preenchimento das autodeclarações, com forte apoio de sindicatos rurais, federações, cooperativas e empresas de consultoria. Parece que os embates que existiam antes do novo Código fizeram com que a possibilidade de um novo período de tranquilidade no campo tenha levado o produtor rural a entusiasmar-se com a aplicação imediata do novo sistema. Acontece que, no meio desse jogo ainda em andamento, há um movimento de ambientalistas pressionando a Câmara de Deputados a propor modificações nas leis que ainda estão em processo de aplicação. Uma proposta de modificação já foi aprovada na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, alterando as metragens de Áreas de Preservação Permanente em torno de cursos d'água. Metragens que são apoiadas em valores arbitrários, sem nenhuma sustentação científica verdadeiramente comprovada. Falar que deveremos ter 30 metros de área de proteção ao longo de um córrego é tão científico como dizer que tal área precisa ser de 15 ou de 50 metros, dependendo do humor ambientalista de quem analisa. Ressuscitar, agora, uma das mais fortes polêmicas existente na época da discussão do Código certamente não trará nenhum benefício para o meio ambiente. Já se pode notar, por declarações de lideranças rurais, certo desânimo com a possibilidade de uma nova insegurança no campo. Corre-se o risco de criar, com isso, a sensação de que as esperanças trazidas com o CAR e o PRA são fugazes e tudo vai voltar a ser como dantes no quartel de Abrantes. Ou seja, que as leis ambientais não passam de divertimentos congressuais, pois acabam não sendo cumpridas por causa de atropelamentos sucessivos e que derrubam quaisquer esperanças de credibilidade. Se persistir a intenção de mudar, vai-se novamente apostar no círculo vicioso de ficar eternamente modificando modificações, sem nunca ver resultados efetivos de nenhum delas. Os ambientalistas e suas entidades precisam parar, também, de tratar todos os produtores rurais como inimigos, pois são eles que estão lá no dia a dia convivendo com os recursos naturais importantes como solo, água, flora e fauna. O mais importante é atuar para que eles tenham condições técnicas e financeiras de trabalhar harmonicamente com tais recursos. O país, dizem os analistas sensatos e independentes, precisa de regras estáveis para se desenvolver, pois as mudanças constantes trazem inseguranças jurídicas e inibem investimentos. O meio ambiente só terá a agradecer se todos se unirem para colocar o Código Florestal em prática. As exigâncias nele propostas, se efetivadas, trazem a possibilidades de um ganho substancial nas áreas de proteção e conservação. Depois, então, se o futuro mostrar a necessidade de reajustes eles serão propostos. Qualquer iniciativa de mudar agora é prematura e só causará desânimo, descrença e irritação no campo. E isso não resultará em nenhuma ação positiva. OSVALDO FERREIRA VALENTE, 74 anos, é engenheiro florestal e professor titular aposentado da Universidade Federal de Viçosa * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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opiniao
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Código Florestal: mudar agora é prematuroO Código Florestal que está em vigor é uma lei recente e foi resultado de um grande debate no Congresso Nacional, com defesas acirradas de posições emitidas por ambientalistas e setores do agronegócio. A primeira versão foi sancionada em maio de 2012 (Lei Federal 12.651), com alguns vetos da presidente Dilma. Os itens vetados foram reescritos em Medida Provisória, rediscutidos no Congresso, e aprovados pela Lei Federal 12.727, de outubro de 2012. Ficou revogado, então, o Código Florestal de 1.965, que já estava completamente desfigurado por emendas que nem sempre preservaram a lógica que deve ser o princípio básico de uma lei. O novo Código criou duas ferramentas muito importantes: o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Recuperação Ambiental (PRA). O CAR é uma autodeclaração do produtor rural quanto à situação florestal de sua propriedade e está em pleno desenvolvimento, com prazo de encerramento em maio próximo. Espera-se ter, a partir do CAR, uma radiografia da situação atual, eliminando ou pelo menos diminuindo as especulações feitas com dados não confiáveis, manipulados de acordo com os desejos de grupos. O CAR servirá, também, para criar o que poderá ser o maior movimento de recuperação ambiental do Brasil, desde que as instituições responsáveis pela aplicação do PRA sejam capazes de exigir de cada produtor rural as correções necessárias e apontadas no CAR. O mais surpreendente, até, se se pensar no descaso com que o antigo Código Florestal foi tratado, é a adesão mostrada pelos setores rurais no preenchimento das autodeclarações, com forte apoio de sindicatos rurais, federações, cooperativas e empresas de consultoria. Parece que os embates que existiam antes do novo Código fizeram com que a possibilidade de um novo período de tranquilidade no campo tenha levado o produtor rural a entusiasmar-se com a aplicação imediata do novo sistema. Acontece que, no meio desse jogo ainda em andamento, há um movimento de ambientalistas pressionando a Câmara de Deputados a propor modificações nas leis que ainda estão em processo de aplicação. Uma proposta de modificação já foi aprovada na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, alterando as metragens de Áreas de Preservação Permanente em torno de cursos d'água. Metragens que são apoiadas em valores arbitrários, sem nenhuma sustentação científica verdadeiramente comprovada. Falar que deveremos ter 30 metros de área de proteção ao longo de um córrego é tão científico como dizer que tal área precisa ser de 15 ou de 50 metros, dependendo do humor ambientalista de quem analisa. Ressuscitar, agora, uma das mais fortes polêmicas existente na época da discussão do Código certamente não trará nenhum benefício para o meio ambiente. Já se pode notar, por declarações de lideranças rurais, certo desânimo com a possibilidade de uma nova insegurança no campo. Corre-se o risco de criar, com isso, a sensação de que as esperanças trazidas com o CAR e o PRA são fugazes e tudo vai voltar a ser como dantes no quartel de Abrantes. Ou seja, que as leis ambientais não passam de divertimentos congressuais, pois acabam não sendo cumpridas por causa de atropelamentos sucessivos e que derrubam quaisquer esperanças de credibilidade. Se persistir a intenção de mudar, vai-se novamente apostar no círculo vicioso de ficar eternamente modificando modificações, sem nunca ver resultados efetivos de nenhum delas. Os ambientalistas e suas entidades precisam parar, também, de tratar todos os produtores rurais como inimigos, pois são eles que estão lá no dia a dia convivendo com os recursos naturais importantes como solo, água, flora e fauna. O mais importante é atuar para que eles tenham condições técnicas e financeiras de trabalhar harmonicamente com tais recursos. O país, dizem os analistas sensatos e independentes, precisa de regras estáveis para se desenvolver, pois as mudanças constantes trazem inseguranças jurídicas e inibem investimentos. O meio ambiente só terá a agradecer se todos se unirem para colocar o Código Florestal em prática. As exigâncias nele propostas, se efetivadas, trazem a possibilidades de um ganho substancial nas áreas de proteção e conservação. Depois, então, se o futuro mostrar a necessidade de reajustes eles serão propostos. Qualquer iniciativa de mudar agora é prematura e só causará desânimo, descrença e irritação no campo. E isso não resultará em nenhuma ação positiva. OSVALDO FERREIRA VALENTE, 74 anos, é engenheiro florestal e professor titular aposentado da Universidade Federal de Viçosa * PARTICIPAÇÃO Para colaborar, basta enviar e-mail para [email protected]. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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Gabi, o mestre-sala que ganhou o apelido de 'Maravilha'
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Alice dos Santos era uma das mais consagradas porta bandeiras do Rio de Janeiro quando se mudou para São Paulo. Por aqui, conheceu Gabriel de Souza Martins, um compositor da Barroca Zona Sul. Sujeito negro, alto, magro, de porte elegante e sorriso largo. O viu sambar e insistiu para que ele fosse seu mestre-sala. Gabriel cedeu, tomou gosto, treinou e no dia do desfile partiu ao lado de Alice para a avenida Tiradentes, antigo palco dos desfiles das escolas de samba de São Paulo, como segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira da escola, posto que não recebe notas dos jurados. Naquele ano, o diretor de harmonia da Barroca era o lendário Pé Rachado (Sebastião Eduardo do Amaral). Durante o desfile, Pé Rachado fez sinal para que os jurados avaliassem Gabriel e Alice como casal oficial da escola. Na apuração, receberam somente notas dez. "Nós entramos na avenida como segundo casal e saímos como casal principal", lembra Gabriel, o mestre Gabi, hoje aos 69 anos e um dos mais maiores mestre-salas de São Paulo. Dez anos depois de inaugurar sua carreira como mestre-sala, foi também no susto que a mulher de Gabi, desfilou pela primeira vez como porta-bandeira. Em 1991, a menos de um mês do Carnaval, a diretoria do Camisa Verde e Branco, uma das mais tradicionais escola de samba de São Paulo, descobriu que sua porta-bandeira estava grávida. "Impossível desfilar!", sentenciaram. A dirigente da escola responsável por treinar o casal para o desfile ligou então para Vivi, a rainha de bateria da Mocidade que sonhava em ser porta-bandeira em sua escola do coração, a Camisa. Ao saber da troca de última hora, o mestre-sala da escola se recusou a desfilar com Vivi. "Tenho um nome a zelar, não posso desfilar com uma porta-bandeira de fundo de quintal", disse. O jeito foi chamar Gabi, que naquele ano não desfilaria, para ser o par de Vivi. "Agora que eu sei da responsabilidade de ser porta-bandeira. Se fosse hoje, jamais teria coragem de desfilar sem ter ensaiado", conta Vivi. Ainda assim, o casal saiu do Anhembi com a nota máxima de todos os jurados. Porta-bandeira de primeira viagem, Vivi ouviu comentários de que o mérito das notas dez para o casal eram apenas de Gabi, que já era consagrado. Para tentar provar que os comentários eram maldosos, Vivi começou um intenso treinamento para o Carnaval seguinte. "E o resultado veio. Fomos o único casal daquele ano a receber nota máxima". Com a ajuda do marido, Vivi aprendeu a reverenciar o pavilhão da escola, a não conduzir o símbolo máximo da agremiação de saia curta, de chapéu ou com bebida na mão. Sambar com o pavilhão também estava proibido. Descobriu que durante o desfile, o casal não pode sequer conversar. A comunicação deve ser feita por meio de olhares e toques nas mãos. Aprendeu que a tradição do mestre-sala e da porta-bandeira é inspirada no minueto, dança da aristocracia europeia. Soube que no Brasil os escravos ao som do batuque imitavam a dança que viam nos saraus da casa grande e que adicionaram à coreografia o gingado da capoeira. Vivi ouviu ainda histórias de como antigamente as escolas de samba e cordões carnavalescos tinham como objetivo roubar o pavilhão da agremiação rival. Por isso, o mestre-sala deve sempre zelar e defender o símbolo da escola. "Às vezes as pessoas não conseguem mensurar o que é essa responsabilidade. Atrás de um pavilhão de uma escola, você tem milhares de pessoas. Pessoas que você nunca viu, nem conhece", conta Gabi. Já vi gente cair beijando meus pés ou tocando na saia da vivi. Parece que a gente é intocável. Você perde a sua identidade e assume a identidade da escola", explica ele. Escolas de Samba - SP
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cotidiano
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Gabi, o mestre-sala que ganhou o apelido de 'Maravilha'Alice dos Santos era uma das mais consagradas porta bandeiras do Rio de Janeiro quando se mudou para São Paulo. Por aqui, conheceu Gabriel de Souza Martins, um compositor da Barroca Zona Sul. Sujeito negro, alto, magro, de porte elegante e sorriso largo. O viu sambar e insistiu para que ele fosse seu mestre-sala. Gabriel cedeu, tomou gosto, treinou e no dia do desfile partiu ao lado de Alice para a avenida Tiradentes, antigo palco dos desfiles das escolas de samba de São Paulo, como segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira da escola, posto que não recebe notas dos jurados. Naquele ano, o diretor de harmonia da Barroca era o lendário Pé Rachado (Sebastião Eduardo do Amaral). Durante o desfile, Pé Rachado fez sinal para que os jurados avaliassem Gabriel e Alice como casal oficial da escola. Na apuração, receberam somente notas dez. "Nós entramos na avenida como segundo casal e saímos como casal principal", lembra Gabriel, o mestre Gabi, hoje aos 69 anos e um dos mais maiores mestre-salas de São Paulo. Dez anos depois de inaugurar sua carreira como mestre-sala, foi também no susto que a mulher de Gabi, desfilou pela primeira vez como porta-bandeira. Em 1991, a menos de um mês do Carnaval, a diretoria do Camisa Verde e Branco, uma das mais tradicionais escola de samba de São Paulo, descobriu que sua porta-bandeira estava grávida. "Impossível desfilar!", sentenciaram. A dirigente da escola responsável por treinar o casal para o desfile ligou então para Vivi, a rainha de bateria da Mocidade que sonhava em ser porta-bandeira em sua escola do coração, a Camisa. Ao saber da troca de última hora, o mestre-sala da escola se recusou a desfilar com Vivi. "Tenho um nome a zelar, não posso desfilar com uma porta-bandeira de fundo de quintal", disse. O jeito foi chamar Gabi, que naquele ano não desfilaria, para ser o par de Vivi. "Agora que eu sei da responsabilidade de ser porta-bandeira. Se fosse hoje, jamais teria coragem de desfilar sem ter ensaiado", conta Vivi. Ainda assim, o casal saiu do Anhembi com a nota máxima de todos os jurados. Porta-bandeira de primeira viagem, Vivi ouviu comentários de que o mérito das notas dez para o casal eram apenas de Gabi, que já era consagrado. Para tentar provar que os comentários eram maldosos, Vivi começou um intenso treinamento para o Carnaval seguinte. "E o resultado veio. Fomos o único casal daquele ano a receber nota máxima". Com a ajuda do marido, Vivi aprendeu a reverenciar o pavilhão da escola, a não conduzir o símbolo máximo da agremiação de saia curta, de chapéu ou com bebida na mão. Sambar com o pavilhão também estava proibido. Descobriu que durante o desfile, o casal não pode sequer conversar. A comunicação deve ser feita por meio de olhares e toques nas mãos. Aprendeu que a tradição do mestre-sala e da porta-bandeira é inspirada no minueto, dança da aristocracia europeia. Soube que no Brasil os escravos ao som do batuque imitavam a dança que viam nos saraus da casa grande e que adicionaram à coreografia o gingado da capoeira. Vivi ouviu ainda histórias de como antigamente as escolas de samba e cordões carnavalescos tinham como objetivo roubar o pavilhão da agremiação rival. Por isso, o mestre-sala deve sempre zelar e defender o símbolo da escola. "Às vezes as pessoas não conseguem mensurar o que é essa responsabilidade. Atrás de um pavilhão de uma escola, você tem milhares de pessoas. Pessoas que você nunca viu, nem conhece", conta Gabi. Já vi gente cair beijando meus pés ou tocando na saia da vivi. Parece que a gente é intocável. Você perde a sua identidade e assume a identidade da escola", explica ele. Escolas de Samba - SP
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Artistas confirmam presença em ato pró-Lava Jato na avenida Paulista
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O Vem pra Rua recebeu confirmação de artistas como a atriz Regina Duarte e o cantor Paulo Ricardo para o ato deste domingo (26) a favor da Operação Lava Jato e da renovação política em 2018 e contra o foro privilegiado. Eles estarão no caminhão do movimento na avenida Paulista e devem discursar. O humorista Marcelo Madureira, que mora no Rio, e o historiador Marco Antonio Villa também são esperados na manifestação. Leia a coluna completa aqui.
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colunas
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Artistas confirmam presença em ato pró-Lava Jato na avenida PaulistaO Vem pra Rua recebeu confirmação de artistas como a atriz Regina Duarte e o cantor Paulo Ricardo para o ato deste domingo (26) a favor da Operação Lava Jato e da renovação política em 2018 e contra o foro privilegiado. Eles estarão no caminhão do movimento na avenida Paulista e devem discursar. O humorista Marcelo Madureira, que mora no Rio, e o historiador Marco Antonio Villa também são esperados na manifestação. Leia a coluna completa aqui.
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Bolsa cai e dólar sobe antes de plebiscito grego e com feriado nos EUA
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O principal índice da Bolsa brasileira opera em queda, enquanto o dólar registra nova alta ante o real, com os investidores cautelosos em relação à crise grega, antes do plebiscito de domingo (5) em que a população da Grécia vai decidir se é ou não a favor de o país aceitar as condições dos credores internacionais para receber nova ajuda financeira e se manter na zona do euro. A queda do Ibovespa era de 1,15%, às 12h50 (de Brasília), para 52.494 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 950 milhões –bem abaixo da média para o horário pelo fato de as Bolsas nos Estados Unidos estarem fechadas nesta sessão, devido ao feriado de 4 de julho (Independência) naquele país. Na Europa, os principais índices de ações tinham desempenho negativo. O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, reafirmou nesta sexta-feira, em breve pronunciamento na televisão, o pedido pelo voto "não" (contra um acordo com credores) no plebiscito de domingo. Segundo o premiê, rejeitar a proposta de socorro dos credores é votar contra a "chantagem" e o que ele chama de "ultimato" da outra parte da negociação. Das 66 ações do Ibovespa, apenas nove subiam. As produtoras de papel e celulose estavam entre as poucas altas da sessão, por causa da alta do dólar. A Fibria ganhava 0,96%, para R$ 42,91, liderando os ganhos do Ibovespa. Já a Suzano avançava 0,42%, para R$ 16,73. A queda das ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras, de 3,33%, para R$ 11,89, ajudava a empurrar o Ibovespa para baixo. Elas eram afetadas pela notícia de que o rombo no caixa da estatal já chega a R$ 19 bilhões com problemas de corrupção investigados na Lava Jato, segundo cálculo da Polícia Federal. A Vale e as siderúrgicas continuavam a sofrer com a sétima queda consecutiva no preço do minério de ferro negociado na China –principal destino das exportações da Vale. A matéria-prima é um dos principais componentes do aço. Às 12h50, as ações preferenciais da Vale cediam 1,81%, para R$ 15,18. Entre as siderúrgicas, a CSN perdia 2,83% (a R$ 4,81), enquanto a Gerdau mostrava baixa de 2,46% (a R$ 6,73) e o papel preferencial da Usiminas recuava 1,70% (a R$ 4,04). CÂMBIO No câmbio, a cautela com a Grécia voltava a impulsionar a cotação do dólar sobre o real, além da sinalização por parte do Banco Central do Brasil de que reduzirá suas atuações no mercado. Às 12h50, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, subia 1,04%, para R$ 3,134 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, utilizado no comércio exterior, mostrava valorização de 1,25%, para R$ 3,136. Nesta sexta-feira, o BC deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em agosto –operação que equivale a uma venda futura de dólares para estender o prazo de contratos. A oferta de 6 mil papéis foi integralmente vendida, por US$ 292,7 milhões. Nos dois primeiros leilões deste mês, haviam sido ofertados até 7,1 mil swaps. Mantendo a oferta de até 6 mil contratos por dia até o penúltimo dia útil do mês, o BC rolará o equivalente a US$ 6,396 bilhões ao todo, ou cerca de 60% do lote total. Se continuasse com as ofertas anteriores, a rolagem seria de 70%, como a do mês anterior. Com Reuters
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mercado
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Bolsa cai e dólar sobe antes de plebiscito grego e com feriado nos EUAO principal índice da Bolsa brasileira opera em queda, enquanto o dólar registra nova alta ante o real, com os investidores cautelosos em relação à crise grega, antes do plebiscito de domingo (5) em que a população da Grécia vai decidir se é ou não a favor de o país aceitar as condições dos credores internacionais para receber nova ajuda financeira e se manter na zona do euro. A queda do Ibovespa era de 1,15%, às 12h50 (de Brasília), para 52.494 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 950 milhões –bem abaixo da média para o horário pelo fato de as Bolsas nos Estados Unidos estarem fechadas nesta sessão, devido ao feriado de 4 de julho (Independência) naquele país. Na Europa, os principais índices de ações tinham desempenho negativo. O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, reafirmou nesta sexta-feira, em breve pronunciamento na televisão, o pedido pelo voto "não" (contra um acordo com credores) no plebiscito de domingo. Segundo o premiê, rejeitar a proposta de socorro dos credores é votar contra a "chantagem" e o que ele chama de "ultimato" da outra parte da negociação. Das 66 ações do Ibovespa, apenas nove subiam. As produtoras de papel e celulose estavam entre as poucas altas da sessão, por causa da alta do dólar. A Fibria ganhava 0,96%, para R$ 42,91, liderando os ganhos do Ibovespa. Já a Suzano avançava 0,42%, para R$ 16,73. A queda das ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras, de 3,33%, para R$ 11,89, ajudava a empurrar o Ibovespa para baixo. Elas eram afetadas pela notícia de que o rombo no caixa da estatal já chega a R$ 19 bilhões com problemas de corrupção investigados na Lava Jato, segundo cálculo da Polícia Federal. A Vale e as siderúrgicas continuavam a sofrer com a sétima queda consecutiva no preço do minério de ferro negociado na China –principal destino das exportações da Vale. A matéria-prima é um dos principais componentes do aço. Às 12h50, as ações preferenciais da Vale cediam 1,81%, para R$ 15,18. Entre as siderúrgicas, a CSN perdia 2,83% (a R$ 4,81), enquanto a Gerdau mostrava baixa de 2,46% (a R$ 6,73) e o papel preferencial da Usiminas recuava 1,70% (a R$ 4,04). CÂMBIO No câmbio, a cautela com a Grécia voltava a impulsionar a cotação do dólar sobre o real, além da sinalização por parte do Banco Central do Brasil de que reduzirá suas atuações no mercado. Às 12h50, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, subia 1,04%, para R$ 3,134 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, utilizado no comércio exterior, mostrava valorização de 1,25%, para R$ 3,136. Nesta sexta-feira, o BC deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em agosto –operação que equivale a uma venda futura de dólares para estender o prazo de contratos. A oferta de 6 mil papéis foi integralmente vendida, por US$ 292,7 milhões. Nos dois primeiros leilões deste mês, haviam sido ofertados até 7,1 mil swaps. Mantendo a oferta de até 6 mil contratos por dia até o penúltimo dia útil do mês, o BC rolará o equivalente a US$ 6,396 bilhões ao todo, ou cerca de 60% do lote total. Se continuasse com as ofertas anteriores, a rolagem seria de 70%, como a do mês anterior. Com Reuters
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Standard & Poor's rebaixa nota de crédito soberano da Grécia
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A Standard & Poor's rebaixou os ratings de crédito soberano de longo e curto prazo da Grécia para "CCC+/C", de "B-/B", citando a piora das condições econômicas devido às prolongadas negociações entre o governo e credores. A agência também removeu a classificação da Grécia da observação negativa. A perspectiva da S&P para a Grécia agora é negativa, disse a agência nesta quarta-feira. "Sem profunda reforma econômica ou mais alívio, acreditamos que a dívida e outros compromissos financeiros da Grécia serão insustentáveis", disse a S&P.
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mercado
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Standard & Poor's rebaixa nota de crédito soberano da GréciaA Standard & Poor's rebaixou os ratings de crédito soberano de longo e curto prazo da Grécia para "CCC+/C", de "B-/B", citando a piora das condições econômicas devido às prolongadas negociações entre o governo e credores. A agência também removeu a classificação da Grécia da observação negativa. A perspectiva da S&P para a Grécia agora é negativa, disse a agência nesta quarta-feira. "Sem profunda reforma econômica ou mais alívio, acreditamos que a dívida e outros compromissos financeiros da Grécia serão insustentáveis", disse a S&P.
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Manifestantes protestam contra aumento das tarifas de ônibus no Rio
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O aumento da passagem dos ônibus municipais do Rio, de R$ 3 para R$ 3,40, voltou a ser o mote para uma manifestação de rua. Um grupo com aproximadamente 300 pessoas saiu em passeata pelo centro da cidade no início da noite desta segunda-feira (6). Inicialmente, todos estavam concentrados no IFCS (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), no largo São Francisco de Paula, onde seria realizada uma plenária para discutir sobre possíveis manifestações contra as novas tarifas do sistema de transporte municipal. Durante a reunião, os participantes decidiram sair de imediato para as ruas. Do IFCS, o grupo seguiu pela avenida Rio Branco em direção à Praça da Cinelândia, principal ponto de encontro das manifestações de junho na cidade do Rio. Policiais militares acompanharam o deslocamento do grupo. Já em menor número, os manifestantes ocuparam as escadarias da câmara dos vereadores do Rio e permaneceram no local gritando palavras de ordem até se dispersarem, por volta das 20h40, sem incidentes.
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cotidiano
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Manifestantes protestam contra aumento das tarifas de ônibus no RioO aumento da passagem dos ônibus municipais do Rio, de R$ 3 para R$ 3,40, voltou a ser o mote para uma manifestação de rua. Um grupo com aproximadamente 300 pessoas saiu em passeata pelo centro da cidade no início da noite desta segunda-feira (6). Inicialmente, todos estavam concentrados no IFCS (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), no largo São Francisco de Paula, onde seria realizada uma plenária para discutir sobre possíveis manifestações contra as novas tarifas do sistema de transporte municipal. Durante a reunião, os participantes decidiram sair de imediato para as ruas. Do IFCS, o grupo seguiu pela avenida Rio Branco em direção à Praça da Cinelândia, principal ponto de encontro das manifestações de junho na cidade do Rio. Policiais militares acompanharam o deslocamento do grupo. Já em menor número, os manifestantes ocuparam as escadarias da câmara dos vereadores do Rio e permaneceram no local gritando palavras de ordem até se dispersarem, por volta das 20h40, sem incidentes.
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Dunga acerta, e Neymar tem números melhores que os de Messi e Ronaldo
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Nesta quarta-feira (11), o técnico Dunga comemorou o retorno de Neymar à seleção brasileira para o jogo contra a Argentina. O atacante volta após cumprir suspensão por expulsão na Copa América. Durante coletiva de imprensa, ele disse que considera que atualmente o brasileiro está acima de Messi, seu companheiro de Barcelona, e Cristiano Ronaldo, seu rival no Real Madrid. "Se fizermos um ranking por números, por estatística, o Neymar tem tido rendimento superior [a Messi e Cristiano Ronaldo em 2015]. O Messi se machucou, o Cristiano a gente tem a expectativa de que repita o desempenho do ano passado. O Neymar tem crescimento constante desde que chegou ao Barcelona", completou, brincando sobre o golaço que o atacante marcou pelo clube catalão contra o Villarreal. "Pensei 'por que não faz comigo? Tem que fazer na seleção'. Essas coisas fazem o futebol bonito", disse. O treinador da seleção tem razão em sua argumentação com base em números. Na temporada, as estatísticas do brasileiro são superiores às de seus concorrentes. Números de Neymar Neymar tem 13 gols em 14 jogos (média de 0,93 por partida), números melhores que os de Cristiano Ronaldo (15 jogos, 13 gols e média de 0,87) e de Messi (10 jogos, 6 gols, média de 0,6). Ele tem seis assistências na temporada, quatro a mais que o argentino e o português. Além de Dunga, Neymar também foi elogiado pelo técnico da seleção argentina Gerardo Martino nesta quarta. "Fui técnico de um bom Neymar no Barcelona, mas a confiança, após ter ganhado importantes títulos, o transformou em um dos dois jogadores que consideramos superiores aos demais. Alcançou um momento de maturidade e está em um nível superlativo", afirmou o argentino, que comanda a seleção alviceleste contra o Brasil nesta quinta (12), em Buenos Aires. Eliminatórias sul-americanas da Copa-2018
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esporte
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Dunga acerta, e Neymar tem números melhores que os de Messi e RonaldoNesta quarta-feira (11), o técnico Dunga comemorou o retorno de Neymar à seleção brasileira para o jogo contra a Argentina. O atacante volta após cumprir suspensão por expulsão na Copa América. Durante coletiva de imprensa, ele disse que considera que atualmente o brasileiro está acima de Messi, seu companheiro de Barcelona, e Cristiano Ronaldo, seu rival no Real Madrid. "Se fizermos um ranking por números, por estatística, o Neymar tem tido rendimento superior [a Messi e Cristiano Ronaldo em 2015]. O Messi se machucou, o Cristiano a gente tem a expectativa de que repita o desempenho do ano passado. O Neymar tem crescimento constante desde que chegou ao Barcelona", completou, brincando sobre o golaço que o atacante marcou pelo clube catalão contra o Villarreal. "Pensei 'por que não faz comigo? Tem que fazer na seleção'. Essas coisas fazem o futebol bonito", disse. O treinador da seleção tem razão em sua argumentação com base em números. Na temporada, as estatísticas do brasileiro são superiores às de seus concorrentes. Números de Neymar Neymar tem 13 gols em 14 jogos (média de 0,93 por partida), números melhores que os de Cristiano Ronaldo (15 jogos, 13 gols e média de 0,87) e de Messi (10 jogos, 6 gols, média de 0,6). Ele tem seis assistências na temporada, quatro a mais que o argentino e o português. Além de Dunga, Neymar também foi elogiado pelo técnico da seleção argentina Gerardo Martino nesta quarta. "Fui técnico de um bom Neymar no Barcelona, mas a confiança, após ter ganhado importantes títulos, o transformou em um dos dois jogadores que consideramos superiores aos demais. Alcançou um momento de maturidade e está em um nível superlativo", afirmou o argentino, que comanda a seleção alviceleste contra o Brasil nesta quinta (12), em Buenos Aires. Eliminatórias sul-americanas da Copa-2018
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Doping afeta influência da Rússia na política mundial, avaliam especialistas
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ANTONIO C. DOMINGUEZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE SÃO PAULO GUILHERME ZOCCHIO DE SÃO PAULO O relatório que aponta o esquema de doping envolvendo o governo da Rússia atinge a influência do país no cenário internacional. Para especialistas ouvidos pela Folha, o caso evidencia a relação entre Jogos Olímpicos e disputas geopolíticas. De um lado, o documento da Agência Mundial Antidoping (Wada) que mostra participação do governo russo na fraude de exames antidoping foi usado por agências nos EUA e do Canadá para pedir a exclusão geral da Rússia da Rio-2016. De outro, o ex-chefe de investigação da Wada, o norte-americano Jack Robertson, declarou em entrevista à BBC e e ao site ProPublica que o presidente da agência antidoping, Craig Reedie, agiu para evitar punições à delegação russa. EUA e Canadá, assim como o Reino Unido, disputam não só medalhas com os russos, mas também influência política. "São os maiores antagonistas no cenário internacional", afirma Fabiano Mielniczuk, professor de Relações Internacionais na ESPM-Sul (Escola Superior de Propaganda e Marketing no RS). Nos últimos Jogos, os países concorreram pelas primeiras posições no quadro de medalhas. Os EUA estiveram na primeira posição do ranking em Atenas-2004 (com 36 ouros) e em Londres-2012 (com 46 ouros) e no segundo lugar em Beijing-2008 (com 36 ouros). A Rússia esteve na segunda colocação em 2004 (com 27 ouros), na terceira em 2008 (com 23 ouros) e na quarta posição em 2012 (com 24 ouros). Já o Reino Unido obteve o décimo lugar no quadro em Atenas (com 9 ouros), a quarta colocação em Beijing (com 19 ouros) e a terceira posição no pódio de medalhas em Londres (com 29 ouros). No ranking das Olimpíadas somente as medalhas de ouro são contabilizadas —as premiações de prata e bronze servem como critério de desempate. A Rússia voltou a ser, desde o início do século 21, um dos principais países a contrapor a hegemonia dos EUA na política internacional. Para especialistas, a rivalidade entre as duas nações é tal que se fala em um novo clima de Guerra Fria. Nesse contexto, há relação entre o uso do relatório da Wada para pressionar pelo banimento da Rússia da Rio-2016 e as rivalidades geopolíticas internacionais, segundo o cientista político Paulo Velasco. "Está colocada em xeque a credibilidade do governo Putin. E tudo isso na esteira de ações mais dramáticas, como a intervenção na Ucrânia", afirma. Canadá, EUA, Reino Unido e a União Europeia aplicaram sanções após os russos anexarem a Crimeia, que pertencia à Ucrânia, e mantêm divergências abertas com Moscou, como no combate ao Estado Islâmico e no trato da guerra na Síria. Embora não haja influência direta de Washington, Ottawa ou Londres, a opinião pública nestes países faz pressão para a saída da Rússia dos Jogos. Os jornais "New York Times", nos EUA, e "The Guardian", no Reino Unido, já declararam em editoriais apoio à exclusão dos russos. Em resposta ao pedido de banimento das agências de EUA e Canadá, o chanceler Sergei Lavrov disse que a Usada (Agência Antidoping dos EUA) conspirou contra a Rússia. E o primeiro-ministro Vladimir Putin declarou que seu país estava sendo vítima de "ingerência perigosa da política no esporte". PODER BRANDO De acordo com Velasco, a troca de farpas entre russos e norte-americanos lembra que "o esporte é uma forma de 'poder brando' (soft power) para tentar mostrar, no plano internacional, o êxito e a força de um projeto político". "Poder brando" (soft power) é um conceito criado pelo cientista político norte-americano Joseph Nye. Segundo ele, é a habilidade de um país influenciar outros por meio da atratividade dos valores, das ideias e da cultura nacionais. Para os especialistas, a Olimpíada é uma oportunidade de países intensificarem o "poder brando", o que não estava nas ideias originais do Barão de Coubertin (1863-1937), criador dos Jogos modernos. Paulo Roberto de Almeida, diplomata do Itamaraty, afirma que a competição assumiu este caráter. "Esperava-se o esporte como um fenômeno de congregação internacional e se tornou um fato de acirramento da competição". Em Berlim-1936, por exemplo, o regime de Adolf Hitler tentou usar os Jogos para legitimar o nazismo com o sucesso dos atletas alemães. Na Guerra Fria, os EUA boicotaram os jogos de Moscou-1980, enquanto a União Soviética não foi a Los Angeles-1984. "Além da corrida espacial, havia também uma corrida esportiva", declara Velasco. POTÊNCIA POLÍTICA Na atualidade, a disputa ocorre também na "corrida científica" de preparação dos atletas olímpicos, segundo Mielniczuk, da ESPM-Sul. "O vencedor nas medalhas é associado, corretamente, à potência econômica e política". De acordo com ele, como o relatório da Wada indica que a Rússia usou doping nos Jogos de Inverno em Socchi-14, o entendimento da comunidade internacional é que o país teria utilizado o esquema das substâncias para sair melhor na disputa. O caminho antidoping "É como se a tentativa de associar a classe política da Rússia à criminalidade e ao autoritarismo se confirmasse", declara Mielniczuk. Para evitar especulações do tipo, Almeida afirma que o governo Putin deveria ter mais iniciativa em esclarecer os casos de doping. Segundo ele, porém, isso não aconteceu porque poderia prejudicar a estabilidade do premiê dentro do país. "Houve certa tolerância. O governo russo poderia intervir quando surgiram as denúncias", afirma. No entanto, a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) de não banir a Rússia e delegar às federações esportivas o poder de decidir sobre os casos de doping amenizou o embate, segundo Almeida. Ele afirma que não há, por consequência do relatório, uma punição direta aos russos. "O COI foi bastante diplomático em tratar do caso de doping", diz. Vitali Mutko, ministro dos Esportes russo, declarou estar agradecido pela decisão do COI, mas também afirmou que vê fundo político na tentativa de excluir seu país. "É uma decisão subjetiva, tanto política como sem base jurídica." Thomas Bach, presidente do COI, tem tentado diminuir o impacto negativo do escândalo de doping sobre a imagem dos Jogos. Ao cobrar a Wada a ser mais rigorosa, disse que o caso não é de responsabilidade do Comitê. Nesta quinta-feira (4), as federações internacionais de boxe, golfe, ginástica e handebol decidiram que manterão os atletas da Rússia na Olimpíada. Elas negaram que os esportistas tenham feito uso de doping. Até este momento, 113 de 364 atletas da delegação russa foram excluídos por suspeita de utilizar as substâncias. Doping na Russia
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esporte
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Doping afeta influência da Rússia na política mundial, avaliam especialistas
ANTONIO C. DOMINGUEZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE SÃO PAULO GUILHERME ZOCCHIO DE SÃO PAULO O relatório que aponta o esquema de doping envolvendo o governo da Rússia atinge a influência do país no cenário internacional. Para especialistas ouvidos pela Folha, o caso evidencia a relação entre Jogos Olímpicos e disputas geopolíticas. De um lado, o documento da Agência Mundial Antidoping (Wada) que mostra participação do governo russo na fraude de exames antidoping foi usado por agências nos EUA e do Canadá para pedir a exclusão geral da Rússia da Rio-2016. De outro, o ex-chefe de investigação da Wada, o norte-americano Jack Robertson, declarou em entrevista à BBC e e ao site ProPublica que o presidente da agência antidoping, Craig Reedie, agiu para evitar punições à delegação russa. EUA e Canadá, assim como o Reino Unido, disputam não só medalhas com os russos, mas também influência política. "São os maiores antagonistas no cenário internacional", afirma Fabiano Mielniczuk, professor de Relações Internacionais na ESPM-Sul (Escola Superior de Propaganda e Marketing no RS). Nos últimos Jogos, os países concorreram pelas primeiras posições no quadro de medalhas. Os EUA estiveram na primeira posição do ranking em Atenas-2004 (com 36 ouros) e em Londres-2012 (com 46 ouros) e no segundo lugar em Beijing-2008 (com 36 ouros). A Rússia esteve na segunda colocação em 2004 (com 27 ouros), na terceira em 2008 (com 23 ouros) e na quarta posição em 2012 (com 24 ouros). Já o Reino Unido obteve o décimo lugar no quadro em Atenas (com 9 ouros), a quarta colocação em Beijing (com 19 ouros) e a terceira posição no pódio de medalhas em Londres (com 29 ouros). No ranking das Olimpíadas somente as medalhas de ouro são contabilizadas —as premiações de prata e bronze servem como critério de desempate. A Rússia voltou a ser, desde o início do século 21, um dos principais países a contrapor a hegemonia dos EUA na política internacional. Para especialistas, a rivalidade entre as duas nações é tal que se fala em um novo clima de Guerra Fria. Nesse contexto, há relação entre o uso do relatório da Wada para pressionar pelo banimento da Rússia da Rio-2016 e as rivalidades geopolíticas internacionais, segundo o cientista político Paulo Velasco. "Está colocada em xeque a credibilidade do governo Putin. E tudo isso na esteira de ações mais dramáticas, como a intervenção na Ucrânia", afirma. Canadá, EUA, Reino Unido e a União Europeia aplicaram sanções após os russos anexarem a Crimeia, que pertencia à Ucrânia, e mantêm divergências abertas com Moscou, como no combate ao Estado Islâmico e no trato da guerra na Síria. Embora não haja influência direta de Washington, Ottawa ou Londres, a opinião pública nestes países faz pressão para a saída da Rússia dos Jogos. Os jornais "New York Times", nos EUA, e "The Guardian", no Reino Unido, já declararam em editoriais apoio à exclusão dos russos. Em resposta ao pedido de banimento das agências de EUA e Canadá, o chanceler Sergei Lavrov disse que a Usada (Agência Antidoping dos EUA) conspirou contra a Rússia. E o primeiro-ministro Vladimir Putin declarou que seu país estava sendo vítima de "ingerência perigosa da política no esporte". PODER BRANDO De acordo com Velasco, a troca de farpas entre russos e norte-americanos lembra que "o esporte é uma forma de 'poder brando' (soft power) para tentar mostrar, no plano internacional, o êxito e a força de um projeto político". "Poder brando" (soft power) é um conceito criado pelo cientista político norte-americano Joseph Nye. Segundo ele, é a habilidade de um país influenciar outros por meio da atratividade dos valores, das ideias e da cultura nacionais. Para os especialistas, a Olimpíada é uma oportunidade de países intensificarem o "poder brando", o que não estava nas ideias originais do Barão de Coubertin (1863-1937), criador dos Jogos modernos. Paulo Roberto de Almeida, diplomata do Itamaraty, afirma que a competição assumiu este caráter. "Esperava-se o esporte como um fenômeno de congregação internacional e se tornou um fato de acirramento da competição". Em Berlim-1936, por exemplo, o regime de Adolf Hitler tentou usar os Jogos para legitimar o nazismo com o sucesso dos atletas alemães. Na Guerra Fria, os EUA boicotaram os jogos de Moscou-1980, enquanto a União Soviética não foi a Los Angeles-1984. "Além da corrida espacial, havia também uma corrida esportiva", declara Velasco. POTÊNCIA POLÍTICA Na atualidade, a disputa ocorre também na "corrida científica" de preparação dos atletas olímpicos, segundo Mielniczuk, da ESPM-Sul. "O vencedor nas medalhas é associado, corretamente, à potência econômica e política". De acordo com ele, como o relatório da Wada indica que a Rússia usou doping nos Jogos de Inverno em Socchi-14, o entendimento da comunidade internacional é que o país teria utilizado o esquema das substâncias para sair melhor na disputa. O caminho antidoping "É como se a tentativa de associar a classe política da Rússia à criminalidade e ao autoritarismo se confirmasse", declara Mielniczuk. Para evitar especulações do tipo, Almeida afirma que o governo Putin deveria ter mais iniciativa em esclarecer os casos de doping. Segundo ele, porém, isso não aconteceu porque poderia prejudicar a estabilidade do premiê dentro do país. "Houve certa tolerância. O governo russo poderia intervir quando surgiram as denúncias", afirma. No entanto, a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) de não banir a Rússia e delegar às federações esportivas o poder de decidir sobre os casos de doping amenizou o embate, segundo Almeida. Ele afirma que não há, por consequência do relatório, uma punição direta aos russos. "O COI foi bastante diplomático em tratar do caso de doping", diz. Vitali Mutko, ministro dos Esportes russo, declarou estar agradecido pela decisão do COI, mas também afirmou que vê fundo político na tentativa de excluir seu país. "É uma decisão subjetiva, tanto política como sem base jurídica." Thomas Bach, presidente do COI, tem tentado diminuir o impacto negativo do escândalo de doping sobre a imagem dos Jogos. Ao cobrar a Wada a ser mais rigorosa, disse que o caso não é de responsabilidade do Comitê. Nesta quinta-feira (4), as federações internacionais de boxe, golfe, ginástica e handebol decidiram que manterão os atletas da Rússia na Olimpíada. Elas negaram que os esportistas tenham feito uso de doping. Até este momento, 113 de 364 atletas da delegação russa foram excluídos por suspeita de utilizar as substâncias. Doping na Russia
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Banco Central prevê retração de 1,1% na economia e inflação de 9% em 2015
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O Banco Central espera uma retração de 1,1% da economia brasileira em 2015. Há três meses, a instituição projetava queda do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,5%. A estimativa de retração divulgada no Orçamento do ano é de 1,2%. A projeção do mercado pela pesquisa Focus é de queda de 1,45%. A instituição também elevou a projeção de inflação medida pelo IPCA (índice de preços ao consumidor) para o ano de 7,9% para 9,0%, maior valor desde 2003 (9,3%), acima do teto da meta, de 6,5%. Para 2016, a previsão passou de 4,9% para 4,8%. Em junho de 2017, segundo o BC, a inflação ao centro da meta de 4,5%. O objetivo da instituição é alcançar esse valor em dezembro do próximo ano. As estimativas consideram a taxa básica de juros atual, de 13,75% ao ano, e um dólar cotado a R$ 3,10. Os dados fazem parte do Relatório Trimestral de Inflação do BC, divulgado nesta quarta-feira (24). A instituição tem sinalizado que continuará a subir a taxa básica de juros até que sua projeção para o IPCA de 2016 esteja em 4,5%, que é o centro da meta de inflação. A meta tem um intervalo de tolerância que vai até 6,5%. Quando esse valor é superado, o BC precisa divulgar uma carta aberta ao Ministério da Fazenda para explicar o motivo de não ter cumprido o objetivo fixado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), formado por BC, Fazenda e Ministério do Planejamento. A chance de estouro da meta em 2015, segundo o BC, é de cerca de 99%. O BC também projetou a inflação utilizando as expectativas do mercado para juros e câmbio. As previsões dos analistas são de um dólar mais caro ao longo do período e de uma taxa básica que chegaria a 14% ao ano no fim de 2015, para depois cair para 12% em 2016. Nesse caso, a inflação ficaria em 9,1% no fim de 2015, 5,1% em dezembro de 2016 e 4,8% em junho de 2017, segundo cálculo do BC. Infográfico Projeções para 2015 - Crédito: Editoria de Arte/Folhapress DESEMPREGO Apesar dos dados recentes que mostram aumento do desemprego e queda na renda, o BC afirma que ainda prevalece risco "significativo" de aumentos de salários incompatíveis com o crescimento da produtividade, com repercussões negativas sobre a inflação. "Moderação salarial constitui elemento-chave para a obtenção de um ambiente macroeconômico com estabilidade de preços", diz o BC no relatório. "A dinâmica salarial ainda permanece originando pressões inflacionárias de custos." Segundo o BC, depois de um período necessário de ajustes, o ritmo de atividade tende a se intensificar, na medida em que a confiança de firmas e famílias se fortalecer. Esses ajustes, entre eles a alta dos juros, são necessários para que "as taxas de crescimento do PIB potencial e efetivo retomem patamares mais elevados". O BC diz ainda que aumentou a possibilidade de queda da inflação, hoje em 8,47%, para 4,5% no final de 2016. "Contudo, os avanços alcançados no combate à inflação (...) ainda não se mostram suficientes. Nesse contexto, o Copom reafirma que a política monetária deve manter-se vigilante", diz a instituição indicando que haverá novos aumentos de juros.
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Banco Central prevê retração de 1,1% na economia e inflação de 9% em 2015O Banco Central espera uma retração de 1,1% da economia brasileira em 2015. Há três meses, a instituição projetava queda do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,5%. A estimativa de retração divulgada no Orçamento do ano é de 1,2%. A projeção do mercado pela pesquisa Focus é de queda de 1,45%. A instituição também elevou a projeção de inflação medida pelo IPCA (índice de preços ao consumidor) para o ano de 7,9% para 9,0%, maior valor desde 2003 (9,3%), acima do teto da meta, de 6,5%. Para 2016, a previsão passou de 4,9% para 4,8%. Em junho de 2017, segundo o BC, a inflação ao centro da meta de 4,5%. O objetivo da instituição é alcançar esse valor em dezembro do próximo ano. As estimativas consideram a taxa básica de juros atual, de 13,75% ao ano, e um dólar cotado a R$ 3,10. Os dados fazem parte do Relatório Trimestral de Inflação do BC, divulgado nesta quarta-feira (24). A instituição tem sinalizado que continuará a subir a taxa básica de juros até que sua projeção para o IPCA de 2016 esteja em 4,5%, que é o centro da meta de inflação. A meta tem um intervalo de tolerância que vai até 6,5%. Quando esse valor é superado, o BC precisa divulgar uma carta aberta ao Ministério da Fazenda para explicar o motivo de não ter cumprido o objetivo fixado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), formado por BC, Fazenda e Ministério do Planejamento. A chance de estouro da meta em 2015, segundo o BC, é de cerca de 99%. O BC também projetou a inflação utilizando as expectativas do mercado para juros e câmbio. As previsões dos analistas são de um dólar mais caro ao longo do período e de uma taxa básica que chegaria a 14% ao ano no fim de 2015, para depois cair para 12% em 2016. Nesse caso, a inflação ficaria em 9,1% no fim de 2015, 5,1% em dezembro de 2016 e 4,8% em junho de 2017, segundo cálculo do BC. Infográfico Projeções para 2015 - Crédito: Editoria de Arte/Folhapress DESEMPREGO Apesar dos dados recentes que mostram aumento do desemprego e queda na renda, o BC afirma que ainda prevalece risco "significativo" de aumentos de salários incompatíveis com o crescimento da produtividade, com repercussões negativas sobre a inflação. "Moderação salarial constitui elemento-chave para a obtenção de um ambiente macroeconômico com estabilidade de preços", diz o BC no relatório. "A dinâmica salarial ainda permanece originando pressões inflacionárias de custos." Segundo o BC, depois de um período necessário de ajustes, o ritmo de atividade tende a se intensificar, na medida em que a confiança de firmas e famílias se fortalecer. Esses ajustes, entre eles a alta dos juros, são necessários para que "as taxas de crescimento do PIB potencial e efetivo retomem patamares mais elevados". O BC diz ainda que aumentou a possibilidade de queda da inflação, hoje em 8,47%, para 4,5% no final de 2016. "Contudo, os avanços alcançados no combate à inflação (...) ainda não se mostram suficientes. Nesse contexto, o Copom reafirma que a política monetária deve manter-se vigilante", diz a instituição indicando que haverá novos aumentos de juros.
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Obama anuncia fim do embargo de venda de armas ao Vietnã
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O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou nesta segunda-feira (23) o fim dos 50 anos de embargo à venda de armamento americano ao Vietnã, um dos últimos vestígios da guerra entre os dois países (1955-1975). Além do fator histórico da medida, a retirada da limitação acontece no momento em que os Estados Unidos reforçam sua presença na Ásia devido ao aumento dos gastos militares e das disputas territoriais da China. O anúncio foi feito em Hanói, durante visita com o presidente vietnamita Tran Dai Quang. Em entrevista coletiva após o encontro, Obama negou que o fim do embargo tenha sido em reação a Pequim. "A decisão de acabar com o embargo está baseada no desejo de completar o que tem sido um longo processo de normalização. Na atual fase, desenvolvemos um nível de confiança e cooperação que inclui nossos militares". Antes da queda das restrições, o Vietnã comprava a maior parte de seu armamento militar da Rússia, parceira desde a União Soviética. O país comunista reatou as relações com os EUA em 1995, 20 anos depois do fim da guerra. Analistas de segurança e adidos militares asiáticos esperam que a primeira compra vietnamita nos Estados Unidos seja de equipamentos para melhorar a cobertura de radares, drones e de um avião de patrulhamento P-3 Orion. Apesar de ter relações com o Partido Comunista chinês, o país é um dos afetados pelas reivindicações de soberania de Pequim no mar do Sul da China. Na região, as autoridades chinesas constroem ilhas para marcar território. DIREITOS HUMANOS Segundo Obama, a venda de armas só será autorizada se o Vietnã se comprometer a não cometer violações de direitos humanos e cada compra será avaliada e autorizada pelos Estados Unidos caso a caso. Está previsto na agenda de Obama um encontro com ativistas da oposição ao regime vietnamita na terça (24). Apesar de nos últimos anos o país ter oferecido maior abertura, a repressão a seus dissidentes continua. A decisão foi tomada após intenso debate dentro do governo americano. A maior preocupação era que, com o fim do embargo, as autoridades vietnamitas continuassem a cometer as violações e não fizessem as reformas políticas. O diretor da ONG Human Rights Watch para a Ásia, Phil Robertson, disse que o Vietnã vai continuar a prender ativistas de direitos humanos, jornalistas e blogueiros nas ruas e em suas casas. "De uma só vez, o presidente Obama descartou o que sobrava das ferramentas que os Estados Unidos tinham para forçar o Vietnã a melhorar a questão dos direitos humanos sem receber nada por isso", disse. Na parte comercial, o Vietnã acertou a compra de cem aviões da Boeing para a companhia VietJet, avaliada em US$ 11,3 bilhões (R$ 39,6 bilhões). Obama disse ter confiança também nos benefícios da Parceria Transpacífico. Junto com o presidente vietnamita, o americano reiterou sua esperança de que ela seja aprovada pelo Congresso, onde encontra forte resistência. "Continuo confiante e a razão pela qual permaneço confiante é que é o correto", disse. Os 12 países signatários do acordo são Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura, Estados Unidos e Vietnã. Representam 40% da economia mundial.
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mundo
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Obama anuncia fim do embargo de venda de armas ao VietnãO presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou nesta segunda-feira (23) o fim dos 50 anos de embargo à venda de armamento americano ao Vietnã, um dos últimos vestígios da guerra entre os dois países (1955-1975). Além do fator histórico da medida, a retirada da limitação acontece no momento em que os Estados Unidos reforçam sua presença na Ásia devido ao aumento dos gastos militares e das disputas territoriais da China. O anúncio foi feito em Hanói, durante visita com o presidente vietnamita Tran Dai Quang. Em entrevista coletiva após o encontro, Obama negou que o fim do embargo tenha sido em reação a Pequim. "A decisão de acabar com o embargo está baseada no desejo de completar o que tem sido um longo processo de normalização. Na atual fase, desenvolvemos um nível de confiança e cooperação que inclui nossos militares". Antes da queda das restrições, o Vietnã comprava a maior parte de seu armamento militar da Rússia, parceira desde a União Soviética. O país comunista reatou as relações com os EUA em 1995, 20 anos depois do fim da guerra. Analistas de segurança e adidos militares asiáticos esperam que a primeira compra vietnamita nos Estados Unidos seja de equipamentos para melhorar a cobertura de radares, drones e de um avião de patrulhamento P-3 Orion. Apesar de ter relações com o Partido Comunista chinês, o país é um dos afetados pelas reivindicações de soberania de Pequim no mar do Sul da China. Na região, as autoridades chinesas constroem ilhas para marcar território. DIREITOS HUMANOS Segundo Obama, a venda de armas só será autorizada se o Vietnã se comprometer a não cometer violações de direitos humanos e cada compra será avaliada e autorizada pelos Estados Unidos caso a caso. Está previsto na agenda de Obama um encontro com ativistas da oposição ao regime vietnamita na terça (24). Apesar de nos últimos anos o país ter oferecido maior abertura, a repressão a seus dissidentes continua. A decisão foi tomada após intenso debate dentro do governo americano. A maior preocupação era que, com o fim do embargo, as autoridades vietnamitas continuassem a cometer as violações e não fizessem as reformas políticas. O diretor da ONG Human Rights Watch para a Ásia, Phil Robertson, disse que o Vietnã vai continuar a prender ativistas de direitos humanos, jornalistas e blogueiros nas ruas e em suas casas. "De uma só vez, o presidente Obama descartou o que sobrava das ferramentas que os Estados Unidos tinham para forçar o Vietnã a melhorar a questão dos direitos humanos sem receber nada por isso", disse. Na parte comercial, o Vietnã acertou a compra de cem aviões da Boeing para a companhia VietJet, avaliada em US$ 11,3 bilhões (R$ 39,6 bilhões). Obama disse ter confiança também nos benefícios da Parceria Transpacífico. Junto com o presidente vietnamita, o americano reiterou sua esperança de que ela seja aprovada pelo Congresso, onde encontra forte resistência. "Continuo confiante e a razão pela qual permaneço confiante é que é o correto", disse. Os 12 países signatários do acordo são Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura, Estados Unidos e Vietnã. Representam 40% da economia mundial.
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Prass pega pênalti, Palmeiras bate o Corinthians e fica perto da vaga
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Com um pênalti defendido por Fernando Prass e um gol de Dudu, o Palmeiras venceu o Corinthians por 1 a 0, no Pacaembu, e quebrou um jejum de oito anos sem vencer o rival pelo Campeonato Paulista no tempo normal de jogo —em 2015 o time ganhou nos pênaltis. O único gol do jogo saiu logo após o goleiro da equipe alviverde pegar a cobrança de pênalti de Lucca, aos 32min. Após a defesa, a torcida se empolgou e Dudu aproveitou uma confusão na área adversária para marcar de cabeça. A equipe comandada por Cuca ainda teve a chance de marcar mais um no fim de jogo. Aos 39min, Dudu chutou cruzado e a bola ia entrando no gol, mas Gabriel Jesus completou e o árbitro marcou impedimento. Com o resultado, o Palmeiras ficou próximo da classificação para as quartas de final da competição. A equipe assumiu a liderança provisória do Grupo B com 21 pontos e depende apenas de uma vitória na próxima rodada, quando enfrenta o Mogi Mirim fora de casa, para avançar. O time ainda pode ser ultrapassado pelo Ituano, que enfrenta o Mogi Mirim ainda hoje. Já o Corinthians segue na liderança do Grupo D com 32 pontos contra 22 do Red Bull, que perdeu para o São Bernardo por 3 a 2 neste domingo. Antes do confronto pelo Paulista, o time de Cuca visita o Rosario Central, na quarta-feira, pela Copa Libertadores da América. Já o Corinthians entra em campo pelo Estadual também no domingo —enfrenta o Novorizontino. Antes, recebe o Santa Fé na quarta pela competição continental. Veja vídeo O JOGO O Palmeiras mudou a forma de jogar e surpreendeu o time do Corinthians nos primeiros 20 minutos de jogo. Com a formação 4-4-2, a equipe comandada pelo técnico Cuca pressionou a saída de bola corintiana e por pouco não abriu o placar com um minuto de jogo. Jean, porém, não aproveitou e chutou longe. O time alviverde continuou pressionando a saída de bola, mas em um descuido quase levou o primeiro gol. No contra-ataque, aos 16min, Giovanni Augusto acionou Lucca na grande área. O atacante bateu cruzado de primeira e quase surpreendeu o goleiro Fernando Prass. Cinco minutos depois, os palmeirenses responderam. Após boa troca de passes no meio de campo, Gabriel Jesus recebeu um passe longo e chutou forte. Cássio espalmou para escanteio. A partir daí, o jogo passou a ser mais trabalhado no meio de campo e os jogadores não arriscaram tanto. A outra boa chance de gol veio aparecer somente aos 45 min. Robinho cobrou uma falta lateral direto para o gol, mas o goleiro do Corinthians socou para longe. O começo da etapa final começou bem parecido com o início do primeiro tempo. O Palmeiras pressionou a saída de bola corintiana, que ficou sem qualidade no meio de campo. Tite percebeu isso e sacou Elias para colocar o jovem Maycon. Um minuto após a substituição, o Palmeiras teve a melhor oportunidade do jogo. Aos 9 minutos, Gabriel Jesus cruzou para Alecsandro na pequena área, o atacante se esticou e Cássio defendeu praticamente em cima da linha. O Palmeiras continuou pressionando, mas aos 27min o Corinthians teve um pênalti cometido por Thiago Martins em Giovanni Augusto. Lucca bateu e Fernando Prass defendeu. No lance seguinte, o Palmeiras abriu o placar com Dudu. O atacante aproveitou uma bagunça na grande área e, de cabeça, fez o gol palmeirense. A equipe conseguiu manter a vantagem e venceu a segunda partida consecutiva. Tabela e resultados do Campeonato Paulista 2016
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Prass pega pênalti, Palmeiras bate o Corinthians e fica perto da vagaCom um pênalti defendido por Fernando Prass e um gol de Dudu, o Palmeiras venceu o Corinthians por 1 a 0, no Pacaembu, e quebrou um jejum de oito anos sem vencer o rival pelo Campeonato Paulista no tempo normal de jogo —em 2015 o time ganhou nos pênaltis. O único gol do jogo saiu logo após o goleiro da equipe alviverde pegar a cobrança de pênalti de Lucca, aos 32min. Após a defesa, a torcida se empolgou e Dudu aproveitou uma confusão na área adversária para marcar de cabeça. A equipe comandada por Cuca ainda teve a chance de marcar mais um no fim de jogo. Aos 39min, Dudu chutou cruzado e a bola ia entrando no gol, mas Gabriel Jesus completou e o árbitro marcou impedimento. Com o resultado, o Palmeiras ficou próximo da classificação para as quartas de final da competição. A equipe assumiu a liderança provisória do Grupo B com 21 pontos e depende apenas de uma vitória na próxima rodada, quando enfrenta o Mogi Mirim fora de casa, para avançar. O time ainda pode ser ultrapassado pelo Ituano, que enfrenta o Mogi Mirim ainda hoje. Já o Corinthians segue na liderança do Grupo D com 32 pontos contra 22 do Red Bull, que perdeu para o São Bernardo por 3 a 2 neste domingo. Antes do confronto pelo Paulista, o time de Cuca visita o Rosario Central, na quarta-feira, pela Copa Libertadores da América. Já o Corinthians entra em campo pelo Estadual também no domingo —enfrenta o Novorizontino. Antes, recebe o Santa Fé na quarta pela competição continental. Veja vídeo O JOGO O Palmeiras mudou a forma de jogar e surpreendeu o time do Corinthians nos primeiros 20 minutos de jogo. Com a formação 4-4-2, a equipe comandada pelo técnico Cuca pressionou a saída de bola corintiana e por pouco não abriu o placar com um minuto de jogo. Jean, porém, não aproveitou e chutou longe. O time alviverde continuou pressionando a saída de bola, mas em um descuido quase levou o primeiro gol. No contra-ataque, aos 16min, Giovanni Augusto acionou Lucca na grande área. O atacante bateu cruzado de primeira e quase surpreendeu o goleiro Fernando Prass. Cinco minutos depois, os palmeirenses responderam. Após boa troca de passes no meio de campo, Gabriel Jesus recebeu um passe longo e chutou forte. Cássio espalmou para escanteio. A partir daí, o jogo passou a ser mais trabalhado no meio de campo e os jogadores não arriscaram tanto. A outra boa chance de gol veio aparecer somente aos 45 min. Robinho cobrou uma falta lateral direto para o gol, mas o goleiro do Corinthians socou para longe. O começo da etapa final começou bem parecido com o início do primeiro tempo. O Palmeiras pressionou a saída de bola corintiana, que ficou sem qualidade no meio de campo. Tite percebeu isso e sacou Elias para colocar o jovem Maycon. Um minuto após a substituição, o Palmeiras teve a melhor oportunidade do jogo. Aos 9 minutos, Gabriel Jesus cruzou para Alecsandro na pequena área, o atacante se esticou e Cássio defendeu praticamente em cima da linha. O Palmeiras continuou pressionando, mas aos 27min o Corinthians teve um pênalti cometido por Thiago Martins em Giovanni Augusto. Lucca bateu e Fernando Prass defendeu. No lance seguinte, o Palmeiras abriu o placar com Dudu. O atacante aproveitou uma bagunça na grande área e, de cabeça, fez o gol palmeirense. A equipe conseguiu manter a vantagem e venceu a segunda partida consecutiva. Tabela e resultados do Campeonato Paulista 2016
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Influência da Arábia Saudita cresce com tropeço de vizinhos
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CAIRO - Os governantes da Arábia Saudita tremeram quando a Primavera Árabe eclodiu, há quatro anos. Mas, longe de prejudicar a dinastia local, o caos subsequente parece ter alçado a monarquia a um poderio inigualável. No momento em que um novo rei assume o trono, o autoritarismo voltado para a estabilidade, adotado pelos sauditas, volta a ganhar força em países como Tunísia, Egito e Bahrein. Os militantes islâmicos que os sauditas outrora temeram estão em fuga. O problema, dizem os analistas, é que a ascensão saudita é em grande parte um subproduto da debilidade dos Estados ao seu redor, incluindo Iraque, Egito, Síria, Iêmen, Líbia, Bahrein e Tunísia. Os sauditas estão sustentando o Bahrein e lutando em prol do governo de Bagdá. Bilhões de dólares do reino ajudam governos amigos no Egito e na Jordânia. Milícias financiadas por Riad lutam na Líbia, e os veículos de comunicação de propriedade saudita oferecem um apoio crucial às facções favorecidas pelo reino na Tunísia e em outros lugares. A monarquia soma algumas vitórias, como o governo instalado pelos militares no Cairo e o governo eleito na Tunísia. Mas os esforços não resultaram em qualquer sinal de estabilização na Síria, no Iraque e na Líbia. A transição no Iêmen, apoiada pelos sauditas, desmoronou, deixando rebeldes pró-Irã no comando da capital. Por se tratar de uma monarquia absolutista, o fato de a Arábia Saudita liderar o esforço de reformulação regional é um resultado inesperado da Primavera Árabe. "É irônico ou anacrônico se visto de fora", especialmente para quem "acredita que a região precisa urgentemente de democracia", disse Gamal Abdel Gawad, pesquisador do Centro Al-Ahram de Estudos Estratégicos e Internacionais, instituição do Cairo financiada pelo governo egípcio. "Os últimos quatro anos depuseram contra isso e se a região precisa sobretudo de estabilidade, gestão eficaz e recursos -e tudo isso a Arábia Saudita tem-, então faz sentido que ela desempenhe um papel de liderança". O rei Abdullah morreu em 23 de janeiro sentindo-se reconhecido, segundo analistas e diplomatas. Robert Jordan, ex-embaixador dos EUA na Arábia Saudita, disse que, numa visita à corte real anos atrás, agradeceu o monarca "por não ter dito: 'Eu bem que avisei'". O rei apenas deu uma risadinha. "Porque a verdade é que ele disse 'eu bem que avisei' muitas vezes". Entre as queixas do rei, segundo Jordan, estiveram a urgência do governo George W. Bush em promover a democracia, o vácuo deixado pela retirada americana do Iraque, a adesão de Obama às revoltas da Primavera Árabe e, em especial, o descumprimento das ameaças de intevenção militar contra o regime sírio. Como na Síria, a monarquia saudita -agora liderada pelo rei Salman- manteve sob controle as tensões sectárias entre a minoria xiita e seus soberanos sunitas. O Egito, o país árabe mais populoso, foi considerado por muito tempo como o líder dessa região. Mas, quando a revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak, em 2011, mergulhou o Egito na turbulência, a Arábia Saudita "assumiu as suas responsabilidades", segundo Abdel Gawad. Os governantes sauditas discretamente lastimaram a subsequente eleição da Irmandade Muçulmana. Quando Abdel Fattah al-Sisi, então general e ex-adido militar na Arábia Saudita, liderou um golpe militar em 2013, o reino se tornou seu principal patrocinador, fornecendo mais de US$ 12 bilhões (R$ 30,84 bilhões). Atualmente, a Arábia Saudita, junto com os Emirados Árabes Unidos, está empenhada em sustentar o governo de Sisi com bilhões de dólares em ajuda. "Eles estão prontos para respaldar a economia egípcia por muito tempo, porque o custo estratégico do fracasso representaria um ônus ainda maior em caso de colapso egípcio", disse Mustafa Alani, analista do Centro de Pesquisas do Golfo. Além do papel da Arábia Saudita no Bahrein e no Iraque, o reino acolhe os esforços americanos de treinar rebeldes sírios. O canal Al Arabiya e outros meios de comunicação regionais cobrem de forma simpática as facções contrárias à Irmandade Muçulmana nos países da região. E Riad fornece apoio indireto aos combatentes da facção antijihadista que luta pelo poder na Líbia, por intermédio do Egito e dos Emirados Árabes Unidos. Na Tunísia, como observou Alani, os sauditas contribuíram financeiramente para a estabilização do governo e declararam publicamente seu "apoio moral" aos líderes que derrotaram o partido islâmico nas eleições. A Arábia Saudita virou líder porque "foi capaz de suportar a tempestade", disse o analista. "Então, agora eles sentem que 'sim, sobrevivemos, ótimo, mas precisamos estabilizar o entorno se quisermos sobreviver'." Toby Jones, historiador da Universidade Rutgers, disse que é cedo demais para avaliações. "Eles estão apoiando os mesmos personagens que os deixaram numa posição vulnerável", disse, referindo-se à Primavera Árabe, que sacudiu a região, em 2011. "Isso só faz o relógio voltar." Tradução de RODRIGO LEITE
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Influência da Arábia Saudita cresce com tropeço de vizinhosCAIRO - Os governantes da Arábia Saudita tremeram quando a Primavera Árabe eclodiu, há quatro anos. Mas, longe de prejudicar a dinastia local, o caos subsequente parece ter alçado a monarquia a um poderio inigualável. No momento em que um novo rei assume o trono, o autoritarismo voltado para a estabilidade, adotado pelos sauditas, volta a ganhar força em países como Tunísia, Egito e Bahrein. Os militantes islâmicos que os sauditas outrora temeram estão em fuga. O problema, dizem os analistas, é que a ascensão saudita é em grande parte um subproduto da debilidade dos Estados ao seu redor, incluindo Iraque, Egito, Síria, Iêmen, Líbia, Bahrein e Tunísia. Os sauditas estão sustentando o Bahrein e lutando em prol do governo de Bagdá. Bilhões de dólares do reino ajudam governos amigos no Egito e na Jordânia. Milícias financiadas por Riad lutam na Líbia, e os veículos de comunicação de propriedade saudita oferecem um apoio crucial às facções favorecidas pelo reino na Tunísia e em outros lugares. A monarquia soma algumas vitórias, como o governo instalado pelos militares no Cairo e o governo eleito na Tunísia. Mas os esforços não resultaram em qualquer sinal de estabilização na Síria, no Iraque e na Líbia. A transição no Iêmen, apoiada pelos sauditas, desmoronou, deixando rebeldes pró-Irã no comando da capital. Por se tratar de uma monarquia absolutista, o fato de a Arábia Saudita liderar o esforço de reformulação regional é um resultado inesperado da Primavera Árabe. "É irônico ou anacrônico se visto de fora", especialmente para quem "acredita que a região precisa urgentemente de democracia", disse Gamal Abdel Gawad, pesquisador do Centro Al-Ahram de Estudos Estratégicos e Internacionais, instituição do Cairo financiada pelo governo egípcio. "Os últimos quatro anos depuseram contra isso e se a região precisa sobretudo de estabilidade, gestão eficaz e recursos -e tudo isso a Arábia Saudita tem-, então faz sentido que ela desempenhe um papel de liderança". O rei Abdullah morreu em 23 de janeiro sentindo-se reconhecido, segundo analistas e diplomatas. Robert Jordan, ex-embaixador dos EUA na Arábia Saudita, disse que, numa visita à corte real anos atrás, agradeceu o monarca "por não ter dito: 'Eu bem que avisei'". O rei apenas deu uma risadinha. "Porque a verdade é que ele disse 'eu bem que avisei' muitas vezes". Entre as queixas do rei, segundo Jordan, estiveram a urgência do governo George W. Bush em promover a democracia, o vácuo deixado pela retirada americana do Iraque, a adesão de Obama às revoltas da Primavera Árabe e, em especial, o descumprimento das ameaças de intevenção militar contra o regime sírio. Como na Síria, a monarquia saudita -agora liderada pelo rei Salman- manteve sob controle as tensões sectárias entre a minoria xiita e seus soberanos sunitas. O Egito, o país árabe mais populoso, foi considerado por muito tempo como o líder dessa região. Mas, quando a revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak, em 2011, mergulhou o Egito na turbulência, a Arábia Saudita "assumiu as suas responsabilidades", segundo Abdel Gawad. Os governantes sauditas discretamente lastimaram a subsequente eleição da Irmandade Muçulmana. Quando Abdel Fattah al-Sisi, então general e ex-adido militar na Arábia Saudita, liderou um golpe militar em 2013, o reino se tornou seu principal patrocinador, fornecendo mais de US$ 12 bilhões (R$ 30,84 bilhões). Atualmente, a Arábia Saudita, junto com os Emirados Árabes Unidos, está empenhada em sustentar o governo de Sisi com bilhões de dólares em ajuda. "Eles estão prontos para respaldar a economia egípcia por muito tempo, porque o custo estratégico do fracasso representaria um ônus ainda maior em caso de colapso egípcio", disse Mustafa Alani, analista do Centro de Pesquisas do Golfo. Além do papel da Arábia Saudita no Bahrein e no Iraque, o reino acolhe os esforços americanos de treinar rebeldes sírios. O canal Al Arabiya e outros meios de comunicação regionais cobrem de forma simpática as facções contrárias à Irmandade Muçulmana nos países da região. E Riad fornece apoio indireto aos combatentes da facção antijihadista que luta pelo poder na Líbia, por intermédio do Egito e dos Emirados Árabes Unidos. Na Tunísia, como observou Alani, os sauditas contribuíram financeiramente para a estabilização do governo e declararam publicamente seu "apoio moral" aos líderes que derrotaram o partido islâmico nas eleições. A Arábia Saudita virou líder porque "foi capaz de suportar a tempestade", disse o analista. "Então, agora eles sentem que 'sim, sobrevivemos, ótimo, mas precisamos estabilizar o entorno se quisermos sobreviver'." Toby Jones, historiador da Universidade Rutgers, disse que é cedo demais para avaliações. "Eles estão apoiando os mesmos personagens que os deixaram numa posição vulnerável", disse, referindo-se à Primavera Árabe, que sacudiu a região, em 2011. "Isso só faz o relógio voltar." Tradução de RODRIGO LEITE
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Com força do sul, Hillary triunfa entre democratas na Superterça
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Com projeções indicando vitórias importantes na maioria dos 11 Estados e um território que realizaram prévias democratas nesta terça (1), a pré-candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton disparou na frente do senador Bernie Sanders e já mira aquele que vê como seu provável adversário republicano nas eleições gerais, em novembro, Donald Trump. Hillary teve vitórias folgadas no cinturão negro no sul do país, repetindo o cenário que alavancou a vitória de Barack Obama, em 2008. Ela ganhou no Alabama, na Geórgia, no Tennessee e no Arkansas (dias antes, vencera na Carolina do Sul). Foi a preferida ainda nos populosos Texas e Virgínia, Estados de peso na convenção partidária, além do progressista Massachusetts, onde obteve a menor margem. A ex-secretária de Estado conquistou 441 delegados na votação desta terça, acumulando um total de 989 delegados quando se somam os resultados das prévias anteriores e o apoio que tem entre os superdelegados (membros do partido que votam na convenção sem seguir as urnas). São necessários 2.382 votos para conquistar a candidatura democrata. Sanders, até agora, soma ao menos 349 votos entre delegados e superdelegados. O senador venceu em Vermont, seu reduto, em Oklahoma, em Minnesotta e no Colorado, Estados menos populosos e de população predominantemente brancos. Ciente da desvantagem entre minorias, Sanders fez uma campanha menos intensa na região. Sua equipe argumenta que as próximas prévias prometem resultados mais favoráveis no norte o país, como Michigan, onde sua mensagem contra a desigualdade econômica ressoa. A Superterça, rodada de prévias simultâneas em mais de dez Estados, é decisiva porque define o maior número de delegados, 859, em um só dia de toda a corrida. FOGO CRUZADO Em discurso em Miami, na Flórida, Estado que promove prévias no próximo dia 15 e alvo da cobiça maior dos candidatos devido a seu peso eleitoral, Hillary se voltou à classe média, prometendo aumentos nos salários e melhorias na educação. E, de novo, alfinetou Trump. "Está claro que os riscos nessa eleição nunca foram tão altos. E a retórica que ouvimos do outro lado nunca esteve tão baixa", declarou. "Sabemos que temos trabalho a fazer. Não é fazer a América grandiosa outra vez —a América nunca deixou de ser grandiosa. Temos que unir a América", afirmou, em alusão ao slogan de campanha de Trump, "fazer a América grandiosa outra vez". Prévia da Eleição nos EUA Disputa pela Casa Branca A pré-candidata moldou seu discurso para a classe média trabalhadora e apelou às minorias, repetindo inúmeras vezes que era necessário "derrubar barreiras". Sanders, em comício na cidade de Essex Junction (Vermont), vizinha a Burlington, onde foi prefeito nos anos 1980, disse que não desacelerará o ritmo. "Sei que Hillary e o 'establishment' acham que penso grande demais. Eu não acho", afirmou. Em um comício no qual cantou e dançou para a plateia, prometendo conquistar "centenas de delegados", Sanders afirmou que sua campanha não é "apenas para eleger presidente, mas para transformar os EUA" e viabilizar a "revolução política". A campanha do senador ainda mostra fôlego entre os seus apoiadores. Só em fevereiro, mais de US$ 40 milhões foram doados, soma maior que a arrecadada por Hillary, que reconheceu a diferença, sem revelar seu total.
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Com força do sul, Hillary triunfa entre democratas na SuperterçaCom projeções indicando vitórias importantes na maioria dos 11 Estados e um território que realizaram prévias democratas nesta terça (1), a pré-candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton disparou na frente do senador Bernie Sanders e já mira aquele que vê como seu provável adversário republicano nas eleições gerais, em novembro, Donald Trump. Hillary teve vitórias folgadas no cinturão negro no sul do país, repetindo o cenário que alavancou a vitória de Barack Obama, em 2008. Ela ganhou no Alabama, na Geórgia, no Tennessee e no Arkansas (dias antes, vencera na Carolina do Sul). Foi a preferida ainda nos populosos Texas e Virgínia, Estados de peso na convenção partidária, além do progressista Massachusetts, onde obteve a menor margem. A ex-secretária de Estado conquistou 441 delegados na votação desta terça, acumulando um total de 989 delegados quando se somam os resultados das prévias anteriores e o apoio que tem entre os superdelegados (membros do partido que votam na convenção sem seguir as urnas). São necessários 2.382 votos para conquistar a candidatura democrata. Sanders, até agora, soma ao menos 349 votos entre delegados e superdelegados. O senador venceu em Vermont, seu reduto, em Oklahoma, em Minnesotta e no Colorado, Estados menos populosos e de população predominantemente brancos. Ciente da desvantagem entre minorias, Sanders fez uma campanha menos intensa na região. Sua equipe argumenta que as próximas prévias prometem resultados mais favoráveis no norte o país, como Michigan, onde sua mensagem contra a desigualdade econômica ressoa. A Superterça, rodada de prévias simultâneas em mais de dez Estados, é decisiva porque define o maior número de delegados, 859, em um só dia de toda a corrida. FOGO CRUZADO Em discurso em Miami, na Flórida, Estado que promove prévias no próximo dia 15 e alvo da cobiça maior dos candidatos devido a seu peso eleitoral, Hillary se voltou à classe média, prometendo aumentos nos salários e melhorias na educação. E, de novo, alfinetou Trump. "Está claro que os riscos nessa eleição nunca foram tão altos. E a retórica que ouvimos do outro lado nunca esteve tão baixa", declarou. "Sabemos que temos trabalho a fazer. Não é fazer a América grandiosa outra vez —a América nunca deixou de ser grandiosa. Temos que unir a América", afirmou, em alusão ao slogan de campanha de Trump, "fazer a América grandiosa outra vez". Prévia da Eleição nos EUA Disputa pela Casa Branca A pré-candidata moldou seu discurso para a classe média trabalhadora e apelou às minorias, repetindo inúmeras vezes que era necessário "derrubar barreiras". Sanders, em comício na cidade de Essex Junction (Vermont), vizinha a Burlington, onde foi prefeito nos anos 1980, disse que não desacelerará o ritmo. "Sei que Hillary e o 'establishment' acham que penso grande demais. Eu não acho", afirmou. Em um comício no qual cantou e dançou para a plateia, prometendo conquistar "centenas de delegados", Sanders afirmou que sua campanha não é "apenas para eleger presidente, mas para transformar os EUA" e viabilizar a "revolução política". A campanha do senador ainda mostra fôlego entre os seus apoiadores. Só em fevereiro, mais de US$ 40 milhões foram doados, soma maior que a arrecadada por Hillary, que reconheceu a diferença, sem revelar seu total.
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Capitão tardio, Phelps se afasta de rótulo de papa-medalhas para virar motivador
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PAULO ROBERTO CONDE DE SÃO PAULO Pela primeira vez em 16 anos de seleção norte-americana, Michael Fred Phelps II tem uma responsabilidade além de conquistar o maior número possível de medalhas. O nadador, que detém o recorde de 22 medalhas olímpicas, das quais 18 de ouro, chegou nas primeiras horas desta terça-feira (2) ao Rio de Janeiro com nova atribuição: se antes já exercia influência pelo exemplo, agora ele será um dos capitães da equipe ianque, em que pese disputar sua quinta edição olímpica. A condição de líder vai ao encontro do cotidiano atual de Phelps. Após um ciclo olímpico turbulento, no qual envolveu-se em prisão por embriaguez em outubro de 2014 (teve liberdade condicional) e reconheceu vício em bebidas e no pôquer, ele sossegou. Em maio, assistiu ao nascimento do filho, Boomer, com a modelo Nicole Johnson. Em junho, participou da seletiva olímpica de seu país com um programa mais enxuto, com classificação para três provas individuais. Se não brilhou, pôs as coisas em perspectiva para os Jogos Olímpicos. Phelps aterrissou com o restante da delegação da natação dos EUA por volta de 0h30 desta terça e seguiu diretamente para a Vila Olímpica. À tarde, expôs a nova faceta logo em seu primeiro dia no Rio. Por volta de 13h45, ele chegou com outros 44 nadadores da equipe americana ao Estádio Aquático, localizado no Parque Olímpico da Barra. Fone de ouvido nos ombros, boné azul encravado na cabeça, tentou passar despercebido enquanto dezenas de outros nadadores se acotovelavam nas raias da piscina, para um primeiro reconhecimento. O grupo se reuniu em um dos extremos do deck. Começou, então, uma espécia de preleção do astro. Phelps tomou a palavra e, por cerca de três minutos, discursou. Falou aos companheiros sobre o privilégio de participar de uma Olimpíada -a estreia dele foi em Sydney-2000, com um quinto lugar nos 200 m borboleta- e a experiência que todos estão prestes a adquirir. Depois de palavras de um dos outros capitães do time, o velocista Nathan Adrian, campeão olímpico dos 100 m livre, Phelps puxou o grito: "USA!". É uma diferença grande em relação a Mundiais e Olimpíadas passadas -o astro costumava assumir papel de liderança, mas o intensificou. Na sequência da confraternização, Phelps deixou a piscina, mas logo voltou. Trocado e de sunga com cores da bandeira norte-americana. Treinou por cerca de uma hora (entre 14h15 e 15h15), sob olhares de seu treinador, Bob Bowman. Fez atividades, em sua maioria, leves. No final da sessão, ensaiou algumas largadas do bloco de partida. Phelps deixou a piscina rapidamente, sem dar entrevistas à imprensa. Só foi abordado enquanto esperava o ônibus para retornar à Vila Olímpica, onde está hospedado. A nadadora de Comores Mohamed Nazlati pediu uma foto e foi atendida. "Não é sempre que temos chance de vê-lo. Ele foi muito gentil", afirmou o técnico da treinadora. E nem haverá outras vezes. Phelps promete se aposentar depois dos Jogos do Rio. É bem verdade que ele chegou a aposentar a touca após a Olimpíada de Londres, mas retornou um ano e meio mais tarde. Mas, aos 31 anos e com um filho a tiracolo, que inclusive virá à cidade vê-lo, é pouco provável que haja uma nova reconsideração. No Rio, ele nadará os 200 m medley, os 100 m borboleta e os 200 m borboleta -pode nadar, ainda três revezamentos. As provas de natação começarão neste sábado (6). Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
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esporte
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Capitão tardio, Phelps se afasta de rótulo de papa-medalhas para virar motivador
PAULO ROBERTO CONDE DE SÃO PAULO Pela primeira vez em 16 anos de seleção norte-americana, Michael Fred Phelps II tem uma responsabilidade além de conquistar o maior número possível de medalhas. O nadador, que detém o recorde de 22 medalhas olímpicas, das quais 18 de ouro, chegou nas primeiras horas desta terça-feira (2) ao Rio de Janeiro com nova atribuição: se antes já exercia influência pelo exemplo, agora ele será um dos capitães da equipe ianque, em que pese disputar sua quinta edição olímpica. A condição de líder vai ao encontro do cotidiano atual de Phelps. Após um ciclo olímpico turbulento, no qual envolveu-se em prisão por embriaguez em outubro de 2014 (teve liberdade condicional) e reconheceu vício em bebidas e no pôquer, ele sossegou. Em maio, assistiu ao nascimento do filho, Boomer, com a modelo Nicole Johnson. Em junho, participou da seletiva olímpica de seu país com um programa mais enxuto, com classificação para três provas individuais. Se não brilhou, pôs as coisas em perspectiva para os Jogos Olímpicos. Phelps aterrissou com o restante da delegação da natação dos EUA por volta de 0h30 desta terça e seguiu diretamente para a Vila Olímpica. À tarde, expôs a nova faceta logo em seu primeiro dia no Rio. Por volta de 13h45, ele chegou com outros 44 nadadores da equipe americana ao Estádio Aquático, localizado no Parque Olímpico da Barra. Fone de ouvido nos ombros, boné azul encravado na cabeça, tentou passar despercebido enquanto dezenas de outros nadadores se acotovelavam nas raias da piscina, para um primeiro reconhecimento. O grupo se reuniu em um dos extremos do deck. Começou, então, uma espécia de preleção do astro. Phelps tomou a palavra e, por cerca de três minutos, discursou. Falou aos companheiros sobre o privilégio de participar de uma Olimpíada -a estreia dele foi em Sydney-2000, com um quinto lugar nos 200 m borboleta- e a experiência que todos estão prestes a adquirir. Depois de palavras de um dos outros capitães do time, o velocista Nathan Adrian, campeão olímpico dos 100 m livre, Phelps puxou o grito: "USA!". É uma diferença grande em relação a Mundiais e Olimpíadas passadas -o astro costumava assumir papel de liderança, mas o intensificou. Na sequência da confraternização, Phelps deixou a piscina, mas logo voltou. Trocado e de sunga com cores da bandeira norte-americana. Treinou por cerca de uma hora (entre 14h15 e 15h15), sob olhares de seu treinador, Bob Bowman. Fez atividades, em sua maioria, leves. No final da sessão, ensaiou algumas largadas do bloco de partida. Phelps deixou a piscina rapidamente, sem dar entrevistas à imprensa. Só foi abordado enquanto esperava o ônibus para retornar à Vila Olímpica, onde está hospedado. A nadadora de Comores Mohamed Nazlati pediu uma foto e foi atendida. "Não é sempre que temos chance de vê-lo. Ele foi muito gentil", afirmou o técnico da treinadora. E nem haverá outras vezes. Phelps promete se aposentar depois dos Jogos do Rio. É bem verdade que ele chegou a aposentar a touca após a Olimpíada de Londres, mas retornou um ano e meio mais tarde. Mas, aos 31 anos e com um filho a tiracolo, que inclusive virá à cidade vê-lo, é pouco provável que haja uma nova reconsideração. No Rio, ele nadará os 200 m medley, os 100 m borboleta e os 200 m borboleta -pode nadar, ainda três revezamentos. As provas de natação começarão neste sábado (6). Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo
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Ueba! Corta a propina do Zezé!
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Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Socorro! Baixa na Vampirolândia: Serra Vampiro Anêmico pede demissão! E volta pro sarcófago! Rarará! O Serra bateu o recorde: já fazia seis meses que ele não renunciava a um cargo público! E quem o Temer vai botar no lugar do Serra? Por coerência, o Zé do Caixão! Rarará! Serra alegou problemas na coluna que o impediam de voar. Vampiro que não pode voar não serve! Rarará! O tuiteiro Henrique Rosa disse que o Serra pediu demissão para gravar nova temporada dos "Simpsons"! Como Sr. Burns, claro! Sósias! Rarará! E dor na coluna é uma desgraça mesmo! Tá com problema na coluna. RPG! Aliás, dois problemas: PGR e RPG! Rarará! E o Carnaval? É hoje! E essas marchinhas "Olha a Cabeleira do Zezé", "Maria Sapatão" e "Mulata Bossa Nova"? Detesto todas! Já eram preconceituosas na época. Prefiro as versões do "Piauí Herald". A Maria Sapatão virou Maria Delação: "Maria Delação/ Delação/ Delação/ De dia é propina/ De noite é confissão". Rarará! E a Mulata Bossa Nova virou a Petista Bossa Nova: "Petista Bossa Nova/ Caiu na Lava Jato/ E só dá ela/ ÊÊÊ/ ÉÊÊ/ É MORTADELA!". Rarará! E por que em vez de cortar a cabeleira do Zezé, não cortam a propina? "Corta a Propina do Zezé". É mais atual! "Corta a Propina do Zezé/ Será que ele é? Será que ele é? DENUNCIADO!". Rarará! É mole? É mole, mas sobe! E os blocos? Floripa não tem só DJs e Jurerê Internacional, tem também o bloco de pescadores Baiacu de Alguém. Ainda bem que é de alguém! Rarará! E direto de Fortaleza: Aí Dentro, Excelência. É o bloco do Jucá! Do Romero Suruba Jucá! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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Ueba! Corta a propina do Zezé!Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Socorro! Baixa na Vampirolândia: Serra Vampiro Anêmico pede demissão! E volta pro sarcófago! Rarará! O Serra bateu o recorde: já fazia seis meses que ele não renunciava a um cargo público! E quem o Temer vai botar no lugar do Serra? Por coerência, o Zé do Caixão! Rarará! Serra alegou problemas na coluna que o impediam de voar. Vampiro que não pode voar não serve! Rarará! O tuiteiro Henrique Rosa disse que o Serra pediu demissão para gravar nova temporada dos "Simpsons"! Como Sr. Burns, claro! Sósias! Rarará! E dor na coluna é uma desgraça mesmo! Tá com problema na coluna. RPG! Aliás, dois problemas: PGR e RPG! Rarará! E o Carnaval? É hoje! E essas marchinhas "Olha a Cabeleira do Zezé", "Maria Sapatão" e "Mulata Bossa Nova"? Detesto todas! Já eram preconceituosas na época. Prefiro as versões do "Piauí Herald". A Maria Sapatão virou Maria Delação: "Maria Delação/ Delação/ Delação/ De dia é propina/ De noite é confissão". Rarará! E a Mulata Bossa Nova virou a Petista Bossa Nova: "Petista Bossa Nova/ Caiu na Lava Jato/ E só dá ela/ ÊÊÊ/ ÉÊÊ/ É MORTADELA!". Rarará! E por que em vez de cortar a cabeleira do Zezé, não cortam a propina? "Corta a Propina do Zezé". É mais atual! "Corta a Propina do Zezé/ Será que ele é? Será que ele é? DENUNCIADO!". Rarará! É mole? É mole, mas sobe! E os blocos? Floripa não tem só DJs e Jurerê Internacional, tem também o bloco de pescadores Baiacu de Alguém. Ainda bem que é de alguém! Rarará! E direto de Fortaleza: Aí Dentro, Excelência. É o bloco do Jucá! Do Romero Suruba Jucá! Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza! Hoje só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
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BC vê deficit maior na balança comercial brasileira no 1º trimestre
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As importações brasileiras superaram as exportações em US$ 6,11 bilhões no primeiro trimestre, de acordo com a nova regra de apuração desse dado que passa a ser adotada pelo Banco Central a partir desta quarta-feira (22). Antes, o BC utilizava nas suas contas apenas os dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), que apurou resultado negativo de US$ 5,56 bilhões no mesmo período. A diferença se deve, principalmente, ao resultado das importações, que foram US$ 452 milhões maiores na conta do BC. Nas exportações, o BC considera um valor US$ 100 milhões inferior ao do MDIC. O dado negativo de 2014 foi recalculado de US$ 3,9 bilhões para US$ 6,3 bilhões. Uma das alterações é que o BC vai excluir das exportações e importações, por exemplo, insumos importados para produção de bens a serem exportados, quando esses bens continuarem pertencendo ao mesmo dono. Também passam a ser computadas importações de energia por meio de acordo com outros países que não envolvem pagamento em dinheiro. Com a nova regra, o BC alterou a projeção de superavit da balança de US$ 4 bilhões para US$ 3 bilhões em 2015, devido à expectativa de US$ 1 bilhão a mais em importações.
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mercado
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BC vê deficit maior na balança comercial brasileira no 1º trimestreAs importações brasileiras superaram as exportações em US$ 6,11 bilhões no primeiro trimestre, de acordo com a nova regra de apuração desse dado que passa a ser adotada pelo Banco Central a partir desta quarta-feira (22). Antes, o BC utilizava nas suas contas apenas os dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), que apurou resultado negativo de US$ 5,56 bilhões no mesmo período. A diferença se deve, principalmente, ao resultado das importações, que foram US$ 452 milhões maiores na conta do BC. Nas exportações, o BC considera um valor US$ 100 milhões inferior ao do MDIC. O dado negativo de 2014 foi recalculado de US$ 3,9 bilhões para US$ 6,3 bilhões. Uma das alterações é que o BC vai excluir das exportações e importações, por exemplo, insumos importados para produção de bens a serem exportados, quando esses bens continuarem pertencendo ao mesmo dono. Também passam a ser computadas importações de energia por meio de acordo com outros países que não envolvem pagamento em dinheiro. Com a nova regra, o BC alterou a projeção de superavit da balança de US$ 4 bilhões para US$ 3 bilhões em 2015, devido à expectativa de US$ 1 bilhão a mais em importações.
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Brasil vence Alemanha no handebol em jogo de viradas
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Em uma partidai disputada de igual para igual, com cinco viradas no placar, o Brasil levou a melhor sobre a favorita Alemanha: 33 a 30. Destaque para o ponta direita Fabio Chiuffa, que marcou oito gols para a seleção brasileira e foi o maior goleador da partida. Com a vitória de hoje, o Brasil já deixa muito bem encaminhada sua classificação para as quartas de final do torneio olímpico. 1:31 http://thumb.mais.uol.com.br/15957967-large.jpg?ver=1
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esporte
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Brasil vence Alemanha no handebol em jogo de viradas
Em uma partidai disputada de igual para igual, com cinco viradas no placar, o Brasil levou a melhor sobre a favorita Alemanha: 33 a 30. Destaque para o ponta direita Fabio Chiuffa, que marcou oito gols para a seleção brasileira e foi o maior goleador da partida. Com a vitória de hoje, o Brasil já deixa muito bem encaminhada sua classificação para as quartas de final do torneio olímpico. 1:31 http://thumb.mais.uol.com.br/15957967-large.jpg?ver=1
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Tucano culpa PT por desgaste em São Paulo
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O secretário estadual de Transportes, Duarte Nogueira, responsabiliza o governo Dilma Rousseff (PT) pela queda na popularidade do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Presidente estadual do PSDB, Nogueira afirmou, neste domingo (8), que "o cenário na economia, todas essas más notícias, geram um desânimo na população". E o eleitor não sabe que a origem do problema, segundo sua avaliação, é nacional. "O desgaste é bem maior para Dilma e para Haddad. O Geraldo tem imagem sólida, muito mais credibilidade", ressalva Nogueira. Segundo o Datafolha, a avaliação de Alckmin teve uma queda de dez pontos percentuais, de 48% para 38%. Secretário de Desenvolvimento Social do governo Alckmin, Floriano Pesaro afirma que o resultado reflete uma "mudança na opinião pública". "O brasileiro não quer mais meia verdade", diz Pesaro, também enfatizando que o governo Dilma é alvo de maior descrédito. A imagem do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), também sofreu desgaste : 44% classificam sua gestão como péssima ou ruim. Aliados do prefeito responsabilizam o PT. Colaboradores defendem que Haddad construa uma imagem de independência. Eles chegaram a sugerir que ele se afaste do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O prefeito não participou da festa em comemoração do aniversário dos 35 anos do partido, na sexta-feira, em Belo Horizonte, comandada por Lula e Dilma.
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Tucano culpa PT por desgaste em São PauloO secretário estadual de Transportes, Duarte Nogueira, responsabiliza o governo Dilma Rousseff (PT) pela queda na popularidade do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Presidente estadual do PSDB, Nogueira afirmou, neste domingo (8), que "o cenário na economia, todas essas más notícias, geram um desânimo na população". E o eleitor não sabe que a origem do problema, segundo sua avaliação, é nacional. "O desgaste é bem maior para Dilma e para Haddad. O Geraldo tem imagem sólida, muito mais credibilidade", ressalva Nogueira. Segundo o Datafolha, a avaliação de Alckmin teve uma queda de dez pontos percentuais, de 48% para 38%. Secretário de Desenvolvimento Social do governo Alckmin, Floriano Pesaro afirma que o resultado reflete uma "mudança na opinião pública". "O brasileiro não quer mais meia verdade", diz Pesaro, também enfatizando que o governo Dilma é alvo de maior descrédito. A imagem do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), também sofreu desgaste : 44% classificam sua gestão como péssima ou ruim. Aliados do prefeito responsabilizam o PT. Colaboradores defendem que Haddad construa uma imagem de independência. Eles chegaram a sugerir que ele se afaste do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O prefeito não participou da festa em comemoração do aniversário dos 35 anos do partido, na sexta-feira, em Belo Horizonte, comandada por Lula e Dilma.
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Mesmo com a recessão, pontualidade no pagamento à previdência melhora
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A inadimplência da contribuição patronal ao INSS caiu nos primeiros cinco meses deste ano —foi de 8,4% para 8,3%. De 2014 para 2015, houve queda de 0,04%. A recuperação se deu porque no ano retrasado as empresas apostaram em um Refis (parcelamento de débitos) e o índice foi alto, diz João Paulo Fachada, coordenador de cobrança da Receita. "A maior causa de inadimplência é o anuncio de parcelamentos com reduções de multas e juros." De junho para cá não há dados, mas Fachada prevê uma piora, pois há pressão para que se abra um Refis. Inadimplência das empresas - Em % Arrecadação corrente - Em R$ bilhões Executivos têm consultado advogados para saber se devem esperar novo programa, diz Rodrigo Campos, do Demarest. Ele costuma responder que é imprevisível, mesmo com a necessidade do governo de fazer caixa. Um fator favorece a pontualidade: "A Selic alta estimula o pagamento porque dívidas são corrigidas por ela". A inadimplência gera perdas de R$ 2,45 bilhões por mês ao INSS. No ano passado, essa cifra era de cerca de R$ 2,64 bilhões. A arrecadação piorou 5,91% no período. Esses são atrasos da contribuição patronal —as empresas não deixam de repassar a parte dos empregados retida na fonte: "Isso tem consequência drástica: possível abertura de inquérito", diz Cristiane Matsumoto, do Pinheiro Neto. - Grupo aportará R$ 320 milhões em shoppings de Santa Catarina A construtora de shoppings Almeida Júnior vai investir R$ 320 milhões no ano que vem, em dois empreendimentos em Santa Catarina. É mais do que a empresa deverá aportar até o fim deste ano —R$ 250 milhões. "A disposição de compra do cliente tem dado sinais de retomada, e as cidades do interior ainda têm uma demanda expressiva", diz o presidente, Jaimes Almeida Júnior. No ano que vem, a empresa irá construir um centro comercial, em Chapecó, e ampliar um outro, em Joinville. A companhia concentra seus seis empreendimentos naquele Estado da região Sul, onde possui 60% da fatia de mercado nesse segmento. "Como Santa Catarina conseguiu manter índices melhores de consumo, mesmo na crise, não planejamos entrar em outras praças antes de garantir presença em todas as regiões do Estado." 6 são os shoppings em operação R$ 2,5 BILHÕES foram as vendas em 2015 224 MIL M² em área bruta locável têm os centros de compra do grupo - Deixa que eu faço O Aché acaba de abrir um laboratório de controle de qualidade, em São Paulo, no qual foram investidos R$ 14 milhões -em espaço físico, equipamentos e contratações. O objetivo do centro é trazer para dentro da empresa a análise da segurança de seus produtos, processo importante para renovações de registros e inspeções de órgãos reguladores. Até então, a atividade era feita por companhias contratadas. Com o laboratório, calcula-se uma economia de 30% do valor de cada teste. O aporte deverá ter um retorno em até três anos, avalia a diretora Gabriela Mallmann. - Berrini é região de SP com a maior alta de escritórios vagos A região da Berrini, na zona sul de São Paulo, foi a mais afetada por desocupações no mercado de escritórios de alto padrão da cidade, no segundo trimestre deste ano. O dado é da consultoria Cushman & Wakefield. "É um movimento natural na crise, que reduziu o tamanho de empresas e os aluguéis na cidade. A região competiu com lançamentos mais baratos", diz André Germanos, da consultoria. Com absorção negativa de 11 mil m², a vacância naquele local cresceu quatro pontos percentuais, para 33,3%. Nesse período, a região da avenida Juscelino Kubitschek (zona sul) teve queda de 11 pontos percentuais na taxa de vacância. "Alguns endereços, como a Chucri Zaidan, têm muito potencial. Eles devem receber novos prédios neste semestre, que terão aluguel atrativo para as empresas." O preço médio para locações de escritórios de alto padrão na cidade caiu 2% em relação ao trimestre anterior, para R$ 98,60/m², menor patamar desde o fim de 2012. - Levou na brincadeira A indústria nacional de brinquedos disse não haver constrangimentos na compra de um cachorro-robô pelo presidente Michel Temer, em sua viagem à China. Além do mimo, o presidente adquiriu um par de sapatos em um shopping local. "Já examinamos e não há esse brinquedo no Brasil, então não há problema", avalia o presidente da Abrinq (entidade do setor), Synésio Batista da Costa. Os chineses representaram 80%, em receita, das importações de brinquedos até julho deste ano. Em 2015, fabricantes nacionais detinham uma fatia de 55% do mercado. - Europa... O desemprego ajustado sazonalmente nos países da zona do euro fechou em 10,1% em julho -a taxa é a menor desde julho de 2011, e mantém a tendência de queda dos meses anteriores, segundo a agência Eurostat. ...sem vagas Entre os países que compõem o bloco, Malta (3,9%), República Tcheca e Alemanha (4,2%) tiveram os menores indicadores; Grécia (23,5%) e Espanha (19,6%) tiveram os piores resultados. com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
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Mesmo com a recessão, pontualidade no pagamento à previdência melhoraA inadimplência da contribuição patronal ao INSS caiu nos primeiros cinco meses deste ano —foi de 8,4% para 8,3%. De 2014 para 2015, houve queda de 0,04%. A recuperação se deu porque no ano retrasado as empresas apostaram em um Refis (parcelamento de débitos) e o índice foi alto, diz João Paulo Fachada, coordenador de cobrança da Receita. "A maior causa de inadimplência é o anuncio de parcelamentos com reduções de multas e juros." De junho para cá não há dados, mas Fachada prevê uma piora, pois há pressão para que se abra um Refis. Inadimplência das empresas - Em % Arrecadação corrente - Em R$ bilhões Executivos têm consultado advogados para saber se devem esperar novo programa, diz Rodrigo Campos, do Demarest. Ele costuma responder que é imprevisível, mesmo com a necessidade do governo de fazer caixa. Um fator favorece a pontualidade: "A Selic alta estimula o pagamento porque dívidas são corrigidas por ela". A inadimplência gera perdas de R$ 2,45 bilhões por mês ao INSS. No ano passado, essa cifra era de cerca de R$ 2,64 bilhões. A arrecadação piorou 5,91% no período. Esses são atrasos da contribuição patronal —as empresas não deixam de repassar a parte dos empregados retida na fonte: "Isso tem consequência drástica: possível abertura de inquérito", diz Cristiane Matsumoto, do Pinheiro Neto. - Grupo aportará R$ 320 milhões em shoppings de Santa Catarina A construtora de shoppings Almeida Júnior vai investir R$ 320 milhões no ano que vem, em dois empreendimentos em Santa Catarina. É mais do que a empresa deverá aportar até o fim deste ano —R$ 250 milhões. "A disposição de compra do cliente tem dado sinais de retomada, e as cidades do interior ainda têm uma demanda expressiva", diz o presidente, Jaimes Almeida Júnior. No ano que vem, a empresa irá construir um centro comercial, em Chapecó, e ampliar um outro, em Joinville. A companhia concentra seus seis empreendimentos naquele Estado da região Sul, onde possui 60% da fatia de mercado nesse segmento. "Como Santa Catarina conseguiu manter índices melhores de consumo, mesmo na crise, não planejamos entrar em outras praças antes de garantir presença em todas as regiões do Estado." 6 são os shoppings em operação R$ 2,5 BILHÕES foram as vendas em 2015 224 MIL M² em área bruta locável têm os centros de compra do grupo - Deixa que eu faço O Aché acaba de abrir um laboratório de controle de qualidade, em São Paulo, no qual foram investidos R$ 14 milhões -em espaço físico, equipamentos e contratações. O objetivo do centro é trazer para dentro da empresa a análise da segurança de seus produtos, processo importante para renovações de registros e inspeções de órgãos reguladores. Até então, a atividade era feita por companhias contratadas. Com o laboratório, calcula-se uma economia de 30% do valor de cada teste. O aporte deverá ter um retorno em até três anos, avalia a diretora Gabriela Mallmann. - Berrini é região de SP com a maior alta de escritórios vagos A região da Berrini, na zona sul de São Paulo, foi a mais afetada por desocupações no mercado de escritórios de alto padrão da cidade, no segundo trimestre deste ano. O dado é da consultoria Cushman & Wakefield. "É um movimento natural na crise, que reduziu o tamanho de empresas e os aluguéis na cidade. A região competiu com lançamentos mais baratos", diz André Germanos, da consultoria. Com absorção negativa de 11 mil m², a vacância naquele local cresceu quatro pontos percentuais, para 33,3%. Nesse período, a região da avenida Juscelino Kubitschek (zona sul) teve queda de 11 pontos percentuais na taxa de vacância. "Alguns endereços, como a Chucri Zaidan, têm muito potencial. Eles devem receber novos prédios neste semestre, que terão aluguel atrativo para as empresas." O preço médio para locações de escritórios de alto padrão na cidade caiu 2% em relação ao trimestre anterior, para R$ 98,60/m², menor patamar desde o fim de 2012. - Levou na brincadeira A indústria nacional de brinquedos disse não haver constrangimentos na compra de um cachorro-robô pelo presidente Michel Temer, em sua viagem à China. Além do mimo, o presidente adquiriu um par de sapatos em um shopping local. "Já examinamos e não há esse brinquedo no Brasil, então não há problema", avalia o presidente da Abrinq (entidade do setor), Synésio Batista da Costa. Os chineses representaram 80%, em receita, das importações de brinquedos até julho deste ano. Em 2015, fabricantes nacionais detinham uma fatia de 55% do mercado. - Europa... O desemprego ajustado sazonalmente nos países da zona do euro fechou em 10,1% em julho -a taxa é a menor desde julho de 2011, e mantém a tendência de queda dos meses anteriores, segundo a agência Eurostat. ...sem vagas Entre os países que compõem o bloco, Malta (3,9%), República Tcheca e Alemanha (4,2%) tiveram os menores indicadores; Grécia (23,5%) e Espanha (19,6%) tiveram os piores resultados. com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
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Desdobramentos da Lava Jato reduzem chance de Cunha se salvar
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Os novos desdobramentos da Lava Jato fecharam o cerco ao deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e praticamente enterraram as chances que o peemedebista tinha de reverter a recomendação de cassação de seu mandato feita pelo Conselho de Ética da Câmara. A avaliação foi feita nesta sexta-feira (1º) por parlamentares de diversos matizes e até por alguns dos principais aliados de Cunha. Mesmo integrantes do governo do presidente interino, Michel Temer, reconhecem que a situação do deputado afastado chegou ao limite. O Planalto vinha monitorando a repercussão das notícias que vinculavam Temer a Cunha. Os resultados, afirmou um auxiliar do presidente interino, mostram que o deputado peemedebista se tornou uma figura "tóxica". O monitoramento das redes sociais mostrou que a divulgação de um encontro entre Temer e Cunha na residência oficial do interino em Brasília, no último domingo (26), recebeu 93% de menções negativas em comentários na internet. Com algum esforço foi possível classificar 6% dessas interações como neutras. Ainda assim, o Planalto se esforçou para, desde que o encontro ocorreu, dar demonstrações públicas a Cunha de que ele não havia sido abandonado por Temer. A iniciativa, no entanto, também foi por água abaixo com as novas acusações que vieram à tona nesta sexta. A cúpula do PSDB, que vinha tentando capitanear um acordo em torno de um nome indicado por Cunha para sucedê-lo na presidência da Câmara, abrindo espaço para a renúncia do peemedebista, foi bombardeada por deputados da sigla, que rechaçaram qualquer aceno ao deputado. Os tucanos pressionaram líderes da sigla a desmentirem publicamente qualquer articulação em torno de Cunha e garantiram que o peemedebista não terá "um voto favorável sequer" entre os deputados do PSDB que atuam na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), colegiado ao qual recorreu para tentar reverter a decisão do conselho. Nem a renúncia é vista como moeda de troca capaz de salvar Cunha da perda do mandato. Aliados do peemedebista dizem que ele perdeu o timing para usar o recurso. Nesse ambiente, cresceram os rumores de que, acuado, o peemedebista poderá buscar elementos para pressionar o governo e os colegas da Câmara a mudarem de ideia. Aliados disseram ao próprio Temer que havia risco de Cunha gravar conversas privadas para usá-las posteriormente. Esses rumores têm irritado o peemedebista. A interlocutores ele já disse que esse tipo de ilação só serve para deixá-lo ainda mais isolado politicamente. Investimento Direcionado DISTRIBUIÇÃO DA PROPINA - Segundo a delação de Fábio Cleto
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Desdobramentos da Lava Jato reduzem chance de Cunha se salvarOs novos desdobramentos da Lava Jato fecharam o cerco ao deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e praticamente enterraram as chances que o peemedebista tinha de reverter a recomendação de cassação de seu mandato feita pelo Conselho de Ética da Câmara. A avaliação foi feita nesta sexta-feira (1º) por parlamentares de diversos matizes e até por alguns dos principais aliados de Cunha. Mesmo integrantes do governo do presidente interino, Michel Temer, reconhecem que a situação do deputado afastado chegou ao limite. O Planalto vinha monitorando a repercussão das notícias que vinculavam Temer a Cunha. Os resultados, afirmou um auxiliar do presidente interino, mostram que o deputado peemedebista se tornou uma figura "tóxica". O monitoramento das redes sociais mostrou que a divulgação de um encontro entre Temer e Cunha na residência oficial do interino em Brasília, no último domingo (26), recebeu 93% de menções negativas em comentários na internet. Com algum esforço foi possível classificar 6% dessas interações como neutras. Ainda assim, o Planalto se esforçou para, desde que o encontro ocorreu, dar demonstrações públicas a Cunha de que ele não havia sido abandonado por Temer. A iniciativa, no entanto, também foi por água abaixo com as novas acusações que vieram à tona nesta sexta. A cúpula do PSDB, que vinha tentando capitanear um acordo em torno de um nome indicado por Cunha para sucedê-lo na presidência da Câmara, abrindo espaço para a renúncia do peemedebista, foi bombardeada por deputados da sigla, que rechaçaram qualquer aceno ao deputado. Os tucanos pressionaram líderes da sigla a desmentirem publicamente qualquer articulação em torno de Cunha e garantiram que o peemedebista não terá "um voto favorável sequer" entre os deputados do PSDB que atuam na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), colegiado ao qual recorreu para tentar reverter a decisão do conselho. Nem a renúncia é vista como moeda de troca capaz de salvar Cunha da perda do mandato. Aliados do peemedebista dizem que ele perdeu o timing para usar o recurso. Nesse ambiente, cresceram os rumores de que, acuado, o peemedebista poderá buscar elementos para pressionar o governo e os colegas da Câmara a mudarem de ideia. Aliados disseram ao próprio Temer que havia risco de Cunha gravar conversas privadas para usá-las posteriormente. Esses rumores têm irritado o peemedebista. A interlocutores ele já disse que esse tipo de ilação só serve para deixá-lo ainda mais isolado politicamente. Investimento Direcionado DISTRIBUIÇÃO DA PROPINA - Segundo a delação de Fábio Cleto
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Incêndios florestais em Los Angeles forçam a retirada de moradores
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Um incêndio florestal que já é considerado o de maiores proporções a atingir a Califórnia avança neste sábado (2) pelo noroeste de Los Angeles, a segunda maior cidade dos Estados Unidos, tem forçado a fuga de habitantes da região e ameaça destruir casas. Na cidade de Burbank, onde estão localizados estúdios de cinema, os bombeiros pediram que os moradores de cerca de 200 casas deixem imediatamente seus lares depois que o incêndio chamado La Tuna ganhou força, forçou o fechamento de parte da estrada 210 Freeway e já espreita a zona urbana, informou o Departamento de Bombeiros de Los Angeles em comunicado. O La Tuna já se alastra por 3.200 hectares. "Devido a um comportamento errático do fogo, causado por fortes ventos, não podemos fazer uma previsão sólida de todas as regiões em potencial risco", informou o departamento. A região está sob alerta vermelho pelo Serviço Nacional do Clima até pelo menos a noite deste sábado, já que as temperaturas devem subir e atingir até 37,8ºC, com fortes ventos e baixa umidade. Fotos e vídeos postados nas redes sociais durante o dia mostraram a fumaça que saía das chamas que clarearam o céu mesmo à noite. Segundo o "Los Angeles Times", ainda não há relatos de feridos ou casas destruídas pelo La Tuna. PONDEROSA Outro grande foco de incêndio, mais de 644 quilômetros ao norte de Los Angeles, já queimou 1.500 hectares e destruiu 30 casas no Condado de Butte, fazendo com que as autoridades locais emitissem ordens de fuga para os residentes de 500 lares. O incêndio, chamado de Ponderosa, foi iniciado na última terça-feira (29) por uma fogueira acesa fora da área permitida. As autoridades informam que 40% das chamas já foram contidas. A série de incêndios levou o governador do Estado da Califórnia, Jerry Brown, a emitir na sexta-feira (31) uma declaração de emergência, que libera mais recursos para o combate ao fogo. No ano passado, quando 1.700 agentes atuaram no combate ao fogo, pelo menos duas morreram durante os incêndios que atingiram o Estado –os restos humanos foram encontrados encontrados enquanto bombeiros contabilizavam casas e trailers destruídos pelas chamas. Em 2016, quando também liberou mais recursos para o combate ao fogo e a limpeza dos destroços, o governador Jerry Brown chegou a declarar estado de emergência. HISTÓRICO O sul da Califórnia é particularmente vulnerável a incêndios devido à baixa umidade do ar, acentuada entre abril e outubro, e aos fortes ventos, que rapidamente espalham as chamas. Em 2003, 24 pessoas morreram –12 delas em San Diego– durante incêndio que destruiu 3.600 casas e edifícios comerciais na região. Em 2007, após incêndio iniciado em Malibu –reduto de celebridades–, duas pessoas morreram e 48 pessoas ficaram feridas durante o combate às chamas, que tirou meio milhão de moradores das casas e motivou o presidente George Bush a decretar estado de emergência na região, onde 346 mil casas foram avaliadas em área de risco.
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mundo
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Incêndios florestais em Los Angeles forçam a retirada de moradoresUm incêndio florestal que já é considerado o de maiores proporções a atingir a Califórnia avança neste sábado (2) pelo noroeste de Los Angeles, a segunda maior cidade dos Estados Unidos, tem forçado a fuga de habitantes da região e ameaça destruir casas. Na cidade de Burbank, onde estão localizados estúdios de cinema, os bombeiros pediram que os moradores de cerca de 200 casas deixem imediatamente seus lares depois que o incêndio chamado La Tuna ganhou força, forçou o fechamento de parte da estrada 210 Freeway e já espreita a zona urbana, informou o Departamento de Bombeiros de Los Angeles em comunicado. O La Tuna já se alastra por 3.200 hectares. "Devido a um comportamento errático do fogo, causado por fortes ventos, não podemos fazer uma previsão sólida de todas as regiões em potencial risco", informou o departamento. A região está sob alerta vermelho pelo Serviço Nacional do Clima até pelo menos a noite deste sábado, já que as temperaturas devem subir e atingir até 37,8ºC, com fortes ventos e baixa umidade. Fotos e vídeos postados nas redes sociais durante o dia mostraram a fumaça que saía das chamas que clarearam o céu mesmo à noite. Segundo o "Los Angeles Times", ainda não há relatos de feridos ou casas destruídas pelo La Tuna. PONDEROSA Outro grande foco de incêndio, mais de 644 quilômetros ao norte de Los Angeles, já queimou 1.500 hectares e destruiu 30 casas no Condado de Butte, fazendo com que as autoridades locais emitissem ordens de fuga para os residentes de 500 lares. O incêndio, chamado de Ponderosa, foi iniciado na última terça-feira (29) por uma fogueira acesa fora da área permitida. As autoridades informam que 40% das chamas já foram contidas. A série de incêndios levou o governador do Estado da Califórnia, Jerry Brown, a emitir na sexta-feira (31) uma declaração de emergência, que libera mais recursos para o combate ao fogo. No ano passado, quando 1.700 agentes atuaram no combate ao fogo, pelo menos duas morreram durante os incêndios que atingiram o Estado –os restos humanos foram encontrados encontrados enquanto bombeiros contabilizavam casas e trailers destruídos pelas chamas. Em 2016, quando também liberou mais recursos para o combate ao fogo e a limpeza dos destroços, o governador Jerry Brown chegou a declarar estado de emergência. HISTÓRICO O sul da Califórnia é particularmente vulnerável a incêndios devido à baixa umidade do ar, acentuada entre abril e outubro, e aos fortes ventos, que rapidamente espalham as chamas. Em 2003, 24 pessoas morreram –12 delas em San Diego– durante incêndio que destruiu 3.600 casas e edifícios comerciais na região. Em 2007, após incêndio iniciado em Malibu –reduto de celebridades–, duas pessoas morreram e 48 pessoas ficaram feridas durante o combate às chamas, que tirou meio milhão de moradores das casas e motivou o presidente George Bush a decretar estado de emergência na região, onde 346 mil casas foram avaliadas em área de risco.
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